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Art. 170 CF
Título VII
Da Ordem Econômica e Financeira
Capítulo I
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios:
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
Desconsideração da pj
Contextualização da matéria
A partir de 1988 as leis deixaram de ser monotemáticas ( para cada área )e passaram a ser
microssistemas legislativos ( legislações que resolvem diversos problemas ), é o que acontece com o
Código de Defesa do Consumidor, o legislador começou a criar leis que resolviam diversos problemas;
Em 1990 o CDC criou um instituto chamado desconsideração da personalidade Jurídica, que atua no
ramo de direito trabalhista, empresarial e outros.
A ideia antes comum de se dividir leis especificas para cada área jurídica ( monotemáticas) , hoje já não é
tão aceita.
nos últimos anos o legislador brasileiro tem privilegiado o sistema denominado de Microssistema
Legislativo, como é o caso do CDC e do ECA.
Características do CDC
É exemplificativo estudar
Art. 1 CDC
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
Art. 1º O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem
pública e interesse social, nos termos dos art. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal
e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
Ou seja, diz que as normas de defesa do consumidor de ordem pública ( norma de ordem cogente) e
interesse social, as normas de ordem pública refere – se a obrigatoriedade do direito de todos, ex: não
poder abrir mão dos direitos de garantia de uma compra.
ex: a mãe que em processo de divórcio não quer estipular valor de pensão para seu filho, é uma norma
de ordem pública, pois ela não pode se abster deste direito.
As normas de Defesa do Consumidor são de ordem publica e interesse social ( art. 1 do cdc ). Em outras
palavras elas não permitem renuncia sendo permitida a aplicação de oficio (espontaneamente) pelo juiz.
Isso por que o legislador presumiu a Hipossuficiência ( ausência ou carência ) do consumidor sendo
necessária a proteção legal para impedir abusos.
Art. 4º CDC
A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades
dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses
econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das
relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de
21.3.1995).
O termo mais adequado para se referir a “Produto” seria “Bem”, nomenclatura utilizada que retrata
objetos de cobiça humana.
Nesse cenário produtos são quaisquer objetos negociados em uma relação de consumo
destinados a satisfazer a necessidade do adquirente como consumidor ou destinatário final.
Serviços são atividades fornecidas no mercado de consumo mediante remuneração, exceto aquelas
decorrentes das relações trabalhistas (vide Ar. 3 º § 1º e 2º do CDC).
As atividades prestadas por profissionais liberais se inserem no conceito de serviço com exceção
da prática a advocacia pois além de ser regido por uma lei especifica ela não pode ser tratada com
a finalidade mercantil ( AgRg no ED no Resp 1.474 886 – PB0. (cai na prova)
O consumidor tem o direito subjetivo de receber a informação adequada, clara, eficiente e precisa sobre
o produto ou serviço, bem como de suas especificações de forma correta (características, composição,
qualidade e preço) e dos riscos que podem apresentar.
Obs da aula
Atividade de meio: é quando não consegue garantir um resultado.
Atividade fim: é quando se garante um resultado.
Princípios: é o conjunto de normas que leva aquele objetivo, Princípios são um conjunto de normas
ou padrões de conduta a serem seguidos por uma pessoa ou instituição.
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,
bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios
Art. 6º § III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas
cabíveis em cada caso concreto.
Conceito
A Segurança é também um dos pilares da relação de consumo. Isso significa que os produtos e os
serviços devem ser seguros com exceção daqueles que por sua própria natureza e fruição possam
acarretar riscos a saúde ou a segurança do consumidor. Nesses casos a venda deve ser realizada a
pessoas adequadas e acompanhadas de informações sobre os riscos.
Explicação
Ou seja, produtos que naturalmente gera risco, não podem ser anunciado a venda, salvo aqueles que
possua observações claras no produto, como indicação de riscos e idade permitida ou proibida.
Ex de venda proibida: venda de produto de limpeza em garrafas pet.
No caso do produto já estar no mercado
Conceito
Fora daqueles produtos ou serviços tipicamente perigosos o fornecedor não pode comercializar bens
que sabiamente apresentem auto grau de nocividade.
Caso o fornecedor tenha conhecimento posterior da sua nocividade deve retirado do mercado e avisar
as autoridades competentes ( art. 10 paragrafo 1º e 2º).
§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento
da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores,
mediante anúncios publicitários.
§ 2º Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas
do fornecedor do produto ou serviço.
Explicação
Ou seja, após o produto estar no mercado e não era de conhecimento do fornecedor que o produto era
nocivo ele deverá informar as autoridades competentes e ao consumidor através da mídia, e tomar
todas as precauções de alinhamento de venda, colocando informações claras no produto ou retirando do
mercado.
Inciso III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se
funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal ), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre
consumidores e fornecedores;
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
Pacto sun servanda – Contratos tem que ser cumpridos, prazos tem que ser respeitados
Explicação
Temos o entendimento de que um não pode se submeter ao outro, a meta do legislador é equilibrar
a igualdade jurídica de ambas as partes, este principio tenta equiparar ( dar igualdade) obrigações e
deveres no contrato dos dois lados.
O juiz pode anular uma clausula se for ela muito abusiva fora da realidade mesmo que já tenha sido
assinada entre as partes.
O Pacta Sunt Servanda no CDC, é quando agente modula, flexibiliza essa regra.
A reparação integral dos prejuízos em uma relação de consumo integra o rol de direitos ( art.6º
inciso VI CDC ).
Com tudo decisões recentes do STJ dão conta de que esse direito se aplica também aos
fornecedores desencorajando práticas que possam representar enriquecimento ilicito , tanto para
quem adquire – consome um produto como para quem vende – fornece.
Segurança e proteção
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou
segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua
natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações
necessárias e adequadas a seu respeito.
Via de regra não pode produtos que gere nocividade, em exceção os que possuem informação clara de
sua nocividade e precauções.
Educação e informação
Art. 6º, II e III CDC
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem
como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência
Questões da Prova
Individual= Apesar do art. 2°, da Lei Nº 8.078, definir o consumidor de forma precisa, como
sendo "toda pessoa física ou jurídica, que adquire ou utiliza, produto ou serviço, como
destinatário final". Porém consumidor que detém vulnerabilidade em diferença com a empresa
tem teoria finalista mista.
Coletivo= Art. 2º paragrafo único CDC- Além do consumidor individual o CDC conceitua a
coletividade de indivíduos que também tenham participado da relação de consumo, ainda
que indeterminados ( grupo de consumidores que receberam os produtos – serviços ainda
que em caráter potencial).
Por equiparação ( BYSTANDERS) = Pessoas atingidas por falhas no produto ou na prestação
de serviço, independentemente de serem consumidoras diretas, são amparadas pelas normas de
defesa do consumidor.
A responsabilidade do fornecedor não se limita ao consumidor direto, ou seja, aquele que
adquiriu produto ou serviço, mais sim, a todas as pessoas afetadas pelo bem de consumo,
equipara o consumidor a todas as vitimas do acidente de consumo.
O chamado consumidor por equiparação abrange todas as pessoas que forem vitimas de um
produto-serviço defeituoso e que tenham sido expostas a práticas comerciais abusivas (Art. 17 e
29 CDC ).
• Atividades que se inserem entro do cdc, as que abrangem e as que não abrangem
O termo mais adequado para se referir a “Produto” seria “Bem”, nomenclatura utilizada que retrata
objetos de cobiça humana.
Nesse cenário produtos são quaisquer objetos negociados em uma relação de consumo
destinados a satisfazer a necessidade do adquirente como consumidor ou destinatário final.
Serviços são atividades fornecidas no mercado de consumo mediante remuneração, exceto aquelas
decorrentes das relações trabalhistas (vide Ar. 3 º § 1º e 2º do CDC).
As atividades prestadas por profissionais liberais se inserem no conceito de serviço com exceção
da prática a advocacia pois além de ser regido por uma lei especifica ela não pode ser tratada com
a finalidade mercantil ( AgRg no ED no Resp 1.474 886 – PB0. (cai na prova)
• Esclarecer o dialogo das fontes, características do cdc e se o estado deve intervir na relação de
consumo.
O CDC reconhece expressamente no Art. 7º a viabilidade do diálogo das fontes, mecanismo que
utiliza normas variadas para solucionar problemas concretos visando alcançar resultados justos e
alinhados a constituição federal., suas caracteriticas são de direito publuco e interesse social, e o
estado deve intervir nas relações de consumo pois observamos que o Estado possui papel
fundamental no que diz respeito ao estabelecimento da harmonia na relação, atuando no sentido
de proteger o consumidor.
Os consumidores devem ficar a salvo de publicidades enganosas e abusivas assim como de métodos
comerciais coercitivos e desleais incluindo clausulas contratuais que impõe vendas casadas ou
embutem serviços não expressamente contratos.
Propagandas que não refletem a verdade não são admitidas no ordenamento jurídico
• Dissertativa, é um caso
A reparação integral dos prejuízos em uma relação de consumo integra o rol de direitos ( art.6º
inciso VI CDC ).
Com tudo decisões recentes do STJ dão conta de que esse direito se aplica também aos
fornecedores desencorajando práticas que possam representar enriquecimento ilicito , tanto para
quem adquire – consome um produto como para quem vende – fornece.
Obs da Aula
precificação é a maneira pelo qual você conseguirá obter lucro, ao final de cada mês e assim,
crescer o seu negócio. Pesquisar mais em casa
é permitido desde que seja, razoável e plausível.
Norma de ordem publica não cabe renúncia.
Norma de ordem cogente – o que e
Responsabilidade Civil
Para formar essa responsabilidade é composta de 4 elementos
1- Ação / Omissão lesivo
2- Dano
3- nexo causalidade - conduta essencial para o resultado
4- culpa / dolo
CONCEITO
Distinção importante feita pela doutrina no tocante a responsabilidade civil na relaçao de
consumo é sobre:
O vicio no produto e no serviço e;
O fato do produto e do serviço.
No vicio há uma inadequação entre o produto/serviço e a legitima espectativa do consumidor. Já
no fato do produto/serviço existe um prejuizo ao consumidor atingindo a sua integridade fisica
ou moral.
18/11____________________________________________________________
Art. 18 §1, 2 e 3 cdc
Caso o vicio não seja solucionado no prazo de 30 dias, pode o consumidor exigir a substituição
do produto, a restituição das parcelas, a quantia paga, ou o abatimento proporcional do preço
sem prejuizo de eventuais perdas e danos.
Não será necessário aguardar o referido prazo qunado em razão da extensão do vicio a
substituição das partes viciadas puder comprometer a quantidade ou as caracteristicas do
produto diminuindo-lhe o valor.
02/12_______________________________________________________________
Prazo do Produto
O fato do produto esta previsto no art. 12 em quanto o fato do serviço esta contemplado no art.
14 ambos do cd.
Os bens e os serviços que por defeito o vicio gerarm danos ao consumidor podem ser
indenizados no prazo de 5 anos contados do evento danoso.
Ou seja,
O prazo para se reclamar de produtos defeituosos e vicio é de 30 dias para produtos duraveis e
90 dias para não duraveis.
O prazo para se reclamar do fato do produto e do serviço esta presvisto no art. 27 cdc, ou seja, 5
anos a contar do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
A cobrança de dividas no CDC não pode expor constranger ou ameaçar o consumidor, podendo o
cidadão pleitear dano moral neste caso.
Com tudo mero dissabor ou situações triviais não ensejam a referida indenização.
Art. 42 § ú
Parágrafo único - O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito,
por valor igual ao dobro ao que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano justificável.