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Código de Defesa do Consumidor

O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) é, no ordenamento jurídico brasileiro, um conjunto de normas que visam a


proteção aos direitos do consumidor, bem como disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor  (fabricante de
produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades. Entrou
em vigor em 1o. de Março de 1991 em todo o território nacional

Instituído pela Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, durante o mandato do então presidente Fernando Collor, o Código,
entretanto, teve a sua vigência protelada para a adaptação das partes envolvidas.

Definições
Uma das premissas essenciais para se estabelecer a chamada relação de consumo, são os conceitos legais para palavras como
consumidor, serviço ou produto. Elas estão estabelecidas nos artigos iniciais do CDC:

 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a
consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. (art. 2º)
 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (art. 3º)
 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (art. 3º, § 1º)
 Serviço  é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (art. 3º, § 2º)

E-commerce
O uso da internet como proporcionador de acesso fácil e rápido a informações e serviços ao comercio eletrônico
pelo E-commerce .

Com finalidade de se adaptar a esse novo modelo de consumo, a legislação do e-commerce se pauta em dois
principais pilares: o Código de Defesa do Consumidor, criado em 1990 e o Decreto 7962/2013

Os sítios eletrônicos devem disponibilizar, em local de destaque e de fácil visualização, as seguintes informações:

I - nome empresarial e número de inscrição do fornecedor, CNPJ .

II - endereço físico e eletrônico, e demais informações necessárias para sua localização e contato; Email e telefone
.

III - características essenciais do produto ou do serviço, incluídos os riscos à saúde e à segurança dos
consumidores;

IV - discriminação, no preço, de quaisquer despesas adicionais ou acessórias, tais como as de entrega ou seguros;

V - condições integrais da oferta, incluídas modalidades de pagamento, disponibilidade, forma e prazo da


execução do serviço ou da entrega ou disponibilização do produto;

VI - informações claras e ostensivas a respeito de quaisquer restrições à fruição da oferta (BRASIL, 1990).

Para garantir o atendimento facilitado ao consumidor no comércio eletrônico, o fornecedor deverá:

I - apresentar sumário do contrato antes da contratação, com as informações necessárias ao pleno exercício do
direito de escolha do consumidor, enfatizadas as cláusulas que limitem direitos;
II - fornecer ferramentas eficazes ao consumidor para identificação e correção imediata de erros ocorridos nas
etapas anteriores à finalização da contratação;

III - confirmar imediatamente o recebimento da aceitação da oferta;

IV - disponibilizar o contrato ao consumidor em meio que permita sua conservação e reprodução, imediatamente
após a contratação;

V - manter serviço adequado e eficaz de atendimento em meio eletrônico, que possibilite ao consumidor a
resolução de demandas referentes a informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento do contrato;

VI - confirmar imediatamente o recebimento das demandas do consumidor referidas no inciso, pelo mesmo meio
empregado pelo consumidor; e

VII - utilizar mecanismos de segurança eficazes para pagamento e para tratamento de dados do consumidor .

Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC


 
O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) congrega Procons, Ministério Público, Defensoria Pública e
entidades civis de defesa do consumidor, que atuam de forma articulada e integrada com a Secretaria Nacional do
Consumidor (Senacon).
O SNDC se reúne trimestralmente para analisar conjuntamente os desafios enfrentados pelos consumidores e para a
formulação de estratégias de ação, tais como, fiscalizações conjuntas, harmonização de entendimentos e elaboração
de políticas públicas de proteção e defesa do consumidor.
Os órgãos do SNDC têm competência concorrente e atuam de forma complementar para receber denúncias, apurar
irregularidades e promover a proteção e defesa dos consumidores.
Os Procons são órgãos estaduais e municipais de proteção e defesa do consumidor, criados especificamente para
este fim, com competências, no âmbito de sua jurisdição, para exercer as atribuições estabelecidas pela Lei 8.078,
de 11 de setembro de 1990, e pelo Decreto nº 2.181/97. São, portanto, órgãos que atuam no âmbito local, atendendo
diretamente os consumidores e monitorando o mercado de consumo local, tendo papel fundamental na execução da
Política Nacional de Defesa do Consumidor.
O Ministério Público e a Defensoria Pública, no âmbito de suas atribuições, também atuam na proteção e na defesa
dos consumidores e na construção da Política Nacional das Relações de Consumo. O Ministério Público, de acordo
com sua competência constitucional, além de fiscalizar a aplicação da lei, instaura inquéritos e propõe ações
coletivas. A Defensoria, além de propor ações, defende os interesses dos desassistidos, promovendo acordos e
conciliações.
As entidades civis desenvolvem importante papel na proteção e defesa do consumidor. Elas representam o conjunto
organizado de cidadãos em torno de uma instituição devidamente registrada e com função estatutária de proteção e
defesa dos consumidores.
A Secretaria Nacional do Consumidor, por sua vez, tem por atribuição legal a coordenação do SNDC e está voltada à
análise de questões que tenham repercussão nacional e interesse geral, além do planejamento, elaboração,
coordenação e execução da Política Nacional de Defesa do Consumidor.

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