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Reclamações, direitos básicos, proteção à saúde e segurança

Há 28 anos surgia a Lei nº 8.078/90, que criou o Código de Defesa do


Consumidor – CDC.
Uma medida abrangente que trata das relações de consumo em todas as
esferas, garantindo direitos e exigindo uma nova postura das empresas com o
consumidor.

Em outras palavras, o CDC é um


conjunto de normas que regulam as
relações de consumo, protegendo o
consumidor e colocando os órgãos e
entidades de defesa do consumidora
seu serviço.
 É toda mercadoria colocada à venda no comércio e
indústria.

Os produtos podem ser de dois tipos:


◦ Durável: aquele que não desaparece com o seu uso (ex.: carro;
geladeira; casa)
◦ Não durável: aquele que acaba logo após o uso (ex.: alimentos;
sabonete; maquiagem)
 É tudo o que você paga para ser feito
corte de cabelo - conserto de carro - serviço
bancário

Assim como os produtos, os serviços podem ser


classificados enquanto:
 Durável: aquele que custa a desaparecer com o uso (ex.: pintura da
casa; prótese dentária)
 Não durável: aquele que acaba depressa, precisam ser feitos
constantemente (ex.: lavagem de roupa em lavanderia; jardinagem;
faxina)
 Todo aquele serviço prestado pela administração pública.
saúde - educação - transporte público - água - luz

 O Governo estabelece as regras e controla esses serviços que


são prestados para satisfazer as necessidades da população.
 Os serviços públicos são prestados pelo
próprio governo ou contrata-se empresas
particulares que prestem o serviço.
 Enquanto consumidores e cidadãos,
nós pagamos por serviços públicos
de qualidade, por isso temos o direito
de exigir.
 Qualquer pessoa que compra um produto ou que contrata um
serviço, para satisfazer suas necessidades pessoais ou
familiares.

 Também é considerado consumidor as vítimas de acidentes


causados por produtos defeituosos, mesmo que não os tenha
adquirido (art. 17, CDC), bem ainda as pessoas expostas às
práticas abusivas previstas no Código do Consumidor, com, por
exemplo, publicidade enganosa e abusiva (art. 29,CDC ).
 São pessoas, empresas públicas ou privadas, nacionais ou
estrangeiras que oferecem produtos ou serviços para os
consumidores.

 Estas pessoas ou empresas produzem, montam, criam,


transformam, importam, exportam, distribuem ou
vendem produtos ou serviços para os consumidores.
 É toda relação existente entre o consumidor e o fornecedor na
compra e venda de um produto ou na prestação de um serviço.

 O CDC tutela as relações de consumo e sua abrangência está


restrita às relações negociais, das quais participam,
necessariamente, o consumidor e o fornecedor, transacionando
produtos e serviços, excluindo destes últimos os gratuitos e os
trabalhistas.

 Para que seja amparada pelo Código de Defesa do Consumidor,


a relação tem que possuir todos estes aspectos, isto é, uma
relação de negócios que visa a transação de produtos e/ou
serviços, feita entre um fornecedor e um consumidor.
É todo dinheiro ou sua troca pelo produto/serviço, entre
o consumidor e o fornecedor.

FORNECEDOR PRODUTO /
SERVIÇO

RELAÇÃO
DE

CONSUMO

CONSUMIDOR
Art. 6º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC)

1. Proteção da vida e da saúde:


Antes de comprar um produto ou utilizar um serviço você
deve ser avisado , pelo fornecedor, dos possíveis riscos que podem
oferecer à sua saúde ou segurança.

2. Educação para o consumo:


Você tem direito de receber orientação sobre o consumo
adequado e correto dos produtos e serviços.

3. Liberdade de escola de produtos e serviços:


Você tem todo direito de escolher o produto ou serviço que
achar melhor.
4. Informação:
Todo produto deve trazer informações claras sobre sua
quantidade, peso, composição, preço, riscos que apresenta e sobre o
modo de utilizá-lo.
Antes de contratar um serviço você tem direito a todas as
informações de que necessitar.

5. Proteção contra publicidade enganosa e abusiva:


O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for
anunciado seja cumprido.
Se o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o
consumidor tem direito de cancelar o contrato e receber a devolução
da quantia que havia pago.
A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código
de Defesa do Consumidor, São consideradas crimes (art. 67, CDC)
6. Proteção contratual:
Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um
formulário com cláusulas pré-redigidas por uma delas, concluem um
contrato, assumindo obrigações.
O Código protege o consumidor quando as cláusulas do
contrato não forem cumpridas ou quando forem prejudiciais ao
consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou
modificadas por um juiz.
O contrato não obriga o consumidor caso este não tome
conhecimento do que nele está escrito.

7. Indenização:
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser
indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o serviço,
inclusive por danos morais.
8. Acesso à Justiça:
O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer
à Justiça e pedir ao juiz que determine ao fornecedor que eles sejam
respeitados.

9. Facilitação da defesa dos seus direitos:


O Código de Defesa do Consumidor facilitou a defesa dos
direitos do consumidor, permitindo até mesmo que, em certos casos,
seja invertido o ônus de provar os fatos.

10. Qualidade dos serviços públicos:


Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que
asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim
como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos públicos ou
empresas concessionárias desses serviços.
Comparar eticamente significa que o consumidor faz
suas escolhas de compra de forma consciente, recusando
os produtos e serviços produzidos por empresas que não
atuem de forma ética na sociedade.
O comportamento ético do consumidor começa a
partir das suas próprias atitudes. É preciso estar sempre
atento para os sinais emitidos pelas empresas que podem
revelar sua conduta ética ou não.
Atitudes éticas que o consumidor deve adotar:

I. Dar preferência às empresas que não exploram o trabalho


infantil;
II. Dar preferência a produtos de empresas que tem uma clara
preocupação com o meio ambiente;
III. Reclamar seus direitos sempre que se sentir lesado;
IV. Não compactuar com a ilegalidade;
V. Não consumir de forma a prejudicar as gerações futuras;
VI. Usar o poder de compra para defender o emprego no país;
VII. Saber identificar as empresas que são éticas em seu
relacionamento com os consumidores;
VIII. Saber identificar as empresas que são éticas em seu
relacionamento com os trabalhadores, fornecedores, a sociedade
e os poderes públicos.
Na esfera das relações de consumo há uma lacuna para fluir
uma realidade satisfatória, desde que o consumidor tenha
consciência e decida-se a usar o seu poder de compra, apoiando
produtos e empresas que atuem com ética e responsabilidade social.
Apenas com atitudes e procedimentos éticos, referentes à
defesa do respeito mútuo, da solidariedade, do diálogo, da justiça e,
em última instância, dos direitos humanos universais, será possível
construir uma sociedade menos desigual.
 Venda casada: muito comum e ocorre quando o consumidor é
obrigado a levar um produto na compra de outro. Isso acontece
quando o consumidor não tem vontade, mas se sente obrigado a
comprar.
Ex.: Cliente contrata um serviço de internet e é obrigado a
contratar também o serviço de telefone.

 Mentir sobre falta de produto: ocorre quando o fornecedor alega


falta de produto no estoque e a informação é falsa, conduzindo
o consumidor a comprar outro produto, agindo de má fé.
 Envio de produto não solicitado: o fornecedor não pode enviar
um produto para a residência do consumidor sem que este
tenha sido solicitado. Se isso acontecer, o consumidor pode
considerar que o produto enviado é uma amostra grátis e não é
obrigado a pagar. Segundo o art. 39 do Código de Defesa do
Consumidor, o consumidor não é obrigado a pagar produtos ou
serviços não solicitados.

 Cobranças abusivas de dívidas: durante a cobrança de dívidas, o


fornecedor não pode utilizar-se da fraqueza ou da ignorância do
consumidor como vantagem. Ele também não pode utilizar-se
da sua idade, saúde, conhecimento ou posição social na
contratação de um produto ou serviço.
 Contratação de um serviço sem apresentação de orçamento
prévio: o orçamento é um documento importante que dará
condições ao consumidor de saber como serão relacionados os
serviços com valores de mão de obra, além dos os direitos e
obrigações das partes envolvidas.

 Humilhação ou difamação: o fornecedor não pode humilhar ou


difamar o consumidor porque ele exerceu o seu direito, por
exemplo. Isso corre quando o consumidor vai reclamar os seus
direitos dentro da lei e o fornecedor repassa alguma informação
depreciativa, fala mal ou divulga a reclamação em alguma mídia
social.
 Falta de fixação de prazo nas prestações de serviço: o
prestador se serviço não pode deixar de estipular um prazo
para o cumprimento da sua obrigação ou deixar essa
delimitação do prazo a sua vontade própria. Isso deve ser
combinado entre as duas partes e deve ser oferecido e
cumprido. O prestador de serviço deve informar por escrito o
prazo para execução do serviço ou entrega do produto.

 Reajuste de preço acima da média: é considerada prática


abusiva o reajuste de preços diferente do que é legal ou
estabelecido no contrato. Os aumentos devem ser feitos de
acordo com o que está previsto no documento.

 Não entregar cupom fiscal após a compra: é obrigatória a


entrega ou emissão de cupom fiscal na venda de produtos ou
na prestação de serviços. O descumprimento é considerado
uma infração à Lei Federal 8.137.

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