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851-79
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CONTEÚDOdoREGIME
JURÍDICOADMINISTRATIVO
PRINCÍPIODASUPREMACIA PRINCÍPIODA
DOINTERESSEPÚBLICO INDISPONIBILIDADEDO
SOBREOPRIVADO INTERESSEPÚBLICO
- O interesse público é supremo sobre o interesse - As atividades do agente estatal são necessárias
particular. A finalidade das condutas estatais é a para satisfazer os interesses do povo, por isso não
satisfação das necessidades coletivas; podem deixar de atuar quando a necessidade da
coletividade exigir;
- Ao se relacionar com os particulares, a
Administração fica em uma situação de privilégio; - A SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
SOBRE O INTERESSE PRIVADO e a
- Quando decorrentes da supremacia do interesse INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
público, as prerrogativas da Administração Pública constituem o sistema administrativo, consistente em
consistem em um poder-dever com o objetivo de prerrogativas que o Estado goza para que conceda
melhorar desempenho na função de administrar, satisfação às necessidades públicas e também nas
satisfazendo, dessa forma, as necessidades da suas limitações, as quais se submete para que evite
coletividade. distorções de conduta;
A atuação administrativa é orientada pela busca do
interesse público, assim sendo: - A administração tem sua limitação de atuação dentro
do interesse público, embora goze de vantagens que
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO = equivale ao interesse são amparadas no interesse público.
do indivíduo da sociedade;
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO = necessidades e
anseios que o Estado possui como sujeito de direito. A busca indevida dos interesses
secundários, quando abre mão
Obs: Ocorrendo conflito, prevalece o interesse público dos interesses primários, enseja
primário. abuso de poder do Estado.
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- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE;
- PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA ;
Normas orientadoras das condutas do agente público
que busca satisfazer os interesses da coletividade. - PRINCÍPIO DA MORALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ;
PRINCÍPIOSDODIREITO - PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA ;

ADMINISTRATIVO - PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA ;


- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE;
- PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ;
ART.37, CAPUT,Cf - PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE ;
- PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE ;
- PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO ;
Há previsão expressa de cinco princípios:
- LEGALIDADE; - ISONOMIA;
- IMPESSOALIDADE; - FINALIDADE;
- MORALIDADE;
- PUBLICIDADE e - ESPECIALIDADE;
- EFICIÊNCIA. - SEGURANÇA JURÍDICA;
- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE
#MACETE sobre os DAS CONDUTAS ESTATAIS;
princípios explícitos da
Administração Pública:
OBS: os demais princípios decorrem expressamente
LIMPE da Constituição ou encontram-se implícitos nas
normas constitucionais e também estão expressos
em disposições infraconstitucionais.
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PRINCÍPIO EXCEÇÕES PRINCÍPIOda


dal egal idade - MEDIDA PROVISÓRIA
- ESTADO DE DEFESA
INTRANSCEDÊNCIA
- ESTADO DE SÍTIO
É caraceterístico das sanções e foi
É proibida a atuação do ente público e outras consagrado pelo Supremo Tribunal Federal.
condutas praticadas ao alvedrio do texto legal, Excepcionaliza a ideia de impessoalidade.
sendo considerada ilegítima quando não
houver previsão legal.

Impossibilita as sanções severas a


entidades federativas por ato da gestão
Sua atuação pode ocorrer de forma anterior à assunção dos deveres públicos.
EXPRESSA ou IMPLICITA PREVISTA
EM LEI, diante da possibilidade de editar
atos administrativos discricionários.

Nos casos em que um novo administrador


assume os cuidados e toma as providências
Resulta da regra de para que os prejuízos sejam sanados, havendo
indisponibilidade do irregularidades decorrentes das gestões
interesse público. anteriores, evita-se a aplicação das penalidades
à Administração Pública que venham a inibir a
governabilidade desse novo gestor.

Manifestada por meio dos seus SÚMULA 46 da AGU: "Será liberada da


representantes, a atuação Inclusive, o STF já negou pedido da União restrição, decorrente da inscrição do
administrativa fica limitada à de determinar a suspensão da condição município no SIAFI ou CADIN, a
vontade legal (vontade do povo). inadimplente e limitações dela decorrentes prefeitura administrada pelo prefeito que
pois as irregularidades decorreram da sucedeu o administrador faltoso quando
tomadas todas as providências
gestão anterior e não do novo gestor.
objetivando o ressarcimento ao erário."
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PRINCÍPIO
daimpessoal idade ATENÇÃO!
É necessário que ocorra uma atuação que
Não é necessário que a pessoa que será atingida não discrimine ninguém, sendo para Súmula Vinculante 13:
por tal ato seja conhecida, uma vez que a atuação beneficiar ou causar prejuízo a alguém. A nomeação de cônjuge,
do Estado é impessoal, fica o agente proibido de companheiro ou parente em linha
priorizar ou manifestar seu interesse ou de outro reta, colateral ou por afinidade, até o
(tendo por base o Princípio da Isonomia). terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento,
Para alguns doutrinadores, esse princípio
para o exercício de cargo em
Deverá ser observada, sob a perspectiva do é sinônimo ao Princípio da Finalidade: a
comissão ou de confiança ou, ainda,
agente, que quando há atuação do agente finalidade seria pública e por isso seria o
de função gratificada na
público, não é essa pessoa do agente quem administrador impedido de buscar
administração pública direta e indireta
pratica determinado ato e sim o Estado, que é objetivos próprios ou para terceiros.
em qualquer dos poderes da União,
REPRESENTADO por ele. dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.
O exercício da função pública fica desvirtuado
quando utilizam imagens, nomes ou símbolos
que fazem ligação entre a conduta estatal e a
pessoa do agente público, resultando em SÃO VEDADAS as designações recíprocas,
pública a conduta do administrador e não do mesmo que de forma indireta, não sendo
ente estatal. possível garantir a nomeação de parente do
agente público, seja por meio de favorecimento
pessoal ou por meio de troca.

OBS: não é aplicado nos casos de


nomeação de agentes para o
exercício de cargos políticos.
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PRINCÍPIO Uma prestação de serviços


eficiente deve ASSEGURAR a
celeridade quanto à solução das
PRINCÍPIOda
damoral idade controvérsias. eficiência
Impõe a lealdade, honestidade e É eficiente toda atuação cuja atividade
boa-fé da conduta no exercício da seja exercida com presteza e que
função administrativa. possua um bom desempenho funcional.

Por este motivo é que o Entende-se EFICIÊNCIA como a


Princípio da Eficiência e o produção de bens com qualidade e
Quando a atuação está em desarmonia com menos gastos.
os padõres da moralidade, acaba por Princípio da Celeridade
motivar a violação ao Princípio da Legalidade Processual estão conectados
(princípio amplo e abrangente por englobar um ao outro.
outros princípios e regras constitucionais)

A moralidade é um conceito jurídico são definidos os limites com gasto de pessoal.


indeterminado, por isso a jurisprudência Art. 169, Constituição
aplica sua violação como vício de Federal
legalidade da atuação administrativa.

Art. 41, Constituição avaliação periódica de desempenho, umas das


Federal hipóteses de aplicação desse princípio.

Deve observar a obrigatoriedade aos


padrões éticos de conduta para que
seja assegurado o exercício da função
pública a fim de atender às necessidades
de todos.
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PRINCÍPIO
daPUBLICIDADE EXCEÇÕES À
PUBLICIDADE
A finalidade é o conhecimento público
acerca das atividades que são praticadas
no exercício da função administrativa. Não permite que ocorra edição de atos
secretos por parte do poder público.
Determina que a atuação da Administração
seja plena e transparente. A segurança nacional e o relevante
interesse coletivo devem ser
Acaba por ser uma forma de resguardados, conforme preceitua a
controle da administração. Constituição Federal e isso, desde que
haja fundamento, pode excepcionalizar o
Lei 12.527/2011 - A Lei de Acesso às Informações
Princípio da Publicidade
estabelece o dever da publicidade para todos os
(art. 23, Lei 12.527/11).
órgãos da Administração Direta, além de autarquias,
Havendo interesse, qualquer pessoa pode fundações públicas, empresas públicas e sociedades
solicitar acesso à informação ao órgão ou de economia mista, inclusive as entidades privadas
entidade pública (desde que por meio sem fins lucrativos que recebem para realizar ações
legítimo). No pedido deve constar: A Administração deve manter o sigilo das
cujo interesse seja público, ajustes ou outros. condutas quando a publicidade dos
identificação do requerente e especificação
da informação requerida que deve ser atos for de encontro a alguma garantia
fornecida de imediato ou, havendo constitucional prevista na Constituição
justificativa, que seja prestada no prazo Federal (art. 5º, X). A vida privada, a
PUBLICIDADE e PUBLICAÇÃO não se confundem: imagem, honra e intimidade das pessoas
máximo de 20 dias.
não são sinônimos, pois a publicação é apenas uma são INVIOLÁVEIS.
das hipóteses da publicidade. Quando não observado
o dever de publicar, pode ser caracterizado como ato
de improbidade administrativa, conforme o art. 11, IV,
da Lei de Improbidade Administrativa nº 8.429/92.
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Princípio
docontraditório Nenhum cidadão pode ser

edaampl adefesa processado e julgado sem ter o


amplo conhecimento da situação e
o fundamento da instauração.

É o próprio direito do particular de ter ciência


Princípioda
sobre os acontecimentos no âmbito do processo
administrativo ou judicial de seu interesse e
também de manifestar-se nessa relação,
razoabil idade
requerendo provas e provocando a tramitação em O objetivo é impedir uma atuação
processo, seja ele administrativo ou judicial. inconsequente ou despropositada
por parte do administrador.
- DEFESA TÉCNICA: Súmula Vinculante 5, STF: A falta de defesa
técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição. Define que o agente não pode se valer do
próprio cargo ou função com a intenção
- DEFESA PRÉVIA: É necessário que o particular se manifeste antes de falsa de cumprir a lei para agir de forma
ser proferida a decisão administrativa, mas em casos emergenciais, onde o
ilegal e arbitrária fora dos padrões éticos e
interesse público está em perigo, é permitido que a atuação administrativa
anteceda a manifestação do particular. adequados ao senso comum.

- DUPLO GRAU DE JULGAMENTO ou DIREITO AO RECURSO


EXCEÇÕES ADMINISTRATIVO: possibilidade existente de reanalisar os atos
praticados pela Administração, por provocação do particular, com a Sempre que o mérito administrativo
finalidade de evitar que se perpetuem injustiças ou decisões que sejam extrapolar os limites impostos pela lei,
ilegais.
compete ao judiciário, desde que provocado,
sanar o vício da conduta estatal determinando
- DIREITO À INFORMAÇÃO: é o direito de todos os interessados de
a anulação do ato ílicito, seja por atuação que
conhecerem o conteúdo das decisões do processo, das provas e dos
demais atos.
afronta expresso dispositivo legal ou pela
Súmula Vinculante 3, STF: Nos processos perante o Tribunal de Contas da violação ao princípio da razoabilidade.
União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o
interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão
inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
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Princípioda
continuidade
DIREITO DE GREVE:
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA DE BENS
- Militares e policiais civis não possuem E SUBSTITUIÇÃO:
direito de greve e de sindicalização, A atividade do Estado deve ser contínua, - A Administração Pública pode ocupar, de
conforme entendimento do STF; não pode parar de prestar seus serviços forma provisória, bens para evitar a
- Art. 37, VI e VII, CF = direito de greve dos e não deve tolerar falhas e interrupções, interrupção da atividade pública nos casos de
servidores públicos civis e direito à livre pois as necessidades de uma sociedade serviços essenciais;
associação sindical; são inadiáveis. - Findo o contrato de concessão de serviços
- O direito de greve é norma de eficácia públicos, admite-se a transferência de
limitada, conforme entendimento do STF; propriedade dos bens das concessionárias
- O STJ entende que mesmo que não tenha que estejam atrelados à prestação do serviço.
É a obrigatoriedade do
direito à remuneração pelos dias parados, A reversão de bens móveis, imóveis, pessoal
desempenho da atividade
não pode haver o corte da remuneração e serviços vinculados ao objeto do contrato
pública.
durante o exercício desse direito, sob a acontece no caso de necessidade de
condição de que o movimento paredista acautelar apuração administrativa de faltas
tenha sido realizado de forma lícita; contratuais pelo contratado e também no caso
- O direito de greve do servidor configura de rescisão do contrato administrativo;
uma exceção ao princípio da - A substituição e a suplência são formas de
continuidade, a despeito de ser exercido evitar que a ausência de um determinado
respeitando os limites que foram definidos agente ocasione a não execução do serviço
em lei com o objetivo de evitar a total que lhe era atribuído.
paralisação da atividade pública.

INTERRUPÇÃO DA PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO MOTIVADA


EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO: POR RAZÕES DE ORDEM TÉCNICA OU INADIMPLEMENTO DO
Consiste no direito de suspender a execução do
USUÁRIO: em situações de emergência ou prévio aviso, quando
contrato em face de inadimplemento de outra parte.
motivadas por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e
Não necessita de autorização judicial, basta que se
por inadimplemento do usuário, não se caracterizam como descontinuidade
exija o provimento do Poder Judicial para que seja
do serviço. (Art. 6, §3º, Lei 8.987/95);
determinada a rescisão do contrato.
- Na hipótese de inadimplemento, o usuário deve ser previamente avisado,
conforme a lei;
- Caso enseje a interrupção de um serviço essencial à coletividade, é
ilegal, uma vez que será prejudicial ao seu interesse.
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Princípioda
autotutel a PRINCÍPIOda
Sem interferência do Poder Judiciário, o ente estatal
pode anular os atos praticados em atividades
essenciais, quando estes atos forem ilegais, ou
PROPORCIONALIDADE
revogá-los, quando forem inoportunos ou
A atuação do agente público deve ser
inconvenientes.
proporcional, havendo sempre um equilíbrio
entre o que motiva a prática de algum ato e a
Exercer a autotutela não faz com que É um poder-dever do poder consequência jurídica dessa conduta.
a incidência da tutela jurisdicional público de anular os atos ilegais.
seja afastada.
A finalidade é impedir que abusos ocorram
durante a atuação dos agentes públicos, de
Quando o particular se sentir lesado pelo forma que condutas que sejam inadequadas
Salvo má-fé do beneficiado, a extrapolem o limite da adequação quanto ao
ato, mesmo que não se tenha êxito ao
Administração Pública Federal prevê o desempenho das funções.
requerer de forma administrativa a anulação
prazo de 5 anos para que os atos
da conduta, poderá recorrer ao judiciário
favoráveis aos particulares sejam
para que, mais uma vez, seja verificada a
revistos, conforme a Lei 9.784/99. Enseja equílibrio entre o ato que é
legalidade da atuação estatal impugnada.
praticado e o resultado buscado pela
Administração Pública.

Súmula 473, STF: A administração pode anular seus


próprios atos quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los por motivo de conveniência ou Quando as decisões forem
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, Como efeito, a aplicação deste inadequadas, não respeitarem o
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. princípio busca tornar ilegal a equilíbrio no exercício da
conduta do agente que seja mais discricionariedade e extrapolarem os
intensa ou extensa do que deve ser limites da legalidade, podem ser
para alcançar o objetivo final da consideradas ANULADAS pelo Poder
norma que enseja a sua prática. Judiciário, podendo o administrador
público ser responsabilizado por abuso
de poder, conforme dispõe a lei.
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PRINCÍPIOda "As decisões administrativas dos tribunais


serão motivadas em sessão pública, sendo
as disciplinares tomadas pelo voto da maioria

motivação absoluta de seus membros;".


Conforme o Art. 93, X, CF, a motivação das
decisões é obrigatória.
PRINCÍPIOda
É o dever que se impõe ao ente
estatal de indicar os pressupostos
de fato e de direito que determinam Sendo as decisões proferidas na esfera
isonomia
administrativa, devem tomar por base as
a prática dos atos administrativos.
consequências práticas da decisão,
conforme disposto no A Administração Pública deve
A validade da atuação administrativa Art. 20, da LINDB. tratar igualmente os iguais e
relaciona-se com a formal apresentação desigualmente os desiguais, na
dos fundamentos fáticos e jurídicos que medida de suas desigualdades.
justificam a decisão adotada.
Decreto 9.830/2019: a decisão
administrativa precisa contar com os motivos Quanto ao aspecto material, a isonomia
explícitos e contextualizados dos fatos, é justificada tratando de forma diferente
É indispensável ao controle dos atos indicar os fundamentos de mérito e jurídico, com o objetivo de igualar juridicamente
administrativos, pois atesta para a fundamentar e apresentar a congruência aqueles que são desiguais de fato.
sociedade as razões que levaram o poder entre norma e fato que foram base. Ainda,
público a atuar de tal forma. deve ser indicado as normas, doutrinas,
jurisprudências e interposições que foram
Dessa maneira, é possível que os
usadas. Este decreto também dispõe sobre a A isonomia material se faz necessária
próprios cidadãos analisem a legitimidade
motivação dos atos que determinam a para que o acesso a direitos mínimos
e a adequação dos motivos. anulação do anterior. sejam garantidos, uma vez que nosso
país conta com uma grande
desigualdade social excludente.
MOTIVAÇÃO ALIUNDE: A motivação deve
ser explícita, clara e congruente, podendo A motivação aliunde ocorre
consistir em declaração de concordância com quando o administrador justifica Como tentativa de diminuir o cenário de
fundamentos de anteriores pareceres, a razão do seu ato com base nos abismo social que há no Brasil, ações
motivos de conduta previamente afirmativas são de extrema importância.
informações, decisões ou propostas que,
neste caso, serão parte integrante do ato. editada.
Art. 50, §1º, Lei 9.784/99
Súmula 683, STF: o limite de idade para a
inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, da Constituição Federal,
quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
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Princípioda
presunçãodel egitimidadeede
veracidadedascondutasestatais
Estabalece caracterísicas aos atos
Quando as presunções forem relativas administrativos em decorrência da supremacia
ou juris tantum, até que o particular que do interesse público sobre o privado.
foi atingido prove o contrário, o ato
administrativo irá estampar a situação de
fato real. A presunção da legitimidade é a
O Art. 116, IV da Lei 8.112/90 dispõe presunção jurídica, sendo assim, até
que é dever do servidor cumprir as provar o contrário, o ato é editado nos
ordens superiores, com exceção se moldes da lei e configura hipótese de
forem manifestamente ilegais. presunção relativa.
Esse ato administrativo goza de fé
Há doutrinadores que consideram
pública e os fatos demonstrados
mitigação deste atributo, pois permite
presumem-se verdadeiros em
ao servidor que não cumpra alguma
equivalência aos que de fato
ordem de seu superior hierárquico. Essa presunção relativa poderá ser
aconteceram.
suprida mediante a comprovação do
interessado.

A presunção da veracidade decorre de


fatos e causa a INVERSÃO DO ÔNUS
DA PROVA dos fatos que foram
alegados no ato administrativo.
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PODERESADMINISTRATIVOS
Funcionam como mecanismos e
prerrogativas que estão à disposição da OBS: os poderes do Estado NÃO
Administração, atribuídas a fim de se confundem com os da
viabilizar o interesse público. Administração, uma vez que não são
instrumentais, mas estruturais, ou seja,
que realizam atividade pública
(Executivo/Legislativo/Judiciário).

FORMA COMISSIVA: o ato


praticado ocorre fora dos limites
Nos casos de não previstos.
observância do
interesse público, ocorre
ABUSODEPODER FORMA OMISSIVA: o agente
abuso de poder. público deixa de exercer
determinada atividade
previamente imposta por lei,
omitindo-se aos seus deveres.

EXCESSO DE PODER DESVIO DE PODER

Ocorre quando o agente do Estado pratica um


Acontece quando a autoridade atua fora
ato (mesmo quando dentro dos limites da sua
dos limites da competência. Praticam-se
competência) visando uma finalidade diversa
atos que não foram previstos por lei.
da previamente prevista em lei.
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A lei prevê uma única conduta


O ato administrativo deve ser praticado,
PODER a ser realizada: a lei cria um
ato administrativo e já
uma vez que os requitos previstos
vincul ado estabelece os elementos de
estejam preenchidos e não há
possibilidade quanto a emissão de juízo
forma objetiva, não permitindo
de valor por parte da autoridade.
que a autoridade pública
possa valorar a conduta
exigida.

O administrador ainda está


subordinado à lei, mas é É devido ao administrador eleger condutas
poder oferecida uma margem de
opção a ele na sua forma de
que se adequem melhor à determinada
situação concreta, observando a conveniência
discricionário atuar, ficando a seu critério e oportunidade, elementos referentes ao
identificar e utilizar-se da poder discricionário e que fazem parte do
solução que mais se adequa à mérito da atuação.
situação.

CONTROLE JUDICIAL Mesmo que o ato


DA ATIVIDADE A discricionariedade é o meio de O poder é administrativo seja
analisar a oportunidade a ADMINISTRATIVO e discricionário, é dependente
ADMINISTRAIVA conveniência na atuação do ente. não jurisdicional. do controle jurisdicional quanto
DISCRICIONÁRIA
à adequação perante a lei.
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PODERNORMATIVO/
REGULAMENTAR
regul amentos
É o poder que a Administração Pública tem
Consiste no ato normativo do Chefe do de expedir normas gerais: atos
Poder Executivo, diferentemente do administrativos gerais e abstratos com Poder Regulamentar e Poder
decreto, que é sua forma. efeito erga omnes. Normativo não são sinônimos. Um
É diferente da edição de lei, este é somente serve para regular determinados atos
Se divide em duas espécies: um mecanismo para editar normas que são e outro expede regulamentos.
complementates. O PODER REGULAMENTAR é uma
- Regulamentos Executivos - editados espécie de PODER NORMATIVO,
para que cumpram a fiel execução da sendo poder privativo do Chefe do
lei; não é possível inovar o ordenamento Executivo.
jurídico, mas pode complementar a lei.

- Regulamentos Autônomos - atuam


com o objetivo de substituir a lei e
podem inovar o ordenamento
O STJ estabelece que "os
jurídico, determinando normas que não - Facilita a compreensão da lei; regulamentos autônomos são vedados
são disciplinadas em lei. - Os atos são sempre inferiores à lei; no ordenamento jurídico brasileiro, a
- Objetivam regulamentar situações de não ser pela exceção do art. 84, VI,
caráter geral e abstrato, uma vez que CF".
facilitam a execução da lei.
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PODERhierárquico

Tem alçada para organizar, distribuir


VINCULAÇÃO/ e escalonar funções dos órgãos
(poder de estruturação interna da
TUTELAADMINISTRATIVA atividade pública), não havendo
manifestação hierárquica externa
Ocorre entre a Administração DIRETA e entre pessoas jurídicas.
INDIRETA que permite que a Direta DELEGAÇÃO
controle os atos da Indireta. Não se dá
pela hierarquia, mas pela criação por lei
dos entes descentralizados do Poder Consiste na ampliação temporária das OBS: HIERARQUIA é o
Público. competências de um órgão a outro de controle interno entre os
igual ou inferior hierarquia. órgãos e os agente da pessoa
Assim sendo, os dois órgãos são jurídica.
competentes para praticar determinado ato
durante a vigência da delegação.
O STF, de acordo com a Súmula
nº 510, classifica, como
AVOCAÇÃO A manutenção da competência do agente,
autoridade coautora, o agente
ainda que ocorra APÓS a delegação, é
que pratica o ato, mesmo que
chamada de CLÁUSULA RESERVA.
tenha feito através de delegação.
O superior hierárquico pode, de forma
temporária, chamar pra si a competência
que antes era pra ser exercida por agente
subalterno, desde que não seja atribuição
de competência exclusiva do órgão
subordinado.
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PODERdiscipl inar
É o poder que apura as infrações e
aplica as devidas sanções por parte Nos parâmetros da lei, a autoridade
do Poder Público para todos que administrativa que for competente
É sujeito ao controle feito pela poderá definir a intensidade da
possuam o vínculo de natureza
administração e pelo Poder Judiciário penalidade a ser aplicada
especial com o Estado: servidores ou
toda vez que a conduta do considerando a gravidade da
não, geralmente por relação
Adminstrador não condisser com a infração, observando o Princípio da
contratual ou hierárquica.
legalidade ou quando aplicar sanções Proporcionalidade.
no exercício do Poder Discricionário
Por isso, não é possível que seja
SEM que seja observado o Princípio da Uma vez que as sanções estejam
aplicado aos particulares, já que não
Proporcionalidade. previamente estipuladas, resta ao
possuem vínculo com a Administração e
não são subordinados à disciplina agente público certa margem de
interna. escolha no que tange à aplicação da
pena e, por isso, não se pode dizer que
o Poder Disciplinar é, em sua essência,
OBS: a punição administrativa pelo discricionário, embora entendimento
ilícito praticado pelo agente público tradicional.
NÃO gera impedimentos quanto à
responsabilização pelo mesmo fato
na esfera penal e civil. Em conformidade com a doutrina
majoritária, os atos que decorrem do
O STF argumenta a impossibilidade de
Poder Disciplinar são discricionários,
substituição do mérito administrativo
porém essa discricionariedade não se
pelo Poder Judiciário quando o controle
estende à decisão quanto a sanção ou
jurisdicional estiver limitado à
não do agente infrator.
legalidade das sanções aplicadas.
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CICLOSDEPOLÍCIAEDELEGAÇÃO
PODERdepol ícia
- Ordem de Polícia = verifica-se da Restringe o exercício de liberdade
imperatividade e impõe restrições aos individual de uso, gozo e disposição da
particulares independentes de concordância. propriedade privada para que possam
Ex.: requisitos que o CTB estabelece para obter ser adequados ao interesse público. É
CNH. uma atividade administrativa que POLÍCIAADMINISTRATIVA
- Consentimento da Polícia = acontece no
momento em que a lei autoriza o exercício de
ocorre de forma típica, sendo aplicada X
aos particulares sem exigir vínculo de
atividade condicionada à aceitabilidade estatal. natureza especial. POLÍCIAJUDICIÁRIA
Ex.: autorizações e licenças. - Polícia Administrativa: recai sobre
- Fiscalização de Polícia = é a possibilidade que bens e direitos, condicionando-os à
o ente estatal possui para controlar as busca do interesse da coletividade. (Art.
atividades que são submetidas a este poder OBS: O STF declarou que os
78, CTN)
para verificar seu cumprimento. Ex.: fiscalização conselhos reguladores de
profissão possuem natureza
- Polícia Judiciária: tem como objetivo
pelos radares eletrônicos. prevenir e reprimir a prática de ilícitos
- Sanção de Polícia = consiste na aplicação das jurídica de AUTARQUIA, pois
atuam no exercício do poder de criminais.
penalidades quando se verifica o
polícia ao estabelecerem
descumprimentos das normas impostas pelo restrições ao exercício da
Poder Público. Ex.: multas, reboque de carros. liberdade profissional e que
este poder é indelegável a
particulares.

del egaçãodosatosdepol ícia NATUREZADOSATOSDEPOLÍCIA

São parcialmente delegáveis! O consentimento e a Atualmente, admite-se os ATOS


fiscalização podem ser delegados para pessoas jurídicas de POSITIVOS decorrentes do exercício do
direito privado. E, em conformidade com o STF, é possível OBS: a MULTA possui Poder de Polícia como natureza dos atos.
que a SANÇÃO também seja delegada, desde que: a) caráter de penalidade Em algumas situações, através de
adminsitrativa e pode ser legislação expressa, o Poder Público
ocorra por meio de lei; b) o capital social seja
inscrita em dívida ativa e ser determina obrigações de fazer aos
majoritariamente público; c) a entidade preste atividade executada pelo devido
exclusiva de serviço público de atuação própria do Estado e particulares.
processo legal.
prestação em regime não concorrencial.
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DISCRICIONARIEDADE

Liberdade estabelecida em lei


AUTOEXECUTORIEDADE
ao administrador para decidir
perante o caso concreto.
Autoriedade administrativa deve
decidir e praticar atos de polícia
EXCEÇÃO: há casos em que a
administração, no poder de
ATRIBUTOS/ sem necessidade de intervenção
do judiciário.
polícia, pode atuar de maneira
vinculada.
CARACTERISTICAS Somente é permitido quando
DOPODERDE
Ex: licença para construção.
previsto em lei ou em situações
emergenciais.

POLÍCIA Ex: apreensão de alimentos


impróprios para o consumo.

COERCIBILIDADE

O ato de polícia deve ser obedecido


independentemente da vontade dos exigibil idade + executoriedade
particulares.
É permitido que a Administração faça o
uso de meios indiretos de coerção para
cumprir o que foi determinado.
Ex.: multa Pode utilizar meios Pode utilizar meios
indiretos de coação. diretos de coação -
Ex: multa. força física.
Ex: apreensão

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