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( Princípios Constitucionais da Administração )

• DIREITO ADMINISTRATIVO: → PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:


É o ramo do direito público que tem por objeto – Este princípio estabelece que a Administração
órgãos, agente e pessoas jurídicas administrativas que possui limites, ou seja, que ela não está livre para
integram a Administração Pública, a atividade jurídica fazer ou deixar de fazer algo de acordo com a vontade
não contenciosa que exerce e os bens de que utiliza do administrador.
para a consecução de seus fins, de natureza pública. – Segundo ele, todos os atos da Administração têm
que estar em conformidade com os princípios legais.
– Este princípio observa não só as leis, mas também
• CARATERÍSTICAS: os regulamentos que contém as normas
a) Pertence ao ramo do Direito Público – ou seja, está administrativas contidas em grande parte do texto
submetido às regras de caráter público. Constitucional. Quando a Administração Pública se
b) Considerado como direito não codificado, pois suas afasta destes comandos, pratica atos ilegais,
normas não estão reunidas em uma só lei. produzindo, por consequência, atos nulos e
c) Não contencioso – ou seja, não há tribunais ou respondendo por sanções por ela impostas (Poder
juízes administrativos. Disciplinar). Os servidores, ao praticarem estes atos,
d) Possui regras que se traduzem em Princípios podem até ser demitidos.
Constitucionais (que estão previstos na Constituição
Federal) e Princípios Infraconstitucionais (previstos
em outras leis) → PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
e) Tem como objeto o estudo da organização e
estrutura da Administração Pública. – Administração só pode praticar atos impessoais se
tais atos vão propiciar o bem comum para a
coletividade.
• FONTES: – Os atos impessoais se originam da Administração,
não importando quem os tenha praticado. Esse
– Leis: é a fonte primária do Direito Administrativo, princípio deve ser entendido para excluir a promoção
podendo ser considerada como fonte as várias pessoal de autoridade ou serviços públicos sobre suas
espécies dos atos normativos. relações administrativas no exercício de fato, pois, de
– Doutrina: formada pelo sistema teórico dos acordo com os que defendem esta corrente, os atos
princípios aplicáveis ao Direito Administrativo. são dos órgãos e não dos agentes públicos.
– Jurisprudência: representa o entendimento – Tem por objetivo fazer a administração pública atuar
reiterado dos tribunais sobre um mesmo tema. na efetivação precisa do interesse público , sem
qualquer prejuízo ou favorecimento de pessoas ou
grupos.
• PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
ADMINISTRAÇÃO:
– Art. 37. A administração pública direta e indireta de → PRINCÍPIO DA MORALIDADE:
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do – Está diretamente relacionado com os próprios atos
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos dos cidadãos comuns em seu convívio com a
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, comunidade, ligando-se à moral e à ética
publicidade e eficiência. administrativa, estando esta última sempre presente na
vida do administrador público, sendo mais rigorosa
– Princípios: são mandamentos que se irradiam sobre que a ética comum.
as normas, dando-lhes sentido, harmonia e lógica. No – A moralidade administrativa constitui pressuposto
sistema jurídico brasileiro, os princípios constituem o de validade de todo ato administrativo. A moral
próprio espírito do legislador. administrativa pode ser entendida como um conjunto
de regras de conduta tiradas da disciplina interior da
– Assim, os princípios constituem a base da Administração.
sustentação de todas as ações de administradores e – O administrador público tem que ser honesto, tem
empregados públicos, representando o que se acredita que ter probidade e, que todo ato administrativo, além
como certo, correto e legal. de ser legal, tem que ser moral, sob pena de sua
nulidade.
→ PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: ► nos casos de investigação policial: onde o
Inquérito Policial é extremamente sigiloso (só a ação
– É a divulgação oficial do ato da Administração para penal que é pública);
a ciência do público em geral, com efeito de iniciar a ► nos casos dos atos internos da Administração
sua atuação externa, ou seja, de gerar efeitos jurídicos. Pública: nestes, por não haver interesse da
Esses efeitos jurídicos podem ser de direitos e de coletividade, não há razão para serem públicos.
obrigações.
– É um dever atribuído à administração pública dar
total transparência a todos sobre os atos que praticar,
além de fornecer todas as informações solicitadas → PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA:
pelos particulares, sejam públicas, de interesse pessoal – Foi inserido através da E.C. 19/1998 e não se limita
ou mesmo personalíssimas. apenas aos serviços públicos prestados pela
– Efeitos: Presumir o conhecimento dos interessados; Administração Direta e Indireta.
desencadear o prazo para interposição de recursos; – Assim, o Princípio da Eficiência também se aplica
marcar o início do prazo de prescrição; impedir a aos concessionários dos serviços públicos.
alegação de ignorância. – Pode ser compreendido como o dever que se impõe
– Comporta algumas exceções: a todo agente público de realizar suas atribuições com
► nos casos de segurança nacional: seja ela de presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais
origem militar, econômica, cultural etc.. Nestas moderno princípio da função administrativa, que já
situações, os atos não são tornados públicos. Por não se contenta em ser desempenhada apenas em
exemplo, os órgãos de espionagem não fazem legalidade, exigindo resultados positivos para o
publicidade de seus atos; serviço público e satisfatório para o atendimento das
necessidades da comunidade e de seus membros.

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