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• CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Criação Recente;
- Matéria não codificada;
- Jurisprudência do Conselho de Estado (França); Regime de jurisdição DUPLA;
- É formado por princípios próprios;
- Se relaciona com outros ramos do Direito.
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1. Desigualdade jurídica entre a Administração Pública e os administrados, em
razão da prevalência do interesse público sobre o particular.
2. Presunção relativa de legitimidade dos atos administrativos.
3. Necessidade de poderes discricionários para a Administração Pública atender
ao interesse público.
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↪ A aplicação de uma regra no caso concreto afasta a aplicação de outra que com
ela conflite.
↪ Lógica do tudo ou nada.
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- INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO: Consiste nos anseios do Estado,
considerado como pessoa jurídica, um simples sujeito de direitos, ou seja, são os
interesses privados desse sujeito.
Obs. O interesse público e o interesse privado podem se coincidir, mas caso sejam
contrários, em via de regra, prevalece o interesse primário.
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↪ Representa também o termo inicial para a contagem de prazos.
↪ Permite a fiscalização e controle dos atos administrativos.
↪ Exceções ao Princípio da Publicidade:
A. Inviolabilidade a intimidade e a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.
B. Direito à informação, ressalvadas as informações imprescindíveis à
segurança da sociedade e do Estado, ou seja, permite manter o sigilo.
C. Quando a defesa da intimidade ou do interesse social o exigirem.
↪ Publicidade para informar, orientar e educar.
↪ Vedação da promoção pessoal.
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UNIÃO
GOVERNO TEMPORÁRIO
DISTRITO FEDERAL
ATOS DE GOVERNO REPÚBLICA FEDERATIVA
ESTADOS
ATOS ADMINISTRATIVOS
MUNÍCIPIOS
Obs.1. Existem pessoas jurídicas de Direito Privado fora dessa estrutura que
também prestam atividade administrativa, como por exemplo permissionárias e
concessionárias, as quais não integram a estrutura da administração pública.
Obs.2. Também existem atividades que atuam em cooperação para a realização dos
fins do Estado, como por exemplo as Organizações Sociais.
I. Planejamento.
II. Coordenação.
III. Descentralização.
IV. Delegação de Competência.
V. Controle.
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03. FORMAS DE EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A. DEFINIÇÕES:
↪ Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Direta ou da
estrutura da Administração Indireta (Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2º).
↪ Unidade abstrata que sintetiza os vários círculos de atribuições de poderes
funcionais do Estado, repartidos no interior da personalidade estatal e expressados
por meio dos agentes neles providos (Celso Bandeira de Mello e Fernanda Marinela).
↪ Centros especializados de competência (Hely Lopes Meirelles).
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• ÓRGÃOS SUPERIORES: Possuem atribuições de direção, controle e decisão,
mas sempre estão sujeitos ao controle hierárquico de uma instância mais alta.
↪ Não têm nenhuma autonomia, seja administrativa seja financeira.
↪ Exemplos: Procuradorias, Coordenadorias, Gabinetes.
Obs. Os órgãos singulares podem ser compostos por mais de uma agente,
embora suas decisões sejam tomadas apenas por seu chefe.
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↪ Podem ser subdivididos em:
1. ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SUPERIOR: Aqueles que decidem, ordenam, dirigem e
planejam, aos quais competem a formação e a manifestação originária da vontade
do Estado, assumindo responsabilidade jurídica e política das decisões.
2. ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO: Aqueles sujeitos à subordinação hierárquica; são
subalternos, competindo-lhes a manifestação secundária da vontade do Estado.
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A. AUTARQUIAS: São pessoas jurídicas de Direito Público que desenvolvem
atividades administrativas típicas de Estado e gozam de liberdade administrativa
nos limites da lei que as criou.
↪ É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica (ou seja, ela
responde por seus atos, não imputando à administração direta suas ações, sejam
elas corretas ou erradas), patrimônio e receita próprios, para executar atividades
típicas da administração pública, que requeiram, para seu funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada (Decreto-Lei n° 200/1967).
↪ Não são subordinadas a órgão nenhum do Estado, mas apenas controladas, tendo
direitos e obrigações distintos do Estado.
↪ Ou seja, são instituídas por lei, têm autonomia administrativa e financeira, mas
estão sujeitas ao controle do Estado.
* INÍCIO: São criadas por lei e inscritas no órgão de registro das pessoas jurídicas.
* EXTINÇÃO: São extintas por lei, conforme vontade do Poder Público através do
Chefe do Executivo, levando-se a extinção decretada por lei no cartório registrado.
* ORGANIZAÇÃO: São organizadas por meio dos órgãos internos hierarquizados,
superiores e subordinados.
* OBJETO: É qualquer função sem caráter econômico, própria e típica do Estado, via
de regra voltada para prestar serviços públicos.
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• AUTARQUIAS CULTURAIS: Possuem funções na área de educação e ensino.
↪ Exemplos: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade
Estadual de São Paulo (USP).
↠ BENS: PÚBLICOS.
Art. 98, CC. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem.
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↠ PESSOAL: Regime Jurídico Único, Estatuários ou Celetistas.
↠ PRERROGATIVAS:
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I. ESPÉCIES DE AGÊNCIAS:
Obs.2. Agência que não recebem o nome de Agência: CVM – Comissão de Valores
Mobiliários.
• Dirigentes com mandato com prazo fixo, mas limitado ao mandato da autoridade
nomeante;
* Por renúncia;
* Por condenação judicial com trânsito em julgado;
* Em decorrência de condenação em processo administrativo disciplinar.
Obs. Deve seguir as normas gerais de licitação e contratos públicos – Lei 8666/93.
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B. FUNDAÇÕES PÚBLICAS: É um patrimônio destacado por um fundador para uma
atividade específica, sendo criado por um dos entes federados.
↪ Uma pessoa jurídica composta de um patrimônio personalizado, que realiza
atividade sem fim lucrativo e que não são típicas do Estado, mas ainda assim de
interesse da coletividade, como pesquisa, cultura e educação.
↪ É pública porque é instituída pelo Estado, mas pode ter Regime Jurídico
Administrativo (fundação pública / autarquia fundacional) ou de Direito Privado
(fundação pública de regime privado / fundação governamental), com Regime
Jurídico de Direito Privado.
↪ ROL EXEMPLIFICATIVO:
* FUNCEP – Fundação Centro de Formação de Servidores Públicos;
* Fundação Casa Popular;
* Fundação Brasil Central;
* FUNAI – Fundação Nacional do Índio;
* FAPESP - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo;
* Fundação Padre Anchieta Rádio e TV Educativas;
* IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
* IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadas.
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• Regime de Pessoal é a CLT – Empregados públicos, mas com respeito ao teto, a
vedação de acumulação, a LIA e para fins penais, como servidores públicos;
• Dirigentes sujeitos a Ministério Supervisor e a Administração Pública;
FUNPRESP- EXE (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público
Federal do Poder Executivo e FUNPRESP-Jud).
• DEFINIÇÃO:
Art. 51, Lei 9.649/98. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência
Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - Ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da
República.
§2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa
específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de
gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros
para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.
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• O objetivo da qualificação é tornar a Autarquia ou Fundação mais eficiente, com
otimização de recursos, redução de custos e aperfeiçoamento dos serviços
prestados, mas atos e contratos seguem Regime Administrativo.
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IV. CARACTERÍSTICAS:
• Embora o regime jurídico delas seja de Direito Privado, este regime sofre
mitigação, porque se mistura com algumas normas de Direito Público, formando um
Regime Híbrido.
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• Precisam licitar nos termos da Lei nº 13.303/2016.
• O Regime de Pessoal das duas é o de Emprego Público regido pela CLT, exceto para
o caso dos dirigentes e conselheiros que seguem o regime legal da Lei nº
13.303/2016.
• Submetem-se:
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• A aquisição e a alienação dos bens delas deve obediência ao estatuído na Lei nº
13.303/2016.
E. TERCEIRO SETOR
• SETORES ECONÔMICOS
• ENTES DE COOPERAÇÃO
• CARACTERÍSTICAS:
- Estão sujeitas a licitação, mas com regras estabelecidas no Regulamento
Simplificado do Sistema “S”.
- Julgamento pela Justiça Estadual, conforme Súmula 516, STF (O Serviço Social
da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual).
- São instituídas pelas respectivas confederações (patronais), depois de
autorização legislativa;
- Regime de pessoal celetista, estão sujeitos à CLT;
- Contra atos dos dirigentes cabe Mandado de Segurança;
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II. ENTIDADES DE APOIO
• São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos. Desse modo, são
constituídas como FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO, como as associações e
cooperativas.
• CARACTERÍSTICAS:
- Recebem fomento do Estado;
- Convênio é a forma de vínculo com o Estado;
- Regime de pessoal celetista, estão sujeitos à CLT.
• São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades
sejam dirigidas ao Ensino, à Pesquisa Científica, ao Desenvolvimento Tecnológico,
à Proteção e Preservação do Meio Ambiente, à Cultura e à Saúde.
• CARACTERÍSTICAS:
- Recebem apoio do Estado.
- Atividades: cultura, saúde, ensino e pesquisa científica, meio ambiente,
desenvolvimento tecnológico.
- “OS” é um qualificação recebida do Estado;
- Firmam contrato de gestão com o Estado, depois de procedimento público de
escolha.
• É uma pessoa jurídica de direito privado, que presta SERVIÇOS SOCIAIS NÃO
ESCLUSIVOS DO ESTADO.
• CARACTERÍSTICAS:
- O vínculo com o Estado advém de termo de parceria;
- Qualificação mediante habilitação junto ao Ministério da Justiça;
- Atuação: Assistência social, cultura, desenvolvimento econômico, meio
ambiente, patrimônio histórico e artístico, etc.
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V. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL – OSC’S (ONG)
• São regidas pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
(MROSC) – Lei nº 13.019/2014 com suas alterações.
• DEFINIÇÃO:
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↠ LEI 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014
Art. 5º. O regime jurídico de que trata esta Lei tem como fundamentos a gestão pública
democrática, a participação social, o fortalecimento da sociedade civil, a transparência
na aplicação dos recursos públicos, os princípios da legalidade, da legitimidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da economicidade, da eficiência e da
eficácia.
Art. 19. A proposta a ser encaminhada à administração pública deverá atender aos
seguintes requisitos:
I - Identificação do subscritor da proposta;
II - Indicação do interesse público envolvido;
III - Diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou desenvolver e, quando
possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios e dos prazos de execução da
ação pretendida.
Art. 20. Preenchidos os requisitos do Art. 19, a administração pública deverá tornar
pública a proposta em seu sítio eletrônico e, verificada a conveniência e oportunidade
para realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social, o instaurará para
oitiva da sociedade sobre o tema.
Parágrafo Único. Os prazos e regras do procedimento de que trata esta Seção observarão
regulamento próprio de cada ente federado, a ser aprovado após a publicação desta Lei.
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III - (Revogado)
IV - Custos;
V - (Revogado)
VI - Indicadores, quantitativos ou qualitativos, de avaliação de resultados.
Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração
ou de fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações
da sociedade civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
§1º O edital do chamamento público especificará, no mínimo:
I - A programação orçamentária que autoriza e viabiliza a celebração da parceria;
II - (Revogado)
III - O objeto da parceria;
IV - As datas, os prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das propostas;
V - As datas e os critérios de seleção e julgamento das propostas, inclusive no que se
refere à metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um dos critérios
estabelecidos, se for o caso;
VI - O valor previsto para a realização do objeto;
VII - (Revogado)
VIII - As condições para interposição de recurso administrativo;
IX - A minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria;
X - De acordo com as características do objeto da parceria, medidas de acessibilidade
para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e idosos.
§2º É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou
condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo em
decorrência de qualquer circunstância impertinente ou irrelevante para o específico
objeto da parceria, admitidos:
I - A seleção de propostas apresentadas exclusivamente por concorrentes sediados ou
com representação atuante e reconhecida na unidade da Federação onde será executado
o objeto da parceria;
II - O estabelecimento de cláusula que delimite o território ou a abrangência da prestação
de atividades ou da execução de projetos, conforme estabelecido nas políticas setoriais.
Art. 26. O edital deverá ser amplamente divulgado em página do sítio oficial da
administração pública na internet, com antecedência mínima de trinta dias.
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Art. 28. Somente depois de encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, a
administração pública procederá à verificação dos documentos que comprovem o
atendimento pela organização da sociedade civil selecionada dos requisitos previstos
nos arts. 33 e 34.
§1º Na hipótese de a organização da sociedade civil selecionada não atender aos
requisitos exigidos nos arts. 33 e 34, aquela imediatamente mais bem classificada poderá
ser convidada a aceitar a celebração de parceria nos termos da proposta por ela
apresentada.
§2º Caso a organização da sociedade civil convidada nos termos do § 1º aceite celebrar a
parceria, proceder-se-á à verificação dos documentos que comprovem o atendimento
aos requisitos previstos nos arts. 33 e 34.
§3º (Revogado)
Art. 32. Nas hipóteses dos arts. 30 e 31 desta Lei, a ausência de realização de chamamento
público será justificada pelo administrador público.
§1º Sob pena de nulidade do ato de formalização de parceria prevista nesta Lei, o extrato
da justificativa previsto no caput deverá ser publicado, na mesma data em que for
efetivado, no sítio oficial da administração pública na internet e, eventualmente, a
critério do administrador público, também no meio oficial de publicidade da
administração pública.
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§2º Admite-se a impugnação à justificativa, apresentada no prazo de cinco dias a contar
de sua publicação, cujo teor deve ser analisado pelo administrador público responsável
em até cinco dias da data do respectivo protocolo.
§3º Havendo fundamento na impugnação, será revogado o ato que declarou a dispensa
ou considerou inexigível o chamamento público, e será imediatamente iniciado o
procedimento para a realização do chamamento público, conforme o caso.
§4º A dispensa e a inexigibilidade de chamamento público, bem como o disposto no Art.
29, não afastam a aplicação dos demais dispositivos desta Lei.
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§7º Configurado o impedimento do § 6º , deverá ser designado gestor ou membro
substituto que possua qualificação técnica equivalente à do substituído.
Art. 35-A. É permitida a atuação em rede, por duas ou mais organizações da sociedade
civil, mantida a integral responsabilidade da organização celebrante do termo de
fomento ou de colaboração, desde que a organização da sociedade civil signatária do
termo de fomento ou de colaboração possua:
I - Mais de cinco anos de inscrição no CNPJ;
II - Capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar diretamente a
atuação da organização que com ela estiver atuando em rede.
Parágrafo Único. A organização da sociedade civil que assinar o termo de colaboração ou
de fomento deverá celebrar termo de atuação em rede para repasse de recursos às não
celebrantes, ficando obrigada a, no ato da respectiva formalização:
I - Verificar, nos termos do regulamento, a regularidade jurídica e fiscal da organização
executante e não celebrante do termo de colaboração ou do termo de fomento, devendo
comprovar tal verificação na prestação de contas;
II - Comunicar à administração pública em até sessenta dias a assinatura do termo de
atuação em rede.
Art. 36. Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes da
parceria.
Parágrafo Único. Os bens remanescentes adquiridos com recursos transferidos poderão,
a critério do administrador público, ser doados quando, após a consecução do objeto, não
forem necessários para assegurar a continuidade do objeto pactuado, observado o
disposto no respectivo termo e na legislação vigente.
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XIV - Quando for o caso, a obrigação de a organização da sociedade civil manter e
movimentar os recursos em conta bancária específica, observado o disposto no art. 51;
XV - O livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do
Tribunal de Contas correspondente aos processos, aos documentos e às informações
relacionadas a termos de colaboração ou a termos de fomento, bem como aos locais de
execução do respectivo objeto;
XVI - A faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo, com as
respectivas condições, sanções e delimitações claras de responsabilidades, além da
estipulação de prazo mínimo de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não
poderá ser inferior a 60 (sessenta) dias;
XVII - A indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução da parceria,
estabelecendo a obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa, com a
participação de órgão encarregado de assessoramento jurídico integrante da estrutura
da administração pública;
XVIII - (Revogado);
XIX - A responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo gerenciamento
administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às
despesas de custeio, de investimento e de pessoal;
XX - A responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do
objeto previsto no termo de colaboração ou de fomento, não implicando
responsabilidade solidária ou subsidiária da administração pública a inadimplência da
organização da sociedade civil em relação ao referido pagamento, os ônus incidentes
sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição à sua execução.
Parágrafo Único. Constará como anexo do termo de colaboração, do termo de fomento
ou do acordo de cooperação o plano de trabalho, que deles será parte integrante e
indissociável.
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01. CONCEITO: Agente Público é aquele que presta qualquer tipo de serviço ao
Estado, exercendo funções públicas ainda que temporariamente e sem
remuneração.
↪ Podem figurar no Polo Passivo da Medida de Segurança e são alvos da Lei de
Improbidade Administrativa.
02. MEMBROS
Obs. Tendo em vista os exemplo acima, esses não são considerados agentes
públicos vez que ingressam na Administração Pública por meio de Concurso, não
possuem mandato fixo, possuem vínculo técnico-profissional com o Estado, não
respondem pela alta direção do Estado, não integram o Governo e não elaboram as
políticas públicas.
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Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
V - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Art. 37, IX, CF. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público.
• Não possuem cargo, nem emprego público, apenas exercem uma função pública
remunerada temporária.
↪ Exemplos: Recenseadores do IBGE, professores substitutos em universidades
federais e contratados para auxiliar em casos de calamidade pública.
IV. AGENTES MILITARES: São as pessoas físicas que prestam serviços a uma
categoria diferenciada na Administração Pública, vez que possuem como
princípios de sua organização, a hierarquia e a disciplina.
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• Os membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) são
Servidores Públicos da União, vez que tratam-se de instituições permanentes e
regulares, em que a autoridade suprema é o Presidente da República, responsável
por conferir as patentes.
Art.39, §3º, CF. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto
no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a
natureza do cargo o exigir.
Art. 7º, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
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IV - Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
VII - Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX - Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
XIII - Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
XVII - Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
XIX - Licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXII - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXX - Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
VI. EMPREGADOS PÚBLICOS: São aqueles que mantêm relação funcional com
Estado de caráter contratual trabalhista, sendo regidos basicamente pela
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
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• Apesar de não terem estabilidade, somente podem ser demitidos após o devido
Processo Administrativo (contraditório e ampla defesa), segundo a doutrina.
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B. EXCEÇÕES:
↪ Cargos em comissão;
↪ Funções de confiança;
↪ Contratados temporários (Processo Seletivo Simplificado).
↪ Agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias (Processo
Seletivo);
↪ Agentes Políticos (Eleição).
↪ Particulares que colaboração com a Administração Pública por meio de
Convocação, Concurso ou Espontaneamente.
↪ Magistrados que ingressam pelo quinto constitucional e aqueles que assumem
cargos como membros nos Tribunais Superiores.
↪ Contratação de professores em universidades federais – via OS’s.
Súmula 683, STF. Limitação de idade apenas é admitida quando possa ser
justificada pela natureza do cargo a ser exercido.
Obs. Quanto à Súmula 686, STF, o critério deve ser objetivo e deve ser garantida a
possibilidade de reexame quanto ao resultado da avaliação.
• O Decreto Federal determina que sejam reservadas ao menos 5% das vagas para
deficientes.
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• CARGOS ORGANIZAODS EM CARREIRA: Admitem a progressão ou promoção
funcional vertical, dentro de classes de uma mesma carreira.
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D. RETORNO: É o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando
por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da
aposentadoria.
↪ Também reverte a atividade o servidor que teve sua aposentadoria cassada, para
aplicação da pena de demissão.
I. PEDIDO:
↪ Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público deslocado
no interesse da Administração;
↪ Por motivo de saúde do servidor, cônjuge/companheiro ou dependente;
↪ Processo Seletivo.
10. REGIMES:
A. REGIME ESTATUÁRIO: É aquele em que os direitos, deveres e demais aspectos da
vida funcional do servidor estão contidos basicamente numa lei denominada
Estatuto.
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11. PRINCIPAIS PRECEITOS DO REGIME JURÍDICO ESTATUÁRIO:
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G. IRREDUTIBILIDADE: Os Vencimentos e Subsídios são irredutíveis, exceto:
I. Para respeitar o teto remuneratório;
II. Para evitar no cômputo de vantagens pecuniárias outras anteriores de modo a
evitar a acumulação.
J. TIPOS DE APOSENTADORIA:
• POR INVALIDEZ: Com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto
a decorrente de acidente de serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, na forma da lei.
• COMPULSÓRIA: Aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
• VOLUNTÁRIA: Preenchidos os requisitos legais.
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A. PRAZOS DE PRESCRIÇÃO:
• 5 anos para faltas punidas com demissão, cassação de aposentadoria e destituição
de cargo em comissão.
• 2 anos para faltas punidas com suspensão.
• 180 dias para faltas punidas com advertência.
C. SINDICÂNCIA x PAD
• RESULTADOS DA SINDICÂNCIA:
↪ Arquivamento do processo.
↪ Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias.
↪ Instauração de PAD.
Obs. Admite-se o afastamento cautelar do servidor investigado por até 60 dias, com
remuneração e prorrogação por igual período.
II. PAD: Usado para apurar infrações disciplinares puníveis com penas mais
severas que a suspensão por 30 dias, como a demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão.
D. FASES DO PAD:
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• O Presidente da comissão deve ocupar cargo efetivo de mesmo nível ou superior
do indiciado, ou ao menos ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
F. PENALIDADES:
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• Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.
• Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão
de suas atribuições.
• Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro.
• Praticar usura sob qualquer de suas formas.
• Proceder de forma desidiosa.
• Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviço ou atividades
particulares.
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01. CONCEITO: É toda manifestação expedida no exercício da função administrativa,
com caráter infralegal, consistente na emissão de comandos complementares à lei,
com a finalidade de produzir efeitos jurídicos (Alexandre Mazza).
Obs. Nem todo ato jurídico praticado pela Administração é Ato Administrativo;
assim como nem todo Ato Administrativo é praticado pela Administração Pública.
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II. ATOS MERAMENTE MATERIAIS: Consistem na prestação concreta de serviços,
faltando-lhes o caráter prescritivo próprio dos Atos Administrativos.
↪ Exemplos: Poda de árvore, varrição de ruas, cirurgia em hospital público.
* O Silêncio Administrativo não pode ser considerado Ato Administrativo, pois não
se trata de uma manifestação de vontade. Ele é, portanto, um fato jurídico, podendo
ser classificado como Fato Administrativo, por advir da Administração.
• Trata-se da Presunção Relativa que pode ser afastada diante de qualquer prova
inequívoca da ilegalidade do ato.
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• PRESUNÇÃO DE VERACIDADE: Diz sobre a verdade dos fatos motivadores do ato.
• Exemplos:
- Guinchamento de veículo parado em local proibido.
- Fechamento de restaurante pela vigilância sanitária.
- Apreensão de mercadorias contrabandeadas.
- Dispersão de passeata imoral.
- Demolição de construção irregular em área de manancial.
- Requisição de escada de particular para combater incêndio.
- Interdição de estabelecimento irregular.
- Destruição de alimentos deteriorados expostos a venda.
- Confisco de medicamentos para população em caso de calamidade pública.
I. Os atos com tal atributo estabelecido em lei, como por exemplo o fechamento de
restaurante pela vigilância sanitária.
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II. Os atos praticados em situações emergenciais cuja execução imediata é
indispensável para a preservação do interesse público, como por exemplo a
dispersão de manifestação que se converte em atos de vandalismo.
I. Razoabilidade/Proporcionalidade da Decisão.
II. Motivos Determinantes, isto é, se o ato atingiu resultado que ensejou sua prática.
III. Desvio de Finalidade, isto é, se o ato visava atender Interesse Público.
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IV. INDERROGABILIDADE/IRRENUNCIABILIDADE: A Administração Pública não
pode abrir mão de exercer suas competências, pois destina-se ao Interesse Público.
Obs. Motivação é a explicação por escrito das razões que levaram a prática do Ato
administrativo.
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4º Devido à sua extrema gravidade, o vício de inexistência não admite convalidação
ou conversão em atos regulares.
1º Ausência de Conteúdo
- Folha do talão de multas não preenchida.
- Ato Administrativo proibindo e ao mesmo tempo permitindo determinado
comportamento.
3º Ausência de Forma.
- Texto de Ato Administrativo esquecido na gaveta.
4º Ausência de Objeto.
- Promoção de servidor falecido.
- Alvará permitindo a reforma de prédio em terreno baldio.
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• Circunstâncias que interferem na irradiação de efeitos do Ato Administrativo:
IV. TERMO INICIAL: Sujeita o início da irradiação dos efeitos a evento futuro e certo.
↪ Exemplo: Licença autorizando construção de prédio residencial só a partir de 30
dias da outorga.
V. TERMO FINAL: Autoriza produção dos efeitos por determinado período de tempo.
↪ Exemplo: Habilitação para conduzir veículo concedida pelo prazo de cinco anos.
III. EFEITOS ATÍPICOS REFLEXOS: São aqueles que atingem terceiros estranhos à
relação jurídica principal.
↪ Exemplo: Com a desapropriação do imóvel, extingue-se a hipoteca que garantia o
crédito de instituição financeira.
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↪ Exemplos: Auto de prisão expedido por quem não é delegado, multa de trânsito
lavrada por particular e sentença prolatada por candidato reprovado no concurso
da magistratura.
IV. INCOMPETÊNCIA: Fica caracterizada quando o ato não se inclui nas atribuições
legais do agente que o praticou.
↪ O ato é anulável, admitida a convalidação.
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E. QUANTO AO MOTIVO: Defeito que ocorre quando há inexistência ou falsidade do
motivo:
I. ATOS VINCULADOS: São praticados sem qualquer margem de escolha, pois a lei
fixa exatamente qual deve ser a conduta.
↪ Podem ser anulados, mas não revogados, diante da ausência de mérito.
↪ Exemplo: Aposentação compulsória do servidor que completa 75 anos de idade;
Lançamento Tributário; Licença.
II. ATOS COMPOSTOS: Praticados por um único órgão, mas que dependem de
verificação, visto, aprovação, anuência, homologação ou “de acordo” de outro
órgão para ter exequibilidade.
↪ Nele, a existência, a validade e a eficácia dependem da manifestação do primeiro
órgão, mas a execução fica pendente até a manifestação do segundo órgão.
↪ Exemplo: Auto de infração lavrado por fiscal e aprovado pela chefia.
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- Investidura de Ministro do STF, a qual passa pela aprovação do Legislativo.
- Nomeação de desembargadores para Tribunais Federais.
- Aposentadoria de servidor público.
- Concessão de alguns regimes especiais de tributação.
- Nomeação de dirigente de agência reguladora precisa de aprovação do Senado.
D. QUANTO A ESTRUTURA:
E. QUANTO AO ALCANCE:
F. QUANTO AO OBJETO:
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II. ATOS DE GESTÃO: Expedidos em posição de igualdade com o particular, regidos
pelo direito privado.
↪ Exemplo: Locação de imóvel, alienação de bens públicos.
I. QUANTO AO CONTEÚDO:
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II. ATOS SUBJETIVOS: Criam situações particulares, concretas e pessoais, podendo
ser modificados pela vontade das partes.
↪ Exemplo: Contrato.
A. FORMAS DE EXTINÇÃO:
• Cumprimento dos efeitos:
II. EXECUÇÃO MATERIAL: Ato que determina a demolição de obra estará extinto
com a demolição.
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C. RETIRADA DO ATO PELO PODER PÚBLICO (Ato Concreto):
I. REVOGAÇÃO:
• Extinção do ato por outro, por razões de conveniência e oportunidade.
• Respeita-se os efeitos precedentes.
• Admite a forma explícita e implícita.
• Pode ser total ou parcial.
• Um poder não pode revogar ato de outro poder.
• Ato Discricionário.
• Efeitos ex nunc.
• Caráter definitivo, exaure-se assim que atinge seu objetivo.
• Não há prazo decadencial ou prescricional.
II. ANULAÇÃO:
• Pode ser Administrativa ou Judicial.
• Refere-se a legalidade do Ato Administrativo.
• Consiste na supressão de outro Ato Administrativo.
• Ataca Ato Ilegal ou Ilegítimo.
• Súmulas 346 e 473 do STF.
• Deles não se originam efeitos.
• Efeito ex tunc.
• Autotutela (Art. 53, Lei 9784/99).
• Devido Processo Legal Administrativo (contraditório e ampla defesa), quando
repercutir no campo dos interesses individuais, exceto se decorrente de decisão
judicial.
• Prazo Decadencial de 5 anos quando há efeito favorável ao destinatário do ato a
ser anulado, exceto em caso de má-fé.
• Decorrido o prazo acima, a Administração poderá recorrer ao Judiciário, pois o
Ato Nulo não produz efeito e não admite convalidação.
• Modulação de efeitos na Declaração de Inconstitucionalidade.
• Fato Consumado X Peculiaridade do caso e presença de outros princípios.
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