Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO.......................................................................................................26 1
fundamental o estudo dos princípios, porque eles são postulados que inspiram o modo
todo esse sistema, e isso se expõe no estudo de seus princípios. Em suma, os princípios
princípios que definem a lógica da atuação do ente público, que se baseia na existência
interesse público, razão pela qual, a doutrina diferencia este conceito em interesse
estatal, a qual configura o interesse secundário. Isso decorre do fato de que, não obstante
sempre atue visando satisfazer as necessidades da coletividade, o poder público tem
personalidade jurídica própria e, por isso, tem os seus interesses individuais, como é o
3
caso da instituição de tributos, com a intenção de arrecadar valores para a execução da
sociedade.
abrindo mão do interesse primário enseja abuso de poder do Estado, como ocorre se o
Estado decide, por exemplo, aumentar de forma abusiva a carga tributária à população,
ou ainda, quando o ente estatal paga valores ínfimos pela desapropriação de bens
imóveis privados.
Estado.
4
dos indivíduos, havendo a sobreposição das garantias do corpo coletivo, quando em
com os particulares.
Não se trata de princípio expresso, ou seja, não está escrito no texto constitucional,
concreta; para isso podemos nos referir a institutos correlatos dispostos na Constituição
administrativa (5º, XXV) entre outras prerrogativas que submetem os direitos do cidadão
Dentre outras prerrogativas, verificamos que a Administração Pública pode revogar seus
prazo em dobro para toda e qualquer manifestação da fazenda pública. Como privilégio
entes públicos e a possibilidade de cobrança dos seus créditos por meio de execução
fiscal.
prerrogativas do interesse público sobre o privado não são manipuladas ao bel prazer da
Administração, pois, na verdade, esta não possui um Poder puro e simples, mas um
Poder-dever para bem desempenhar sua função que é administrar de forma a satisfazer
as necessidades da coletividade.
o agente estatal não pode deixar de atuar, quando as necessidades da coletividade assim
exigirem, uma vez que suas atividades são necessárias à satisfação dos interesses do
povo.
individuais.
sistema administrativo que se resume nas prerrogativas que o Estado goza para satisfazer
as necessidades coletivas, assim como nas limitações a que o Estado se submete para
coletivo.
Desses dois princípios acima referidos decorrem todos os demais. Outrossim, conforme
Nesta senda, vale destacar que no artigo 37, caput, da Constituição Federal, estão
expressos cinco princípios, quais sejam: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
7
Além destes, alguns outros princípios decorrem expressamente da Carta Magna, como
Com efeito, o administrador público somente pode atuar conforme determina a lei,
todos os conflitos sejam solucionados pela lei, não podendo o agente estatal praticar
condutas que considere devidas, sem que haja embasamento legal específico. Dessa
Subordinação à lei. Não havendo previsão legal, está proibida a atuação do ente público
Ressalte-se que a atuação pode ser expressa ou implicitamente prevista em lei, diante da
possibilidade de edição de atos administrativos discricionários nos quais o administrador
8
possibilidade de atuação, inferido de uma disposição normativa.
atuar de forma a dispor do interesse público e, portanto, sua atuação fica dependendo
das leis, por meio de seus representantes legitimamente escolhidos. Sem embargo, a
possível ao administrador praticar uma determinada conduta, sem que isso configure
Ressalte-se ainda que este princípio difere do principio da legalidade na esfera privada,
na qual vige a autonomia privada, não sendo exigida a previsão legal como requisito
para atuação dos cidadãos em geral. De fato, no que tange à atuação do direito privado,
aos particulares, tudo que não está proibido está juridicamente permitido. É o chamado
Não obstante a exigência de lei ser a regra para que se possa admitir uma atuação
9
O Princípio da Impessoalidade se traduz na ideia de que a atuação do agente público
deve-se pautar pela busca dos interesses da coletividade, não visando a beneficiar ou
condutas administrativas que não devem ter como mote a pessoa que será atingida pelo
seu ato. Com efeito, o princípio da impessoalidade reflete a necessidade de uma atuação
Dessa forma, é possível considerar que, ao Estado, é irrelevante conhecer quem será
atingido pelo ato, pois sua atuação é impessoal. O agente fica proibido de priorizar
também sob a ótica do agente. Nesse sentido, quando o agente público atua, não é a
pessoa do agente quem pratica o ato, mas o Estado – órgão que ele representa.
utilizada pelo direito brasileiro. Assim sendo, a vontade do agente público se confunde
com a da própria pessoa jurídica estatal, não se admitindo a responsabilização do
10
benefícios gerados à coletividade.
Como corolário deste princípio, o art. 37, §1º, da Constituição Federal, estabelece que “A
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
se-ia atribuindo a conduta estatal ao próprio agente público, o que não se pode admitir,
uma vez que atuou investido de munus público para o exercício de atividade do Estado.
O Supremo Tribunal Federal tem determinado que o dano causado por um agente
público a terceiros enseja a possibilidade de se propor uma ação em face do Estado com
do agente público diretamente – haja vista não se admitir que a conduta seja imputada
11
de que somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas
Primeira Turma)
Por fim, costuma-se apontar como violação ao princípio da impessoalidade a nomeação
de parentes e cônjuge para assunção de cargos públicos com funções de direção, chefia
12
ou assessoramento, por se tratar de ato praticado com a clara intenção de beneficiar um
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
Constituição Federal”.
Perceba que a súmula veda a realização de designações recíprocas, ou seja, não se admite
que, de forma indireta, se garanta a nomeação do parente do agente público, por meio
13
exercício da função pública de forma a atender às necessidades coletivas.
moralidade no trato com a coisa pública que assegura a boa administração e sua
A “moralidade social” procura fazer uma diferenciação entre o bem e o mal, o certo e o
conceito de bom administrador, de atuação que vise alcançar o bem estar de toda a
administração não age em nome próprio e por isso nada mais justo que o maior
grande abrangência, não só pela divulgação oficial, mas também para conhecimento e
14
fiscalização interna de seus agentes. Para assegurar tal prerrogativa, a Constituição da
República, no seu art. 5º, XXXIII, garante o direito à informação, além do art. 5º, LXXII,
que nos confere a garantia do habeas data como remédio para solucionar qualquer
controvérsia violadora deste direito. Da mesma forma, o art. 5º, XXXIV, “b”, confere o
Ademais, o texto constitucional determina em seu art. 5º, X, que são invioláveis a vida
privada, a imagem das pessoas, assim como a honra e intimidade. Nesses casos, a
Administração deve manter sigilo de suas condutas sempre que a publicidade dos seus
que estão em conflito dois princípios, devendo haver uma ponderação de interesses no
Por seu turno, o Princípio da Eficiência se tornou expresso com o advento da EC 19/98.
Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos. Uma atuação eficiente
da atividade administrativa é aquela realizada com presteza e, acima de tudo, um bom
15
desperdício, nas atividades estatais, uma vez que toda a coletividade se beneficia disso.
Mesmo antes da alteração imposta ao texto da Constituição Federal, o art. 6º, §1º, da lei
8.987/95, já definia que a eficiência era considerada princípio básico para que a prestação
de serviços públicos fosse adequada. Dessa forma, a prestação dos serviços públicos, seja
feita mediante execução direta do Estado ou por delegação a particulares, por contratos
Além disso, uma prestação de serviços eficiente deve garantir uma célere solução de
art. 5º, LXXVIII que dispõe que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
sua tramitação”.
constitucional de 1988, em seu artigo 5º, LV, como garantia fundamental do cidadão. Em
16
diante de um processo judicial ou de um processo administrativo.
haja vista ser indiscutível a premissa de que ninguém pode ser processado e julgado
sem ter amplo conhecimento dos fatos relatados nesse processo e dos motivos que
costuma-se definir como inerente à ampla defesa o direito à defesa prévia, a garantia de
seja contínua, não podendo parar a prestação dos serviços, não comportando falhas ou
interrupções já que muitas necessidades da sociedade são inadiáveis, como é o exemplo
17
princípio está expresso no art. 6º, § 1º, da Lei 8.987/95, como necessário para que o
direito de greve do servidor público. Quanto ao tema, vale esclarecer que os servidores
militares não têm direito de greve nem de sindicalização, por expressa vedação
integrantes do corpo de bombeiros militar dos estados. A norma está definida no art.
142, §3º, IV, da Carta Magna que dispõe que “ao militar são proibidas a sindicalização e
a greve”.
Por seu turno, o servidor público, em sentido estrito, tem direito à greve e à sindicalização.
Com efeito, ao tratar dos servidores públicos civis, em seu art. 37, VII, a Carta Magna
definiu o direito de greve a estes agentes nos termos e condições estabelecidos em lei
específica, garantindo ainda o direito à livre associação sindical, no art. 37, VI.
Lei 8.987/95, em seu art. 6, §3º, estabelece expressamente que é possível a interrupção
18
nos seguintes termos, “não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua
Ademais, não se discute que será ilegal a paralisação de determinado serviço público por
coletividade – como ocorre, por exemplo, nos casos em que uma concessionária
inadimplemento.
O Princípio da Autotutela, por sua vez, representa o poder que a Administração Pública
possui de ter o controle dos seus atos em suas mãos, podendo ela mesma revê-los para
trazer regularidade às suas condutas. Nesses casos, o ente estatal tem a garantia de
anular os atos praticados em suas atividades essenciais, quando ilegais, ou revogá-los,
19
Judiciário.
Acerca do tema, a Súmula 473, do Supremo Tribunal Federal, dispõe que “A administração
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
adquiridos”.
Verifica-se, de uma análise do dispositivo transcrito, que não precisa a Administração ser
provocada para rever seus próprios atos, podendo ser feito o controle de ofício;
diferentemente do Poder Judiciário, que não pode atuar no exercício do controle das
atividades estatais sem que haja provocação para tanto. Ademais, o exercício da
1
. No mesmo sentido, dispõe a Súmula 346 do próprio Supremo Tribunal Federal, definindo a possibilidade de anulação de atos administrativos,
por decisão da própria Administração Pública. Analise-se o dispositivo sumulado: “A administraדחo pתblica pode declarar a nulidade dos seus
prףprios atos”.
O Princípio da Razoabilidade visa impedir uma atuação desarrazoada ou
20
cargo ou função, com a falsa intenção de cumprir a lei, para agir de forma ilegal e
arbitrária fora dos padrões éticos e adequados ao senso comum. Este princípio
representa certo limite para discricionariedade do administrador, uma vez que, mesmo
interpretação do agente estatal deve-se pautar pelos padrões de escolha efetivados pelo
ilegal e ilegítima, por ofender a lei em sua finalidade e poderá o Poder judiciário corrigir
obstante não se admita que a correição judicial possa invadir o mérito administrativo,
haja vista pertencer ao administrador valorar a melhor atuação em cada caso concreto,
não se deve esquecer que a discricionariedade encontra respaldo na lei e nos princípios
constitucionais.
21
inadequadas desses agentes ultrapassem os limites no que tange à adequação, no
desempenho de suas funções em relação aos fatos que ensejaram a conduta do Estado.
Logo, buscar um equilíbrio entre o ato praticado e os fins a serem alcançados pela
correlação lógica entre esses motivos e a conduta deles decorrentes, demonstrando que
do Estado mais encontra fundamento, no âmbito federal, no art. 50 da lei 9.784/99 que
estabelece que “Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação
Ressalte-se ainda que não se confundem motivação e motivos dos atos administrativos,
uma vez que estes são elementos formadores da atuação e que a motivação é somente
a fundamentação deste ato, mas esse tema será tratado, de forma mais acurada, no
22
Outrossim, consoante estabelece o artigo 50, §1º da lei 9.784/99 “A motivação deve ser
determinado ato remete à de ato anterior que embasa sua edição – ou seja, ao invés de
o administrador público justificar apenas a razão do seu ato, ele o faz com base em
do Estado em relação aos cidadãos. Por seu turno, em seu aspecto material, a isonomia
justifica tratamento diferenciado como forma de igualar juridicamente aqueles que são
desigualdades.
O Princípio da Finalidade estabelece que a norma administrativa deve ser interpretada
e aplicada pelo agente do Estado da forma que melhor garanta a realização do fim
23
público a que se dirige. Deve-se ressaltar que o que explica, justifica e confere sentido
atividade acaba por ensejar uma maior eficiência, com a obtenção de resultados positivos,
haja vista o fato de que essas entidades dedicam todos os seus esforços na execução de
uma única função, não dividindo suas tarefas para execução de outros serviços. De fato,
é cediço que uma entidade especializada na execução de uma determinada ação terá
mais sucesso em sua execução em comparação a entidades que devem executar um rol
extenso de atribuições.
A Segurança jurídica representa princípio geral do direito, base do Estado de Direito
que garante aos cidadãos não serem surpreendidos por alterações repentinas na ordem
24
jurídica posta. Configura corolário do direito como norma de pacificação social.
para atingir situações pretéritas, sob pena de se tornar instável o sistema de regras
Desta feita, até que o particular atingido pela atuação estatal prove em contrário – uma
vez que as presunções são relativas ou juris tantum –, o ato administrativo estampa uma
situação de fato real, ou seja, o ato goza de fé pública e os fatos apresentados em sua
Ressalte-se, assim, que a presunção de veracidade não é absoluta (ou juris et jure),
uma vez que a situação descrita pela conduta do poder público admite prova em
contrário pelo particular interessado. Da mesma forma, existe uma presunção relativa
até prova em contrário, o ato foi editado em conformidade com a lei e com o
25
ordenamento jurídico configurando-se, mais uma vez, hipótese de presunção relativa,
Nesse caso, o atributo enseja prerrogativa aposta nos atos públicos de que produzirão
efeitos regularmente desde a sua publicação, até que haja demonstração no sentido de
para torná-los ilegítimos, o particular tem a missão de provar não serem os atos
administrativos praticados nos moldes definidos pela legislação aplicável. O ato pode
ser questionado judicialmente, mas o ônus da prova é do particular que visa à sua
impugnação.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
26
Estes poderes são instrumentais, ou seja, não são poderes em si mesmos, mas sim
administrativas executam suas tarefas e cumprem suas funções. De fato, esses poderes
ente estatal para que ele consiga alcançar o fim público que almeja.
pois não são instrumentais, são poderes estruturais que realizam a atividade pública
nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade imposta a ele por lei, ou seja,
27
Abuso de Poder - Ocorre abuso de poder quando o exercício do poder em questão
Excesso de Poder – Ocorre em casos nos quais a autoridade pública atua fora dos
limites de sua competência, ou seja, extrapola a competência que lhe foi atribuída,
Desvio de Poder – Ocorre quando o agente atua nos limites da competência legalmente
definida, mas visando uma finalidade diversa daquela que estava prevista inicialmente.
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO
Poder Vinculado - A lei cria um ato administrativo estabelecendo todos os elementos
desse de forma objetiva, sem que a autoridade pública possa valorar acerca da conduta
exigida legalmente. Com efeito, a lei já preestabelece a única conduta a ser tomada.
ATENÇÃO! Preenchidos os requisitos definidos em lei, o ato administrativo deve ser
praticado, não havendo qualquer possibilidade de emissão de juízo de valor por parte
28
da autoridade administrativa.
próprio texto legal confere margem de opção ao administrador, na sua atuação, e este
ente estatal é poder administrativo e não jurisdicional. Nesse sentido, o Poder Judiciário
ATENÇÃO! Ainda que o ato administrativo seja discricionário, ele fica sujeito a controle
jurisdicional no que diz respeito à sua adequação com a lei, nunca na análise meritória.
Assim, o juiz pode controlar os limites do mérito administrativo, uma vez que são
impostos pela lei, através dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, que
29
desarrazoadas pelo administrador.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Normativo ou Poder Regulamentar – Poder conferido à Administração Pública
de expedir normas gerais, ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeito
erga omnes. Não se confunde com edição de lei, sendo apenas mecanismo para edição
a) executivo: aquele expedido para fiel execução da lei, para minudenciar o texto
Legalidade.
disciplinadas em lei.
O Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que são “os regulamentos autônomos
vedados no ordenamento jurídico brasileiro, a não ser pela exceção do art. 84, VI, da
30
Constituição Federal”.
públicos;
este regula uma série de atos normativos, aquele é o poder de expedir regulamentos. O
Executivo.
Poder Hierárquico – Poder de estruturação interna da atividade pública (atribuição para
organizar, distribuir e escalonar funções dos órgãos). Não existe manifestação hierárquica
31
externa (entre pessoas jurídicas distintas).
pessoa jurídica.
Direta e Indireta que permite àquela controlar os atos desta. Essa relação não se funda
na hierarquia, mas sim na criação por meio de lei dos entes descentralizados do Poder
Público.
subordinado por outro agente de hierarquia superior. Só pode ocorrer quando não se
cláusula de reserva.
ATENÇÃO! O STF considera como autoridade coatora o agente que praticou o ato, ainda
32
Por fim, cumpre salientar que a lei expressamente proíbe a delegação de competência (e
parte do Poder Público a todos aqueles que possuam vínculo de natureza especial com
Não é possível, portanto, aplicação deste poder a particulares, que por não possuírem
33
cometida, em observância ao princípio da proporcionalidade. Sendo assim, não obstante
em lei, restando ao agente público, tão somente, uma certa margem de escolha no que
A punição administrativa pelo ilícito praticado pelo agente público não impede que haja
responsabilização, pelo mesmo fato, na esfera penal e na esfera civil, caso a conduta do
O Poder Disciplinar também está sujeito ao controle feito pela própria administração
princípio da Proporcionalidade.
34
adequá-los ao interesse público. É uma atividade tipicamente administrativa e aplica-se
natureza especial.
portarias e regulamentos que se materializam nos atos que disciplinam horário para
repressão à pratica de ilícitos criminais e que tem seu estudo situado nas disciplinas de
35
Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas. Já a polícia administrativa, estabelecida
no art. 78 do CTN, incide sobre bens e direitos, condicionando-os à busca pelo interesse
da coletividade.
Entretanto, o poder de polícia não será sempre discricionário, haja vista a possibilidade
polícia como um poder negativo, haja vista o fato de que os atos decorrentes dessa
polícia, ou seja, em determinadas situações, com previsão legal expressa, o Poder Público
manifestam expressão do Poder Público, como a Polícia Administrativa, não podem ser
delegados porque ofenderiam o equilíbrio entre os particulares em geral e colocariam
36
específicas, certos atos materiais que precedem a atos jurídicos de polícia podem ser
Nesses casos, não seriam delegados os atos de polícia em si, mas tão somente atividades
profissão têm natureza jurídica de autarquia, uma vez que atuam no exercício do poder
é indelegável a particulares
impondo restrições aos particulares, dentro dos limites da lei, independente de sua
37
3) fiscalização de polícia – decorre da possibilidade conferida ao ente estatal de controlar
o descumprimento das normas impostas pelo Poder Público (ex.: multas, embargos de
obras).
Nesta divisão, o 2° e o 3° ciclo seriam delegáveis por estarem ligados ao poder de gestão
imposição do Estado.
38
I) Celso Antônio Bandeira de Melo – denomina “características do Poder de Polícia” no
lugar de “atributos”
sanções e a prática de atos que restringem a esfera jurídica dos particulares seja realizada 39
quinquenal) a contar da data da prática do ato lesivo ou, no caso de infração permanente
constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal, podendo não
ser de 5 anos.
A prescrição da ação punitiva pode ser suspensa por notificação ou citação do indiciado,
inclusive por meio de edital, por qualquer ato inequívoco que importe apuração do fato,
pela decisão condenatória recorrível ou por qualquer ato inequívoco que importe em
ordenar a citação em execução fiscal, pelo protesto judicial, por qualquer ato judicial
40
que constitua em mora o devedor, por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial,