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REVISÃO A2 – ORGANIZAÇÃO E FUNDAMENTOS DA ADIMINISTRAÇÃO PÚBLICA

UNIDADE 1:
Fontes do Direito Administrativo:

 Constituição
 Legislação infraconstitucional
 Jurisprudência e doutrina
 Costumes jurídicos

Principais disposições constitucionais: art. 37, 39 e 43.

Princípios do Direito Administrativo:

Princípio da legalidade – atendimento a previsão legal, ou seja, o que é permito por lei, assim, os atos
administrativos devem respeitar os limites estabelecidos na norma jurídica.

Princípio da impessoalidade – neutralidade dos entes e de seus membros, a pessoa administrativa não deve
se confundir com o indivíduo que exerce a função. Práticas como o nepotismo são contrárias ao princípio da
impessoalidade.

Princípio da moralidade administrativa – um dos princípios mais complexos do Direito Administrativo define
as condutas morais exercidas pelos entes.

Princípio da publicidade – refere-se ao dever de prestação de contas. Todo ato administrativo deve ser do
conhecimento do povo, assim dando sentido ao Portal da Transparência e o SIAFI – site do tesouro nacional.

Princípio da eficiência – obtenção do resultado pretendido com o menor custo orçamentário e social.

Princípios implícitos:

Princípio da proporcionalidade – consiste na adequação dos meios e fins.

Princípio da subsidiariedade – o Estado atua sob regime de direito público e excepcionalmente sob o regime
de direito privado.

OBS : Contratos administrativos - são ajustes de vontades realizados entre particulares (pessoas físicas ou
pessoas jurídicas) e a administração pública com cláusulas específicas exigidas pela Lei de Licitações e
Contratos Administrativos (Lei 14.133/21), que, por sua vez, também disciplina sobre os procedimentos
licitatórios.

Outros princípios norteadores:

Princípio da continuidade – os serviços públicos devem ser prestados de maneira contínua, justamente
porque é pelos serviços públicos que o Estado desempenha suas funções.

a) Limitação do exercício de greve dos servidores públicos – art 37, VII, CF/88: “O direito de greve será
exercido nos termos e limites definidos em lei específica”.
b) Necessidade da existência de institutos como: suplência delegação e substituição, para preencher as
funções públicas temporariamente vagas.
c) Limitação, para quem contrata com a Adm. Pública invocar a cláusula da exceção do contrato não
cumprido.
d) Faculdade que reconhece à Adm. Pública de utilizar os equipamentos e instalações de empresa
contratada, para assegurar a continuidade do serviço.

OBS: Segundo o STF: os militares não possuem direito de greve, conforme expressa disposição
constitucional – art. 142, IV, CF/88.

OBS 2: Não tem caráter absoluto – existem situações em que é possível a paralização temporária dos
serviços públicos, nesse sentido, a lei 8987/95 estabelece as situações que não caracterizam a
descontinuidade do serviço.

1. Intervenção em situação de emergência;


2. Após prévio aviso;
3. Interrupção motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;
4. Por inadimplemento do usuário.

Princípio da indisponibilidade – informa que a Adm. Pública deve realizar suas condutas sempre velando
pelos interesses da coletividade. “O administrador não goza de livre disposição dos bens que administra,
pois o titular desses bens é o povo”.

Princípio da Isonomia - pode ser considerado como um instrumento regulador das normas, para que todos
os destinatários de uma determinada lei recebam o mesmo tratamento.

*Isonomia formal X Isonomia material - a isonomia formal é a igualdade presente no texto da lei, enquanto a
isonomia material são os mecanismos que a lei cria para diminuir ao máximo as desigualdades entre as
pessoas.

Princípio da Supremacia do interesse público – como a Adm. Pública é voltada para os interesses da
coletividade, consequentemente, quando houver um conflito entre interesse particular e interesse público,
este último deve predominar.

É possível sua aplicação nas seguintes situações:

a) Presunção de veracidade e legitimidade dos atos da Adm. Pública;


b) Existência, nos contratos administrativos, das chamadas cláusulas exorbitantes;
c) Exercício de poder de polícia administrativa;
d) Nas diversas de intervenção do Estado na propriedade privada.

Princípio da motivação – determina que a Adm. Pública deverá justificar seus atos, apresentar as razões que
a fizeram decidir daquela forma. Impõe a obrigatoriedade de fundamentar o ato praticado, bem como o
dever de indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a efetivação do ato
administrativo.
DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

Descentralização administrativa – consiste na transferência de execução ou titularidade de serviço público


para outra pessoa de direito público (dotada de personalidade jurídica própria) ou de direito privado (por
exemplo, uma concessionária de serviço público).

OBS: A transferência a pessoa de direito privado não descaracteriza a natureza pública do serviço.

Ex de entidades públicas descentralizadas: AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES PÚBLICAS.

Descontração – a execução ou titularidade do servidor é transferida a ente (não dotado de personalidade


jurídica própria) da própria administração pública.

Ex: transferência de competência para fiscalizar determinada atividade do ministério da justiça.

UNIDADE 2:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA

Administração pública direta – a União, os Estados, DF e Municípios são pessoas jurídicas de direito público
interno que, tendo personalidade jurídica, assumem deveres e direitos. Assim, quando exercem suas
atividades, são chamadas de administração pública direta.

Administração pública indireta – a diferença entre as duas é a descentralização, certas atividades,


econômicas ou de serviço público, são desmembradas de pessoas políticas, constituindo-se uma nova
pessoa jurídica para atuar com autonomia e gestão próprias, dentro da competência destacada.

AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS E AGÊNCIAS REGULADORAS

Autarquias:

 Criação – devem ser criadas POR LEI.

OBS: o projeto de lei de criação de autarquia é de iniciativa privativa do chefe do poder executivo.

 Extinção – a extinção das autarquias segue as mesmas regras da criação – submete-se ao princípio
de reserva legal
 Organização – configura-se por ato administrativo, decreto do chefe do executivo, fixando as regras
relativas ao funcionamento da autarquia, aos órgãos componentes e sua competência
administrativa, entre outros.

Objeto: execução das atividades típicas da administração pública.

Classificação:

a) Quanto ao nível federativo: autarquias federais, estaduais, distritais e municipais.


b) Quanto ao objeto:

Autarquias assistenciais: aquelas que visam auxiliar regiões menos desenvolvidas ou categorias sociais
específicas. Ex: sudene, sudam, incra.
Autarquias previdenciárias: voltadas para atividades de previdência social oficial. Ex: INSS.

Autarquias culturais – dirigidas à educação e ao ensino. Ex: UFRJ.

Autarquias profissionais (ou coorporativas) – incumbidas da inscrição de determinados profissionais e


fiscalização das suas atividades. Ex: OAB.

Autarquias administrativas – formam a categoria residual, destinam-se a várias atividades administrativas de


pessoa política a que estiver vinculado. Ex: INMETRO, BACEN, IBAMA.

Autarquias de controle – exercem controle sobre as entidades que prestam serviços públicos. Ex: ANATEL,
ANAC.

Autarquias associativas - são denominadas “associadas pública” formalizadas pela instituição de consórcios
públicos.

Prerrogativas – imunidade tributária, impenhoridade de bens/rendas, e considera-se fazenda pública.

Fundações públicas:

 Entidade descentralizada – Adm. Pública indireta


 Criação/extinção: LEI
 Objeto (mais comuns): assistência social, assistência médica e hospitalar, educação e ensino,
pesquisa e atividades culturais.
 Regime jurídico/prerrogativas – o mesmo das autarquias.

Agências reguladoras – são autarquias sob regime especial, chamadas agências governamentais. Sendo
classificadas, quanto ao objeto, como autarquias de controle.

- Excepcionando algumas especialidades, submetem-se ao mesmo regime jurídico das autarquias.

- As agências reguladoras são dotadas se poder normativo técnico.

EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

Empresas públicas – são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração indireta do
Estado criados por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada à sua natureza, para que o
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de
serviços públicos. Ex de empresas públicas federais: ECT, FINEP, CEF, Casa da Moeda, BNDS.

Sociedade de economia mista – são pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração
indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a mesma forma de sociedade anônimas, cujo controle
acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de
caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos. Ex de sociedades de economia
mista (estatais) controladas pela União: Banco do Brasil S/A, Petróle Brasileiro S/A (Petrobras).

Criação e extinção – não são criadas por lei, a lei apenas autoriza a sua criação.

Objeto – duplo objeto: desempenhar atividade de caráter econômico e eventual prestação de serviços.
Regime Jurídico – as sociedades de economia mista (estatal) e as empresas públicas exibem dois aspectos
inerentes à sua condição jurídica: de um lado, são pessoas jurídicas de direito privado e, de outro, são
pessoas sob o controle do Estado. Dessa forma, a doutrina tem entendido que o seu regime tem natureza
híbrida.

OBS: As normas de direito público incidem sobre os aspectos relacionados ao controle administrativo
resultante de sua vinculação a pessoa federativa. Ex: Controle pelo Tribunal de Contas (art. 71, CF/88);
exigência de concurso público para ingresso de seus empregados (art. 37, II, CF/88); previsão de rubrica
orçamentária (art. 165, §2º, CF/88).

Foro processual (competência jurisdicional):

 Empresas públicas – da União: Justiça Federal.

OBS: O ingresso de empresa pública federal em processo de execução em tramitação na justiça estadual
NÃO desloca a competência para a justiça federal.

Estados/Municípios: Justiça Estadual.

 Sociedades de economia mista

SUM STF 556 - SUM STJ 42: a competência é da justiça estadual.

PODERES ADMINISTRATIVOS

Conceito – O Poder Administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público outorgado aos
agentes do Estado. (Função pública – reitor de faculdade pública, não é cargo público).

Uso de poder – É a utilização normal, pelos agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere.

- Aspecto dúplice – O poder administrativo é um poder-dever, irrenunciável e deve ser exercido


obrigatoriamente pelos titulares (vinculado ao princípio da legalidade).

 O agente público não pode renunciar ao exercício


 Competência – só o titular pode exercer o poder administrativo

Abuso do Poder Administrativo – é a conduta ilegítima do agente público, quando atua fora dos objetivos,
expressa ou implicitamente, traçados na lei.

Formas de abuso de poder:

a) Excesso de poder – ocorre quando o agente atua fora dos limites de sua competência administrativa.
b) Desvio de poder – ocorre quando o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do
interesse público que deve nortear todo ato da administração pública.

Efeitos – O abuso de poder submete-se a conduta do agente à reunião, administrativa ou judicial.

*Princípio da autotutela *Controle jurisdicional (legalidade)

Modalidades:
a) Poder discricionário – é a prerrogativa concedida, pela lei, aos agentes administrativos de elegerem,
dentre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse
publico. (A lei concede ao agente público a prerrogativa de valoração = fazer juízo de conveniência e
oportunidade da conduta).

OBS: A moderna doutrina, sem exceção, tem consagrado a limitação ao poder discricionário,
possibilitando maior controle jurisdicional sobre os atos que dele derivem.

- Adequação da conduta escolhida pelo agente à finalidade que a lei expressa.

- Verificação dos motivos inspiradores da conduta do agente (teoria dos motivos determinantes).

b) Poder vinculado – determina que ao agente público cabe o dever de agir de acordo com o que a lei
estabelece.

- Dele decorrem os chamados atos administrativos vinculados.

c) Poder regulamentar – É a prerrogativa conferida à Adm. Pública de editar atos gerais para
complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação.

-Não permite ao agente público alterar a lei, se o fizer, o agente cometerá abuso de poder regulamentar
(invasão de competência legislativa).

d) Poder disciplinar – É a prerrogativa conferida à Adm. Pública de exercer controle sobre seus
agentes.

-O processo administrativo disciplinar se submete aos princípios constitucionais do devido processo legal,
oportunização do contraditório e da ampla defesa.

Em caso de punição o agente pode ajuizar ação anulatória da decisão administrativa (controle judicial de
legalidade do ato administrativo).

e) Poder de Polícia Administrativa – tem seu conceito legal expressamente previsto no art. 78, CTN
(código tributário).

UNIDADE 3:
ATOS ADMINISTRATIVOS

Ato administrativo – são unilaterais e dependem apenas da vontade da administração pública (ou dos
particulares que estejam exercendo prerrogativas públicas).

Fato administrativo – é qualquer ocorrido dentro da administração pública, independente da vontade


humana, que gere efeitos jurídicos. Ex: morte de um agente público.

Elementos do ato administrativo:

a) Competência – é o círculo definido por lei dentro do qual podem os agentes exercer, legitimamente,
sua atividade.

- Características:
 Indelegabilidade – não se transfere a competência por acordo ou pela vontade do agente: a
competência administrativa é fixada por expressa disposição de lei.
 Improrrogabilidade – a incompetência não se transmuta em competência (a menos que a antiga
norma definidora seja alterada).
 Atenção - Delegação: depende de expressa autorização legal.
b) Objeto – também chamado de conteúdo, é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo
se propõe a efetivar (o que eu pretendo modificar e para que). Ex: Uma licença para construção tem
por objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima.
c) Forma – A forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração pública. Para a
validade do ato, à forma deve guardar correspondência com o que a lei expressamente estabelece.
d) Motivo – conceituar o motivo como a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente
quando pratica o ato administrativo (porque alterar algo)
e) Finalidade – é o elemento pelo qual todo ato administrativo deve estar dirigindo ao interesse público
(abuso de poder, desvio).

Características do ato administrativo:

 Imperatividade – ou coercibilidade, significa que os atos administrativos são agentes. A Adm.


Pública, dessa forma, tem o poder de exigir o cumprimento do ato por seus destinatários (ato
vinculado).
 Presunção de legitimidade – os atos administrativos, quando editadas, trazem em si a presunção de
que nasceram em conformidade com as devidas normas do ordenamento jurídico. (multa,
presunção relativa).

- Trata-se de presunção “juris tantum” – é uma presunção relativa (pode ser ilidida por meio da produção de
prova inequívoca).

 Autoexecutoriedade – significa que o ato administrativo, tão logo praticado, pode ser
imediatamente executado e seu objeto imediatamente alcançado.

Mérito administrativo – a avaliação da conveniência e da oportunidade relativa ao motivo e ao objeto,


inspiradas da prática do ato discricionário (juízo para a prática do ato).

- Não cabe ao controle jurisdicional sobre o mérito administrativo – o poder judiciário só pode efetuar
controle de legalidade (excesso ou desvio do poder administrativo).

Controle do ato administrativo :

 Auto tutela administrativa (mandato de segurança) – controle efetuado pela própria adm: revogação
e anulação.
 Controle jurisdicional – controle efetuado pelo Poder Judiciário. O Poder Judiciário não pode revogar
ato administrativo, apenas anular. No caso de ato vinculado, pode determinar a sua efetivação.

UNIDADE 4:
Serviços Públicos – É uma prestação de comodidade ou utilidade, fruível ou posta à disposição da
coletividade, efetivada pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob regime de direito público.
- Classificações:

 Serviço delegável – pode ser prestado pelo Estado ou pelo particular. Ex: telefonia.
 Serviço indelegável – só pode ser prestado diretamente pelo Estado. Ex: Defesa nacional.
 Serviço administrativo – aquele que o Estado executa para melhor compor a sua organização. Ex:
imprensa oficial.
 Serviço de utilidade pública – destina-se diretamente à coletividade. Ex: Saúde, educação, etc.
 Serviço coletividade (ou UTI UNIVERSI) – é o serviço indivisível, aquele prestado a um grupo
indeterminado de indivíduos. Ex: iluminação pública, limpeza pública, segurança pública, etc.
 Serviço singular (ou UTI SINGULI) – é o serviço divisível, aquele prestado a destinatários
individualizados. Ex: coleta domiciliar de lixo, etc.
 Serviço social – é aquele que visa atender as demandas sociais básicas. Ex: assistência a
comunidades carentes.
 Serviço econômico – é aquele que permite a obtenção de lucro pelo prestado. Ex: transporte
coletivo.

Aplicação das normas – os serviços públicos só podem ser prestados se houver uma disciplina normativa que
os regulamente, as normas regulamentares podem ser: leis, decretos ou outros atos regulamentares.

- A regulamentação do serviço público cabe ou ente que tenha competência para prestá-lo (também confere
ao ente o poder de controlar a execução).

- Controle – trata-se da competência para fiscalizar a execução do serviço público. Pode ser:

a) Controle interno – ocorre quando a Adm. Pública exerce fiscalização da execução de serviço público
prestado pelo próprio Estado.
b) Controle externo – ocorre quando a Adm. Pública fiscalização da execução de serviço público
prestado por particular.

Princípios informadores da prestação de serviços públicos – são valores de natureza genérica, que devem
estar presentes: no exercício do poder regulamentar, na própria prestação do serviço, na celebração dos
contratos administrativos e na fiscalização da sua execução.

a) Princípio da generalidade – o serviço público deve beneficiar o maior número possível de pessoas.
Parte da doutrina denomina como princípio da igualdade dos usuários.
b) Princípio da continuidade do serviço público – significa que a prestação não pode ser descontinuada.

- Exceções: usuário não cumpre requisitos técnicos, ou não paga.

c) Princípio da modicidade – significa que o serviço deve ser cobrado considerando a capacidade
econômica, financeira do usuário.

- O usuário tem o direito básico e fundamental de ter acesso ou receber a prestação de serviço público (art.
6º, lei 18987/95).

- Importante – Direitos dos usuários (proteção constitucional – art.37, §3º, I)

 Ser indenizado por serviço mal prestado


 Ser indenizado por serviço interrompido sem amparo legal
 Receber declaração de quitação anual de débitos;
 Art. 7º, lei 8987/95 – direitos/obrigações.

Titularidade e execução de sérvios públicos – a titularidade do serviço público pertence ao Estado, na forma
do art. 175, CF/88.

SERVIDORES PÚBLICOS

É espécie do gênero “agente público”, termo que engloba todas as pessoas físicas que exercem funções
estatais. Da mesma forma que os demais agentes públicos, os servidores públicos são responsáveis pela
manifestação da vontade do Estado e pelo exercício da função pública.

Agentes Políticos:

- Agentes políticos – os eleitos por sufrágio universal e seus auxiliares diretos, magistrados e MP.

- Servidores públicos

 Estatuários – regidos por um estatuto, concursados.


 Empregados públicos – CLT, concursados.
 Temporários, ex: mesário.

-Particulares em colaboração

Classificação dos servidores públicos: servidores civis e servidores militares (estatuários ou temporários)

Servidores civis:

a) Estatuários – são aqueles em que direitos, deveres e demais aspectos da vida funcional do servidor
estão contidos numa lei denominada estatuto (≠ do empregado público), que pode ser alterada
durante a vigência da relação de trabalho, ressaltados os direitos adquiridos.

- Atenção: Art. 39, CF/88 - Regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da adm. Direta,
autarquias e fundações públicas.

b) Empregados públicos – estão submetidos à CLT (≠ do estuário),são todos aqueles que:

-Trabalham em empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 173, §1º, II, CF/88).

-Trabalham para Estados e Municípios que não adotaram o regime estatuário.

-Atenção: o regime celetista sobre mitigações decorrentes de preceitos estatuários. Ex: limite para
remuneração, aplicação de sanções por improbidade administrativa.

c) Temporárias: encontram-se sobre regime especial (art. 37, IX, CF/88). São contratados por meio de
processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação.

-Servidores militares – tem regramento próprio.

- Observações importantes:

 Função pública – pode ser exercida sem cargos. Ex: temporários que estão no regime adm. Especial.
 Requisitos para o preenchimento de cargo, emprego ou função expressamente estabelecidos em lei.

Vencimento, Remuneração e Subsídio:

-Vencimento: é a retribuição, em dinheiro, pelo exercício do cargo ou função pública, com valor fixado em
lei. Também é chamado de salário de referência.

-Remuneração – é o conjunto do vencimento mais demais vantagens pecuniárias, como abonos,


gratificações, etc.

- Subsídio – introduzido pela EC 19/98, é fixado em parcela única, nos termos do art. 39, §4º, CF/88. Vetado
o acréscimo de qualquer outro tipo de verba de natureza remuneratória. (não admite acréscimos, são verbas
indenizatórias ou auxílios).

- Importante:

Art. 37, X, CF/88 – remuneração/subsídio dos servidores públicos – só podem ser fixados/alterados por lei
especifica. (com base anual na mesma data – DATA BASE)

Art. 37, XV, CF/88 – mitigação da irredutibilidade de vencimento/subsídio dos empregados públicos.

Art. 37, XI – limite (teto) remuneração/subsídio.

Art. 41 – estabilidade – somente para servidores ocupantes de cargo efetivo, após 3 anos (estágio
probatório).

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