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Direito Administrativo

Alisson P. Costa

I – Administração Pública
    1 – Função Administrativa: É a função pública do Estado, realizada debaixo da lei, para cumprir as
finalidades previstas no ordenamento jurídico, na qualidade de parte sujeito de uma relação jurídica,
visando o bem comum (interesse público).
    2 – Princípios
    a) Constitucionais (art. 37 caput da CF)
    Legalidade;
    Impessoalidade;
    Moralidade;
    Publicidade;
    Eficiência.
    - Legalidade: Significa que o administrador público só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.
    - Impessoalidade: Significa que o administrador público não pode beneficiar e nem prejudicar pessoas
determinadas, este princípio também veda a promoção pessoal do administrador público quando da
inauguração de obras e serviços públicos (proibição de constar nomes e símbolos).
    - Moralidade: Significa atuação dentro do padrão ético.
    - Publicidade: Significa a ampla divulgação dos atos da administração pública (salvo hipóteses de
segurança nacional e interesse público).
    - Eficiência (EC 19): Significa buscar o melhor resultado, pois visa o interesse público.
    b) Essenciais
    - Legalidade;
    - Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse do Particular: Significa que às vezes para
satisfazer o interesse público será onerado o interesse privado. Ex: Desapropriação.
    c) Outros – Lei 9784/99
    - Razoabilidade: Significa que o administrador público deve atuar de forma compatível com os fins
que ele deseja atingir.
    A proporcionalidade está relacionada com a pena do administrador.
    - Motivação: Significa que o administrador público deve apresentar as razões de fato e de direito que
servem de fundamento para o seu ato. Ex: Multa de trânsito.
    - Autotutela (Súmula 473 do STF):

                                                                           Poder Judiciário       Discricionário


Ilegalidade        Anulação        “ex tunc”
                                                                           Administração          Vinculado 
(mérito)
Inoportunidade 
                                  Revogação      “ex nunc”        Só a Administração        Só Discricionário
Inconveniência      

    A administração pode anular seus próprios atos quando forem ilegais ou revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade , salvo direito adquirido. Enquanto o Poder Judiciário exerce controle
limitado sobre os atos do poder administrativo (controle de legalidade).
    “Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.”
    - Ato Discricionário: É aquele praticado com margem de liberdade outorgada pela lei ao
administrador público, para que ele dentro de critérios de oportunidade e conveniência possa estabelecer a
alternativa mais adequada diante do caso concreto.
    - Ato Vinculado: é aquele que a lei disciplina exaustivamente como ele deve ser. Ex: Licença.

Bens Públicos (art. 98 a 103 do CC)


    São todas as coisas móveis, imóveis, semoventes, direitos e ações pertencentes ao poder público
(administração pública direta e indireta);
    Classificação
    1 – Bens de Uso Comum do Povo: São aqueles que podem ser utilizados por todos em igualdade de
condições. Ex: Ruas, praças, avenidas, mares, rios, etc.
    2 – Bens de Uso Especial/do Patrimônio Administrativo: São aqueles que têm uso específico, tem
uma determinação específica. Ex: Banheiros públicos, cemitérios públicos, repartições públicas, etc.
    3 – Bens de Uso Dominial/Dominical/do Patrimônio Disponível: São bens que não tem destinação
específica. Ex: Terras devolutas e terrenos de marinha.
    Características
    1 – Inalienabilidade: Os bens públicos não podem ser vendidos livremente.
    2 – Impenhorabilidade: Não podem ser dados em garantia judicial.
    3 – Imprescritibilidade: Eles não podem ser adquiridos em usucapião.
    “Art. 98 - São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.”
    “Art. 99 - São bens públicos:
    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
    II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
    III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
    Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.”
    “Art. 100 - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.”
    “Art. 101 - Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.”
    “Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.”
    “Art. 103 - O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.”

Poderes Administrativos
    1 – Poder Normativo/ Regulamentar: É aquele de que dispõe o administrador público para expedir
atos que veiculam normas. Ex: Portarias, decretos, circulares.
    2 – Poder Hierárquico: É aquele de que dispõe a administração pública para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos e agentes. Desse poder decorrem faculdades como: Distribuir, delegar avocar.
    3 – Poder Disciplinar: É aquele de que dispõe o administrador público para punir internamente a
conduta funcional de seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Ex: Licitantes,
particular que tem relação específica com a administração pública.
    4 – Poder de Polícia:
    a) Conceito (art. 78 do CTN): É aquele de que dispõe o administrador público para condicionar e
restringir o uso e gozo de bens e atividades individuais em benefício da coletividade ou do próprio
Estado. Ex: Rodízio de veículos.
    b) Atributos:
    - Discricionariedade: É a margem de liberdade, outorgada pela lei ao administrador público para que
ele dentro de critérios de oportunidade e conveniência possa escolher a alternativa mais adequada diante
do caso concreto. 
    - Autoexecutoriedade: É a possibilidade que a administração pública tem de com seus próprios meios
colocar em execução as suas decisões sem necessidade de recorrer ao judiciário. Esta possibilidade deve
estar prevista em lei.
    - Coercibilidade: É a possibilidade de a administração pública utilizar medidas coativas diante da
resistência do particular, sendo possível até o uso da força física (desde que moderada). Ex: Lacrar posto
de gasolina.

Entidades Administrativas
    1 – Administração Pública Direta/Centralizada: É a situação em que a função administrativa é
exercida pela própria pessoa política (união, estados, municípios e distrito federal). Ex: Serviço de
saneamento básico.
    2 – Administração Pública Indireta/Descentralizada: É a situação em que a função administrativa é
exercida por pessoas distintas da pessoa política, neste caso transfere-se a titularidade, criando-se uma
nova entidade (outorga do serviço público.).
    São entidades da administração indireta (decreto lei 200/67):
    I – Autarquias: São pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com privilégios
administrativos, para prestação de serviço público típico. Ex: IBAMA, INSS, CADE, Banco Central.
    - Agências Reguladoras: São autarquias sob o regime especial com mandato fixo dos dirigentes e
poder normativo. Ex: Anatel, ANAC.
    II – Empresa Pública: São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei, sem privilégios
administrativos, para prestação de serviço público típico ou exploração de atividade econômica, com
capital 100% público e sob qualquer forma (S/A, Ltda.). Ex: Caixa Econômica Federal, Infraero,
Correios.
    III – Sociedade de Economia Mista: São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei, sem
privilégios administrativos, para prestação de serviço público típico ou exploração de atividade
econômica, com capital público e privado (a maioria precisa ser público), sob a forma exclusiva de S/A.
Ex: Petrobras, Banco do Brasil.
Obs.: O regime jurídico das empresas públicas e sociedade de economia mista é hibrido, ou seja, em
regra aplicam-se as normas de direito privado sendo derrogadas pelas de direito público naquilo que a lei
e a constituição dispuserem em contrário. Ex: Licitação, controle do tribunal de contas, concursos
públicos.
    IV – Fundações Públicas: Elas podem ser constituídas como pessoa jurídica de direito público ou de
direito privado, em regra são pessoas jurídicas de direito público e se aproximam das autarquias. Ex:
IBGE, FUNAI.
    V – Consórcios Públicos: (ver aula de serviços públicos);
    VI – Entidades Paraestatais ou do Terceiro Setor: São entidades que não fazem parte da
administração pública direta e indireta. Caminha paralelamente ao Estado porem são pessoas jurídicas de
direito privado e que integram o terceiro setor, são elas:
    1 – Serviços Sociais Autônomos: Sesc, Sesi, Senai, que atendem um grupo ou categoria.
    2 – Organizações Sociais: É uma qualificação a uma determinada pessoa jurídica que ao atuar com o
Estado celebra com este contrato de gestão e há necessidade de participação do poder público em seu
conselho de administração.
    3 – OSCIP’S (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público): São pessoas jurídicas de
direito privado que celebram com o Estado termo de parceria e são autorizadas pelo ministério da justiça.
    Para as OSCIPI’S há exigência de demonstração de balanço patrimonial e demonstrativos de resultado.

Atos Administrativos
    I – Conceito: É a declaração do Estado ou de quem o represente que produz efeitos jurídicos imediatos
com observância da lei e sob regime jurídico de direito público.
    II – Características
    Presunção de Legitimidade/Legalidade;
    Imperatividade;
    Autoexecutoriedade;
    Tipicidade.
    - Presunção de Legitimidade/Legalidade: Significa que os atos administrativos presumem-se legais
até prova em contrário. Esta presunção vem acompanhada pela presunção de veracidade.
    - Imperatividade: Significa que o ato impõe independentemente da concordância do particular.
    - Autoexecutoriedade: É a possibilidade que a administração pública tem de com seus próprios meios
colocar em execução as suas decisões, sem necessidade de recorrer ao judiciário. Esta possibilidade deve
estar prevista em lei.
    - Tipicidade: Significa que o ato administrativo deve corresponder às figuras previamente definidas na
lei.
Obs.: Exigibilidade/Imperatividade: É a possibilidade de aplicar as medidas coercitivas. Há discussão
na doutrina se este princípio vigora ou não nos atos administrativos.
    III – Requisitos ou Elementos (art. 2° da Lei 4717/65): Os requisitos ou elementos estão
relacionados com a estrutura do ato administrativo.
    Sujeito/Competência;
    Conteúdo/Objeto;
    Forma;
    Finalidade;
    Motivo.
    1 - Sujeito/Competência: Sujeito é aquele a quem a lei atribui a pratica do ato.
    2 - Conteúdo/Objeto: É o efeito jurídico imediato que o ato produz.
    3 – Forma: É a maneira pela qual o ato se exterioriza, em regra é a forma escrita.  
    4 – Finalidade: Em sentido amplo é o interesse público e em sentido estrito é o resultado específico
que cada ato deve produzir.
    5 - Motivo: É a explicação das razões de fato e de direito que serve de fundamento para o ato.
    IV – Espécies
    1 – Atos Normativos: São aqueles que contem um comando geral do Executivo, visando a correta
aplicação da lei. Ex: Decreto, regimentos, regulamentos e resoluções.
    2 – Atos Ordinários: São aqueles que visam disciplinar o funcionamento da administração. Ex:
Portarias, circulares, avisos, ofícios, despachos.
    3 – Atos Enunciativos: São aqueles que contêm uma declaração da administração pública. Ex:
Certidão, atestados.
    4 – Atos Negociais: São aqueles que disciplinam acerca dos negócios jurídicos públicos. Ex: Licença,
Autorização.
     5 - Atos Punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela administração. Ex: Multa,
advertência, suspensão.
    V – Extinção:
    1 – Cumprimento dos Efeitos;
    2 – Desaparecimento do Sujeito ou do Objeto;
    3 – Retirada:
    a) Anulação: Ocorre quando há ilegalidade.
    b) Revogação: Ocorre por inconveniência ou inoportunidade.
    c) Cassação: É a extinção do ato que ocorre quando o beneficiário do mesmo descumpre condições
que deveriam permanecer atendidas para que ele pudesse continuar desfrutando de uma determinada
situação jurídica. Ex: Construir diferente da licença concedida, limite de pontuação na CNH.
    d) Capacidade: É a extinção do ato que ocorre quando norma superveniente torna inadmissível uma
situação antes permitida.
    e) Contraposição: Ela ocorre quando é emitido um ato com fundamento em competência diversa da
que gerou o ato anterior, cujo os efeitos lhes são contrapostos. Ex: Nomeação com exoneração.

Licitação (Lei 8.666/93)


    I – Conceito: É o procedimento administrativo pelo qual a administração pública seleciona a proposta
mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
    II – Princípios:
    1 – Isonomia: Os licitantes devem ser tratados em pé de igualdade.
    2 – Vinculação ao Instrumento Convocatório (Edital): O edital é a lei interna da licitação. Todos
ficam vinculados ao edital (administração pública e particular).
    3 – Adjudicação Compulsória: Se a administração for contratada tem que ser com quem venceu a
licitação.
    III – Fases:
    1 – Audiências Públicas: Para licitações de grande vulto e grande impacto.
    2 – O Edital: É a lei interna da licitação, instrumento convocatório.
    3 – Fases de Habilitação: É a fase em que serão abertos os envelopes contendo a documentação dos
licitantes (fiscal, financeira e jurídica)
    4 – Fase de Classificação/ Fase de abertura de propostas: Serão aberto os envelopes contendo as
propostas.
    5 – Fase de Julgamento: As propostas serão julgadas.
    6 – Fase de Homologação: É o ato pelo qual a autoridade competente confirma o procedimento
realizado pela comissão de licitação.
    7 – Adjudicação: É a entrega do objeto de licitação ao vencedor.
    IV – Modalidades: Procedimentos
    1 – Concorrência: É a modalidade para contratos de grande vulto.
    2 – Tomada de Preços: Serve para licitações de médio vulto entre licitantes previamente cadastrados.
    3 – Convite: Serve para contratos de pequeno vulto entre licitantes escolhidos e convidados em um
número mínimo de três.
    4 – Concurso: Serve para escolha de trabalho técnico, artístico e científico.
    5 – Leilão: Serve para a venda de bens móveis inservíveis, produtos legalmente apreendidos, bens
empenhados pela administração.
Obs.: Para bem imóveis a regra é a da concorrência, no entanto existe o leilão previsto no art. 19 da lei
8666/93 (procedimentos judiciais e imóveis recebido em dação em pagamento.)
    6 – Pregão (Lei 10.520/02): Esta modalidade não está prevista em lei.
    O pregão pode ser presencial ou eletrônico.
    O pregão serve para a aquisição de bens e serviços comuns.
    No pregão invertem-se as fazes, ou seja, abre-se primeiro as propostas e depois a documentação.
    No pregão há possibilidade do oferecimento de lances.
    7 – Consulta Pública: É uma modalidade específica para as agências reguladoras em que as propostas
são julgadas por um júri.
    V – Tipos de Licitação: Os tipos de licitação referem-se a um critério de julgamento
    1 – Menor Preço: O critério do pregão é sempre o menor preço.
    2 – Melhor Técnica:
    3 – Técnica e Preço: É o usado em leilão.
    4 – Maior Lance ou Oferta:
    VI – Contratação Direta: Hipóteses que o Estado contrata com o particular sem necessidade de licitar
    1 – Dispensa: Contempla hipóteses em que a licitação é viável juridicamente porem a lei permite o
administrador público licitar. O rol do art. 24 é taxativo.
    2 - Inexigibilidade: Contempla hipóteses em que a licitação é inviável juridicamente ou faticamente. O
rol é exemplificativo, são elas:
    1° Para contratação de produtos de fornecedor exclusivos;
    2° Para contratação de serviços técnicos especializados;
    3° Para contratação de artistas consagrados pela crítica.
    VII – Anulação e Revogação da Licitação: Poderá revogar a licitação se ocorrer um fato
superveniente (mérito).

 Contrato Administrativo Lei 8.666 - art. 54 e seguintes


    I – Conceito: É aquele pelo qual a administração pública figurando como parte celebra sobre o regime
jurídico de direito público e com a presença das chamadas cláusulas exorbitantes, que são aquelas que
conferem prerrogativas para a administração pública, nestes contratos a administração esta em posição de
superioridade em relação ao particular. Portanto, nem todos os contratos que a administração pública
celebra são administrativos. Ex: Locação.
    II – Características
    1 – Presença da administração pública como parte;
    2 – Cláusulas exorbitantes;
    3 – Mutabilidade;
    4 – Tem natureza de contrato de adesão.
    III – Cláusulas Exorbitantes:
    1 – Possibilidade de Alteração Unilateral do Contrato: É possível alterar cláusulas regulamentares
ou de serviços que disciplinam sobre o modo de execução do contrato.
    Não é possível alteração unilateral de cláusula econômica.
    2 – Rescisão Unilateral: Ela ocorre por motivos de inadimplência do contratado ou por razões de
interesse público.
    3 – Aplicação de Penalidades;
    4 – Fiscalização do Contrato Administrativo;
    5 – Restrições a Exceção do Contrato não Cumprido: O contratado só pode invocar a exceção se
houver atraso no pagamento por parte da administração por prazo superior a 90 dias.
    IV – Mutabilidade:
    1 – Alea Administrativa:
    a) Alteração Unilateral do Contrato;
    b) Fato do Príncipe: São medidas não relacionadas diretamente com o contrato, mas que nele
repercutem provocando desequilíbrio econômico financeiro. Ex: Aumento de impostos, plano de governo.
    Nestes casos o contrato tem que ser revisado.
    c) Fato da Administração: São medidas provocadas pela a própria administração contratante e que
repercutem diretamente no contrato. Ex: Atraso na entrega do local da obra.
    2 – Alea Econômica (Teoria da Imprevisão): A teoria da imprevisão é aplicada no contrato
administrativo quando sobrevêm eventos imprevistos, extraordinários e estranhos a vontade das partes.
    Neste caso o contrato deverá ser revisto.
     São hipóteses:
    1 – Caso Fortuito: Evento da natureza. Ex: Inundação no local da obra.
    2 – Força Maior: Evento humano. Ex: Greve.
    3 – Interferências Imprevistas: São ocorrências materiais não cogitadas pelas partes e que sobrevêm
de modo surpreendente. Ex: Encontrar uma rocha no local da obra.

Concessão de Serviços Públicos (Lei 8987/95)


    I – Conceito: É o contrato administrativo pelo qual a administração pública transfere ao particular a
execução de um determinado serviço público para que este o preste por sua conta e risco, sendo
remunerado pela tarifa paga pelo usuário.
    II – Características:
    1 – Obrigatoriedade de Licitação: Na modalidade concorrência.
    2 – Tarifa: O particular será remunerado pela tarifa paga pelo usuário.
    3 – Prestação de Serviço Público Adequado;
    4 – Responsabilidade Objetiva do Concessionário.
    III – Extinção: 
    1 – Reversão: É o retorno do serviço para o poder público quando do termino da concessão.
    2 – Rescisão:
    a) Pode ser Unilateral:
    - Encampação ou Resgate: A administração pública rescinde a concessão por motivo de interesse
público.
    - Caducidade: A rescisão ocorre pela inadimplência do concessionário.
    b) Amigável:
    c) Judicial: É a requerida pelo concessionário (particular).

Parceria Pública Privada Lei 11.079/04


    I – Conceito: É o contrato administrativo de concessão nas modalidades administrativas ou
patrocinada.
    II – Modalidades:
    a) Administrativa: É o contrato de prestação de serviços de que a administração pública seja usuária
direta ou indireta ainda que envolva a execução de uma obra ou o fornecimento e a instalação de bens.
    b) Patrocinada: É o contrato de concessão de obras públicas ou serviços quando houver
adicionalmente à tarifa paga pelo usuário, contraprestação do parceiro público ao parceiro privado.
    III – Dos Contratos: 
    - Prazo de vigência de 5 a 35 anos;
    - Só é possível para contratos acima de 20 milhões de reais;
    - Possibilidade de repartição de lucros e prejuízos entre os parceiros;
    - Licitação sempre na modalidade concorrência;
    - Necessidade de constituição de sociedade com propósito específico para gerir a parceria;
    - Possibilidade de arbitragem para a solução de conflitos entre os parceiros;
    - Na hipótese em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado seja paga pelo parceiro público
há necessidade de autorização de legislação específica.

Intervenção do Estado na Propriedade Privada


    I – Desapropriação/Expropriação (Lei 3.365/41 e CF)
    1 – Conceito: É o procedimento administrativo pelo qual há a transferência da propriedade particular
(ou pública de entidade de grau inferior pela superior) para o poder público ou seus delegados por razões
de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, mediante o pagamento de indenização
prévia, justa e em dinheiro, salvo as exceções constitucionais de pagamentos em títulos da dívida pública
ou agrária (art. 5, XXIV e 182, 184 da CF).
    2 – Modalidades:
    a) Reforma Agrária: É de competência da união, para os imóveis que não atendem a função social da
propriedade. O pagamento é em título da dívida agrária com prazo de resgate de até 20 anos.
Obs.: O art. 243 da CF faz menção a expropriação de terras que cultivam substâncias psicotrópicas. Isso
não é desapropriação é confisco.
    b) Política Urbana: É de competência do município para os imóveis que não atendem o plano diretor.
    O pagamento é em títulos da dívida pública, aprovados previamente pelo senado federal com prazo de
resgate de até 10 anos.
    c) Ordinária ou Comum:
    3 – Desapropriação Ordinária ou Comum (DL 3.365/41)
     É de competência da união, estados e municípios.
    Ela possui duas fases:
    1° Fase – Administrativa: Ela tem início com o decreto expropriatório (poder executivo) ou por meio
de lei (poder legislativo). Após o decreto, há a oferta pelo bem que se for aceita encerra-se a
desapropriação.
    Do contrário passa-se a próxima fase, que é a fase judicial.
    2° Fase – Judicial: Esta fase inicia-se com a ação de desapropriação proposta pelo poder público. A
contestação versará somente sobre valor e eventuais irregularidade no procedimento..
    A indenização inclui o valor do bem, lucro cessante, correção monetária, honorários advocatícios, juros
moratórios e compensatórios.
Obs.: Qualquer outra questão que não seja valor e irregularidade no procedimento deve ser por ação
própria, art. 20 do decreto 3.365/41.
    a) Tredestinação: É o valor desvio de finalidade e ocorre quando o bem desapropriado é destinado a
outro fim sem interesse público, é a chamada tredestinação ilícita.
    b) Direito de Extensão: É aquele que assiste ao proprietário de exigir que na sua desapropriação se
inclua parte do bem que se tornou inútil ou de difícil utilização.
    c) Desapropriação Indireta: É aquela feita sem observância das formalidades legais, ou seja, sem o
pagamento de indenização.
    Neste caso o particular deverá propor ação requerendo perdas e danos.
    d) Retrocessão (art. 519 do CC): Ela surge quando há desinteresse superveniente do poder público
pelo bem que ele desapropriou.
    e) Desapropriação por Zona: Ela consiste na ampliação da desapropriação às áreas que se valorizam
extraordinariamente em razão da obra ou serviço público.
    II – Servidão Administrativa: É o ônus real imposto pela administração pública sobre a propriedade
particular para assegurar a realização de obras e serviços públicos, mediante o pagamento de indenização
dos prejuízos efetivamente suportados pelo particular. Ex: Passagem de dutos de água, fios telefônicos.
    III – Limitação Administrativa: É uma imposição geral, unilateral, gratuita, de ordem pública e que
condiciona o exercício de bens e atividades particulares. Ex: Limite de altura de prédio, recuo das
construções e manutenção de área florestada.
    IV – Requisição Administrativa (art. 5, XXV da CF): É a utilização coativa de bens ou serviços
particulares pelo poder público por um ato de execução direta e imediata da autoridade requisitante, com
indenização ulterior (se houver dano) para o atendimento de necessidades coletivas, urbanas, urgentes e
transitórias. Ex: Requisição de carro em perseguição, de ambulância de hospital particular.
    V – Ocupação Temporária: É a utilização transitória remunerada ou gratuita de bens particulares para
o poder público. Ex: Ocupação de um terreno para depósito de material de obra pública.
    VI – Tombamento (DL 25/1937): É a declaração do poder público acerca do valor histórico, artístico,
científico, cultural de um determinado bem.
    As coisas tombadas não podem ser demolidas, destruídas ou pintadas sem prévia autorização do órgão
competente (o da união é o IPHAN).
    Os imóveis tombados não podem ser alienados sem prévia oferta a união, estado ou município em que
se encontra.
    O tombamento em regra não gera indenização, exceto se a restrições forem tantas que inviabilizam o
uso do bem.
    O cancelamento do tombamento pode ser feito pelo presidente da república art. 10 do decreto lei.

Responsabilidade Civil do Estado (art. 37, §6° da CF)


    I – Conceito: É aquela que impõe à administração a obrigação de compor os danos causados a
terceiros pelos agentes públicos no exercício de sua função ou pretexto de exercê-los.
Obs.: Este artigo engloba a administração pública direta (entes políticos), e a administração pública
indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista exploradoras de serviço
público) e pessoas privadas que exploram serviços públicos (concessionários, permissionários).
    As que exploram atividade econômica não se enquadram.
    II – Teorias:
    1 – Irresponsabilidade: Por esta teoria o Estado nunca responde, não é aplicada no Brasil.
    2 – Subjetiva:
    Requisitos:
    - Dano;
    - Omissão;
    - Nexo Causal;
    - Culpa ou Dolo.
    Para boa parte da doutrina esta teoria é aplicável na hipótese de omissão do Estado na prestação de
serviço público.
    3 – Objetiva:
    Requisitos:
    - Dano;
    - Ação;
    - Nexo Causal.
    a) Risco Integral: Por esta teoria o Estado responde sempre, inclusive nas hipóteses de caso fortuito,
força maior e culpa exclusiva da vítima.
    Esta teoria como regra não se aplica no Brasil, salvo em casso de terrorismo e há discussão se aplica
esta teoria em dano nuclear.
    b) Risco Administrativo: Por esta teoria o Estado responde sempre, exceto nas hipóteses de caso
fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima.

Improbidade Administrativa Lei 8.429/92


    I – Conceito: É a má qualidade na prestação do serviço público.
    - Esta lei refere-se tanto ao administrado como o administrador público;
    - A ação de improbidade para ressarcimento do erário (patrimônio público) é imprescritível;
    - O terceiro que não é agente público e atua com este para a pratica da improbidade também responde;
    - A lei de improbidade não traz sanções penais, apenas civis e administrativas;
    - Não é possível a celebração de acordo, composição de dano ou t5ransação com o infrator;
    - É possível bloqueio e seqüestro de bens de indiciado;
    - O rito da ação é ordinário;
    - O rol dos atos de improbidade é exemplificativo.
    II – Sujeitos (art. 2° e 3° da Lei):
    a) Ativo: É o agente público em sentido amplo (ver aula de agente público), bem como o terceiro que
atua com este.
    b) Passivo: São as pessoas da administração pública direta ou indireta ou privadas que recebam
dinheiro público.
    III – Atos de Improbidade (art. 9°, 10 e 11 da Lei)
    1 – Enriquecimento Ilícito: O objetivo do agente é obter vantagem econômica para si, são punidos na
forma dolosa.
    Os núcleos do tipo se resumem em receber, perceber e adquirir.
    2 – Dano ao Erário: O objetivo do agente é permitir que alguém se beneficie, pode ser punido na
forma culposa.
    Os núcleos do tipo se resumem em permitir, facilitar e doar.
    3 – Ofendem os Princípios da Administração Pública: Este artigo é visto de forma residual, pois se a
conduta puder ser enquadrada nas duas anteriores é ali que o agente responderá.
     IV – Sanções:
    1° Ressarcimento integral do dano;
    2° Multa civil;
    3° Perda de bens ou valores;
    4° Proibição de contratar com o poder público;
    5° Suspensão dos direitos políticos;
    6° Perda da fincão pública.

Agentes Públicos
    I – Conceito: É toda a pessoa física que presta serviços ao Estados e as pessoas jurídicas da
administração indireta.
    II – Classificação:
    1 – Agentes Políticos: São aqueles que ingressam na função por meio das eleições para o exercício de
mandato fixo. Ex: Presidente, governador, deputado.
    2 – Servidor Públicos:
    a) Estatutários:
    b) Empregados Públicos: São aqueles que ocupam emprego público sujeitos ao regime da CLT.
Prestam concurso público, mas não adquirem estabilidade. Ex: Empregados das empresas públicas e
sociedades de economia mista.
    c) Temporários: São aqueles contratados por tempo determinado em razão de necessidade excepcional
de interesse público.
    * Cargos em Comissão: São aqueles de livre nomeação ou exoneração para as funções de direção,
chefia ou assessoramento. Ex: Ministros dos estados, secretários de estado, chefe de gabinete.
    3 – Particulares em Colaboração com o Poder Público: São pessoas físicas que prestam serviços ao
Estado com ou sem remuneração, porém sem vinculo empregatício. Ex: Empregados dos concessionários,
permissionários, jurados, mesários.
    III – Servidores Públicos Estatutários Lei 8.112/90
    1 – Conceito: São os titulares de cargo público com regime jurídico estatutário. Prestam concurso
público e adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício (Estagio Probatório).
Obs.: Juízes e promotores adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício.
    2 – Perda do Cargo: Os efetivos só podem perder o cargo nas seguintes situações:
    a) Sentença judicial com transito em julgado;
    b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa;
    c) Por avaliação negativa de desempenho;
    d) No caso de diminuição de despesas com pessoal.
    3 – Acumulação de Cargo: É vedada a acumulação de cargos, exceto quando houver compatibilidade
de honorários e nas seguintes hipóteses:
    a) Dois cargos de professor;
    b) Um cargo de professor com outro técnico ou cientifico;
    c) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde com profissões regulamentadas. Ex:
Médico, dentista.
    4 – Exercício de Mandato Eletivo:
    Não é vedado o exercício de mandato eletivo pelo servidor. As regras são:
    a) Prefeito: Ele deve se afastar do cargo e pode optar entre a remuneração de servidor e o subsidio de
prefeito.
    b) Vereador: Caso não haja incompatibilidade de horários, poderá acumular a remuneração de
servidor como subsidio de vereador. Do contrário segue a regra do prefeito.
    c) Demais Cargos: Ele deve se afastar do cargo e não pode acumular as remunerações.
    5 – Acessibilidade: Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros natos, naturalizados e aos
estrangeiros na forma da lei (art. 207 da CF e art. 5°, §3° da lei 8.112/90).
    6 – Direitos e Vantagens (art. 40 até o 80 da Lei)
    a) Subsídio: É o pagamento em parcela única e serve para os agentes políticos.
    b) Vencimento: É a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo com valor fixado em lei.
    c) Remuneração: É o vencimento acrescido das vantagens (indenizações e gratificações).
    7 – Formas de Provimento (art. 8° ao 32 da Lei)
    a) Nomeação: Dá-se em caráter efetivo ou em comissão.
    b) Promoção: Ocorre quando o servidor passa para um cargo de maior grau de responsabilidade dentro
da carreira.
    c) Readaptação: Ocorre em caso de acidente e limitação física ou mental.
    d) Reversão: Ocorre em caso de aposentadoria e interesse da administração.
    e) Reintegração: Ocorre nos casos de demissão.
    f) Recondução: Ocorre no caso de estágio probatório e reintegração.
    g) Aproveitamento/Disponibilidade: É o retorno do servidor colocado em disponibilidade a um cargo
de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 41 da CF).
Obs.: Remoção e redistribuição não são formas de provimentos (art. 36 e 37 da Lei).
    8 – Desinvestidura:
    a) Demissão: É a punição por falta grave.
    b) Exoneração:
    - A pedido do interessado;
    - De ofício: Ocorre para os cargos em comissão ou quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório.
    c) Dispensa: Ocorre com relação aos contratados pela CLT quando não há justa causa.
    9 – Regras para Aposentadoria (art. 40 da CF):
    a) Por Invalidez Permanente: Os proventos são proporcionais.
    b) Compulsória: Ocorre aos 70 anos de idade, os proventos são proporcionais.
    c) Voluntária: Desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público
e 5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria observada as seguintes condições:
    1° 60 anos de idade e mais 35 de contribuição se for homem, e 55 anos de idade e mais 30 de
contribuição se for mulher.
    2° 65 anos de idade se for homem e 60 anos se for mulher.

Serviços Públicos
    I – Conceito: São todos aqueles prestados pela a administração ou por seus delegados para satisfazer
necessidades essências da coletividade ou simples conveniência do Estado. 
    II – Classificação:
    1 – Serviços Públicos Propriamente Ditos: São prestados diretamente e exclusivamente pela
administração em razão da sua essencialidade. Ex: Defesa nacional, serviços de segurança pública.
    2 – Serviços de Utilidade Pública: São prestados pela administração pública ou por particulares em
razão de sua conveniência. Ex: Transporte coletivo, Energia elétrica, gás, telefonia.
    3 – Serviços Gerais “uti universi”: São prestados pela administração sem ter usuários determinados.
São indivisíveis, não mensuráveis. Ex: Segurança pública.
    4 – Serviços Individuais “uti singuli”: Possuem usuários determinados, são divisíveis.
    III – Formas e Meios:
    1 – Serviços Centralizados: É aquele prestado pela a administração pública direta ou centralizada.
    2 – Serviços Descentralizados: É aquele prestado pela a administração pública indireta (titularidade)
ou por particulares (transferência só da execução).
    3 – Serviços desconcentrados: É a distribuição de competência dentro de um mesmo órgão
decorrentes de um poder hierárquico. Ex: Ministérios, secretarias, subprefeituras, superintendências
regionais.

4 – Serviços Concedidos 5 – Serviços Permitidos 6 - Serviços Autorizados


(serve para atender necessidade
(serve para serviços de utilidade
Doutrina: É passado para o instáveis ou de emergência
pública)
particular executar por um transitória)
Doutrina: É celebrado por
contrato. Doutrina: É celebrado por termo,
termo, discricionário e precário.
sendo discricionário e precário.
Lei: Será por contrato de
Lei: Também por contrato adesão, sendo discricionário e Lei: Não há previsão.
precário.

Controle da Administração Pública


    A administração pública é controlada por si mesma (autotutela), pelo judiciário e pelo legislativo.
    I – Controle Administrativo: É exercido pelos seguintes meios:
    1 – Fiscalização Hierárquica: Decorre do poder hierárquico por meio do qual a administração pública
controla os atos praticados pelos agentes inferiores.
    2 – Recursos Administrativos: São os meios utilizados pelos particulares a fim de que a
administração pública seja provocada a se manifestar sobre determinada decisão.
    3 – Processos Administrativos (Lei 9784/99): Processo administrativo é o instrumento pelo qual a
administração pública regula e instrumenta os seus atos. Ex: Processo administrativo disciplinar, outorga
expediente.
    II – Controle Judicial: O controle exercido pelo poder judiciário sobre os atos administrativos é um
controle limitado. Esse controle está circunscrito aos aspectos da legalidade dos atos administrativos.
    III – Controle Legislativo: Pode ser exercido por meio de:
    1 – CPI’S;
    2 – Convocações para Comparecimento;
    3 – Pedidos Escrito de Informações;
    4 – Controle Orçamentário e Financeiro: Esse controle é exercido pelo tribunal de contas da União.
    O tribunal de contas é um órgão independente de qualquer dos poderes e que auxilia o legislativo no
controle externo da gestão orçamentária e fiscal da administração pública, colabora com o executivo para
orientação da maneira pela qual o gasto público deve se realizar.
    O controle exercido pelo tribunal de contas dá-se sob os seguintes aspectos:
    - Legalidade;
    - Legitimidade;
    - Economicidade;
    - Fidelidade Funcional;
     - Cumprimento de Metas e Programas.
    O tribunal de contas tem as seguinte funções:
    a) Emitir parecer sob as contas prestadas pelo administrador público;
    b) Julgar as contas;
    c) Aplicação de Sanções.

Consórcio e Convênios
    - Convênios Administrativos: São acordos firmados entre entidades públicas de qualquer espécie ou
entre estas e organizações particulares para a realização de interesse comum para os participes.
    - Consórcios: São acordos administrativos firmados entre entidades sempre da mesma espécie para
realização de interesses comuns dos participes. Ex: Autarquia com autarquia.
    Consórcios Públicos (Lei 11.107/05): Os consórcios públicos podem ser constituídos como pessoa
jurídica de direito público ou pessoa jurídica de direito privado. Se for constituído como pessoa jurídica
de direito público eles integram a administração pública indireta. Se for constituído como pessoa jurídica
de direito privado assumem a forma de associação civil.
    - Podem ser celebrados por entidades da mesma espécie ou não;
    - Possuem natureza contratual e dependem previamente à sua celebração do chamado protocolo de
intenções;
    - O consórcio está sujeito à fiscalização do tribunal de contas;
    - Os consórcios podem ser contratados por meio de dispensa de licitação;
    - Os consórcios podem celebrar contratos de gestão e termos de parceria;
    - Os consórcios celebram dois tipos de contratos:
    I – Contratos de Programa: Estabelece as obrigações entre os consorciados.
    II – Contrato de Rateio: É aquele em que os entes consorciados comprometem-se a fornecer os
recursos necessários para suprir as despesas do consórcio. 

Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01)


    O art. 4° do estatuto regulamenta os instrumentos da política urbana:
    1° IPTU progressivo;
    2° Desapropriação por títulos;
    3° Outorga onerosa do direito de construir/solo ocupado: É a possibilidade de o particular construir
acima do coeficiente de aproveitamento básico mediante contrapartida;
    4° Estudo de Impacto de Vizinhança: É o instrumento pelo qual a administração pública avalia os
impactos causados por empreendimento públicos e privados;
    5° Direito de preferência/preempção: É aquela que confere ao poder público a preferência na aquisição
de um imóvel objeto de alienação onerosa entre particulares.
    6° Direito de Superfície: É a possibilidade que o proprietário de um imóvel urbano concede a alguém o
direito de utilizar o solo do seu imóvel, isso se da por escritura pública.

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