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Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Paraná
3ª Vara Federal de Curitiba
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SENTENÇA
Defende que, nos termos dos convênios de delegação da concessão que explora,
não há autorização para que a AGEPAR exerça as competências fiscalizatórias, eis que
remanesce a titularidade do serviço com a UNIÃO FEDERAL, e, para fins de fiscalização,
com o DER/PR.
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No mérito, requereu a citação dos réus, e a procedência da ação para declarar a
incompetência da ré para promover a fiscalização do objeto do contrato de concessão que
titulariza, confirmando-se a antecipação de tutela; a condenação da ré ao pagamento dos
encargos advindos da sucumbência.
Alega ser parte ilegítima, eis que o convênio foi assinado pelo antigo DNER, e,
nos termos da Portaria nº 89, de 09 maio de 2006, do Ministério dos Transportes, a sucessão
se deu pelo Ministério(ou seja, pela UNIÃO).
Alega que:
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entidade pertencente à administração pública do Delegatário competente para o exercício das
atividades daí decorrentes. Razão pela qual, pugna-se, desde já pela TOTAL
IMPROCEDÊNCIA da presente demanda
Diante do exposto e por tudo o mais que nos autos consta, requer-se:
b) No mérito, requer seja julgada improcedente a pretensão autoral, nos termos expostos nos
itens “III.1”, “III.2.” e “III.3”, haja vista a atuação regular da Requerida, ausente de
qualquer tipo de nulidade, notadamente para:
b.2) Rejeitar o pedido de confirmação da tutela antecipada, para que a requerida se abstenha
de exercer a fiscalização no âmbito da concessão outorgada à autora em se tratando dos
trechos concessionados à esta, porquanto restou amplamente demonstrada a competência da
Requerida, conforme abordado no item “III.2” e “III.3.”;
Desde já, protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito,
reservando-se no direito de juntar outras se necessário, nos termos dos artigos 370 e 373,
todos do CPC
Defende sua ilegitimidade passiva, eis que não reservou para si a competência
para tratar de infrações ao contrato de concessão.
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9. Manifestação do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL(MPF)(evento 53).
Alega não haver interesse de ente federal na demanda, e que o processo deve
ser remetido ao MM. Juízo Estadual.
Fundamentação
Preliminares
Aliás, isso não é situação nova: basta lembrar que, em diversas ações, a UNIÃO
FEDERAL postula ressarcimento de danos havidos à PETROBRAS - justamente sob o
argumento de manifesto interesse público em manutenção da lisura de contratos
administrativos, mesmo não sendo parte direta em nenhum deles.
Pode a UNIÃO defender o ato estadual - mas, então, o tema é de mérito, não se
tratando de preliminar.
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pólo passivo de ação versando sobre reajuste de pedágio em rodovia federal, ainda que haja
delegação de sua administração e exploração ao Estado-membro. Precedentes do Superior
Tribunal de Justiça e desta Corte.
2. Se o Contrato de Concessão prevê que a não-homologação pela autoridade competente no
prazo avençado dos cálculos de reajuste tarifário apresentados pela concessionária equivale à
homologação tácita, falece de interesse processual a ação que visa a autorização para
implementar tal reajuste, se este já estava autorizado contratualmente antes mesmo da
propositura da ação.
3. Caso em que não há qualquer prova de que os réus da presente ação estivessem a impedir a
implantação do aumento.
4. Configurada a ausência de interesse de agir.
5. Inversão sucumbencial.
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discussão sobre a composição, da tarifa básica ." 3. Desnecessária a produção de prova
pericial. (TRF4, APELREEX 2007.70.00.032494-0, Terceira Turma, Relatora Maria Lúcia Luz
Leiria, D.E. 16/02/2011)
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O ESTADO DO PARANÁ, por sua Procuradora, vem informar que não tem interesse em ser
parte na demanda, uma vez que figuram como requeridas duas autarquias estaduais, dotadas
de personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira, reservando-se à
posição de acompanhamento do feito.
Mérito
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Julgador: QUARTA TURMA Relatora Des. Fed. MARGA INGE BARTH TESSLER
Veja-se que as autuações foram efetuadas por descumprimento de cláusula contratual relativa
ao dever de conservação das rodovias:
Num juízo próprio deste momento processual, a criação da AGEPAR, portanto, não tinha o
condão de modificar essa cláusula - até porque, nos termos da própria legislação que a
criou(LCE 94/2002), art .5º, §1º:
Art. 5º. À AGÊNCIA compete regular, fiscalizar e controlar, nos termos desta Lei, os serviços
públicos delegados de infraestrutura do Paraná, conforme definidos nos incisos VII e VIII do
art. 2º desta Lei.
§ 1º. Com exceção do disposto no § 2º deste artigo, a competência da AGÊNCIA, nos casos em
que o serviço público delegado não for de titularidade do Estado do Paraná, nos termos dos
incisos VII e VIII do art. 2º desta Lei, dar-se-á por delegação prévia e expressa, por meio de
convênio específico, a ser firmado com o ente titular do serviço público, de qualquer nível
federativo.
(Redação dada pela Lei Complementar 202 de 27/12/2016)
§ 2º. Nos casos em que houver gestão associada entre o Estado do Paraná e os municípios
para a prestação dos serviços de saneamento básico previstos na alínea “i” do inciso VII do
art. 2º desta Lei, nos termos das Leis Federais nºs 11.107, de 6 de abril de 2005 e 11.445, de
2007, a delegação das competências de regulação e fiscalização deverá constar do Convênio
de Cooperação firmado entre os entes federados convenentes, figurando a AGÊNCIA como
interveniente.
(Incluído pela Lei Complementar 202 de 27/12/2016)
Ou seja, não se nega que a AGEPAR possa vir a fiscalizar o cumprimento do contrato, mas
precisará, para isso, refazer o convênio atual. Até que esse convênio venha, poderá atuar
como qualquer pessoa e usuário do serviço: verificando alguma desconformidade, incumbe-
lhe representar ao órgão competente, para que este tome as providências devidas.
Aliás, pode até haver convênio do DER/PR com a AGEPAR para atos materiais de
fiscalização - tal como existe entre o IPEM/PR e INMETRO, p. ex. -, mas não competência
própria para aplicar multas e autuações.
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Art. 5º. À AGÊNCIA compete regular, fiscalizar e controlar, nos termos desta Lei, os serviços
públicos delegados de infraestrutura do Paraná, conforme definidos nos incisos VII e VIII do
art. 2º desta Lei.
§ 1º. Com exceção do disposto no § 2º deste artigo, a competência da AGÊNCIA, nos casos em
que o serviço público delegado não for de titularidade do Estado do Paraná, nos termos dos
incisos VII e VIII do art. 2º desta Lei, dar-se-á por delegação prévia e expressa, por meio de
convênio específico, a ser firmado com o ente titular do serviço público, de qualquer nível
federativo.
(Redação dada pela Lei Complementar 202 de 27/12/2016)
a) os réus UNIÃO, ANTT e DNIT respondem por eles, por serem partes
legítimas para a causa - se não por ação, mas por omissão em seus deveres fiscalizatórios do
convênio;
c) o DER/PR, este sim, por força da causalidade, está dispensado dos ônus de
sucumbência. É que a presente sentença reconheceu ser prerrogativa dele a aplicação de
sanções - logo, seria contraditório condená-lo ao pagamento de verbas de sucumbência.
Tampouco, por não ter sequer contestado o feito, pode ser beneficiado com as referidas
verbas.
Dispositivo
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do Paraná.
Quanto ao item "b", aponto que a AGEPAR poderá atuar como qualquer pessoa
e usuário do serviço: verificando alguma desconformidade, incumbe-lhe representar ao órgão
competente, para que este tome as providências devidas. E, além disso, poderá formular
convênio com o DER/PR para atos materiais de fiscalização.
Documento eletrônico assinado por MARCUS HOLZ, Juiz Federal, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de
19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do
documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o
preenchimento do código verificador 700004900909v10 e do código CRC 8dcfd984.
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