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Modelo 2021 - Pedido de Penhora de

Veículo Via Termos Nos Autos -


Pedido de Depositário em Favor do
Exequente - Restrição de
Circulação.

DO PEDIDO DE INCLUSÃO DE RESTRIÇÃO VIA RENAJUD Tendo em vista a localização


de veículos em nome do executado, requer a parte exequente a inserção de Restrição Judicial de
Veículos (RENAJUD), com fulcro no caput do art. 6º do REGULAMENTO RENAJUD, que
assim dispõe:
“Art. 6º O sistema RENAJUD versão 1.0 permite o envio de ordens judiciais eletrônicas de
restrição de transferência, de licenciamento de circulação, bem como a averbação de registro de
penhora de veículos automotores cadastrados na Base Índice Nacionais (BIN) do Registro
Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM”.
Ademais, o artigo 7º do mesmo instrumento regulamenta que a restrição junto ao registro de
sistema RENAJUD, impede a mudança de propriedade dos veículos senão vejamos:

Art. 7º A restrição de transferência impede o registro da mudança da propriedade do veículo do


sistema RENAVAM. Neste sentido temos o seguinte julgado: EMENTA CONSULTA DE
BENS VIA RENAJUD. POSSIBILIDADE. É possível a penhora mediante a utilização do
sistema RENAJUD, mesmo quando não comprovado o esgotamento de todas as possibilidades
ao alcance do credor na busca de bens a serem penhorados, porquanto tal medida serve para
simplificar e agilizar a busca de bens aptos a satisfazer os créditos executados.
Entendimento pacificado no e. STJ e neste Tribunal de Justiça. RECURSO PROVIDO, EM
DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento, Nº 70083692319, Primeira Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sergio Luiz Grassi Beck, Julgado em: 22-01-2020)
TJ-RS - "Agravo de Instrumento" AI XXXXX RS (TJ-RS) Data de publicação: 27/01/2020.
Diante do exposto, requer a inclusão de restrição via Renajud (CNCGJ, Apêndice III, art. 1º,
III), dos veículos localizados em nome do devedor.

Como se sabe, o encargo de depositário não é, de atribuição do executado, sendo


possível, excepcionalmente, que o executado exerça o encargo nas seguintes
situações: a) a penhora for de bem imóvel; b) o exequente concordar ( CPC, art. 840,
§ 2º); c) a penhora recair sobre bem de difícil remoção (CPC, art. 840, § 2º) além do
mais, se tratando de veículos, a norma legal e que o mesmo permaneça com
depositário judicial ( CPC, art. 840, II). Entretanto, não existe nesta comarca a figura
do depositário judicial ( CPC, art. 159). Dessa forma, o bem deve permanecer em
poder do exequente ( CPC, art. 840, § 1º), para que evite a ocultação do bem pelo
devedor. Diante do exposto, requer a nomeação do exequente para o encargo de
depositário do veículo. 5. DO PEDIDO DE RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO – MEDIDA
COERCITIVA PARA EFETIVAR A AVALIAÇÃO E REMOÇÃO DO VEÍCULO.

Como apresentado anteriormente, os veículos são bens de fácil ocultação, sendo


assim, é necessário, previamente, ser tomados medidas para efetivar o cumprimento
da decisão judicial.

No presente caso, é possível notar que o exequente, sequer informou bens, bem
como, se recusou de assinar a contrafé, dando a entender que o mesmo não facilitará
o comprimento das decisões que estão sendo tomadas na presente ação.
Sendo assim, o exequente pretende a inserção da restrição de transferência e
circulação, EM ESPECIAL A DE CIRCULAÇÃO.

Desta forma, sustenta o artigo 139 do CPC a respeito das medidas que se fazem necessárias para
a solução da lide: Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe: IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária. A novidade trazida pelo Novo Código de Processo
Civil no artigo supramencionado amplia os poderes do juiz, buscando dar efetividade à medida,
garantindo o resultado buscado pelo exequente.

Ainda, há de se considerar que a restrição de circulação poderá ser empregada como meio
coercitivo para a satisfação da execução, visto o ato de apreensão. Assim, cabe lembrar que o
Renajud Renajud (CNCGJ, Apêndice III, art. 1º, III) é uma ferramenta utilizada de forma a
possibilitar a efetividade da prestação jurisdicional, sobretudo quando há indícios de que o
devedor está se esquivando do cumprimento da obrigação, possibilitando a inserção e retirada
de restrições judiciais de veículos em âmbito nacional. As restrições podem ser as seguintes:
TRANSFERÊNCIA: impede o registro da mudança da propriedade do veículo no sistema
RENAVAM; LICENCIAMENTO: impede o registro da mudança da propriedade, como
também um novo licenciamento do veículo no sistema RENAVAM; CIRCULAÇÃO (restrição
total): impede o registro da mudança da propriedade do veículo, um novo licenciamento no
sistema RENAVAM, como também impede a sua circulação e autoriza o seu
recolhimento a depósito. REGISTRO DE PENHORA: registra no sistema RENAVAM a
penhora efetivada em processo judicial sobre o veículo e seus principais dados (valor
da avaliação, data da penhora, valor da execução e data da atualização do valor da
execução). Sendo assim, o deferimento da restrição de circulação, servira como apoia
para concretização da avaliação e remoção do veículo ( CPC, art. 139, IV). Ademais,
observa-se que com o indeferimento da restrição de circulação do veículo, o devedor
permanecerá desinteressado em efetuar o pagamento, bem como, ocultará o veículo e
ficará utilizando o mesmo. Diante do exposto, requer o deferimento da restrição de
circulação e transferência do veículo nos termos do art. 139, IV do CPC, pois o
deferimento da restrição de circulação, servira como apoio para concretização da
avaliação e remoção do veículo. 6. DA NÃO DESPROPORCIONALIDADE DA
MEDIDA DE CIRCULAÇÃO À luz da proporcionalidade, é preciso distinguir a
importância da permanência de um devedor com seus bens, e a necessidade de
pagamento de um crédito que a anos está sem ser satisfeito. Desta forma, ressalta-se
que com o deferimento da restrição de circulação do veículo, será possível o
impedimento de registro da mudança da propriedade do veículo, um novo
licenciamento no sistema RENAVAM, bem como também impeimpede a sua circulação e
autoriza o seu recolhimento a depósito. Assim, é com este entendimento que apresentamos
recentes julgados do TJRS: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS
BANCÁRIOS. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE
FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. PENHORA DE VEÍCULO VIA
RENAJUD. INCLUSÃO DE RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO. POSSIBILIDADE NO CASO
CONCRETO. Considerando a ausência de interesse dos devedores em quitar o valor executado
de forma espontânea, a nomeação do credor como depositário do veículo penhorado, a ordem de
recolhimento desse e a existência de indícios de que o bem se encontra em local incerto, inexiste
óbice ao deferimento da inclusão da restrição de circulação postulada pelo agravante, até
mesmo como meio de viabilizar a localização do automóvel e de resguardar a efetiva
concretização da constrição em questão. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo
de Instrumento Nº 70073049561, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout, Julgado em 27/07/2017 Publicação: Diário da
Justiça do dia 31/07/2017).
Pelos fatos acima expostos, requer a restrição de circulação do veículo via o sistema Renajud, uma
vez que tal medida, além de possuir expressa previsão legal, visa à celeridade dos atos processuais e
à efetivação da tutela jurisdicional.

DA EXPEDIÇÃO DE MANDADO DE REMOÇÃO E AVALIAÇÃO Sendo deferido a


penhora via termo e o pedido de nomeação do exequente como depositário dos bens, requer a
expedição do mandado de remoção e avaliação do bem, devendo o sr. Oficial entrar em contato
com este subscritor nos contatos telefônicos informados na nota de rodapé dessa petição. 8. DO
PEDIDO DE BACENJUD – ANTES DA EXPEDIÇÃO DO MANDADO DE AVALIAÇÃO E
REMOÇÃO Antes de se expedir o mandado de avaliação e remoção, requer uma tentativa de
penhora dos ativos financeiros do executado. Nesse sentido está disposto o art. 835 do CPC:
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: I - dinheiro, em espécie ou
em depósito ou aplicação em instituição financeira; II - títulos da dívida pública da União, dos
Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; III - títulos e valores mobiliários com
cotação em mercado; IV - veículos de via terrestre; É válido esclarecer que o pedido de penhora
está em consonância com o artigo 854 do Novo Código de Processo Civil. Vale ressaltar, que o
pedido de penhora de dinheiro possui preferência, não importando se em espécie, depósito ou
aplicado em alguma Instituição Financeira
Ademais, a Corregedoria Geral de Justiça do Poder Judiciário de Santa Catarina editou, em 25
de maio de 2006, o Provimento n. 05/2006, dispondo sobre a utilização do Sistema BacenJud,
que visa realizar a penhora de valores depositados ou aplicados em Instituição Financeira. Nesse
sentido, temos a seguinte decisão proferida recentemente: TRF-4 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO AG XXXXX20194040000 XXXXX-88.2019.4.04.0000 (TRF-4) Data e
publicação: 18/02/2020 EMENTA BACENJUD. POSSIBILIDADE. 1. A penhora de dinheiro é
prioritária, sendo cabível a constrição de valores em depósito ou aplicação em instituição
financeira, nos termos do art. 835, I e § 1º, do CPC, e art. 11 da LEF. 2. Na execução fiscal
originária, ainda não foi realizada tentativa de penhora por meio do BACENJUD. 3. Agravo de
instrumento provido. TRF-4 - AGRAVO DE INSTRUMENTO AG XXXXX20194040000
XXXXX-88.2019.4.04.0000 (TRF-4) Data e publicação: 18/02/2020. Diante de todo o exposto,
requer que o feito siga a ordem prevista no art. 835, I, do NCPC, aplicando o procedimento
BacenJud conforme previsão do art. 854 do NCPC em face do (s) executado (s) e sobre os
valores do crédito exequível. Restando negativo, requer a expedição de mandado de avaliação e
remoção.
Restando negativo, requer a expedição de mandado de avaliação e remoção. II. DOS PEDIDOS
E REQUERIMENTOS Diante do exposto requer: a) A INCLUSÃO DE RESTRIÇÃO VIA
RENAJUD (CNCGJ, Apêndice III, art. 1º, III), dos veículos localizados em nome do devedor.
b) A EXPEDIÇÃO DE TERMO DE PENHORA NOS AUTOS conforme prevê o Art. 845 § 1º
do CPC c) A NOMEAÇÃO DO EXEQUENTE PARA O ENCARGO DE DEPOSITÁRIO DO
VEÍCULO, consequentemente, determinado à remoção do (s) veículo (s) em mãos da parte
exequente. d) O deferimento da RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO e transferência do veículo
nos termos do art. 139, IV do CPC, pois o deferimento da restrição de circulação, servira como
apoio para concretização da avaliação e remoção do veículo. e) Antes de se efetivar a expedição
do mandado de penhora e remoção requer uma tentativa de PENHORA VIA BACENJUD nos
termos do art. 835, I, e 854 do CPC f) A expedição do MANDADO DE REMOÇÃO E
AVALIAÇÃO DO BEM ( CPC, arts. 154, V, 829, § 1º, e 870), devendo o sr. Oficial entrar em
contato com este subscritor nos contatos telefônicos informados na nota de rodapé dessa
petição. g) Por fim, requer à INTIMAÇÃO DA PARTE EXECUTADA (na pessoa do advogado
constituído ou, na ausência, pessoalmente) da penhora, avaliação e remoção ( CPC, art. 841).

Pedido de Penhora de Criptomoedas


Conforme denota-se dos autos, o Exequente foi diligente em buscar meios para saldar o débito
exequendo através dos sistemas à disposição do Poder Judiciário, quais sejam, Bacenjud,
Infojud e Renajud. Ainda, diligenciou junto à SUSEP, conforme protocolo de ofício de fls. xx,
que ainda não retornou. Desse modo, a fim de dar efetivo prosseguimento ao feito, diante do
cenário de vasta procura por bens passíveis de penhora, embora ainda não se tenha encontrado
bens aptos para satisfação integral da dívida em aberto, cumpre ressaltar que este exequente
ainda não esgotou todas as medidas para satisfação do seu crédito. Por conseguinte, evidente
que o exequente deve buscar de quaisquer montantes que possam diminuir os prejuízos
causados pelo não pagamento da dívida executada. Nessa seara, é possível afirmar que as
criptomoedas são bens imateriais dotadas de valor, não havendo óbice à sua penhora. Nas
palavras do economista Fernando Ulric, “Bitcoin é uma forma de dinheiro, assim como o real, o
dólar ou o euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum
governo”. Evidente que a realidade das transações demonstra cenário cada vez mais célere de
negociações, prática de atos eletrônicos e tantas outras atividades que são realizadas na rede
mundial de computadores e, ainda que não seja efetiva moeda corrente, fato é que tal meio é
utilizado para transações através de recursos eletrônicos cujo resultado é convertido em
dinheiro. Por outro lado, o atual sistema SISBAJUD ainda não está apto a atingir eventuais
ativos financeiros oriundos de aplicação em moeda eletrônica, uma vez que sua emissão não é
regulada e controlada pelo Banco Central, não sendo operada pelas instituições financeiras, mas
por exchanges, que ainda não são alcançadas por referido sistema. Ademais, a Execução deve
seguir face ao interesse do credor, respeitando os limites da razoabilidade, requerendo medidas
que sejam possíveis de serem realizadas e, tendo-se em vista a evolução da sociedade e das
movimentações financeiras, cabível e necessário que se pleiteie por pesquisas de valores que a
executada detenha perante as operadoras de moedas criptografadas. Assim, considerando que
ainda não há previsão para possível penhora online de criptomoedas ocorrer pelo sistema
conveniado com o judiciário, requer seja deferida a expedição de ofícios à alguma das grandes
exchanges de criptomoedas no Brasil, a fim de OBTER INFORMAÇÕES sobre a existência de
aplicações de quaisquer valores eletrônicos encontrados em nome dos executados e, em caso
positivo, seja determinado seu bloqueio:
i. FOXBIT - R. Frei Caneca, 1246 - Consolação, CEP XXXXX-002, São Paulo - SP;
ii. MERCADO BITCOIN – Alameda Mamoré, 687, Edifício Amazônia– Alphaville
Industrial, CEP XXXXX-040, Barueri – SP
iii. BITCOINTRADE - Av. das Américas, 2480 - Barra da Tijuca, CEP22640-101, Rio
de Janeiro – RJ
iv. RASIL BITCOIN – Avenida Roque Petroni Júnior, 850 – Torre B, conjunto 172 –
Jardim das Acácias, CEP XXXXX-000, São Paulo –SP
v.

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