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DEFESA JARI
QUALIFICAÇÃO DO CONDUTOR:
Além disso, o local onde o mesmo reside está correto no CRLV, haja vista
que não foi alterado o endereço após autuação, pois era e é servido.
Consultando os autos, verifica-se que não houve número de AR (aviso de
recebimento) de envio da Notificação de Autuação para o Requerente, nem
tão pouco o ‘‘Retorno’’ desse AR, o que significa que não houve
notificação do Requerente. Caso fosse o Requerente devidamente
notificado, haveria o número do AR de envio ou, até mesmo, o motivo do
AR devolvido, como ENDEREÇO DECONHECIDO, AUSENTE,
MUDOU-SE, etc, o que não houve.
Ressalta-se que nas fls. dos autos, encontra-se cópia da tela de PESQUISA
HISTÓRICO INFRAÇÕES do sistema PRODEMGE / DETRAN / MG, na
qual não consta data de emissão da notificação da autuação e penalidade,
sem referência na data de postagem, Aviso de Recebimento e publicação de
edital, privando o recorrente de informações fundamentais para que o
mesmo possa se salientar da gravidade e da situação dos Processos
Administrativos que possuem em sua CNH.
Por não conter essas informações no auto anexo, foi feito uma pesquisa no
Diário Oficial/MG, não tiveram publicações de Edital, isto torna
improcedente o Processo Administrativo em questão, causando a nulidade
do mesmo.
(...)
Frise-se que é notório que o Detran possui recursos suficientes para arcar
com os gastos decorrentes de notificações que observem a disposição legal.
Ocorre que o recorrente não foi notificado pessoalmente ou por edital sobre
a atuação e penalidade de trânsito que ensejou o processo administrativo
em discurso. Embora tenha sido enviado para o Requerente a Notificação
de tal processo, o mesmo jamais foi notificado da infração que deu origem
a instauração deste processo e, portanto, não foi lhe oferecida a devida
defesa deste.
A nulidade de atos praticados pelos órgãos de trânsito não somente tem
origem na inconstitucionalidade por afronta aos incisos LIV e LV do artigo
5º da CF/88, uma vez que ambo também são ilegais por desrespeitarem o
artigo 265 do CTB.
Deve ser destacado que, a defesa permitida no prazo de 30 (trinta) dias não
ilide a sua ilegalidade por afronta ao artigo 265 do CTB, vez que, este
dispositivo, há que ser permitida a ampla defesa do infrator, pois será
inócuo se a penalidade for aplicada anteriormente.
Assim, caso seja suspensa a CNH de uma pessoa que tem no automóvel seu
principal meio de trabalho, estar-se-á negado ao mesmo direito de exercer
devidamente a sua atividade profissional, garantir a sua subsistência e de
sua família.
Portanto, a suspensão da Carteira de Habilitação somente será legal após a
observância de todos os dispositivos constitucionais e infraconstitucionais
acima citados.
6. DO PEDIDO.
Vale ressaltar que também no dia da ocorrida penalidade havia uma grande
queimada no acostamento da via, e com grande trafego de caminhões
andando em velocidade em cima da média pelo o risco de incêndio que por
ventura me fez andar também em cima da média para não ser atropelada,
tanto que quase no mesmo horário ouve um acidente com vitima fatal
conforme noticiado em vários canais de noticia conforme segue em anexo
link e print da matéria:
https://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/acidente-
envolvendo-
quatro- veiculos-deixa-
um-morto- e-feridos-em-
uberaba.ghtml
Diante de todo exposto acima, vem requerer que seja ACOLHIDA a
presente defesa, arquivando ou cancelando o Processo Administrativo
7733863 em razão das nulidades do processo e da ausência das notificações
de autuação e penalidade da infração de trânsito, cerceando, assim, sua
defesa, protestando desde já provar o alegado por todos os meios de provas
em direito admitidos, juntada de documentos, perícia, etc.
Nestes termos, pede-se deferimento.