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Ilustríssimo Senhor Presidente da Jari do Departamento Estadual de Trânsito do

Estado do Ceará – DETRAN - CE.


RECURSO ADMINISTRATIVO CONTRA MULTA POR EXCESSO DE VELOCIDADE (Art. 80, §
1º c/c Art. 90 do Có digo de Trâ nsito Brasileiro)
..., brasileiro, solteiro, estudante, portador da Cédula de Identidade RG de nº...-SSPDS/CE,
inscrito no CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliado à Rua..., endereço eletrô nico: ...,
telefone/WhatsApp... Vem, mui respeitosamente, perante VOSSA SENHORIA, apresentar
RECURSO ADMINISTRATIVO contra multa prevista no art. 218, I, CTB - Transitar em
velocidade superior à máxima permitida em até 20%, pelos fatos e fundamentos a
seguir.

I – Dos Prazos da Notificação de Infração


Segundo a referida notificaçã o de penalidade, a data em que supostamente o Requerente
infringiu tal dispositivo, foi em 13 de junho de 2016, entretanto, tomou ciência da suposta
infraçã o em notificaçã o de autuaçã o, conforme Serviço de Rastreamento de Objetos dos
Correios a notificaçã o só foi recebida em 08 de agosto de 2016, perfazendo mais de 30 dias
para a expediçã o da mesma.
O CTB ( Có digo de Trâ nsito Brasileiro) em seu Art. 281, pará grafo ú nico e incisos I e II, traz
a seguinte redaçã o:
“Art. 281 – A autoridade de trâ nsito, na esfera da competência estabelecida neste có digo e
dentro da sua circunscriçã o, julgará a consistência do auto de infraçã o e aplicará a
penalidade cabível.
Pará grafo ú nico – O auto de infraçã o será arquivado quando:
I – Se considerado inconsistente ou irregular;
II – Se, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, não for expedida a notificação de
autuação; (grifo nosso).”
A Resoluçã o nº 390 – CONTRAN dispõ e:
Art. 12. A contagem dos prazos para interposição da defesa da autuação e dos
recursos de que trata esta Resolução será em dias consecutivos, excluindo-se o dia
da notificação ou publicaçã o por meio de edital, e incluindo-se o dia do vencimento.
Pará grafo Ú nico. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia ú til se o vencimento
cair em feriado, sá bado, domingo, em dia que nã o houver expediente ou este for encerrado
antes da hora normal.
Ora, é de se observar que o lapso temporal entre a data da suposta infraçã o, que foi em 13
de junho de 2016 e a data em ó rgã o de Trâ nsito expediu a notificaçã o em 08 de agosto de
2016, perfaz um total de mais de 30 dias, que é o que preceitua o referido dispositivo legal
supramencionado;
II - Da Indicação do Condutor
O Requerente descobrira que fora autuado em infraçã o nº V600881808, na data de 13 de
junho de 2016 (segunda-feira) as 23h55min, por velocidade superior à má xima permitida
em até 20%, quando trafegava pela CE-060, KM 523,6 NORTE/SUL, na cidade de Juazeiro
do Norte – CE, somente vindo a ser notificado na data do dia 05 de julho do ano de 2016.
O Requerente é proprietá rio do veículo descrito no auto de infraçã o.
O sr. ..., portador da CNH nº..., conforme có pia em anexo (pg. 11 e 12), com endereço à ...,
conduzia o veículo na via anteriormente discriminada, conforme foi indicado na notificaçã o
de autuaçã o e em recurso de autuaçã o enviado ao Departamento Estadual de Trâ nsito do
Estado do Ceará – DETRAN/CE em 25/07/2016.

III – Dos Fatos


O requerente teve recurso nã o conhecido, sem nenhuma justificativa, recebendo somente a
notificaçã o de penalidade em 08/08/2016.
O Requerente abaixo relaciona e fundamenta o pedido de arquivamento da multa com a
consequente nulidade da pontuaçã o no RENAVAM:
a) O art. 20, § 1º, do Có digo Penal dispõ e que é isento de pena quem, por erro plenamente
justificado pelas circunstâ ncias, supõ e situaçã o de fato que, se existisse, tornaria a açã o
legítima.
Desta feita, há de se fazer importantes consideraçõ es, no sentido de se averiguar a
verdadeira situaçã o fá tica ensejadora do pronto e necessá rio arquivamento da multa, com a
decorrente nulidade da pontuaçã o do RENAVAM.
Verifica-se ainda afronta direta à Constituiçã o Federal, no que tange à falta de acesso ao
Auto de Infraçã o de Trâ nsito, vez que nã o é possível verificar se este foi devidamente
preenchido, cumprindo-se todos os requisitos interpostos pelo Có digo de Trâ nsito
Brasileiro e outras legislaçõ es a respeito do tema de processos administrativos, dessa
forma verifica-se afronta direta ao artigo 5º, LV em que pese diz:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral sã o
assegurados o contraditó rio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
IV – Do Direito
O Có digo de Trâ nsito Brasileiro – CTB, regularmente todos os procedimentos atinentes a
veículos e pedestres no territó rio Brasileiro, o art. 281 s/s dispõ e sobre a normatizaçã o da
aplicaçã o da penalidade, in verbis:
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste
Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e
aplicará a penalidade cabível. (grifos nossos)
Pará grafo ú nico. O auto de infraçã o será arquivado e seu registro julgado insubsistente:
I - se considerado inconsistente ou irregular;
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação.
(Redação dada pela Lei nº 9.602, de 1998) (grifos nossos)
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo
ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que
assegure a ciência da imposição da penalidade. (grifos nossos)
É notó rio que o local da infraçã o é extremamente deserto, sendo de conhecimento pú blico
o perigo a que estã o expostos os transeuntes, dada a inú mera ocorrência de eventos
delituosos, haja visto, o grande nú mero de roubo no mesmo lugar. Ademais, considerando-
se o horá rio disposto no auto de infraçã o, é patente a condiçã o de maior periculosidade do
lugar, nã o restando, destarte, outra alternativa ao motorista, senã o, aumentar a velocidade,
embora, frise-se, nã o seja afetada a segurança na conduçã o do veículo, bem como a de
terceiros, como ocorrera no caso em exame.
Desta feita, nã o se poderia olvidar as disposiçõ es contidas no art. 1º, § 2º, do Có digo de
Trâ nsito Brasileiro, no que respeita à segurança no trâ nsito, conforme se pode verificar:
"Art. 1º.
§ 2º O trâ nsito, em condiçõ es seguras, é um direito de todos e dever dos ó rgã os e entidades
competentes do Sistema Nacional de Trâ nsito, a estes cabendo, no â mbito das respectivas
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito."
Ora, torna-se imperioso concluir, que se no local e horá rio indicados no auto de infraçã o, é
indubitá vel a falta de segurança para os motoristas, nã o é justo e nem esperá vel que o
Estado os puna, dada a terrificante situaçã o a que estã o expostos, devendo-se considerar,
ainda, que a preservaçã o da vida e da integridade do ser humano sã o garantias
constitucionais, implicando, também, na proteçã o do indivíduo como responsabilidade do
Estado, sendo que tal caso, encontra-se fundamentada a nulidade, conforme estabelece o
art. 90, CTB, in verbis:
Art. 90. Nã o serã o aplicadas as sançõ es previstas neste Có digo por inobservâ ncia à
sinalizaçã o quando esta for insuficiente ou incorreta.
1. Do Contraditório e Ampla Defesa
É sabido, que a Constituiçã o Federal do Brasil, garante a todos o direito ao Contraditório e
Ampla Defesa, como princípio Constitucional e clausula pétrea, nã o sendo legal que, o
requerente que esta subscreve, seja notificado em 08/08/2016, e conforme Notificaçã o de
Penalidade em anexo, somente tenha até o dia 12 de setembro de 2016 para apresentar
sua defesa, que de acordo com a resoluçã o nº 404, de 12 de junho de 2012 do Conselho
Nacional de trâ nsito – CONTRAN, in verbis:
Art. 3º À exceçã o do disposto no § 5ºdo artigoo anterior, apó s a verificaçã o da regularidade
e da consistência do Auto de Infraçã o, a autoridade de trâ nsito expedirá , no prazo má ximo
de 30 (trinta) dias contados da data do cometimento da infraçã o, a Notificaçã o da Autuaçã o
dirigida ao proprietá rio do veículo, na qual deverã o constar os dados mínimos definidos no
art. 280 do CTB e em regulamentaçã o específica. (grifos nossos)
2. Da velocidade
Inicialmente, vale atentar para o disposto no art. 20, § 1º, do Có digo Penal, no que tange as
descriminantes putativas, dada a aplicabilidade do referido instituto, em virtude da
similaridade existente entre a seara penal e a de trâ nsito:
"Art. 20.
§ 1º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâ ncias, supõ e
situaçã o de fato que, se existisse, tornaria a açã o legítima. Nã o há isençã o de pena quando o
erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo."
Ademais, considerando-se o horá rio disposto no auto de infraçã o, é patente a condiçã o de
maior periculosidade do lugar, nã o restando, destarte, outra alternativa ao motorista,
senã o, aumentar a velocidade, embora, frise-se, nã o seja afetada a segurança na conduçã o
do veículo, bem como a de terceiros, como ocorrera no caso em exame.
Desta feita, nã o se poderia olvidar as disposiçõ es contidas no art. 1º, § 2º, do Có digo de
Trâ nsito Brasileiro, no que respeita à segurança no trâ nsito, conforme se pode verificar:
"Art. 1º.
§ 2º O trâ nsito, em condiçõ es seguras, é um direito de todos e dever dos ó rgã os e entidades
competentes do Sistema Nacional de Trâ nsito, a estes cabendo, no â mbito das respectivas
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito."
Ora, torna-se imperioso concluir, que se no local e horá rio indicados no auto de infraçã o, é
indubitá vel a falta de segurança para os motoristas, nã o é justo e nem esperá vel que o
Estado os puna, dada a terrificante situaçã o a que estã o expostos, devendo-se considerar,
ainda, que a preservaçã o da vida e da integridade do ser humano sã o garantias
constitucionais, implicando, também, na proteçã o do indivíduo como responsabilidade do
Estado.
3. Da ausência de sinalização
Mesmo que nã o houvesse a discriminante putativa acima explanada, outra questã o de suma
importâ ncia é a ausência de sinalizaçã o do local, nos termos do art. 80, caput e § 1º, e art.
90, que assim dispõ em:
"Art. 80. Sempre que necessá rio, será colocada ao longo da via, sinalizaçã o prevista neste
Có digo e em legislaçã o complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a
utilizaçã o de qualquer outra.
§ 1º A sinalizaçã o será colocada em posiçã o e condiçõ es que a tornem perfeitamente visível
e legível durante o dia e a noite, em distâ ncia compatível com a segurança do trâ nsito,
conforme normas e especificaçõ es do CONTRAN."
"Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Có digo por inobservância à
sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.
§ 1º O ó rgã o ou entidade de trâ nsito com circunscriçã o sobre a via é responsá vel pela
implantaçã o da sinalizaçã o, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
colocaçã o."
Ora, a ausência de sinalizaçã o no local descrito no auto de infraçã o, configura suficiente
motivo para que se proceda ao arquivamento deste processo. Para que nã o restem dú vidas
quanto ao asseverado, acompanham o presente recurso fotos do lugar indicado.
Neste sentido, veja-se o disposto no art. 61 do Có digo de Trâ nsito Brasileiro:
"Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.
§ 1º Onde nã o existir sinalizaçã o regulamentadora, a velocidade má xima será de:
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) cento e dez quilômetros por hora para automóveis e camionetas;
2) noventa quilô metros por hora para ô nibus e microô nibus;
3) oitenta quilô metros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilô metros por hora." (negritos nossos)
Destarte, em se considerando que o REQUERENTE trafegava em uma Rodovia à velocidade
de 72 km/h, claro está a descaracterizaçã o da infraçã o, dada a abrangência pelo artigo
supracitado.
Desta feita, diante de tudo quanto se asseverou, torna-se imperioso concluir pela
improcedência do presente auto de infraçã o, ou antes, pelo necessá rio arquivamento do
mesmo.
4. Da irregularidade e da Nulidade
Preliminarmente o requerente pugna, que a presente AIT está caracterizado pela
NULIDADE disposta no Artigo nº 37 da CONSTITUIÇÃ O FEDERAL DE 1988: “A
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência” e, também, ao seguinte: Caput com redaçã o dada pela
Emenda constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998.
§ 6º. As pessoas jurídicas de direito pú blico e as de direito privado prestadoras de serviços
pú blicos responderã o pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsá vel no caso de dolo ou culpa”.
Prevê o art. 267 do Có digo de Trâ nsito Brasileiro a penalidade de advertência por escrito
para as infraçõ es de natureza leve ou média, passíveis de serem punidas com multa, desde
que sejam observados determinados requisitos, tais condiçõ es sã o: infraçã o de natureza
leve ou média; nã o reincidência específica no período de doze meses; perfil favorá vel;
prontuá rio sem ocorrências, senã o vejamos:
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de
natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o
infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade,
considerando o prontuá rio do infrator, entender esta providência como mais educativa.
(grifamos)
§ 1º A aplicaçã o da advertência por escrito nã o elide o acréscimo do valor da multa prevista
no § 3º do art. 258, imposta por infraçã o posteriormente cometida.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser
transformada na participaçã o do infrator em cursos de segurança viá ria, a critério da
autoridade de trâ nsito.
Sendo desta forma, o condutor, protegido pela norma disciplinadora vigente, requer que
seja transformada a autuaçã o em uma advertência por escrito. Deixando claro que esta
medida educativa lhe servirá para continuar a observar e seguir o que disciplina o Có digo
de Trâ nsito Brasileiro, e aproveitando esta deixa, garante que fará de tudo para que nã o
aconteça mais nenhum problema no que diz respeito a alguma infraçã o de trâ nsito.
5. Dos Procedimentos a serem adotados
Para a imposiçã o de penalidades por meio de equipamentos eletrô nicos, é necessá rio
primeiramente que seja observada (Manual Brasileiro de Fiscalizaçã o de Trâ nsito-Volume I
(Resoluçã o CONTRAN nº 371/2010):
a) A existência e disponibilidade do estudo técnico (art. 3º § 5º da Res.146/03);
b) A validade do laudo de verificaçã o do instrumento ou equipamento, expedido pelo
INMETRO ou por entidade por ele delegada;
c) Se a sinalizaçã o está em conformidade com o disposto na Res. /03 e alteraçõ es.146
d) Deverã o ser registradas no auto de infraçã o: a velocidade regulamentada, a velocidade
medida e a velocidade considerada para aplicaçã o da penalidade, bem como a identificaçã o
do equipamento (tipo, marca, modelo e nº).
Na possibilidade de verificaçã o da ausência de algum dos requisitos das alíneas citas, fica
caracterizada a irregularidade do AIT, por nã o dispor das informaçõ es essenciais para que
o infrator exerça o seu direito de defesa.
6. Do equipamento
RESOLUÇÃ O CONTRAN nº 396/11
“I – ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizaçã o e
Qualidade Industrial - INMETRO, atendendo a legislaçã o metroló gica em vigor e aos
requisitos estabelecidos nesta Resoluçã o;
II – ser aprovado na verificaçã o metroló gica realizada pelo INMETRO ou por entidade por
ele delegada;”
Note-se que os incisos acima citados, preveem vá rios procedimentos que devem ser
atendidos por tais equipamentos, pois podem sofrer avarias por causa das intempéries,
razã o mais do que suficiente para se exigir a anexaçã o pela autoridade de trâ nsito
competente, de documento que comprove que o equipamento cuja numeraçã o é citada, fora
submetida à aferiçã o. É necessá rio também que os equipamentos eletrô nicos estejam
comprovadamente certificados e aprovados por Portaria do INMETRO.
Esses equipamentos estã o sujeitos à falibilidade do citado objeto eletrô nico (item 8.1.4.7 da
Portaria nº 115/98-INMETRO), seja por dano, temperatura, severidade, interferência
eletromagnética, umidade, intempérie ou falha qualquer.
Portanto, alicerçado nesta sustentaçã o requer, a comprovaçã o nos autos da Portaria da
aprovaçã o do modelo de equipamento (item 7.2 da Portaria nº 115/98 Inmetro) ou a
nulidade do auto de infraçã o por falta de atendimento de essencial requisito formalizador,
qual seja a comprovaçã o nos autos da homologaçã o pelo INMETRO.
A anulaçã o do auto é possível porque o Supremo Tribunal Federal, através das Sú mulas
346 e 473 firmou o entendimento, de que:
“a Administraçã o Pú blica dispõ e de poder, sem recurso ao Judiciá rio e independentemente
de expressa outorga legal, invalidar seus atos ilegítimos.” Sú mulas 346 e 473 do STF.

V – Dos Pedidos
Ex positis, é o presente RECURSO ADMINISTRATIVO para exorar a VOSSA SENHORIA que
se digne julgá -la inteiramente procedente a fim de:
(I) Seja o presente RECURSO julgado procedente, com fundamento no art. 281 1, pará grafo
ú nico o, I e II do CTB B c/c Resoluçõ es CONTRAN nºs1499/2003 [1] e4044/2012 c/c Art.
37 7 da Constituiçã o Federal l de 1988, requer-se a SUSPENSÃ O e ANULAÇÃ O da AIT nº
V600881808 sendo o auto de infraçã o julgado insubsistente, cancelado e arquivado pelos
motivos supra expostos, além de verificar se o AIT cumpre as determinaçõ es da Resoluçã o
Nº3900/2011 [2] do CONTRAN;
(II) Caso o presente recurso nã o seja julgado no prazo de 30 (trinta) dias, de acordo com o
art. Artigo 285 5, § 3ºº, CTB B, seja SUSPENSA a presente notificaçã o;
(III) Nã o sendo acolhido o pleito suprajacente, a decisã o deve ser motivada de forma
“explícita, clara e congruente” (art. 50, § 1º, da Lei nº 9.784/99), na medida em que afeta os
interesses do Notificado, cominando-lhe sançã o, a teor dos incisos I e II da referida norma;
(IV) Diante do exposto, pede a conversã o da multa em advertência, pois o Condutor satisfaz
os requisitos do art. 267 7 do Có digo de Trâ nsito Brasileiro o.
(V) Caso, contudo, nã o seja este o entendimento do julgador, requer seja a decisã o
devidamente motivada, sob pena de nulidade, a teor do art. 50 0, I e II, § 1ºº, da Lei nº 9.784
4/99, que seja juntada aos autos có pia do estudo técnico citado no ITEM 6 deste recurso e
a prorrogaçã o do prazo para apresentaçã o de defesa, vez que desta forma garante-se a mais
cristalina aplicaçã o do Direito Constitucional pá trio;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.
Termos em que pede e espera deferimento.
Juazeiro do Norte/CE, 12 de agosto de 2016.
...
Requerente RG.:...
CPF/MF...

VI – Rol de Documentos
Originais:
- Notificação do Auto de Infração
Cópias:
- Identidade
- CPF
- CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
- Comprovante de residência atual
- CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo
VI – Fotografias
Juazeiro do Norte/CE, 12 de agosto de 2016.

[1] Dispõ e sobre uniformizaçã o do procedimento administrativo da lavratura do auto de


infraçã o, da expediçã o da Notificaçã o da Autuaçã o e da Notificaçã o da Penalidade de multa
e de advertência por infraçõ es de responsabilidade do proprietá rio e do condutor do
veiculo e da identificaçã o do condutor infrator.
[2] Dispõ e sobre a padronizaçã o dos procedimentos administrativos na lavratura de auto
de infraçã o, na expediçã o de notificaçã o de autuaçã o e de notificaçã o de penalidades por
infraçõ es de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, sem a utilizaçã o de veículos,
expressamente mencionadas no Có digo de Trâ nsito Brasileiro o – CTB B, e dá outras
providências.

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