O recorrente foi autuado duas vezes pelo mesmo ato em um intervalo de 18 segundos, o que configura punição dupla pelo mesmo fato ("bis in idem"). Além disso, o recorrente não tem antecedentes de infrações e a penalidade seria excessiva, cabendo a conversão da multa em advertência por escrito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. O recurso pede o cancelamento da multa e sua conversão em advertência.
O recorrente foi autuado duas vezes pelo mesmo ato em um intervalo de 18 segundos, o que configura punição dupla pelo mesmo fato ("bis in idem"). Além disso, o recorrente não tem antecedentes de infrações e a penalidade seria excessiva, cabendo a conversão da multa em advertência por escrito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. O recurso pede o cancelamento da multa e sua conversão em advertência.
O recorrente foi autuado duas vezes pelo mesmo ato em um intervalo de 18 segundos, o que configura punição dupla pelo mesmo fato ("bis in idem"). Além disso, o recorrente não tem antecedentes de infrações e a penalidade seria excessiva, cabendo a conversão da multa em advertência por escrito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. O recurso pede o cancelamento da multa e sua conversão em advertência.
Em vista da notificação de autuação no auto de infração de número
S006070291, conforme qualificação em formulário retro, vem aduzir o que segue:
O recorrente foi duplamente sancionado pelo mesmo ato (auto de
infração S0006070291 e S006070261), como prova os autos de infração em anexo com diferença de 18 SEGUNDOS entre elas, pois ocorreram no mesmo minuto, ato contínuo.
Tal ato configura punição “bis in idem”, amplamente conhecida
como “princípio da vedação da dupla punição pelo mesmo fato”, ocasionando desta forma uma condenação dupla pela mesma infração.
Admite-se a aplicação cumulativa de penalidades exclusivamente
quando uma das infrações não seja a qualificação da outra, ou que não tenham a mesma tipificação (o que ocorreu no presente instrumento), vez que o Código de Trânsito Brasileiro disciplinou tão somente a hipótese de ocorrência de infrações simultâneas, previstas no artigo 266.
Há uma clara violação do princípio do bis in idem, pois um Veículo
autuado sem a realização do flagrante, e lhe foi lavrado duas autuações pelo mesmo artigo e no mesmo dia, mesmo horário, com intervalo de 18 SEGUNDOS entre uma e outra. Tal situação deve acarretar nulidade da autuação.
Vale ressaltar que não há bom-senso na aplicação da referida eis
que ambas são aplicadas em radares de limite de velocidade de 40 km/h
No que tange o artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro:
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. Com efeito, sendo a infração de natureza leve ou média punível com multa e não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, poderá a autoridade converter a penalidade pecuniária em advertência por escrito.
É exatamente o que se vê na presente situação. A infração atribuída
ao Notificado é de natureza média, sancionada com multa (art. 218, I). Além disso, não há no prontuário do Notificado qualquer infração semelhante; aliás, não há qualquer infração, como demonstra consulta abaixo:
Dessa forma, nota-se que o Notificado é condutor probo e
responsável, sendo a imposição de multa uma medida exagerada para fins educativos, motivo pelo qual a conversão em advertência é medida que se impõe adequada.
Não sendo acolhido o pleito suprajacente, a decisão deve ser
motivada de forma “explícita, clara e congruente” (art. 50, § 1º, da Lei nº 9.784/99), na medida em que afeta os interesses do Notificado, cominando-lhe sanção, a teor dos incisos I e II da referida norma, devendo-se ainda cancelar a presente multa, cobrando-se, se necessário, apenas uma por se tratar de apenas um ato.
Diante do exposto, requer:
a) Que seja recebido a presente defesa, pois atende a todos os
requisitos de sua admissibilidade conforme com a Resolução 299/08 do CONTRAN; b) Que seja julgado procedente o presente recurso, e por via da consequência o cancelamento da multa imposta, conforme preceitua o artigo 281 do CTB, sendo anulada a pontuação. E a conversão de multa para advertência conforme artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro.