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QUESTÕES SOBRE A

AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. (AUTOR – 2021)
O Direito Penal é o ramo do direito que repercute na esfera de liberdade do indivíduo.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021)
O direito penal objetivo consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respeitar, natu-
ralmente, o princípio da legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)
O direito penal subjetivo traduz-se no chamado jus puniendi, ou seja, o direito de punir do
Estado, representando a capacidade que o Estado tem de produzir e fazer cumprir suas normas.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021)
O direito penal adjetivo corresponde ao direito material, que cria as figuras criminosas e
contravencionais.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021)
O direito penal substantivo corresponde ao direito processual, que trata das normas destinadas
a instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
Certo ( ) Errado ( )
6. (AUTOR – 2021)
O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade
de atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)
Quando a Lei Penal Brasileira regulamentar fatos que ocorrem no estrangeiro, denomina -se
extraterritorialidade – ou direito penal internacional.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021)
O direito penal simbólico pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em que
podemos ter a norma, e apresenta efetividade jurídica.
Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021)

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Questões sobre a aula 3

O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade
de atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021)
Imperatividade é uma das características da lei penal e significa que somente a lei pode prever
figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021)
De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.
Quando somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções refere-se
a qual característica:
a) Imperatividade;
b) Impessoalidade;
c) Exclusividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.

12. (AUTOR – 2021)


De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.
A característica que se destina a regulamentar fatos – não é direcionada à pessoa é a
_____________________.
a) Imperatividade;
b) Impessoalidade;
c) Exclusividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.

13. (AUTOR – 2021)


De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.
A característica que é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito é a
_____________________.
a) Exclusividade;
b) Impessoalidade;
c) Imperatividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.

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14. (AUTOR – 2021)


De acordo com a classificação da lei penal, marque a alternativa correta.
A ________________ define infrações e as respectivas sanções. E se subdivide em preceito
primário (descrição da conduta) e preceito secundário (previsão de pena).
a) Lei penal de extensão ou integrativa;
b) Lei penal explicativa;
c) Lei penal incriminadora;
d) Lei penal não incriminadora;
e) Lei penal complementar.

15. (AUTOR – 2021)


De acordo com a classificação da lei penal, marque a alternativa correta.
A lei penal não incriminadora é a lei penal em sentido amplo. Não prevê a conduta criminosa
e se desmembra em outros tipos:
A ______________________ tornam lícitas determinadas condutas.
a) Lei penal permissiva justificante;
b) Lei penal explicativa;
c) Lei penal incriminadora;
d) Lei penal exculpante;
e) Lei penal complementar.

16. (AUTOR – 2021)


De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.
O __________________________ consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respei-
tar, naturalmente, o princípio da legalidade, estampado no art. 1º do Código Penal e no art.
5º, XXXIX, da Constituição Federal.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal simbólico;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal objetivo;
e) direito penal adjetivo.

17. (AUTOR – 2021)


De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.
O __________________________ consiste em situações em que uma lei é editada com a
finalidade de atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas. Pode também ser
lembrado como um direito editado às pressas.
a) direito penal subjetivo;

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Questões sobre a aula 5

b) direito penal simbólico;


c) direito penal de emergência;
d) direito penal objetivo;
e) direito penal adjetivo.

18. (AUTOR – 2021)


De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.
O __________________________ pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em
que podemos ter a norma, porém, sem efetividade jurídica, carecendo de regulamentação ou
de subsídios para sua implantação e aplicação.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal objetivo;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito penal adjetivo.

19. AUTOR – 2021)


De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.
Quando a lei estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intra-
territorialidade ou _________________________.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal objetivo;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito internacional penal.

20. (AUTOR – 2021)


De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.
O _________________________ é o direito processual, que trata das normas destinadas a
instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
a) direito penal adjetivo;
b) direito penal objetivo;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito internacional penal.

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GABARITO
1. Certo

2. Certo

3. Certo

4. Errado

5. Errado

6. Certo

7. Certo

8. Errado

9. Certo

10. Errado

11. C

12. B

13. C

14. C

15. A

16. D

17. C

18. D

19. E

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. (AUTOR – 2021)
O Direito Penal é o ramo do direito que repercute na esfera de liberdade do indivíduo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 7

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A questão exige que o candidato conheça sobre o TEORIA GERAL DA NORMA PENAL – INTRODUÇÃO ora em
estudo.
A teoria geral da norma penal na sua parte introdutória afirma que o Direito Penal é o ramo do direito
que repercute na esfera de liberdade do indivíduo. É, por excelência, o ramo do direito que prevê a
tipificação de delitos (condutas proibidas, seguidas da aplicação da respectiva pena.
2. (AUTOR – 2021)
O direito penal objetivo consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respeitar, natu-
ralmente, o princípio da legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
A questão exige que o candidato esteja atento às disposições relacionadas ao Direito Penal.
O direito penal objetivo consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respeitar, naturalmente, o princí-
pio da legalidade, estampado no art. 1º do Código Penal e no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal.
Assim, constitui-se das normas penais incriminadoras (definem as infrações penais e cominam as sanções
penais) e não incriminadoras.
3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O direito penal subjetivo traduz-se no chamado jus puniendi, ou seja, o direito de punir do
Estado, representando a capacidade que o Estado tem de produzir e fazer cumprir suas normas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi), ou seja, o direito do Estado de aplicar as
normas penais.
O direito de punir possui três momentos:
1º) ameaça da pena (pretensão intimidatória);
2º) aplicação da pena (pretensão punitiva);
3º) execução da pena (pretensão executória).
4. (AUTOR – 2021)

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8

O direito penal adjetivo corresponde ao direito material, que cria as figuras criminosas e
contravencionais.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
O direito penal adjetivo é o direito processual, que trata das normas destinadas a instrumentalizar a
atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
5. (AUTOR – 2021)
O direito penal substantivo corresponde ao direito processual, que trata das normas destinadas
a instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com Direito Penal - Parte Geral.
INCORRETA!
O direito penal substantivo corresponde ao direito material, que cria as figuras criminosas e contraven-
cionais, enquanto o direito penal adjetivo é o direito processual, que trata das normas destinadas a
instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
6. (AUTOR – 2021)
Quando a lei estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intra-
territorialidade – ou direito internacional penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
CORRETA! Está de acordo com o dispositivo legal.
O direito penal, como regra, é aplicado aos fatos ocorridos em território nacional, porém, há a possibilidade
de que norma estrangeira seja aplicada a fato ocorrido dentro dos nossos limites territoriais. Quando a lei
estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intraterritorialidade – ou
direito internacional penal.

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Questões Comentadas 9

7. (AUTOR – 2021)
Quando a Lei Penal Brasileira regulamentar fatos que ocorrem no estrangeiro, denomina -se
extraterritorialidade – ou direito penal internacional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
CORRETA!
Vamos perceber que o direito penal, como regra, é aplicado aos fatos ocorridos em território nacional,
porém, há a possibilidade de que norma estrangeira seja aplicada a fato ocorrido dentro dos nossos limites
territoriais. Quando a lei estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intra-
territorialidade – ou direito internacional penal.
Noutro giro, existe também a possibilidade de a Lei Penal Brasileira regulamentar fatos que ocorrem no
estrangeiro, ao que se denomina extraterritorialidade – ou direito penal internacional.
8. (AUTOR – 2021)
O direito penal simbólico pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em que
podemos ter a norma, e apresenta efetividade jurídica.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
INCORRETA! O direito penal simbólico não apresenta efetividade jurídica, carece de regulamentação ou de
subsídios para ser implantado ou aplicado.
O direito penal simbólico pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em que podemos ter a
norma, porém, sem efetividade jurídica, carecendo de regulamentação ou de subsídios para sua implan-
tação e aplicação.
9. (AUTOR – 2021)
O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade
de atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA

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10

Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.


O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade de atender
aos reclames da sociedade ou a pressões políticas.
Pode também ser lembrado como um direito editado às pressas.
10. (AUTOR – 2021)
Imperatividade é uma das características da lei penal e significa que somente a lei pode prever
figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
INCORRETA! Imperatividade é umas das quatro características da lei penal, no entanto seu conceito refere-
-se que a lei penal é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito.
Vejamos o dispositivo legal:
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
b) Imperatividade: é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito.
11. (AUTOR – 2021)
De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.
Quando somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções refere-se
a qual característica:
a) Imperatividade;
b) Impessoalidade;
c) Exclusividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

Exclusividade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte geral.
Questão busca conhecimento do tópico- CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL do Direito Penal – Parte
Geral.
Observe o dispositivo legal:

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Questões Comentadas 11

CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL


a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
12. (AUTOR – 2021)

De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.


A característica que se destina a regulamentar fatos – não é direcionada à pessoa é a
_____________________.
a) Imperatividade;
b) Impessoalidade;
c) Exclusividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.
GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

Impessoalidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL


a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito.
c) Generalidade: todos devem respeitar a lei.
d) Impessoalidade: destina-se a regulamentar fatos – não é direcionada à pessoa.
13. (AUTOR – 2021)

De acordo com as características da lei penal, marque a alternativa correta.


A característica que é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito é a
_____________________.
a) Exclusividade;
b) Impessoalidade;
c) Imperatividade;
d) Generalidade;
e) Incriminadora.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

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12

Imperatividade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

Perfeitamente de acordo com a letra b do tópico das características da lei penal.


CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independentemente da vontade do sujeito.
c) Generalidade: todos devem respeitar a lei.
d) Impessoalidade: destina-se a regulamentar fatos – não é direcionada à pessoa.
14. (AUTOR – 2021)

De acordo com a classificação da lei penal, marque a alternativa correta.


A ________________ define infrações e as respectivas sanções. E se subdivide em preceito
primário (descrição da conduta) e preceito secundário (previsão de pena).
a) Lei penal de extensão ou integrativa;
b) Lei penal explicativa;
c) Lei penal incriminadora;
d) Lei penal não incriminadora;
e) Lei penal complementar.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

Lei penal incriminadora;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.
É exatamente o que diz no tópico – CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL, vejamos:

CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL


a) Lei penal incriminadora: define infrações e as respectivas sanções.
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da conduta) e preceito secun-
dário (previsão de pena).
15. (AUTOR – 2021)

De acordo com a classificação da lei penal, marque a alternativa correta.


A lei penal não incriminadora é a lei penal em sentido amplo. Não prevê a conduta criminosa
e se desmembra em outros tipos:
A ______________________ tornam lícitas determinadas condutas.

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Questões Comentadas 13

a) Lei penal permissiva justificante;


b) Lei penal explicativa;
c) Lei penal incriminadora;
d) Lei penal exculpante;
e) Lei penal complementar.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

Lei penal permissiva justificante;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
A questão exigiu conhecimento do tópico – CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL.

CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL


a) Lei penal incriminadora: define infrações e as respectivas sanções.
b) Lei penal não incriminadora: lei penal em sentido amplo. Não prevê a conduta criminosa.
Se desmembram em:

Permissiva justificante: tornam lícitas determinadas condutas; (ex.: art. 25, CP).
Vejamos:
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agres-
são, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima
defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a
prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vide ADPF 779).
16. (AUTOR – 2021)

De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.


O __________________________ consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respei-
tar, naturalmente, o princípio da legalidade, estampado no art. 1º do Código Penal e no art.
5º, XXXIX, da Constituição Federal.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal simbólico;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal objetivo;
e) direito penal adjetivo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

direito penal objetivo;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
A alternativa está em conformidade com o disposto no tópico CONCEITOS.

DIREITO PENAL OBJETIVO E DIREITO PENAL SUBJETIVO


O direito penal objetivo consiste no conjunto de normas em vigor, que deve respeitar, naturalmente, o
princípio da legalidade, estampado no art. 1º do Código Penal e no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal.
17. (AUTOR – 2021)

De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.


O __________________________ consiste em situações em que uma lei é editada com a
finalidade de atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas. Pode também ser
lembrado como um direito editado às pressas.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal simbólico;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal objetivo;
e) direito penal adjetivo.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

direito penal de emergência;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

DIREITO PENAL DE EMERGÊNCIA


O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade de
atender aos reclames da sociedade ou a pressões políticas.
Pode também ser lembrado como um direito editado às pressas.
18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou

De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.


O __________________________ pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em
que podemos ter a norma, porém, sem efetividade jurídica, carecendo de regulamentação ou
de subsídios para sua implantação e aplicação.
a) direito penal subjetivo;

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Questões Comentadas 15

b) direito penal objetivo;


c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito penal adjetivo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

direito penal simbólico;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

2.4. DIREITO PENAL DE EMERGÊNCIA E DIREITO PENAL SIMBÓLICO


O direito penal de emergência consiste em situações em que uma lei é editada com a finalidade de atender
aos reclames da sociedade ou a pressões políticas. Pode também ser lembrado como um direito editado às
pressas.
Já o direito penal simbólico pode ser tratado como um aleatório jurídico, na medida em que podemos
ter a norma, porém, sem efetividade jurídica, carecendo de regulamentação ou de subsídios para sua
implantação e aplicação.
19. (AUTOR – 2021)

De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.


Quando a lei estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intra-
territorialidade ou _________________________.
a) direito penal subjetivo;
b) direito penal objetivo;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito internacional penal.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

direito internacional penal;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

2.3. DIREITO INTERNACIONAL PENAL E DIREITO PENAL INTERNACIONAL

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Conforme o estudo avançar, vamos perceber que o direito penal, como regra, é aplicado aos fatos ocorridos em
território nacional, porém, há a possibilidade de que norma estrangeira seja aplicada a fato ocorrido dentro dos
nossos limites territoriais.
Quando a lei estrangeira regulamenta um fato ocorrido no Brasil, temos o fenômeno da intraterritoriali-
dade – ou direito internacional penal.
20. (AUTOR – 2021)

De acordo com os conceitos acerca do Direito Penal, marque a alternativa correta.


O _________________________ é o direito processual, que trata das normas destinadas a
instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.
a) direito penal adjetivo;
b) direito penal objetivo;
c) direito penal de emergência;
d) direito penal simbólico;
e) direito internacional penal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

direito penal adjetivo;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

2.2. DIREITO PENAL SUBSTANTIVO E DIREITO PENAL ADJETIVO


O direito penal substantivo corresponde ao direito material, que cria as figuras criminosas e contraven-
cionais, enquanto o direito penal adjetivo é o direito processual, que trata das normas destinadas a
instrumentalizar a atuação do Estado diante da ocorrência de um crime.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. (QUADRIX O princípio da legalidade diz respeito não apenas a leis em sentido formal, mas
também a leis em sentido material, estas últimas quando editadas em consonância e nos
limites dados por atos normativos primários.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021) O princípio da legalidade, que tem previsão no Código Penal e também
na Constituição Federal, aplica-se apenas aos crimes e às penas, não se aplicando às con-
travenções penais e às medidas de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
3. (CESPE/CEBRASPE) A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado,
mas, em direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem,
em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. (FCC) O princípio da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o
lapso temporal para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos
a partir de sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021) Não há crime sem lei anterior ou posterior que o defina, nem pena sem
cominação legal prévia ou posterior ao fato.
Certo ( ) Errado ( )
6. (CESPE/CEBRASPE) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei
anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.
Certo ( ) Errado ( )
7. (IOBV) Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem
lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, os princípios implícitos
no referido dispositivo legal são anterioridade e legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021) Não há crime sem lei anterior que o defina, mas pode haver pena sem
prévia cominação legal.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. (CESPE/CEBRASPE)Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta


como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra,
a lei em sentido formal.
Certo ( ) Errado ( )
10. (CESPE/CEBRASPE) O princípio da legalidade não impede que o juiz apene o acusado
criminal com base nos costumes e que o legislador vote norma penal sancionadora de
coação direta, impondo desde logo a pena, sem julgamento.
Certo ( ) Errado ( )
11. (VUNESP) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do
Código Penal e no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir
e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.
b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria
penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.
c) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição
de tipos penais genéricos e indeterminados.
d) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade.
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.

12. (IADES) Com relação aos princípios do Direito Penal, é correto afirmar que o princípio da.
a) ofensividade admite que, em caso de urgência, um crime seja criado por meio de
medida provisória;
b) individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por
um dos sucessores de um condenado que vem a óbito.
c) intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal enquanto
mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade;
d) humanidade das penas admite pena de trabalho forçado, dado que se deve evitar a
ociosidade do preso;
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.

13. (Ano: 2021 Banca: ALFACON) Sobre o princípio da legalidade, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade
da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena
e de criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas.

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b) É considerado por setor da doutrina como restrição deontológica de segundo grau,


que não admite exceções.
c) Tem como destinatários tanto o Juiz quanto o legislador e, no processo judicial, incide
não apenas na fase de conhecimento, como também na fase de execução das penas;
d) Tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da fórmula
em latim “Nulla poena sine lege; nulla poena sine crimine; nullum crimen sine poena
legali”, pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de
segurança.
e) Legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.

14. (FCC) O princípio


a) da proporcionalidade é garantido pela Lei de Execução Penal ao punir da mesma
forma a falta disciplinar tentada e consumada.
b) da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal
para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir
de sua vigência.
c) da taxatividade é observado na previsão legal das faltas disciplinares de natureza
grave, uma vez que a Lei de Execução Penal não prevê tipos de faltas abertas.
d) da humanidade das penas é plenamente cumprido na execução das penas no Brasil,
a despeito da superlotação das unidades prisionais.
e) da ampla defesa é garantido pela Lei de Execução Penal ao prever a possibilidade de
indicação de testemunhas e todos os meios de prova em juízo na apuração de falta
disciplinar.

15. (IOBV) Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem
lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, assinale a alternativa
que contém os princípios implícitos no referido dispositivo legal:
a) anterioridade e legalidade.
b) presunção da inocência e anterioridade.
c) irretroatividade da lei penal e legalidade
d) presunção da inocência e legalidade.
e) irretroatividade da lei penal e anterioridade.

16. (FUNDATEC) O princípio “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal” é chamado de:
a) Princípio da legalidade e anterioridade.
b) Princípio da excepcionalidade.
c) Princípio do contraditório.
d) Princípio da ampla defesa.

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Questões sobre a aula 5

e) Princípio do devido processo legal.

17. (CESPE/CEBRASPE) O princípio da legalidade compreende.


a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação
ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.
b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena.
c) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, prin-
cipalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
d) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém
capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.
e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal
vigente no momento da ação ou da omissão.

18. (AUTOR – 2021) Sobre a anterioridade da lei penal é correto afirmar:


a) A anterioridade da lei penal significa que o crime cometido precisa ser anterior à lei
que definiu aquela conduta como criminosa.
b) Se refere ao tratamento que deve ser dado aos delinquentes de maneira a impedir
que condutas criminosas ocorram, ou seja, a lei deve ter caráter preventivo.
c) Se a e a conduta for cometida um dia antes da entrada em vigor da lei que a definiu
como crime, quem a praticou deverá responder pelo crime, haja vista que houve
apenas um dia entre a prática delituosa e a entrada em vigor da lei.
d) A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como crimi-
nosa deve ser anterior ao fato praticado.
e) A anterioridade da lei penal significa que a lei que define a conduta como criminosa
deve ser anterior ao fato praticado, mas a lei que cria a pena pode ser posterior.

19. (AUTOR – 2021) _____________________________ constitui uma das principais garantias


de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define,
estabelece também os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição
ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Autotutela.
d) Moralidade.
e) Generalidade.

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GABARITO
1. Certo

2. Errado

3. Certo

4. Certo

5. Errado

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Errado

11. C

12. E

13. A

14. B

15. A

16. A

17. C

18. D

19. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. (QUADRIX O princípio da legalidade diz respeito não apenas a leis em sentido formal, mas
também a leis em sentido material, estas últimas quando editadas em consonância e nos
limites dados por atos normativos primários.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA

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Questões Comentadas 7

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


A questão exige conhecimento do arts. 1º do Código Penal, do art. 5º, inciso XXXIX e do Art. 5º, inciso II,
ambos da Constituição Federal, quais sejam:
Art. 1º do CP: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”;
Art. 5º, XXXIX da CF: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”;
Art. 5º, II da CF: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

2. (AUTOR – 2021) O princípio da legalidade, que tem previsão no Código Penal e também
na Constituição Federal, aplica-se apenas aos crimes e às penas, não se aplicando às con-
travenções penais e às medidas de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição Federal:
Art. 5º (...) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Entretanto, ele TAMBÉM está previsto no Código Penal, em seu art. 1°:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Este princípio, que vem do latim (Nullum crimen sine praevia lege), estabelece que uma conduta não pode ser
considerada criminosa se antes de sua prática não havia lei nesse sentido.
Entretanto, do princípio da legalidade podemos extrair dois outros princípios: o da Reserva Legal e o da Anterio-
ridade da Lei Penal.
O princípio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (em sentido estrito) pode definir condutas criminosas
e estabelecer penas.
Assim, somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir crimes e cominar penas. Logo, Medidas Provi-
sórias, Decretos, e demais diplomas legislativos NÃO PODEM ESTABELECER CONDUTAS CRIMINOSAS NEM COMINAR
SANÇÕES.
O princípio da anterioridade da lei penal, por sua vez, estabelece que essa lei penal já deve estar em vigor
quando a conduta é praticada pelo agente.
Tais princípios, porém, não se aplicam apenas aos crimes e às penas. Aplicam-se, ainda, às contravenções
penais (infrações penais menos graves) e às medidas de segurança (espécie de sanção penal aplicável aos
inimputáveis por doença mental, cuja finalidade é tratativa, não punitiva).
Logo, errada a questão.

3. (CESPE/CEBRASPE) A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado,


mas, em direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem,
em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A questão exige do candidato conhecimento sobre analogia no Direito Penal, dos princípios da legalidade/
anterioridade da lei penal contidos no art. 1º do Código Penal e da vedação à analogia in malam partem.
Observe o dispositivo mencionado:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Desse modo, o princípio da reserva legal determina que: além da previsão legal do crime e da pena serem
anteriores ao fato, é exigido também a anterioridade quanto a definição da conduta e da pena (preceitos primá-
rios e secundários do tipo penal).
Veja que, as lacunas dispostas na lei penal não podem ser suprimidas por analogia em desfavor da liberdade
do indivíduo.
Entretanto, conforme aponta a doutrina, a analogia in bonam partem, isto é, em favor da liberdade do indivíduo
é admissível e inafastável (em decorrência do princípio do favor libertatis).

4. (FCC) O princípio da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o
lapso temporal para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos
a partir de sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Esse princípio decorre do princípio da legalidade, previsto como garantia fundamental individual (art. 5º,
XXXIX, Constituição Federal), bem como no art. 1º do Código Penal. Por se tratar de garantia fundamental se
aplica na execução penal independentemente de previsão na lei de execução penal.
Assim, no caso de lei que agrave o lapso temporal para a progressão de regime só se aplica para crimes come-
tidos a partir de sua vigência, uma vez que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.

5. (AUTOR – 2021) Não há crime sem lei anterior ou posterior que o defina, nem pena sem
cominação legal prévia ou posterior ao fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 9

A questão traz o oposto do que aduz o art. 1º do Código Penal, vejamos:


Art. 1º - Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

6. (CESPE/CEBRASPE) O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei
anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade no Direito Penal (art. 5º, XXXIX, da CRFB/88 e art. 1º do CP) possui quatro funções
fundamentais (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal Parte Geral. 14ª edição. 2012, p. 96):
Proibir a retroatividade da lei penal (nullum crimen nulla poena sine lege praevia);
Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes (nullum crimen nulla poena sine lege scripta);
Proibir o emprego de analogia para crimes, fundamentar ou agravar penas (nullum crimen nulla poena sine
lege stricta);
Proibir incriminações vagas e indeterminadas (nullum crimen nulla poena sine lege certa). (GRECO, 2012. P.96)
Assim, é vedada a analogia de norma penal incriminadora em prejuízo ao réu (in malam partem).
No entanto, é possível aplicar a uma hipótese não regulada por lei ou caso concreto semelhante a analogia de
norma penal incriminadora em benefício ao réu (in bonam partem). Portanto, a assertiva erra ao dizer que é
proibida, em caráter absoluto, a analogia no Direito Penal.

7. (IOBV) Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem
lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, os princípios implícitos
no referido dispositivo legal são anterioridade e legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O caso em questão corresponde aos Princípios da: Anterioridade e Legalidade.
Um dos pilares do Direito Penal, desde os primórdios, consiste no princípio da legalidade. Isso porque ele se
reveste de um pilar sob o qual toda a disciplina irá se irradiar.

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10

Tamanha relevância que ele aparece no art. 1º do Código Penal, e também ostenta matriz constitucional, con-
forme art. 5º, XXXIX, CF. Art. 1º, CP c/c art. 5º, XXXIX, CF. Não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena
sem prévia cominação legal.
Em resumo, conseguimos extrair, portanto, que somente a lei é quem pode constituir uma infração penal e a
respectiva pena. Esta lei deve respeitar o processo material e formal de sua elaboração.
O princípio da legalidade, ponto importante e tema de prova, é a soma do princípio da reserva legal (somente a
lei pode criar crimes e prever penas) + princípio da anterioridade da lei penal (a lei deve ser anterior ao fato).

8. (AUTOR - 2021) Não há crime sem lei anterior que o defina, mas pode haver pena sem
prévia cominação legal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
De acordo com o art. 1º do CP. Vejamos:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

9. (CESPE/CEBRASPE) Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta


como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra,
a lei em sentido formal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de
lei em sentido material e em sentido formal.
Isto porque, exige-se que a lei respeite o conteúdo da Constituição Federal e dos Tratados Internacionais de
Direitos Humanos (sentido material), como também respeite os trâmites procedimentais (sentido formal).

10. (CESPE/CEBRASPE ) O princípio da legalidade não impede que o juiz apene o acusado
criminal com base nos costumes e que o legislador vote norma penal sancionadora de
coação direta, impondo desde logo a pena, sem julgamento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 11

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
No Direito Penal vigora o princípio da legalidade estrita, conforme se depreende do art. 1º do Código Penal: Não
há crime sem LEI anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação LEGAL.
Assim sendo, o acusado criminal não pode ser apenado com base nos costumes e muito menos sem o DEVIDO
PROCESSO LEGAL (art. 5º, inciso LIV, da CF).
Ademais, em respeito aos princípios do devido processo legal e da presunção de inocência (art. 5º, inciso LVII,
da CF), esse ramo não se confunde com direito de coação direta, a exemplo da possibilidade legal existente no
direito administrativo de se aplicar multa de trânsito.

11. (VUNESP) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do


Código Penal e no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir
e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.
b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria
penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.
c) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição
de tipos penais genéricos e indeterminados.
d) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade. .
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa C está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos
penais genéricos e indeterminados.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa C está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade se desdobra em dois: o da reserva legal e da anterioridade.
Já o princípio da taxatividade decorre do princípio da reserva legal impede a criação de tipos penais genéricos
e indeterminados.
Assim, pode-se afirmar que o princípio da taxatividade é um desdobramento do princípio da legalidade.

12. (IADES) Com relação aos princípios do Direito Penal, é correto afirmar que o princípio da.
a) ofensividade admite que, em caso de urgência, um crime seja criado por meio de
medida provisória;

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b) individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por


um dos sucessores de um condenado que vem a óbito.
c) intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal enquanto
mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade;
d) humanidade das penas admite pena de trabalho forçado, dado que se deve evitar a
ociosidade do preso;
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa E está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais imprecisas e
indeterminadas.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa E está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade estabelece que para a conduta de uma pessoa ser considerada criminosa, deve existir
uma lei anterior que a tipifique como crime. Dessa maneira, tal princípio estabelece uma segurança jurídica
ao garantir que as leis devem ser estabelecidas de forma determinada e certa.
De acordo com o Código Penal:
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Portanto, a alternativa encontra-se correta.

13. (CONSULPLAN) Sobre o princípio da legalidade, assinale a alternativa INCORRETA:


a) Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade
da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena
e de criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas;
b) É considerado por setor da doutrina como restrição deontológica de segundo grau,
que não admite exceções;
c) Tem como destinatários tanto o Juiz quanto o legislador e, no processo judicial, incide
não apenas na fase de conhecimento, como também na fase de execução das penas;
d) Tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da fórmula
em latim “Nulla poena sine lege; nulla poena sine crimine; nullum crimen sine poena
legali”, pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de
segurança;
e) Legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Questões Comentadas 13

A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade da lei
penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena e de criação
de leis penais indeterminadas ou imprecisas
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade, alçado ao status de garantia fundamental, é uma limitação ao poder estatal de inter-
ferir na esfera de liberdade individuais.
Dele decorrem outros princípios ou consectários, não havendo crime sem:

1) sem lei (admite-se somente lei em sentido estrito);


2) anterior (veda-se retroatividade maléfica da lei penal.);
3) escrita (veda-se o costume incriminador);
4) estrita (veda-se a analogia incriminadora);
5) certa (veda-se o tipo penal indeterminado);
6) necessária (intervenção mínima).
Deve-se atentar que a questão exige a alternativa INCORRETA.
Admite-se a analogia em bonam partem, utilizada em benefício do réu.

14. (FCC) O princípio


a) da proporcionalidade é garantido pela Lei de Execução Penal ao punir da mesma
forma a falta disciplinar tentada e consumada.
b) da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal
para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir
de sua vigência.
c) da taxatividade é observado na previsão legal das faltas disciplinares de natureza
grave, uma vez que a Lei de Execução Penal não prevê tipos de faltas abertas.
d) da humanidade das penas é plenamente cumprido na execução das penas no Brasil,
a despeito da superlotação das unidades prisionais.
e) da ampla defesa é garantido pela Lei de Execução Penal ao prever a possibilidade de
indicação de testemunhas e todos os meios de prova em juízo na apuração de falta
disciplinar.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa B está de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal para a
progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir de sua vigência.
SOLUÇÃO COMPLETA

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14

A alternativa B está de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.


Esse princípio decorre do princípio da legalidade, previsto como garantia fundamental individual (art. 5º,
XXXIX, Constituição Federal), bem como no art. 1º do Código Penal. Por se tratar de garantia fundamental se
aplica na execução penal independentemente de previsão na lei de execução penal.
Assim, no caso de lei que agrave o lapso temporal para a progressão de regime só se aplica para crimes come-
tidos a partir de sua vigência, uma vez que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.

15. (IOBV) Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem
lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, assinale a alternativa
que contém os princípios implícitos no referido dispositivo legal:
a) anterioridade e legalidade.
b) presunção da inocência e anterioridade.
c) irretroatividade da lei penal e legalidade
d) presunção da inocência e legalidade.
e) irretroatividade da lei penal e anterioridade.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
anterioridade e legalidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O caso em questão corresponde aos Princípios da: Anterioridade e Legalidade.

16. (FUNDATEC) O princípio “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal” é chamado de:
a) Princípio da legalidade e anterioridade.
b) Princípio da excepcionalidade.
c) Princípio do contraditório.
d) Princípio da ampla defesa.
e) Princípio do devido processo legal.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa A está de acordo o Direito Penal – Parte Geral.
Princípio da legalidade e anterioridade.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa A está de acordo o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 15

De acordo com o art. 1º, do Código Penal e também com o inciso XXXIX do art. 5º, CF:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

17. (CESPE/CEBRASPE) O princípio da legalidade compreende.


a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação
ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.
b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena.
c) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, prin-
cipalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
d) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém
capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.
e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal
vigente no momento da ação ou da omissão.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa C está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente,
na elaboração de seu conteúdo normativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa C está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Esse é o conceito do princípio da legalidade.
Esse princípio preceitua a “exclusividade da lei para a criação de delitos (e contravenções penais) e comina-
ção de penas, possuindo indiscutível dimensão democrática, pois representa a aceitação pelo povo, represen-
tado pelo Congresso Nacional, da opção legislativa no âmbito criminal”.

18. (AUTOR –2021) Sobre a anterioridade da lei penal é correto afirmar:


a) A anterioridade da lei penal significa que o crime cometido precisa ser anterior à lei
que definiu aquela conduta como criminosa.
b) Refere-se ao tratamento que deve ser dado aos delinquentes de maneira a impedir
que condutas criminosas ocorram, ou seja, a lei deve ter caráter preventivo.
c) Se a conduta for cometida um dia antes da entrada em vigor da lei que a definiu como
crime, quem a praticou deverá responder pelo crime, haja vista que houve apenas
um dia entre a prática delituosa e a entrada em vigor da lei.
d) A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como crimi-
nosa deve ser anterior ao fato praticado.

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16

e) A anterioridade da lei penal significa que a lei que define a conduta como criminosa
deve ser anterior ao fato praticado, mas a lei que cria a pena pode ser posterior.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa D está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como criminosa deve
ser anterior ao fato praticado.
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa D está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A questão exige que aluno tenha conhecimento sobre o princípio da anterioridade de lei penal.
Conforme previsto no artigo 5º, inciso XXXIX, da CF/88 e também no artigo 1º, do Decreto-Lei nº 2.848/40 - Código
Penal, não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Portanto, a anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como criminosa deve ser
anterior ao fato praticado.

19. (AUTOR –2021) _____________________________ constitui uma das principais garantias


de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define,
estabelece também os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição
ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Autotutela.
d) Moralidade.
e) Generalidade.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
legalidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
A alternativa A está de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
LEGALIDADE PENAL
Um dos pilares do Direito Penal, desde os primórdios, consiste no princípio da legalidade. Isso porque ele se
reveste de um pilar sob o qual toda a disciplina irá se irradiar.
Tamanha relevância que ele aparece no art. 1º do Código Penal, e também ostenta matriz constitucional, con-
forme art. 5º, XXXIX, CF. Art. 1º, CP c/c art. 5º, XXXIX, CF.
Não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal.
Em resumo, conseguimos extrair, portanto, que somente a lei é quem pode constituir uma infração penal e a
respectiva pena.

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Questões Comentadas 17

Esta lei deve respeitar o processo material e formal de sua elaboração.


O princípio da legalidade, ponto importante e tema de prova, é a soma do princípio da reserva legal (somente a
lei pode criar crimes e prever penas) + princípio da anterioridade da lei penal (a lei deve ser anterior ao fato).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. (AUTOR – 2021)
Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção
dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021)
O princípio da intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal
enquanto mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)
O princípio da insignificância deve ser analisado em correlação com os postulados da fragmen-
tariedade e da intervenção mínima do direito penal para excluir ou afastar a própria tipicidade
da conduta.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021)
Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção
dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021)
O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa
só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.
Certo ( ) Errado ( )
6. (AUTOR – 2021)
Em consequência da fragmentariedade do direito penal, ainda que haja outras formas de sanção
ou outros meios de controle social para a tutela de determinado bem jurídico, a criminalização,
pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse bem será adequada e recomendável.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)
O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da
fragmentariedade.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021)
Conforme o princípio da subsidiariedade, a norma definidora de um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, na relação os

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Questões sobre a aula 3

fatos não se apresentam em relação a gênero e espécie, mas de minus e plus, de continente
e conteúdo, de todo e parte, de inteiro e fração.
Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021)
A culpabilidade significa que será penalmente punido aquele que houver agido com culpa ou
dolo o que implica adoção pelo nosso Código Penal da teoria da responsabilidade objetiva.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021)
A responsabilidade penal subjetiva, decorrente do princípio da culpabilidade, tem como con-
sequência jurídica a proporcionalidade entre a sanção penal e o desvalor da ação representada
pelo dolo ou culpa integrantes da culpabilidade.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021)
Com relação aos princípios e às garantias penais, assinale a opção correta.
a) O princípio da adequação social serve de parâmetro fundamental ao julgador, que,
à luz das condutas formalmente típicas, deve decidir quais sejam merecedoras de
punição criminal.
b) Conforme o princípio da subsidiariedade, o direito penal somente tutela uma pequena
fração dos bens jurídicos protegidos nas hipóteses em que se verifica uma lesão ou
ameaça de lesão mais intensa aos bens de maior relevância.
c) O princípio da culpabilidade afasta a responsabilização objetiva em matéria penal,
de modo que a punição penal exige a demonstração de conduta dolosa ou culposa.
d) A proibição da previsão de tipos penais vagos decorre do princípio da reserva legal
em matéria penal.
e) Em nome da proibição do caráter perpétuo da pena, conforme entendimento do STJ,
o cumprimento de medida de segurança se sujeita ao limite máximo de trinta anos.

12. (AUTOR – 2021)


Em relação à teoria geral da norma penal, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que
do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
b) Os princípios só podem ser explícitos, ou seja, positivados no ordenamento jurídico.
c) O princípio da igualdade (ou da isonomia) não está previsto de maneira expressa na
CF/1988.
d) O princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no ar-
tigo 5º, inciso LVII, determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado de sentença penal condenatória”. Destarte, não é aceitável a decretação
(excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre o qual pai-
ram indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado.

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e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva


proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.

13. (AUTOR – 2021)


Analise as afirmações adiante e, à luz da doutrina, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O princípio da intervenção mínima do Direito Penal encontra fundamento no caráter
de sua subsidiariedade e no princípio da intranscendência;
b) Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância ao dever de
cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-participantes de idêntica
atividade procedam do mesmo modo;
c) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a complementação
se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo;
d) Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e sancionatória;
e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva
proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.

14. (AUTOR – 2021)


No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir.
A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão
cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico.
(ROXIN, Claus. Der echo penai- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65.)
A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção
de ataques contra bens jurídicos importantes.
(BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54.)

Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao


a) princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena somente
aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por esse Direito,
sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.
b) princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que es-
capem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão
e da importância do bem jurídico para a convivência social.
c) princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não neces-
sariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do Estado, em
particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.
d) princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para re-
primir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto de
dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo ordenamento
jurídico.

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Questões sobre a aula 5

e) Princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do Estado,


quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e qualidade
proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção futura.

15. (AUTOR – 2021)


O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão
a) nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade.
b) na teoria da imputação objetiva e no princípio da fragmentariedade.
c) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista.
d) na teoria da imputação objetiva e no princípio da subsidiariedade
e) no princípio da subsidiariedade e na proposta funcionalista.

16. (AUTOR – 2021)


Por meio de critérios políticos, o legislador elege os bens jurídicos de maior relevância para a
sociedade que mereçam a tutela do Direito Penal, punindo condutas positivas ou negativas,
como medida de proteção desses bens maiores. Assinale a opção que retrata o princípio ora
descrito.
a) Princípio da fragmentariedade.
b) Princípio da adequação social.
c) Princípio da insignificância.
d) Princípio da extra-atividade da lei penal.
e) Princípio da intervenção mínima.

17. (AUTOR – 2021)


São princípios informadores do direito penal mínimo ou minimalismo penal:
a) Fragmentariedade, culpabilidade, legalidade e intervenção mínima.
b) Humanidade, intervenção mínima, individualização da pena e adequação social.
c) Insignificância, intervenção mínima, adequação social e fragmentariedade;
d) Intervenção mínima, legalidade, insignificância e adequação social;
e) Irretroatividade, humanidade, individualização da pena e intervenção mínima.

18. (AUTOR – 2021)


O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza
a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequência jurídica
b) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do Estado.
c) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas.
d) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal.
e) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal.

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19. (AUTOR – 2021)


Em decorrência de garantias formalizadas ou não na Constituição Federal, o Direito Penal
a) é regido pelos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade, não se subme-
tendo à regra de taxatividade.
b) admite responsabilidade que não seja pessoal
c) não está submetido ao princípio da intervenção mínima
d) constitui instrumento de controle social regido pela característica da fragmentariedade.
e) deve obedecer ao princípio da proporcionalidade da pena, sem atentar, porém, para
a perspectiva da subsidiariedade.

20. (AUTOR – 2021)


“Orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma
conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem
jurídico”.
(BITTENCOURT, César Roberto - Manual de Direito Penal, Parte Geral, vol. 1, 7ª ed., Saraiva,
São Paulo, 2002, pág. 11)
Trata o autor, no texto acima transcrito, do seguinte princípio limitador do poder punitivo
estatal:
a) Princípio da intervenção mínima ou ultima ratio.
b) Princípio da proibição de pena indigna.
c) Princípio da proporcionalidade
d) Princípio da igualdade.
e) Princípio da austeridade.

GABARITO
1. Certo

2. Errado

3. Certo

4. Certo

5. Errado

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Errado

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Questões Comentadas 7

11. C

12. E

13. A

14. B

15. A

16. A

17. C

18. D

19. D

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. (AUTOR – 2021)
Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção
dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
Consagra a ideia de que o Direito Penal deve intervir minimamente na vida do indivíduo. Isso porque a regula-
mentação das condutas deve se limitar ao necessário e indispensável para manutenção da paz social.
Este princípio é o responsável não só pela indicação dos bens de maior relevo, mas também se presta a fazer
com que ocorra a chamada descriminalização. Naturalmente, se é com base neste princípio que os bens são
selecionados para permanecer sob a tutela do Direito Penal, porque considerados como os de maior importân-
cia, também será com fundamento nele que o legislador fará retirar do nosso ordenamento jurídico penal certos
tipos incriminadores.
Portanto, identifica-se que o Estado, a partir do Direito Penal, deve interferir o menos possível na vida em
sociedade, devendo ser solicitado somente quando os demais ramos do direito, comprovadamente, não forem
capazes de proteger aqueles de maior importância.)

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8

2. (AUTOR – 2021)
O princípio da intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal
enquanto mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
INCORRETA.
Na verdade, o princípio da intervenção mínima estabelece que o caráter fragmentário e subsidiário do Direito
Penal, ou seja, atua como última solução para resolver o problema (ultima ratio).
De acordo com André Estefam e Victor Eduardo Rios Gonçalves:
“ O Direito Penal deve ser a última fronteira no controle social, uma vez que seus métodos são os que atingem
de maneira mais intensa a liberdade individual. O Estado, portanto, sempre que dispuser de meios menos lesivos
para assegurar o convívio e a paz social, deve deles se utilizar, evitando o emprego da pena criminal. O Direito Penal
deve ser a ultima ratio e jamais a prima ratio.”
(Estefam, André; Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado. Parte Geral, 9ª edição, São Paulo:
Saraiva Educação, 2020.)

3. (AUTOR – 2021)
O princípio da insignificância deve ser analisado em correlação com os postulados da fragmen-
tariedade e da intervenção mínima do direito penal para excluir ou afastar a própria tipicidade
da conduta.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da Insignificância exclui a tipicidade material da conduta, por entender-se que a conduta não
possui um real potencial de lesão ao bem jurídico atacado. E está relacionado aos princípios da fragmenta-
riedade e intervenção mínima que postulam que o Direito Penal somente pode atuar para proteger os bem
jurídicos mais relevantes e somente em último caso, respectivamente.

4. (AUTOR – 2021)
Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção
dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

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Questões Comentadas 9

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
De fato, o princípio da intervenção mínima ou da ultima ratio, em sua faceta destinada ao legislador, impõe que a
intervenção penal tenha caráter fragmentário, orientando-se para a proteção apenas dos bens jurídicos mais
importantes e em casos de lesões de maior gravidade.

5. (AUTOR – 2021)
O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa
só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
INCORRETA. De acordo com o princípio da intervenção mínima, o direito penal só deve ser utilizado em
último caso, quando os demais ramos do direito não conseguirem proteger de forma efetiva determinado bem
jurídico.

6. (AUTOR – 2021)
Em consequência da fragmentariedade do direito penal, ainda que haja outras formas de sanção
ou outros meios de controle social para a tutela de determinado bem jurídico, a criminalização,
pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse bem será adequada e recomendável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Na verdade, se houver outras formas de sanção ou outros meios de controle social para a tutela de determinado
bem jurídico, eles deverão ser aplicados, e não o direito penal, pois, de acordo com o princípio da intervenção
mínima do direito penal, ele só será aplicado em último caso.

7. (AUTOR – 2021)
O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da
fragmentariedade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

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10

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da intervenção mínima determina que a criminalização de condutas só deve ocorrer for o meio abso-
lutamente necessário à proteção de bens jurídicos ou à defesa de interesses cuja proteção pelo Direito Penal
seja absolutamente indispensável à coexistência harmônica e pacífica da sociedade.
Dele decorrem os seguintes princípios:
a) Princípio da subsidiariedade: o Direito Penal só deverá ser utilizado quando os demais ramos do Direito não
puderem tutelar satisfatoriamente o bem jurídico que se busca proteger.
b) Princípio da fragmentariedade: o Direito Penal só deverá tutelar bens jurídicos de grande relevância social.

8. (AUTOR – 2021)
Conforme o princípio da subsidiariedade, a norma definidora de um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, na relação os
fatos não se apresentam em relação a gênero e espécie, mas de minus e plus, de continente
e conteúdo, de todo e parte, de inteiro e fração.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A definição apresentada na assertiva refere-se ao princípio da consunção ou da absorção. Fala-se em consun-
ção, por exemplo, entre o crime de lesão corporal (crime consunto - absorvido) e homicídio (crime consuntivo
- que absorve). Perceba que para haver o homicídio é necessário que “se passe” pela lesão corporal.
O princípio da subsidiariedade, por sua vez, significa que determinado tipo penal será aplicado subsidiaria-
mente a outro. Ou seja, a figura subsidiária está inclusa na principal, seja expressamente, seja tacitamente,
implicitamente.

9. (AUTOR – 2021)
A culpabilidade significa que será penalmente punido aquele que houver agido com culpa ou
dolo o que implica adoção pelo nosso Código Penal da teoria da responsabilidade objetiva.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 11

A culpabilidade significa que o Estado somente poderá impor sanção penal ao agente imputável (penalmente
capaz), com potencial consciência da ilicitude e quando dele exigível conduta diversa.

10. (AUTOR – 2021)


A responsabilidade penal subjetiva, decorrente do princípio da culpabilidade, tem como con-
sequência jurídica a proporcionalidade entre a sanção penal e o desvalor da ação representada
pelo dolo ou culpa integrantes da culpabilidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A responsabilidade penal subjetiva, decorrente do princípio da culpabilidade, tem como consequência jurídica
a proporcionalidade entre a sanção penal e o desvalor da ação representada pelo dolo ou culpa integrantes da
culpabilidade.
O dolo e a culpa integram o fato típico (tipicidade), e não a culpabilidade!

11. (AUTOR – 2021)


Com relação aos princípios e às garantias penais, assinale a opção correta.
a) O princípio da adequação social serve de parâmetro fundamental ao julgador, que,
à luz das condutas formalmente típicas, deve decidir quais sejam merecedoras de
punição criminal.
b) Conforme o princípio da subsidiariedade, o direito penal somente tutela uma pequena
fração dos bens jurídicos protegidos nas hipóteses em que se verifica uma lesão ou
ameaça de lesão mais intensa aos bens de maior relevância.
c) O princípio da culpabilidade afasta a responsabilização objetiva em matéria penal,
de modo que a punição penal exige a demonstração de conduta dolosa ou culposa.
d) A proibição da previsão de tipos penais vagos decorre do princípio da reserva legal
em matéria penal.
e) Em nome da proibição do caráter perpétuo da pena, conforme entendimento do STJ,
o cumprimento de medida de segurança se sujeita ao limite máximo de trinta anos.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da culpabilidade afasta a responsabilização objetiva em matéria penal, de modo
que a punição penal exige a demonstração de conduta dolosa ou culposa.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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12

A alternativa C é correta, pois a responsabilidade no direito penal brasileiro deve ser subjetiva, ou seja, o indiví-
duo só deve ser punido de agir com dolo ou culpa.
Trata-se de decorrência do Princípio da Culpabilidade.

12. (AUTOR – 2021)


Em relação à teoria geral da norma penal, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que
do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
b) Os princípios só podem ser explícitos, ou seja, positivados no ordenamento jurídico.
c) O princípio da igualdade (ou da isonomia) não está previsto de maneira expressa na
CF/1988.
d) O princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no ar-
tigo 5º, inciso LVII, determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado de sentença penal condenatória”. Destarte, não é aceitável a decretação
(excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre o qual pai-
ram indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado.
e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva
proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva proteção de
bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Em linhas gerais, o princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos é um meio de restringir o direito penal,
tutela-se bens jurídicos realmente essenciais e não se pune condutas corriqueiras e ínfimas. O princípio da
intervenção mínima prega que o direito penal somente deve ser usado em último caso, primeiro se coíbe deter-
minada conduta por outros ramos do direito.

13. (AUTOR – 2021)


Analise as afirmações adiante e, à luz da doutrina, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O princípio da intervenção mínima do Direito Penal encontra fundamento no caráter
de sua subsidiariedade e no princípio da intranscendência;
b) Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância ao dever de
cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-participantes de idêntica
atividade procedam do mesmo modo;
c) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a complementação
se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo;
d) Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e sancionatória;

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Questões Comentadas 13

e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva


proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da intervenção mínima do Direito Penal encontra fundamento no caráter de sua
subsidiariedade e no princípio da intranscendência;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da intervenção mínima preconiza que o Direito Penal deve intervir o mínimo possível na vida das
pessoas. Antes de se recorrer ao Direito Penal devem-se esgotar todos os meios extrapenais de controle social.
Tal princípio relaciona-se com duas características do Direito Penal:
A fragmentariedade e a subsidiariedade.
A partir da ideia de intervenção mínima, temos dois desdobramentos:
a) Princípio da Fragmentariedade: caberá ao Direito Penal proteger os bens jurídicos mais importantes e punir os
ataques mais graves, deixando de lado bens ou lesões de pouca importância.
b) Princípio da Subsidiariedade: o Direito Penal é direito de ultima ratio, isto é, só deve atuar nos casos em que
os demais ramos do Direito forem insuficientes para resolver o problema.
O princípio da intranscendência que estabelece que a pena não passará da pessoa do condenado, não guarda
relação com o princípio da intervenção mínima.

14. (AUTOR – 2021)


No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir.
A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão
cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico.
ROXIN, Claus. Der echo penai- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65.
A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção
de ataques contra bens jurídicos importantes.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54.

Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao


a) princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena somente
aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por esse Direito,
sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.
b) princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que es-
capem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão
e da importância do bem jurídico para a convivência social.
c) princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não neces-
sariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do Estado, em
particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.

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14

d) princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para re-


primir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto de
dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo ordenamento
jurídico.
e) Princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do Estado,
quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e qualidade
proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção futura.
GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que escapem aos
meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão e da importância
do bem jurídico para a convivência social.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Conforme o princípio da intervenção mínima ou da necessidade, é legítima a intervenção penal apenas quando
a criminalização de um fato se constitui meio indispensável para a proteção de determinado bem ou interesse,
não podendo ser tutelado por outros ramos do ordenamento jurídico.

15. (AUTOR – 2021)


O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão
a) nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade.
b) na teoria da imputação objetiva e no princípio da fragmentariedade.
c) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista.
d) na teoria da imputação objetiva e no princípio da subsidiariedade
e) no princípio da subsidiariedade e na proposta funcionalista.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Conforme aponta a doutrina, o princípio da intervenção mínima tem como fundamento que o direito penal
seja a ultima ratio (princípio da subsidiariedade), atuando somente quando não houver outra solução. Tem o
objetivo de proteger os bens jurídicos mais relevantes para a sociedade (princípio da fragmentariedade).

16. (AUTOR – 2021)


Por meio de critérios políticos, o legislador elege os bens jurídicos de maior relevância para a
sociedade que mereçam a tutela do Direito Penal, punindo condutas positivas ou negativas,

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Questões Comentadas 15

como medida de proteção desses bens maiores. Assinale a opção que retrata o princípio ora
descrito.
a) Princípio da fragmentariedade.
b) Princípio da adequação social.
c) Princípio da insignificância.
d) Princípio da extra-atividade da lei penal.
e) Princípio da intervenção mínima.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
Princípio da fragmentariedade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
O princípio da fragmentariedade é aquele que determina que o direito penal deve tutelar, apenas, os bens jurídi-
cos mais relevantes.
a) Princípio da Fragmentariedade: caberá ao Direito Penal proteger os bens jurídicos mais importantes e punir os
ataques mais graves, deixando de lado bens ou lesões de pouca importância.

17. (AUTOR – 2021)


São princípios informadores do direito penal mínimo ou minimalismo penal:
a) Fragmentariedade, culpabilidade, legalidade e intervenção mínima.
b) Humanidade, intervenção mínima, individualização da pena e adequação social.
c) Insignificância, intervenção mínima, adequação social e fragmentariedade;
d) Intervenção mínima, legalidade, insignificância e adequação social;
e) Irretroatividade, humanidade, individualização da pena e intervenção mínima.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Insignificância, intervenção mínima, adequação social e fragmentariedade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A questão cobra conhecimento acerca do Princípio do Minimalismo Penal, aquele segundo o qual a intervenção
do direito penal deve ater-se ao estritamente necessário, para a tutela dos bens jurídicos por ele protegidos.
Como expõe Cleber Masson, em sua obra Direito Penal - Parte Geral (11ª ed., 2017, p. 51), fazem parte dos seus
princípios informadores:
Princípio da Intervenção Mínima: é basilar dessa teoria, trazendo que as penas previstas devem ser somente
aquelas evidentemente necessárias.

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16

Princípio da Fragmentariedade: só é infração penal o ilícito que ofende ou põe em risco valores fundamentais
para a manutenção e o progresso do ser humano e da sociedade.
Princípio da Insignificância: apenas condutas que lesem ou coloquem em risco o bem jurídico penalmente
tutelado pode ser punido.
Princípio da Adequação Social: não pode ser punida a conduta que está contida em tipo penal, mas não fere o
sentimento social de Justiça.

18. (AUTOR – 2021)


O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza
a) a proporcionalidade entre o fato praticado e a consequência jurídica
b) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do Estado.
c) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas.
d) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal.
e) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
A questão exigiu o conceito do princípio da fragmentariedade, especialmente sua incidência em matéria penal.
O princípio em epígrafe dita que o Direito Penal deve tipificar apenas um pequeno número de condutas, espe-
cialmente aquelas que forem mais graves e praticadas contra bens jurídicos mais relevantes. Esse princípio é
decorrente do princípio da intervenção mínima, o qual preconiza que só se deve criminalizar uma conduta se
houver necessidade para a proteção do bem jurídico.
Posto isso, o princípio da fragmentariedade relativiza a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei
penal, uma vez que, apenas uma parte (um fragmento) dos bens jurídicos são tutelados pelas normas penais
incriminadoras.

19. (AUTOR – 2021)


Em decorrência de garantias formalizadas ou não na Constituição Federal, o Direito Penal
a) é regido pelos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade, não se subme-
tendo à regra de taxatividade.
b) admite responsabilidade que não seja pessoal
c) não está submetido ao princípio da intervenção mínima
d) constitui instrumento de controle social regido pela característica da fragmentariedade.
e) deve obedecer ao princípio da proporcionalidade da pena, sem atentar, porém, para
a perspectiva da subsidiariedade.
GABARITO: D

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Questões Comentadas 17

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
constitui instrumento de controle social regido pela característica da fragmentariedade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A fragmentariedade é decorrência lógica do princípio da intervenção mínima.
a) Princípio da Fragmentariedade: caberá ao Direito Penal proteger os bens jurídicos mais importantes e punir os
ataques mais graves, deixando de lado bens ou lesões de pouca importância.

20. (AUTOR – 2021)


“Orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma
conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem
jurídico”.
(Bittencourt, César Roberto - Manual de Direito Penal, Parte Geral, vol. 1, 7ª ed., Saraiva, São
Paulo, 2002, pág. 11)
Trata o autor, no texto acima transcrito, do seguinte princípio limitador do poder punitivo
estatal:
a) Princípio da intervenção mínima ou ultima ratio.
b) Princípio da proibição de pena indigna.
c) Princípio da proporcionalidade
d) Princípio da igualdade.
e) Princípio da austeridade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Princípio da intervenção mínima ou ultima ratio.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
Consagra a ideia de que o Direito Penal deve intervir minimamente na vida do indivíduo. Isso porque a regula-
mentação das condutas deve se limitar ao necessário e indispensável para manutenção da paz social.
Este princípio é o responsável não só pela indicação dos bens de maior relevo, mas também se presta a fazer
com que ocorra a chamada descriminalização.
Naturalmente, se é com base neste princípio que os bens são selecionados para permanecer sob a tutela do
Direito Penal, porque considerados como os de maior importância, também será com fundamento nele que o
legislador fará retirar do nosso ordenamento jurídico penal certos tipos incriminadores.
Portanto, identifica-se que o Estado, a partir do Direito Penal, deve interferir o menos possível na vida em
sociedade, devendo ser solicitado somente quando os demais ramos do direito, comprovadamente, não forem
capazes de proteger aqueles de maior importância.

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18

Tal princípio relaciona-se com duas características do Direito Penal:


A fragmentariedade e a subsidiariedade.
A partir da ideia de intervenção mínima, temos dois desdobramentos:
a) Princípio da Fragmentariedade: caberá ao Direito Penal proteger os bens jurídicos mais importantes e punir
os ataques mais graves, deixando de lado bens ou lesões de pouca importância.
b) Princípio da Subsidiariedade: o Direito Penal é direito de ultima ratio, isto é, só deve atuar nos casos em que
os demais ramos do Direito forem insuficientes para resolver o problema.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E
INSIGNIFICÂNCIA
1. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista
Judiciário - Área Judiciária
Em relação ao direito penal e à remição da pena, julgue os próximos itens.
Para a doutrina e jurisprudência majoritária, o princípio da insignificância, quando possível
sua aplicação, exclui o crime, afastando a antijuridicidade
Certo ( ) Errado ( )
2. A no: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBASA Prova: CESPE - 2010 - EMBASA -
Analista de Saneamento - Advogado
Acerca do direito penal e processual penal, considerando a legislação pertinente, a doutrina
e a jurisprudência do STF e do STJ, julgue os itens que se seguem.
Em virtude da aplicação do princípio da insignificância, o Estado, vinculado pelo princípio de sua
intervenção mínima em direito penal, somente deve ocupar-se das condutas que impliquem
grave violação ao bem juridicamente tutelado.
Certo ( ) Errado ( )
3. Acerca da jurisprudência do STJ quanto ao princípio da insignificância, julgue os itens a
seguir.
O crime de responsabilidade praticado por prefeito não comporta aplicação do princípio da
insignificância, pois desse agente público exige-se comportamento ético e moral.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista
Portuário - Área Jurídica
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública.
Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de desca-
minho não permite a aplicação do princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014
- Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI
No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o próximo item.
Conforme jurisprudência assente do STF, o princípio da insignificância descaracteriza a tipici-
dade penal em seu caráter material.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

6. Em razão da abstração do conceito de dignidade da pessoa humana, a doutrina a classi-


fica em duas etapas. Garantir ao indivíduo um mínimo existencial, permitir ao indivíduo
um sentimento de autoestima e de respeitabilidade, além de penas proibidas conforme
previsão do Art. 5º, XLVII, CF.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor
Público Federal
Considere a situação hipotética em que Ricardo, brasileiro, primário, sem antecedentes, 22
anos de idade, e Bernardo, brasileiro, 17 anos de idade, de comum acordo e em unidade de
desígnios, tenham colocado em circulação, no comércio local de Taguatinga/DF, seis cédulas
falsas de R$ 50,00, com as quais compraram produtos alimentícios, de higiene pessoal e dois
pares de tênis, em estabelecimentos comerciais diversos. Considere, ainda, que, ao ser acio-
nada, a polícia, rapidamente, tenha localizado os agentes em um ponto de ônibus e, além
dos produtos, tenha encontrado, na posse de Ricardo, duas notas falsas de R$ 50,00 e, na
de Bernardo, uma nota falsa de mesmo valor, além de R$ 20,00 em cédulas verdadeiras. Na
delegacia, os produtos foram restituídos aos legítimos proprietários, e as cédulas, apreendidas.
Nos termos da situação hipotética descrita e com base na jurisprudência dos tribunais supe-
riores, admite-se a prisão em flagrante dos agentes, considera-se a infração praticada em
concurso de pessoas e, pelas circunstâncias descritas e ante a ausência de prejuízo, deve-se
aplicar o princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 - TJ-SE
- Técnico Judiciário - Área Judiciária
Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca
da Lei Maria da Penha, dos princípios do processo penal, do inquérito, da ação penal, das
nulidades e da prisão.
Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, consequentemente, seja
afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por
ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressi-
vidade da lesão, e nenhuma periculosidade social.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-
-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Direito
No que se refere aos crimes em espécie, julgue o item que se segue.
O agente que se tenha apropriado de valor inferior a um salário mínimo ao praticar o crime
de peculato poderá ser beneficiado, pelo juiz, com a aplicação do princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )

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4

10. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judi-
ciário - Judiciária
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública,
desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-ES Prova: CESPE - 2013 - DPE-ES - Defen-
sor Público - Estagiário
O princípio da insignificância ou da bagatela exclui
a) a punibilidade.
b) a executividade.
c) a tipicidade material.
d) a ilicitude formal.
e) a culpabilidade.

12. Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: MPE-MT Prova: UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de
Justiça
No que concerne ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Seu reconhecimento exclui a tipicidade material da conduta.
b) Aplica-se quando se mostra ínfima a lesão ao bem jurídico tutelado.
c) Somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação social.
d) Exige, para seu reconhecimento, que as consequências da conduta tenham sido de
pequena relevância.
e) Só é admissível em crimes de menor potencial ofensivo.

13. Ano: 2006 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2006 - MPE-SP - Promotor de
Justiça
Em relação ao princípio da insignificância ou de bagatela, assinale a alternativa incorreta:
a) seu reconhecimento exclui a tipicidade, constituindo-se em instrumento de interpre-
tação restritiva do tipo penal.
b) somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação
social.
c) sua aplicação não é prevista no Código Penal, mas é amplamente admitida pela dou-
trina e jurisprudência.
d) somente tem aplicabilidade em crimes contra o patrimônio.
e) exige, para seu reconhecimento, que as conseqüências da conduta tenham sido de
pequena relevância...

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Questões sobre a aula 5

14. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto
Segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, INAPLICÁVEL o princípio
da insignificância
a) aos crimes ambientais e aos crimes patrimoniais sem violência ou grave ameaça à
pessoa, se reincidente o acusado.
b) aos crimes praticados contra a criança e o adolescente e aos crimes contra a ordem
tributária.
c) às contravenções penais praticadas contra a mulher no âmbito das relações domés-
ticas e aos crimes contra a Administração pública.
d) aos crimes de licitações e às infrações de menor potencial ofensivo, já que regidas
por lei especial.
e) aos crimes de violação de direito autoral e aos crimes previstos no estatuto do
desarmamento..

15. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-RO Prova: FGV - 2015 - DPE-RO - Analista da Defensoria
Pública - Analista Jurídico
Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate ava-
liada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Denunciado pela prática do crime de furto,
o defensor público em atuação, em sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de
Carlos com base no princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, o princípio da insignificância:
a) funciona como causa supralegal de exclusão de ilicitude;
b) afasta a tipicidade do fato;
c) funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade;
d) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso ordenamento jurídico;
e) funciona como causa legal de exclusão da culpabilidade..

16. Ano: 2011 Banca: TRT 15R Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: TRT 15R - 2011 - TRT - 15ª
Região - Juiz do Trabalho
A respeito do atual entendimento conferido pelo Supremo Tribunal Federal ao princípio da
insignificancia, assinale a alternativa incorreta:
a) sua aplicação já justificou a extinção da punibilidade;
b) trata-se de princípio já aplicado pela Corte quando mínima a ofensividade da condu-
ta, inexistente a periculosidade social do ato, reduzido o grau de reprovabilidade do
comportamento e inexpressiva a lesão provocada;
c) trata-se de princípio aplicado a despeito de restar patente a existência da tipicidade
formal;
d) trata-se de princípio já aplicado quando as condições que circundam o delito dão
conta da sua singeleza, miudeza e não habitualidade;
e) sua aplicação jamais justificou a extinção da ação penal.

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17. Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TJ-AP Prova: FCC - 2009 - TJ-AP - Juiz
Se aceita a adoção do princípio da insignificância em caso de furto de bagatela, a hipótese
será de
a) absolvição por atipicidade material da conduta.
b) redução da pena pela regra do art. 155, § 2o, do Código Penal.
c) concessão de perdão judicial.
d) extinção da punibilidade.
e) reconhecimento de circunstância atenuante inominada..

18. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário - Área
Judiciária
Julia, primária e de bons antecedentes, verificando a facilidade de acesso a determinados
bens de uma banca de jornal, subtrai duas revistas de moda, totalizando o valor inicial do
prejuízo em R$15,00 (quinze reais). Após ser presa em flagrante, é denunciada pela prática
do crime de furto simples, vindo, porém, a ser absolvida sumariamente em razão do princípio
da insignificância.
De acordo com a situação narrada, o magistrado, ao reconhecer o princípio da insignificância,
optou por absolver Julia em razão da:
a) atipicidade da conduta;
b) causa legal de exclusão da ilicitude;
c) causa de exclusão da culpabilidade;
d) causa supralegal de exclusão da ilicitude;
e) extinção da punibilidade..

19. Ano: 2010 Banca: INSTITUTO CIDADES Órgão: DPE-GO Prova: INSTITUTO CIDADES - 2010
- DPE-GO - Defensor Público
É pacífico, na doutrina e na jurisprudência, que o agente que furta objetos de valor irrisório
deve ser absolvido com base no princípio da insignificância, uma vez que, nessas circunstân-
cias, está excluída
a) a tipicidade formal.
b) a tipicidade material.
c) a ilicitude da conduta.
d) a culpabilidade do agente.
e) a punibilidade da conduta.

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Gabarito 7

20. Ano: 2019 Banca: INAZ do Pará Órgão: CRF-AC Prova: INAZ do Pará - 2019 - CRF-AC
- Advogado
De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça,
para a incidência do Princípio da Insignificância a conduta do agente deve estar acompanhada
dos seguintes requisitos, EXCETO:
a) Mínima onerosidade.
b) Inexpressividade da lesão jurídica.
c) Ausência de periculosidade social da ação.
d) Mínima ofensividade da conduta.
e) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento.

GABARITO
1. ERRADO 6. CERTO 11. C 16. E

2. CERTO 7. ERRADO 12. E 17. A

3. CERTO 8. CERTO 13. D 18. A

4. ERRADO 9. ERRADO 14. C 19. B

5. CERTO 10. ERRADO 15. B 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista
Judiciário - Área Judiciária
Em relação ao direito penal e à remição da pena, julgue ospróximos itens.
Para a doutrina e jurisprudência majoritária, o princípio da insignificância, quando possível
sua aplicação, exclui o crime, afastando a antijuridicidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
Segundo a doutrina e a jurisprudência que vêm prevalecendo, o princípio da insignificância
incide de modo a afastar a tipicidade da conduta quando ela não afeta o bem jurídico
tutelado de modo a caracterizar uma lesão. Com efeito, o fato não se considera sequer
típico, deixando de ser crime, não sendo portanto necessário fazer a análise atinente à
antijuridicidade. A assertiva do enunciado da questão está, portanto, equivocada.

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2. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBASA Prova: CESPE - 2010 - EMBASA -
Analista de Saneamento - Advogado
Acerca do direito penal e processual penal, considerando a legislação pertinente, a doutrina
e a jurisprudência do STF e do STJ, julgue os itens que se seguem.
Em virtude da aplicação do princípio da insignificância, o Estado, vinculado pelo princípio de sua
intervenção mínima em direito penal, somente deve ocupar-se das condutas que impliquem
grave violação ao bem juridicamente tutelado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
Se trata da fundamentação estabelecida pelo STF ao definir as circunstâncias que permi-
tem a aplicação do pricípio da insignificância. Aponta portanto, que o Estado, vinculado
pelo princípio de sua intervenção mínima em direito penal, somente deve ocupar-se das
condutas que impliquem grave violação ao bem juridicamente tutelado.

3. Acerca da jurisprudência do STJ quanto ao princípio da insignificância, julgue os itens a


seguir.
O crime de responsabilidade praticado por prefeito não comporta aplicação do princípio da
insignificância, pois desse agente público exige-se comportamento ético e moral.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CORRETO
O Superior Tribunal de Justiça interpreta o princípio da insignificância de forma mais
restrita, não é possível a aplicação do aludido princípio aos “crimes de responsabilidade”
praticados por prefeitos. O STF tem posicionamento contrário, porém a banca pergunta
claramente o entendimento do STJ acerca da matéria.

4. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista
Portuário - Área Jurídica
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública.
Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de desca-
minho não permite a aplicação do princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
Tanto STJ quanto STF reconhecem a possibilidade de aplicação do princípio da insigni-
ficância para o crime de descaminho, desde que seja inferior ao valor de R$ 20.000,00.

5. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014
- Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI
No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o próximo item.
Conforme jurisprudência assente do STF, o princípio da insignificância descaracteriza a tipici-
dade penal em seu caráter material.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões Comentadas 9

GABARITO CERTO
O princípio da insignificância, como se sabe, não é uma causa excludente da punibilidade,
mas, da própria tipicidade (material), o que traz importantes diferenças no tratamento
jurídico conferido ao acusado. Para que se reconheça uma causa excludente da punibi-
lidade o fato, antes de tudo, precisa ser punível. O fato para ser punível precisa, antes
de tudo, ser típico.
A tipicidade formal é a adequação do fato concreto à norma jurídica, a tipicidade mate-
rial é um algo a mais, qual seja, a efetiva lesão ou tentativa de lesão a um bem jurídico
penalmente tutelado. Assim, para que um determinado ato configure crime, não basta
que se enquadre a um tipo legal, mas que também lese ou tenha a potencialidade de
lesar um bem jurídico protegido pela norma penal. Logo, o princípio da insignificância
tem vez quando ocorre um ato previsto em lei como crime, mas que não fira algum bem
penalmente tutelado, estando excluída, por consequência, a tipicidade material.

6. Em razão da abstração do conceito de dignidade da pessoa humana, a doutrina a classi-


fica em duas etapas. Garantir ao indivíduo um mínimo existencial, permitir ao indivíduo
um sentimento de autoestima e de respeitabilidade, além de penas proibidas conforme
previsão do Art. 5º, XLVII, CF.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO B
O conceito de dignidade da pessoa humana e o princípio correlato é representado jus-
tamente por estas duas etapas segundo a doutrina, a garantia do mínimo existencial,
autoestima e respeitabilidade, além da proibição das penas conforme o artigo 5º da CF,
em seu inciso XLVII, onde aponta que não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

7. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor
Público Federal
Considere a situação hipotética em que Ricardo, brasileiro, primário, sem antecedentes, 22
anos de idade, e Bernardo, brasileiro, 17 anos de idade, de comum acordo e em unidade de
desígnios, tenham colocado em circulação, no comércio local de Taguatinga/DF, seis cédulas
falsas de R$ 50,00, com as quais compraram produtos alimentícios, de higiene pessoal e dois
pares de tênis, em estabelecimentos comerciais diversos. Considere, ainda, que, ao ser acio-
nada, a polícia, rapidamente, tenha localizado os agentes em um ponto de ônibus e, além
dos produtos, tenha encontrado, na posse de Ricardo, duas notas falsas de R$ 50,00 e, na
de Bernardo, uma nota falsa de mesmo valor, além de R$ 20,00 em cédulas verdadeiras. Na
delegacia, os produtos foram restituídos aos legítimos proprietários, e as cédulas, apreendidas.

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Nos termos da situação hipotética descrita e com base na jurisprudência dos tribunais supe-
riores, admite-se a prisão em flagrante dos agentes, considera-se a infração praticada em
concurso de pessoas e, pelas circunstâncias descritas e ante a ausência de prejuízo, deve-se
aplicar o princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
Requisitos para aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA pelos Tribunais Superiores:
*Mínima ofensifividade da conduta
*Nenhuma periculosidade social da ação
*Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente
*Inexpressividade da lesão jurídica produzida.
Tanto STF quanto o STJ têm entendimento contrário à aplicação do referido princípio aos
crimes contra a fé pública, em razão do bem jurídico tutelado..

8. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 - TJ-SE
- Técnico Judiciário - Área Judiciária
Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca
da Lei Maria da Penha, dos princípios do processo penal, do inquérito, da ação penal, das
nulidades e da prisão.
Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, consequentemente, seja
afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por
ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressi-
vidade da lesão, e nenhuma periculosidade social.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
Requisitos para aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA pelos Tribunais Superiores:
*Mínima ofensifividade da conduta
*Nenhuma periculosidade social da ação
*Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente
*Inexpressividade da lesão jurídica produzida.

9. Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-
-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Direito
No que se refere aos crimes em espécie, julgue o item que se segue.
O agente que se tenha apropriado de valor inferior a um salário mínimo ao praticar o crime
de peculato poderá ser beneficiado, pelo juiz, com a aplicação do princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO

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Questões Comentadas 11

O Superior Tribunal de Justiça sumulou o entendimento de que é impossível aplicar o


princípio da insignificância aos crimes praticados contra a Administração Pública, como
é o caso do peculato.
Súmula 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Ad-
ministração Pública”.

10. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judi-
ciário - Judiciária
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública,
desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
O Superior Tribunal de Justiça sumulou o entendimento de que é impossível aplicar o
princípio da insignificância aos crimes praticados contra a Administração Pública.
Súmula 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Ad-
ministração Pública”.

11. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-ES Prova: CESPE - 2013 - DPE-ES - Defen-
sor Público - Estagiário
O princípio da insignificância ou da bagatela exclui
a) a punibilidade.
b) a executividade.
c) a tipicidade material.
d) a ilicitude formal.
e) a culpabilidade.
GABARITO C
Condutas consideradas irrelevantes ou insignificantes NÃO são capazes da materializar o
fato típico (tipicidade material), afastando a lesividade, e afastam a tipicidade do crime
e por conseguinte tornam o fato atípico.

12. Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: MPE-MT Prova: UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de
Justiça
No que concerne ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Seu reconhecimento exclui a tipicidade material da conduta.
b) Aplica-se quando se mostra ínfima a lesão ao bem jurídico tutelado.
c) Somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação
social.

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12

d) Exige, para seu reconhecimento, que as consequências da conduta tenham sido de


pequena relevância.
e) Só é admissível em crimes de menor potencial ofensivo.
GABARITO E
Segundo o STF (HC130786/PR, Rel. Min.Cármen Lúcia, 2ª Turma, j. 07/06/2016) são re-
quisitos para a aplicação do princípio da insignificância: a) mínima ofensividade da con-
duta; b) Ausência de periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade
do comportamento; d) inexpressividade da lesão jurídica. Portanto, qualquer crime é
suscetível de reconhecimento desde que preencha os requisitos.

13. Ano: 2006 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2006 - MPE-SP - Promotor de
Justiça
Em relação ao princípio da insignificância ou de bagatela, assinale a alternativa incorreta:
a) seu reconhecimento exclui a tipicidade, constituindo-se em instrumento de interpre-
tação restritiva do tipo penal.
b) somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação
social.
c) sua aplicação não é prevista no Código Penal, mas é amplamente admitida pela dou-
trina e jurisprudência.
d) somente tem aplicabilidade em crimes contra o patrimônio.
e) exige, para seu reconhecimento, que as conseqüências da conduta tenham sido de
pequena relevância...
GABARITO D
Segundo o STF (HC130786/PR, Rel. Min.Cármen Lúcia, 2ª Turma, j. 07/06/2016) são re-
quisitos para a aplicação do princípio da insignificância: a) mínima ofensividade da con-
duta; b) Ausência de periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade
do comportamento; d) inexpressividade da lesão jurídica. Portanto, qualquer crime é
suscetível de reconhecimento desde que preencha os requisitos.

14. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto
Segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, INAPLICÁVEL o princípio
da insignificância
a) aos crimes ambientais e aos crimes patrimoniais sem violência ou grave ameaça à
pessoa, se reincidente o acusado.
b) aos crimes praticados contra a criança e o adolescente e aos crimes contra a ordem
tributária.
c) às contravenções penais praticadas contra a mulher no âmbito das relações domés-
ticas e aos crimes contra a Administração pública.
d) aos crimes de licitações e às infrações de menor potencial ofensivo, já que regidas
por lei especial.
e) aos crimes de violação de direito autoral e aos crimes previstos no estatuto do
desarmamento..

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Questões Comentadas 13

GABARITO C
O STF vem ao longo do tempo trazendo as situações de inaplicabilidade do princípio da
insignificância, portanto a questão busca o entendimento consubstanciado nas súmulas
do STF, senão vejamos:
Súmula nº 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contra-
venções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.
Súmula nº 599 do STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a
admi-nistração pública.
Súmula nº 606 do STJ: Não se aplica o princípio da insignificância aos casos de transmis-
são clandestina de sinal de internet via radiofrequência que caracterizam o fato típico
previsto no art. 183 da Lei nº 9.472/97

15. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-RO Prova: FGV - 2015 - DPE-RO - Analista da Defensoria
Pública - Analista Jurídico
Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate ava-
liada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Denunciado pela prática do crime de furto,
o defensor público em atuação, em sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de
Carlos com base no princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, o princípio da insignificância:
a) funciona como causa supralegal de exclusão de ilicitude;
b) afasta a tipicidade do fato;
c) funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade;
d) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso ordenamento jurídico;
e) funciona como causa legal de exclusão da culpabilidade..
GABARITO B
Condutas consideradas irrelevantes ou insignificantes NÃO são capazes da materializar o
fato típico (tipicidade material), afastando a lesividade, e afastam a tipicidade do crime
e por conseguinte tornam o fato atípico.

16. Ano: 2011 Banca: TRT 15R Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: TRT 15R - 2011 - TRT - 15ª
Região - Juiz do Trabalho
A respeito do atual entendimento conferido pelo Supremo Tribunal Federal ao princípio da
insignificancia, assinale a alternativa incorreta:
a) sua aplicação já justificou a extinção da punibilidade;
b) trata-se de princípio já aplicado pela Corte quando mínima a ofensividade da condu-
ta, inexistente a periculosidade social do ato, reduzido o grau de reprovabilidade do
comportamento e inexpressiva a lesão provocada;
c) trata-se de princípio aplicado a despeito de restar patente a existência da tipicidade
formal;

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14

d) trata-se de princípio já aplicado quando as condições que circundam o delito dão


conta da sua singeleza, miudeza e não habitualidade;
e) sua aplicação jamais justificou a extinção da ação penal.
GABARITO E
O STJ já aplicou o princípio da insignificância para extinguir a punibilidade, entretanto o
STF reformou a decisão para absolver o réu e extinguir a ação penal porque a conduta
sequer poderia ser considerada crime (atípica). A extinção da punibilidade por si só não
exclui os efeitos processuais. Ou seja, a conduta delituosa ficará registrada e poderá
pesar contra o acusado no futuro, na qualidade de maus antecedentes. Por isso é mais
interessante ser absolvido por atipicidade do fato do que por extinção da punibilidade. E
ao contrário do afirmado na alternativa E, é possível a extinção da ação penal justificada
justamente pelo princípio da insiginifcância já que afasta a tipicidade.

17. Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TJ-AP Prova: FCC - 2009 - TJ-AP - Juiz
Se aceita a adoção do princípio da insignificância em caso de furto de bagatela, a hipótese
será de
a) absolvição por atipicidade material da conduta.
b) B) redução da pena pela regra do art. 155, § 2o, do Código Penal.
c) C) concessão de perdão judicial.
d) D) extinção da punibilidade.
e) E) reconhecimento de circunstância atenuante inominada..
GABARITO A
Princípio da Insignificância ou da Bagatela: se ofender minimamente bens jurídicos o cri-
me não lesiona o sentimento social de paz. Se aplicável, não há de se falar em tipicidade
material e apenas a formal não é suficiente.
STF - Requisitos objetivos: mínima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade
social na ação, diminuto grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade
da lesão jurídica;
Requisitos Subjetivos: importância do objeto material do crime para vítima. Verifica-se
se houve ou não lesão.

18. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário - Área
Judiciária
Julia, primária e de bons antecedentes, verificando a facilidade de acesso a determinados
bens de uma banca de jornal, subtrai duas revistas de moda, totalizando o valor inicial do
prejuízo em R$15,00 (quinze reais). Após ser presa em flagrante, é denunciada pela prática
do crime de furto simples, vindo, porém, a ser absolvida sumariamente em razão do princípio
da insignificância.
De acordo com a situação narrada, o magistrado, ao reconhecer o princípio da insignificância,
optou por absolver Julia em razão da:

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Questões Comentadas 15

a) atipicidade da conduta;
b) causa legal de exclusão da ilicitude;
c) causa de exclusão da culpabilidade;
d) causa supralegal de exclusão da ilicitude;
e) extinção da punibilidade..
GABARITO A
Condutas consideradas irrelevantes ou insignificantes NÃO são capazes da materializar o
fato típico (tipicidade material), afastando a lesividade, e afastam a tipicidade do crime
e por conseguinte tornam o fato atípico.

19. Ano: 2010 Banca: INSTITUTO CIDADES Órgão: DPE-GO Prova: INSTITUTO CIDADES - 2010
- DPE-GO - Defensor Público
É pacífico, na doutrina e na jurisprudência, que o agente que furta objetos de valor irrisório
deve ser absolvido com base no princípio da insignificância, uma vez que, nessas circunstân-
cias, está excluída
a) a tipicidade formal.
b) a tipicidade material.
c) a ilicitude da conduta.
d) a culpabilidade do agente.
e) a punibilidade da conduta.
GABARITO B
O princípio da insignificância, como se sabe, não é uma causa excludente da punibilidade,
mas, da própria tipicidade (material), o que traz importantes diferenças no tratamento
jurídico conferido ao acusado. Para que se reconheça uma causa excludente da punibi-
lidade o fato, antes de tudo, precisa ser punível. O fato para ser punível precisa, antes
de tudo, ser típico.;
A tipicidade formal é a adequação do fato concreto à norma jurídica, a tipicidade mate-
rial é um algo a mais, qual seja, a efetiva lesão ou tentativa de lesão a um bem jurídico
penalmente tutelado. Assim, para que um determinado ato configure crime, não basta
que se enquadre a um tipo legal, mas que também lese ou tenha a potencialidade de
lesar um bem jurídico protegido pela norma penal. Logo, o princípio da insignificância
tem vez quando ocorre um ato previsto em lei como crime, mas que não fira algum bem
penalmente tutelado, estando excluída, por consequência, a tipicidade material.

20. Ano: 2019 Banca: INAZ do Pará Órgão: CRF-AC Prova: INAZ do Pará - 2019 - CRF-AC
- Advogado
De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça,
para a incidência do Princípio da Insignificância a conduta do agente deve estar acompanhada
dos seguintes requisitos, EXCETO:
a) Mínima onerosidade.

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b) Inexpressividade da lesão jurídica.


c) Ausência de periculosidade social da ação.
d) Mínima ofensividade da conduta.
e) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento..
GABARITO A
O princípio da insignificância retira a tipicidade material do delito e está atrelado aos
princípios da fragmentariedade e da intervenção mínima do direito penal. De acordo com
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal “Para incidência do princípio da insignificân-
cia, devem ser relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato, tais
como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social
da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da
lesão jurídica causada” (RHC 118.972/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, rel. p/ acórdão Min.
Cármen Lúcia, 2ª Turma, j. 03.06.2014.)
Assim, os requisitos para aplicação do princípio da insignificância é a MARI:
M - mínima ofensividade da conduta do agente;
A - ausência de periculosidade social da ação;
R - reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
I - inexpressividade da lesão jurídica causada;.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA
INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL - PRINCÍPIO DA
VEDAÇÃO AO BIS IN IDEM

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INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL - PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO


BIS IN IDEM
1. Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2009 - AGU - Advogado
da União
Julgue os itens subsequentes, acerca dos atos de improbidade e crimes contra a administração
pública.
Segundo entendimento do STJ em relação ao crime de peculato, configura bis in idem a apli-
cação da circunstância agravante de ter o crime sido praticado com violação de dever inerente
a cargo.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor
Público Federal
No que concerne ao processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes,
julgue o item a seguir.
Circunstâncias inerentes à conduta criminosa não podem, sob pena de bis in idem, justificar
o aumento da reprimenda.
Certo ( ) Errado ( )
3. A Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Dele-
gado de Polícia
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e
de feminicídio não caracterizará bis in idem.
Certo ( ) Errado ( )
4. A respeito da investigação dos crimes de lavagem de dinheiro, julgue o item a seguir.
É vedado o afastamento de servidor público indiciado e ainda não condenado, haja vista o
instituto da presunção de inocência..
Certo ( ) Errado ( )
5. No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o próximo
item.
Conforme jurisprudência assente do STF, o princípio do non bis in idem descaracteriza a tipi-
cidade penal em seu caráter material.
Certo ( ) Errado ( )

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6. Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista
Judiciário - Judiciária
Com relação à aplicação da pena, à medida de segurança e ao instituto da prescrição, julgue
o item que se segue.
Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, apenas condenações criminais
transitadas em julgado podem justificar o agravamento da pena base.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - De-
fensor Público
Com relação aos conceitos, objetivos e princípios do direito penal, às penas restritivas de
direitos, ao livramento condicional e à reincidência, julgue os itens subsecutivos.
A versão clássica do modelo penal garantista ideal se funda sob os princípios da legalidade
estrita, da materialidade e lesividade dos delitos, da responsabilidade pessoal, do contraditório
entre as partes e da presunção de inocência.
Certo ( ) Errado ( )
8. O princípio da presunção de inocência proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a
dignidade da pessoa humana.
Certo ( ) Errado ( )
9. Segundo o princípio da confiança, o indivíduo deve pautar sua conduta imaginando e acre-
ditando que os outros cidadãos também cumprirão com sua parcela de responsabilidade.
Em ocorrendo a violação de um dever de confiança por parte de terceira pessoa, não há
que se falar em responsabilidade do agente que participou do resultado.
Certo ( ) Errado ( )
10. O princípio do ne bis in idem é absoluto.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2017 - MPE-RR - Pro-
motor de Justiça Substituto
Assinale a opção correta a respeito da dosimetria da pena segundo o entendimento do STJ.
a) É possível a aplicação de pena inferior à mínima na segunda fase da dosimetria da
pena.
b) Apenas à confissão qualificada se impõe a incidência de atenuante na segunda fase
da dosimetria da pena.
c) Natureza e quantidade de droga não podem ser utilizadas, concomitantemente, na
primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob pena de bis in idem.
d) Não se admite compensação da atenuante da confissão espontânea com a agravante
da

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12. Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura
de Petrolina - PE - Guarda Civil
A respeito das disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, analise os itens a seguir:
I. O princípio penal do “non bis in idem”, embora não incluído expressamente na Consti-
tuição Federal, tem fundamento no Estado Democrático de Direito.
II. É possível se estabelecer sanção penal sem lei anterior, desde que para beneficiar o réu.
III. O princípio da presunção de inocência, expresso na Constituição Federal, é uma conse-
quência da proibição da responsabilidade objetiva no direito penal brasileiro.
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Apenas os itens II e III estão corretos.

13. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal conde-
natória. Este conceito define o princípio
a) Da presunção de inocência
b) In dubio pro reo
c) Da Legalidade.
d) Irretroatividade da lei penal.

14. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento das Ações Declaratória de
Constitucionalidade (ADC) 43, 44 e 54, pacificou o entendimento no sentido de ser admi-
tida a chamada “execução provisória da pena”, após prolação de Acórdão condenatório
em segunda instância, sendo que isso não ofende o princípio constitucional da:
a) presunção de inocência
b) In dubio pro reo
c) Da Legalidade.
d) Irretroatividade da lei penal.
e) isonomia

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15. Ano: 2012 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2012 - TJ-RS - Conciliador Criminal
Assinale a afirmação correta em relação ao delito de constrangimento ilegal (artigo 146 do
Código Penal).
a) Diante de sua gravidade, o delito não é tratado como uma infração de menor poten-
cial ofensivo.
b) Em caso de condenação, deverá ser penalizado sempre de forma alternativa, com
pena de prisão ou com pena de multa.
c) Configuram delito de constrangimento ilegal as intervenções médicas ou cirúrgicas
realizadas sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, mesmo
quando houver iminente perigo de vida.
d) As penas relativas à violência deverão ser aplicadas de forma independente em caso
de condenação, não se configurando bis in idem.
e) Trata-se de delito que se processa mediante ação penal pública condicionada à re-
presentação da vítima.

16. No que concerne ao princípio ne bis in idem, julgue os itens a seguir:


I. O princípio ne bis in idem não está expressamente previsto na Constituição da Repúbli-
ca, mas consta da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose da
Costa Rica).
II. Acaso a denúncia seja rejeitada por inépcia, o oferecimento de nova acusação não viola
o princípio ne bis in idem.
III. O princípio do ne bis in idem não é absoluto.
Estão corretos os itens:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II Apenas.
e) Todos.

17. No que se refere ao direito penal, segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina do-
minante, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da afirmativa abaixo.
Em atenção ao princípio_________________, a pena cumprida no estrangeiro deve atenuar a
pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela ser computada, quando
idênticas.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da extraterritorialidade.
e) in dubio pro reu

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18. No que se refere ao direito penal, assinale a alternativa que completa corretamente a
lacuna da afirmativa abaixo.
O princípio ______________________ define que toda pessoa acusada de um delito tem
direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da extraterritorialidade.
e) in dubio pro reu

19. No que se refere ao direito penal, assinale a alternativa que completa corretamente a
lacuna da afirmativa abaixo.
O princípio ______________________ define que eventual pena a ser imposta, deve ser
baseada por ter o agente praticado um fato lesivo a bem jurídico de terceiro e não em razão
do modo de ser do sujeito.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da materialização do fato.
e) in dubio pro reu

20. No que concerne ao princípio ne bis in idem, julgue os aspectos a seguir:


I. Ninguém poderá ser processado duas vezes pelo mesmo crime.
II. Ninguém pode ser condenado pela segunda vez em razão do mesmo fato.
III. Ninguém poderá executar duas penas pelo mesmo fato.
Quais se referem a aspectos ligados ao non bis in idem?
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Todos

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 7

Gabarito
1. CERTO
2. CERTO
3. CERTO
4. CERTO
5. ERRADO
6. CERTO
7. CERTO
8. ERRADO
9. CERTO
10. ERRADO
11. C
12. A
13. A
14. A
15. D
16. E
17. C
18. B
19. D
20. D

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8

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2009 - AGU - Advogado
da União
Julgue os itens subsequentes, acerca dos atos de improbidade e crimes contra a administração
pública.
Segundo entendimento do STJ em relação ao crime de peculato, configura bis in idem a apli-
cação da circunstância agravante de ter o crime sido praticado com violação de dever inerente
a cargo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
Circunstâncias inerentes à conduta criminosa não podem, sob pena de bis in idem, jus-
tificar o aumento da reprimenda..

2. Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor
Público Federal
No que concerne ao processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes,
julgue o item a seguir.
Circunstâncias inerentes à conduta criminosa não podem, sob pena de bis in idem, justificar
o aumento da reprimenda.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
Circunstâncias inerentes à conduta criminosa - propagação do mal e busca de lucro fácil
- são próprias da conduta delituosa, não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para
justificar aumento da reprimenda. Consideração, apenas, da reincidência.

3. A Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Dele-
gado de Polícia
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e
de feminicídio não caracterizará bis in idem.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CORRETO
Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de
feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência
doméstica e familiar.
Isso se dá porque o feminici ́dio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir
sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita,
enquanto que a torpeza é de cunho subjetivo, ou seja, continuará adstrita aos motivos
(razões) que levaram um indivi ́duo a praticar o delito.

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Questões Comentadas 9

4. A respeito da investigação dos crimes de lavagem de dinheiro, julgue o item a seguir.


É vedado o afastamento de servidor público indiciado e ainda não condenado, haja vista o
instituto da presunção de inocência..
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
A Lei de lavagem de dinheiro, no seu Art. 17-D aponta que em caso de indiciamento de
servidor público, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos
previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu
retorno. Porém o STF em 2020 declarou a inconstitucionalidade dessa previsão de afas-
tamento automático na Lei de Lavagem, justamente em razão do princípio da presunção
de inocência.

5. No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o próximo
item.
Conforme jurisprudência assente do STF, o princípio do non bis in idem descaracteriza a tipi-
cidade penal em seu caráter material.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
O princípio da insignificância é uma causa excludente da tipicidade (material), mas o
princípio do non bis in idem nada tem relação com a descaracterização da tipicidade.

6. O princípio da presunção de inocência proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a


dignidade da pessoa humana.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
O princípio que proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a dignidade da pessoa
humana não é o da presunção de inocência, mas da humanidade ou humanização das
penas. O princípio da presunção de inocência é aquele que defende que toda pessoa
acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for
legalmente comprovada sua culpa.

7. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - De-
fensor Público
Com relação aos conceitos, objetivos e princípios do direito penal, às penas restritivas de
direitos, ao livramento condicional e à reincidência, julgue os itens subsecutivos.
A versão clássica do modelo penal garantista ideal se funda sob os princípios da legalidade
estrita, da materialidade e lesividade dos delitos, da responsabilidade pessoal, do contraditório
entre as partes e da presunção de inocência.
Certo (x)
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO

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10

Tendo como maior expoente Luigi Ferrajoli, o garantismo penal é um modelo normativo
de Direito Penal e Processual Penal que se caracteriza pela estrita legalidade e prega a
intervenção mínima do Direito Penal. Suas características podem ser extraídas dos dez
axiomas desenvolvidos por Ferrajoli. Vejamos:
1. Não há pena sem crime. (PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA)2. Não há crime sem lei. (LEGA-
LIDADE ESTRITA) 3. Não há lei sem necessidade.4. Não há necessidade sem ofensa a bem
jurídico. (MATERIALIDADE E LESIVIDADE)5. Não há ofensa a bem jurídico sem conduta.
(RESPONSABILIDADE PESSOAL)6. Não há conduta sem culpabilidade.7. Não há culpabilida-
de sem o devido processo legal. (CONTRADITÓRIO)8. Não há processo sem a acusação.9.
Não há acusação sem provas.10. Não há provas sem defesa.Assim, diante dos axiomas, é
possível identificar as características mencionadas na assertiva, que está correta.

8. O princípio da presunção de inocência proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a


dignidade da pessoa humana.
Certo ( ) Errado ( )
Errado (x)
GABARITO ERRADO
O princípio que proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a dignidade da pessoa
humana não é o da presunção de inocência, mas da humanidade ou humanização das
penas.

9. Segundo o princípio da confiança, o indivíduo deve pautar sua conduta imaginando e acre-
ditando que os outros cidadãos também cumprirão com sua parcela de responsabilidade.
Em ocorrendo a violação de um dever de confiança por parte de terceira pessoa, não há
que se falar em responsabilidade do agente que participou do resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO CERTO
O princípio da confiança trata-se de construção jurisprudencial para enfrentar os pro-
blemas resultantes dos crimes praticados na direção de veículo automotor. Em resumo,
o indivíduo deve pautar sua conduta imaginando e acreditando que os outros cidadãos
também cumprirão com sua parcela de responsabilidade. Em ocorrendo a violação de um
dever de confiança por parte de terceira pessoa, não há que se falar em responsabilidade
do agente que participou do resultado.

10. O princípio do ne bis in idem é absoluto.


Certo ( ) Errado ( )
GABARITO ERRADO
Como decorrência de todo princípio, este também não é absoluto, constando com a
exceção do próprio Estatuto de Roma, relativamente ao crime de genocídio.
Em nosso ordenamento jurídico, a exceção fica por conta da possibilidade de dupla pu-
nição pelo mesmo fato, quando estivermos diante de uma hipótese de EXTRATERRITO-
RIALIDADE INCONDICIONADA da Lei Penal Brasileira.

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Questões Comentadas 11

11. Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2017 - MPE-RR - Pro-
motor de Justiça Substituto
Assinale a opção correta a respeito da dosimetria da pena segundo o entendimento do STJ.
a) É possível a aplicação de pena inferior à mínima na segunda fase da dosimetria da
pena.
b) Apenas à confissão qualificada se impõe a incidência de atenuante na segunda fase
da dosimetria da pena.
c) Natureza e quantidade de droga não podem ser utilizadas, concomitantemente, na
primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob pena de bis in idem.
d) Não se admite compensação da atenuante da confissão espontânea com a agravante
da reincidência.
GABARITO C
Informativo 759, STF (Dizer o Direito): “A natureza e a quantidade da droga NÃO podem
ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e também para afastar o tráfico privile-
giado (art. 33, § 4º) ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício, conceder ao réu uma
menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem. STF. 2ª Turma. RHC 122684/
MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/9/2014 (Info 759)”.

12. Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura
de Petrolina - PE - Guarda Civil
A respeito das disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal, analise os itens a seguir:
I. O princípio penal do “non bis in idem”, embora não incluído expressamente na Consti-
tuição Federal, tem fundamento no Estado Democrático de Direito.
II. É possível se estabelecer sanção penal sem lei anterior, desde que para beneficiar o réu.
III. O princípio da presunção de inocência, expresso na Constituição Federal, é uma conse-
quência da proibição da responsabilidade objetiva no direito penal brasileiro.
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Apenas os itens II e III estão corretos.
GABARITO A
Tal princípio proíbe que uma pessoa seja processada, julgada e condenada mais de uma
vez pela mesma conduta
É possível se estabelecer sanção penal sem lei anterior, desde que para beneficiar o réu.
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

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O princípio da presunção de inocência, expresso na Constituição Federal, é uma conse-


quência da proibição da responsabilidade objetiva no direito penal brasileiro. princípio
da individualização da pena que está relacionado à vedação da responsabilidade objetiva.
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar
o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

13. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal conde-
natória. Este conceito define o princípio
a) Da presunção de inocência
b) In dubio pro reu
c) Da Legalidade.
d) Irretroatividade da lei penal.
GABARITO A
O princípio da presunção de inocência trata-se de um dos princípios basilares do Direito
e Processo penal e está previsto na Constituição, art. 5º, LVII. Definindo justamente o
conceito exposto na questão.

14. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento das Ações Declaratória de
Constitucionalidade (ADC) 43, 44 e 54, pacificou o entendimento no sentido de ser admi-
tida a chamada “execução provisória da pena”, após prolação de Acórdão condenatório
em segunda instância, sendo que isso não ofende o princípio constitucional da:
a) presunção de inocência
b) In dubio pro reo
c) Legalidade.
d) Irretroatividade da lei penal.
e) isonomia
GABARITO A
A partir do julgamento das ADC’s 43, 44 e 54, o STF reconheceu que a execução provi-
sória de pena, baseada em acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação,
ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, viola o princípio constitucional da
presunção de inocência, não sendo permitida, portanto.

15. Ano: 2012 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2012 - TJ-RS - Conciliador Criminal
Assinale a afirmação correta em relação ao delito de constrangimento ilegal (artigo 146 do
Código Penal).
a) Diante de sua gravidade, o delito não é tratado como uma infração de menor poten-
cial ofensivo.
b) Em caso de condenação, deverá ser penalizado sempre de forma alternativa, com
pena de prisão ou com pena de multa.

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Questões Comentadas 13

c) Configuram delito de constrangimento ilegal as intervenções médicas ou cirúrgicas


realizadas sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, mesmo
quando houver iminente perigo de vida.
d) As penas relativas à violência deverão ser aplicadas de forma independente em caso
de condenação, não se configurando bis in idem.
e) Trata-se de delito que se processa mediante ação penal pública condicionada à re-
presentação da vítima.
GABARITO D
O delito de constragimento ilegal se dá mediante ameaça, portanto se existe violência,
cabe a aplicação das penalidades correspondentes, uma vez que não se trata de duas
punições pelo mesmo fato, mas sob duas circunstâncias independentes, não afrontando
o princípio do non bis in idem portanto.

16. No que concerne ao princípio ne bis in idem, julgue os itens a seguir:


I. O princípio ne bis in idem não está expressamente previsto na Constituição da Repúbli-
ca, mas consta da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose da
Costa Rica).
II. Acaso a denúncia seja rejeitada por inépcia, o oferecimento de nova acusação não viola
o princípio ne bis in idem.
III. O princípio do ne bis in idem não é absoluto.
Estão corretos os itens:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e III.
d) II Apenas.
e) Todos.
GABARITO E
Este princípio não está previsto expressamente em nosso texto legal, mas consta da
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica). Na
afirmação II O fato da rejeição ser por inércia, significa que não foi julgado o mérito da
ação, portanto, nova denúncia não viola o princípio do bis in idem, já que não houve
punição sequer no primeiro caso.
Como decorrência de todo princípio, este também não é absoluto, constando com a
exceção do próprio Estatuto de Roma, relativamente ao crime de genocídio.
Em nosso ordenamento jurídico, a exceção fica por conta da possibilidade de dupla pu-
nição pelo mesmo fato, quando estivermos diante de uma hipótese de EXTRATERRITO-
RIALIDADE INCONDICIONADA da Lei Penal Brasileira.

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17. No que se refere ao direito penal, segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina
dominante, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da afirmativa abaixo.
Em atenção ao princípio_________________, a pena cumprida no estrangeiro deve atenuar a
pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela ser computada, quando
idênticas.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da extraterritorialidade.
e) in dubio pro reu
GABARITO C
É inquestionável que um mesmo fato praticado no estrangeiro pode gerar sentenças
condenatórias no país onde ele ocorreu e também no Brasil. Justamente por isso é que
o artigo 8º do Código Penal estabelece que “a pena cumprida no estrangeiro atenua a
pena imposta o Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas”. Tal previsão decorre do princípio do ne bis in idem, que orienta que ninguém
pode ser punido duas vezes pelo mesmo crime, princípio este que, embora não previsto
expressamente na Constituição da República, está consagrado na Convenção Americana
de Direitos Humanos.

18. No que se refere ao direito penal, assinale a alternativa que completa corretamente a
lacuna da afirmativa abaixo.
O princípio ______________________ define que toda pessoa acusada de um delito tem
direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da extraterritorialidade.
e) in dubio pro reu
GABARITO B
O art. 8, §2º, da Convenção Americana sobre Direito Humanos e o princípio da presun-
ção de inocência: Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua
inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda
pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas.

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Questões Comentadas 15

19. A No que se refere ao direito penal, assinale a alternativa que completa corretamente a
lacuna da afirmativa abaixo.
O princípio ______________________ define que eventual pena a ser imposta, deve ser
baseada por ter o agente praticado um fato lesivo a bem jurídico de terceiro e não em razão
do modo de ser do sujeito.
a) Da legalidade
b) da presunção de inocência
c) ne bis in idem
d) da materialização do fato.
e) in dubio pro reu
GABARITO D
Pelo princípio da materialização do fato (nullum crimen sine actio), o Estado só pode
incriminar condutas humanas voluntárias, isto é, fatos, nunca condições internas ou
existenciais. Consagra-se, com isso, o Direito Penal do fato

20. No que concerne ao princípio ne bis in idem, julgue os aspectos a seguir:


I. Ninguém poderá ser processado duas vezes pelo mesmo crime.
II. Ninguém pode ser condenado pela segunda vez em razão do mesmo fato.
III. Ninguém poderá executar duas penas pelo mesmo fato.
Quais se referem a aspectos ligados ao non bis in idem?
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Todos
GABARITO D
Para analisar o princípio do ne bis in idem, devemos correlacionar referido princípio em
três aspectos:
O primeiro, no sentido de que ninguém poderá ser processado duas vezes pelo mesmo
crime (fato).
Para o STJ não ocorre bis in idem para a hipótese de instauração de processo penal no
Brasil, enquanto ainda tramita processo pelo mesmo fato no exterior, tendo em vista que
apenas a sentença pode provocar efeitos no Brasil.
O segundo critério é referente à matéria, já que ninguém pode ser condenado pela se-
gunda vez em razão do mesmo fato.
E o terceiro, relativamente à etapa de execução de um processo, consiste na ideia de que
ninguém poderá executar duas penas pelo mesmo fato.;.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. (AUTOR – 2021)
Conforme dispõe expressamente a Constituição Federal, nenhuma pena passará da pessoa
do condenado, consagrando assim o princípio da intranscendência da pena, que não impede,
porém, que a indenização civil para reparação dos danos causados pela infração seja executada
contra os herdeiros, até o limite do patrimônio transferido a título de herança.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021)
O princípio da individualização da pena estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do
condenado, de forma que tal impossibilidade se estende inclusive à obrigação de reparar o
dano, que não pode ser executada em desfavor dos herdeiros.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)
Em caso de morte do agente, extingue-se a punibilidade, não podendo a pena alcançar os
herdeiros do agente, salvo quanto à obrigação de reparação de dano, no limite do patrimônio
herdado.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021)
O princípio da lesividade proíbe a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do
próprio autor.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021)
A individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por um dos
sucessores de um condenado que vem a óbito.
Certo ( ) Errado ( )
6. (AUTOR – 2021)
O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato
praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)
O princípio da adequação social restringe a abrangência do tipo penal, limitando sua interpreta-
ção e dele excluindo as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas pela sociedade.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

8. (AUTOR – 2021)
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para poste-
riormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam
a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo
penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.
Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021)
Um dos princípios basilares do direito penal diz respeito à não transcendência da pena, que
significa que a pena deve estar expressamente prevista no tipo penal, não havendo possibili-
dade de aplicar pena cominada a outro crime.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021)
Aplica-se o princípio da adequação social ao crime tipificado como expor à venda CDs falsifi-
cados, considerando-se a tolerância das autoridades públicas.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021)
Lion requereu a absolvição de Herodes e Zeus, vez que os atos pelos quais foram acusados
teriam aprovação da comunidade e, dessa forma, aplicável seria o princípio da:
a) admissão coletiva.
b) da subsidiariedade.
c) adequação social.
d) da reserva legal.
e) reprovação comum.

12. (AUTOR – 2021)


Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado
refere-se ao princípio da
a) proporcionalidade.
b) intervenção mínima.
c) igualdade.
d) bagatela imprópria.
e) ofensividade.

13. (AUTOR – 2021)


A Carta Magna estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do condenado:

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a) podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,


nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido;
b) podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do dano;
c) e nem poderá haver pena de decretação do perdimento de bens aos seus herdeiros
e sucessores, mas estes poderão responder pela obrigação de reparar o dano até o
limite do valor do patrimônio transferido;
d) não podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser estendida aos herdeiros ou aos seus sucessores;
e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva
proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.

14. (AUTOR – 2021)


Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que se refere ao princípio
da adequação social, assinale a alternativa correta.
a) Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo
Direito Penal.
b) Apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for
historicamente aceita pela sociedade.
c) Deve-se analisar se houve uma mínima ofensividade ao bem jurídico tutelado, se
houve periculosidade social da ação e se há reprovabilidade relevante no compor-
tamento do agente.
d) Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes.
e) O Direito Penal deve tutelar bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade,
sem levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos.

15. (AUTOR – 2021)


Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio de direito penal pelo qual uma con-
duta legalmente tipificada não será considerada típica se for tolerada e aceita pela sociedade.
a) princípio da adequação social;
b) princípio da fragmentariedade;
c) no princípio da legalidade;
d) princípio da subsidiariedade
e) princípio da aplicação da lei penal.

16. (AUTOR – 2021)


Dispondo sobre os direitos e garantias fundamentais dos brasileiros e estrangeiros residentes
no país, a Constituição de 1988, em seu art. 5º, XLVIII, determina que “a pena será cumprida

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Questões sobre a aula 5

em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do ape-


nado”. Esta norma garante o princípio:
a) da individualização da pena, porque impõe ao Estado o dever de classificar os ape-
nados a partir de características pessoais concretas, prevenindo problemas como o
da “contaminação carcerária”.
b) da legalidade, porque não se pode impor ao apenado o cumprimento de pena em
estabelecimento que não esteja regulamentado por lei específica.
c) da culpabilidade, porque não se pode impor ao réu uma pena sem a comprovação
de sua culpa, por sentença condenatória transitada em julgado.
d) da humanidade, porque evita a imposição de penas proscritas do ordenamento ju-
rídico brasileiro.
e) da pessoalidade ou intranscendência da pena, porque assegura aos familiares do
apenado não sofrerem os constrangimentos do cárcere.

17. (AUTOR – 2021)


Considerando os princípios básicos de direito penal, assinale a opção correta:
a) O princípio da culpabilidade impõe a subjetividade da responsabilidade penal. Logo,
repudia a responsabilidade objetiva, derivada, tão só, de uma relação causal entre
a conduta e o resultado de lesão ou perigo a um bem jurídico, exceto no caso dos
crimes perpetrados por pessoas jurídicas.
b) Os princípios da legalidade e da irretroatividade da lei penal são aplicáveis à pena
cominada pelo legislador, aplicada pelo juiz e executada pela administração, não
sendo, todavia, esses princípios extensíveis às medidas de segurança, dotadas de
escopo curativo e não punitivo.
c) Constituem funções do princípio da lesividade, proibir a incriminação de atitudes
internas, de condutas que não excedam a do próprio autor do fato, de simples esta-
dos e condições existenciais e de condutas moralmente desviadas que não afetem
qualquer bem jurídico.
d) O princípio da intervenção mínima não está previsto expressamente no texto cons-
titucional nem pode dele ser inferido.
e) O princípio da humanidade proíbe a instituição de penas cruéis, como a de morte e
a de prisão perpétua, mas não a de trabalhos forçados.

18. (AUTOR – 2021)


No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta.
a) Para que ocorra o reconhecimento do princípio da insignificância, tem de haver con-
duta típica, ou seja, ofensa grave a bens jurídicos tutelados, sendo suficientes lesões
irrelevantes aos bens ou interesses protegidos.
b) O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequên-
cias jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca
as medidas de segurança.

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c) O princípio do ne bis in idem ou non bis in idem traduz a proibição de punir ou pro-
cessar alguém duas ou mais vezes pelo mesmo fato e concretiza-se pela valoração
integral da conduta delituosa perpetrada pelo agente, incidindo apenas nos casos
de concurso de delitos.
d) O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permi-
tido ainda que tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao
bem jurídico que não chega a constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por
uma interpretação teleológica restritiva dos tipos penais, na adequação social, e, no
risco permitido, ocorre pelo desvalor da ação que repercute no desvalor do resultado.
e) De acordo com o princípio da fragmentariedade, a lei penal só deverá intervir quando
for absolutamente necessário, para a sobrevivência da comunidade, como ultima ratio.

19. (AUTOR – 2021)


É correto afirmar, no tocante aos princípios constitucionais penais:
a) O princípio da legalidade dos crimes e das penas, sob a perspectiva do nullum crimen
sine lege scricta, repudia o emprego da interpretação extensiva in malam partem.
b) O uso de leis penais em branco, em sentido estrito, foi banido pelo Supremo Tribunal
Federal, por caracterizar ofensa ao princípio da taxatividade.
c) O princípio da reserva legal é mitigado no âmbito do direito da infância e da juventude,
dada a inimputabilidade absoluta do menor de 18 anos de idade.
d) O princípio da lesividade ou da ofensividade, entre outros aspectos, repele a punição
do cidadão cuja conduta sequer se inicia.
e) Como decorrência imediata do princípio da culpabilidade, não é possível a crimina-
lização de simples estados existenciais.

20. (AUTOR – 2021)


Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da pessoalidade/intranscendência da pena
a) assevera que a pena não passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, esten-
didas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido.
b) determina que o juiz analise as especificidades do fato e do autor do fato durante o
processo dosimétrico.
c) afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir que não haverá crime sem
ofensa significativa ao bem tutelado.
d) reconhece que o direito penal deve abarcar o máximo de bens possíveis para pro-
mover a paz.
e) assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar
bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito
do próprio autor.

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Questões Comentadas 7

GABARITO
1. Certo

2. Errado

3. Certo

4. Certo

5. Errado

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Errado

11. C

12. E

13. A

14. B

15. A

16. A

17. C

18. D

19. D

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. (AUTOR – 2021)
Conforme dispõe expressamente a Constituição Federal, nenhuma pena passará da pessoa
do condenado, consagrando assim o princípio da intranscendência da pena, que não impede,
porém, que a indenização civil para reparação dos danos causados pela infração seja executada
contra os herdeiros, até o limite do patrimônio transferido a título de herança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

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SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Item correto, pois essa é a exata previsão do art. 5º, XLV da CF/88:
Art. 5º (...) XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até
o limite do valor do patrimônio transferido;
Esse princípio busca consagrar a responsabilidade pessoal pelo fato criminoso, ou seja: deve ser responsa-
bilizado pelo crime e sofrer a respectiva sanção penal aquele que praticou o fato previsto como crime.
Todavia, apesar de a pena não poder passar aos sucessores, a reparação do dano e o perdimento de bens,
efeitos EXTRAPENAIS da condenação, podem recair sobre os herdeiros, embora somente até o limite do valor
do patrimônio transferido a título de herança.
Contudo, é bom ressaltar que essa ressalva (possibilidade de a reparação do dano e o perdimento de bens
recaírem sobre os herdeiros) não se aplica à multa. A multa é PENA CRIMINAL e, como qualquer pena, não
pode passar da pessoa do condenado, ou seja, em caso de morte, não passará aos sucessores, ainda que
haja herança em valor suficiente para quitar a pena de multa.

2. (AUTOR – 2021)
O princípio da individualização da pena estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do
condenado, de forma que tal impossibilidade se estende inclusive à obrigação de reparar o
dano, que não pode ser executada em desfavor dos herdeiros.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio em tela é o da INTRANSCENDÊNCIA da pena. Vejamos o art. 5º, XLV da CF/88:
Art. 5º (...) XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até
o limite do valor do patrimônio transferido;
Esse princípio busca consagrar a responsabilidade pessoal pelo fato criminoso, ou seja: deve ser responsa-
bilizado pelo crime e sofrer a respectiva sanção penal aquele que praticou o fato previsto como crime.
Todavia, apesar de a pena não poder passar aos sucessores, a reparação do dano e o perdimento de bens,
efeitos EXTRAPENAIS da condenação, podem recair sobre os herdeiros, embora somente até o limite do
valor do patrimônio transferido a título de herança. Assim, se o condenado deixou apenas R$ 10.000,00 de
herança, esse é o limite máximo que poderá ser executado em desfavor dos herdeiros, para fins de repara-
ção do dano.
Contudo, é bom ressaltar que essa ressalva (possibilidade de a reparação do dano e o perdimento de bens recaí-
rem sobre os herdeiros) não se aplica à multa. A multa é PENA CRIMINAL e, como qualquer pena, não pode passar

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Questões Comentadas 9

da pessoa do condenado, ou seja, em caso de morte, não passará aos sucessores, ainda que haja herança em
valor suficiente para quitar a pena de multa.
Como se vê, portanto, há dois erros na questão.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em caso de morte do agente, extingue-se a punibilidade, não podendo a pena alcançar os
herdeiros do agente, salvo quanto à obrigação de reparação de dano, no limite do patrimônio
herdado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
A morte é uma causa de extinção de punibilidade, conforme o art. 107, I do CP:
Extinção da punibilidade
Art. 107, CP. Extingue-se a punibilidade:
I - Pela morte do agente;
E, de acordo com o princípio da pessoalidade ou da intranscendência, previsto no art. 5º, XLV da CF/88, a
pena não cumprida não poderá passar aos sucessores do condenado, fazendo-se a ressalva quanto à repa-
ração do dano e a decretação do perdimento de bens. Veja:
CF, art. 5º, XLV. nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do valor do patrimônio transferido.

4. (AUTOR – 2021)
O princípio da lesividade proíbe a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do
próprio autor.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
De acordo com o princípio da lesividade, não será punida a conduta que não ultrapassa a esfera do próprio
autor.

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5. (AUTOR – 2021)
A individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por um dos
sucessores de um condenado que vem a óbito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Dispõe o art. 5° da Constituição Federal:
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes: [...]
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do
valor do patrimônio transferido;
Portanto, alternativa incorreta.

6. (AUTOR – 2021)
O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato
praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
De acordo com o princípio da ofensividade ou lesividade, é necessário que o fato praticado lese ou
ameace lesar um bem jurídico penalmente tutelado, assim, o direito penal não pune intenções e pensamen-
tos enquanto não exteriorizada a conduta.

7. (AUTOR – 2021)
O princípio da adequação social restringe a abrangência do tipo penal, limitando sua interpreta-
ção e dele excluindo as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas pela sociedade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA

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Questões Comentadas 11

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


O princípio presente na alternativa, diz respeito àquelas condutas formalmente típicas, mas, materialmente
atípicas.

8. (AUTOR – 2021)
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para poste-
riormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam
a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo
penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A alternativa está incorreta ao afirmar que o princípio da adequação social revoga o tipo penal.
Esse princípio é utilizado como um método de interpretação, não tendo força, sozinho, para descriminali-
zar uma conduta.
Além do mais, o STJ editou a súmula 502, onde consolida entendimento sobre criminalização da pirataria,
considerando o fato de vender CDs e DVDs piratas como crime.
Súmula 502, STJ:
“Presentes a materialidade e autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no artigo 184, parágrafo 2º, do
Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.”.

9. (AUTOR – 2021)
Um dos princípios basilares do direito penal diz respeito à não transcendência da pena, que
significa que a pena deve estar expressamente prevista no tipo penal, não havendo possibili-
dade de aplicar pena cominada a outro crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Pelo princípio da intranscendência (da personalidade ou da pessoalidade), disposto no art. XLV da CF/88 “nin-
guém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquemati-
zado. Vol. 1. 8 ed. São Paulo: Método, 2014. p. 49).

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A assertiva, porém, traz o conceito do princípio da legalidade, estampado no art. 1º do Código Penal:
Anterioridade da Lei
Art. 1º, CP. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

10. (AUTOR – 2021)


Aplica-se o princípio da adequação social ao crime tipificado como expor à venda CDs falsifi-
cados, considerando-se a tolerância das autoridades públicas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Teor da súmula 502 do STJ
“Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a
conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”!

11. (AUTOR – 2021)


Lion requereu a absolvição de Herodes e Zeus, vez que os atos pelos quais foram acusados
teriam aprovação da comunidade e, dessa forma, aplicável seria o princípio da:
a) admissão coletiva
b) da subsidiariedade
c) adequação social
d) da reserva legal
e) reprovação comum.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
adequação social
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Princípio da adequação social.
O teste exigia do candidato o conhecimento a respeito do mencionado princípio que defende a atipicidade
material da conduta quando a maioria da coletividade concorda com a sua pratica.
Este princípio parte do pressuposto de que comportamentos historicamente desenvolvidos dentro de um con-
texto social positivo, adequados, portanto, aos valores ético-sociais tutelados pelo direito, não poderão ser tidos
como ilícitos, ainda que se amoldem formalmente a um tipo penal.

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Questões Comentadas 13

Tal princípio tem, por decorrência, duas funções: a primeira, de restringir o âmbito de abrangência do tipo penal,
no sentido de que não devem ser punidas aquelas condutas que sejam socialmente aceitas; a segunda vertente
corresponde à ideia de orientar o legislador acerca da seleção de bens jurídicos.

12. (AUTOR – 2021)


Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado
refere-se ao princípio da
a) proporcionalidade;
b) intervenção mínima;
c) igualdade;
d) bagatela imprópria;
e) ofensividade.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ofensividade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O texto do enunciado descreve o princípio da ofensividade.
Este princípio visa o reconhecimento da atipicidade de condutas que não causem lesão a bens jurídicos
tutelados pelo Direito Penal, visto que este deve ocupar-se apenas da proteção aos bens jurídicos mais
relevantes para a manutenção e o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.
Ao adaptar o enunciado ao conceito supra citado ficaria: Não há crime = atipicidade de condutas / sem
lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado = que não causem lesão a bens jurídicos
tutelados.
O professor Luiz Flávio Gomes descreve o princípio da ofensividade da seguinte forma: “Por força do princí-
pio da ofensividade não se pode conceber a existência de qualquer crime sem ofensa ao bem jurídico (nullum
crimen sine iniuria). Desse princípio decorre a eleição de um modelo de Direito penal com característica
predominantemente objetiva, fundado em pelo menos dois pilares a proteção de bens jurídicos e a corres-
pondente e necessária ofensividade (GOMES, Luiz Flávio. Direito penal: introdução e princípios fundamentais:
volume 1 – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007).

13. AUTOR – 2021)


A Carta Magna estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do condenado:
a) podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido;
b) podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do dano;

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14

c) e nem poderá haver pena de decretação do perdimento de bens aos seus herdeiros
e sucessores, mas estes poderão responder pela obrigação de reparar o dano até o
limite do valor do patrimônio transferido;
d) não podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser estendida aos herdeiros ou aos seus sucessores;
e) Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva
proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A questão exigiu o conhecimento do art. 5º, inciso XLV, da CF.
Vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes:
(...)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido.

14. (AUTOR – 2021)


Com relação aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, em especial no que se refere ao princípio
da adequação social, assinale a alternativa correta.
a) Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo
Direito Penal.
b) Apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for
historicamente aceita pela sociedade.
c) Deve-se analisar se houve uma mínima ofensividade ao bem jurídico tutelado, se
houve periculosidade social da ação e se há reprovabilidade relevante no compor-
tamento do agente.
d) Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes.
e) O Direito Penal deve tutelar bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade,
sem levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos.
GABARITO: B

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Questões Comentadas 15

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for histori-
camente aceita pela sociedade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Pelo princípio da adequação social, a ação é realizada dentro do âmbito da normalidade admitida pelas
regras de cultura.

15. (AUTOR – 2021)


Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio de direito penal pelo qual uma con-
duta legalmente tipificada não será considerada típica se for tolerada e aceita pela sociedade.
a) princípio da adequação social;
b) princípio da fragmentariedade;
c) no princípio da legalidade;
d) princípio da subsidiariedade
e) princípio da aplicação da lei penal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
princípio da adequação social;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA
O princípio de direito penal pelo qual uma conduta legalmente tipificada não será considerada típica se for
tolerada e aceita pela sociedade é o Princípio da Adequação Social.
Cleber Masson ensina: “De acordo com esse princípio, que funciona como causa supralegal de exclusão
da tipicidade, pela ausência de tipicidade material, não pode ser considerado criminoso o comportamento
humano que, embora tipificado em lei, não afrontar o sentimento social de Justiça. É o caso, exemplifica-
tivamente, dos trotes acadêmicos moderados e da circuncisão realizada pelos judeus”. (MASSON, Cleber.
Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) - vol. 1 - 13. ed. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019, p.
41).
Assim, a alternativa está correta.

16. (AUTOR – 2021)


Dispondo sobre os direitos e garantias fundamentais dos brasileiros e estrangeiros residentes
no país, a Constituição de 1988, em seu art. 5º, XLVIII, determina que “a pena será cumprida
em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do ape-
nado”. Esta norma garante o princípio:

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16

a) da individualização da pena, porque impõe ao Estado o dever de classificar os ape-


nados a partir de características pessoais concretas, prevenindo problemas como o
da “contaminação carcerária”.
b) da legalidade, porque não se pode impor ao apenado o cumprimento de pena em
estabelecimento que não esteja regulamentado por lei específica.
c) da culpabilidade, porque não se pode impor ao réu uma pena sem a comprovação
de sua culpa, por sentença condenatória transitada em julgado.
d) da humanidade, porque evita a imposição de penas proscritas do ordenamento ju-
rídico brasileiro.
e) da pessoalidade ou intranscendência da pena, porque assegura aos familiares do
apenado não sofrerem os constrangimentos do cárcere.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
da individualização da pena, porque impõe ao Estado o dever de classificar os apenados a
partir de características pessoais concretas, prevenindo problemas como o da “contaminação
carcerária”.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
Com efeito, o art. 5, inciso XLVIII, da CF estabelece a base constitucional do princípio da individualização
da pena. Demais disso, a classificação e separação dos apenados a partir de suas características pessoais
concretas é dever imposto ao Estado precisamente em decorrência do referido princípio.

17. (AUTOR – 2021)


Considerando os princípios básicos de direito penal, assinale a opção correta:
a) O princípio da culpabilidade impõe a subjetividade da responsabilidade penal. Logo,
repudia a responsabilidade objetiva, derivada, tão só, de uma relação causal entre
a conduta e o resultado de lesão ou perigo a um bem jurídico, exceto no caso dos
crimes perpetrados por pessoas jurídicas.
b) Os princípios da legalidade e da irretroatividade da lei penal são aplicáveis à pena
cominada pelo legislador, aplicada pelo juiz e executada pela administração, não
sendo, todavia, esses princípios extensíveis às medidas de segurança, dotadas de
escopo curativo e não punitivo.
c) Constituem funções do princípio da lesividade, proibir a incriminação de atitudes
internas, de condutas que não excedam a do próprio autor do fato, de simples esta-
dos e condições existenciais e de condutas moralmente desviadas que não afetem
qualquer bem jurídico.
d) O princípio da intervenção mínima não está previsto expressamente no texto cons-
titucional nem pode dele ser inferido.

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Questões Comentadas 17

e) O princípio da humanidade proíbe a instituição de penas cruéis, como a de morte e


a de prisão perpétua, mas não a de trabalhos forçados.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Constituem funções do princípio da lesividade, proibir a incriminação de atitudes internas,
de condutas que não excedam a do próprio autor do fato, de simples estados e condições
existenciais e de condutas moralmente desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da lesividade constitui um princípio fundamental para legitimar o direito penal no Estado Demo-
crático de Direito.

18. (AUTOR – 2021)


No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta.
a) Para que ocorra o reconhecimento do princípio da insignificância, tem de haver con-
duta típica, ou seja, ofensa grave a bens jurídicos tutelados, sendo suficientes lesões
irrelevantes aos bens ou interesses protegidos.
b) O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequên-
cias jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca
as medidas de segurança.
c) O princípio do ne bis in idem ou non bis in idem traduz a proibição de punir ou pro-
cessar alguém duas ou mais vezes pelo mesmo fato e concretiza-se pela valoração
integral da conduta delituosa perpetrada pelo agente, incidindo apenas nos casos
de concurso de delitos.
d) O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permi-
tido ainda que tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao
bem jurídico que não chega a constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por
uma interpretação teleológica restritiva dos tipos penais, na adequação social, e, no
risco permitido, ocorre pelo desvalor da ação que repercute no desvalor do resultado.
e) De acordo com o princípio da fragmentariedade, a lei penal só deverá intervir quando
for absolutamente necessário, para a sobrevivência da comunidade, como ultima ratio.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permitido
ainda que tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao bem jurídico
que não chega a constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por uma interpretação
teleológica restritiva dos tipos penais, na adequação social, e, no risco permitido, ocorre pelo
desvalor da ação que repercute no desvalor do resultado.

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18

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
O princípio da adequação social indica que não se pode reputar criminosa uma conduta tolerada pela sociedade
e a teoria do risco permitido, por ser aprovada pela sociedade, impede que o agente seja punido.

19. (AUTOR – 2021)


É correto afirmar, no tocante aos princípios constitucionais penais:
a) O princípio da legalidade dos crimes e das penas, sob a perspectiva do nullum crimen
sine lege scricta, repudia o emprego da interpretação extensiva in malam partem.
b) O uso de leis penais em branco, em sentido estrito, foi banido pelo Supremo Tribunal
Federal, por caracterizar ofensa ao princípio da taxatividade.
c) O princípio da reserva legal é mitigado no âmbito do direito da infância e da juventude,
dada a inimputabilidade absoluta do menor de 18 anos de idade.
d) O princípio da lesividade ou da ofensividade, entre outros aspectos, repele a punição
do cidadão cuja conduta sequer se inicia.
e) Como decorrência imediata do princípio da culpabilidade, não é possível a crimina-
lização de simples estados existenciais.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da lesividade ou da ofensividade, entre outros aspectos, repele a punição do cida-
dão cuja conduta sequer se inicia.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Assertiva correta, pois de acordo com o princípio da lesividade ou ofensividade só se admite a punição
de condutas que lesem ou exponham a perigo de lesão, de forma efetiva, bens jurídicos penalmente
tutelados. Por esta razão, jamais se pode permitir a punição da cogitação (cogitationis poenam nemo patitur -
ninguém sofre punição pelo pensamento). Ademais, em regra, não se pune a mera preparação do delito.

20. (AUTOR – 2021)


Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da pessoalidade/intranscendência da pena
a) assevera que a pena não passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, esten-
didas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido.
b) determina que o juiz analise as especificidades do fato e do autor do fato durante o
processo dosimétrico.
c) afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir que não haverá crime sem
ofensa significativa ao bem tutelado.

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Questões Comentadas 19

d) reconhece que o direito penal deve abarcar o máximo de bens possíveis para pro-
mover a paz.
e) assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar
bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito
do próprio autor.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
assevera que a pena não passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
Este princípio traz um importante vetor de controle social, bem como a limitação da punição.
Nesse contexto, diferentemente do que acontecia nos primórdios, sobretudo à época da vingança privada, a
pena poderia passar para outra pessoa da família (ascendente, descendente ou colateral), entretanto, corro-
borado pelo princípio do direito penal do autor, somente quem pratica o fato é que pode sofrer os consectá-
rios lógicos decorrentes de uma conduta.
A extensão para os limites patrimoniais, dizem respeito a uma possível indenização na seara cível, a título
de reparação de danos.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. (Questão Inédita - 2021)


As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas com-
plementares oriundas de outro ramo do direito.
Certo ( ) Errado ( )
2. (Questão Inédita - 2021)
As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou
em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
3. (Questão Inédita - 2021)
A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa.
A lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal
é tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia
o sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de
normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.
Certo ( ) Errado ( )
4. (Questão Inédita - 2021)
As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas
ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.
Certo ( ) Errado ( )
5. (Questão Inédita - 2021)
As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e
complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpa-
bilidade, isentando o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
6. (Questão Inédita - 2021)
As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,
sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.
Certo ( ) Errado ( )
7. (Questão Inédita - 2021)
A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.
Certo ( ) Errado ( )

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 3

8. (Questão Inédita - 2021)


A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação
do tipo penal incriminador.
Certo ( ) Errado ( )
9. (Questão Inédita - 2021)
Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é
oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
10. (Questão Inédita - 2021)
Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de complemen-
tação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
Certo ( ) Errado ( )
11. (Questão Inédita - 2021)
No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,
isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólo-
gas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriun-
do da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas res-
pectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; expli-
cativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a
eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.

12. (Questão Inédita - 2021)


São normas penais não incriminadoras, EXCETO:
a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código
Penal).
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa” (art. 13 do Código Penal).
c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, toda-
via, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo
a tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).

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d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal);.
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal)

13. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela
que a editou:
a) Leis penais em branco em sentido estrito.
b) Leis penais em branco em sentido amplo.
c) Leis penais não incriminadoras.
d) Leis penais incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

14. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o
preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.
a) norma penal não incriminadora.
b) norma penal em branco.
c) norma penal completa.
d) norma penal incriminadora.
e) norma penal supletiva.

15. (Questão Inédita - 2021)


Assinale a alternativa CORRETA.
a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica
de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras
normas incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c) Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complemen-
tação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.

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16. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou:
a) Leis penais em branco em sentido amplo.
b) Leis penais em branco em sentido estrito.
c) Leis penais não incriminadoras.
d) Leis penais incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

17. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de comple-
mentação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) explicativa ou interpretativa.
b) em branco e heterogenias.
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas.
d) permissiva justificante e exculpante.
e) extensão ou integrativa.

18. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta crimi-
nosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
a) Leis penais em branco em sentido amplo.
b) Leis penais em branco em sentido estrito.
c) Leis penais incriminadoras.
d) Leis penais não incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

19. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento
normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordena-
mento jurídico.
a) explicativa.
b) em branco.
c) permissiva justificante.
d) Homo vitelinas.
e) extensão.

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20. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento
normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.
a) Heterovitelinas.
b) em branco.
c) permissiva justificante.
d) Homo vitelinas.
e) extensão.

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Questões Comentadas 7

Gabarito
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Certo
5. Errado
6. Errado
7. Certo
8. Errado
9. Errado
10. Errado
11. C
12. E
13. A
14. B
15. A
16. A
17. C
18. D
19. D
20. A

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Questão Inédita - 2021)
As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas com-
plementares oriundas de outro ramo do direito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em sentido amplo) podem ser homo
vitelinas ou heterovitelinas.
As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o complemento estão em leis distintas. Ex.:
arts. 235, CP e art. 1511 do CC – casamento.

2. (Questão Inédita - 2021)


As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou
em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito, é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais
seguro controle das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo
para sua alteração.

3. 3. (Questão Inédita - 2021)


A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa.
A lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal
é tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia
o sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de
normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, sendo que, Lei Penal se estrutura em duas partes: o preceito
primário, configurado pela norma descritiva e o preceito secundário caracterizado pela imposição da sanção,

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Questões Comentadas 9

assim também podemos estabelecer o critério da lei penal em sentido amplo, que engloba toda a estrutura do
tipo penal com conduta e penalidades e em sentido restrito voltado apenas para a descrição da conduta.

4. (Questão Inédita - 2021)


As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas
ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
LEI PENAL INCRIMINADORA
É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as respectivas sanções, efetivando o princí-
pio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da conduta) e preceito secundário
(previsão de pena).

5. (Questão Inédita - 2021)


As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e
complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpa-
bilidade, isentando o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta criminosa, mas pode
tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
Se desmembram em:
a) permissiva justificante: tornam lícitas determinadas condutas (ex.: art. 25, CP).
b) permissiva exculpante: elimina a culpabilidade (ex.: embriaguez acidental completa – art. 28, §1º, CP).
c) explicativa ou interpretativa: norma conceitual (ex.: art. 327, CP – que nos traz o conceito de funcionário
público).
d) lei penal de extensão ou integrativa: aquela utilizada para viabilizar a tipicidade de alguns fatos (ex.: art. 14,
CP – tentativa).
As normas penais permissivas justificantes se destinam excluir a ilicitude da conduta.

6. (Questão Inédita - 2021)


As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,
sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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LEI PENAL INCRIMINADORA


É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as respectivas sanções, efetivando o princí-
pio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da conduta) e preceito secundário
(previsão de pena).
Resumindo:
No preceito primário é aquele que descreve a conduta mandada ou proibida. E no preceito secundário consta a
pena cominada para a conduta incriminada.

7. (Questão Inédita - 2021)


A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais não incriminadoras estabelecem regras gerais de interpretação e de aplicação das normas
penais em sentido estrito, incidindo tanto na delimitação da infração penal como na determinação da sanção
penal correspondente. A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma
penal incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.

8. (Questão Inédita - 2021)


A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação
do tipo penal incriminador.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, NÃO importa a revogação do tipo
penal incriminador.

9. (Questão Inédita - 2021)


Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é
oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais
seguro controle das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo
para sua alteração.

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Questões Comentadas 11

10. (Questão Inédita - 2021)


Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de complemen-
tação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas, cuja norma de complementação é oriunda da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

11. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,
isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólo-
gas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriun-
do da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas res-
pectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; expli-
cativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a
eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.
GABARITO: C.
Gabarito letra C, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em sentido amplo) podem ser homo
vitelinas ou heterovitelinas.
As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o complemento estão em leis distintas. Ex.:
arts. 235, CP e art. 1511 do CC – casamento.

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12. (Questão Inédita - 2021)


São normas penais não incriminadoras, EXCETO:
a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código
Penal).
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa” (art. 13 do Código Penal).
c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, toda-
via, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo
a tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).
d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal).
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal).
GABARITO: E.
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A alternativa é a correta, vez que a tentativa é norma de extensão de adequação típica mediata, logo indispen-
sável para que a conduta seja subsumida ao tipo penal e, consequentemente, haja uma punição. Conclui-se,
portanto, que é uma norma penal incriminadora, pois se ausente, o fato se torna atípico.

13. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela
que a editou:
a) Leis penais em branco em sentido estrito.
b) Leis penais em branco em sentido amplo.
c) Leis penais não incriminadoras.
d) Leis penais incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: A.
Gabarito letra A, de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são
constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais seguro controle das substâncias ditas por
ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo para sua alteração.

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Questões Comentadas 13

14. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o
preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.
a) norma penal não incriminadora.
b) norma penal em branco.
c) norma penal completa.
d) norma penal incriminadora.
e) norma penal supletiva.
GABARITO: B.
Gabarito letra B, de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Em linhas gerais, esta modalidade legislativa é aquela que depende de um complemento normativo, para que se
possa compreender o âmbito de alcance do preceito primário da norma.
Ressalte-se que o preceito primário é aquele que descreve a conduta.
Para sua correta classificação e compreensão do instituto, deve-se observar com rigor a fonte legislativa (ori-
gem da norma).
Divide-se em:
1 – Norma penal em Branco imprópria/ em sentido amplo/ ou homogênea (é aquela norma em que o com-
pleto é proveniente de mesma fonte legislativa. Ex: parlamento);
2 – Norma penal em Branco própria/em sentido estrito/ou Heterogênea (é aquela em que o complemento é
proveniente de uma fonte legislativa diversa. Ex: A norma que precisa do complemento vem do parlamente e a
complementadora é proveniente do executivo – portaria).

15. (Questão Inédita - 2021)


Assinale a alternativa CORRETA.
a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica
de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras
normas incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c) Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complemen-
tação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.

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GABARITO: A.
Gabarito letra A, de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Conforme lição do professor Luiz Flávio Gomes, fala-se em norma penal em branco ao revés ou invertida quando
o complemento normativo diz respeito à sanção, não ao conteúdo da proibição. A lei penal incriminadora remete
para outra a descrição do conteúdo sancionatório. Note-se que o complemento normativo, nesse caso, deve
emanar necessariamente do legislador, porque somente ele é que pode cuidar da sanção penal (nenhum órgão
do Executivo pode se encarregar dessa tarefa).
Tem-se, pois que a lei penal em branco invertida remete a revelação da sanção para outra lei, mas isso não
se confunde com o chamado crime remetido que significa a menção feita por um tipo legal a outro tipo
legal.
Conforme ensina o professor Gabriel Habib, o art. 304 do CP (uso de documento falso) é norma penal em branco
tanto no preceito primário como no preceito secundário. Veja-se:
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
(norma penal em branco homogênea homo vitelina tipo remetido).
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. (Norma penal em branco ao revés).

16. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou:
a) Leis penais em branco em sentido amplo.
b) Leis penais em branco em sentido estrito.
c) Leis penais não incriminadoras.
d) Leis penais incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: A.
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/ IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA
O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

17. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de comple-
mentação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:

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Questões Comentadas 15

a) explicativa ou interpretativa.
b) em branco e heterogenias.
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas.
d) permissiva justificante e exculpante.
e) extensão ou integrativa.
GABARITO: C.
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/ IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA
O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

18. (Questão Inédita - 2021)


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta crimi-
nosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
a) Leis penais em branco em sentido amplo.
b) Leis penais em branco em sentido estrito.
c) Leis penais incriminadoras.
d) Leis penais não incriminadoras.
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: D.
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta criminosa, mas pode
tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.

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19. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento
normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordena-
mento jurídico.
a) explicativa.
b) em branco.
c) permissiva justificante.
d) Homo vitelinas.
e) extensão.
GABARITO: D.
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exem-
plo: uma lei complementa outra lei).
As normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do
mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

20. (Questão Inédita - 2021)


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento
normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.
a) Heterovitelinas.
b) em branco.
c) permissiva justificante.
d) Homo vitelinas.
e) extensão.
GABARITO: A.
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exem-
plo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro
diploma normativo.
(ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas com-
plementares oriundas de outro ramo do direito.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou
em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa.
A lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal
é tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia
o sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de
normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas
ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e
complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpa-
bilidade, isentando o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,
sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação
do tipo penal incriminador.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é
oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de complemen-
tação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,
isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólo-
gas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriun-
do da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas res-
pectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; expli-
cativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a
eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São normas penais não incriminadoras, EXCETO:
a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código
Penal);
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa” (art. 13 do Código Penal);

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c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, toda-
via, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo
a tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).
d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal);
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal);

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela
que a editou
a) Leis penais em branco em sentido estrito;
b) Leis penais em branco em sentido amplo;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o
preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.
a) norma penal não incriminadora
b) norma penal em branco
c) norma penal completa
d) norma penal incriminadora
e) norma penal supletiva

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa CORRETA.
a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica
de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras
normas incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c) Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.

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Questões sobre a aula 5

d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complemen-
tação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou
a) Leis penais em branco em sentido amplo;
b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de comple-
mentação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) explicativa ou interpretativa;
b) em branco e heterogenias;
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas;
d) permissiva justificante e exculpante;
e) extensão ou integrativa

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta crimi-
nosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
a) Leis penais em branco em sentido amplo;
b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais incriminadoras;
d) Leis penais não incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

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19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento
normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordena-
mento jurídico.
a) explicativa;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento
normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.
a) Heterovitelinas;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

GABARITO
1. CERTO 12. E

2. ERRADO 13. A

3. CERTO 14. B

4. CERTO 15. A

5. ERRADO 16. A

6. ERRADO 17. C

7. CERTO 18. D

8. ERRADO 19. D

9. ERRADO 20. A

10. ERRADO

11. C

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Questões Comentadas 7

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas com-
plementares oriundas de outro ramo do direito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CERTA.
As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em sentido amplo) podem ser homo
vitelinas ou heterovitelinas.
As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o complemento estão em leis distintas. Ex.:
arts. 235, CP e art. 1511 do CC – casamento.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou
em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais
seguro controle das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo
para sua alteração.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa.
A lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal
é tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia
o sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de

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normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, sendo que, Lei Penal se estrutura em duas partes: o preceito
primário, configurado pela norma descritiva e o preceito secundário caracterizado pela imposição da sanção,
assim também podemos estabelecer o critério da lei penal em sentido amplo, que engloba toda a estrutura do
tipo penal com conduta e penalidades e em sentido restrito voltado apenas para a descrição da conduta.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas
ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
LEI PENAL INCRIMINADORA
É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as respectivas sanções, efetivando o princí-
pio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da conduta) e preceito secundário
(previsão de pena).

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e
complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpa-
bilidade, isentando o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 9

LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA


É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta criminosa, mas pode
tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
Se desmembram em:
a) permissiva justificante: tornam lícitas determinadas condutas (ex.: art. 25, CP).
b) permissiva exculpante: elimina a culpabilidade (ex.: embriaguez acidental completa – art. 28, §1º, CP).
c) explicativa ou interpretativa: norma conceitual (ex.: art. 327, CP – que nos traz o conceito de funcionário
público).
d) lei penal de extensão ou integrativa: aquela utilizada para viabilizar a tipicidade de alguns fatos (ex.: art. 14,
CP – tentativa).
As normas penais permissivas justificantes se destinam excluir a ilicitude da conduta.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,
sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
LEI PENAL INCRIMINADORA
É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as respectivas sanções, efetivando o princí-
pio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da conduta) e preceito secundário
(previsão de pena).
Resumindo:
No preceito primário é aquele que descreve a conduta mandada ou proibida. E no preceito secundário consta a
pena cominada para a conduta incriminada.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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CORRETA!
As normas penais não incriminadoras estabelecem regras gerais de interpretação e de aplicação das normas
penais em sentido estrito, incidindo tanto na delimitação da infração penal como na determinação da sanção
penal correspondente. A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma
penal incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação
do tipo penal incriminador.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA
A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, NÃO importa a revogação do tipo
penal incriminador.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é
oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais
seguro controle das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo
para sua alteração.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de complemen-
tação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

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Questões Comentadas 11

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA.
Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas, cuja norma de complementação é oriunda da mesma
fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577)

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,
isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólo-
gas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriun-
do da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas res-
pectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; expli-
cativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a
eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas
e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas
complementares oriundas de outro ramo do direito.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em sentido amplo) podem ser homo
vitelinas ou heterovitelinas.

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As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o complemento estão em leis distintas. Ex.:
arts. 235, CP e art. 1511 do CC – casamento.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São normas penais não incriminadoras, EXCETO:
a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código
Penal);
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem
lhe deu causa” (art. 13 do Código Penal);
c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, toda-
via, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo
a tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).
d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal);
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal);
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
“Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por cir-
cunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal);
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
A alternativa é a correta, vez que a tentativa é norma de extensão de adequação típica mediata, logo indispen-
sável para que a conduta seja subsumida ao tipo penal e, consequentemente, haja uma punição. Conclui-se,
portanto, que é uma norma penal incriminadora, pois se ausente, o fato se torna atípico.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela
que a editou
a) Leis penais em branco em sentido estrito;
b) Leis penais em branco em sentido amplo;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: A

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Questões Comentadas 13

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Leis penais em branco em sentido estrito;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela em que o tipo em branco e comple-
mento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da constitucionalidade desta modalidade de
lei, prevaleceu o entendimento de que são
constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais seguro controle das substâncias ditas por
ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento legislativo para sua alteração.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o
preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.
a) norma penal não incriminadora
b) norma penal em branco
c) norma penal completa
d) norma penal incriminadora
e) norma penal supletiva
GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
norma penal em branco
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Em linhas gerais, esta modalidade legislativa é aquela que depende de um complemento normativo, para que se
possa compreender o âmbito de alcance do preceito primário da norma.
Ressalte-se que o preceito primário é aquele que descreve a conduta.
Para sua correta classificação e compreensão do instituto, deve-se observar com rigor a fonte legislativa (ori-
gem da norma).
Divide-se em:
1 – Norma penal em Branco imprópria/ em sentido amplo/ ou homogênea (é aquela norma em que o com-
pleto é proveniente de mesma fonte legislativa. Ex: parlamento);

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2 – Norma penal em Branco própria/em sentido estrito/ou Heterogênea (é aquela em que o complemento é
proveniente de uma fonte legislativa diversa. Ex: A norma que precisa do complemento vem do parlamente e a
complementadora é proveniente do executivo – portaria).

15. 15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Assinale a alternativa CORRETA.
a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica
de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras
normas incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c) Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complemen-
tação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica de leis
penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras normas
incriminadoras para especificação da pena.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Conforme lição do professor Luiz Flávio Gomes, fala-se em norma penal em branco ao revés ou invertida quando
o complemento normativo diz respeito à sanção, não ao conteúdo da proibição. A lei penal incriminadora remete
para outra a descrição do conteúdo sancionatório. Note-se que o complemento normativo, nesse caso, deve
emanar necessariamente do legislador, porque somente ele é que pode cuidar da sanção penal (nenhum órgão
do Executivo pode se encarregar dessa tarefa).
Tem-se, pois que a lei penal em branco invertida remete a revelação da sanção para outra lei, mas isso não
se confunde com o chamado crime remetido que significa a menção feita por um tipo legal a outro tipo
legal.
Conforme ensina o professor Gabriel Habib, o art. 304 do CP (uso de documento falso) é norma penal em branco
tanto no preceito primário como no preceito secundário. Veja-se:
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
(norma penal em branco homogênea homo vitelina tipo remetido).
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. (Norma penal em branco ao revés)

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Questões Comentadas 15

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou
a) Leis penais em branco em sentido amplo;
b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
Leis penais em branco em sentido amplo;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/ IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA
O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de comple-
mentação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) explicativa ou interpretativa;
b) em branco e heterogenias;
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas;
d) permissiva justificante e exculpante;
e) extensão ou integrativa
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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16

Homo vitelinas e Heterovitelinas;


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/ IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA
O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma
normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta crimi-
nosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.
a) Leis penais em branco em sentido amplo;
b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais incriminadoras;
d) Leis penais não incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Leis penais não incriminadoras;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA
É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta criminosa, mas pode
tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos gerais.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento
normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordena-
mento jurídico.
a) explicativa;
b) em branco;

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Questões Comentadas 17

c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Homo vitelinas;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exem-
plo: uma lei complementa outra lei).
As normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do
mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento
normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.
a) Heterovitelinas;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Heterovitelinas;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exem-
plo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:
a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo
ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro
diploma normativo.
(ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Apenas as leis podem fixar penas com relação aos delitos praticados; e essa autoridade não
pode residir senão na pessoa do legislador, que representa toda a sociedade agrupada por
um contrato social.
Cesare Beccaria. Dei delitti e delle pene, p.15.
Considerando o texto acima, julgue o seguinte item.
A lei penal formal é a mais importante do direito penal, pois só ela pode criar delitos e penas.
A interpretação procura conformar o ato interpretativo aos princípios constitucionais e aos
valores fundamentais (segurança jurídica e justiça), dentro das margens legais.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
São fontes formais diretas ou imediatas do Direito Penal: costumes, princípios gerais de direito
e analogia in bonam partem.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A doutrina é uma fonte formal mediata do Direito Penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A analogia, método pelo qual se aplica a lei de algum caso semelhante ao que estiver sendo
analisado, é classificada como fonte formal mediata do direito penal.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só
é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da
reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais são classificadas
em mediatas e imediatas.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No Brasil, o costume é fonte formal da norma penal e, por isso, pode revogar crimes e penas,
como é o caso do crime de adultério.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Fonte material é a maneira pela qual o direito penal é exteriorizado, ou seja, a fonte material
é a lei penal.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no Direito Penal.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
a) São características das normas penais:
b) imperatividade, generalidade, abstração e pessoalidade.
c) exclusividade, generalidade, abstração e impessoalidade.
d) exclusividade, imperatividade, generalidade e impessoalidade.
e) exclusividade, imperatividade, generalidade e pessoalidade.
f) imperatividade, generalidade e pessoalidade.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual somente a lei pode prever figuras crimi-
nosas e prever as respectivas sanções.
a) pessoalidade;
b) imperatividade;
c) generalidade;
d) impessoalidade;
e) exclusividade.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual a norma penal é imposta a todos, inde-
pendente da vontade do sujeito.
a) imperatividade;
b) pessoalidade;

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4

c) generalidade;
d) impessoalidade;
e) exclusividade.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual a norma penal destina-se a regulamentar
fatos, não é direcionada à pessoa.
a) imperatividade;
b) impessoalidade;
c) generalidade;
d) pessoalidade;
e) exclusividade.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre as normas penais e suas fontes julgue os itens que seguem.
1.Fonte material se refere ao órgão responsável por elaborar a norma penal.
2.No Brasil, somente a União e os Estados podem legislar sobre direito penal.
3.O direito penal é o conjunto de normas que visam regular o poder punitivo do Estado, através
da tipificação de condutas como crimes e da cominação de suas respectivas penas.
4.No Brasil, o costume é fonte formal da norma penal e, por isso, pode revogar crimes e penas,
como é o caso do crime de adultério.
5.Fonte material é a maneira pela qual o direito penal é exteriorizado, ou seja, a fonte material
é a lei penal.
A soma dos itens corretos é igual a:
a) 04
b) 05
c) 06
d) 11
e) 15

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa CORRETA.
a) A lei é fonte imediata do Direito Penal;
b) A lei é fonte mediata do Direito Penal;
c) A lei é fonte incriminadora do Direito Penal;

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Questões sobre a aula 5

d) A lei é fonte exclusiva do Direito Penal;


e) A lei é fonte não incriminadora do Direito Penal.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual demonstra que a norma penal deve ser
respeita por todos.
a) imperatividade;
b) impessoalidade;
c) generalidade;
d) pessoalidade;
e) exclusividade.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais são classificadas
em
a) materiais e de cognição.
b) imediata e substancial
c) mediata e de produção.
d) mediata e imediata
e) exclusivamente de cognição.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito da analogia, assinale a opção correta.
a) No direito penal aplica-se a analogia tanto para as normas penais incriminadoras
como para as normas não incriminadoras.
b) O direito penal admite a aplicação da analogia apenas para as normas incriminadoras.
c) Em razão do princípio da legalidade, o direito penal não admite a aplicação da analogia.
d) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que seja para beneficiar o réu.
e) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que a vítima do crime concorde
com a aplicação do instituto.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As fontes do direito penal trata-se da origem da norma. De onde se pode extrair con-
teúdo de Direito Penal. Para tanto, temos duas fontes, as ____________________ e as
______________________.
a) materiais e as formais;

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b) formais e em branco;
c) permissivas e justificantes;
d) informais e materiais;
e) extensivas e materiais.

GABARITO
1. Certo

2. Errado

3. Certo

4. Certo

5. Errado

6. Certo

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Errado

11. C

12. E

13. A

14. B

15. A

16. A

17. C

18. D

19. D

20. A

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Questões Comentadas 7

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Apenas as leis podem fixar penas com relação aos delitos praticados; e essa autoridade não
pode residir senão na pessoa do legislador, que representa toda a sociedade agrupada por
um contrato social.
Cesare Beccaria. Dei delitti e delle pene, p.15.
Considerando o texto acima, julgue o seguinte item.
A lei penal formal é a mais importante do direito penal, pois só ela pode criar delitos e penas.
A interpretação procura conformar o ato interpretativo aos princípios constitucionais e aos
valores fundamentais (segurança jurídica e justiça), dentro das margens legais.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
Vejamos nas palavras do grande doutrinador ROGÉRIO GRECO:
A lei penal formalmente editada pelo Estado pode, decorrido o período de vacatio legis, ser considerada em vigor.
Contudo, sua vigência não é suficiente, ainda, para que possa vir a ser efetivamente aplicada. Assim, somente
depois da aferição de sua validade, isto é, somente depois de conferir sua conformidade com o texto constitu-
cional é que ela terá plena aplicabilidade, sendo considerada, portanto, válida.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São fontes formais diretas ou imediatas do Direito Penal: costumes, princípios gerais de direito
e analogia in bonam partem.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA.
Os costumes, os princípios gerais de direito e a analogia in bonam partem NÃO são fontes formais diretas ou
imediatas do Direito Penal.

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3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A doutrina é uma fonte formal mediata do Direito Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
FONTE FORMAL/DE CONHECIMENTO
De onde extraímos o conteúdo direito penal (instrumento de exteriorização).

4. 1) imediatas: lei, Constituição Federal (através dos mandados de criminalização – art. 5º,
XLII, XLIII, XLIV), tratados e acordos internacionais de direitos humanos, jurisprudência,
princípios e complementos normativos.
2) mediatas: doutrina, pois são aquelas que, necessariamente, passam por um processo de
interpretação.
3) fonte informal: costumes.
Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A analogia, método de integração da lei penal, tem como pressuposto uma lacuna na lei na qual não há
regulação, se houver lei que discipline aquele fato, não há espaço para analogia.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A analogia, método pelo qual se aplica a lei de algum caso semelhante ao que estiver sendo
analisado, é classificada como fonte formal mediata do direito penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA

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Questões Comentadas 9

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


ANALOGIA é forma de integração: quando há lacuna na lei, poderá ser aplicada norma que regular caso
semelhante, desde que para beneficiar o réu.
Então:
A analogia, não é método de interpretação e nem é classificada como fonte formal mediata do direito penal,
já que as fontes formais mediatas são apenas: costumes, princípios gerais do direito e atos administrativos.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só
é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da
reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Diferentemente do que faz crer, a analogia é um recurso utilizado para suprir uma lacuna de lei. Não será,
necessariamente, uma fonte, mas sim um recurso de integração, permitindo a aplicação de uma situação
prevista em lei para um caso semelhante não abrangido pela norma.
É possível sua aplicação no direito SOMENTE in bonam partem.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais são classificadas
em mediatas e imediatas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
FONTE FORMAL
De onde extraímos o conteúdo direito penal (instrumento de exteriorização).
b. 1) imediatas: lei, Constituição Federal;
b.2) mediatas: doutrina, pois são aquelas que, necessariamente, passam por um processo de interpretação.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No Brasil, o costume é fonte formal da norma penal e, por isso, pode revogar crimes e penas,
como é o caso do crime de adultério.

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10

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA
Os costumes são fontes informais.
ATENÇÃO! Costume não cria nem revoga infração penal.
Além disso, o princípio pode ser utilizado secundum legem, hipótese em que funcionará como uma ferramenta de
apoio à lei. E também pode ser classificado como prater legem, que são situações em que serão utilizados para
suprir a falta da Lei.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Fonte material é a maneira pela qual o direito penal é exteriorizado, ou seja, a fonte material
é a lei penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O item está incorreto, pois esta é a definição das fontes formais.
FONTE MATERIAL/DE PRODUÇÃO
Diz respeito à produção da norma. Em nosso ordenamento jurídico, existe apenas uma fonte, que é a União,
representada pelo Poder Legislativo, conforme art. 22, I da CF.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no Direito Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA.
A analogia não é uma técnica de interpretação da Lei Penal. Trata-se de uma técnica integrativa, ou seja,
aqui se busca suprir a falta de uma lei.

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Questões Comentadas 11

Na analogia, por não haver norma que regulamente o caso, o aplicador do Direito se vale de uma outra
norma, parecida, de forma a aplicá-la ao caso concreto, a fim de que este não fique sem solução.
A analogia NUNCA poderá ser usada para prejudicar o réu (analogia in malam partem). Entretanto, é possível
sua utilização em favor do réu (analogia in bonam partem).

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


a) São características das normas penais:
b) imperatividade, generalidade, abstração e pessoalidade.
c) exclusividade, generalidade, abstração e impessoalidade.
d) exclusividade, imperatividade, generalidade e impessoalidade.
e) exclusividade, imperatividade, generalidade e pessoalidade.
f) imperatividade, generalidade e pessoalidade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
g) exclusividade, imperatividade, generalidade e impessoalidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independente da vontade do sujeito.
c) Generalidade: todos devem respeitar a lei.
d) Impessoalidade: destina-se a regulamentar fatos, não é direcionada à pessoa.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual somente a lei pode prever figuras crimi-
nosas e prever as respectivas sanções.
a) pessoalidade;
b) imperatividade;
c) generalidade;
d) impessoalidade;
e) exclusividade.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA

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12

Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


exclusividade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
Características da Lei Penal:
- Exclusividade: Somente a ela cabe a tarefa de definir infrações penais.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual a norma penal é imposta a todos, inde-
pendente da vontade do sujeito.
a) imperatividade;
b) pessoalidade;
c) generalidade;
d) impessoalidade;
e) exclusividade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
imperatividade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independente da vontade do sujeito.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:
A _____________________ é a característica a qual a norma destina-se a regulamentar fatos,
não é direcionada à pessoa.
a) imperatividade;
b) impessoalidade;
c) generalidade;

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Questões Comentadas 13

d) pessoalidade;
e) exclusividade.
GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
impessoalidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independente da vontade do sujeito.
c) Generalidade: todos devem respeitar a lei.
d) Impessoalidade: destina-se a regulamentar fatos, não é direcionada à pessoa.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre as normas penais e suas fontes julgue os itens que seguem.
1.Fonte material se refere ao órgão responsável por elaborar a norma penal.
2.No Brasil, somente a União e os Estados podem legislar sobre direito penal.
3.O direito penal é o conjunto de normas que visam regular o poder punitivo do Estado, através
da tipificação de condutas como crimes e da cominação de suas respectivas penas.
4.No Brasil, o costume é fonte formal da norma penal e, por isso, pode revogar crimes e penas,
como é o caso do crime de adultério.
5.Fonte material é a maneira pela qual o direito penal é exteriorizado, ou seja, a fonte material
é a lei penal.
A soma dos itens corretos é igual a:
a) 04
b) 05
c) 06
d) 11
e) 15
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
04
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

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14

A questão traz disposições sobre as fontes de direito penal e atribui valores as assertivas exigindo do can-
didato o julgamento e soma das alternativas corretas.
O item 01 está correto segundo a doutrina de Nucci a fonte material ou fonte de produção é o órgão respon-
sável pela elaboração do direito penal.
O item 02 está incorreto, pois conforme art. 22, I da CRFB/88 compete privativamente a União legislar sobre
Direito Penal.
O item 03 está correto, segundo o professor Nucci o direito penal é um conjunto de normas jurídicas voltado à
fixação dos limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações penais e as sanções correspondentes.
O item 04 está incorreto, pois segundo Nucci o costume não serve para criar ou revogar lei penal, a des-
peito de servir para o processo de interpretação.
O item 05 está incorreto, pois esta é a definição das fontes formais.
Desse modo, a soma das assertivas corretas é de 01+03 que é igual a 04.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa CORRETA.
a) A lei é fonte imediata do Direito Penal;
b) A lei é fonte mediata do Direito Penal;
c) A lei é fonte incriminadora do Direito Penal;
d) A lei é fonte exclusiva do Direito Penal;
e) A lei é fonte não incriminadora do Direito Penal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
A lei é fonte imediata do Direito Penal;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
CERTA.
FONTE FORMAL/DE CONHECIMENTO
De onde extraímos o conteúdo direito penal (instrumento de exteriorização).
b.1) imediatas: lei, Constituição Federal (através dos mandados de criminalização – art. 5º, XLII, XLIII,
XLIV), tratados e acordos internacionais de direitos humanos, jurisprudência, princípios e complementos
normativos.
Note-se que todas estas fontes fornecem de maneira direta ou imediata, o conteúdo de direito penal. Não
existe a necessidade de se passar por um processo de interpretação (processo hermenêutico)

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere as características das normas penais marque o item que preenche a lacuna
da frase a seguir:

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Questões Comentadas 15

A _____________________ é a característica a qual demonstra que a norma penal deve ser


respeita por todos.
a) imperatividade;
b) impessoalidade;
c) generalidade;
d) pessoalidade;
e) exclusividade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
generalidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
a) Exclusividade: somente a lei pode prever figuras criminosas e prever as respectivas sanções.
b) Imperatividade: é imposta a todos, independente da vontade do sujeito.
c) Generalidade: todos devem respeitar a lei.
d) Impessoalidade: destina-se a regulamentar fatos, não é direcionada à pessoa.).

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais são classificadas
em
a) materiais e de cognição
b) imediata e substancial
c) mediata e de produção
d) mediata e imediata
e) exclusivamente de cognição
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
mediata e imediata
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
FONTE FORMAL
De onde extraímos o conteúdo direito penal (instrumento de exteriorização).

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16

b. 1) imediatas: lei, Constituição Federal;


b.2) mediatas: doutrina, pois são aquelas que, necessariamente, passam por um processo de interpretação.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito da analogia, assinale a opção correta.
a) No direito penal aplica-se a analogia tanto para as normas penais incriminadoras
como para as normas não incriminadoras.
b) O direito penal admite a aplicação da analogia apenas para as normas incriminadoras.
c) Em razão do princípio da legalidade, o direito penal não admite a aplicação da analogia.
d) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que seja para beneficiar o réu.
e) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que a vítima do crime concorde
com a aplicação do instituto.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que seja para beneficiar o réu;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Analogia (aplicação analógica)
Não se trata de interpretação, mas sim de uma forma de autointegração da lei para suprir lacunas.
Consiste na aplicação de lei que regula certo fato a outro semelhante. No DP, a analogia poderá ser aplicada
in bonam partem, ou seja, ao caso omisso de uma lei em benefício ao réu.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:
As fontes do direito penal trata-se da origem da norma. De onde se pode extrair con-
teúdo de Direito Penal. Para tanto, temos duas fontes, as ____________________ e as
______________________.
a) materiais e as formais;
b) formais e em branco;
c) permissivas e justificantes;
d) informais e materiais;
e) extensivas e materiais.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

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Questões Comentadas 17

materiais e as formais;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
FONTES DO DIREITO PENAL
Trata-se da origem da norma. De onde se pode extrair conteúdo de Direito Penal. Para tanto, temos duas fontes,
os materiais e as formais.
FONTE MATERIAL/DE PRODUÇÃO
Diz respeito à produção da norma. Em nosso ordenamento jurídico, existe apenas uma fonte, que é a União,
representada pelo Poder Legislativo, conforme art. 22, I da CF. 1.2.
FONTE FORMAL/DE CONHECIMENTO
De onde extraímos o conteúdo direito penal (instrumento de exteriorização)
b.1) imediatas: lei, Constituição Federal (através dos mandados de criminalização – art. 5º, XLII, XLIII,
XLIV), tratados e acordos internacionais de direitos humanos, jurisprudência, princípios e complementos
normativos.
Note-se que todas estas fontes fornecem de maneira direta ou imediata, o conteúdo de direito penal. Não
existe a necessidade de se passar por um processo de interpretação (processo hermenêutico).
b.2) mediatas: doutrina, pois são aquelas que, necessariamente, passam por um processo de interpretação.
c) fonte informal: costumes.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula ....................................................................................................................................... 2
Gabarito ............................................................................................................................................................. 8
Questões Comentadas....................................................................................................................................... 9

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas
complementares oriundas de outro ramo do direito.

CERTO ( ) ERRADO ( )

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou em


sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma fonte
legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.

CERTO ( ) ERRADO ( )

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa. A
lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal é
tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia o
sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de
normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.

CERTO ( ) ERRADO ( )

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas


ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

MUDE SUA VIDA!


2
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As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e


complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a
culpabilidade, isentando o agente de pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,


sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.

CERTO ( ) ERRADO ( )

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação


do tipo penal incriminador.

CERTO ( ) ERRADO ( )

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é oriunda
da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.

CERTO ( ) ERRADO ( )

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.

CERTO ( ) ERRADO ( )

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

MUDE SUA VIDA!


3
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a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,


isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e
heterólogas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for
oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas
normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas;
explicativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam
a eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

São normas penais não incriminadoras, EXCETO:

a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código


Penal);
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa” (art. 13 do Código Penal);
c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, todavia,
o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a
tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).
d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal);
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal);

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela que
a editou

a) Leis penais em branco em sentido estrito;


b) Leis penais em branco em sentido amplo;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;

MUDE SUA VIDA!


4
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e) Leis penais de extensão ou integrativa.

14.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o


preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.

a) norma penal não incriminadora


b) norma penal em branco
c) norma penal completa
d) norma penal incriminadora
e) norma penal supletiva

15.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Assinale a alternativa CORRETA.

a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica de


leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras normas
incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c)Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação
é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.

16.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou

a) Leis penais em branco em sentido amplo;


b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais não incriminadoras;

MUDE SUA VIDA!


5
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d) Leis penais incriminadoras;


e) Leis penais de extensão ou integrativa.

17.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:

a) explicativa ou interpretativa;
b) em branco e heterogenias;
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas;
d) permissiva justificante e exculpante;
e) extensão ou integrativa

18.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.


É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta
criminosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos
gerais.

a) Leis penais em branco em sentido amplo;


b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais incriminadoras;
d) Leis penais não incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

19.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:

As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento normativo


vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico.

a) explicativa;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

20.Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

MUDE SUA VIDA!


6
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Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:

A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento normativo


vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.

a) Heterovitelinas;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

MUDE SUA VIDA!


7
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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. CERTO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. C
12. E
13. A
14. B
15. A
16. A
17. C
18. D
19. D
20. A

MUDE SUA VIDA!


8
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QUESTÕES COMENTADAS

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo vitelinas e
heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas normas
complementares oriundas de outro ramo do direito.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

CERTA.

As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em


sentido amplo) podem ser homo vitelinas ou heterovitelinas.

As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o


complemento estão em leis distintas. Ex.: arts. 235, CP e art. 1511 do CC –
casamento.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e heterólogas, ou em


sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for oriundo da mesma fonte
legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

MUDE SUA VIDA!


9
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SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela


em que o tipo em branco e complemento derivam de fontes de produção distintas.
Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da
constitucionalidade desta modalidade de lei, prevaleceu o entendimento de que são
constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais seguro controle
das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento
legislativo para sua alteração.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, que por sua vez deve ser clara e precisa. A
lei penal pode ser entendida em sentido amplo e estrito. No sentido amplo, a norma penal é
tanto a que define um fato punível, impondo abstratamente a sanção como a que amplia o
sistema penal através de princípios gerais e disposições sobre os limites de ampliação de
normas incriminadoras. Já no sentido estrito, a norma penal é definida a simples modo, como
aquela que descreve uma conduta ilícita impondo uma sanção, ou seja, o sanctio juris.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

CORRETA.

A lei é a única fonte formal direta do Direito Penal, sendo que, Lei Penal se
estrutura em duas partes: o preceito primário, configurado pela norma descritiva
e o preceito secundário caracterizado pela imposição da sanção, assim também
podemos estabelecer o critério da lei penal em sentido amplo, que engloba toda a
estrutura do tipo penal com conduta e penalidades e em sentido restrito voltado
apenas para a descrição da conduta.

MUDE SUA VIDA!


10
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4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais incriminadoras definem as infrações penais proibindo a prática de condutas


ou impondo a prática de condutas, sob a ameaça expressa e específica de uma pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

LEI PENAL INCRIMINADORA

É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as


respectivas sanções, efetivando o princípio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e
art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da
conduta) e preceito secundário (previsão de pena).

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas; explicativas e


complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a
culpabilidade, isentando o agente de pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA

MUDE SUA VIDA!


11
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É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a


conduta criminosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar
descrições e conceitos gerais.

Se desmembram em:
a) permissiva justificante: tornam lícitas determinadas condutas (ex.: art. 25,
CP).
b) permissiva exculpante: elimina a culpabilidade (ex.: embriaguez acidental
completa – art. 28, §1º, CP).
c) explicativa ou interpretativa: norma conceitual (ex.: art. 327, CP – que nos
traz o conceito de funcionário público).
d) lei penal de extensão ou integrativa: aquela utilizada para viabilizar a
tipicidade de alguns fatos (ex.: art. 14, CP – tentativa).

As normas penais permissivas justificantes se destinam excluir a ilicitude da


conduta.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e secundários,


sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

LEI PENAL INCRIMINADORA

É a norma penal por excelência. É aquela que define as infrações e as


respectivas sanções, efetivando o princípio da legalidade penal (art. 5º, XXXIX, CF e
art. 1º, CP).
A lei penal incriminadora se subdivide em preceito primário (descrição da
conduta) e preceito secundário (previsão de pena).

Resumindo:
No preceito primário é aquele que descreve a conduta mandada ou proibida. E
no preceito secundário consta a pena cominada para a conduta incriminada.

MUDE SUA VIDA!


12
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7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance da norma penal
incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o réu de pena.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

CORRETA!

As normas penais não incriminadoras estabelecem regras gerais de


interpretação e de aplicação das normas penais em sentido estrito, incidindo tanto
na delimitação da infração penal como na determinação da sanção penal
correspondente. A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar
o alcance da norma penal incriminadora, por vezes, excluem o crime ou isentam o
réu de pena.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido estrito, importa a revogação


do tipo penal incriminador.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

ERRADA

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A revogação do complemento da lei penal em branco, em sentido


estrito, NÃO importa a revogação do tipo penal incriminador.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é oriunda
da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela


em que o tipo em branco e complemento derivam de fontes de produção distintas.

Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da
constitucionalidade desta modalidade de lei, prevaleceu o entendimento de que são
constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais seguro controle
das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso procedimento
legislativo para sua alteração.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.

CERTO ( ) ERRADO ( )

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

ERRADA.

Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas, cuja norma de


complementação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que
necessita desse complemento.

A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:

a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa


e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP,
que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o


complemento está em outro diploma normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são
complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577)

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

a) As normas penas permissivas justificantes se destinam a eliminar a culpabilidade,


isentando o agente de pena.
b) As normas penais em branco podem ser homólogas, ou em sentido amplo, e
heterólogas, ou em sentido estrito, essas últimas, quando o complemento da norma for
oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser homo
vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas respectivas
normas complementares oriundas de outro ramo do direito.
d) As normas penais incriminadoras possuem os denominados preceitos primários e
secundários, sendo que o preceito primário tem a tarefa de individualizar a pena,
cominando-a em abstrato.
e) As normas penais não incriminadoras podem ser subdivididas em permissivas;
explicativas e complementares. As normas penas permissivas justificantes se destinam
a eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena.

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GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

c) As normas penais em branco homólogas, ou em sentido amplo, podem ser


homo vitelinas e heterovitelinas, sendo que essas últimas são aquelas que têm suas
respectivas normas complementares oriundas de outro ramo do direito.

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

As normas penais em branco homólogas (também chamadas impróprias ou em


sentido amplo) podem ser homo vitelinas ou heterovitelinas.

As nomas heterovitelinas são aquelas em que o tipo em branco e o


complemento estão em leis distintas. Ex.: arts. 235, CP e art. 1511 do CC –
casamento.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

São normas penais não incriminadoras, EXCETO:

a) “Não excluem a imputabilidade penal: I – a emoção ou a paixão” (art. 28, I, do Código


Penal);
b) “O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa” (art. 13 do Código Penal);
c) “Se o agente for inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, todavia,
o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a
tratamento ambulatorial” (art. 97 do Código Penal).
d) “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente” (art. 19 do Código Penal);
e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código Penal);

GABARITO: E

SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

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e) “Diz-se o crime: (...) II – tentado, quando iniciada a execução, não se


consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente” (art. 14, II, do Código
Penal);

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

CORRETA.

A alternativa é a correta, vez que a tentativa é norma de extensão de


adequação típica mediata, logo indispensável para que a conduta seja subsumida ao
tipo penal e, consequentemente, haja uma punição. Conclui-se, portanto, que é uma
norma penal incriminadora, pois se ausente, o fato se torna atípico.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela que
a editou

a) Leis penais em branco em sentido estrito;


b) Leis penais em branco em sentido amplo;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

a) Leis penais em branco em sentido estrito;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

A norma penal em branco heteróloga, própria ou em sentido estrito é aquela


em que o tipo em branco e complemento derivam de fontes de produção distintas.

Vale destacar que, em que pese ter havido grande embate acerca da
constitucionalidade desta modalidade de lei, prevaleceu o entendimento de que são

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constitucionais, na medida em que possibilitam um melhor e mais seguro


controle das substâncias ditas por ilícitas, sem a necessidade de um moroso
procedimento legislativo para sua alteração.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: Na _________________ o


preenchimento do tipo é feito a partir de outras disposições, de modo que para sua realização
remete-se a outras disposições jurídicas (remissão interna e externa) ou atos administrativos.
Face à imprecisão do conteúdo do tipo, ou seja, para concretizar a norma, o intérprete precisa
recorrer a estas, sem as quais não se torna possível, pois estas disposições limitam as margens
de espaço de decisão.

a) norma penal não incriminadora


b) norma penal em branco
c) norma penal completa
d) norma penal incriminadora
e) norma penal supletiva

GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

b) norma penal em branco

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

Em linhas gerais, esta modalidade legislativa é aquela que depende de um


complemento normativo, para que se possa compreender o âmbito de alcance do
preceito primário da norma.
Ressalte-se que o preceito primário é aquele que descreve a conduta.
Para sua correta classificação e compreensão do instituto, deve-se observar
com rigor a fonte legislativa (origem da norma).
Divide-se em:

1 – Norma penal em Branco imprópria/ em sentido amplo/ ou


homogênea (é aquela norma em que o completo é proveniente de mesma fonte
legislativa. Ex: parlamento);
2 – Norma penal em Branco própria/em sentido estrito/ou
Heterogênea (é aquela em que o complemento é proveniente de uma fonte
legislativa diversa. Ex: A norma que precisa do complemento vem do parlamente e
a complementadora é proveniente do executivo – portaria).

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15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Assinale a alternativa CORRETA.

a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica de


leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras normas
incriminadoras para especificação da pena.
b) A lei penal em branco é revogada em consequência da revogação de sua norma de
complementação.
c)Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou.
d) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação
é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse
complemento.
e) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária.

GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

a) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a


técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem
a outras normas incriminadoras para especificação da pena.

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

Conforme lição do professor Luiz Flávio Gomes, fala-se em norma penal em


branco ao revés ou invertida quando o complemento normativo diz respeito à sanção,
não ao conteúdo da proibição. A lei penal incriminadora remete para outra a descrição
do conteúdo sancionatório. Note-se que o complemento normativo, nesse caso, deve
emanar necessariamente do legislador, porque somente ele é que pode cuidar da
sanção penal (nenhum órgão do Executivo pode se encarregar dessa tarefa).

Tem-se, pois que a lei penal em branco invertida remete a revelação da


sanção para outra lei, mas isso não se confunde com o chamado crime
remetido que significa a menção feita por um tipo legal a outro tipo legal.

Conforme ensina o professor Gabriel Habib, o art. 304 do CP (uso de


documento falso) é norma penal em branco tanto no preceito primário como no
preceito secundário. Veja-se:

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Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se
referem os arts. 297 a 302: (norma penal em branco homogênea homo vitelina
tipo remetido).

Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. (Norma penal em branco ao


revés)

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

São aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa
daquela que a editou

a) Leis penais em branco em sentido amplo;


b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais não incriminadoras;
d) Leis penais incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.

a) Leis penais em branco em sentido amplo;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.

NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/


IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA

O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma


lei complementa outra lei).

A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:


a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa
e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP,
que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

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b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o


complemento está em outro diploma normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são
complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

As normas penais em branco homogêneas são aquelas leis penais, cuja norma de
complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. As normas penais em branco
homogêneas ainda podem ser subdivididas:

a) explicativa ou interpretativa;
b) em branco e heterogenias;
c) Homo vitelinas e Heterovitelinas;
d) permissiva justificante e exculpante;
e) extensão ou integrativa

GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

c) Homo vitelinas e Heterovitelinas;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA/EM SENTIDO LATO SENSU/


IMPRÓPRIA/HOMÓLOGA

O complemento normativo advém da mesma fonte legislativa (exemplo: uma


lei complementa outra lei).

A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:


a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa
e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP,
que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).
b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte, porém o
complemento está em outro diploma normativo (ex. art. 236 e 237 do CP, que são
complementados por artigos do Código Civil – arts. 1.521, 1.523, 1.577).

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18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

No que se refere às Normas Penais, assinale a alternativa CORRETA.

É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a conduta
criminosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar descrições e conceitos
gerais.

a) Leis penais em branco em sentido amplo;


b) Leis penais em branco em sentido estrito;
c) Leis penais incriminadoras;
d) Leis penais não incriminadoras;
e) Leis penais de extensão ou integrativa.

GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

d) Leis penais não incriminadoras;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA

É a denominada lei penal em sentido amplo, na medida em que não prevê a


conduta criminosa, mas pode tornar lícita determinada conduta, ou apresentar
descrições e conceitos gerais.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:

As normas penais em branco homogêneas _________________________o complemento normativo


vem da mesma fonte legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico.

a) explicativa;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

GABARITO: D

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SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

d) Homo vitelinas;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da


mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).

As normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:

a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte


legislativa e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico
(ex.: art. 338 do CP, que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase:

A normas penais em branco homogêneas __________________________ o complemento normativo


vem da mesma fonte, porém o complemento está em outro diploma normativo.

a) Heterovitelinas;
b) em branco;
c) permissiva justificante;
d) Homo vitelinas;
e) extensão.

GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA

Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.

a) Heterovitelinas;

SOLUÇÃO COMPLETA

Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral

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As normas penais em branco homogêneas o complemento normativo advém da


mesma fonte legislativa (exemplo: uma lei complementa outra lei).
A normas penais em branco homogêneas ainda podem ser subdivididas:

a) Homo vitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte legislativa


e se encontra dentro do mesmo ramo do ordenamento jurídico (ex.: art. 338 do CP,
que é complementado pelo art. 5º do mesmo CP).

b) Heterovitelinas: o complemento normativo vem da mesma fonte,


porém o complemento está em outro diploma normativo.

(ex. art. 236 e 237 do CP, que são complementados por artigos do Código Civil
– arts. 1.521, 1.523, 1.577).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da legalidade diz respeito não apenas a leis em sentido formal, mas também a leis
em sentindo material, estas últimas quando editadas em consonânciae nos limites dados por
atos normativos primários.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da legalidade, que tem previsão no Código Penal e também na Constituição Fede-
ral, aplica-se apenas aos crimes e às penas, não se aplicando às contravenções penais e às
medidas de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só
é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da
reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso tem-
poral para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir de
sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Não há crime sem lei anterior ou posterior que o defina, nem pena sem cominação legal prévia
ou posterior ao fato.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

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Questões sobre a aula 3

Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, os princípios implícitos no referido
dispositivo legal são anterioridade e legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Não há crime sem lei anterior que o defina, mas pode haver pena sem prévia cominação legal.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita
por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da legalidade não impede que o juiz apene o acusado criminal com base nos cos-
tumes e que o legislador vote norma penal sancionadora de coação direta, impondo desde
logo a pena, sem julgamento.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do Código Penal e
no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.
b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria
penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.
c) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição
de tipos penais genéricos e indeterminados.
d) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade. .
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação aos princípios do Direito Penal, é correto afirmar que o princípio da.
a) ofensividade admite que, em caso de urgência, um crime seja criado por meio de
medida provisória.
b) individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por
um dos sucessores de um condenado que vem a óbito.

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c) intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal enquanto


mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade.
d) humanidade das penas admite pena de trabalho forçado, dado que se deve evitar a
ociosidade do preso.
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre o princípio da legalidade, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade
da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena
e de criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas.
b) É considerado por setor da doutrina como restrição deontológica de segundo grau,
que não admite exceções.
c) Tem como destinatários tanto o Juiz quanto o legislador e, no processo judicial, incide
não apenas na fase de conhecimento, como também na fase de execução das penas.
d) Tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da fórmula
em latim “Nulla poena sine lege; nulla poena sine crimine; nullum crimen sine poena
legali”, pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de
segurança.
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio
a) da proporcionalidade é garantido pela Lei de Execução Penal ao punir da mesma
forma a falta disciplinar tentada e consumada.
b) da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal
para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir
de sua vigência.
c) da taxatividade é observado na previsão legal das faltas disciplinares de natureza
grave, uma vez que a Lei de Execução Penal não prevê tipos de faltas abertas.
d) da humanidade das penas é plenamente cumprido na execução das penas no Brasil,
a despeito da superlotação das unidades prisionais.
e) da ampla defesa é garantido pela Lei de Execução Penal ao prever a possibilidade de
indicação de testemunhas e todos os meios de prova em juízo na apuração de falta
disciplinar.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +

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Questões sobre a aula 5

Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, assinale a alternativa que contém os
princípios implícitos no referido dispositivo legal:
a) anterioridade e legalidade.
b) presunção da inocência e anterioridade.
c) irretroatividade da lei penal e legalidade
d) presunção da inocência e legalidade.
e) irretroatividade da lei penal e anterioridade.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal” é chamado de:
a) Princípio da legalidade e anterioridade.
b) Princípio da excepcionalidade.
c) Princípio do contraditório.
d) Princípio da ampla defesa.
e) Princípio do devido processo legal.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da legalidade compreende.
a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação
ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.
b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena.
c) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, prin-
cipalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
d) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém
capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.
e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal
vigente no momento da ação ou da omissão.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do Código Penal e
no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.

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6

b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria


penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.
c) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade.
d) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição
de tipos penais genéricos e indeterminados.
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre a anterioridade da lei penal é correto afirmar:
a) A anterioridade da lei penal significa que o crime cometido precisa ser anterior à lei
que definiu aquela conduta como criminosa.
b) Se refere ao tratamento que deve ser dado aos delinquentes de maneira a impedir
que condutas criminosas ocorram, ou seja, a lei deve ter caráter preventivo.
c) Se a e a conduta for cometida um dia antes da entrada em vigor da lei que a definiu
como crime, quem a praticou deverá responder pelo crime, haja vista que houve
apenas um dia entre a prática delituosa e a entrada em vigor da lei.
d) A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como crimi-
nosa deve ser anterior ao fato praticado.
e) A anterioridade da lei penal significa que a lei que define a conduta como criminosa
deve ser anterior ao fato praticado, mas a lei que cria a pena pode ser posterior.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


_____________________________ constitui uma das principais garantias de respeito aos
direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece tam-
bém os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais
direitos em benefício da coletividade.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Autotutela.
d) Moralidade.
e) Generalidade.

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Questões Comentadas 7

GABARITO
1. Certo

2. Errado

3. Certo

4. Certo

5. Errado

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Errado

11. C

12. E

13. A

14. B

15. A

16. A

17. C

18. D

19. D

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da legalidade diz respeito não apenas a leis em sentido formal, mas também a leis
em sentindo material, estas últimas quando editadas em consonânciae nos limites dados por
atos normativos primários.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA

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8

Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
CERTA.
A questão exige conhecimento dos arts. 1º do Código Penal, art. 5º, inciso XXXIX e do Art. 5º, inciso II, ambos
da Constituição Federal, quais sejam:
Art. 1º do CP: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”;
Art. 5º, XXXIX da CF: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”;
Art. 5º, II da CF: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da legalidade, que tem previsão no Código Penal e também na Constituição Fede-
ral, aplica-se apenas aos crimes e às penas, não se aplicando às contravenções penais e às
medidas de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADO
O princípio da legalidade está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição Federal:
Art. 5º (...) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Entretanto, ele TAMBÉM está previsto no Código Penal, em seu art. 1°:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Este princípio, quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia lege), estabelece que uma conduta não pode ser
considerada criminosa se antes de sua prática não havia lei nesse sentido.
Entretanto, do princípio da legalidade podemos extrair dois outros princípios, o da Reserva Legal e o da Anterio-
ridade da Lei Penal.
O princípio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (em sentido estrito) pode definir condutas criminosas
e estabelecer penas.
Assim, somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir crimes e cominar penas. Logo, Medidas Provi-
sórias, Decretos, e demais diplomas legislativos NÃO PODEM ESTABELECER CONDUTAS CRIMINOSAS NEM COMINAR
SANÇÕES.
O princípio da anterioridade da lei penal, por sua vez, estabelece que essa lei penal já deve estar em vigor
quando a conduta é praticada pelo agente.
Tais princípios, porém, não se aplicam apenas aos crimes e às penas. Aplicam-se, ainda, às contravenções
penais (infrações penais menos graves) e às medidas de segurança (espécie de sanção penal aplicável aos
inimputáveis por doença mental, cuja finalidade é tratativa, não punitiva).

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Questões Comentadas 9

Logo, errada a questão.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só
é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da
reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CERTA.
A questão exige do candidato conhecimento sobre analogia no direito penal, dos princípios da legalidade/
anterioridade da lei penal contidos no art. 1º do Código Penal e da vedação à analogia in malam partem.
Observe o dispositivo mencionado:
“Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Desse modo, o princípio da reserva legal determina que: além da previsão legal do crime e da pena serem
anteriores ao fato, é exigido também a anterioridade quanto a definição da conduta e da pena (preceitos primá-
rios e secundários do tipo penal).
Veja que, as lacunas dispostas na lei penal não podem ser suprimidas por analogia em desfavor da liberdade
do indivíduo.
Entretanto, conforme aponta a doutrina, a analogia in bonam partem, isto é, em favor da liberdade do indivíduo
é admissível e inafastável (em decorrência do princípio do favor libertatis).

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso tem-
poral para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir de
sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CERTA.
Esse princípio decorre do princípio da legalidade, previsto como garantia fundamental individual (art. 5º,
XXXIX, Constituição Federal), bem como no art. 1º do Código Penal. Por se tratar de garantia fundamental se
aplica na execução penal independentemente de previsão na lei de execução penal.

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10

Assim, no caso de lei que agrave o lapso temporal para a progressão de regime só se aplica para crimes come-
tidos a partir de sua vigência, uma vez que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não há crime sem lei anterior ou posterior que o defina, nem pena sem cominação legal prévia
ou posterior ao fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A questão traz o oposto do que aduz o art. 1º do Código Penal, vejamos:
Art. 1º - Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal”.
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para
fundamentar ou alterar a pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADO.
O princípio da legalidade no direito penal (art. 5º, XXXIX, da CRFB/88 e art. 1º do CP) possui quatro funções
fundamentais (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal Parte Geral. 14ª edição. 2012, p. 96):
Proibir a retroatividade da lei penal (nullum crimen nulla poena sine lege praevia);
Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes (nullum crimen nulla poena sine lege scripta);
Proibir o emprego de analogia para crimes, fundamentar ou agravar penas (nullum crimen nulla poena sine
lege stricta);
Proibir incriminações vagas e indeterminadas (nullum crimen nulla poena sine lege certa).
Assim, é vedada a analogia de norma penal incriminadora em prejuízo ao réu (in malam partem).

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Questões Comentadas 11

No entanto, é possível aplicar a uma hipótese não regulada por lei ou caso concreto semelhante a analogia de
norma penal incriminadora em benefício ao réu
(in bonam partem). Portanto, a assertiva erra ao dizer que é proibida, em caráter absoluto, a analogia no direito
penal.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, os princípios implícitos no referido
dispositivo legal são anterioridade e legalidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
O caso em questão corresponde aos Princípios da: Anterioridade e Legalidade.
Um dos pilares do Direito Penal, desde os primórdios, consiste no princípio da legalidade. Isso porque ele se
reveste de um pilar sob o qual toda a disciplina irá se irradiar.
Tamanha relevância que o mesmo aparece no art. 1º do Código Penal, e também ostenta matriz constitucional,
conforme art. 5º, XXXIX, CF. Art. 1º, CP c/c art. 5º, XXXIX, CF. Não há crime sem lei anterior que o defina e não há
pena sem prévia cominação legal.
Em resumo, conseguimos extrair, portanto, que somente a lei é quem pode constituir uma infração penal e a
respectiva pena. Esta lei deve respeitar o processo material e formal de sua elaboração.
O princípio da legalidade, ponto importante e tema de prova, é a soma do princípio da reserva legal (somente a
lei pode criar crimes e prever penas) + princípio da anterioridade da lei penal (a lei deve ser anterior ao fato).

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não há crime sem lei anterior que o defina, mas pode haver pena sem prévia cominação legal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
De acordo com o art. 1º do CP. Vejamos:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita
por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

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12

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
ERRADA.
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de
lei em sentido material e em sentido formal.
Isto porque, exige-se que a lei respeite o conteúdo da Constituição Federal e dos Tratados Internacionais de
Direitos Humanos (sentido material), como também respeite os trâmites procedimentais (sentido formal).

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da legalidade não impede que o juiz apene o acusado criminal com base nos cos-
tumes e que o legislador vote norma penal sancionadora de coação direta, impondo desde
logo a pena, sem julgamento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
INCORRETA.
No direito penal vigora o princípio da legalidade estrita, conforme se depreende do art. 1º do Código Penal: “Não
há crime sem LEI anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação LEGAL”.
Assim sendo, o acusado criminal não pode ser apenado com base nos costumes e muito menos sem o DEVIDO
PROCESSO LEGAL (art. 5º, inciso LIV, da CF).
Ademais, em respeito aos princípios do devido processo legal e da presunção de inocência (art. 5º, inciso LVII,
da CF), esse ramo não se confunde com direito de coação direta, a exemplo da possibilidade legal existente no
direito administrativo de se aplicar multa de trânsito.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do Código Penal e
no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.
b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria
penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.

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Questões Comentadas 13

c) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição


de tipos penais genéricos e indeterminados.
d) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade. .
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos
penais genéricos e indeterminados.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
O princípio da legalidade se desdobra em dois: o da reserva legal e da anterioridade.
Já o princípio da taxatividade decorre do princípio da reserva legal impede a criação de tipos penais genéricos
e indeterminados.
Assim, pode-se afirmar que o princípio da taxatividade é um desdobramento do princípio da legalidade.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação aos princípios do Direito Penal, é correto afirmar que o princípio da.
a) ofensividade admite que, em caso de urgência, um crime seja criado por meio de
medida provisória.
b) individualização da pena admite o cumprimento de pena privativa de liberdade por
um dos sucessores de um condenado que vem a óbito.
c) intervenção mínima consubstancia uma atuação máxima do Direito Penal enquanto
mecanismo de controle de infrações de pequena gravidade.
d) humanidade das penas admite pena de trabalho forçado, dado que se deve evitar a
ociosidade do preso.
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais imprecisas e
indeterminadas.
SOLUÇÃO COMPLETA

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14

Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.


CORRETA.
O princípio da legalidade estabelece que para a conduta de uma pessoa ser considerada criminosa, deve existir
uma lei anterior que a tipifique como crime. Dessa maneira, tal princípio estabelece uma segurança jurídica
ao garantir que as leis devem ser estabelecidas de forma determinada e certa.
De acordo com o Código Penal:
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Portanto, a alternativa encontra-se correta.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre o princípio da legalidade, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade
da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena
e de criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas.
b) É considerado por setor da doutrina como restrição deontológica de segundo grau,
que não admite exceções.
c) Tem como destinatários tanto o Juiz quanto o legislador e, no processo judicial, incide
não apenas na fase de conhecimento, como também na fase de execução das penas.
d) Tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da fórmula
em latim “Nulla poena sine lege; nulla poena sine crimine; nullum crimen sine poena
legali”, pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de
segurança.
e) legalidade tem uma função de garantia na medida em que proíbe leis penais impre-
cisas e indeterminadas.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade da lei
penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena e de criação
de leis penais indeterminadas ou imprecisas
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
O princípio da legalidade, alçado ao status de garantia fundamental, é uma limitação ao poder estatal de inter-
ferir na esfera de liberdade individuais.
Dele decorrem outros princípios ou consectários, não havendo crime sem:

1) sem lei (admite-se somente lei em sentido estrito);


2) anterior (veda-se retroatividade maléfica da lei penal.);

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Questões Comentadas 15

3) escrita (veda-se o costume incriminador);


4) estrita (veda-se a analogia incriminadora);
5) certa (veda-se o tipo penal indeterminado);
6) necessária (intervenção mínima).
Deve-se atentar que a questão exige a alternativa INCORRETA.
Admite-se a analogia em bonam partem, utilizada em benefício do réu.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio
a) da proporcionalidade é garantido pela Lei de Execução Penal ao punir da mesma
forma a falta disciplinar tentada e consumada.
b) da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal
para a progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir
de sua vigência.
c) da taxatividade é observado na previsão legal das faltas disciplinares de natureza
grave, uma vez que a Lei de Execução Penal não prevê tipos de faltas abertas.
d) da humanidade das penas é plenamente cumprido na execução das penas no Brasil,
a despeito da superlotação das unidades prisionais.
e) da ampla defesa é garantido pela Lei de Execução Penal ao prever a possibilidade de
indicação de testemunhas e todos os meios de prova em juízo na apuração de falta
disciplinar.
GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
da anterioridade da lei penal é aplicado se sobrevier lei que agrave o lapso temporal para a
progressão de regime, que só passa a valer para os crimes cometidos a partir de sua vigência.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Esse princípio decorre do princípio da legalidade, previsto como garantia fundamental individual (art. 5º,
XXXIX, Constituição Federal), bem como no art. 1º do Código Penal. Por se tratar de garantia fundamental se
aplica na execução penal independentemente de previsão na lei de execução penal.
Assim, no caso de lei que agrave o lapso temporal para a progressão de regime só se aplica para crimes come-
tidos a partir de sua vigência, uma vez que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando a redação do Art. 1º do Código Penal, que prevê: Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, assinale a alternativa que contém os
princípios implícitos no referido dispositivo legal:

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16

a) anterioridade e legalidade.
b) presunção da inocência e anterioridade.
c) irretroatividade da lei penal e legalidade.
d) presunção da inocência e legalidade.
e) irretroatividade da lei penal e anterioridade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
anterioridade e legalidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
Correto.
O caso em questão corresponde aos Princípios da: Anterioridade e Legalidade.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal” é chamado de:
a) Princípio da legalidade e anterioridade.
b) Princípio da excepcionalidade.
c) Princípio do contraditório.
d) Princípio da ampla defesa.
e) Princípio do devido processo legal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
Princípio da legalidade e anterioridade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo o Direito Penal – Parte geral.
CERTO.
De acordo com o art. 1º, do Código Penal e também com o inciso XXXIX do art. 5º, CF:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da legalidade compreende.

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Questões Comentadas 17

a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação


ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.
b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena.
c) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, prin-
cipalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo.
d) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém
capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos.
e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal
vigente no momento da ação ou da omissão.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente,
na elaboração de seu conteúdo normativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
Esse é o conceito do princípio da legalidade.
Conforme Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol .1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014), esse princípio
preceitua a “exclusividade da lei para a criação de delitos (e contravenções penais) e cominação de penas,
possuindo indiscutível dimensão democrática, pois representa a aceitação pelo povo, representado pelo Congresso
Nacional, da opção legislativa no âmbito criminal”.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade insculpidos no art. 1º do Código Penal e
no art. 5°, XXXIX, da Constituição Federal, analise as alternativas a seguir e assinale a correta.
a) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas
pelos usos e costumes.
b) No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria
penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e
sanções de natureza criminal.
c) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excep-
cionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade.
d) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição
de tipos penais genéricos e indeterminados.
e) O princípio da legalidade afasta a aplicação da interpretação extensiva, mas permite
a aplicação da analogia de forma ampla e irrestrita.

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18

GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos
penais genéricos e indeterminados.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
CORRETA.
O princípio da legalidade se desdobra em dois: o da reserva legal e da anterioridade.
Já o princípio da taxatividade decorre do princípio da reserva legal impede a criação de tipos penais genéricos
e indeterminados.
Assim, pode-se afirmar que o princípio da taxatividade é um desdobramento do princípio da legalidade.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre a anterioridade da lei penal é correto afirmar:
a) A anterioridade da lei penal significa que o crime cometido precisa ser anterior à lei
que definiu aquela conduta como criminosa.
b) Se refere ao tratamento que deve ser dado aos delinquentes de maneira a impedir
que condutas criminosas ocorram, ou seja, a lei deve ter caráter preventivo.
c) Se a e a conduta for cometida um dia antes da entrada em vigor da lei que a definiu
como crime, quem a praticou deverá responder pelo crime, haja vista que houve
apenas um dia entre a prática delituosa e a entrada em vigor da lei.
d) A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como crimi-
nosa deve ser anterior ao fato praticado.
e) A anterioridade da lei penal significa que a lei que define a conduta como criminosa
deve ser anterior ao fato praticado, mas a lei que cria a pena pode ser posterior.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como criminosa deve
ser anterior ao fato praticado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
A questão exige que aluno tenha conhecimento sobre o princípio da anterioridade de lei penal.
Conforme previsto no artigo 5º, inciso XXXIX, da CF/88 e também no artigo 1º, do Decreto-Lei nº 2.848/40 - Código
Penal, não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Portanto, a anterioridade da lei penal significa que a lei que estabelece a conduta como criminosa deve ser
anterior ao fato praticado.

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Questões Comentadas 19

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


_____________________________ constitui uma das principais garantias de respeito aos
direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece tam-
bém os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais
direitos em benefício da coletividade.
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Autotutela.
d) Moralidade.
e) Generalidade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com Direito Penal – Parte Geral.
legalidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal – Parte Geral
LEGALIDADE PENAL
Um dos pilares do Direito Penal, desde os primórdios, consiste no princípio da legalidade. Isso porque ele se
reveste de um pilar sob o qual toda a disciplina irá se irradiar.
Tamanha relevância que o mesmo aparece no art. 1º do Código Penal, e também ostenta matriz constitucional,
conforme art. 5º, XXXIX, CF. Art. 1º, CP c/c art. 5º, XXXIX, CF.
Não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal.
Em resumo, conseguimos extrair, portanto, que somente a lei é quem pode constituir uma infração penal e a
respectiva pena.
Esta lei deve respeitar o processo material e formal de sua elaboração.
O princípio da legalidade, ponto importante e tema de prova, é a soma do princípio da reserva legal (somente a
lei pode criar crimes e prever penas) + princípio da anterioridade da lei penal (a lei deve ser anterior ao fato).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. (AUTOR – 2021)
A novatio legis in mellius se aplica aos fatos anteriores já decididos por sentença condenatória
transitada em julgado, sem violar a proteção constitucional à coisa julgada.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021)
Para a abolitio criminis, não basta a revogação formal da lei penal anterior, impondo-se, para
a sua caracterização, o fato de que o mesmo conteúdo normativo não tenha sido preservado
nem deslocado para outro dispositivo legal.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021)
Sobrevindo, após o trânsito em julgado, nova lei mais benéfica ao agente, caberá ao Juízo da
condenação a aplicação da nova lei.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021)
A abolitio criminis é a descriminalização da conduta, tornando o fato atípico, bem como tendo
eficácia retroativa em relação aos fatos já praticados, fazendo cessar a pena e os demais efeitos
penais e extrapenais da condenação.
Certo ( ) Errado ( )
6. (AUTOR – 2021)
No dia 20.04.2020, considerando uma grave crise pandêmica que assolava o mundo, foi edi-
tada no Brasil uma lei penal temporária, criminalizando a conduta de não usar máscara em
locais públicos no período de 20.04.2020 a 20.06.2020. José, no dia 15.05.2020, foi a uma
praça sem usar máscara no rosto. Em 21.06.2020 José não havia sido ainda processado e a lei
temporária já tinha expirado. Nesse caso, José não poderá ser punido pelo fato praticado, eis
que a lei temporária não está mais em vigor.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)
No dia 10.04.2020, José, com dolo de matar, atirou 06 vezes contra Maria. A vítima foi levada
para o hospital e somente veio a falecer em 15.05.2020, em razão dos disparos. Nesse caso,
considera-se praticado o crime no dia 15.05.2020, momento em que ocorreu o resultado morte.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021)
Segundo o Código Penal, considera-se praticado o crime no momento da consumação.
Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021)

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Questões sobre a aula 3

A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as


circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021)
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, mas não cessará,
em virtude dela, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória transitada em julgado.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021)
A entrada em vigor da nova Lei de Drogas, revogando a anterior, fez com que o crime de porte
de drogas para consumo pessoal deixasse de prever a aplicação de pena privativa de liberdade,
passando a adotar as seguintes como sanções: advertência sobre os efeitos das drogas; pres-
tação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo. Nesse sentido, no que tange à pena aplicável ao autor do citado delito, é correto
afirmar que a nova lei de drogas constitui um exemplo de:
a) a) novatio legis in mellius;
b) b) novatio legis não incriminadora;
c) c) abolito criminis;
d) d) novatio legis in pejus;
e) e) lei intermediária.
12. (AUTOR – 2021)
Alan é condenado pela prática de crime previsto em lei a quinze anos de reclusão, tendo a
decisão judicial transitada em julgado. Após dois anos de cumprimento da pena, surge lei nova
que deixa de considerar como crime os fatos que levaram à condenação de Alan. Nesse caso,
segundo os comandos normativos do Código Penal, a lei:
a) a) retroagirá para beneficiar o réu;
b) b) retroagirá se houve concordância do Ministério Público;
c) c) não retroagirá por ser regra de exceção;
d) d) não retroagirá pelo efeito permanente da decisão judicial;
e) e) não retroagirá.
13. (AUTOR – 2021)
Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente,
as teorias do(a)
a) a) consumação e do resultado;
b) b) ubiquidade e da atividade;
c) c) resultado e da ação.;
d) d) atividade e da ubiquidade;
e) e) ação e da consumação.
14. (AUTOR – 2021)
Luís foi denunciado pelo Ministério Público pela suposta prática do crime de injúria qualificada.
No curso do processo restaram comprovadas a materialidade e autoria delitivas, motivo pelo
qual José foi condenado a uma pena de 02 anos de reclusão, tendo sido fixada indenização civil

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mínima em favor da vítima, na monta de R$ 10.000,00 (Dez mil reais). No curso da execução
penal, antes mesmo de Luís ter reparado o dano mediante o pagamento da indenização fixada,
sobreveio nova lei penal descriminalizando a conduta praticada por José.
Nesse caso, é correto afirmar que:
a) a) houve abolitio criminis, mas isso não afetará José;
b) b) houve abolitio criminis, fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os de-
mais efeitos penais e extrapenais da condenação, inclusive a obrigação de indenizar
a vítima;
c) c) houve abolitio criminis fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os demais
efeitos penais da condenação, permanecendo a obrigação de indenizar a vítima
d) d) houve abolitio criminis, fazendo cessar a pena imposta a José, mas não os demais
efeitos penais e extrapenais da condenação;
e) e) houve continuidade típico-normativa, mas isso não afetará José.
15. (AUTOR – 2021)
Acerca da aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
a) a) É vedada a instituição de lei excepcional na seara penal.
b) b) É vedada a instituição de lei temporária na seara penal.
c) c) A lei excepcional aplica-se a fatos posteriores ao fim de sua vigência, desde que
correlatos às circunstâncias que a determinaram.
d) d) A lei posterior jamais se aplica aos fatos anteriores, ainda que não decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.
e) e) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.
16. (AUTOR – 2021)
A respeito da aplicação da retroatividade da lei no direito penal, assinale a opção correta:
a) a) A aplicação da retroatividade ocorre mesmo em caso de aumento de pena, como
forma de garantir a justiça para o réu que tiver cometido o crime após a entrada em
vigor da lei mais severa;
b) b) A retroatividade de lei mais benéfica não pode ser aplicada a medida de segurança;
c) c) A retroatividade de lei mais benéfica somente será cabível no caso de haver abo-
litio criminis.
d) d) A aplicação da retroatividade da lei é concebível, desde que em benefício do réu
como medida de justiça.
e) e) A aplicação da retroatividade da lei é vedada constitucionalmente em qualquer
circunstância, a fim de garantir a segurança jurídica.
17. (AUTOR – 2021)
É importante a fixação do tempo em que o crime se considera praticado para, entre outras
coisas, compreender a lei que deverá ser utilizada, aplicada, e estabelecer a imputabilidade
do sujeito. Com relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou a:
a) a) Teoria da Relatividade.
b) b) Teoria da Ubiquidade.

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Questões sobre a aula 5

c) c) Teoria da Atividade.
d) d) Teoria da Excepcionalidade.
e) e) Teoria da Habitualidade.
18. (AUTOR – 2021)
O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do crime:
a) a) desde o seu planejamento.
b) b) quando atingido o resultado pretendido.
c) c) quando chega ao conhecimento das autoridades competentes.
d) d) o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
e) e) o momento do cometimento do crime é irrelevante para o Direito Penal.
19. (AUTOR – 2021)
Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de
liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5
(cinco) anos de reclusão. No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a
citada lei no dia 31 de dezembro de 2017.
Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.
a) a) Caio deve ser imediatamente solto.;
b) b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado;
c) c) Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017.
d) d) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de con-
siderar crime.
e) e) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao
fato criminoso a lei temporária.
20. (AUTOR – 2021)
Durante a pandemia de COVID-19 foi editada lei penal que criminalizava a conduta de frequen-
tar locais públicos sem o uso de máscara de proteção no rosto. A referida lei teria validade
entre 20.03.2020 e 20.07.2020. No dia 10.06.2020, José foi a uma praça pública passear com
seu animal de estimação e não usou máscara no rosto. No dia 21.07.2020 a lei já não mais se
encontrava em vigor e José ainda não havia sido punido.
Atento ao caso narrado, é correto afirmar que tal lei se configura como:
a) a) Lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado.
b) b) Lei excepcional, e José poderá ser punido pelo fato praticado.
c) c) Lei temporária, e José não poderá mais ser punido pelo fato praticado.
d) d) Lei excepcional, e José não poderá mais ser punido pelo fato praticado.
e) e) Lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado desde que o processo
criminal tenha sido instaurado antes da expiração do prazo de validade da lei.

GABARITO
1. Certo

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6

2. Certo
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Errado
9. Certo
10. Errado
11. A
12. A
13. D
14. C
15. E
16. D
17. C
18. D
19. E
20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. (AUTOR – 2021)
A novatio legis in mellius se aplica aos fatos anteriores já decididos por sentença condenatória
transitada em julgado, sem violar a proteção constitucional à coisa julgada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 2º, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 2º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS

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Questões Comentadas 7

Trata-se da nova lei que, sem suprimir a figura criminosa da conduta, de alguma forma beneficia o agente. Como
exemplo, podemos destacar uma nova lei que diminua a pena de um determinado crime. Sua aplicação retroa-
tiva, igualmente é imperiosa.
A previsão legal encontra-se no art. 2º, parágrafo único, do CP.
Parágrafo único – A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Questão importante de ser abordada e que, recorrentemente é cobrada, diz respeito à aplicação das leis benéfi-
cas (abolitio criminis ou novatio legis in mellius).
Conforme dispõe o comando legislativo, as novas leis que beneficiem o agente serão aplicadas até mesmo às
situações já atingidas pelo trânsito em julgado. Ressalve-se que, caso o trânsito em julgado já tenha se operado
ou o processo já esteja na fase de execução, competirá ao juiz da vara de execuções penais aplicar a lei mais
benéfica.

2. (AUTOR – 2021)
Para a abolitio criminis, não basta a revogação formal da lei penal anterior, impondo-se, para
a sua caracterização, o fato de que o mesmo conteúdo normativo não tenha sido preservado
nem deslocado para outro dispositivo legal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
A abolição do crime (abolitio criminis) é a descriminalização ou supressão da figura criminosa do ordenamento
jurídico. Naturalmente, trata-se de nova lei com caráter benéfico sendo a retroatividade indiscutível.
Sua previsão está contida no art. 2º do CP:
Art. 2º. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

3. (AUTOR – 2021)
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 6º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 6º, do Código Penal Brasileiro.
Observe o dispositivo legal:
De acordo com o artigo 6º do Código Penal (CP):
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

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8

Lembrar de “LUTA”:
Lugar do crime - teoria da ubiquidade
Tempo do crime - teoria da atividade

4. (AUTOR – 2021)
Sobrevindo, após o trânsito em julgado, nova lei mais benéfica ao agente, caberá ao Juízo da
condenação a aplicação da nova lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 2º, § único do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 2º, § único do Código Penal Brasileiro.
A nova lei mais benéfica se aplica aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor, ainda que já tenham
sido decididos por sentença penal condenatória transitada em julgado, sendo esta a previsão do art. 2º, §
único do CP.
Mas, no caso de já ter havido o trânsito em julgado, a quem cabe aplicar a nova lei mais benéfica?
No caso de já ter havido o trânsito em julgado, competirá ao Juízo da execução penal a aplicação da nova lei
mais benéfica, e não ao Juízo da condenação (o sentenciante).
Assim, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou entendimento no sentido de que depende do momento:
• Processo ainda em curso – Compete ao Juízo que está conduzindo o processo
• Processo já transitado em julgado – Compete ao Juízo da execução penal.
Nos termos da súmula 611 do STF:
Súmula 611 STF
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação da lei mais
benigna.
Porém, é importante atentar para o fato de que a Doutrina entende que a aplicação da lei nova mais benéfica
após o trânsito em julgado só caberá ao Juízo da execução penal se NÃO for necessário mais que um mero
cálculo aritmético. Caso seja necessário mais que um mero cálculo aritmético, será preciso ajuizar revisão
criminal (uma ação autônoma de impugnação para desconstituir a sentença penal condenatória).
Imagine que determinado agente foi condenado pelo crime de furto, recebendo pena de 01 ano de reclusão.
Durante o cumprimento da pena surge nova lei benéfica, criando uma causa de diminuição de pena nos casos
em que o furto tenha sido praticado por pessoa com sérios problemas financeiros. Neste caso, para que haja a
aplicação da lei nova e reconhecimento da causa de diminuição de pena não basta um mero cálculo aritmético,
pois será necessário reanalisar o caso para saber se o agente se encontrava nas condições exigidas pela nova
lei. Assim, não será possível ao Juiz da execução penal a aplicação da lei nova, devendo ser ajuizada revisão
criminal.

5. (AUTOR – 2021)
A abolitio criminis é a descriminalização da conduta, tornando o fato atípico, bem como tendo
eficácia retroativa em relação aos fatos já praticados, fazendo cessar a pena e os demais efeitos
penais e extrapenais da condenação.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões Comentadas 9

GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
De fato, a abolitio criminis é a descriminalização da conduta e torna o fato, até então típico, em fato atípico.
Por se tratar de norma benéfica (a norma que descriminaliza a conduta é, evidentemente, benéfica ao agente),
terá eficácia retroativa, aplicando-se aos fatos já praticados antes da sua entrada em vigor.
Todavia, e aí está o erro da questão, a abolitio criminis faz cessar a pena e os demais efeitos penais condenação,
mas não afeta os efeitos EXTRAPENAIS da condenação.
Vejamos a redação do art. 2º do CP:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

6. (AUTOR – 2021)
No dia 20.04.2020, considerando uma grave crise pandêmica que assolava o mundo, foi edi-
tada no Brasil uma lei penal temporária, criminalizando a conduta de não usar máscara em
locais públicos no período de 20.04.2020 a 20.06.2020. José, no dia 15.05.2020, foi a uma
praça sem usar máscara no rosto. Em 21.06.2020 José não havia sido ainda processado e a lei
temporária já tinha expirado. Nesse caso, José não poderá ser punido pelo fato praticado, eis
que a lei temporária não está mais em vigor.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
O art. 3º assim estabelece:
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
O referido artigo trata das leis intermitentes, que se dividem em leis excepcionais e leis temporárias. As leis
excepcionais são aquelas que são produzidas para vigorar durante determinada situação. Por exemplo, estado
de sítio, estado de guerra, ou outra situação excepcional. Lei temporária é aquela que é editada para vigorar
durante determinado período, certo, cuja revogação se dará automaticamente quando se atingir o termo final de
vigência, independentemente de se tratar de uma situação normal ou excepcional do país.
No caso destas leis, dado seu caráter transitório, a autorrevogação natural da lei não importa abolitio criminis
em relação aos fatos praticados durante sua vigência! Isso porque a revogação é decorrência natural do término
do prazo de vigência da lei ou da cessação da situação excepcional. Assim, aquele que cometeu o crime durante
a vigência de uma destas leis responderá pelo fato, nos moldes previstos na lei, mesmo após o fim do prazo de
duração da norma.
Isso é uma questão de lógica, pois, se assim não o fosse, bastaria que o réu procrastinasse o processo até data
prevista para a revogação da lei a fim de que fosse decretada a extinção de sua punibilidade.

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Assim, José poderá ser punido pelo fato praticado, mesmo a lei temporária não estando mais em vigor neste
momento.
Logo, errada.
Porém, fiquem atentos. Se a lei excepcional ou temporária for expressamente revogada, isso gerará abolitio
criminis, ou seja, aqueles que praticaram o fato durante a vigência destas normas não poderão ser punidos.
Quando me refiro a “expressamente revogada”, me refiro à hipótese de o Poder Público entender desnecessá-
rio manter a criminalização da conduta e optar pela revogação da norma. Essa mudança de postura do Poder
Público importa abolitio criminis, e é diferente do caso em que a norma simplesmente perde vigência pela
expiração natural do prazo.

7. (AUTOR – 2021)
No dia 10.04.2020, José, com dolo de matar, atirou 06 vezes contra Maria. A vítima foi levada
para o hospital e somente veio a falecer em 15.05.2020, em razão dos disparos. Nesse caso,
considera-se praticado o crime no dia 15.05.2020, momento em que ocorreu o resultado morte.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo4º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro.
ERRADO.
Para podermos aplicar corretamente a lei penal, é necessário saber quando se considerada praticado o delito.
Três teorias buscam explicar quando se considera praticado o crime:
Teoria da atividade – O crime se considera praticado quando da ação ou omissão, não importando quando
ocorre o resultado.
Teoria do resultado – Para esta teoria, considera-se praticado o crime quando da ocorrência do resultado, inde-
pendentemente de quando fora praticada a ação ou omissão.
Teoria da ubiquidade ou mista – Para esta teoria, considera-se praticado o crime tanto no momento da ação
ou omissão quanto no momento do resultado.
Nosso Código adotou a teoria da atividade como a aplicável ao tempo do crime. Vejamos:
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
No caso concreto, portanto, considera-se praticado o crime em 10.04.2020, data da conduta, e não 15.05.2020
(data do resultado).
Frise-se que, no que tange aos crimes permanentes, considera-se que o crime está sendo praticado enquanto
não cessa a permanência (ex.: associação criminosa, sequestro, extorsão mediante sequestro, etc.), de maneira
que o tempo do crime será definido quando cessar a atividade criminosa.

8. (AUTOR – 2021)
Segundo o Código Penal, considera-se praticado o crime no momento da consumação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Questões Comentadas 11

Questão incorreta de acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro.


SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro.
ERRADO.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
Lembrar de “LUTA”:
Lugar do crime - teoria da ubiquidade
Tempo do crime - teoria da atividade

9. (AUTOR – 2021)
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o caput do artigo 3º do Código Penal (CP):
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

10. (AUTOR – 2021)


Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, mas não cessará,
em virtude dela, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória transitada em julgado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
ERRADO
De acordo com o caput do artigo 2º do Código Penal (CP):
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

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11. (AUTOR – 2021)


A entrada em vigor da nova Lei de Drogas, revogando a anterior, fez com que o crime de porte
de drogas para consumo pessoal deixasse de prever a aplicação de pena privativa de liberdade,
passando a adotar as seguintes como sanções: advertência sobre os efeitos das drogas; pres-
tação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo. Nesse sentido, no que tange à pena aplicável ao autor do citado delito, é correto
afirmar que a nova lei de drogas constitui um exemplo de:
a) a) novatio legis in mellius;
b) b) novatio legis não incriminadora;
c) c) abolito criminis;
d) d) novatio legis in pejus;
e) e) lei intermediária.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 2º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
a) novatio legis in mellius;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 2º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
Trata-se da nova lei que, sem suprimir a figura criminosa da conduta, de alguma forma beneficia o agente. Como
exemplo, podemos destacar uma nova lei que diminua a pena de um determinado crime. Sua aplicação retroa-
tiva, igualmente é imperiosa.
A previsão legal encontra-se no art. 2º, parágrafo único, do CP.
Parágrafo único – A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

12. (AUTOR – 2021)


Alan é condenado pela prática de crime previsto em lei a quinze anos de reclusão, tendo a
decisão judicial transitada em julgado. Após dois anos de cumprimento da pena, surge lei nova
que deixa de considerar como crime os fatos que levaram à condenação de Alan. Nesse caso,
segundo os comandos normativos do Código Penal, a lei:
a) a) retroagirá para beneficiar o réu;
b) b) retroagirá se houve concordância do Ministério Público;
c) c) não retroagirá por ser regra de exceção;
d) d) não retroagirá pelo efeito permanente da decisão judicial;
e) e) não retroagirá.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 2º, § ú do Código Penal Brasileiro.
a) retroagirá para beneficiar o réu;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 2º, § ú do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 13

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

13. (AUTOR – 2021)


Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente,
as teorias do(a)
a) a) consumação e do resultado;
b) b) ubiquidade e da atividade;
c) c) resultado e da ação.;
d) d) atividade e da ubiquidade;
e) e) ação e da consumação.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 4º e 6º do Código Penal Brasileiro.
d) atividade e da ubiquidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 4º e 6º do Código Penal Brasileiro.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado. (teoria da atividade).
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (teoria da ubiquidade).
.

14. (AUTOR – 2021)


Luís foi denunciado pelo Ministério Público pela suposta prática do crime de injúria qualificada.
No curso do processo restaram comprovadas a materialidade e autoria delitivas, motivo pelo
qual José foi condenado a uma pena de 02 anos de reclusão, tendo sido fixada indenização civil
mínima em favor da vítima, na monta de R$ 10.000,00 (Dez mil reais). No curso da execução
penal, antes mesmo de Luís ter reparado o dano mediante o pagamento da indenização fixada,
sobreveio nova lei penal descriminalizando a conduta praticada por José.
Nesse caso, é correto afirmar que:
a) a) houve abolitio criminis, mas isso não afetará José;
b) b) houve abolitio criminis, fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os de-
mais efeitos penais e extrapenais da condenação, inclusive a obrigação de indenizar
a vítima;
c) c) houve abolitio criminis fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os demais
efeitos penais da condenação, permanecendo a obrigação de indenizar a vítima;

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d) d) houve abolitio criminis, fazendo cessar a pena imposta a José, mas não os demais
efeitos penais e extrapenais da condenação;
e) e) houve continuidade típico-normativa, mas isso não afetará José.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
c) houve abolitio criminis fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os demais
efeitos penais da condenação, permanecendo a obrigação de indenizar a vítima
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 2º do Código Penal Brasileiro.
De fato, a abolitio criminis é a descriminalização da conduta e torna o fato, até então típico, em fato atípico.
Por se tratar de norma benéfica (a norma que descriminaliza a conduta é, evidentemente, benéfica ao agente),
terá eficácia retroativa, aplicando-se aos fatos já praticados antes da sua entrada em vigor.
Além disso, a abolitio criminis faz cessar a pena e os demais efeitos penais condenação, mas não afeta os efei-
tos EXTRAPENAIS da condenação.
Vejamos a redação do art. 2º do CP:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Assim, imagine que determinado agente foi condenado pelo crime “X” e está cumprindo pena. Surgindo uma Lei
nova, descriminalizando a conduta, referido agente será colocado em liberdade (deve cessar a pena imposta),
bem como tal condenação pelo crime X não poderá ser considerada futuramente para fins de reincidência (afas-
tam-se os efeitos penais da condenação). Porém, a obrigação de reparar o dano causado à vítima, por exemplo,
permanece, por se tratar de efeito extrapenal da condenação, ou seja, um efeito da condenação que reverbera
na vida NÃO criminal do agente.
Por fim, não se deve confundir a abolitio criminis com continuidade típico-normativa. Esta última se verifica
quando o tipo penal é revogado, mas a conduta continua sendo considerada criminosa em outro tipo penal,
criado pela nova lei ou já existente. Neste caso não há abolitio criminis.
No caso em tela, houve abolitio criminis, fazendo cessar a pena imposta a José, bem como os demais efeitos
penais da condenação. Todavia, permanecerão os efeitos extrapenais da condenação, como a obrigação de
indenizar a vítima.

15. (AUTOR – 2021)


Acerca da aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
a) a) É vedada a instituição de lei excepcional na seara penal.
b) b) É vedada a instituição de lei temporária na seara penal.
c) c) A lei excepcional aplica-se a fatos posteriores ao fim de sua vigência, desde que
correlatos às circunstâncias que a determinaram.
d) d) A lei posterior jamais se aplica aos fatos anteriores, ainda que não decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.
e) e) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.
GABARITO: E

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Questões Comentadas 15

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 4º do Código Penal Brasileiro.
e) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com artigo 4º do Código Penal Brasileiro.
CORRETA.
Nos termos do art. 4º do CP, considera-se praticado o crime no momento:
- Da AÇÃO ou OMISSÃO,
- Ainda que outro seja o momento do resultado.
No Brasil aplica-se, em relação ao tempo do crime, a Teoria da Atividade.

16. (AUTOR – 2021)


A respeito da aplicação da retroatividade da lei no direito penal, assinale a opção correta:
a) a) A aplicação da retroatividade ocorre mesmo em caso de aumento de pena, como
forma de garantir a justiça para o réu que tiver cometido o crime após a entrada em
vigor da lei mais severa;
b) b) A retroatividade de lei mais benéfica não pode ser aplicada a medida de segurança;
c) c) A retroatividade de lei mais benéfica somente será cabível no caso de haver abo-
litio criminis.
d) d) A aplicação da retroatividade da lei é concebível, desde que em benefício do réu
como medida de justiça.
e) e) A aplicação da retroatividade da lei é vedada constitucionalmente em qualquer
circunstância, a fim de garantir a segurança jurídica.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 2º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
d) A aplicação da retroatividade da lei é concebível, desde que em benefício do réu como
medida de justiça.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 2º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
As regras de aplicação da lei penal no tempo estão previstas no artigo 2º do Código Penal:
Lei penal no tempo
Art. 2º, CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A lei penal só poderá retroagir se houver benefício para o réu. É o que ocorre com a novatio legis in mellius e com
a abolitio criminis.
Veja o que dispõe o parágrafo único do art. 2º do Código Penal:

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Art. 2º, Parágrafo único, CP - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anterio-
res, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

17. (AUTOR – 2021)


É importante a fixação do tempo em que o crime se considera praticado para, entre outras
coisas, compreender a lei que deverá ser utilizada, aplicada, e estabelecer a imputabilidade
do sujeito. Com relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou a:
a) a) Teoria da Relatividade.
b) b) Teoria da Ubiquidade.
c) c) Teoria da Atividade.
d) d) Teoria da Excepcionalidade.
e) e) Teoria da Habitualidade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 4º, do Código Penal Brasileiro.
c) Teoria da Atividade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 4º, do Código Penal Brasileiro.
A questão aborda o tema aplicação da lei penal (Arts. 1 a 12 do CP).
Vamos a análise da questão!
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado (Teoria da atividade).
Letra C é o nosso gabarito.
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (Lugar do crime - ubiquidade).
As demais alternativas descrevem teorias inexistentes dentro da temática da aplicação da lei penal.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


O Direito Penal brasileiro considera como momento do cometimento do crime:
a) a) desde o seu planejamento.
b) b) quando atingido o resultado pretendido.
c) c) quando chega ao conhecimento das autoridades competentes.
d) d) o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
e) e) o momento do cometimento do crime é irrelevante para o Direito Penal.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro.
d) momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
SOLUÇÃO COMPLETA

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Questões Comentadas 17

Gabarito letra D de acordo o artigo 4º do Código Penal Brasileiro.


Nos termos do art. 4º do CP, considera-se praticado o crime no momento:
da AÇÃO ou OMISSÃO, ainda que outro seja o momento do resultado.
Tempo do crime
Art. 4º CP - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.

19. (AUTOR – 2021)


Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de
liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5
(cinco) anos de reclusão. No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a
citada lei no dia 31 de dezembro de 2017.
Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.
a) a) Caio deve ser imediatamente solto.;
b) b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado;
c) c) Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017.
d) d) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de con-
siderar crime.
e) e) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao
fato criminoso a lei temporária.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
e) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato
criminoso a lei temporária.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
Aplica-se ao caso narrado o disposto no art. 3º do CP.
Desta forma, a lei temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Por isso, Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.

20. (AUTOR – 2021)


Durante a pandemia de COVID-19 foi editada lei penal que criminalizava a conduta de frequen-
tar locais públicos sem o uso de máscara de proteção no rosto. A referida lei teria validade
entre 20.03.2020 e 20.07.2020. No dia 10.06.2020, José foi a uma praça pública passear com
seu animal de estimação e não usou máscara no rosto. No dia 21.07.2020 a lei já não mais se
encontrava em vigor e José ainda não havia sido punido.
Atento ao caso narrado, é correto afirmar que tal lei se configura como:
a) a) Lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado.

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b) b) Lei excepcional, e José poderá ser punido pelo fato praticado.


c) c) Lei temporária, e José não poderá mais ser punido pelo fato praticado.
d) d) Lei excepcional, e José não poderá mais ser punido pelo fato praticado.
e) e) Lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado desde que o processo
criminal tenha sido instaurado antes da expiração do prazo de validade da lei.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
a) Lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 3º do Código Penal Brasileiro.
A O art. 3º assim estabelece:
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
O referido artigo trata das leis intermitentes, que se dividem em leis excepcionais e leis temporárias. As leis
excepcionais são aquelas que são produzidas para vigorar durante determinada situação. Por exemplo, estado
de sítio, estado de guerra, ou outra situação excepcional. Lei temporária é aquela que é editada para vigorar
durante determinado período, certo, cuja revogação se dará automaticamente quando se atingir o termo final de
vigência, independentemente de se tratar de uma situação normal ou excepcional do país.
No caso destas leis, dado seu caráter transitório, a autorrevogação natural da lei não importa abolitio criminis
em relação aos fatos praticados durante sua vigência! Isso porque a revogação é decorrência natural do término
do prazo de vigência da lei ou da cessação da situação excepcional. Assim, aquele que cometeu o crime durante
a vigência de uma destas leis responderá pelo fato, nos moldes previstos na lei, mesmo após o fim do prazo de
duração da norma.
Isso é uma questão de lógica, pois, se assim não o fosse, bastaria que o réu procrastinasse o processo até data
prevista para a revogação da lei a fim de que fosse decretada a extinção de sua punibilidade.
Logo, a norma em questão é uma lei temporária, e José poderá ser punido pelo fato praticado, ainda que o
processo não tenha se iniciado quando da autorrevogação da norma.
Porém, cuidado! Se a lei excepcional ou temporária for expressamente revogada, isso gerará abolitio criminis,
ou seja, aqueles que praticaram o fato durante a vigência destas normas não poderão ser punidos. Quando me
refiro a “expressamente revogada”, me refiro à hipótese de o Poder Público entender desnecessário manter a
criminalização da conduta e optar pela revogação da norma. Essa mudança de postura do Poder Público importa
abolitio criminis, e é diferente do caso em que a norma simplesmente perde vigência pela expiração natural do
prazo.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. (AUTOR – 2021)
Jairo cometeu crime de furto no interior de aeronave brasileira pertencente a companhia
privada enquanto ela sobrevoava o Oceano Atlântico em direção a Portugal. O crime só foi
percebido quando a aeronave pousou no país europeu.
Considerando as disposições do Código Penal, julgue o item seguinte.
Apesar de a aeronave ser brasileira, não poderá ser aplicada a lei penal de nosso país, pois
o avião se encontrava sobre o alto-mar quando o crime foi cometido e só foi percebido ao
pousar em Portugal.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021)
No que tange à lei penal no espaço, o Código Penal brasileiro adota a territorialidade miti-
gada, aplicando-se a lei brasileira ao crime cometido no território nacional, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)
Será aplicada a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito inter-
nacional, ao crime cometido no território nacional.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021)
É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021)
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por
brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
6. (AUTOR – 2021)
A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos em aeronaves estrangeiras de proprie-
dade privada que estiverem sobrevoando o espaço aéreo brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)
Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de
propriedade privada, ainda que em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, em razão da soberania dos países.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

8. (AUTOR – 2021)
Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada onde quer que se encontrem.
Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021)
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do
governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021)
De acordo com o princípio da territorialidade da lei penal, se um crime for cometido dentro
de um navio público brasileiro, ainda que em alto-mar, o delito deverá ser julgado pela justiça
brasileira.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021)
Em relação à Aplicação da Lei Penal, assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal
Brasileiro.

a) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito


internacional, ao crime cometido no território nacional.
b) Considera-se praticado o crime somente no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo.
c) Considera-se praticado o crime no momento em que tenha ocorrido o resultado.
d) Não há crime sem lei anterior que o defina, mas há pena sem prévia cominação legal.
e) Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embar-
cações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada onde quer que se
encontrem.
12. (AUTOR – 2021)
Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente
executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor:
a) A Lei Brasileira.
b) A Lei Estrangeira;
c) Irá depender de onde ambos estejam no momento da instrução penal;
d) Quanto ao coautor o princípio da Ubiquidade, sendo punido pela Lei Brasileira ou
pela Lei Estrangeira;
e) Quanto ao coautor o princípio da Ubiquidade, sendo punido pela Lei Estrangeira.
13. (AUTOR – 2021)
Crimes cometidos em embarcações oficiais brasileiras em alto mar serão de competência da
justiça brasileira em razão do princípio:
a) Impessoalidade;
b) Defesa

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c) Nacionalidade ativa;
d) Territorialidade;
e) Representação ou bandeira.
14. (AUTOR – 2021)
De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta:
a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessan-
do em virtude dela a execução, mas não os efeitos penais da sentença condenatória.
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos ante-
riores, exceto se decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
c) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embar-
cações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço
aéreo correspondente ou em alto-mar.
d) Considera-se praticado o crime no momento em que o agente atinge o resultado
pretendido.
e) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
15. (AUTOR – 2021)
De acordo com o Código Penal,
a) considera-se lugar do crime aquele em que o resultado se produziu.
b) no cômputo do prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento.
c) a sentença estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado
à reparação do dano.
d) em se tratando de pena cumprida no estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam di-
ferentes as penas impostas, aquela cumprida no estrangeiro não atenuará a imposta
no Brasil.
e) aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações estrangeiras,
de propriedade privada, que estejam em porto ou mar territorial do Brasil.
16. (AUTOR – 2021)
Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido no território nacional. O art. 5º do CP estende
a aplicação da lei penal brasileira para fato cometido em
a) embarcação privada brasileira atracada em portos estrangeiros;
b) aeronave privada brasileira pousada em aeroportos estrangeiros, desde que o país
respectivo tenha acordo de extradição com o Brasil;
c) sede de embaixada ou unidade consular do Brasil no estrangeiro.
d) embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial do
Brasil;

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Questões sobre a aula 5

e) residência do embaixador brasileiro em país estrangeiro que faça parte do Mercosul.


17. (AUTOR – 2021)
Marque a alternativa correta que representa o princípio da territorialidade:
a) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território internacional.
b) Aplica-se a lei estrangeira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
c) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
d) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
e) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
nacional, ao crime cometido no território nacional.
18. (AUTOR – 2021)
Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal bra-
sileira, considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP.
a) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por
um Croata.
b) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores
desconhecidos.
c) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga
em coautoria com um brasileiro.
d) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio
privado, de bandeira portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro.
e) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia, praticado por brasileiro
no Paraguai, em cidade localizada a 2 km da fronteira com o Brasil.
19. (AUTOR – 2021)
Com relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
a) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime.
b) Os crimes cometidos no estrangeiro não se sujeitam à lei brasileira, ainda que o Brasil
se tenha obrigado, por tratado ou convenção, a reprimi-los.
c) Considera-se praticado o crime no momento da verificação do seu resultado, ainda
que a ação ou omissão tenha se dado em outro momento.
d) A lei penal posterior, ainda que favoreça o agente, não se aplica a fatos anteriores.
e) Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos nas embarcações e aeronaves brasileiras
a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

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20. (AUTOR – 2021)


Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma
aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço
aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito
vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima.
Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta.
a) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
territorialidade.
b) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
extraterritorialidade e princípio da justiça universal.
c) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser
julgado no estrangeiro.
d) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido
no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso.
e) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira.

GABARITO
1. Errado

2. Certo

3. Certo

4. Certo

5. Certo

6. Certo

7. Errado

8. Errado

9. Certo

10. Certo

11. A

12. A

13. D

14. C

15. E

16. D

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Questões Comentadas 7

17. C

18. D

19. E

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. (AUTOR – 2021)
Jairo cometeu crime de furto no interior de aeronave brasileira pertencente a companhia
privada enquanto ela sobrevoava o Oceano Atlântico em direção a Portugal. O crime só foi
percebido quando a aeronave pousou no país europeu.
Considerando as disposições do Código Penal, julgue o item seguinte.
Apesar de a aeronave ser brasileira, não poderá ser aplicada a lei penal de nosso país, pois
o avião se encontrava sobre o alto-mar quando o crime foi cometido e só foi percebido ao
pousar em Portugal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
Ainda que o crime tenha sido cometido no espaço aéreo correspondente ao alto-mar, deverá ser aplicada a
lei penal brasileira, pois a aeronave brasileira, ainda que pertencente a empresa privada, é considerada
território brasileiro por extensão. Observe:
Art. 5º, § 1º, CP. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respec-
tivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

2. (AUTOR – 2021)
No que tange à lei penal no espaço, o Código Penal brasileiro adota a territorialidade miti-
gada, aplicando-se a lei brasileira ao crime cometido no território nacional, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
O art. 5º assim dispõe:

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8

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Essa é a regra no que tange à aplicação da lei penal no espaço. Pelo princípio da territorialidade, aplica-se à lei
penal aos crimes cometidos no território nacional. Assim, não importa se o crime foi cometido por estran-
geiro ou contra vítima estrangeira. Se cometido no território nacional, submete-se à lei penal brasileira.
Território pode ser conceituado como espaço em que o Estado exerce sua soberania política. O território brasi-
leiro compreende:
O Mar territorial;
O espaço aéreo (Teoria da absoluta soberania do país subjacente);
O subsolo
São considerados como território brasileiro por extensão
Os navios e aeronaves públicos, onde quer que se encontrem
Os navios e aeronaves particulares, que se encontrem em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente.
Todavia, como o Código Penal admite exceções, podemos dizer que o nosso Código adotou o princípio da terri-
torialidade mitigada ou temperada (ex.: crime praticado no Brasil por agente diplomático estrangeiro. Nesse
caso, o agente será julgado em seu país de origem, conforme as leis daquele país). Logo, correta.

3. (AUTOR – 2021)
Será aplicada a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito inter-
nacional, ao crime cometido no território nacional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, do Código Penal Brasileiro.
CERTO
De acordo com o caput do artigo 5º do Código Penal (CP):
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

4. (AUTOR – 2021)
É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Questões Comentadas 9

Questão correta de acordo com artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.


SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do § 2º do art. 5º do Código Penal, é também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados
a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade PRIVADA, achando-se aquelas em
pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territo-
rial do Brasil.

5. (AUTOR – 2021)
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por
brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, II, «b» do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, II, «b» do Código Penal Brasileiro.
Trata-se de uma hipótese de extraterritorialidade condicionada, prevista no art. 7º, II, “b” do CP:
Extraterritorialidade
Art. 7º, CP. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
[...]
II - os crimes:
[...]
b) praticados por brasileiro;

6. (AUTOR – 2021)
A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos em aeronaves estrangeiras de proprie-
dade privada que estiverem sobrevoando o espaço aéreo brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, §2º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, §2º Código Penal Brasileiro.
Segundo a dicção do art. 5º, §2º do CP, a lei brasileira é aplicável aos crimes praticados a bordo de aeronaves
estrangeiras de propriedade privada, quando se encontrarem em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente.

7. (AUTOR – 2021)
Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de
propriedade privada, ainda que em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, em razão da soberania dos países.

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10

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 5º, § 2º, do Código Penal (CP). Senão vejamos:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 1984)

8. (AUTOR – 2021)
Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada onde quer que se encontrem.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 5º, § 1º, do Código Penal (CP):
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectiva-
mente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas
em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
Brasil. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

9. (AUTOR – 2021)
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do
governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.

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Questões Comentadas 11

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, § 1º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, § 1º Código Penal Brasileiro.
As embarcações a serviço do governo brasileiro são consideradas como extensão do território nacional.
Incide, portanto, o princípio da territorialidade, aplicando-se a lei brasileira onde quer que se encontrem.
Observe:
Art. 5º, § 1º, CP. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectiva-
mente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

10. (AUTOR – 2021)


De acordo com o princípio da territorialidade da lei penal, se um crime for cometido dentro
de um navio público brasileiro, ainda que em alto-mar, o delito deverá ser julgado pela justiça
brasileira.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
É a denominada territorialidade por extensão, em que a Lei Brasileira será aplicada.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aero-
naves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

11. (AUTOR – 2021)


Em relação à Aplicação da Lei Penal, assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal
Brasileiro.

a) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito


internacional, ao crime cometido no território nacional.
b) Considera-se praticado o crime somente no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo.
c) Considera-se praticado o crime no momento em que tenha ocorrido o resultado.
d) Não há crime sem lei anterior que o defina, mas há pena sem prévia cominação legal.

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12

e) Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embar-


cações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada onde quer que se
encontrem.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
Trata-se do princípio da territorialidade, previsto no art. 5º do CP:
Territorialidade
Art. 5º, CP. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.

12. (AUTOR – 2021)


Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente
executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor:
a) A Lei Brasileira.
b) A Lei Estrangeira;
c) Irá depender de onde ambos estejam no momento da instrução penal;
d) Quanto ao coautor o princípio da Ubiquidade, sendo punido pela Lei Brasileira ou
pela Lei Estrangeira;
e) Quanto ao coautor o princípio da Ubiquidade, sendo punido pela Lei Estrangeira.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
A Lei Brasileira.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
A questão exige conhecimentos sobre:
1 - Teoria adotada para definir o tempo em que o crime foi praticado
O Código Penal adotou a teoria da atividade para determinar o tempo do crime. Assim, diante da configuração do
concurso de pessoas, ambos responderão pela lei brasileira.
2 - Competência para processar e julgar o concurso de pessoas operacionalizado em território nacional
A alternativa está correta, de acordo com a teoria da atividade, considera-se o tempo do crime no momento da
ação ou omissão, portanto, como o concurso de pessoas foi operado no território brasileiro aplica-se ao partí-
cipe e ao coautor a Lei brasileira.
3 - Princípio da territorialidade

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Questões Comentadas 13

De acordo com o princípio da territorialidade, a lei brasileira deverá ser aplicada nos termos do art. 5º do Código
Penal, in verbis:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.

13. (AUTOR – 2021)


Crimes cometidos em embarcações oficiais brasileiras em alto mar serão de competência da
justiça brasileira em razão do princípio:
a) Impessoalidade;
b) Defesa
c) Nacionalidade ativa;
d) Territorialidade;
e) Representação ou bandeira.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 5º, §1º do Código Penal Brasileiro.
Territorialidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 5º, §1º do Código Penal Brasileiro.
CORRETA.
O art. 5º, §1º, do Código Penal, dispõe que “para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território
nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer
que se encontrem”, sendo essa hipótese fundamentada no princípio da territorialidade.

14. (AUTOR – 2021)


De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta:
a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessan-
do em virtude dela a execução, mas não os efeitos penais da sentença condenatória.
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos ante-
riores, exceto se decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
c) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embar-
cações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço
aéreo correspondente ou em alto-mar.
d) Considera-se praticado o crime no momento em que o agente atinge o resultado
pretendido.
e) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada.
GABARITO: C

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14

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 5º, §1º do Direito Penal – Parte Geral.
Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 5º, §1º do Direito Penal – Parte Geral.
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

15. (AUTOR – 2021)


De acordo com o Código Penal,
a) considera-se lugar do crime aquele em que o resultado se produziu.
b) no cômputo do prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento.
c) a sentença estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado
à reparação do dano.
d) em se tratando de pena cumprida no estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam di-
ferentes as penas impostas, aquela cumprida no estrangeiro não atenuará a imposta
no Brasil.
e) aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações estrangeiras,
de propriedade privada, que estejam em porto ou mar territorial do Brasil.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações estrangeiras, de pro-
priedade privada, que estejam em porto ou mar territorial do Brasil.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
Art. 5 (...)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspon-
dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

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Questões Comentadas 15

16. (AUTOR – 2021)


Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido no território nacional. O art. 5º do CP estende
a aplicação da lei penal brasileira para fato cometido em
a) embarcação privada brasileira atracada em portos estrangeiros;
b) aeronave privada brasileira pousada em aeroportos estrangeiros, desde que o país
respectivo tenha acordo de extradição com o Brasil;
c) sede de embaixada ou unidade consular do Brasil no estrangeiro.
d) embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial do
Brasil;
e) residência do embaixador brasileiro em país estrangeiro que faça parte do Mercosul.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial do Brasil;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 5º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do art. 5º, §2º, CP, a embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial do
Brasil é considerada extensão do território nacional.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspon-
dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

17. (AUTOR – 2021)


Marque a alternativa correta que representa o princípio da territorialidade:
a) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território internacional.
b) Aplica-se a lei estrangeira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
c) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
d) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
e) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
nacional, ao crime cometido no território nacional.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 5º, do Código Penal Brasileiro.

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16

Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 5º, do Código Penal Brasileiro.
Art. 5º. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal bra-
sileira, considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP.
a) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por
um Croata.
b) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores
desconhecidos.
c) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga
em coautoria com um brasileiro.
d) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio
privado, de bandeira portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro.
e) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia, praticado por brasileiro
no Paraguai, em cidade localizada a 2 km da fronteira com o Brasil.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio privado,
de bandeira portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 5º do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está correta, pois descreve a aplicação da territorialidade presente no art. 5°, parágrafo
segundo do CP.
Art. 5°, parágrafo segundo do CP.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspon-
dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

19. (AUTOR – 2021)


Com relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
a) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime.
b) Os crimes cometidos no estrangeiro não se sujeitam à lei brasileira, ainda que o Brasil
se tenha obrigado, por tratado ou convenção, a reprimi-los.

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Questões Comentadas 17

c) Considera-se praticado o crime no momento da verificação do seu resultado, ainda


que a ação ou omissão tenha se dado em outro momento.
d) A lei penal posterior, ainda que favoreça o agente, não se aplica a fatos anteriores.
e) Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos nas embarcações e aeronaves brasileiras
a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos nas embarcações e aeronaves brasileiras a
serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 5º, § 1º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 5º, § 1º, do Código Penal (CP):
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectiva-
mente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

20. (AUTOR – 2021)


Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma
aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço
aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito
vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima.
Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta.
a) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
territorialidade.
b) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
extraterritorialidade e princípio da justiça universal.
c) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser
julgado no estrangeiro.
d) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido
no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso.
e) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 5º, §1º do Direito Penal – Parte Geral.

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18

f) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
territorialidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 5º, §1º do Direito Penal – Parte Geral.
Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da territorialidade, já que se
consideram, para efeitos penais, extensão do território nacional, as embarcações e aeronaves brasileiras de
natureza pública e as que estão a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, segundo o art. 5º,
§1º, do Código Penal.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal brasileiro adotou, para identificar o lugar onde foi praticado o crime, a teoria
da ubiquidade, pois somente é considerado praticado o crime no lugar onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Será aplicável a lei penal brasileira a agente que praticar crime de furto contra a sede de
empresa pública brasileira situada no estrangeiro, ainda que o referido agente tenha sido
absolvido ou condenado no estrangeiro pelo mesmo fato.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Um crime de estupro praticado por cidadão holandês contra cidadã francesa, a bordo de
embarcação privada, de bandeira brasileira, quando ancorada em território estrangeiro, fica
sujeito à lei penal brasileira, pelo princípio da representação, desde que o crime não seja jul-
gado no país em que ocorreu e sejam preenchidas as condições exigidas pelo Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por
brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, será punido, segundo a lei brasileira, o
agente que está a serviço da Administração Pública e pratica crime contra esta, embora o fato
tenha acontecido fora do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O Código Penal brasileiro elenca hipóteses de extraterritorialidade, ou seja, situações nas quais
será aplicável a lei penal brasileira a um crime ocorrido fora do Brasil. Dentre estas hipóteses se
encontra a situação de crime praticado por brasileiro, mas não a hipótese de crime praticado
por estrangeiro contra brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ficam sujeitas à lei brasileira, embora cometidas no estrangeiro, as contravenções penais
praticadas contra Administração Pública por quem está a seu serviço.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes patrimoniais prati-
cados contra o Presidente da República, independentemente de qualquer condição.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as
teorias do(a) atividade e ubiquidade.

Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Paulo cometeu o crime de peculato contra a administração pública brasileira enquanto estava
a serviço do Brasil em missão na França. Processado pela justiça francesa, foi absolvido em
sentença que transitou em julgado.
Considerando a legislação penal sobre o fato narrado, é correto afirmar que:
a) Paulo poderá ser punido no Brasil, ainda que tenha sido absolvido por sentença
transitada em julgado proferida pela justiça francesa.
b) Paulo não poderá ser punido no Brasil por ter sido absolvido pela justiça francesa
com trânsito em julgado.
c) Paulo poderá ser punido no Brasil, desde que para isso cumpra alguns requisitos,
como entrar em território nacional.
d) Paulo não poderá ser punido no Brasil, pois a lei penal brasileira não alcança fatos
praticados no exterior.
e) Paulo poderá ser punido no Brasil, desde que ocorra sua extradição pela justiça
francesa.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Imagine que, em missão oficial ao exterior, o Prefeito de São José dos Campos tenha o compu-
tador pessoal que utiliza, de propriedade da Prefeitura, furtado. Nesse caso, é correto afirmar
que o agente criminoso
a) fica sujeito à Lei Penal brasileira, ainda que absolvido no exterior.
b) cumprirá pena no Brasil sem que se leve em conta a pena cumprida no exterior.
c) apenas será punido pela Lei Penal brasileira se o fato também for considerado crime
no exterior.
d) apenas será julgado pela Lei Penal brasileira se não for condenado no exterior.
e) apenas será punido pela Lei Penal brasileira se for brasileiro.

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4

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em condicionada e incon-
dicionada. Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados
crimes cometidos fora do território, independentemente de qualquer condição, ainda que o
acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro, EXCETO
a) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
b) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público.
c) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
d) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado.
e) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria se produzir
o resultado. Existem várias teorias acerca do lugar do crime. Qual é a Teoria adotada pelo
Código Penal vigente?
a) Teoria da Atividade.
b) Teoria do Resultado.
c) Teoria da Ubiquidade.
d) Teoria do Assentimento
e) Teoria da Relatividade.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca das regras de territorialidade e de extraterritorialidade da lei penal, assinale a opção
correta.
a) Crime praticado em aeronave brasileira de propriedade privada em território estran-
geiro não se sujeita à lei penal brasileira, mesmo que não seja julgado no exterior.
b) Crime praticado em embarcação de propriedade de governo estrangeiro, quando se
encontrar em mar territorial brasileiro, ficará sujeito à lei penal brasileira.
c) Crime contra a administração pública nacional praticado no exterior ficará sujeito
à lei brasileira quando o agente criminoso que estava a serviço da administração
regressar ao Brasil.
d) O brasileiro que praticar crime em território estrangeiro poderá ser punido, devendo
ser aplicada ao fato a lei penal brasileira, ainda que o agente não mais ingresse no
Brasil.
e) Crime de genocídio praticado fora do território brasileiro poderá ser julgado no Brasil
quando cometido contra povo alienígena por estrangeiro domiciliado no Brasil.

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Questões sobre a aula 5

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora
cometido no estrangeiro, o crime
a) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil;
b) contra o patrimônio do Presidente da República;
c) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores;
d) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público;
e) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria
a) da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte.
b) do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
c) da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.
d) da extraterritorialidade, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido
no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
e) da territorialidade estendida, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime come-
tido a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada,
onde quer que se encontrem.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aos crimes praticados por brasileiros no estrangeiro aplica-se a seguinte teoria:
a) Extraterritorialidade incondicionada.
b) Territorialidade mitigada.
c) Territorialidade temperada.
d) Extraterritorialidade condicionada.
e) Extraterritorialidade hipercondicionada.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Mévio, deputado estadual, estava de férias com sua família em embarcação brasileira, de
natureza privada, na França, quando acabou por praticar um crime de lesão corporal grave
contra um francês que foi desrespeitoso com seus filhos. Dias após do delito, Mévio retornou ao
Brasil sem que os fatos chegassem ao conhecimento das autoridades francesas, mas, em razão
de gravações por câmeras de celulares, o Ministério Público tomou conhecimento dos fatos.
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Mévio

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a) não poderá vir a ser julgado no Brasil, já que o Código Penal adota o princípio da
territorialidade e o crime foi praticado em território estrangeiro.
b) não poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal prever hipóteses
de extraterritorialidade, Mévio não estava a serviço da Administração e a vítima era
estrangeira.
c) poderá vir a ser julgado no Brasil, ainda que já houvesse sido julgado no estrangeiro,
diante da extraterritorialidade incondicionada justificada por ser funcionário público,
mas eventual pena aplicada na França atenuaria a imposta no Brasil.
d) poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal não prever causas
de extraterritorialidade, aplica-se o princípio da territorialidade, já que a embarcação
privada brasileira é considerada território nacional.
e) poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições,
o autor ingresse no país e não tenha sido absolvido na França.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Constitui hipótese de aplicação da lei penal brasileira, independentemente de qualquer con-
dição, a mera prática de delito em outro país que não o Brasil, exceto os crimes:
a) praticados por brasileiros.
b) contra a vida ou liberdade do Presidente da República.
c) contra o patrimônio ou a fé pública da união, do DF, de Estado, Território ou Município.
d) contra a administração pública, por quem está a seu serviço
e) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

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Questões sobre a aula 7

GABARITO
1. Errado

2. Certo

3. Certo

4. Certo

5. Certo

6. Certo

7. Errado

8. Errado

9. Errado

10. Certo

11. A

12. A

13. D

14. C

15. E

16. D

17. C

18. D

19. E

20. A

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8

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal brasileiro adotou, para identificar o lugar onde foi praticado o crime, a teoria
da ubiquidade, pois somente é considerado praticado o crime no lugar onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 6º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 6º do Código Penal Brasileiro.
A teoria que considera praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado é a teoria
do resultado.
A teoria da ubiquidade, adotada pelo Código Penal, afirma que o crime é considerado realizado tanto no
lugar onde foi praticada a conduta quando no lugar onde produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Atente:
Lugar do crime
Art. 6º, CP. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 6º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 6º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 6º do Código Penal (CP):
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Lembrar de “LUTA”:
Lugar do crime - teoria da ubiquidade
Tempo do crime - teoria da atividade

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Questões Comentadas 9

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Será aplicável a lei penal brasileira a agente que praticar crime de furto contra a sede de
empresa pública brasileira situada no estrangeiro, ainda que o referido agente tenha sido
absolvido ou condenado no estrangeiro pelo mesmo fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, I, “b” do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, I, “b” do Código Penal Brasileiro.
CERTO
No caso em tela, há hipótese de extraterritorialidade incondicionada, pelo princípio da defesa ou proteção,
na forma do art. 7º, I, “b” do CP.
Este princípio visa a garantir a aplicação da lei penal brasileira aos crimes cometidos, em qualquer lugar e por
qualquer agente, mas que ofendam bens jurídicos nacionais. Está previsto no art. 7°, I, “a, b e c”:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
Ocorrendo qualquer dessas hipóteses, será aplicável a lei penal brasileira, independentemente do preenchimento
das condições previstas no art. 7º, §2º do CP.
Ademais, será aplicada a lei brasileira ainda que o agente já tenha sido condenado ou absolvido no exterior:
Art. 7º (...)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
estrangeiro.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Um crime de estupro praticado por cidadão holandês contra cidadã francesa, a bordo de
embarcação privada, de bandeira brasileira, quando ancorada em território estrangeiro, fica
sujeito à lei penal brasileira, pelo princípio da representação, desde que o crime não seja jul-
gado no país em que ocorreu e sejam preenchidas as condições exigidas pelo Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com artigo 7°, II, “c” do Código Penal Brasileiro.

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10

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 7°, II, “c” do Código Penal Brasileiro.
A lei penal brasileira pode ser aplicada a fatos criminosos ocorridos FORA do território nacional. A isso dá-se o
nome de extraterritorialidade.
Diversos são os motivos que levam o legislador a estabelecer tais hipóteses de extraterritorialidade. Um desses
fundamentos é o fato de o crime ocorrer a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada. Nesse caso, é possível a aplicação da lei penal brasileira pelo chamado princípio da repre-
sentação, bandeira ou pavilhão.
Por este princípio, aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos no estrangeiro, a bordo de aeronaves e
embarcações privadas, mas que possuam bandeira brasileira, quando, no país em que ocorreu o crime, este não
for julgado.
A previsão está no art. 7°, II, “c” do CPB:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(...)
II - os crimes: (...)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Frise-se, portanto, que o crime não pode ter sido julgado no local em que ocorreu. Ademais, tal situação confi-
gura hipótese de extraterritorialidade CONDICIONADA, de maneira que devem estar preenchidas as condições
do art. 7º, §2º do CP para que a lei penal brasileira possa ser aplicável ao caso:
Art. 7º (...)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável.
Por fim, mas não menos importante, caso o crime fosse cometido a bordo de uma aeronave pertencente ao
Brasil, por exemplo, o avião oficial da Presidência da República, a lei penal brasileira seria aplicada não pelo
Princípio da Bandeira, mas pelo Princípio da Territorialidade, pois estas aeronaves são consideradas território
brasileiro por extensão, onde quer que se encontrem!

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por
brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, II, «b» do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 11

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 7º, II, «b» do Código Penal Brasileiro.
Trata-se de uma hipótese de extraterritorialidade condicionada, prevista no art. 7º, II, “b” do CP:
Extraterritorialidade
Art. 7º, CP. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: [...]
II - os crimes: [...]
b) praticados por brasileiro;

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, será punido, segundo a lei brasileira, o
agente que está a serviço da Administração Pública e pratica crime contra esta, embora o fato
tenha acontecido fora do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 7º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 7º Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 7º do Código Penal (CP):
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em territó-
rio estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

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c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reuni-
das as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal brasileiro elenca hipóteses de extraterritorialidade, ou seja, situações nas quais
será aplicável a lei penal brasileira a um crime ocorrido fora do Brasil. Dentre estas hipóteses se
encontra a situação de crime praticado por brasileiro, mas não a hipótese de crime praticado
por estrangeiro contra brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
De fato, o Código Penal brasileiro estabelece hipóteses de extraterritorialidade, ou seja, situações nas quais será
aplicável a lei penal brasileira a um crime ocorrido fora do Brasil.
Todavia, tanto no caso de crime praticado POR BRASILEIRO quanto na hipótese de crime praticado CONTRA
BRASILEIRO, será possível a aplicação da lei penal brasileira.
Trata-se, aqui, do princípio da nacionalidade (ou personalidade). Divide-se em princípio da personalidade ativa
e da personalidade passiva.
Pelo princípio da personalidade ativa, aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido por brasileiro no estran-
geiro. As hipóteses de aplicação deste princípio estão previstas no art. 7°, I, “d” e II, “b” do CPB:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: (...)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (...)
II - os crimes: (...)
b) praticados por brasileiro;
No primeiro caso, basta que o crime de genocídio tenha sido cometido por brasileiro para que a lei brasileira seja
aplicada, não havendo qualquer condição além desta. Alguns sustentam que nesse caso, o fato mais importante
é o crime em si, e não a nacionalidade do infrator, motivo pelo qual haveria aí o princípio da Justiça Universal
(crimes que afetam toda a comunidade internacional e exigem repressão por todos).
No segundo caso (crime comum cometido por brasileiro no exterior) não dúvidas quanto à adoção do princípio
da personalidade ativa, mas devem ser preenchidas as condições do §2° do art. 7° do CP, por se tratar de extra-
territorialidade condicionada.

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Questões Comentadas 13

Por fim, pelo princípio da personalidade passiva, aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos por estran-
geiro contra brasileiro fora do Brasil. Nos termos do art. 7°, §3° do CP:
Art. 7º (...) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,
se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Nesse caso, além das condições previstas para as hipóteses de extraterritorialidade condicionada, para a apli-
cação do princípio da personalidade passiva o Código prevê ainda outras duas condições:
- Ter havido requisição do Ministro da Justiça
- Não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição do estrangeiro que praticou o crime
Em razão desse “excesso” de condições, tal hipótese é doutrinariamente denominada de extraterritorialidade
hipercondicionada.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ficam sujeitas à lei brasileira, embora cometidas no estrangeiro, as contravenções penais
praticadas contra Administração Pública por quem está a seu serviço.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º do Código Penal Brasileiro.
ERRADO
De acordo com o artigo 7º do Código Penal (CP):
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em territó-
rio estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

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§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estran-
geiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reuni-
das as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes patrimoniais prati-
cados contra o Presidente da República, independentemente de qualquer condição.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º, I, “a” Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 7º, I, “a” Código Penal Brasileiro.
ERRADO
Na verdade, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a vida ou a
liberdade praticada contra o Presidente da República, conforme o artigo 7º, I, “a”, do Código Penal (CP). Senão
vejamos:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984).

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Questões Comentadas 15

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as
teorias do(a) atividade e ubiquidade.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 4º e 6º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 4º e 6º do Código Penal Brasileiro.
Para o tempo do crime, o CP adota a teoria da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no momento
em que houve a ação ou omissão pelo agente, mesmo que o resultado ocorra depois, conforme seu art. 4º:
Tempo do crime
Art. 4º, CP. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
Já quanto ao lugar do crime, o Código Penal adota a teoria da ubiquidade, ou seja, é considerado praticado o
crime tanto no lugar da ação ou omissão, quanto no lugar onde ocorre o resultado. Observe o que consta no art.
6º do CP:
Lugar do crime
Art. 6º, CP. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Paulo cometeu o crime de peculato contra a administração pública brasileira enquanto estava
a serviço do Brasil em missão na França. Processado pela justiça francesa, foi absolvido em
sentença que transitou em julgado.
Considerando a legislação penal sobre o fato narrado, é correto afirmar que:
a) Paulo poderá ser punido no Brasil, ainda que tenha sido absolvido por sentença
transitada em julgado proferida pela justiça francesa.
b) Paulo não poderá ser punido no Brasil por ter sido absolvido pela justiça francesa
com trânsito em julgado.
c) Paulo poderá ser punido no Brasil, desde que para isso cumpra alguns requisitos,
como entrar em território nacional.
d) Paulo não poderá ser punido no Brasil, pois a lei penal brasileira não alcança fatos
praticados no exterior.
e) Paulo poderá ser punido no Brasil, desde que ocorra sua extradição pela justiça
francesa.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 7º, Inciso I e §1º, do Código Penal Brasileiro.

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16

Paulo poderá ser punido no Brasil, ainda que tenha sido absolvido por sentença tran-
sitada em julgado proferida pela justiça francesa.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 7º, Inciso I e §1º do Código Penal Brasileiro.
O crime de peculato (art. 312, CP) é previsto no Código Penal como um crime contra a Administração Pública
(Título XI do CP). Assim, Paulo cometeu crime contra a administração pública brasileira no exterior, podendo
ser punido pela lei brasileira (o que exclui a letra D). Veja:
Art. 7º, CP. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
[...]
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
Nesse caso, sua punição ainda poderá ocorrer ainda que tendo transitada em julgado a sentença de absolvi-
ção proferida pela justiça francesa (o que afasta a letra B). Observe:
Art. 7º, § 1º, CP. Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou conde-
nado no estrangeiro.
Trata-se de aplicação da lei penal brasileira pela extraterritorialidade incondicionada. Em outras palavras,
não é necessário que ocorra qualquer condição para que o agente seja processado pela lei penal brasileira (o
que exclui as letras C e E).

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Imagine que, em missão oficial ao exterior, o Prefeito de São José dos Campos tenha o compu-
tador pessoal que utiliza, de propriedade da Prefeitura, furtado. Nesse caso, é correto afirmar
que o agente criminoso
a) fica sujeito à Lei Penal brasileira, ainda que absolvido no exterior.
b) cumprirá pena no Brasil sem que se leve em conta a pena cumprida no exterior.
c) apenas será punido pela Lei Penal brasileira se o fato também for considerado crime
no exterior.
d) apenas será julgado pela Lei Penal brasileira se não for condenado no exterior.
e) apenas será punido pela Lei Penal brasileira se for brasileiro.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 7º, I, “b”, § 1º do Código Penal Brasileiro.
fica sujeito à Lei Penal brasileira, ainda que absolvido no exterior.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 7º, I, “b”, § 1º do Código Penal Brasileiro.
Observe que o computador é de propriedade da prefeitura. Dessa forma, incidirá a extraterritorialidade
incondicionada, conforme previsto no art. 7º, I, “b” c/c § 1º do Código Penal, e o agente será punido pela lei
brasileira ainda que seja absolvido no exterior. Veja:
Art. 7º, CP. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

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Questões Comentadas 17

I - os crimes: [...]
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
[...]
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, AINDA QUE ABSOLVIDO ou condenado no
estrangeiro.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em condicionada e incon-
dicionada. Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados
crimes cometidos fora do território, independentemente de qualquer condição, ainda que o
acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro, EXCETO
a) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
b) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público.
c) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
d) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado.
e) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 7º, II, “a” do Código Penal Brasileiro.
quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 7º, II, “a” do Código Penal Brasileiro.
Esta hipótese encontra-se no inciso II, alínea A, do artigo 7º do Código Penal Brasileiro, o qual se trata de EXTRA-
TERRITORIALIDADE CONDICIONADA, pois, para que seja possível a aplicação da lei penal brasileira, é necessário
que seja cumprido os 5 requisitos do §2º do artigo mencionado.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria se produzir
o resultado. Existem várias teorias acerca do lugar do crime. Qual é a Teoria adotada pelo
Código Penal vigente?
a) Teoria da Atividade.
b) Teoria do Resultado.
c) Teoria da Ubiquidade.
d) Teoria do Assentimento
e) Teoria da Relatividade.

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GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 6º do Direito Penal – Parte Geral.
Teoria da Ubiquidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 6º do Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
Conforme o art. 6º do Código Penal Brasileiro, esta é exatamente a teoria adotada no ordenamento jurídico.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca das regras de territorialidade e de extraterritorialidade da lei penal, assinale a opção
correta.
a) Crime praticado em aeronave brasileira de propriedade privada em território estran-
geiro não se sujeita à lei penal brasileira, mesmo que não seja julgado no exterior.
b) Crime praticado em embarcação de propriedade de governo estrangeiro, quando se
encontrar em mar territorial brasileiro, ficará sujeito à lei penal brasileira.
c) Crime contra a administração pública nacional praticado no exterior ficará sujeito
à lei brasileira quando o agente criminoso que estava a serviço da administração
regressar ao Brasil.
d) O brasileiro que praticar crime em território estrangeiro poderá ser punido, devendo
ser aplicada ao fato a lei penal brasileira, ainda que o agente não mais ingresse no
Brasil.
e) Crime de genocídio praticado fora do território brasileiro poderá ser julgado no Brasil
quando cometido contra povo alienígena por estrangeiro domiciliado no Brasil.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 7º, I, “d” do Código Penal Brasileiro.
Crime de genocídio praticado fora do território brasileiro poderá ser julgado no Brasil
quando cometido contra povo alienígena por estrangeiro domiciliado no Brasil.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com artigo 7º, I, “d” do Código Penal Brasileiro.
Está correta, pois apresenta hipótese de extraterritorialidade incondicionada reconhecida pela legislação penal
brasileira (art. 7º, I, “d”, do CP). São casos em que a lei penal brasileira poderá alcançar fatos praticados no
estrangeiro. Na hipótese do genocídio, para que seja aplicada a lei penal brasileira, é necessário ao menos que o
agente seja brasileiro ou domiciliado no Brasil (no caso do estrangeiro, hipótese narrada na alternativa).

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora
cometido no estrangeiro, o crime

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Questões Comentadas 19

a) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil;


b) contra o patrimônio do Presidente da República;
c) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores;
d) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público;
e) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 7º, I, “ b” do Código Penal Brasileiro.
contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 7º, I, “b” do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o Art. 7º, I alínea b, do Código Penal, os crimes cometidos contra o patrimônio de fundação
instituída pelo Poder Público, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que diz respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria
a) da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte.
b) do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
c) da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.
d) da extraterritorialidade, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime cometido
no estrangeiro contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
e) da territorialidade estendida, ou seja, considera-se praticado no Brasil o crime come-
tido a bordo de embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada,
onde quer que se encontrem.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 6º, do Código Penal Brasileiro.
da ubiquidade, ou seja, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se
o resultado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 6º, do Código Penal Brasileiro.

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20

Diz a questão que a respeito ao lugar do crime, o CP adotou a teoria “da ubiquidade, ou seja, considera-se
praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado”. Está de acordo com o art. 6 do CP:
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Aos crimes praticados por brasileiros no estrangeiro aplica-se a seguinte teoria:
a) Extraterritorialidade incondicionada.
b) Territorialidade mitigada.
c) Territorialidade temperada.
d) Extraterritorialidade condicionada.
e) Extraterritorialidade hipercondicionada.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 7º, II, “b” do Código Penal Brasileiro.
Extraterritorialidade condicionada.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 7º, II, “b” do Código Penal Brasileiro.
A hipótese tratada na questão encontra previsão na alínea “b”, do inciso II, do artigo 7º, do Código Penal:
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(...)
II - os crimes:
(...)
b) praticados por brasileiro;
Por ser uma hipótese em que é aplicado o direito penal pátrio a um crime cometido FORA do território nacional,
conclui-se que o caso versa sobre EXTRAterritorialidade.
A extraterritorialidade pode ser incondicionada, condicionada ou hipercondicionada.
As hipóteses elencadas no inciso II, do art. 7º, do CP configuram a extraterritorialidade CONDICIONADA, pois a
aplicação da lei penal depende da presença cumulativa de algumas condições. Nesse sentido, vejamos o §2º, do
art. 7º, do CP:
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

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Questões Comentadas 21

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável.
Destarte, aos crimes praticados por brasileiro no estrangeiro aplica-se a Teoria da Extraterritorialidade
Condicionada.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Mévio, deputado estadual, estava de férias com sua família em embarcação brasileira, de
natureza privada, na França, quando acabou por praticar um crime de lesão corporal grave
contra um francês que foi desrespeitoso com seus filhos. Dias após do delito, Mévio retornou ao
Brasil sem que os fatos chegassem ao conhecimento das autoridades francesas, mas, em razão
de gravações por câmeras de celulares, o Ministério Público tomou conhecimento dos fatos.
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Mévio
a) não poderá vir a ser julgado no Brasil, já que o Código Penal adota o princípio da
territorialidade e o crime foi praticado em território estrangeiro.
b) não poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal prever hipóteses
de extraterritorialidade, Mévio não estava a serviço da Administração e a vítima era
estrangeira.
c) poderá vir a ser julgado no Brasil, ainda que já houvesse sido julgado no estrangeiro,
diante da extraterritorialidade incondicionada justificada por ser funcionário público,
mas eventual pena aplicada na França atenuaria a imposta no Brasil.
d) poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal não prever causas
de extraterritorialidade, aplica-se o princípio da territorialidade, já que a embarcação
privada brasileira é considerada território nacional.
e) poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições,
o autor ingresse no país e não tenha sido absolvido na França.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 7º, II, ‘b’, § 2º do Código Penal Brasileiro.
poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições, o
autor ingresse no país e não tenha sido absolvido na França.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 7º, II, ‘b’, § 2º do Código Penal Brasileiro.
CERTA.
É um caso de extraterritorialidade condicionada com base no Art. 7º, inciso II, alínea ‘b’ e § 2º do CP.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: [...]
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;

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22

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em territó-


rio estrangeiro e aí não sejam julgados. [...]
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Constitui hipótese de aplicação da lei penal brasileira, independentemente de qualquer con-
dição, a mera prática de delito em outro país que não o Brasil, exceto os crimes:
a) praticados por brasileiros.
b) contra a vida ou liberdade do Presidente da República.
c) contra o patrimônio ou a fé pública da união, do DF, de Estado, Território ou Município.
d) contra a administração pública, por quem está a seu serviço
e) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 7º, II, “b”, §2º do Direito Penal – Parte Geral.
praticados por brasileiros.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 7º, II, “b”, §2º do Direito Penal – Parte Geral.
A questão busca a alternativa que contempla hipótese de extraterritorialidade CONDICIONADA.
A extraterritorialidade incondicionada está prevista no artigo 7º, §1º, do Código Penal e abrange os crimes
suscitados pelo inciso I.
A extraterritorialidade condicionada abrange os crimes abordados no inciso II e necessita das condições
elencadas no § 2º do artigo 7º do Código Penal.
‘’Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

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Questões Comentadas 23

II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável’’

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não deve o juiz desprezar as frações de dia nas penas privativas de liberdade e nas restritivas
de direitos se o montante final da pena não for um número inteiro, eis que esta precisa ser
cumprida integralmente.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Deve o juiz desprezar as frações de dia nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos se o montante final da pena não for um número inteiro.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Para fins de contagem do prazo penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, con-
tando-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
C
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
No que tange à obrigação de reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis, deverá haver
requerimento da parte interessada para que a sentença estrangeira seja homologada no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A pena cumprida no estrangeiro poderá atenuar ou ser computada na pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
consequências, pode ser homologada no Brasil para sujeitá-lo a medida de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Na contagem dos prazos penais, não se inclui no cômputo o dia do começo, mas inclui-se o
do vencimento.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A sentença estrangeira que obriga o condenado à reparado do dano não pode ser homologada
no país, em respeito à soberania do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, mas nela não é computada quando idênticas.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A pena cumprida no estrangeiro não é computada na pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, ainda quem sejam idênticas.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Suponha que A. D. M. tenha sido condenado à pena de seis anos de reclusão pela prática de
roubo simples (art. 157, caput, do Código Penal). Considerando o flagrante delito ocorrido em
21 de março de 2017, sem levar em conta as demais regras da progressão de regime, a rigor,
A. D. M. deve ser colocado em liberdade em
a) 20 de março de 2023.
b) 18 de março de 2023.
c) 22 de março de 2023.
d) 21 de março de 2023.
e) 19 de março de 2023.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito de contagem de prazo no Direito Penal, assinale a alternativa correta.
a) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas res-
tritivas de direitos.
b) O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
c) Contam-se os meses e os anos pelo calendário gregoriano, cujos meses são de trinta
dias e os anos são de trezentos e sessenta dias.
d) O cômputo do prazo é suspenso em feriados nacionais e religiosos.
e) O dia do término inclui-se no cômputo do prazo, sendo prorrogável até à meia-noite
do dia útil subsequente.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
consequências, pode ser homologada no Brasil para:
a) impedi-lo de obter a nacionalidade brasileira.
b) obrigar o condenado à prestação de serviços à comunidade
c) impor ao réu o dever de reparar o dano, na exata proporção do delito cometido.
d) sujeitá-lo à medida de segurança.
e) obrigar o condenado à pena restritiva de liberdade.

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4

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta.
a) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência e
somente no período de sua duração.
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos ante-
riores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
c) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
d) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a
Administração Pública, por quem está a seu serviço, sendo o agente punido segundo
a lei brasileira somente se condenado no estrangeiro.
e) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil, para obrigar o condenado
à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis, prescindindo de pedido
da parte interessada.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise os itens abaixo à luz do Decreto-Lei Nº. 2.848/1940 e após assinale a alternativa correta:
a) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
b) Os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Esta-
do, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público ficam sujeitos à lei do país em
que forem praticados.
c) Pena. O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum.
d) O trabalho do preso pode ser ou não remunerado.
e) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à
reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1 ano de reclusão
no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no exterior e voltou ao Brasil,
tendo sido preso em razão do mandado de prisão expedido pela justiça brasileira. Nesse caso,
a pena cumprida no exterior
a) implicará na transformação automática da pena imposta no Brasil em sanção
pecuniária.
b) será considerada circunstância atenuante e a pena fixada no Brasil será objeto de
nova dosimetria.

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Questões sobre a aula 5

c) implicou exaurimento da sanção penal cabível e Rodrigo não estará sujeito ao cum-
primento da pena imposta no Brasil.
d) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais
1 ano de reclusão
e) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá cumprir integralmente os 2 anos
de reclusão impostos pela justiça brasileira.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o art. 8.º do CP, a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas, desde que as penas digam respeito
a) a crimes da mesma espécie.
b) a condenações não transitadas em julgado.
c) ao mesmo crime.
d) a crimes que não sejam classificados como atentatórios à dignidade da pessoa
humana.
e) a crimes que não estejam inseridos no rol daqueles que, por convenção ou tratado
internacional, o Brasil tenha se obrigado a combater.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que concerne à aplicação da lei penal, é correto afirmar:
a) A lei posterior que reduzir a pena imposta a determinado delito, não se aplica aos
fatos anteriores já decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
b) No cálculo do cumprimento de pena privativa de liberdade, não se inclui o dia do
começo, computando-se o do vencimento.
c) Ao crime cometido no Brasil por estrangeiro aplica-se sempre a lei do país de sua
nacionalidade.
d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo delito,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
e) Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu o resultado.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta acerca do cumprimento de pena no estrangeiro.
a) Deverá submeter o agente a novo julgamento, quando verificada a ocorrência do
mesmo crime.
b) Direito Penal é internacional, considerando-se, sempre, automaticamente, atenuado
o seu cumprimento no Brasil.
c) Será convertida em pena restritiva de direitos.
d) Não poderá ser computada no Brasil, em função da sua soberania.
e) Deverá ser atenuada a pena imposta no Brasil, quando for pelo mesmo crime.

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6

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta.
a) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo
inclui-se no cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
b) As regras gerais do Código Penal sempre terão aplicação aos fatos incriminados por
lei especial.
c) Nas penas privativas de liberdade desprezam-se as frações de dias, o mesmo não
ocorrendo nas penas restritivas de direitos.
d) A lei penal não contém dispositivo a respeito da prorrogação dos prazos penais e,
assim, podem ser prorrogáveis.
e) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. CERTO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E

4. CERTO 8. ERRADO 12. A 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não deve o juiz desprezar as frações de dia nas penas privativas de liberdade e nas restritivas
de direitos se o montante final da pena não for um número inteiro, eis que esta precisa ser
cumprida integralmente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 11 do Código Penal (CP):
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena
de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

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Questões Comentadas 7

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Deve o juiz desprezar as frações de dia nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos se o montante final da pena não for um número inteiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
CERTO
De acordo com o artigo 11 do Código Penal (CP):
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena
de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Para fins de contagem do prazo penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, con-
tando-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
CERTO.
É o que dispõe o art. 10 do Código Penal (CP).
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que tange à obrigação de reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis, deverá
haver requerimento da parte interessada para que a sentença estrangeira seja homologada
no Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com artigo 9º, I e parágrafo único, alínea “a” do Código
Penal Brasileiro.

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SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 9º, I e parágrafo único, alínea “a” do Código Penal Brasileiro.
CERTO
De acordo com o artigo 9º, I e parágrafo único, alínea “a” do Código Penal (CP):
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a
sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A pena cumprida no estrangeiro poderá atenuar ou ser computada na pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
CERTO
De acordo com o artigo 8º do Código Penal (CP):
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
consequências, pode ser homologada no Brasil para sujeitá-lo a medida de segurança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 9º, II Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 9º, II Código Penal Brasileiro.
EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA

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Questões Comentadas 9

Art. 9º A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para:
I – Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II – Sujeitá-lo a medida de segurança.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Na contagem dos prazos penais, não se inclui no cômputo o dia do começo, mas inclui-se o
do vencimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 10 do Código Penal (CP):
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença estrangeira que obriga o condenado à reparado do dano não pode ser homologada
no país, em respeito à soberania do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 9º, I do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 9º, I do Código Penal Brasileiro.
ERRADO
De acordo com o artigo 9º do Código Penal (CP):
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conse-
quências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a
sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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10

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, mas nela não é computada quando idênticas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 8º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 8º Código Penal Brasileiro.
ERRADA
De acordo com o artigo 8º do Código Penal (CP):
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A pena cumprida no estrangeiro não é computada na pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, ainda quem sejam idênticas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
ERRADO
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Suponha que A. D. M. tenha sido condenado à pena de seis anos de reclusão pela prática de
roubo simples (art. 157, caput, do Código Penal). Considerando o flagrante delito ocorrido em
21 de março de 2017, sem levar em conta as demais regras da progressão de regime, a rigor,
A. D. M. deve ser colocado em liberdade em
a) 20 de março de 2023.
b) 18 de março de 2023.
c) 22 de março de 2023.
d) 21 de março de 2023.
e) 19 de março de 2023.
GABARITO: A

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Questões Comentadas 11

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
a) 20 de março de 2023.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 10º do Código Penal Brasileiro.
A questão exigiu conhecimento do art. 10 do CP. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias,
os meses e os anos pelo calendário comum. Logo, o delito completará 6 anos de reclusão no dia 20 de março de 2023.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito de contagem de prazo no Direito Penal, assinale a alternativa correta.
a) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas res-
tritivas de direitos.
b) O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
c) Contam-se os meses e os anos pelo calendário gregoriano, cujos meses são de trinta
dias e os anos são de trezentos e sessenta dias.
d) O cômputo do prazo é suspenso em feriados nacionais e religiosos.
e) O dia do término inclui-se no cômputo do prazo, sendo prorrogável até à meia-noite
do dia útil subsequente.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
a) As frações de dia são desconsideradas nas penas privativas de liberdade e nas res-
tritivas de direitos.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 11º do Código Penal Brasileiro.
O artigo 11 do Código Penal, nos traz a explicação de frações não computáveis da pena. Vejamos:
Segundo o art. 11 CP - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de
dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Aqui basta que se faça a correção no que diz respeito as frações de multa, tendo em vista que hoje se entende
como “real”.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
consequências, pode ser homologada no Brasil para:
a) impedi-lo de obter a nacionalidade brasileira.
b) obrigar o condenado à prestação de serviços à comunidade
c) impor ao réu o dever de reparar o dano, na exata proporção do delito cometido.
d) sujeitá-lo à medida de segurança.
e) obrigar o condenado à pena restritiva de liberdade.

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12

GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 9º, II do Código Penal Brasileiro.
d) sujeitá-lo à medida de segurança.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 9º, II do Código Penal Brasileiro.
Art. 9º A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para:
I – Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II – Sujeitá-lo a medida de segurança.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta.
a) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência e
somente no período de sua duração.
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos ante-
riores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
c) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
d) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a
Administração Pública, por quem está a seu serviço, sendo o agente punido segundo
a lei brasileira somente se condenado no estrangeiro.
e) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil, para obrigar o condenado
à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis, prescindindo de pedido
da parte interessada.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 8º do Direito Penal – Parte Geral.
c) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 8º do Direito Penal – Parte Geral.
Trata-se do previsto no artigo 8º do Código Penal, que determina que a pena cumprida no estrangeiro atenua a
pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

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Questões Comentadas 13

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise os itens abaixo à luz do Decreto-Lei Nº. 2.848/1940 e após assinale a alternativa correta:
a) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
b) Os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Esta-
do, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público ficam sujeitos à lei do país em
que forem praticados.
c) Pena. O dia do começo não se inclui no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum.
d) O trabalho do preso pode ser ou não remunerado.
e) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à
reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 9º do Código Penal Brasileiro.
e) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à
reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com artigo 9º do Código Penal Brasileiro.
É o que se extrai do artigo 9º, inciso I do Código Penal:
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para:
I - Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II - Sujeitá-lo a medida de segurança.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1 ano de reclusão
no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no exterior e voltou ao Brasil,
tendo sido preso em razão do mandado de prisão expedido pela justiça brasileira. Nesse caso,
a pena cumprida no exterior
a) implicará na transformação automática da pena imposta no Brasil em sanção
pecuniária.
b) será considerada circunstância atenuante e a pena fixada no Brasil será objeto de
nova dosimetria.
c) implicou exaurimento da sanção penal cabível e Rodrigo não estará sujeito ao cum-
primento da pena imposta no Brasil.

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14

d) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais
1 ano de reclusão
e) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá cumprir integralmente os 2 anos
de reclusão impostos pela justiça brasileira.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
d) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais
1 ano de reclusão;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
A questão exigiu conhecimento sobre a pena cumprida no estrangeiro (art. 8º, do Código Penal). Segundo
previsão legal, a pena cumprida no estrangeiro ATENUA a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas.
No caso do enunciado, a pena no Brasil é 2 anos de reclusão, superior a pena cominada no exterior.
Assim a pena cumprida no exterior ATENUA a pena imposta no Brasil. Portanto Rodrigo cumprirá mais 1 ano de
reclusão.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o art. 8.º do CP, a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas, desde que as penas digam respeito
a) a crimes da mesma espécie.
b) a condenações não transitadas em julgado.
c) ao mesmo crime.
d) a crimes que não sejam classificados como atentatórios à dignidade da pessoa
humana.
e) a crimes que não estejam inseridos no rol daqueles que, por convenção ou tratado
internacional, o Brasil tenha se obrigado a combater.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 8º, do Código Penal Brasileiro.
c) ao mesmo crime.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 8º, do Código Penal Brasileiro.
Segundo o preceituado no Código Penal:
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.

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Questões Comentadas 15

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


No que concerne à aplicação da lei penal, é correto afirmar:
a) A lei posterior que reduzir a pena imposta a determinado delito, não se aplica aos
fatos anteriores já decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
b) No cálculo do cumprimento de pena privativa de liberdade, não se inclui o dia do
começo, computando-se o do vencimento.
c) Ao crime cometido no Brasil por estrangeiro aplica-se sempre a lei do país de sua
nacionalidade.
d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo delito,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
e) Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu o resultado.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo delito,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
CERTA
Segundo o art. 8º, do Código Penal:
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.
Dessa forma, a assertiva está correta, por ser cópia literal da lei.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta acerca do cumprimento de pena no estrangeiro.
a) Deverá submeter o agente a novo julgamento, quando verificada a ocorrência do
mesmo crime.
b) Direito Penal é internacional, considerando-se, sempre, automaticamente, atenuado
o seu cumprimento no Brasil.
c) Será convertida em pena restritiva de direitos.
d) Não poderá ser computada no Brasil, em função da sua soberania.
e) Deverá ser atenuada a pena imposta no Brasil, quando for pelo mesmo crime.
GABARITO: E

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16

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
e) Deverá ser atenuada a pena imposta no Brasil, quando for pelo mesmo crime.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 8º do Código Penal Brasileiro.
Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.
O regramento contido neste dispositivo tem relação com as hipóteses de extraterritorialidade incondicionada da
Lei Penal Brasileira.
Nesta toada, se o indivíduo cumpriu pena por um determinado fato no estrangeiro, e caso seja hipótese de
aplicação da nossa lei, a pena por ele cumprida no estrangeiro deve atenuar ou ser computada na pena imposta
no Brasil.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta.
a) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo
inclui-se no cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
b) As regras gerais do Código Penal sempre terão aplicação aos fatos incriminados por
lei especial.
c) Nas penas privativas de liberdade desprezam-se as frações de dias, o mesmo não
ocorrendo nas penas restritivas de direitos.
d) A lei penal não contém dispositivo a respeito da prorrogação dos prazos penais e,
assim, podem ser prorrogáveis.
e) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 10º do Direito Penal – Parte Geral.
a) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo
inclui-se no cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 10º do Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
A assertiva encontra amparo no artigo 10 do Código Penal, senão vejamos:
«O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum.»
Ainda se colaciona o artigo 798, §1º, do Código de Processo Penal, para não deixar qualquer dúvida.
«Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias,
domingo ou dia feriado.
§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.”

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Conforme o princípio da subsidiariedade, o direito penal somente tutela uma pequena fração
dos bens jurídicos protegidos nas hipóteses em que se verifica uma lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de maior relevância.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único controle social formal
dotado de recursos coativos, embora seja o que disponha dos instrumentos mais enérgicos,
é reconhecido pela doutrina como princípio da subsidiariedade.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da alternatividade é aplicável aos crimes plurinucleares.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Conforme o princípio da subsidiariedade, a norma definidora de um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, na relação os
fatos não se apresentam em relação a gênero e espécie, mas de minus e plus, de continente
e conteúdo, de todo e parte, de inteiro e fração.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Aquele que utilizar laudo médico falso para, sob a alegação de possuir doença de natureza
grave, furtar-se ao pagamento de tributo, deverá ser condenado apenas pela prática do delito
de sonegação fiscal se a falsidade ideológica for cometida com o exclusivo objetivo de fraudar
o fisco, em virtude da aplicação do princípio da subsidiariedade.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O conflito aparente de normas é o conflito que ocorre quando duas ou mais normas são apa-
rentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma pretende regular o
fato, mas é um conflito aparente, porque, com efeito, apenas uma delas acaba sendo aplicada
à hipótese.
Fernando Capez. Curso de direito penal, v .I: parte geral.16.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012 (com
adaptações).
Com base no texto acima e nos princípios utilizados para a solução do conflito aparente de
normas penais, julgue o item seguinte.

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Questões sobre a aula 3

Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa situa-
ção, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de violação de
domicílio, mas somente pelo crime de furto.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da con-
sunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio necessário
ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais abrangente.
Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para a prática
do crime de estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Roberto invadiu o escritório profissional de Juliana e furtou modernos computadores lá exis-
tentes. Nessa situação, Roberto responderá apenas pelo crime de furto.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O princípio da subsidiariedade atua como “soldado de reserva”, aplicando a norma subsidiária
menos grave quando impossível a aplicação da norma principal mais grave.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considere a seguinte situação hipotética.
Um traficante de drogas comprou dois quilos de cocaína e, em seguida, vendeu a metade do
entorpecente, retendo em depósito um quilo da droga para posterior consumo e venda.
evidenciam o tráfico de entorpecentes, conforme tipificado na legislação específica e, assim,
no caso em apreço, o agente responderá por dois ou mais delitos de tráfico ilícito de entorpe-
centes em continuação delitiva, uma vez que adquiriu, vendeu e reteve em depósito substância
entorpecente.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
“Um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de prepa-
ração ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior
do agente, cometida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”. No conflito
aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da
a) Especialidade;
b) Impessoalidade;
c) Consunção;
d) Subsidiariedade;
e) Alternatividade.

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4

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Para se vingar de uma agressão pretérita, João, maior de idade, com vontade livre e consciente
de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra Pedro. Tendo se certificado de que apenas
um projétil havia atingido Pedro, em local não letal, e de que ele ainda estava vivo, João, então,
efetuou mais dois disparos. Esses dois disparos foram letais, e o homicídio se consumou. João
possuía o porte e a posse legal da arma utilizada.
Considerando essa situação, assinale a opção correta.
a) Trata-se de um crime progressivo, pois João praticou vários atos, tendo passado de
um crime menos grave para outro de maior gravidade;
b) Em razão do princípio da consunção, que será aplicado ao caso, João responderá
unicamente pelo homicídio;
c) O crime praticado por João é classificado como crime complexo;
d) João praticou duas condutas típicas e autônomas, pois dois bens jurídicos foram
violados em um só contexto fático;
e) Em razão do princípio da subsidiariedade, João responderá apenas pelo crime de
homicídio.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da facilidade
propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo crime de peculato e
não pelo delito de furto em decorrência do princípio da
a) subsidiariedade;
b) consunção;
c) especialidade;
d) generalidade;
e) alternatividade.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São princípios que solucionam o conflito aparente de normas penais:
a) insignificância, consunção, subsidiariedade e alteridade.
b) insignificância, alteridade, consunção e alternatividade.
c) especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.
d) especialidade, alteridade, consunção e subsidiariedade.
e) especialidade, alternatividade, subsidiariedade e insignificância.

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Questões sobre a aula 5

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“O crime de infanticídio, descrito no artigo 123 do Código Penal, tem núcleo idêntico ao do
crime de homicídio, previsto no artigo 121, caput, do mesmo código, qual seja: “matar alguém”.
Todavia, o artigo 123 exige, para sua consumação, a presença, no caso concreto de elementos
diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vítima e influência do estado puerperal,
o que faz com que prevaleça sobre o tipo penal, genérico, do artigo 121.”
O enunciado refere-se ao:
a) Princípio da Especialidade.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Reserva Legal.
e) Princípio da Alternatividade.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que mata alguém, por imprudência, negligência ou imperícia, na direção de veículo
automotor, comete o crime previsto no art. 302, da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasi-
leiro), e não o crime previsto no art. 121, § 3.º, do Código Penal. Assinale, dentre os princípios
adiante mencionados, em qual deles está fundamentada tal afirmativa.
a) Princípio da Reserva Legal. d) Princípio da Especialidade.
b) Princípio da Subsidiariedade. e) Princípio da Alternatividade.
c) Princípio da Consunção.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da
a) Princípio da Reserva Legal.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Especialidade.
e) Princípio da Alternatividade.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Pela regra da consunção,
a) é admissível a combinação de normas favoráveis ao agente.
b) a norma especial afasta a geral.
c) o concurso material prevalece ao formal, se favorável ao agente.
d) a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para a prática de outro
crime fica excluída pela que tipifica a conduta final.
e) a norma subsidiária é excluída pela principal.

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19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime de porte de arma de fogo é absorvido pelo crime de roubo quando estiver caracte-
rizada a dependência ou subordinação entre as duas condutas. Para essa absorção, ainda, é
necessário que os delitos sejam praticados no mesmo contexto fático.
a) O enunciado refere-se ao
b) concurso formal de crimes.
c) crime continuado.
d) concurso material de crimes.
e) crime de mãos próprias.
f) princípio da consunção.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Este princípio se faz pertinente para resolução do conflito aparente quando uma norma
possui, em sua definição, todos os elementos típicos de outra, e mais alguns, denominados
especializantes.
a) Princípio da Especialidade.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Reserva Legal.
e) Princípio da Alternatividade.

GABARITO
1. ERRADO 5. ERRADO 9. CERTO 13. C 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. ERRADO 14. C 18. D

3. CERTO 7. CERTO 11. C 15. A 19. E

4. ERRADO 8. CERTO 12. B 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Conforme o princípio da subsidiariedade, o direito penal somente tutela uma pequena fração
dos bens jurídicos protegidos nas hipóteses em que se verifica uma lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de maior relevância.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

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Questões Comentadas 7

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
A alternativa é incorreta, pois o princípio da subsidiariedade é o que propõe o direito penal como ultima ratio, ou
seja, aquele ramo do direito que atua quando os outros ramos não puderem solucionar determinado problema de
ordem pública.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único controle social formal
dotado de recursos coativos, embora seja o que disponha dos instrumentos mais enérgicos,
é reconhecido pela doutrina como princípio da subsidiariedade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Também é chamado de “soldado de reserva”. Utiliza-se deste princípio quando não existir previsão legal
para tanto, bem como quando não for possível caracterizar uma infração principal. Estes casos podem ser
observados quando o legislador utiliza o termo “se o fato não constitui crime mais grave”.
Exemplos: arts. 132, 238 e 307 do CP.
Embora seja de compreensão menos fácil do que o anterior, o princípio da subsidiariedade também é utilizado
para a resolução do conflito aparente de normas. No caso, a relação que se estabelece não é a de exclusão entre
o geral e o especial, mas entre normas primárias e secundárias.

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da alternatividade é aplicável aos crimes plurinucleares.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
Os crimes plurinucleares, também chamados de crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado, são aqueles
em que o tipo penal descreve várias condutas no mesmo artigo, ou seja, contém vários verbos como núcleos do
tipo.
Neste espeque, temos as situações que envolvem os chamados crimes de ação múltipla, ou, simplesmente: tipo
misto alternativo. Consiste naquelas condutas em que o tipo penal é composto por diversos núcleos (verbos).
Assim, a prática de mais de um verbo dentro de um mesmo contexto fático representa crime único.

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Exemplo clássico é a lei de drogas, que traz, em seu bojo, dezoito ações nucleares, conforme:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa).

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Conforme o princípio da subsidiariedade, a norma definidora de um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, na relação os
fatos não se apresentam em relação a gênero e espécie, mas de minus e plus, de continente
e conteúdo, de todo e parte, de inteiro e fração.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
ERRADA.
A definição apresentada na assertiva refere-se ao princípio da consunção ou da absorção. Fala-se em con-
sunção, por exemplo, entre o crime de lesão corporal (crime consunto - absorvido) e homicídio (crime consuntivo
- que absorve). Perceba que para haver o homicídio é necessário que “se passe” pela lesão corporal.
O princípio da subsidiariedade, por sua vez, significa que determinado tipo penal será aplicado subsidiaria-
mente a outro. Ou seja, a figura subsidiária está inclusa na principal, seja expressamente, seja tacitamente,
implicitamente.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que utilizar laudo médico falso para, sob a alegação de possuir doença de natureza
grave, furtar-se ao pagamento de tributo, deverá ser condenado apenas pela prática do delito
de sonegação fiscal se a falsidade ideológica for cometida com o exclusivo objetivo de fraudar
o fisco, em virtude da aplicação do princípio da subsidiariedade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com Direito Penal - Parte Geral.
ERRADA.
O crime de sonegação fiscal está previsto no art. 1º da Lei 4729/65 da seguinte forma:
Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal:

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Questões Comentadas 9

I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das
pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de
tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei;
II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros
exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda
Pública;
IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução
de tributos devidos à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.
V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga, qualquer percentagem sobre a
parcela dedutível ou deduzida do imposto sobre a renda como incentivo fiscal.
Pena: Detenção, de seis meses a dois anos, e multa de duas a cinco vezes o valor do tributo.
Observando o citado dispositivo, constatamos que o sujeito que se utiliza de laudo médico falso para furtar-se
ao pagamento de tributo realmente pratica o crime de sonegação fiscal, pois a conduta se amolda perfeita-
mente ao tipo previsto no inciso I do artigo. Ademais, se o agente se utiliza do documento falso com a finalidade
exclusiva de fraudar o Fisco, responderá tão somente pelo crime de sonegação fiscal, mas, ao contrário do que
afirma o enunciado, isso não se deve ao princípio da subsidiariedade.
Isso acontece porque a subsidiariedade se verifica quando um crime funcionar como elementar, qualificadora
ou causa de aumento de pena de outra infração que lhe seja mais grave, como ocorre nos crimes complexos. No
caso em tela, a falsificação e o uso do documento falso não são indispensáveis à caracterização do delito, que,
inclusive, poderá ser praticado se o agente prestar a declaração falsa de forma verbal.
Em verdade, a responsabilização do agente unicamente pelo crime de sonegação fiscal se deve à aplicação do
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO, que é aquele que se verifica quando a norma incriminadora de um fato caracterizar
ato preparatório, executório, meio necessário, ou conduta posterior de outro fato incriminado por uma norma
mais grave. Nesse caso o crime menos grave será absorvido pelo de maior gravidade, e é isso que se verifica no
caso em tela.
Vale citar, ainda, a Súmula 17 do STJ, que, apesar de se referir ao crime de estelionato, também explica bem o
fundamento da presente questão. Vejamos:
SÚMULA 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
Portanto, a questão erra ao fundamentar a conclusão do enunciado no princípio da subsidiariedade, pois, na
realidade, ela decorre do princípio da consunção.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O conflito aparente de normas é o conflito que ocorre quando duas ou mais normas são aparen-
temente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma pretende regular o fato, mas
é um conflito aparente, porque, com efeito, apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese.
Fernando Capez. Curso de direito penal, v .I: parte geral.16.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012 (com
adaptações).
Com base no texto acima e nos princípios utilizados para a solução do conflito aparente de
normas penais, julgue o item seguinte.
Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa situa-
ção, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de violação de
domicílio, mas somente pelo crime de furto.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
CERTA
O caso em questão está em conformidade com o Princípio da Consunção, em que um crime “meio” (violação de
domicílio) é necessário ou fase normal de preparação para outro crime (furto).
Pontos importantes:
- Crime progressivo - O agente tem um fim específico mais grave, entretanto, necessariamente deve passar
por fases anteriores menos graves, sendo um meio para um fim. Neste caso será aplicado o Princípio da
Consunção.
- Progressão criminosa - acontece quando o dolo inicial é menos grave e no meio da conduta o agente muda
sua intenção para uma mais grave (dois dolos), neste caso NÃO será aplicado o Princípio da Consunção.
Ocorre também a aplicação do Princípio da Consunção quando, por exemplo, o agente falsifica um documento
com o intuito de cometer o crime de estelionato. Como o crime de falso é meio necessário para o crime de
estelionato, funcionando como a elementar fraude, fica por este absorvido.
- Sinônimo de Princípio da Absorção.
- A finalidade é afastar a dupla incriminação (bis in idem) de uma mesma conduta.
Súmula 17 STJ - Quando o falso exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da con-
sunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio necessário
ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais abrangente.
Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para a prática
do crime de estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
CORRETA.
De acordo com Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p. 137), pelo
princípio da consunção (ou da absorção), temos dois fatos e duas normas, mas uma delas irá absorver a
outra (lex consumens derrogat lex consumptae). Na realidade, o fato absorvido serve apenas de preparação para
a execução do fato que o absorveu ou como seu mero exaurimento.
Aqui, consoante a Súmula 17 do STJ, “quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é
por este absorvido.” Nesse caso, o falso é um antefactum impunível, funcionando como meio de execução do
estelionato.

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Questões Comentadas 11

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Roberto invadiu o escritório profissional de Juliana e furtou modernos computadores lá exis-
tentes. Nessa situação, Roberto responderá apenas pelo crime de furto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
CORRETA.
Pelo princípio da consunção (ou da absorção), “o fato mais amplo e grave consome, absorve os demais fatos
menos amplos e graves” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p.
136). Assim,
o fato absorvido serve apenas de preparação para a execução do fato que o absorveu ou como seu mero
exaurimento.
Segundo o STF, esse princípio é aplicável quando um delito de alcance menos abrangente praticado pelo
agente for meio necessário ou fase preparatória ou executória para a prática de um delito de alcance
mais abrangente. Assim, a consunção determina que a conduta mais grave praticada pelo agente (crime-fim)
absorve a conduta menos grave (crime-meio) (STF, 1ª Turma. HC 121.652/SC. Rel. Min. Dias Toffoli, Julg. 22/4/2014.
Info 743)
Portanto, o crime de violação de domicílio (art. 150, CP) funciona como fase executória do crime de furto (art.
155, CP), e o agente responderá somente por este:
Furto
Art. 155, CP. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O princípio da subsidiariedade atua como “soldado de reserva”, aplicando a norma subsidiária
menos grave quando impossível a aplicação da norma principal mais grave.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
A alternativa está correta, pois um dos princípios para a resolução do conflito aparente de normas é o da sub-
sidiariedade, onde existe a relação de principal e secundária entre as normas em conflito. A lei principal é
mais abrangente, abarca mais elementos e disciplina delitos mais graves.
A lei dita subsidiária é aplicada somente quando não ocorrer o delito mais severo
Fonte:
Manual de Direito Penal - Rogério Sanches.

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10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considere a seguinte situação hipotética.
Um traficante de drogas comprou dois quilos de cocaína e, em seguida, vendeu a metade do
entorpecente, retendo em depósito um quilo da droga para posterior consumo e venda.
evidenciam o tráfico de entorpecentes, conforme tipificado na legislação específica e, assim,
no caso em apreço, o agente responderá por dois ou mais delitos de tráfico ilícito de entorpe-
centes em continuação delitiva, uma vez que adquiriu, vendeu e reteve em depósito substância
entorpecente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal - Parte Geral.
De acordo com o princípio penal da alternatividade, o traficante em questão apenas responderá por 1 delito de
tráfico ilícito de entorpecentes.
De acordo com Rogério Sanches Cunha:
“O princípio da alternatividade tem validade e aplicação prática nos chamados crimes de conteúdo múltiplo (ou
variado), isto é, tipos penais que contam com vários verbos nucleares (cf. art. 33 da Lei de Drogas, art. 12 do Esta-
tuto do Desarmamento etc.)”.
Continua o ilustre autor:
[...] Nessas hipóteses, se o agente realiza vários verbos, porém, no mesmo contexto fático e sucessivamente [...],
por força do princípio da alternatividade, responderá por crime único, devendo o juiz considerar a pluralidade de
núcleos praticados na fixação da pena”.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“Um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de prepa-
ração ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior
do agente, cometida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”. No conflito
aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da
a) Especialidade;
b) Impessoalidade;
c) Consunção;
d) Subsidiariedade;
e) Alternatividade.
GABARITO: C

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Questões Comentadas 13

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

c) Consunção.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal – Parte geral.

Pelo princípio da CONSUNÇÃO, o fato mais amplo e mais grave absorve outros menos amplos e graves. Diferen-
temente do que ocorre nos princípios da especialidade e subsidiariedade, aqui há uma sequência de atos, sendo
que um ato funciona como fase normal de preparação ou execução ou mero exaurimento de outro crime.
Exemplo: a lesão corporal é fase normal de execução em relação ao crime de homicídio, sendo que este absorve
aquele.
No princípio da consunção se verifica as seguintes situações:
1. CRIME COMPLEXO: é formado pela reunião de dois ou mais crimes. Exemplo: no roubo com resultado morte (art.
157, § 3º, II, CP) o autor responde pelo latrocínio, ficando o roubo e o homicídio absorvidos.
PROGRESSÃO CRIMINOSA: o agente inicia o iter criminis com a intenção de provocar determinada lesão a um bem
jurídico, sendo que, após conseguir o seu intento, muda de ideia e prova uma violação ao mesmo bem jurídico.
Há uma progressão na cabeça do indivíduo, sendo o sujeito guiado por uma pluralidade de desígnios, havendo
alteração no seu dolo. Exemplo: o sujeito pretendia lesionar o seu desafeto, mas durante a agressão, decide
tirar-lhe a vida e levá-lo a óbito. Só responderá pelo homicídio, ficando as lesões corporais por ele consumidas.
2. CRIME PROGRESSIVO: o agente se propõe, desde o início (ex: matar alguém), a uma mesma finalidade (unidade
de desígnios), sendo que a conduta de anterior (ex: agressões físicas) são meios necessários para a conduta
final. Difere do
que ocorre na progressão criminosa, em que o agente muda de ideia durante o iter criminis (ex: queria ferir, mas
decide matar durante a agressão). Em ambos os casos, o resultado final (ex: morte) absorve os resultados ocor-
ridos durante o fato (ex: lesões corporais). No crime progressivo há o ante factum impunível (fato anterior menos
grave é praticado como meio necessário para a realização de outro) e pode haver o post factum impunível (após
praticar o fato, provoca nova violação ao mesmo sujeito passivo - ex: venda do objeto furto de roubo).

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Para se vingar de uma agressão pretérita, João, maior de idade, com vontade livre e consciente
de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra Pedro. Tendo se certificado de que apenas
um projétil havia atingido Pedro, em local não letal, e de que ele ainda estava vivo, João, então,
efetuou mais dois disparos. Esses dois disparos foram letais, e o homicídio se consumou. João
possuía o porte e a posse legal da arma utilizada.
Considerando essa situação, assinale a opção correta.
a) Trata-se de um crime progressivo, pois João praticou vários atos, tendo passado de
um crime menos grave para outro de maior gravidade;
b) Em razão do princípio da consunção, que será aplicado ao caso, João responderá
unicamente pelo homicídio;
c) O crime praticado por João é classificado como crime complexo;
d) João praticou duas condutas típicas e autônomas, pois dois bens jurídicos foram
violados em um só contexto fático;
e) Em razão do princípio da subsidiariedade, João responderá apenas pelo crime de
homicídio.

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14

GABARITO: B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra B de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

b) Em razão do princípio da consunção, que será aplicado ao caso, João responderá


unicamente pelo homicídio;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra B de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

De acordo com Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014), “dá-se o
conflito aparente de leis penais quando a um único fato se revela possível, em tese, a aplicação de dois ou mais
tipos legais, ambos
instituídos por leis de igual hierarquia e originárias da mesma fonte de produção, e também em vigor ao tempo da
prática da infração penal”
Pelo princípio da consunção (ou da absorção), nós temos dois fatos e duas normas, mas uma delas irá absorver
a outra (lex consumens derrogat lex consumptae).
No caso narrado ocorreu um crime progressivo e o homicídio (art. 121, CP) consumado irá absorver a lesão
corporal (art. 129, CP) que aconteceu no primeiro momento.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da facilidade
propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo crime de peculato e
não pelo delito de furto em decorrência do princípio da
a) subsidiariedade;
b) consunção;
c) especialidade;
d) generalidade;
e) alternatividade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

c) especialidade;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

Segundo o princípio da especialidade, a lei penal especial prevalece sobre a lei geral.
No caso avaliado, o tipo penal especial (peculato) abriga todos os elementos do tipo penal genérico (furto),
apresentando ainda outras características particulares, denominadas elementos especializantes.
Portanto, em decorrência do princípio da especialidade, Pedro responderá por peculato (art. 312, caput, do
Código Penal) e não por furto (art. 155, caput, do Código Penal)..

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Questões Comentadas 15

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São princípios que solucionam o conflito aparente de normas penais:
a) insignificância, consunção, subsidiariedade e alteridade.
b) insignificância, alteridade, consunção e alternatividade.
c) especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.
d) especialidade, alteridade, consunção e subsidiariedade.
e) especialidade, alternatividade, subsidiariedade e insignificância.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

c) especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.


SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o com o Direito Penal- Parte Geral.

De acordo com Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014), “dá-se o con-
flito aparente de leis penais quando a um único fato se revela possível, em tese, a aplicação de dois ou mais tipos
legais, ambos instituídos por leis de igual hierarquia e originárias da mesma fonte de produção, e também em vigor
ao tempo da prática da infração penal”.
Esse conflito é apenas aparente, pois o ordenamento jurídico é um conjunto de normas harmônicas entre si.
Para resolver esse conflito, são utilizados quatro princípios: especialidade, subsidiariedade, consunção e
alternatividade.

15. 1) Princípio da especialidade: a norma especial tem o condão de afastar a aplicação da


norma geral (lex specialis derrogat lex generalis), ainda que a norma especial preveja uma
pena mais branda que a norma geral. Deve ser analisado em abstrato.
2) Princípio da subsidiariedade: a lei primária tem prevalência sobre a lei secundária (lex
primaria derogat legi subsidiarie). Nesse caso, uma norma é mais abrangente que a outra,
englobando-a. Essa subsidiariedade pode ser expressa ou tácita.
3) Princípio da consunção (ou da absorção): temos dois fatos e duas normas, mas uma delas irá
absorver a outra (lex consumens derrogat lex consumptae). Na realidade, o fato absorvido serve
apenas de preparação para a execução do fato que o absorveu ou como seu mero exaurimento.
4) Princípio da alternatividade: é aplicável quando o mesmo crime descreve diversas condu-
tas (há diversos núcleos do tipo) e o agente, ao praticar mais de uma conduta descrita, será
punível por um crime apenas.
Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
“O crime de infanticídio, descrito no artigo 123 do Código Penal, tem núcleo idêntico ao do
crime de homicídio, previsto no artigo 121, caput, do mesmo código, qual seja: “matar alguém”.
Todavia, o artigo 123 exige, para sua consumação, a presença, no caso concreto de elementos
diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vítima e influência do estado puerperal,
o que faz com que prevaleça sobre o tipo penal, genérico, do artigo 121.”

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16

O enunciado refere-se ao:


a) Princípio da Especialidade.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Reserva Legal.
e) Princípio da Alternatividade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

a) Princípio da Especialidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

A questão exigiu conhecimento acerca do PRINCÍPIOS PARA A SOLUÇÃO DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS,
como também de algumas especificidades dos crimes de INFANTICÍDIO, art. 123 do CP, e do crime de HOMICÍ-
DIO, art 121 do CP.
PRINCÍPIOS PARA A SOLUÇÃO DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS
DA ESPECIALIDADE
A norma de caráter especial prevalecerá sobre a norma de caráter geral.
Homicídio simples - Art. 121 do CP. Matar alguém: (NORMA GERAL)
Infanticídio - Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
(NORMA ESPECIAL)
O referido tipo penal possui elementares que especializam a conduta do elementar de matar, ou seja, possui
outros elementares.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que mata alguém, por imprudência, negligência ou imperícia, na direção de veículo
automotor, comete o crime previsto no art. 302, da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasi-
leiro), e não o crime previsto no art. 121, § 3.º, do Código Penal. Assinale, dentre os princípios
adiante mencionados, em qual deles está fundamentada tal afirmativa.
a) Princípio da Reserva Legal.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Especialidade.
e) Princípio da Alternatividade.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

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Questões Comentadas 17

d) Princípio da Especialidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

A chave da questão reside no conhecimento, pelo candidato, no sentido de que o agente que mata alguém,
por imprudência, negligência ou imperícia, na direção de veículo automotor, comete o crime previsto no art. 302,
da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), e não o crime previsto no art. 121, § 3.º, do Código Penal, com
fundamento no princípio da especialidade, vejamos.
Autorizada doutrina leciona-nos que: “Em síntese, o critério da especialidade reclama duas leis penais em
concurso, caracterizadas pela
relação de gênero e espécie, na qual esta prefere àquela, excluindo a sua aplicação para fins de tipicidade.
A lei específica deve abrigar todos os elementos da genérica, apresentando ainda outras particulares
características que podem ser denominadas elementos especializantes, constituindo uma subespécie
agravada ou atenuada daquela”. (Cleber Masson, 2018).

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da
a) Princípio da Reserva Legal.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Especialidade.
e) Princípio da Alternatividade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

c) Princípio da Consunção.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

O princípio da consunção ou absorção estabelece que quando o crime-meio é realizado como uma fase ou etapa
do crime-fim, onde vai esgotar seu potencial ofensivo, sendo, por isso, a punição somente da conduta criminosa
final do agente, ou seja ocorre a absorção do crime-meio pelo crime-fim.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Pela regra da consunção,
a) é admissível a combinação de normas favoráveis ao agente.
b) a norma especial afasta a geral.
c) o concurso material prevalece ao formal, se favorável ao agente.
d) a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para a prática de outro
crime fica excluída pela que tipifica a conduta final.
e) a norma subsidiária é excluída pela principal.

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18

GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

d) a norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para a prática de outro
crime fica excluída pela que tipifica a conduta final.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

CERTA
O crime progressivo, descrito em norma incriminadora de fato que constitui meio necessário para a prática de
outro crime, é uma das hipóteses de aplicação do princípio da consunção.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime de porte de arma de fogo é absorvido pelo crime de roubo quando estiver caracte-
rizada a dependência ou subordinação entre as duas condutas. Para essa absorção, ainda, é
necessário que os delitos sejam praticados no mesmo contexto fático.
O enunciado refere-se ao
a) concurso formal de crimes.
b) crime continuado.
c) concurso material de crimes.
d) crime de mãos próprias.
e) princípio da consunção.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

e) princípio da consunção.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

A questão refere-se ao princípio da consunção ou absorção.


Como ensina André Estefam:
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO OU ABSORÇÃO:
“O princípio em tela faz com que um crime que figure como fase normal de preparação ou execução de outro seja
por este absorvido. Assim, por exemplo, se uma pessoa pretende matar alguém e, para isto, produz-lhe
diversas lesões que, ao final, causam-lhe a morte, as lesões corporais (crimes-meios) são absorvidas (ou
consumidas) pelo homicídio (crime-fim). O crime pelo qual o agente responde denomina-se delito consun-
tivo, e aquele(s) absorvido(s), crime(s) consumido(s).
Com base neste princípio, fala-se ainda em crime progressivo, sempre que o autor do fato, pretendendo um resul-
tado de maior lesividade, pratique outros de menor intensidade, como no exemplo acima retratado.

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Questões Comentadas 19

Veja o que dispõe o julgado do STJ:


1. Aplica-se o princípio da consunção aos crimes de porte ilegal e de disparo de arma de fogo ocorridos no
mesmo contexto fático, quando presente nexo de dependência entre as condutas, considerando-se o porte
crime-meio para a execução do disparo de arma de fogo.
2. Concluindo o Tribunal de origem, com apoio no conjunto probatório dos autos, que os crimes de posse e de dis-
paro de arma de fogo não foram praticados no mesmo contexto fático, porquanto se aperfeiçoaram em momentos
diversos e com desígnios autônomos, a reversão do julgado encontra óbice na Súmula 7/STJ.” (AgRg no AREsp
1.211.409/MS, j. 08/05/2018).

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Este princípio se faz pertinente para resolução do conflito aparente quando uma norma
possui, em sua definição, todos os elementos típicos de outra, e mais alguns, denominados
especializantes.
a) Princípio da Especialidade.
b) Princípio da Subsidiariedade.
c) Princípio da Consunção.
d) Princípio da Reserva Legal.
e) Princípio da Alternatividade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

a) Princípio da Especialidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal- Parte Geral.

A aplicação da lei especial exclui a aplicação da lei geral, conforme o art. 12 do CP:
As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo
diverso.
Em suma, este princípio se faz pertinente para resolução do conflito aparente quando uma norma possui, em
sua definição, todos os elementos típicos de outra, e mais alguns, denominados especializantes.
Se a hipótese a ser subsumida apresentar os elementos da norma particular, esta irá preponderar sobre aquela.
Alude-se, neste sentido, ao adágio latino: lex specialis derogat legi generali.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que lesar o próprio corpo ou agravar as consequências de uma lesão com o intuito de
buscar indenização será, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do delito em razão da sua
própria conduta.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A força física absoluta que exclui a conduta pode ser proveniente da natureza ou da ação de
um terceiro.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e culpável.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Sujeito ativo do crime é o que pratica a conduta delituosa descrita na lei e o que, de qualquer
forma, com ele colabora, ao passo que o sujeito passivo do delito é o titular do bem jurídico
lesado ou posto em risco pela conduta criminosa.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O crime de omissão de socorro não admite tentativa, porquanto estando a omissão tipificada
na lei como tal e tratando-se de crime unissubsistente, se o agente, sem justa causa, se omite,
o crime já se consuma.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação
de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de culpa e o fato
seja punível como crime culposo.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A força irresistível, o movimento reflexo e a coação moral irresistível, são hipóteses de ausência
de conduta.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de
mera conduta; nexo causal entre a conduta e o evento.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresistível, a praticar uma infração penal come-
terá fato típico e ilícito, porém não culpável.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime é um:
a) Fato típico, antijurídico e culpável.
b) Fato típico, antijurídico, culpável e punível.
c) Fato antijurídico e culpável.
d) Fato típico e antijurídico.
e) Fato típico e culpável.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito Penal e ao Direito Processual Penal para
assinalar a alternativa correta sobre as espécies de infração penal.
a) No caso de crime, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto que, para as
contravenções penais, admite-se prisão simples.
b) No caso de contravenção penal, admite-se pena de reclusão, enquanto que, para os
crimes, admite-se detenção.
c) No caso de contravenção penal, admite-se pena de detenção, enquanto que, para os
crimes, admite-se reclusão.
d) No caso de contravenção penal, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto
que, para os crimes, admite-se prisão simples.
e) Crime e contravenção penal são sinônimos.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Funcionário da Assembleia Legislativa recebeu procedimento que versava sobre a edição de
lei estadual de grande relevância. Ciente da controvérsia e da grande pressão que existia con-
trária à edição da inovação legislativa, resolveu esconder o procedimento entre sua mesa e a
parede, no chão, para que ninguém soubesse que estava com o documento para apresentação
de parecer. Ocorre que o funcionário, por descuido, veio a derrubar café no documento, tor-
nando-o totalmente inutilizável e gerando prejuízos ao andamento do procedimento.
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta do funcio-
nário é

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4

a) típica, ilícita e culpável, configurando crime de “extravio, sonegação ou inutilização


de livro ou documento”, previsto no Art. 314 do Código Penal.
b) típica, ilícita, mas não culpável, não configurando crime.
c) típica, ilícita e culpável, configurando o crime de “subtração ou inutilização de livro
ou documento”, prevista no Art. 337 do Código Penal.
d) atípica, não configurando crime.
e) típica, mas não ilícita, não configurando crime.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre os sujeitos ativo e passivo da infração penal, está correto afirmar que:
a) não podem existir dois ou mais sujeitos passivos de um mesmo crime.
b) os sujeitos ativos de infração penal menores de 18 (dezoito) anos não podem ser
penalizados.
c) uma pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de uma infração penal.
d) o sujeito ativo da infração penal deverá sempre estar determinado e individualizado
pela lei.
e) uma pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo da infração penal.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Tendo em conta a teoria geral do crime, assinale a alternativa correta.
a) Os partidários da teoria tripartida do delito consideram a culpabilidade como pres-
suposto da pena e não elemento do crime.
b) Os partidários da teoria tripartida do delito consideram elementos do crime a tipici-
dade, a antijuricidade e a punibilidade.
c) A tipicidade, elemento do crime, na concepção material, esgota-se na subsunção da
conduta ao tipo penal.
d) O dolo, na escola clássica, deixou de ser elemento integrante da culpabilidade, des-
locando-se para a conduta, já que ação e intenção são indissociáveis.
e) Os partidários da teoria funcionalista da culpabilidade entendem que a culpabilidade
é limitada pela finalidade preventiva da pena; constatada a desnecessidade da pena,
o agente não será punido.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito dos elementos do fato típico, é correto afirmar:
a) A adequação do fato ao tipo penal só pode se operar de forma direta, inexistindo
tipicidade indireta.
b) É possível a ocorrência de fato típico quando o resultado lesivo é decorrente de caso
fortuito.

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Questões sobre a aula 5

c) É possível a ocorrência de fato típico quando o resultado lesivo é decorrente de força


maior.
d) A omissão é penalmente relevante quando o agente, com seu comportamento ante-
rior, criou o risco da ocorrência do resultado.
e) A superveniência de causa relativamente independente sempre exclui a imputação.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas que excluem a relevância da ação típica
a) os movimentos reflexos, a embriaguez crônica e a coação irresistível.
b) os movimentos reflexos, os estados de inconsciência e os atos em curto-circuito.
c) coação física irresistível, os movimentos reflexos e os estados de inconsciência.
d) os estados de inconsciência, os movimentos de reflexos e a coação moral irresistível.
e) a coação física irresistível. as reações e a embriaguez letárgica.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em relação à infração penal, assinale a opção correta.
a) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção
ou prisão simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a
pena de multa.
b) Considera-se contravenção penal a infração penal a que a lei comina pena máxima
não superior a dois anos de reclusão.
c) No ordenamento jurídico brasileiro, a diferença entre crime e delito está na gravidade
do fato e na pena cominada à infração penal.
d) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os
crimes, sendo estes últimos também identificados como delitos.
e) Os crimes apenados com reclusão se submetem aos regimes fechado e semiaberto,
enquanto os apenados com detenção se submetem aos regimes aberto e prisão
simples.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São elementos do fato típico, exceto:
a) Conduta;
b) Resultado;
c) Tipicidade;
d) Nexo causal;
e) Antijuricidade.

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6

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. A afirmação: “o dever de agir incumbe a quem, com seu comportamento anterior, criou
o risco da ocorrência do resultado”
a) está expressamente prevista no CP.
b) é a expressão supralegal da teoria da “imputação objetiva”.
c) é a expressão supralegal da teoria da “cegueira deliberada”.
d) deriva de construção jurisprudencial consolidada em súmula de Tribunal Superior.
e) admite a aplicação da responsabilidade objetiva no Direito Penal.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. ERRADO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E

4. CERTO 8. ERRADO 12. A 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que lesar o próprio corpo ou agravar as consequências de uma lesão com o intuito de
buscar indenização será, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do delito em razão da sua
própria conduta.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 171, § 2º, V do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 171, § 2º, V do Código Penal Brasileiro.
Veja o que dispõe o art. 171, § 2º, V do CP:
Art. 171, CP. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
[...]
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

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Questões Comentadas 7

[...]
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as
consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Segundo Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8 ed. São Paulo: Método, 2014. p. 194), “ninguém
pode praticar um crime contra si próprio. (...)
no crime previsto no art. 171, § 2º, V do Código Penal, a vítima é a seguradora que se pretende ludibriar”.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 13, §2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 13, §2º do Código Penal Brasileiro.
CERTO
De acordo com o artigo 13, §2º do Código Penal (CP):
Está correta, pois corresponde corretamente ao chamado crime do garantidor (crimes de omissão imprópria),
com as devidas características previstas no artigo 13, §2º, do Código penal.
Nesse sentido, eis o mencionado dispositivo:
“Art. 13.
[...]
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado”.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A força física absoluta que exclui a conduta pode ser proveniente da natureza ou da ação de
um terceiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.

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8

A força física absoluta é uma das excludentes da conduta, uma vez que a prática de uma ação ou omissão sob
império de uma força física que excluí completamente a vontade do agente não poderia configurar um fato
típico pela falta da voluntariedade.
Essa força física que exclui a conduta do agente pode ser resultado de uma ação humana, como no caso
de alguém que, usando de sua força física, segura o braço de outra pessoa e faz com que ela esfaqueie uma
terceira pessoa, que está dormindo.
Ela também pode ser resultado de uma força proveniente da natureza. Seria o caso, por exemplo, de uma
ventania muito forte, que arrasta uma pessoa que acaba colidindo com outra, causando-lhe lesões corporais. Em
ambos os casos, por não haver nem culpa, nem dolo, não há vontade. Se não há vontade, não há conduta, e se
não há conduta, não há que se falar na existência de fato típico.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e culpável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O crime pode ser conceituado sob um aspecto analítico, que o divide em partes, de forma a estruturar seu
conceito. A partir do conceito analítico de crime
surgiram algumas teorias. A teoria que predomina no Brasil hoje é aquela chamada de teoria tripartida de crime,
que entende que crime é um fato típico, ilícito e culpável.
Portanto, conforme a teoria tripartida do delito, o crime, em seu conceito analítico, é formado por fato típico,
ação ou omissão típica, antijurídica (ilícita) e culpável.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sujeito ativo do crime é o que pratica a conduta delituosa descrita na lei e o que, de qualquer
forma, com ele colabora, ao passo que o sujeito passivo do delito é o titular do bem jurídico
lesado ou posto em risco pela conduta criminosa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Segundo a doutrina de Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p. 188),
o “sujeito ativo é a pessoa que realiza direta ou indiretamente a conduta criminosa, seja isoladamente, seja
em concurso. Autor e coautor realizam o crime de forma direta, ao passo que o partícipe e o autor mediato o
fazem indiretamente”.
Já o sujeito passivo, ainda conforme o autor citado, é o titular do bem jurídico protegido pela lei penal vio-
lada pela conduta criminosa.

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Questões Comentadas 9

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime de omissão de socorro não admite tentativa, porquanto estando a omissão tipificada
na lei como tal e tratando-se de crime unissubsistente, se o agente, sem justa causa, se omite,
o crime já se consuma.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Tal questão versa sobre o Omissivo Próprio (É um crime de mera conduta unissubsistente)
É a omissão propriamente dita. Sua tipificação consiste exemplificamente em: Deixar de...., não fazer....
NÃO É ADMITIDA A TENTATIVA!!!!
OBS1: Difere da omissão imprópria (comissivo por omissão) na qual, a tentativa é admitida quando dolo na omis-
são e no resultado.
OBS2: Devemos observar se a conduta do crime formal ou de mera conduta pode ser fracionada, assim, será
vista a admissão de tentativa
Se plurissubsistente (+ de 1 ato): Cabe tentativa
Se unissubsistente (1 único ato): Incabível a tentativa
OBS3: Só pra lembrar, crimes que não admitem tentativa: Culposo, preterdoloso, omissivo próprio, unissubsis-
tente, habituais, de atentado, condicionados.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação
de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de culpa e o fato
seja punível como crime culposo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º, §1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º, §1º do Código Penal Brasileiro.
Está incorreta, pois, no caso das chamadas descriminantes putativas descrita na assertiva, não haverá isenção
de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo, conforme determina o §1º, do
artigo 20, do Código Penal.
Nesse sentido, eis o mencionado dispositivo:
“Art. 20.
[...]

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§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como
crime culposo».

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A força irresistível, o movimento reflexo e a coação moral irresistível, são hipóteses de ausência
de conduta.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Um dos elementos do FATO TÍPICO é a CONDUTA, formada por uma AÇÃO/OMISSÃO (aspecto objetivo) + VONTADE
(aspecto subjetivo). Retirando-se o elemento da VONTADE da ação humana, a conduta não existirá, o que acarre-
tará a inexistência de fato típico.
Há algumas hipóteses, em que, notadamente, há a exclusão da conduta por conta da falta de voluntariedade do
sujeito, como é o caso do sonambulismo, do movimento reflexo e da coação física irresistível.
Por exemplo, se um chefe de cozinha, segurando uma faca, solta um espirro (movimento reflexo) e acaba
lesionando um colega de trabalho, ele não cometeu nenhum crime, pois foi excluída a tipicidade de sua ação, por
não haver controle sobre a ação, e portanto, ausência de voluntariedade. No mesmo sentido, se duas pessoas
seguram uma terceira e forçam seu dedo para puxar o gatilho de uma arma e matar alguém, esta não estava
agindo voluntariamente, mas sob coação física irresistível (força irresistível).
A coação moral irresistível ocorre quando uma pessoa coage outra a praticar determinado crime, sob a ameaça
de lhe fazer algum mal grave. Neste caso, aquele que age sob a ameaça atua em situação de coação moral
irresistível, de forma que se entende que não era possível exigir de tal pessoa uma outra postura. É o caso de
alguém que participa de um assalto sob a ameaça de ter seu filho morto.
O erro da questão está em elencar a coação moral irresistível em uma das hipóteses de exclusão da conduta,
uma vez que ela exclui a exigibilidade de conduta diversa, que é um elemento da CULPABILIDADE (terceiro ele-
mento do crime), e não o fato típico. A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente,
considerando-se suas circunstâncias pessoais. A culpabilidade também é composta pelos seguintes elementos:
Imputabilidade do agente: pode ser conceituada como a capacidade mental de entender o caráter ilícito da
conduta e de comportar-se conforme o Direito. O Código Penal não define o que seria imputabilidade penal, ape-
nas descreve as hipóteses em que ela não está presente, que seria no caso do menor de 18 anos e no caso da
pessoa que possui doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado que o torna inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito da conduta.
Potencial consciência da ilicitude: e é a possibilidade de o agente, de acordo com suas características,
conhecer o caráter ilícito do fato. Não se trata do parâmetro do homem médio, mas de uma análise da pessoa
do agente. Assim, aquele que é formado em Direito, em tese, tem maior potencial consciência da ilicitude que
aquele que nunca saiu de uma aldeia de pescadores e tem pouca instrução. Isso varia de pessoa para pessoa
e, principalmente, de crime para crime, pois alguns são do conhecimento geral (homicídio, roubo), e outros nem
todos conhecem (bigamia, por exemplo).
Exigibilidade de conduta adversa: é um juízo que se faz acerca da conduta do agente, para que se possa
definir se, apesar de praticar um fato típico e ilícito, sendo imputável e conhecendo a ilicitude de sua conduta,
o agente podia, ou não, agir de outro modo. Se se conclui que não era possível exigir do agente uma postura

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Questões Comentadas 11

diferente, conforme o Direito, estará afastada a exigibilidade de conduta diversa, havendo neste caso o que se
chama de inexigibilidade de conduta diversa.
A coação moral irresistível está inserida aqui como uma das hipóteses de inexigibilidade de conduta
diversa.
NÃO CONFUNDA:
Na coação moral irresistível o agente possui vontade, embora esta vontade seja viciada. Por isso, o agente
pratica fato típico e ilícito, mas tem sua culpabilidade afastada.
Na coação física irresistível o agente NÃO possui vontade, pois não possui qualquer controle sobre seus
movimentos corporais. Se o agente não controla os próprios movimentos corporais, não há conduta penalmente
relevante.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de
mera conduta; nexo causal entre a conduta e o evento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Antes de mais nada, vamos relembrar o conceito de crime de mera conduta.
Os crimes de mera conduta, também denominados de crimes de simples atividade, são aqueles nos quais não
há previsão de resultado naturalístico na sua descrição, pois o tipo penal apenas se limita a descrever uma
conduta.
Tome como exemplo o crime de porte de munição, previsto no Estatuto do Desarmamento, cuja descrição segue
abaixo:
Lei n. 10.826/2003:
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 2 (dois) a
4 (quatro) anos, e multa.
Muito embora esse tipo penal tenha diversos núcleos (destacados em negrito), ele apenas descreve que basta
realizar alguma das condutas descritas, não prevendo qualquer resultado advindo de tais ações.
Desse modo, nos crimes de mera conduta, em face da ausência da previsão de um resultado naturalístico no tipo
penal, ele não será um elemento do fato típico. O mesmo raciocínio se aplica à tentativa e aos crimes formais.
Esquematicamente, temos a seguinte composição elementar do fato típico:
CRIMES FORMAIS, DE MERA CONDUTA E TENTATIVA
FATO TÍPICO = CONDUTA + TIPICIDADE
Em contrapartida, nos crimes materiais consumados, teremos compondo o fato típico os seguintes elementos:

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CRIMES MATERIAIS CONSUMADOS


FATO TÍPICO = CONDUTA + TIPICIDADE + NEXO CAUSAL + RESULTADO
Além disso, o nexo causal se dá entre a conduta e o resultado, não entre a conduta e o evento, como atesta o
enunciado da questão.
Por fim, transcrevemos a questão com destaque para suas incorreções:
São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de mera conduta; nexo
causal entre a conduta e o evento.
Obs: No tocante à palavra “evento”, ela é considerada sinônimo de resultado, embora a maioria da doutrina
prefira o termo “resultado”.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresistível, a praticar uma infração penal come-
terá fato típico e ilícito, porém não culpável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
A coação irresistível é dividida em:
Moral: Exclui a culpabilidade
Física: Exclui o fato típico
A questão trata da coação física, portanto exclui-se o fato típico.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime é um:
a) Fato típico, antijurídico e culpável.
b) Fato típico, antijurídico, culpável e punível.
c) Fato antijurídico e culpável.
d) Fato típico e antijurídico.
e) Fato típico e culpável.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal.
a) Fato típico, antijurídico e culpável.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal.

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Questões Comentadas 13

Trata-se da teoria Tripartite adotada no ordenamento jurídico brasileiro.


O crime é fato típico, antijurídico e culpável.

1) Fato típico: é uma conduta prevista no tipo penal incriminador. Seus elementos são:
a) conduta:
- Omissiva ou comissiva,
- Dolosa ou culposa.
b) resultado jurídico/normativo:
- Ex.: morte, lesão corporal, subtração de um material etc;
c) nexo de causalidade:
- Correlação que há de existir entre a conduta e o resultado;
d) tipicidade:
- Enquadramento na lei (ex.: art. 121 do CP – homicídio).

2) Ilicitude ou antijuridicidade – suas excludentes são as seguintes:


a) estado de necessidade;
b) legítima defesa;
c) estrito cumprimento de dever legal;
d) exercício regular de direito; e
e) livre e eficaz consentimento do ofendido (somente em se tratando de direito disponível).

3) Culpabilidade:
É a reprovabilidade da conduta perpetrada pelo Agente.
Os elementos essenciais da culpabilidade são os seguintes:
a) imputabilidade:
- Excluem a imputabilidade:
> doença mental (art. 26 do CP),
> imaturidade natural (menoridade penal – art. 27 do CP e art. 228, da CF/88),
> embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, §1º, CF.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito Penal e ao Direito Processual Penal para
assinalar a alternativa correta sobre as espécies de infração penal.
a) No caso de crime, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto que, para as
contravenções penais, admite-se prisão simples.
b) No caso de contravenção penal, admite-se pena de reclusão, enquanto que, para os
crimes, admite-se detenção.
c) No caso de contravenção penal, admite-se pena de detenção, enquanto que, para os
crimes, admite-se reclusão.

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d) No caso de contravenção penal, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto


que, para os crimes, admite-se prisão simples.
e) Crime e contravenção penal são sinônimos.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
a) No caso de crime, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto que, para as
contravenções penais, admite-se prisão simples.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
CRIME: Pena de Reclusão ou Detenção (art. 33°- Código Penal)
CONTRAVEÇÃO PENAL: Prisão simples (art. 5°, I -3688/41-Lei de Contravenção Penal)”.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Funcionário da Assembleia Legislativa recebeu procedimento que versava sobre a edição de
lei estadual de grande relevância. Ciente da controvérsia e da grande pressão que existia con-
trária à edição da inovação legislativa, resolveu esconder o procedimento entre sua mesa e a
parede, no chão, para que ninguém soubesse que estava com o documento para apresentação
de parecer. Ocorre que o funcionário, por descuido, veio a derrubar café no documento, tor-
nando-o totalmente inutilizável e gerando prejuízos ao andamento do procedimento.
Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta do funcio-
nário é
a) típica, ilícita e culpável, configurando crime de “extravio, sonegação ou inutilização
de livro ou documento”, previsto no Art. 314 do Código Penal.
b) típica, ilícita, mas não culpável, não configurando crime.
c) típica, ilícita e culpável, configurando o crime de “subtração ou inutilização de livro
ou documento”, prevista no Art. 337 do Código Penal.
d) atípica, não configurando crime.
e) típica, mas não ilícita, não configurando crime.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal.
d) atípica, não configurando crime.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal.
Para responder a questão, deve-se analisar, com cuidado, as condições apresentadas no enunciado: a) um
funcionário da Assembleia Legislativa teria b) recebido, para que ficasse sob sua guarda, procedimento que
versava sobre a edição de lei estadual de grande relevância. Em virtude da controvérsia e grande pressão sobre

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Questões Comentadas 15

a inovação legislativa, ele teria resolvido esconder o procedimento, mas, c) por descuido, ele veio a derrubar
café no documento, tornando-o totalmente inutilizável e gerando prejuízos ao andamento do procedimento.
Inicialmente, cumpre relembrar que crime é formado por fato típico + ilícito/antijurídico + culpável. Nesse
viés, o fato típico é composto por conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva; resultado; nexo de
causalidade e tipicidade. Quanto à ilicitude/antijuridicidade, corresponde à relação de contrariedade entre a
conduta do agente e o ordenamento jurídico. Por fim, no que tange à culpabilidade, trata-se do juízo de repro-
vação pessoal realizado sobre a conduta do agente.
Em primeira análise, o candidato poderia acreditar que o agente teria cometido o delito de extravio, sonegação
ou inutilização de livro ou documento, previsto no art. 314 do CP, segundo o qual considera-se crime o ato de
“extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo,
total ou parcialmente”.
No entanto, como bem elucidado por Alexandre Salim e Marcelo André de Azevedo, o tipo subjetivo do crime acima
“é o dolo, caracterizado pela vontade de praticar uma das condutas previstas no tipo. o agente deve estar ciente
de que, em razão do seu cargo, exerce a guarda do livro ou documento. Não há previsão de elemento subjetivo
especial e nem de modalidade culposa (Direito Penal, Vol.3, Parte Especial, 2017).
Nos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, a ÚNICA previsão de crime
CULPOSO é o PECULATO-CULPOSO (art. 312, § 2º, CP), que ocorre quando o agente público “concorre culposamente
para o crime de outrem”. Não é o caso da questão, que não menciona delito cometido por qualquer outra pessoa.
Dessa forma, como o dolo e a culpa são analisados dentro do “fato típico”, na ausência de um ou outro esse
requisito será “quebrado”, e o fato será “atípico”. Assim, como o agente não teve dolo na inutilização do procedi-
mento, sua conduta é atípica, não configurando crime.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre os sujeitos ativo e passivo da infração penal, está correto afirmar que:
a) não podem existir dois ou mais sujeitos passivos de um mesmo crime.
b) os sujeitos ativos de infração penal menores de 18 (dezoito) anos não podem ser
penalizados.
c) uma pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de uma infração penal.
d) o sujeito ativo da infração penal deverá sempre estar determinado e individualizado
pela lei.
e) uma pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo da infração penal.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
c) uma pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de uma infração penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
A pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de infração penal, de acordo com a Teoria da Realidade, adotada na
legislação brasileira, bem como pelo STF e STJ.
Conforme o art. 225, §3º, da CF/88 e a Lei 9.605/98, em seu art. 2º,3º e parágrafo único, onde traz a figura-
ção da pessoa jurídica como sujeito ativo em crimes ambientais.

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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físi-
cas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes
cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão
técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto
nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de
seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coau-
toras ou partícipes do mesmo fato.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Tendo em conta a teoria geral do crime, assinale a alternativa correta.
a) Os partidários da teoria tripartida do delito consideram a culpabilidade como pres-
suposto da pena e não elemento do crime.
b) Os partidários da teoria tripartida do delito consideram elementos do crime a tipici-
dade, a antijuricidade e a punibilidade.
c) A tipicidade, elemento do crime, na concepção material, esgota-se na subsunção da
conduta ao tipo penal.
d) O dolo, na escola clássica, deixou de ser elemento integrante da culpabilidade, des-
locando-se para a conduta, já que ação e intenção são indissociáveis.
e) Os partidários da teoria funcionalista da culpabilidade entendem que a culpabilidade
é limitada pela finalidade preventiva da pena; constatada a desnecessidade da pena,
o agente não será punido.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
e) Os partidários da teoria funcionalista da culpabilidade entendem que a culpabilidade
é limitada pela finalidade preventiva da pena; constatada a desnecessidade da pena,
o agente não será punido.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O conceito de crime varia de acordo com o critério adotado para defini-lo.
• Conceito material ou substancial: Crime é a ação ou omissão humana, isto é, a conduta humana, e também da
pessoa jurídica nos crimes ambientais, que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegi-
dos. Observe que este conceito material funciona como um reforço/complemento ao princípio da reserva legal,

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Questões Comentadas 17

pois não é porque o legislador tem a lei que ele pode incriminar qualquer conduta. A conduta deve ser apta a
lesar ou colocar em perigo bem jurídico.
• Critério legal: Crime é o que a lei classifica como tal. É o conceito fornecido pela própria lei.
• Critério formal ou analítico: Leva em conta os elementos estruturais do crime que é organizado segundo as
teorias a seguir:
a) teoria quadripartida: fato típico, ilicitude, culpabilidade e punibilidade. Basileu Garcia, Giulio Battaglini. A
grande crítica é feita à punibilidade, que não seria elemento do crime e sim consequência do crime.
b) Teoria tripartida: divide o crime em fato típico, ilícito e culpável. Essa teoria tem viés clássico e finalista.
Nelson Hungria, Magalhães Noronha, José Frederico Marques (clássicos), Hans Welzel (finalista).
c) Teoria Bipartida: fato típico e ilicitude. A culpabilidade seria pressuposto para aplicação da pena. Quem é
bipartido obrigatoriamente é finalista. Esse finalismo bipartido é criação brasileira (criador: René Ariel Dotti), a
escola paulista é bipartida. Já Roxin (precursor do funcionalismo) adota uma teoria bipartida diferente = injusto
penal (fato típico + ilicitude) + responsabilidade penal (entra no lugar da culpabilidade). É o grau de reprovabili-
dade + necessidade de pena..

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito dos elementos do fato típico, é correto afirmar:
a) A adequação do fato ao tipo penal só pode se operar de forma direta, inexistindo
tipicidade indireta.
b) É possível a ocorrência de fato típico quando o resultado lesivo é decorrente de caso
fortuito.
c) É possível a ocorrência de fato típico quando o resultado lesivo é decorrente de força
maior.
d) A omissão é penalmente relevante quando o agente, com seu comportamento ante-
rior, criou o risco da ocorrência do resultado.
e) A superveniência de causa relativamente independente sempre exclui a imputação.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
d) A omissão é penalmente relevante quando o agente, com seu comportamento ante-
rior, criou o risco da ocorrência do resultado;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
A assertiva encontra amparo no artigo 13º, § 2º do Código Penal, senão vejamos:
Art. 13, CP. (...) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

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17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas que excluem a relevância da ação típica
a) os movimentos reflexos, a embriaguez crônica e a coação irresistível.
b) os movimentos reflexos, os estados de inconsciência e os atos em curto-circuito.
c) coação física irresistível, os movimentos reflexos e os estados de inconsciência.
d) os estados de inconsciência, os movimentos de reflexos e a coação moral irresistível.
e) a coação física irresistível. as reações e a embriaguez letárgica.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
c) coação física irresistível, os movimentos reflexos e os estados de inconsciência.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
A questão cobra o conhecimento das causas excludentes de tipicidade.
Inicialmente, vale lembrar que o crime é composto por um fato típico, ilícito e culpável. No fato típico há os
elementos CONDUTA, TIPICIDADE, NEXO CAUSAL e RESULTADO.
CONDUTA é a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade.
Guilherme de Souza Nucci (2020. p, 264) explica que, “para a caracterização da conduta é indispensável a existên-
cia do binômio vontade e consciência.
1. Vontade é o querer ativo, apto a levar o ser humano a praticar um ato, livremente.
2. Consciência, é a possibilidade que o ser humano possui de separar o mundo que o cerca dos próprios atos,
realizando um julgamento moral das suas atitudes. Significa ter noção clara da diferença existente entre realidade
e ficção”.
Ausente vontade ou consciência, não haverá conduta punível. Não havendo conduta punível, o fato será atípico.
Nesse sentido, pode-se dizer que há ausência de conduta nos seguintes casos:
- COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL: Ocorre quando o sujeito pratica o movimento em consequência de força
corporal exercida sobre ele. Quem atua obrigado por uma força irresistível não age voluntariamente. Neste caso,
o agente é mero instrumento realizador da vontade do coator. OBS: No caso de coação moral irresistível há a
exclusão da culpabilidade.
- MOVIMENTOS REFLEXOS: Os atos reflexos não dependem da vontade, são reações motoras produzidas involun-
tariamente pelo corpo humano. Ex. tosse, espirro, etc.
- ESTADO DE INCONSCIÊNCIA: Quando as funções mentais não funcionam adequadamente se diz que há estado
de inconsciência, que é incompatível com a vontade, e sem vontade não há ação. Ex: estado de sonambulismo.
Nucci, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. – 16. ed. – Rio de Janeiro: Forensse, 2020. p, 263 e 266.

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Questões Comentadas 19

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Em relação à infração penal, assinale a opção correta.
a) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção
ou prisão simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a
pena de multa.
b) Considera-se contravenção penal a infração penal a que a lei comina pena máxima
não superior a dois anos de reclusão.
c) No ordenamento jurídico brasileiro, a diferença entre crime e delito está na gravidade
do fato e na pena cominada à infração penal.
d) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os
crimes, sendo estes últimos também identificados como delitos.
e) Os crimes apenados com reclusão se submetem aos regimes fechado e semiaberto,
enquanto os apenados com detenção se submetem aos regimes aberto e prisão
simples.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
d) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os
crimes, sendo estes últimos também identificados como delitos.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
De acordo com a teoria dicotômica pelo Direito Penal brasileiro, a infração penal é gênero que se divide em duas
espécies: crime e contravenção penal, sendo crime sinônimo de delito.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São elementos do fato típico, exceto:
a) Conduta;
b) Resultado;
c) Tipicidade;
d) Nexo causal;
e) Antijuricidade.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
e) Antijuricidade
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.

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20

A fim de que se possa concluir pela infração penal é necessário que o sujeito tenha praticado um fato típico,
antijurídico e culpável. Os três elementos cumulados constituem o conceito analítico de crime.
Em esquema, encontraríamos o seguinte:
FATO TÍPICO + ANTIJURIDICIDADE + CULPABILIDADE = CRIME
O fato típico é composto por:
1. Conduta comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa;
2. Resultado;
3. Nexo causal;
4. Tipicidade;
A antijuridicidade é o único dos elementos expostos pela questão que não integram o fato típico. Na reali-
dade, é o segundo elemento do crime na concepção tripartida e consiste na relação de contrariedade entre a
conduta praticada pelo agente e o ordenamento jurídico.
Segundo o Código Penal existem quatro causas excludentes da antijuridicidade ou ilicitude, quais sejam:
‘’Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. ‹›

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. A afirmação: “o dever de agir incumbe a quem, com seu comportamento anterior, criou
o risco da ocorrência do resultado”
a) está expressamente prevista no CP.
b) é a expressão supralegal da teoria da “imputação objetiva”.
c) é a expressão supralegal da teoria da “cegueira deliberada”.
d) deriva de construção jurisprudencial consolidada em súmula de Tribunal Superior.
e) admite a aplicação da responsabilidade objetiva no Direito Penal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 13º, § 2º do Direito Penal – Parte Geral.
a) está expressamente prevista no CP.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 13º, § 2º do Direito Penal – Parte Geral.
CORRETA.
A assertiva encontra amparo no artigo 13º, § 2º do Código Penal, senão vejamos:

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Questões Comentadas 21

Art. 13, CP. (...) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resul-
tado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em uma rua deserta, durante a madrugada, Rivaldo avistou Rosângela andando sozinha. Apro-
ximou-se da moça e sacou sua arma, obrigando-a a entregar seus pertences. Ela, assustada,
não conseguiu tirar a mochila das costas e Rivaldo, aborrecido com a demora, atirou na altura
do peito de Rosângela, que caiu no chão. Ele saiu correndo, sem levar qualquer objeto. Uma
pessoa, observando assustada a cena, ligou para a polícia. Gilson, policial, chegou ao local e
reconheceu a vítima, sua ex-esposa que o traíra para viver com outra pessoa. Vendo que ela
ainda agonizava, esperou ainda algum tempo para chamar uma ambulância, mesmo sabendo
que essa demora poderia causar a morte de Rosângela, o que efetivamente aconteceu.
Analisando o caso exposto e de acordo com o que dispõe o Código Penal, julgue o próximo item.
Gilson responderá, em tese, pelo homicídio culposo por omissão, pois tinha o dever de agir.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A diferença fundamental entre o dolo eventual e a culpa consciente reside na consideração
do agente em relação ao resultado, já que no primeiro caso o agente atua com indiferença
em relação a eventual resultado danoso não querido, ao passo que na culpa consciente o
agente prevê a possibilidade de ocorrência do resultado, mas atua acreditando que, com suas
habilidades, conseguirá evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente,
salvo quando o tipo penal prevê a modalidade culposa.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade habitual, em razão da pressa para
entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as precauções no preparo de
uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à integridade física
de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Embora não tenha desejado o resultado danoso, Antônio poderá ser punido devido à imperícia
na execução do procedimento laboratorial.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Diz-se o crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.
Certo ( ) Errado ( )

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 3

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A negligência manifesta-se, via de regra, através da omissão e torna-se penalmente relevante
quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Dentre os elementos do tipo penal culposo se encontram a conduta involuntária, o nexo de
causalidade, a previsibilidade objetiva e a tipicidade.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considera-se doloso o crime quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negli-
gência ou imperícia.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É doloso o crime quando o agente quis o resultado, mas não quando assumiu o risco de
produzi-lo.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Negligência é a falta de precaução, de diligência, de cuidados no prevenir danos.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Quando ocorrem acidentes de trânsito são diversas as implicações na vida dos envolvidos. Não
são apenas prejuízos financeiros e questões legais, mas também risco de morte, ferimentos
e sequelas graves. As causas de acidentes são 90% por falhas humanas e entre elas estão a
imperícia, a negligência e a imprudência. Assinale a alternativa que traz a definição CORRETA
de Imperícia.
a) Ser imperito para uma determinada tarefa é realizá-la sem ter o conhecimento técnico,
teórico ou prático necessário para isso.
b) Significa que sabe fazer a ação da forma correta, mas não toma o devido cuidado
para que isso aconteça.
c) Ser imperito significa agir com descuido, desatenção ou indiferença, sem tomar as
devidas precauções.
d) Ser imperito significa a mesma coisa que ser negligente.
e) Ser imperito consiste em uma conduta positiva, que deságua no resultado não
pretendido.

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4

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca dos crimes, marque a alternativa CORRETA:
a) Doloso é quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
b) Culposo é quando o agente deu causa ao resultado por prudência.
c) Há crime quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento de dever legal ou
no exercício regular de direito.
d) A tentativa é quando, iniciada a execução, se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
e) Dolo de segundo grau (ou de consequências necessárias) trata-se do dolo de acordo
com o seu conceito. Quando o agente, consciente da sua finalidade, pratica uma
conduta destinada a um determinado fim.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto afirmar:
a) A imperícia poderá ser considerada dolosa quando o agente, em razão de ofício ou
determinação legal, dá causa ao resultado.
b) O agente que assume o risco de produzir determinado resultado pratica crime com
culpa consciente.
c) Quando o agente não puder ser punido por fato previsto como crime doloso, ele será
enquadrado na conduta culposa similar.
d) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente.
e) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado e deu causa por meio de impru-
dência ou negligência.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Os termos imprudência, negligência e imperícia são classificados como modalidades de culpa,
onde é comum ouvirmos falar destes termos quando em casos de acidentes de qualquer tipo.
Um acidente causado por negligência, significa:
a) Aquele que sabe do grau de risco envolvido na atividade e mesmo assim acredita que
é possível a realização sem prejuízo para ninguém.
b) Consiste em uma conduta positiva, que deságua no resultado não pretendido.
c) A omissão ou falta de observação do dever, ou seja, aquele de agir de forma prudente,
não age com o cuidado exigido pela situação.
d) A falta de técnica, conhecimento ou até falta de habilidade, erro ou engano na exe-
cução de alguma tarefa que a pessoa deveria saber.
e) Alguém que deveria ter domínio sobre uma determinada técnica, mas não a domina

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 5

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A doutrina majoritária conceitua crime como o fato típico, ilícito e culpável. Por sua vez, o fato
típico envolve o elemento subjetivo do tipo, que pode ser o dolo ou a culpa.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) o agente que pretende causar determinado resultado e tem conhecimento de que,
com sua conduta, causará, necessariamente, um segundo resultado e, ainda assim,
atua, responderá por dolo eventual em relação ao segundo resultado.
b) o tipo culposo próprio, se presentes todos os demais elementos, admite a punição
na modalidade tentada.
c) o tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas se houver efetiva previsão, haverá
dolo, ainda que eventual.
d) o agente que não quer diretamente o resulto, mas o prevê e aceita sua ocorrência a
partir de sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo culposo.
e) os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente podendo ser
punidos quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele comete o crime de
forma:
a) Agravada;
b) Culposa;
c) Punível;
d) Dolosa;
e) Tentada.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo o Código Penal Brasileiro, quando o agente der causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia estará cometendo:
a) Crime tentado.
b) Crime doloso.
c) Crime culposo.
d) Crime impossível.
e) Crime diferido.

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6

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Um indivíduo agiu prevendo o resultado naturalístico adverso de sua ação, mas esperava que
este não viesse a ocorrer.
Nesse caso, a conduta do indivíduo corresponde ao conceito jurídico de
a) Culpa presumida.
b) Dolo de segundo grau.
c) Dolo eventual.
d) Culpa consciente.
e) Dolo de perigo.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em relação a crime culposo, assinale a opção correta.
a) O agente de conduta culposa assume o risco do resultado produzido por sua conduta.
b) A conduta culposa é dirigida à prática de um fim ilícito.
c) O agente com culpa consciente prevê, mas aceita, a superveniência do resultado de
sua conduta.
d) A conduta negligente admite, em regra, tentativa no crime culposo.
e) O agente com culpa consciente prevê, mas não aceita, a superveniência do resultado
de sua conduta.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise o caso a seguir.
Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que
perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatá-
rio. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do
presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista
particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar
que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a
explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das
mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem.
A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes
de homicídio sucederá
a) por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista.
b) por dolo eventual apenas em relação aos torcedores.
c) por dolo direto de segundo grau em relação ao presidente e ao motorista.
d) por dolo eventual em relação ao motorista, aos torcedores e ao funcionário.
e) por dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente e ao motorista.

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 7

Gabarito
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. CERTO
11. A
12. A
13. D
14. C
15. E
16. D
17. C
18. D
19. E
20. A

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8

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em uma rua deserta, durante a madrugada, Rivaldo avistou Rosângela andando sozinha. Apro-
ximou-se da moça e sacou sua arma, obrigando-a a entregar seus pertences. Ela, assustada,
não conseguiu tirar a mochila das costas e Rivaldo, aborrecido com a demora, atirou na altura
do peito de Rosângela, que caiu no chão. Ele saiu correndo, sem levar qualquer objeto. Uma
pessoa, observando assustada a cena, ligou para a polícia. Gilson, policial, chegou ao local e
reconheceu a vítima, sua ex-esposa que o traíra para viver com outra pessoa. Vendo que ela
ainda agonizava, esperou ainda algum tempo para chamar uma ambulância, mesmo sabendo
que essa demora poderia causar a morte de Rosângela, o que efetivamente aconteceu.
Analisando o caso exposto e de acordo com o que dispõe o Código Penal, julgue o item.
Gilson responderá, em tese, pelo homicídio culposo por omissão, pois tinha o dever de agir.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
Como há o dever legal de Gilson agir, por conta de sua profissão (policial), ele realmente responderá pelo homi-
cídio por omissão (crime omissivo impróprio):
Relevância da omissão
Art. 13, § 2º, CP. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
Porém, como ele assumiu o risco de produzir o resultado morte (dolo eventual), deverá responder por homicí-
dio doloso (art. 121, CP), e não culposo (art. 121, § 3º, CP).
É o que afirma o art. 18, I do CP:
Art. 18, CP. Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.

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Questões Comentadas 9

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A diferença fundamental entre o dolo eventual e a culpa consciente reside na consideração
do agente em relação ao resultado, já que no primeiro caso o agente atua com indiferença
em relação a eventual resultado danoso não querido, ao passo que na culpa consciente o
agente prevê a possibilidade de ocorrência do resultado, mas atua acreditando que, com suas
habilidades, conseguirá evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
A culpa possui algumas classificações, dentre elas a classificação em culpa consciente e culpa inconsciente.
Na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas acredita que este não irá ocorrer. Na culpa
inconsciente (ex ignorantia), o agente não prevê que o resultado possa ocorrer.
A culpa consciente se aproxima muito do dolo eventual, pois em ambos o agente prevê o resultado e mesmo
assim age. Entretanto, a diferença é que, enquanto no dolo eventual o agente assume o risco de produzi-lo, não
se importando com a sua ocorrência, na culpa consciente o agente não assume o risco de produzir o resultado,
pois acredita, sinceramente, que ele não ocorrerá.
O dolo eventual consiste na consciência de que a conduta pode gerar um resultado criminoso, mais a assunção
desse risco, mesmo diante da probabilidade de algo dar errado. Trata-se de hipótese na qual o agente não tem
vontade de produzir o resultado criminoso, mas, analisando as circunstâncias, sabe que este resultado pode
ocorrer e não se importa, age da mesma maneira.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente,
salvo quando o tipo penal prevê a modalidade culposa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 18º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 18º do Código Penal Brasileiro.
É a literalidade do parágrafo único do art. 18 do Código Penal, vejamos:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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10

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade habitual, em razão da pressa para
entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as precauções no preparo de
uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à integridade física
de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Embora não tenha desejado o resultado danoso, Antônio poderá ser punido devido à imperícia
na execução do procedimento laboratorial.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
Antônio, em razão da pressa, foi omisso e não tomou todas as precauções no preparo de uma fase no procedi-
mento laboratorial, ocasionando dano à integridade física de uma pessoa, logo Antônio agiu com culpa. Segundo
dispõe o código penal:
Art. 18 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
No crime culposo a conduta do agente é destinada a um determinado fim (que pode ser lícito ou não), tal qual no
dolo eventual, mas pela violação a um dever de cuidado, o agente acaba por lesar um bem jurídico de terceiro,
cometendo crime culposo. A violação ao dever objetivo de cuidado pode se dar de três maneiras:
Negligência – O agente deixa de tomar todas as cautelas necessárias para que sua conduta não venha a lesar o
bem jurídico de terceiro. É o famoso relapso. Aqui o agente deixa de fazer algo que deveria;
Imprudência – É o caso do afoito, daquele que pratica atos temerários, que não se coadunam com a prudência
que se deve ter na vida em sociedade. Aqui o agente faz algo que a prudência não recomenda;
Imperícia – Decorre do desconhecimento de uma regra técnica profissional. Assim, se o médico, após fazer
todos os exames necessários, dá diagnóstico errado, concedendo alto ao paciente e este vem a óbito em decor-
rência da alta concedida, não há negligência, pois o profissional médico adotou todos os cuidados necessários,
mas em decorrência de sua falta de conhecimento técnico, não conseguiu verificar qual o problema do paciente,
o que acabou por ocasionar seu falecimento.
Antônio não foi imperito como aponta a questão, pois ele é um renomado cientista e desenvolvia uma atividade
habitual.
A Imperícia é a falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão. Antônio não desconhecia a regra
técnica do procedimento ele apenas, por pressa e não tomando as precauções adequadas, acabou gerando dano
a outrem. Antônio pode ter agido com culpa na modalidades imprudência (pressa) ou negligência (não tomar
todas as precauções-omissão), mas não agiu com imperícia.

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Questões Comentadas 11

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Diz-se o crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
Trata-se de crime culposo, nos termos do inciso II, art. 18 do CP, vejamos:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A negligência manifesta-se, via de regra, através da omissão e torna-se penalmente relevante
quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 18º, II Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 18º, II Código Penal Brasileiro.
Omissão da prevenção a que uma pessoa está obrigada em face das responsabilidades necessárias para a
pratica da ação. Diz-se crime culposo quando o agente deu causa ao resultado mediante negligência.
Veja o que menciona o Art. 18, inc. II do Código Penal - Decreto Lei 2848/40:
(...)
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
(...)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

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12

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Dentre os elementos do tipo penal culposo se encontram a conduta involuntária, o nexo de
causalidade, a previsibilidade objetiva e a tipicidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
O CP prevê o crime culposo em seu art. 18, II:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Os elementos do crime culposo são:
- Conduta voluntária – A conduta é voluntária, mas dirigida a um fim que não é a produção do resultado crimi-
noso ocorrido.
- Violação a um dever objetivo de cuidado – A violação do agente ao seu dever de cuidado na sociedade, que
pode se dar por negligência, imprudência ou imperícia.
- Resultado naturalístico involuntário – O resultado produzido não foi querido pelo agente.
- Nexo causal – Relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o resultado ocorrido no mundo fático.
- Tipicidade – O fato deve estar previsto como crime. Em regra, os crimes só podem ser praticados na forma
dolosa, só podendo ser punidos a título de culpa quando a lei expressamente determinar. Essa é a regra do §
único do art. 18 do CP.
- Previsibilidade objetiva - O resultado ocorrido deve ser previsível mediante um esforço intelectual razoável. É
chamada previsibilidade do homem médio.
Logo, a conduta NÃO é involuntária, como diz a assertiva. A conduta é sempre voluntária. O resultado que é
involuntário.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se doloso o crime quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negli-
gência ou imperícia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
Trata-se de crime culposo, nos termos do inciso II, art. 18 do CP, vejamos:

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Questões Comentadas 13

Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É doloso o crime quando o agente quis o resultado, mas não quando assumiu o risco de
produzi-lo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, I Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 18º, I Código Penal Brasileiro.
ERRADA
Vejamos o inciso I, do art. 18 do CP:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Negligência é a falta de precaução, de diligência, de cuidados no prevenir danos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.

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Negligência é a falta de precaução, de diligência, de cuidados no prevenir danos.


A palavra negligência vem do latim, negligencia, e significa falta de cuidado.
A negligência é a OMISSÃO NO DEVER DE CUIDADO, ou seja, é a omissão voluntária. É quando o indivíduo não se
importa com a prevenção de danos que pode ocorrer caso algum fato ocorra. Em suma, a NEGLIGÊNCIA é a falta
de cuidado ou de precaução com que se executam certos atos.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quando ocorrem acidentes de trânsito são diversas as implicações na vida dos envolvidos. Não
são apenas prejuízos financeiros e questões legais, mas também risco de morte, ferimentos
e sequelas graves. As causas de acidentes são 90% por falhas humanas e entre elas estão a
imperícia, a negligência e a imprudência. Assinale a alternativa que traz a definição CORRETA
de Imperícia.
a) Ser imperito para uma determinada tarefa é realizá-la sem ter o conhecimento técnico,
teórico ou prático necessário para isso.
b) Significa que sabe fazer a ação da forma correta, mas não toma o devido cuidado
para que isso aconteça.
c) Ser imperito significa agir com descuido, desatenção ou indiferença, sem tomar as
devidas precauções.
d) Ser imperito significa a mesma coisa que ser negligente.
e) Ser imperito consiste em uma conduta positiva, que deságua no resultado não
pretendido.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
Ser imperito para uma determinada tarefa é realizá-la sem ter o conhecimento técnico,
teórico ou prático necessário para isso.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
A imprudência, negligência e imperícia são formas de violação do dever de diligência e possuem previsão no
artigo 18 do Código Penal:
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime culposo
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Essas três formas de violação do dever de diligência são atribuídas a inúmeros acidentes de trânsito. Vamos a
elas:
Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão;
Negligência: ausência de precaução. É a forma negativa da culpa;
Imprudência: é a precipitação, agir sem pensar.

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Questões Comentadas 15

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Acerca dos crimes, marque a alternativa CORRETA:
a) Doloso é quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
b) Culposo é quando o agente deu causa ao resultado por prudência.
c) Há crime quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento de dever legal ou
no exercício regular de direito.
d) A tentativa é quando, iniciada a execução, se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
e) Dolo de segundo grau (ou de consequências necessárias) trata-se do dolo de acordo
com o seu conceito. Quando o agente, consciente da sua finalidade, pratica uma
conduta destinada a um determinado fim.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
Doloso é quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
O artigo 18, inciso I, do CP traz a definição do que é crime doloso:
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Dolo é a vontade livre e consciente de praticar o crime ou a assunção do risco de produzir o resultado.
Podemos dividir o dolo em direto e eventual:
- Dolo Direto: é a vontade livre e consciente de praticar o crime, ou seja, o agente quer praticar a conduta e quer,
também, que o resultado ocorra;
- Dolo Eventual: ocorre quando o agente assume o risco de produzir o resultado. Nessa modalidade o agente
quer praticar o crime e prevê a ocorrência do resultado, não se importando se ocorrerá ou não.
Portanto, a alternativa reproduz perfeitamente a literalidade do artigo 18, inciso I, do CP.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto afirmar:
a) A imperícia poderá ser considerada dolosa quando o agente, em razão de ofício ou
determinação legal, dá causa ao resultado.
b) O agente que assume o risco de produzir determinado resultado pratica crime com
culpa consciente.
c) Quando o agente não puder ser punido por fato previsto como crime doloso, ele será
enquadrado na conduta culposa similar.

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d) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente.
e) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado e deu causa por meio de impru-
dência ou negligência.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 19º do Código Penal Brasileiro.
Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 19º do Código Penal Brasileiro.
Agravação pelo resultado
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Os termos imprudência, negligência e imperícia são classificados como modalidades de culpa,
onde é comum ouvirmos falar destes termos quando em casos de acidentes de qualquer tipo.
Um acidente causado por negligência, significa:
a) Aquele que sabe do grau de risco envolvido na atividade e mesmo assim acredita que
é possível a realização sem prejuízo para ninguém.
b) Consiste em uma conduta positiva, que deságua no resultado não pretendido.
c) A omissão ou falta de observação do dever, ou seja, aquele de agir de forma prudente,
não age com o cuidado exigido pela situação.
d) A falta de técnica, conhecimento ou até falta de habilidade, erro ou engano na exe-
cução de alguma tarefa que a pessoa deveria saber.
e) Alguém que deveria ter domínio sobre uma determinada técnica, mas não a domina.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 18º, II do Direito Penal – Parte Geral.
A omissão ou falta de observação do dever, ou seja, aquele de agir de forma prudente,
não age com o cuidado exigido pela situação.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 18º, II do Direito Penal – Parte Geral.
A imprudência, negligência e imperícia são formas de violação do dever de diligência e possuem previsão no
artigo 18 do Código Penal:
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime culposo

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Questões Comentadas 17

II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Essas três formas de violação do dever de diligência são atribuídas a inúmeros acidentes de trânsito. Vamos a
elas:
Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão;
Negligência: ausência de precaução. É a forma negativa da culpa;
Imprudência: é a precipitação, agir sem pensar.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A doutrina majoritária conceitua crime como o fato típico, ilícito e culpável. Por sua vez, o fato
típico envolve o elemento subjetivo do tipo, que pode ser o dolo ou a culpa.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) o agente que pretende causar determinado resultado e tem conhecimento de que,
com sua conduta, causará, necessariamente, um segundo resultado e, ainda assim,
atua, responderá por dolo eventual em relação ao segundo resultado.
b) o tipo culposo próprio, se presentes todos os demais elementos, admite a punição
na modalidade tentada.
c) o tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas se houver efetiva previsão, haverá
dolo, ainda que eventual.
d) o agente que não quer diretamente o resulto, mas o prevê e aceita sua ocorrência a
partir de sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo culposo.
e) os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente podendo ser
punidos quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente podendo ser punidos
quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Um dos elementos do crime culposo é a tipicidade. Isto é, a conduta culposa somente vai ser punida se houver
previsão em lei de que aquela conduta é punida a título de culpa. Pois, caso contrário, o fato será atípico.
Neste sentido, são elementos do crime culposo:
a) conduta humana voluntária: toda ação ou omissão dirigida a um fim lícito, mas que acaba causando um
resultado involuntário;
b) violação de um dever objetivo de cuidado: o agente atua sem observar o dever de cuidado que é inerente a
toda coletividade;
c)resultado naturalístico involuntário: o agente de forma não intencional acaba ocasionando um resultado
naturalístico, violando algum ou alguns bens jurídicos;
d) nexo entre conduta e resultado: é o liame subjetivo existente entre a conduta e o resultado;

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e) tipicidade: não se pune a conduta culposa, salvo quando houver expressa disposição em lei. Ou seja, a con-
duta culposa somente será punida se houver previsão em lei,
Deste modo, a assertiva está correta ao afirmar que os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade,
somente podendo ser punidos quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa.
Portanto, assertiva CORRETA.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele comete o crime de
forma:
a) Agravada;
b) Culposa;
c) Punível;
d) Dolosa;
e) Tentada.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
Dolosa;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 18º, I do Código Penal Brasileiro.
Art. 18, CP - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
O elemento dolo subdivide-se em dolo direto e dolo indireto.
O dolo direto é regido pela teoria da vontade, em que o agente tem a escolha e a consciência de realizar a
conduta e de produzir o resultado.
Há o dolo direto de primeiro grau, que é aquele que decorre da vontade direcionada a determinado resultado. É
o agente que quer matar A e efetivamente mata, e há também o dolo direto de segundo grau, que é aquele que
decorre do meio escolhido para a prática do crime, é um efeito colateral decorrente.
Por exemplo, o caso do agente que quer matar A e põe uma bomba em sua casa com a família toda presente.
Em relação à A, o dolo será direto de primeiro grau e em relação aos demais familiares, direto de segundo grau.
O dolo indireto se subdivide em eventual e alternativo, ambos são conduzidos pela teoria do assentimento ou
consentimento.
No dolo eventual, o agente, embora não queira diretamente, prevê o resultado, mas mesmo assim decide pros-
seguir na conduta, assumindo o risco pela produção do crime, já o dolo alternativo ocorre quando a vontade do
sujeito se dirige a um resultado ou outro.

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Questões Comentadas 19

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Segundo o Código Penal Brasileiro, quando o agente der causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia estará cometendo:
a) Crime tentado.
b) Crime doloso.
c) Crime culposo.
d) Crime impossível.
e) Crime diferido.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
Crime culposo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
O crime culposo é aquele perpetrado mediante a inobservância de um dever objetivo de cuidado. Diversamente
do crime doloso, é praticado sem que haja intenção do agente, mas, sim, um mero descuido de sua parte.
Suas modalidades, segundo o art. 18, II, do Código Penal, são precisamente aquelas estampadas pela alternativa:
imprudência, negligência e imperícia.
Imprudência consiste em uma ação, ou seja, um proceder descuidado do agente, como no caso do indivíduo que,
sem intenção de cometer delito, avança com seu veículo no sinal vermelho de trânsito, provocando uma colisão
com outro veículo.
Por sua vez, negligência refere-se a uma omissão descuidada, a exemplo de certa pessoa que se esquece de
fazer a revisão em seu veículo e, durante viagem, vem a provocar um acidente, por falha mecânica.
Por fim, imperícia resume-se à falta de aptidão para o exercício de um ofício, uma arte ou função específica.
Como exemplo, cita-se o motorista de ônibus que, desatento no exercício de sua função, atropela transeuntes.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Um indivíduo agiu prevendo o resultado naturalístico adverso de sua ação, mas esperava que
este não viesse a ocorrer.
Nesse caso, a conduta do indivíduo corresponde ao conceito jurídico de
a) Culpa presumida.
b) Dolo de segundo grau.
c) Dolo eventual.
d) Culpa consciente.
e) Dolo de perigo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Gabarito letra D de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.


Culpa consciente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
A questão exige conhecimento sobre as modalidades da culpa.
Vejamos o dispositivo do CP que trata sobre o assunto:
Art. 18 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente.
A questão retrata uma situação característica de culpa consciente, em que o indivíduo age prevendo que aquela
situação pode vir a acontecer, mas ele acredita que não vai acontecer.
Já no caso de culpa inconsciente, o agente não consegue prever que aquela situação irá ocorrer.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em relação a crime culposo, assinale a opção correta.
a) O agente de conduta culposa assume o risco do resultado produzido por sua conduta.
b) A conduta culposa é dirigida à prática de um fim ilícito.
c) O agente com culpa consciente prevê, mas aceita, a superveniência do resultado de
sua conduta.
d) A conduta negligente admite, em regra, tentativa no crime culposo.
e) O agente com culpa consciente prevê, mas não aceita, a superveniência do resultado
de sua conduta.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
O agente com culpa consciente prevê, mas não aceita, a superveniência do resultado de
sua conduta.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 18º, II do Código Penal Brasileiro.
O estudo do crime culposo no direito penal é de suma importância, tendo em vista as regras exigidas para a sua
configuração.
No desenvolvimento da questão são abordados diversos temas, como, por exemplo, a culpa consciente, a previ-
sibilidade objetiva do resultado e a tentativa nos crimes culposos.
O crime culposo está previsto no Código Penal, nos seguintes termos:
Art. 18 - Diz-se o crime:

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Questões Comentadas 21

(...)
Crime culposo
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
A doutrina, por sua vez, desenvolve o estudo do crime culposo, destacando diversas peculiaridades, que podem
ser verificadas ao longo do desenvolvimento desta questão.
Na culpa consciente o agente prevê o resultado, mas acredita sinceramente que ele não ocorrerá.
Masson ensina que na culpa consciente, com previsão ou ex lascivia é a que ocorre quando o agente, após
prever o resultado objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando sinceramente que ele não ocorrerá.
Em seguida o autor ainda esclarece:
Na culpa consciente, o sujeito não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo. apesar de sabê-lo possível,
acredita sinceramente ser capaz de evita-lo, o que apenas não acontece por erro de cálculo ou por erro na execu-
ção. (grifos no original)
(MASSON, Cleber. Direito Penal - Parte Geral - Vol. 1. Ed. Método. 12ª ed. 2018)
Desta forma, correta a alternativa C.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise o caso a seguir.
Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que
perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatá-
rio. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do
presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista
particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar
que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a
explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das
mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem.
A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes
de homicídio sucederá
a) por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista.
b) por dolo eventual apenas em relação aos torcedores.
c) por dolo direto de segundo grau em relação ao presidente e ao motorista.
d) por dolo eventual em relação ao motorista, aos torcedores e ao funcionário.
e) por dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente e ao motorista.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.

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22

De acordo com a doutrina brasileira, o dolo pode ser subdividido em várias espécies, dentre as quais se
destacam:
a) dolo direto; b) dolo eventual; c) dolo de consequências necessárias.
Dolo Direto - nas palavras de Cleber Massom, “consiste na vontade do agente, direcionada a determinada resul-
tado, efetivamente perseguido, englobando os meios necessários para tanto. Há a intenção de atingir um único bem
jurídico”.
Dolo Eventual - é a modalidade de dolo em que o agente não quer o resultado, mas assume o risco de produ-
zi-lo. Destaca-se que tal modalidade é admitida no ordenamento jurídico brasileiro, nos termos do art. 18, I do
Código Penal e se relaciona com a Teoria do Assentimento.
Dolo de 2º grau ou de Consequências Necessárias - ocorre quando a vontade do agente é dirigida a determi-
nado resultado, mas os meios utilizados pelo agente necessariamente irão ocasionar outras consequências, ou
seja, acarretarão efeitos colaterais de ocorrência praticamente certa.
Tendo como base essa introdução conceitual, basta agora realizar a adequação da conduta do agente a essas
espécies de dolo.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Caracteriza o arrependimento eficaz aquele no qual o agente, voluntariamente, repara o dano
ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Alisson pratica de maneira costumaz crime de furto (art. 155, CP: “Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel) em determinada região da cidade. Ao avistar Célia sentada dis-
traída em um banco de praça com sua bolsa, Alisson se senta ao seu lado no intuito de furtar
objetos de valor do interior da valise.
Com base nas disposições do Código Penal e considerando o caso narrado, julgue o próximo
item.
Se Alisson, ao tentar retirar algum objeto da bolsa, tiver sua ação impedida por Célia, respon-
derá pelo crime de furto na modalidade tentada, com a mesma penalidade do furto consumado
diminuída de um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Se o meio utilizado para cometer um crime for absolutamente ineficaz, caracterizando o crime
impossível, sequer a tentativa será punida.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Alisson pratica de maneira costumaz crime de furto (art. 155, CP: “Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel) em determinada região da cidade. Ao avistar Célia sentada dis-
traída em um banco de praça com sua bolsa, Alisson se senta ao seu lado no intuito de furtar
objetos de valor do interior da valise.
Com base nas disposições do Código Penal e considerando o caso narrado, julgue o próximo
item.
Se Alisson, conseguindo furtar algum objeto de valor do interior da bolsa, o restitui volunta-
riamente antes do recebimento da denúncia, estará caracterizado o arrependimento eficaz.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Não se admite o arrependimento eficaz após a consumação do delito, de modo que o agente
não será beneficiado com a causa de exclusão de tipicidade.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos casos de desistência voluntária e arrependimento eficaz, o agente responderá apenas
pelos atos delitivos já praticados, mas não por delito tentado.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considera-se tentado o crime quando, iniciada a sua execução, não se consuma por vontade
do próprio agente.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Há desistência voluntária quando o agente promove uma nova atitude, diversa da que originou
o ato criminoso iniciado, para obstar a produção do resultado, de forma que só responderá
penalmente se o resultado se confirmar.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A reparação do dano ou a restituição da coisa, por ato voluntário, até o recebimento da
denúncia ou da queixa configura o arrependimento eficaz e permite a redução da pena de
um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado, violação,
tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.

Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Samuel observou seu chefe, Davi, colocar uma quantidade de dinheiro em uma bolsa e deixá-la
no banco de trás do carro. No intuito de furtar a valise, Samuel seguiu o carro de Davi, até que
este parasse em um estacionamento. Lá chegando, Samuel esperou seu chefe se afastar do
veículo, momento em que o arrombou. Dentro do carro, porém, não encontrou a bolsa, e se
evadiu do local para não levantar suspeitas.
Com base no caso narrado e nas disposições do Código Penal a respeito do iter criminis, a
conduta de Samuel caracteriza:
a) Crime impossível.
b) Tentativa de crime.
c) Arrependimento eficaz.
d) Crime consumado.
e) Desistência voluntária.

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12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise os itens abaixo.
I. Iniciada a execução do crime, ele não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
II. Reparação do dano até o recebimento da denúncia por ato voluntário do agente em
crime de furto.
III. Por absoluta ineficácia do meio não há como consumar o crime.
IV. O agente voluntariamente desiste de prosseguir na execução do crime.
De acordo com o previsto no Código Penal, o disposto nos itens acima refere-se, respectiva-
mente, a:
a) tentativa, arrependimento posterior, crime impossível, desistência voluntária.
b) desistência voluntária, arrependimento eficaz, tentativa e crime impossível.
c) tentativa, desistência voluntária, crime impossível e arrependimento eficaz.
d) arrependimento eficaz, arrependimento posterior, tentativa e desistência voluntária.
e) arrependimento eficaz, tentativa, crime impossível e desistência voluntária.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em relação ao Crime Consumado, de acordo com o art. 14 do Código Penal Brasileiro –CPB –, é
correto afirmar que ele ocorre

a) quando se reúnem todos os elementos subjetivos.


b) quando nele se encontram elementos objetivos após o crime.
c) quando nele não se reúnem os elementos de sua definição legal.
d) quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
e) somente quando reunir o autor, testemunha e a vítima.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Vinícius falsifica sua identidade (crime tipificado no art. 297 do CP) para praticar estelionato
(crime tipificado no art. 171 do CP) contra Flávia, proprietária de uma concessionária de veículos
usados. Ao iniciar a execução do segundo crime, Vinícius desiste de prosseguir e sai do local.
Flávia, suspeitando de algo errado, aciona a polícia, que aborda Vinícius a alguns metros da loja.
De acordo com o caso narrado, as disposições do Código Penal sobre o iter criminis e a juris-
prudência dos tribunais superiores sobre o tema, é correto afirmar que Vinícius:
a) responderá pelo crime de estelionato em sua forma tentada.
b) não responderá por crime algum, pois desistiu voluntariamente.
c) responderá somente pelo crime de falsificação de documento público em sua forma
consumada.
d) não responderá por crime algum, pois se arrependeu eficazmente.
e) responderá somente pelo crime de falsificação de documento público em sua forma
tentada.

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Questões sobre a aula 5

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se crime na forma tentada, quando
a) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade da vítima.
b) iniciada a execução, se consuma por vontade do agente.
c) é consumado, mas por circunstâncias alheias à sua vontade o agente desiste.
d) antes da execução, e por circunstâncias alheias à vontade do agente, ele desiste.
e) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Agente A estava andando pela praça à procura de bens alheios para subtrair, quando avistou a
bolsa da Vítima B aberta no gramado, enquanto esta dormia no local, próxima à sua bolsa. O
Agente A aproximou-se da bolsa e abriu-a, momento em que percebeu que ela estava vazia e,
antes de sair do local foi abordado pelo Guarda C, que estava efetuando patrulha no local. Diante
do ocorrido, é possível concluir o seguinte, a respeito da conduta praticada pelo Agente A:
a) Tentativa de roubo
b) Tentativa de furto
c) Furto
d) crime impossível, por ausência de bens a subtrair, como execução inidônea.
e) Roubo.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
As disposições acima se referem à hipótese de
a) arrependimento eficaz. d) erro sobre a ilicitude do fato.
b) desistência voluntária. e) erro sobre elementos do tipo.
c) arrependimento posterior.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O arrependimento posterior se configura quando
a) o crime, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente criminoso.
b) no crime se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
c) o agente, iniciada a execução do crime, arrepende-se e impede que o resultado se
produza e que o crime se consuma.
d) há reparação do dano por ato voluntário até o recebimento da denúncia ou queixa
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
e) o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução do crime.

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19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que concerne ao crime impossível, à tentativa, à desistência voluntária, aos arrependimen-
tos eficaz e posterior e à teoria do tipo, assinale a opção correta.
a) A elementar normativa do tipo penal incriminador consiste na descrição de elemen-
to que dispensa valoração no caso concreto, porquanto a própria norma se mostra
compreensível abstratamente.
b) O arrependimento posterior ocorre quando o agente, mesmo em crimes cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa ou ao bem tutelado, repara o dano à pessoa
ou restitui o bem até a prolação da sentença, por ato voluntário próprio.
c) A resipiscência ocorre quando o agente, durante os atos executórios, abandona a
empreitada criminosa, deixando o seu intento inicial, embora com a superveniência
do resultado lesivo idealizado.
d) O Código Penal brasileiro adotou a teoria objetiva pura para a caracterização do crime
impossível, em razão da inidoneidade do objeto ou do meio para a prática do crime.
e) A tentativa incruenta ou branca ocorre quando, iniciados os atos executórios, o agente
não consegue a consumação do delito, por força alheia à sua vontade, e nem atinge
o objeto material do crime.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime impossível ocorre quando
a) o crime não se consuma por ineficácia absoluta do meio empregado pelo agente.
b) o agente atua em estado de necessidade ou em legítima defesa.
c) o autor age de maneira não intencional, a despeito da consumação.
d) o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
e) o crime se consuma, mas o autor é inimputável.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. CERTO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E

4. ERRADO 8. ERRADO 12. A 16. D 20. A

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Questões Comentadas 7

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Caracteriza o arrependimento eficaz aquele no qual o agente, voluntariamente, repara o dano
ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
O arrependimento eficaz ocorre quando o agente impede que o resultado do crime se produza. Observe:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15, CP. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se pro-
duza, só responde pelos atos já praticados.
Todavia, na situação narrada na assertiva está caracterizado o arrependimento posterior, previsto no art. 16
do CP. Atente:
Arrependimento posterior
Art. 16, CP. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Alisson pratica de maneira costumaz crime de furto (art. 155, CP: “Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel) em determinada região da cidade. Ao avistar Célia sentada dis-
traída em um banco de praça com sua bolsa, Alisson se senta ao seu lado no intuito de furtar
objetos de valor do interior da valise.
Com base nas disposições do Código Penal e considerando o caso narrado, julgue o próximo
item.
Se Alisson, ao tentar retirar algum objeto da bolsa, tiver sua ação impedida por Célia, respon-
derá pelo crime de furto na modalidade tentada, com a mesma penalidade do furto consumado
diminuída de um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.

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SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
Nesse caso, Alisson chegou a iniciar a execução do crime, mas foi impedido de continuar por circunstâncias
alheias à sua vontade, caracterizando a tentativa, que tem a mesma pena do crime consumado, mas reduzida
de 1/3 a 2/3. Observe:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:
[...]
II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Se o meio utilizado para cometer um crime for absolutamente ineficaz, caracterizando o crime
impossível, sequer a tentativa será punida.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
Caracteriza o crime impossível quando a ineficácia absoluta do meio ou a absoluta impropriedade do
objeto impedem que se consuma o delito. Se isso ocorrer, nem a tentativa será punível. Observe:
Crime impossível
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Alisson pratica de maneira costumaz crime de furto (art. 155, CP: “Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel) em determinada região da cidade. Ao avistar Célia sentada dis-
traída em um banco de praça com sua bolsa, Alisson se senta ao seu lado no intuito de furtar
objetos de valor do interior da valise.
Com base nas disposições do Código Penal e considerando o caso narrado, julgue o próximo
item.
Se Alisson, conseguindo furtar algum objeto de valor do interior da bolsa, o restitui volunta-
riamente antes do recebimento da denúncia, estará caracterizado o arrependimento eficaz.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

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Questões Comentadas 9

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
Consumado o delito e ocorrendo a restituição da coisa ou a reparação do dano antes do recebimento da
denúncia, estaremos diante de arrependimento posterior, com pena reduzida de um a dois terços, e NÃO do
arrependimento eficaz. Veja:
Arrependimento posterior
Art. 16, CP. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a
dois terços.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não se admite o arrependimento eficaz após a consumação do delito, de modo que o agente
não será beneficiado com a causa de exclusão de tipicidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
No arrependimento eficaz, depois de já praticados todos os atos executórios que estão à sua disposição, o
agente adota providência aptas a impedir a consumação do crime. Dessa forma, se o crime, ainda assim se
consuma, o agente responderá pelo resultado produzido, não se aplicando o arrependimento eficaz. Contudo,
neste caso, vale ressaltar, que o agente será beneficiado com atenuante genérica prevista no art 65, III, “b”, CP.
Registre-se que para a doutrina majoritária o arrependimento eficaz é causa de exclusão da tipicidade,
pois afastasse a tipicidade inicialmente desejada pelo agente, subsistindo apenas a tipicidade dos fatos já
praticados.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos casos de desistência voluntária e arrependimento eficaz, o agente responderá apenas
pelos atos delitivos já praticados, mas não por delito tentado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 15º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 15º Código Penal Brasileiro.
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz estão previstos no art. 15 do Código Penal:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz

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Art. 15, CP. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se pro-
duza, só responde pelos atos já praticados.
Veja que o agente não responderá pela forma tentada, mas somente pelos atos já praticados e se estes
configurarem crime autônomo.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se tentado o crime quando, iniciada a sua execução, não se consuma por vontade
do próprio agente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
A questão traz o oposto da literalidade do art. 14, do Código Penal, vejamos:
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias ALHEIAS à vontade do agente.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consu-
mado, diminuída de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Há desistência voluntária quando o agente promove uma nova atitude, diversa da que originou
o ato criminoso iniciado, para obstar a produção do resultado, de forma que só responderá
penalmente se o resultado se confirmar.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 15º do Código Penal Brasileiro.
A presente assertiva traz o conceito do ARREPENDIMENTO EFICAZ, no qual o agente, após encerrar os atos
executórios, adota conduta positiva a fim de evitar a produção do resultado.

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Questões Comentadas 11

Na DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, o agente, por ato voluntário, interrompe o processo executório do crime, aban-
donando a prática dos demais atos necessários e que estavam à sua disposição para a consumação. Portanto,
verifica-se que o agente adota uma conduta negativa, pois desiste de prosseguir com a execução.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A reparação do dano ou a restituição da coisa, por ato voluntário, até o recebimento da
denúncia ou da queixa configura o arrependimento eficaz e permite a redução da pena de
um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 16º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 16º Código Penal Brasileiro.
A presente assertiva traz o conceito do ARREPENDIMENTO POSTERIOR, que ocorre após a consumação do crime
e é causa de diminuição de pena prevista no art. 16 CP.
Conforme dispõe o Art. 16 CP - “Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será redu-
zida de um a dois terços”.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado, violação,
tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
Se, ao iniciar a execução, o crime não se consumar por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta improprie-
dade do objeto, estaremos diante do crime impossível (tentativa inidônea, inadequada ou quase crime).
Segundo Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p. 374), há diversas
teorias que tentam explicar o crime impossível. Vamos relembrá-las?

1) Teoria objetiva: está relacionada ao elemento objetivo do crime, que é o perigo de lesão
para bens jurídicos penalmente tutelados. Assim, se a conduta não tem potencial para lesio-
nar o bem jurídico (em razão do meio utilizado ou do objeto material), a tentativa não estará
configurada. É subdividida em outras duas teorias:
1.a) Teoria objetiva pura: para essa teoria, quando a conduta não tem capacidade de provocar lesão, não haverá
punição. Para ela, essa condição ocorrerá independentemente do grau de inidoneidade da ação.

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1.b) Teoria objetiva temperada ou intermediária: para afastar o crime, os meios empregados ou o objeto material
devem ser absolutamente inidôneos para produzir o resultado. Sendo relativos, estará caracterizada a tentativa.
É a teoria adotada pelo CP, em seu art. 17.

2) Teoria subjetiva: leva em conta o elemento subjetivo do crime, ou seja, a intenção do agente,
pouco importando se o meio empregado ou o objeto do delito são inidôneos.
3) Teoria sintomática: não se preocupa com o fato praticado, e sim com a periculosidade do
autor.
Há certa semelhança entre o crime impossível e a tentativa. Em ambos os casos, a execução é iniciada,
mas o crime não se consuma. Mas há diferenças nítidas.
Na tentativa, é possível atingir a consumação, que só não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
No crime impossível, por outro lado, não é viável atingir a consumação, nem se o agente quiser, pois o meio
é absolutamente ineficaz ou o objeto tem absoluta impropriedade. Portanto, não há sequer o perigo de violar o
bem jurídico tutelado.
É exatamente o que prevê o art. 17 do CP:
Crime impossível
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.
A ineficácia absoluta do meio ocorre quando o meio utilizado para a execução do crime é incapaz de produzir
o resultado. Por exemplo, quando o agente tenta matar alguém utilizando arma de brinquedo. Mas a inidoneidade
do meio deve ser analisada no caso concreto. Ademais, ela deve ser absoluta, pois, sendo relativa, estaremos
diante da tentativa.
A absoluta impropriedade do objeto se refere à pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. É
o que ocorre quando se tenta matar alguém já morto ou quando se tenta abortar feto de mulher que não se
encontra grávida.
“O objeto material é absolutamente impróprio quando inexistente antes do início da execução do crime, ou
ainda quando, nas circunstâncias em que se encontra, torna impossível a sua consumação” (MASSON. op.
cit. p. 377). Em adição, se a impropriedade do objeto for relativa, estaremos diante da tentativa.
Em qualquer dos casos, a análise da inidoneidade absoluta do meio ou do objeto deve ser feita depois da prática
da conduta.
Como o crime não é possível de se concretizar, estamos diante de uma causa de exclusão de tipicidade (não há
crime).

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Samuel observou seu chefe, Davi, colocar uma quantidade de dinheiro em uma bolsa e deixá-la
no banco de trás do carro. No intuito de furtar a valise, Samuel seguiu o carro de Davi, até que
este parasse em um estacionamento. Lá chegando, Samuel esperou seu chefe se afastar do
veículo, momento em que o arrombou. Dentro do carro, porém, não encontrou a bolsa, e se
evadiu do local para não levantar suspeitas.
Com base no caso narrado e nas disposições do Código Penal a respeito do iter criminis, a
conduta de Samuel caracteriza:
a) Crime impossível.
b) Tentativa de crime.

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Questões Comentadas 13

c) Arrependimento eficaz.
d) Crime consumado.
e) Desistência voluntária.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
a) Crime Impossível.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
O crime impossível está previsto no art. 17 do Código Penal:
Crime impossível
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.
Diferentemente da tentativa, em que a consumação pode ocorrer, mas não se efetiva por circunstâncias alheias
à vontade do agente (o que já se afasta a letra A), no crime impossível a consumação NUNCA pode ocorrer
(o que exclui a letra D). No caso narrado, o furto nunca poderá ocorrer pois a bolsa, objeto do crime, não está no
carro (absoluta impropriedade do objeto).
Quanto às letras C e E, na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, há o impedimento da produ-
ção do resultado pelo próprio agente, o que não está caracterizado no caso narrado.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise os itens abaixo.
I. Iniciada a execução do crime, ele não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
II. Reparação do dano até o recebimento da denúncia por ato voluntário do agente em
crime de furto.
III. Por absoluta ineficácia do meio não há como consumar o crime.
IV. O agente voluntariamente desiste de prosseguir na execução do crime.
De acordo com o previsto no Código Penal, o disposto nos itens acima refere-se, respectiva-
mente, a:
a) tentativa, arrependimento posterior, crime impossível, desistência voluntária.
b) desistência voluntária, arrependimento eficaz, tentativa e crime impossível.
c) tentativa, desistência voluntária, crime impossível e arrependimento eficaz.
d) arrependimento eficaz, arrependimento posterior, tentativa e desistência voluntária.
e) arrependimento eficaz, tentativa, crime impossível e desistência voluntária.
GABARITO: A

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14

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 14º, 15º, 16º, 17º do Código Penal Brasileiro.
a) tentativa, arrependimento posterior, crime impossível, desistência voluntária.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 14º, 15º, 16º, 17º do Código Penal Brasileiro.
l. Iniciada a execução do crime, ele não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
O texto caracteriza a tentativa, conforme o art. 14, II do Código Penal:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:
[...]
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
ll. Reparação do dano até o recebimento da denúncia por ato voluntário do agente em crime de furto.
O item se refere ao arrependimento posterior, previsto no art. 16 do Código Penal:
Arrependimento posterior
Art. 16, CP. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a
dois terços.
Lembrando que no crime de furto não há violência ou grave ameaça:
Furto
Art. 155, CP. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

III. Por absoluta ineficácia do meio não há como consumar o crime.


Nesse caso, está descrito o crime impossível:
Crime impossível
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.

IV. O agente voluntariamente desiste de prosseguir na execução do crime.


Aqui ocorre a desistência voluntária, de acordo com o art. 15 do CP:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15, CP. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em relação ao Crime Consumado, de acordo com o art. 14 do Código Penal Brasileiro –CPB –, é
correto afirmar que ele ocorre

a) quando se reúnem todos os elementos subjetivos.


b) quando nele se encontram elementos objetivos após o crime.

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Questões Comentadas 15

c) quando nele não se reúnem os elementos de sua definição legal.


d) quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
e) somente quando reunir o autor, testemunha e a vítima.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 14º do Código Penal Brasileiro.
d) quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 14º do Código Penal Brasileiro.
O iter criminis (ou “caminho do crime”) “corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato
previsto em lei como infração penal” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. 8. ed. São Paulo: Método,
2014). O seu conhecimento é fundamental para a punição do crime. Em regra, quanto menos etapas percorridas,
menor será a pena.
Ele é dividido em duas fases:
> Fase interna: representada pela cogitação;
> Fase externa: dividida em preparação, execução e consumação. O exaurimento do delito não integra o iter
criminis, mas pode influenciar na dosimetria da pena.
A cogitação (fase interna) não é punível pelo Direito.
Em relação à fase externa, temos que analisar cada uma das subfases:

1) Preparação: corresponde aos atos preparatórios necessários para o cometimento do crime,


como a compra de corda para cometer o crime de furto.
Em regra, esses atos preparatórios não são puníveis. Mas é possível sua responsabilização nas hipóteses em que
a lei os incrimina de forma autônoma (são chamados crimes-obstáculos). Por exemplo, ao adquirir ilegalmente
uma arma de fogo para cometer um homicídio, esse ato preparatório já é um crime (Lei nº 10.826/2003) ou, ao
adquirir petrechos para a falsificação de moeda (art. 291, CP), ainda que não se inicie a produção de moeda falsa,
o agente já será punível, pois a preparação já configura crime.

2) Execução: o agente começa a realizar o núcleo do tipo penal (o “verbo” que consta na defini-
ção legal). Aqui inicia a incidência do Direito Penal, configurando, no mínimo, o crime tentado.
O ato de execução deve ser idôneo (com capacidade suficiente de lesar o bem jurídico penalmente protegido) e
inequívoco (fornecendo certeza acerca da vontade de cometer o ilícito).

3) Consumação: ocorre quando se reúnem todos os elementos da definição legal do crime.


Por exemplo, o crime de homicídio estará consumado quando a vítima falecer, pois o núcleo
do tipo do art. 121 é “matar”.
O conceito de consumação pode ser retirado do art. 14, I do Código Penal. Veja:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.

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16

Devemos, agora, diferenciar quando ocorre a consumação nos diversos tipos de crime, ainda seguindo a dou-
trina de Cleber Masson (op. cit.):
> Crimes materiais: aperfeiçoa-se com a superveniência do resultado naturalístico.
> Crimes formais e crimes de mera conduta: consumam-se com a mera prática da conduta.
> Crimes qualificados pelo resultado (incluindo os preterdolosos): a consumação se verifica com a produção do
resultado agravador, doloso ou culposo (p. ex. art. 129, § 3º, que trata do crime de lesão corporal com resultado
morte).
> Crimes de perigo concreto: consumam-se com a efetiva exposição do bem jurídico a uma probabilidade de
dano.
> Crimes de perigo abstrato: aperfeiçoam-se com a mera prática da conduta definida em lei como perigosa.
> Crimes permanentes: a consumação se arrasta no tempo, com a manutenção da situação contrária ao Direito.
> Crimes habituais: consumam-se com a reiteração de atos que revelam o estilo de vida do agente, pois cada
um deles, isoladamente considerado, representa um indiferente penal.
Portanto, conforme visto, o conceito de crime consumado está na letra D.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Vinícius falsifica sua identidade (crime tipificado no art. 297 do CP) para praticar estelionato
(crime tipificado no art. 171 do CP) contra Flávia, proprietária de uma concessionária de veículos
usados. Ao iniciar a execução do segundo crime, Vinícius desiste de prosseguir e sai do local.
Flávia, suspeitando de algo errado, aciona a polícia, que aborda Vinícius a alguns metros da loja.
De acordo com o caso narrado, as disposições do Código Penal sobre o iter criminis e a juris-
prudência dos tribunais superiores sobre o tema, é correto afirmar que Vinícius:
a) responderá pelo crime de estelionato em sua forma tentada.
b) não responderá por crime algum, pois desistiu voluntariamente.
c) responderá somente pelo crime de falsificação de documento público em sua forma
consumada.
d) não responderá por crime algum, pois se arrependeu eficazmente.
e) responderá somente pelo crime de falsificação de documento público em sua forma
tentada.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
c) responderá somente pelo crime de falsificação de documento público em sua forma
consumada.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
Vejamos primeiramente os crimes de falsificação de documento público (art. 297, CP) e de estelionato (art.
171, CP):
Falsificação de documento público

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Questões Comentadas 17

Art. 297, CP. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Estelionato
Art. 171, CP. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
Veja que o enunciado afirma que o primeiro crime foi cometido (falsificação de documento público), pois
Vinícius falsifica o documento público.
Outro ponto que devemos atentar é que, de acordo com a Jurisprudência, se o estelionato ocorrer, absorverá
a falsidade documental. É o entendimento da Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem
mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”.
Agora perceba que o enunciado também afirma que Vinícius desiste de prosseguir voluntariamente, o que
caracteriza a desistência voluntária (e não a tentativa, como afirma a letra A). Observe:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15, CP. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.
Portanto, Vinícius responderá somente pelos atos já praticados. Nesse caso, a falsificação do documento
público já se consumou (crime formal), pois independe do seu efetivo uso (o que exclui as letras B, D e E).

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se crime na forma tentada, quando
a) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade da vítima.
b) iniciada a execução, se consuma por vontade do agente.
c) é consumado, mas por circunstâncias alheias à sua vontade o agente desiste.
d) antes da execução, e por circunstâncias alheias à vontade do agente, ele desiste.
e) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
e) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
Caro aluno, vamos entender primeiramente o iter criminis para analisarmos o instituto da tentativa, certo? Pois
bem, o iter criminis (ou “caminho do crime”) “corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de
um fato previsto em lei como infração penal” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São
Paulo: Método, 2014. p. 333). O seu conhecimento é fundamental para a punição do crime. Em regra, quanto
menos etapas percorridas, menor será a pena. Ele é dividido em duas fases:
> Fase interna: representada pela cogitação;

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> Fase externa: dividida em preparação, execução e consumação. O exaurimento do delito não integra o iter
criminis, mas pode influenciar na dosimetria da pena.
A cogitação (fase interna) não é punível pelo Direito.
Em relação à fase externa, temos que analisar cada uma das subfases:

1) Preparação: corresponde aos atos preparatórios necessários para o cometimento do crime,


como a compra de corda para cometer o crime de furto.
Em regra, esses atos preparatórios não são puníveis. Mas é possível sua responsabilização nas hipóteses em
que a lei os incrimina de forma autônoma (são chamados crimes-obstáculos). Por exemplo, ao adquirir ilegal-
mente uma arma de fogo para cometer um homicídio, esse ato preparatório já é um crime (Lei nº 10.826/2003)
ou, ao adquirir petrechos para a falsificação de moeda (art. 291, CP), ainda que não se inicie a produção de
moeda falsa, o agente já será punível, pois a preparação já configura crime.

2) Execução: o agente começa a realizar o núcleo do tipo penal (o “verbo” que consta na defini-
ção legal). Aqui inicia a incidência do Direito Penal, configurando, no mínimo, o crime tentado.
O ato de execução deve ser idôneo (com capacidade suficiente de lesar o bem jurídico penalmente protegido) e
inequívoco (fornecendo certeza acerca da vontade de cometer o ilícito).

3) Consumação: ocorre quando se reúnem todos os elementos da definição legal do crime.


Por exemplo, o crime de homicídio estará consumado quando a vítima falecer, pois o núcleo
do tipo do art. 121 é “matar”.
O conceito de consumação pode ser retirado do art. 14, I do Código Penal. Veja:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Já a tentativa (conatus ou crime imperfeito) se caracteriza pela não consumação do delito por circunstân-
cias alheias à vontade do agente (na fórmula de Frank, “quero prosseguir, mas não posso”). Está prevista no
art. 14, II do CP:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:
[...]
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Perceba que, para que a tentativa esteja caracterizada, é necessário iniciar a execução do crime, que não
chega a ser consumado (mas há o dolo de consumação).
De acordo com Cleber Masson (op. cit. p. 346), a tentativa por ocorrer de quatro formas (espécies de tentativa):

1) Tentativa branca ou incruenta: o objeto material não é atingido pela conduta (p. ex. “A”
efetua disparos contra “B”, mas nenhum o atinge);
2) Tentativa cruenta ou vermelha: o objeto material é alcançado pela atuação do agente (p.
ex. “A” efetua disparos com a intenção de matar “B”, provocando-lhe ferimentos, mas sem o
matar);

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Questões Comentadas 19

3) Tentativa perfeita, acabada ou crime falho: o agente esgota todos os meios executórios
à sua disposição, e ainda assim não consegue consumar o crime (p. ex. “A” efetua disparos
contra “B”, esvaziando a arma, mas nenhum o atinge);
4) Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita: o agente inicia a execu-
ção, sem, contudo, utilizar todos os meios que tinha a seu alcance, e não consegue consumar
o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. (p. ex. “A” efetua disparos contra “B”, mas
antes de algum dos projéteis o atingir, é impedido por policiais de continuar atirando).
Contudo, se o agente desistir de prosseguir com ação após o início da execução, estaremos diante da desis-
tência voluntária, e não da tentativa, desde que ocorra voluntariamente.
Caro aluno, na desistência voluntária, “o agente, por ato voluntário, interrompe o processo executório do crime,
abandonando a prática dos demais atos necessários e que estavam à sua disposição para a consumação” (op. cit.
p. 359).
Ainda não entendeu qual a diferença entre desistência voluntária e a tentativa? Para facilitar essa diferenciação,
utiliza-se a fórmula da Frank:
> Na tentativa, o agente quer, mas não pode prosseguir;
> Na desistência voluntária, o agente pode, mas não quer prosseguir.
Ela está prevista no art. 15 do CP:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15, CP. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se pro-
duza, só responde pelos atos já praticados.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Agente A estava andando pela praça à procura de bens alheios para subtrair, quando avistou
a bolsa da Vítima B aberta no gramado, enquanto esta dormia no local, próxima à sua bolsa.
O Agente A aproximou-se da bolsa e abriu-a, momento em que percebeu que ela estava
vazia e, antes de sair do local foi abordado pelo Guarda C, que estava efetuando patrulha no
local. Diante do ocorrido, é possível concluir o seguinte, a respeito da conduta praticada pelo
Agente A:
a) Tentativa de roubo
b) Tentativa de furto
c) Furto
d) crime impossível, por ausência de bens a subtrair, como execução inidônea.
e) Roubo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
d) crime impossível, por ausência de bens a subtrair, como execução inidônea.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 17º do Código Penal Brasileiro.

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A questão exige conhecimento sobre o momento consumativo do crime de furto.


Segundo o art. 17 do CP, “não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impro-
priedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”.
O crime impossível, também chamado de quase crime, tentativa inidônea ou inadequada, ocorre quando a
ineficácia absoluta do meio ou a absoluta impropriedade do objeto impede a consumação delito. O crime impos-
sível atua como uma causa excludente da tipicidade material.
Trata-se de crime impossível em razão da absoluta impropriedade do objeto (“tentou subtrair bens de uma
bolsa que estava vazia”). Cabe ressaltar que o agente não subtraiu a bolsa, ele apenas abriu-a para furtar os
bens que estavam em seu interior.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
As disposições acima se referem à hipótese de
a) arrependimento eficaz.
b) desistência voluntária.
c) arrependimento posterior.
d) erro sobre a ilicitude do fato.
e) erro sobre elementos do tipo.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
c) arrependimento posterior.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
O arrependimento posterior, segundo Michael Procopio (Direito Penal p/ Procurador da República (Curso
Regular) Com videoaulas - 2020.2 Pré-Edital ) “é a causa de diminuição de pena incidente quando, após a con-
sumação do crime, o agente repara o dano ou restitui a coisa. O crime deve ter sido cometido sem violência
ou grave ameaça, sendo que a doutrina majoritária admite excepcionalmente a incidência do arrependimento
posterior no caso de crimes culposos”.
Ele está previsto no art. 16 do CP:
Arrependimento posterior
Art. 16, CP. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.
Perceba que o arrependimento posterior não é modalidade de tentativa qualificada, pois ele ocorre após a
consumação do crime.
Para que esse instituto seja aplicado, devem ser preenchidos alguns requisitos:

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Questões Comentadas 21

1) Natureza do crime: deve ter sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. Porém,
se essa violência for culposa, será cabível o instituto. Da mesma forma, se a violência ou grave
ameaça ocorrer contra coisa, poderá ser concedido o benefício;
2) Reparação do dano ou restituição da coisa: deve ser voluntária (realizada sem coação física
ou moral), pessoal (não pode ser realizada por outrem) e integral (caso contrário, não se pode
dizer que o dano foi reparado ou a coisa restituída);
3) Limite temporal: deve acontecer até o recebimento da denúncia ou queixa. Ocorrendo
após o recebimento da peça inicial, poderá incidir atenuante genérica (art. 65, III, “b” do CP).
Como a reparação do dano ou a restituição da coisa tem natureza objetiva, o arrependimento posterior se
estenderá aos demais agentes em caso de concurso de pessoas (STJ. 6ª Turma. REsp 1.187.976/SR. Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior. Julg. 07/11/2012. Info 531).
Professor, e como o juiz saberá se deve aplicar a redução da pena em 1/3 ou 2/3? O critério a ser utilizado para
essa redução é calculado com base na celeridade e na voluntariedade da reparação do dano ou da resti-
tuição da coisa (STJ, 6ª Turma. HC 338.840/SC. Rel. Min. Maria Tereza de Assis Moura. Julg. 04/02/2016).
Como você viu, o enunciado trouxe a transcrição do art. 16 citado acima.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


O arrependimento posterior se configura quando
a) o crime, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente criminoso.
b) no crime se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
c) o agente, iniciada a execução do crime, arrepende-se e impede que o resultado se
produza e que o crime se consuma.
d) há reparação do dano por ato voluntário até o recebimento da denúncia ou queixa
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
e) o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução do crime.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
d) há reparação do dano por ato voluntário até o recebimento da denúncia ou queixa
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 16º do Código Penal Brasileiro.
A assertiva traz corretamente o instituto do arrependimento posterior, previsto no art. 16, do CP:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.
Relembrando:

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22

Desistência voluntária e arrependimento eficaz (ambos previstos no art. 15, do CP) estão relacionados à
tentativa e alteram a responsabilidade penal do sujeito. Trata-se de situações nas quais o agente adota uma
postura em sentido oposto aquele inicialmente realizado.
O arrependimento posterior (art. 16, do CP), por sua vez, é voltado para a vítima e se destina, precipuamente,
a crimes não violentos, ou seja, que não contêm violência ou grave ameaça da pessoa. O STJ entende que o
referido instituto só pode ser aplicado em crime patrimonial ou com efeitos patrimoniais (REsp 1.561.276).
Para melhor visualização do momento em que se verificam esses institutos, confira o esquema abaixo:
- Início da execução > DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA > Fim da execução (art. 15, do CP)
- Fim da execução > ARREPENDIMENTO EFICAZ > Resultado/consumação do crime (art. 15, do CP)
-Crime consumado > ARREPENDIMENTO POSTERIOR > Recebimento da denúncia/queixa (art. 16, do CP)

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que concerne ao crime impossível, à tentativa, à desistência voluntária, aos arrependimen-
tos eficaz e posterior e à teoria do tipo, assinale a opção correta.
a) A elementar normativa do tipo penal incriminador consiste na descrição de elemen-
to que dispensa valoração no caso concreto, porquanto a própria norma se mostra
compreensível abstratamente.
b) O arrependimento posterior ocorre quando o agente, mesmo em crimes cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa ou ao bem tutelado, repara o dano à pessoa
ou restitui o bem até a prolação da sentença, por ato voluntário próprio.
c) A resipiscência ocorre quando o agente, durante os atos executórios, abandona a
empreitada criminosa, deixando o seu intento inicial, embora com a superveniência
do resultado lesivo idealizado.
d) O Código Penal brasileiro adotou a teoria objetiva pura para a caracterização do crime
impossível, em razão da inidoneidade do objeto ou do meio para a prática do crime.
e) A tentativa incruenta ou branca ocorre quando, iniciados os atos executórios, o agente
não consegue a consumação do delito, por força alheia à sua vontade, e nem atinge
o objeto material do crime.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
e) A tentativa incruenta ou branca ocorre quando, iniciados os atos executórios, o agente
não consegue a consumação do delito, por força alheia à sua vontade, e nem atinge
o objeto material do crime.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 14º, II do Código Penal Brasileiro.
A tentativa (conatus ou crime imperfeito) se caracteriza pela não consumação do delito por circunstâncias
alheias à vontade do agente (na fórmula de Frank, “quero prosseguir, mas não posso”).
Está prevista no art. 14, II do CP:
Art. 14, CP. Diz-se o crime:

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Questões Comentadas 23

[...]
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Perceba que, para que a tentativa esteja caracterizada, é necessário iniciar a execução do crime, que não
chega a ser consumado (mas há o dolo de consumação).
De acordo com Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. 8. ed. São Paulo: Método, 2014), a tentativa por
ocorrer de quatro formas (espécies de tentativa):

1) Tentativa branca ou incruenta: o objeto material não é atingido pela conduta (p. ex. «A»
efetua disparos contra «B», mas nenhum o atinge);
2) Tentativa cruenta ou vermelha: o objeto material é alcançado pela atuação do agente (p.
ex. «A» efetua disparos com a intenção de matar «B», provocando-lhe ferimentos, mas sem
o matar);
3) Tentativa perfeita, acabada ou crime falho: o agente esgota todos os meios executórios
à sua disposição, e ainda assim não consegue consumar o crime (p. ex. «A» efetua disparos
contra «B», esvaziando a arma, mas nenhum o atinge);
4) Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita: o agente inicia a execução,
mas sem utilizar todos os meios que tinha a seu alcance (p. ex. «A» efetua disparos contra «B»,
mas antes de algum dos projéteis o atingir, é impedido por policiais de continuar atirando).
Se você analisar o art. 14 do CP acima perceberá que ele não é aplicável isoladamente. É preciso ser analisado
com algum crime. Por isso, essa norma é conhecida como “norma de extensão” ou “de ampliação da conduta”.
Por exemplo, o art. 121 do CP prevê o crime de homicídio (“matar alguém”). Para que seja punível na modalidade
tentada, devemos combinar o art. 121 com o art. 14: inicia-se a execução do crime de homicídio, que não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Para sabermos qual a pena aplicável ao crime tentado, o Código Penal adotou a teoria objetiva (realística ou
dualista), em que ela não terá a mesma pena do crime consumado. Podemos perceber isso no art. 14, parágrafo
único do CP:
Pena de tentativa
Art. 14, Parágrafo único, CP. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao
crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Primeiramente, veja que a aplicação desse dispositivo é a regra para a tentativa, mas que admite exceção. Em
alguns casos, a tentativa terá a mesma
pena da consumação. São os crimes de atentado, como a evasão mediante violência contra a pessoa (art.
352, CP).
Seguindo a regra, a tentativa terá a mesma pena do crime consumado, mas diminuída de 1/3 a 2/3. E qual o
critério utilizado para saber se a diminuição será de 1/3 ou de 2/3? Para o STF, o critério decisivo é a maior ou
menor proximidade da consumação, ou seja, a distância percorrida no iter criminis (STF, 1ª Turma. HC 95.960/
PR. Rel. Min. Carlos Britto. Julg. 14/04/2009. Info 542).

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O crime impossível ocorre quando
a) o crime não se consuma por ineficácia absoluta do meio empregado pelo agente.
b) o agente atua em estado de necessidade ou em legítima defesa.

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c) o autor age de maneira não intencional, a despeito da consumação.


d) o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
e) o crime se consuma, mas o autor é inimputável.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
a) o crime não se consuma por ineficácia absoluta do meio empregado pelo agente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 17º do Código Penal Brasileiro.
Há crime impossível quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossí-
vel consumar-se o crime.
Está previsto no art. 17 do CP.
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime.
O crime impossível também é chamado de tentativa inadequada, inidônea ou quase-crime.
O flagrante preparado é uma espécie de crime impossível.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro de tipo essencial inevitável é causa de exclusão do fato típico, por inexigibilidade de
conduta diversa.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Assim, o agente
responderá como se tivesse atingido a pessoa visada.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Não se tratando de erro na execução, o agente que, visando determinado resultado, atinge um
resultado diverso do pretendido, responderá por este a título de culpa, se for previsto como
delito culposo. No caso de o agente conseguir o resultado almejado e também resultado diverso
do pretendido, responderá pela regra do concurso formal, prevista no art. 70 do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, atinge pessoa diversa
ao invés de atingir a pessoa visada, responderá sempre por crime culposo.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O erro sobre objeto é irrelevante para o Direito Penal, já que o agente, mesmo quando realiza
a conduta que recai sobre coisa alheia, responderá criminalmente pelo crime cometido nos
limites do tipo penal.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O aberratio ictus é modalidade de erro acidental que não exclui a tipicidade, sopesando ao
agente uma responsabilização em âmbito penal.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O erro inevitável ou evitável sobre a ilicitude do fato isenta o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime sempre exclui o dolo e a culpa.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O terceiro que determina o erro não responde pelo crime.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O erro de tipo essencial incide sobre elementar do tipo quando a falsa percepção de realidade
faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato.

Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Na confraternização de final de ano de um tribunal de justiça, Ulisses, servidor do órgão, e o
desembargador ganharam um relógio da mesma marca — em embalagens idênticas —, mas
de valores diferentes, sendo consideravelmente mais caro o do desembargador. Ao ir embora,
Ulisses levou consigo, por engano, o presente do desembargador, o qual, ao notar o sumiço do
relógio e acreditando ter sido vítima de crime, acionou a polícia civil. Testemunhas afirmaram
ter visto Ulisses com a referida caixa. No dia seguinte, o servidor tomou conhecimento dos
fatos e dirigiu-se espontaneamente à autoridade policial, afirmando que o relógio estava na
casa de sua namorada, onde fora apreendido.
Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na festa caracterizou
a) erro do tipo.
b) Excludente de ilicitude.
c) arrependimento posterior.
d) Crime impossível.
e) erro de proibição.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A excludente de ilicitude afasta o aspecto ilícito do ato. É a circunstância que torna o ato
antijurídico. Não há, pois, crime, quando evidenciada uma causa que exclui a ilicitude do ato.
Indique a alternativa em que NÃO há exclusão da ilicitude:
a) Erro quanto à pessoa.
b) Legítima defesa.
c) Estado de necessidade.
d) Estrito cumprimento do dever legal.
e) Exercício regular de direito.

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13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da confusão. Certo dia,
discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a discussão e ouviram as ameaças de morte
feitas por João a José. Ninguém soube o motivo da discussão. José não se importou com o fato
e levou na brincadeira. Alguns dias depois, em um evento comemorativo na empresa, João
bradou “eu te mato José” e efetuou disparo de arma de fogo contra José. Contudo o projétil
não atingiu José e sim Juliana, matando a criança que chegara à festa naquele momento,
correndo pelo salão.
Nesse caso, é correto afirmar que, presente a figura
a) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3o, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra criança.
b) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3o, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
c) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido contra criança,
em concurso formal de crimes.
d) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso
sem a agravante de crime cometido contra criança.
e) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra criança,
em concurso material de crimes.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas situações.
Qual das hipóteses está CORRETA?
a) Erro sobre o objeto quando o autor, ao tentar matar o inimigo, por erro na pontaria
mata outra pessoa
b) Erro sobre a pessoa no caso do autor que, ao tentar causar dano, atira uma pedra
contra uma loja, e por erro atinge uma pessoa.
c) Erro sobre o curso causal, quando o autor, ao tentar matar a vítima por afogamento
e ao arremessar a vítima de uma ponte, esta bate na estrutura falecendo de trauma-
tismo. d) Erro na execução (aberratio ictus) quando, por exemplo, o autor, ao subtrair
uma saca de café, pensa ser uma saca de açúcar
d) Resultado diverso do pretendido, quando o autor, ao desejar matar seu filho, causa
a morte de seu funcionário.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos, iniciam uma
longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria, arremessa uma faca
em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma branca acaba por atingir
Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o golpe de faca no coração a
causa eficiente de sua morte.

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Questões sobre a aula 5

Descobertos os fatos pelo Ministério Público, considerando apenas as informações narradas,


é correto afirmar que Ana deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio
a) consumado com a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro sobre a pessoa.
b) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro
de pessoa.
c) culposo consumado, em razão do erro de execução.
d) culposo consumado, em razão do erro sobre a pessoa.
e) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro
de execução.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando deixava o local,
acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio, acreditando ser o seu, tendo em
vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e
acreditando ter sido vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar
o ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto
Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu
em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em
sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública.
Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que:
a) ocorreu erro de proibição, afastando a culpabilidade ou gerando causa de redução
de pena, a depender de ser considerado vencível ou invencível;
b) foi praticado crime de furto, mas deverá ser reconhecida a causa de diminuição de
pena do arrependimento posterior;
c) houve erro sobre a pessoa, devendo ser consideradas as características daquele que
se pretendia atingir;
d) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja consi-
derada atípica;
e) houve erro na execução (aberratio ictus), logo a conduta deverá ser considerada atípica.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma noite, eles vão para
um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Bernardo é surpreendido pela chegada
de policiais militares no hotel, que realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria
tinha apenas 13 anos. Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer
que acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato de que era
proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave.
a) erro de tipo, afastando o dolo, mas permitindo a punição pelo crime de estupro de
vulnerável culposo.
b) erro de proibição, afastando a culpabilidade do agente pela ausência de potencial
conhecimento da ilicitude.

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c) erro de tipo, tornando a conduta atípica.


d) erro sobre a pessoa, tornando a conduta atípica.
e) erro de tipo permissivo, gerando causa de redução de pena.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando o erro de tipo, é correto afirmar que:
a) O erro de tipo essencial escusável afasta somente o dolo, podendo o agente respon-
der na forma culposa.
b) O erro de tipo essencial permissivo ocorre nos casos em que o erro incide sobre os
requisitos objetivos de uma causa que afasta a culpabilidade.
c) As descriminantes putativas por erro de tipo ocorrem quando a falsa percepção da
realidade incidir sobre o limite da causa justificante.
d) Considera-se erro quanto à pessoa quando o agente atinge sujeito diverso do que
pretendia atingir por confundi-lo com a vítima pretendida, não isentando de pena o
autor do delito.
e) O erro de tipo essencial vencível afasta dolo e culpa, impossibilitando que o agente
responda, mesmo que exista a modalidade culposa do crime.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A teoria do erro detém grande importância para avaliação da responsabilidade penal de indi-
víduo acusado do cometimento de delito. Sobre o erro de tipo, assinale a alternativa correta:
a) Erro de tipo é equívoco de representação, ou seja, o agente atinge terceiro achando
tratar-se de pessoa que visava atingir com sua conduta ilícita.
b) Conhecido como “aberratio ictus”, o erro de tipo se vislumbra quando do momento
da execução do delito terceiro é atingido sem que o agente tenha vontade de o fazê-lo
c) O erro de tipo é uma modalidade de erro que, quando verificada, não exclui o dolo,
cabendo ao julgador verificar a ocorrência de engano durante a execução do delito
e aplicar-lhe pena mais branda
d) Erro verificável quando o agente criminoso supõe que sua conduta recai sobre de-
terminada coisa e na realidade recai sobre outra
e) Trata-se de erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, excluindo o elemento sub-
jetivo e permitindo uma condenação por ato culposo, quando previsto em lei penal.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de fogo contra
homem que estava na varanda da residência do genitor, causando a morte deste. Flavio, então,
deixa o local satisfeito, por acreditar ter concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir
que matara um amigo de seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido.
A Flavio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro:
a) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a
causa de aumento em razão da idade da vítima.

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Questões Comentadas 7

b) sobre a pessoa, considerando a causa de aumento em razão da idade da vítima, mas


não a agravante de crime contra ascendente.
c) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa
de aumento em razão da idade da vítima.
d) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente e a causa de
aumento em razão da idade da vítima.
e) de execução, considerando a causa de aumento da idade da vítima, mas não a agra-
vante de crime contra ascendente.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. CERTO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E

4. ERRADO 8. ERRADO 12. A 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro de tipo essencial inevitável é causa de exclusão do fato típico, por inexigibilidade de
conduta diversa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O crime, em seu conceito analítico, é formado por três elementos: fato típico, ilicitude e culpabilidade (posição
da Doutrina majoritária).
Quando o agente comete um fato que se amolda perfeitamente à conduta descrita no tipo penal (direta ou indi-
retamente), temos um fato típico. Todavia, pode ser que o agente tenha praticado a conduta típica por equívoco.
Ou seja, o agente pratica um fato previsto como crime, mas o faz por ter incidido em erro sobre algum de
seus elementos.
O erro de tipo é a representação errônea da realidade, na qual o agente acredita não se verificar a presença
de um dos elementos essenciais que compõem o tipo penal (ex.: manter relação sexual com moça de 13 anos,
acreditando que esta possui mais de 14 anos. O agente pratica a conduta prevista no art. 217-A do CP por se
equivocar quanto à idade da parceira sexual).
O erro de tipo pode ser:

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- Escusável (inevitável) – Quando o erro é considerado inevitável tendo em conta as circunstâncias, ou seja, o
erro não pode ser considerado sequer como derivado de culpa por parte daquele que se equivocou. Nesse caso,
afasta-se o dolo e a culpa, de forma que teremos fato atípico.
- Inescusável (evitável) – Ocorre quando o agente incorre em erro sobre elemento essencial do tipo, mas
poderia, mediante um esforço mental razoável, não ter cometido o erro. Aqui ficará afastado o dolo, mas será
possível a punição a título culposo, se houver previsão legal.
Vejamos a redação do art. 20 do CP:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Todavia, a exclusão do fato típico no erro de tipo inevitável se dá por ausência de elemento subjetivo (não há
dolo nem culpa), e não por inexigibilidade de conduta diversa, que é causa de exclusão da culpabilidade.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Assim, o agente
responderá como se tivesse atingido a pessoa visada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 20º, §3º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 20º, §3º do Código Penal Brasileiro.
É a literalidade do §3º do art. 20 do CP, vejamos:
Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984.
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram,
neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não se tratando de erro na execução, o agente que, visando determinado resultado, atinge um
resultado diverso do pretendido, responderá por este a título de culpa, se for previsto como
delito culposo. No caso de o agente conseguir o resultado almejado e também resultado diverso
do pretendido, responderá pela regra do concurso formal, prevista no art. 70 do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 70º do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 9

SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 70º do Código Penal Brasileiro.
Trata-se da literalidade do caput do art. 74, do Código Penal, vejamos:
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resul-
tado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre
também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste código.
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, apli-
ca-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso,
de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os
crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste código.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, atinge pessoa diversa
ao invés de atingir a pessoa visada, responderá sempre por crime culposo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o CP em seu art. 73, vejamos:
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atenden-
do-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste código.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro sobre objeto é irrelevante para o Direito Penal, já que o agente, mesmo quando realiza
a conduta que recai sobre coisa alheia, responderá criminalmente pelo crime cometido nos
limites do tipo penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O agente confunde o objeto material (coisa), atingindo outro que não o desejado. Nesse tipo de erro não há
exclusão de dolo ou de culpa, respondendo o sujeito pelo crime aferido em relação ao objeto atingido indepen-
dentemente de qual objetivava.

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6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O aberratio ictus é modalidade de erro acidental que não exclui a tipicidade, sopesando ao
agente uma responsabilização em âmbito penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 73º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 73º Código Penal Brasileiro.
O aberratio ictus é o erro sobre a execução. Sujeito quer atingir uma pessoa (“A”) e acabou matando outra (“B”).
Definido no artigo 73 do CP:
Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que preten-
dia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao
disposto no § 3º do art. 20 deste Código.
Deve ser atentado que o agente responderá como se tivesse praticado o crime contra contra o pretendido e não
o atingido.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro inevitável ou evitável sobre a ilicitude do fato isenta o agente de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 21º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 21º do Código Penal Brasileiro.
A questão afirma o contrário do art. 21 do Código Penal, vejamos
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, SE INEVITÁVEL, ISENTA de pena;
SE EVITÁVEL PODERÁ DIMINUÍ-LA de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato,
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime sempre exclui o dolo e a culpa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

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Questões Comentadas 11

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
Vejamos a literalidade do caput do art. 20, CP:
Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como
crime culposo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso,
as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O terceiro que determina o erro não responde pelo crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 20º, § 2º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 20, § 2º, do Código Penal (CP). Senão vejamos:
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como
crime culposo.
Erro determinado por terceiro
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Erro sobre a pessoa
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso,
as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime

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10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro de tipo essencial incide sobre elementar do tipo quando a falsa percepção de realidade
faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O erro de tipo essencial recai sobre elementos principais do tipo. Assim é a situação fática tomada por sujeito
com consciência que o faça crer estar agindo de determinada forma, porém, o faz, incidindo sobre um fato
típico.
A falsa percepção da realidade faz com que o agente cometa o crime, de modo que se fosse alertado, não conti-
nuaria a cometer.
Será inevitável quando não é possível exigir do sujeito comporta-se de maneira diversa. Evitável será quando
com algum nível de esforço há a possibilidade de evitar o erro. Sendo inevitável exclui dolo e culpa e evitável
somente o dolo.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Na confraternização de final de ano de um tribunal de justiça, Ulisses, servidor do órgão, e o
desembargador ganharam um relógio da mesma marca — em embalagens idênticas —, mas
de valores diferentes, sendo consideravelmente mais caro o do desembargador. Ao ir embora,
Ulisses levou consigo, por engano, o presente do desembargador, o qual, ao notar o sumiço do
relógio e acreditando ter sido vítima de crime, acionou a polícia civil. Testemunhas afirmaram
ter visto Ulisses com a referida caixa. No dia seguinte, o servidor tomou conhecimento dos
fatos e dirigiu-se espontaneamente à autoridade policial, afirmando que o relógio estava na
casa de sua namorada, onde fora apreendido.
Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na festa caracterizou
a) erro do tipo.
b) Excludente de ilicitude.
c) arrependimento posterior.
d) Crime impossível.
e) erro de proibição.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
a) erro do tipo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 20º do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 13

A assertiva está correta, pois apresenta um caso de erro de tipo essencial, previsto no artigo 20 do Código
Penal, no qual ocorre uma falsa representação sobre elemento do tipo penal, ou seja, Ulisses pegou a caixa de
presente acreditando ser sua. Pelo fato de ser idêntica a de outro funcionário, não pensou na possibilidade de
estar pegando algo que não é seu. Assim, não objetivou subtrair “ coisa alheia”, mas sim coisa própria, o que não
configura crime. Logo, pelo fato de não ter agido com dolo de subtrair coisa alheia, mas apenas pegar o que é
seu, não é responsabilizado.
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A excludente de ilicitude afasta o aspecto ilícito do ato. É a circunstância que torna o ato
antijurídico. Não há, pois, crime, quando evidenciada uma causa que exclui a ilicitude do ato.
Indique a alternativa em que NÃO há exclusão da ilicitude:
a) Erro quanto à pessoa.
b) Legítima defesa.
c) Estado de necessidade.
d) Estrito cumprimento do dever legal.
e) Exercício regular de direito.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 20º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
a) Erro quanto à pessoa.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 20º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
Lembre-se que o enunciado pede a alternativa que não caracteriza excludente de ilicitude.
O erro quanto à pessoa é uma das modalidades de erro de tipo acidental. Vamos revê-las?
Erro de tipo acidental é o que ocorre sobre as circunstâncias do crime e a fatores irrelevantes do tipo penal.
Nesse caso, o crime continua existindo, e o agente deverá responder por ele.
De acordo com Michel Procopio (Direito Penal p/ Procurador da República (Curso Regular) Com videoaulas -
2020.2 Pré-Edita), a quem citaremos como “autor”, pode ocorrer das seguintes formas:

1) Erro de tipo sobre o objeto («error in objecto”): o agente confunde o objeto material, atin-
gindo um que é diferente do pretendido. Não há previsão legal, sendo construção doutrinária.
Veja o exemplo que o autor traz: “Pensem em uma mulher que quer danificar o carro de sua
concorrente na organização em que trabalham. Ao fim do expediente, lança uma pedra no
para-brisa do veículo na frente do prédio, acertando o carro de sua mãe, que fora lhe fazer
uma surpresa, em vez do carro da colega de trabalho”.
2) Erro de tipo sobre a pessoa («error in persona”): o agente queria atingir uma pessoa, mas
vem a atingir outra. A primeira é denominada “vítima virtual”, enquanto a segunda é nomeada
“vítima real”. Nesse caso, a responsabilização deve ocorrer de acordo com as características e
circunstâncias da vítima virtual, e não a real. É o que prevê o art. 20, § 3º do CP:

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14

Erro sobre a pessoa


Art. 20, § 3º, CP. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se conside-
ram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o
crime.
Veja o exemplo trazido pelo autor: “imaginem que Pedro, com nítido propósito de violência doméstica contra
a mulher, resolve matar sua esposa, que já havia agredido algumas vezes, e vai ao seu encontro na porta da
casa da sogra. Lá, confunde sua esposa com a sua cunhada, já que ambas são gêmeas. Então, dispara contra a
cunhada e a mata. Ele deve responder como se tivesse matado sua esposa”.

3) Erro de tipo sobre a execução («aberratio ictus»): nesse caso, o agente sabe exatamente
quem pretende atingir. Porém, acaba falhando na execução do crime, por acidente ou por
erro relacionado ao meio de execução, atingindo pessoa diversa. Nesse caso, o agente deve
responder pela vítima que queria atingir, e não aquela que atingiu por erro na execução. E,
caso acerte tanto a pessoa visada quanto outra pessoa, deverá responder por ambos os crimes,
em concurso formal. É o que extraímos do art. 73 do Código Penal:
Erro na execução
Art. 73, CP. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-
-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Como exemplo, observe a situação narrada pelo autor: “Imaginem que o sujeito resolva se vingar do seu vizinho
por uma briga banal sobre a limpeza da calçada e, deste modo, resolve jogar uma pedra em sua cabeça quando
ele passar perto de sua casa. Entretanto, ao ver o seu vizinho perto da cerca da sua propriedade, lança a pedra e
atinge um transeunte qualquer. Ele deverá responder pelo crime como se tivesse atingido seu vizinho”.

4) Resultado diverso do pretendido («aberratio criminis» ou «aberratio delicti»): ocorre


quando o agente provoca lesão a bem jurídico diverso do pretendido por erro na execução.
Nesse caso, o agente deverá responder por culpa no resultado ocorrido, desde que haja pre-
visão da responsabilização na modalidade culposa . Está previsto no art. 74 do CP:
Resultado diverso do pretendido
Art. 74 , CP. Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém
resultado diverso do pretendido, o agente responde
por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra
do art. 70 deste Código.
O autor traz um exemplo: “podemos pensar no sujeito que, em uma forma delituosa de indignação, resolve lançar
um tijolo na janela do prefeito do Município onde mora, para danificar a casa do político. Entretanto, a janela,
de vidro, estava entreaberta, sendo que o objeto lançado atinge o rosto do prefeito, causando-lhe lesão corpo-
ral. O indignado cidadão deverá responder por lesão corporal culposa, que é o resultado causado, diverso do
pretendido.”

5) Erro sobre o nexo causal: o agente pratica a conduta e atinge o resultado pretendido, mas
este ocorre por outro nexo de causalidade, diverso do que o agente queria que fosse realizado.
Pode ocorrer de duas formas:
5.1) Erro sobre o nexo causal em sentido estrito: há a prática de um só ato pelo agente, que atinge o resul-
tado por causa diversa da que pretendia. Por exemplo, o “sujeito que lança a vítima do alto, para que caia no mar
e morra afogada, por não saber nadar. Entretanto, ela bate a cabeça numa rocha e morre com o impacto.”

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Questões Comentadas 15

5.2) Dolo geral ou “aberratio causae”: nesse caso, há uma pluralidade de atos. O agente imagina que atingiu
o resultado com a primeira conduta, o que na realidade só ocorre com a ação seguinte. É o caso “ de quem atira
no seu inimigo e, imaginando que ele esteja morto, lança-o do penhasco. Se a vítima estava viva e só morre ao
ser lançada do penhasco, o autor deve responder por homicídio doloso, pois tinha intenção de matar (mesmo
que por outra forma)”.
Como pudemos ver acima, o erro quanto à pessoa NÃO exclui a ilicitude do fato (“não isenta de pena”).

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da confusão. Certo dia,
discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a discussão e ouviram as ameaças de morte
feitas por João a José. Ninguém soube o motivo da discussão. José não se importou com o fato
e levou na brincadeira. Alguns dias depois, em um evento comemorativo na empresa, João
bradou “eu te mato José” e efetuou disparo de arma de fogo contra José. Contudo o projétil
não atingiu José e sim Juliana, matando a criança que chegara à festa naquele momento,
correndo pelo salão.
Nesse caso, é correto afirmar que, presente a figura
a) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3o, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra criança.
b) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3o, do Código Penal, João deve
responder por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
c) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido contra criança,
em concurso formal de crimes.
d) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso
sem a agravante de crime cometido contra criança.
e) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra criança,
em concurso material de crimes.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
d) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso
sem a agravante de crime cometido contra criança.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
A assertiva está correta, pois nesse caso o agente errou na execução do crime, uma vez que os disparos da
arma de fogo atingiram outra pessoa. Portanto, deve ser considerado que o crime foi cometido contra a vítima
pretendida, conhecida também como virtual. Diante disso, não há falar em agravante de delito cometido contra
criança, pois são consideradas as características da vítima virtual. A doutrina denomina esse fenômeno como
aberratio ictus, nos termos do art. 73 do CP:

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Erro na execução
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-
-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O erro acidental não afasta o dolo do agente, podendo ocorrer em algumas situações.
Qual das hipóteses está CORRETA?
a) Erro sobre o objeto quando o autor, ao tentar matar o inimigo, por erro na pontaria
mata outra pessoa
b) Erro sobre a pessoa no caso do autor que, ao tentar causar dano, atira uma pedra
contra uma loja, e por erro atinge uma pessoa.
c) Erro sobre o curso causal, quando o autor, ao tentar matar a vítima por afogamento
e ao arremessar a vítima de uma ponte, esta bate na estrutura falecendo de trauma-
tismo. d) Erro na execução (aberratio ictus) quando, por exemplo, o autor, ao subtrair
uma saca de café, pensa ser uma saca de açúcar
d) Resultado diverso do pretendido, quando o autor, ao desejar matar seu filho, causa
a morte de seu funcionário.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
c) Erro sobre o curso causal, quando o autor, ao tentar matar a vítima por afogamen-
to e ao arremessar a vítima de uma ponte, esta bate na estrutura falecendo de
traumatismo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o Direito Penal.
Trata-se de erro sobre o nexo causal (aberratio causae). O autor provoca o resultado visado, porém, com outro
de nexo de causalidade. Isto porque, o agente desejava matar a vítima por afogamento, mas está acabou fale-
cendo em virtude de traumatismo ocasionado pela queda.
Na lição de Rogério Sanches:
“O erro sobre o nexo causal não possui previsao legal, sendo estudado apenas pela doutrina. É o caso em que o
resultado desejado se produz, mas com nexo diverso, de maneira diferente da planejada pelo agente. Divide-se
em duas espécies. A primeira é erro sobre o nexo causal em sentido estrito. Ocorre quando o agente, mediante
um só ato, provoca o resultado visado, porém com outro nexo de causalidade. Exemplo: “A” empurra a “B” de
um penhasco para que ele morra afogado, porém, durante a queda, “B” bate a cabeça contra uma rocha e
morre em razão de um traumatismo craniano. A segunda é o dolo geral ou aberratio causae, espécie em que
o agente, mediante conduta desenvolvida em pluralidade de atos, provoca o resultado pretendido, porém com
outro nexo. Exemplo: “A” atira em “B” (primeiro ato) e, imaginando que “B” está morto, joga seu corpo no mar,
vindo “B” a morrer por afogamento”.
Vale destacar que, a consequência da configuração do erro sobre o nexo causal é a punição do agente por um
crime único, a título de dolo, considerando o nexo ocorrido, e não o nexo pretendido.

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Questões Comentadas 17

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos, iniciam uma
longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria, arremessa uma faca
em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma branca acaba por atingir
Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o golpe de faca no coração a
causa eficiente de sua morte.
Descobertos os fatos pelo Ministério Público, considerando apenas as informações narradas,
é correto afirmar que Ana deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio
a) consumado com a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro sobre a
pessoa.
b) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro
de pessoa.
c) culposo consumado, em razão do erro de execução.
d) culposo consumado, em razão do erro sobre a pessoa.
e) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro
de execução.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
e) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de
execução.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 73º do Código Penal Brasileiro.
Verifica-se que Ana deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio doloso consumado, sem a causa de
aumento da idade da vítima, em razão do erro de execução.
É que, no caso exposto, deve-se considerar o dolo de matar, em relação à vítima virtual (Maria), e não contra a
adolescente Joana, conforme a intelecção do art. 73 do Código Penal (erro na execução):
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-
-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Nessa situação, serão consideradas as características de Maria, pessoa que Ana pretendia atingir com sua ação.
Portanto, não incidirá a causa de aumento da idade da vítima (art. 121, § 4º, do CP), devido ao mencionado erro
na execução (erro de pontaria, erro de mira, “aberratio ictus”).

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando deixava o local,
acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio, acreditando ser o seu, tendo em
vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e
acreditando ter sido vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar
o ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto

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Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu
em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em
sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública.
Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que:
a) ocorreu erro de proibição, afastando a culpabilidade ou gerando causa de redução
de pena, a depender de ser considerado vencível ou invencível;
b) foi praticado crime de furto, mas deverá ser reconhecida a causa de diminuição de
pena do arrependimento posterior;
c) houve erro sobre a pessoa, devendo ser consideradas as características daquele que
se pretendia atingir;
d) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja consi-
derada atípica;
e) houve erro na execução (aberratio ictus), logo a conduta deverá ser considerada atípica.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
d) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja consi-
derada atípica;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
A situação narrada descreve hipótese de erro de tipo, pois Paulo não tinha consciência de que estava come-
tendo um crime, porque simplesmente acreditava estar levando o seu presente e não do seu primo.
O erro de tipo está previsto no Código Penal, no art. 20:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Dessa forma, trata-se de conduta atípica, motivo pelo qual Paulo não responderá por crime nenhum.
Relembrando:
Não confundir erro de tipo e erro de proibição!
Erro de tipo – É uma falsa percepção da realidade. Afeta a tipicidade, excluindo o dolo, mas permitindo punição
por culpa (confirme seja vencível ou invencível).
Erro de proibição – O agente acha que a conduta é permitida. Afeta a culpabilidade, isentando ou reduzindo a
culpabilidade. 7Exemplo: “A” vê um grupo de pessoas fumando maconha durante o carnaval e pensa que naquela
área é permitido. Exemplo: Menina de 13 anos em boate que tem relação com maior. O fato é atípico

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma noite, eles vão para
um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Bernardo é surpreendido pela chegada
de policiais militares no hotel, que realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria
tinha apenas 13 anos. Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer
que acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato de que era
proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave.

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Questões Comentadas 19

a) erro de tipo, afastando o dolo, mas permitindo a punição pelo crime de estupro de
vulnerável culposo.
b) erro de proibição, afastando a culpabilidade do agente pela ausência de potencial
conhecimento da ilicitude.
c) erro de tipo, tornando a conduta atípica.
d) erro sobre a pessoa, tornando a conduta atípica.
e) erro de tipo permissivo, gerando causa de redução de pena.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
c) erro de tipo, tornando a conduta atípica.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
Conforme art. 20 do CP:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Erro de tipo exclui o dolo e não é punível estupro de vulnerável na modalidade culposa, portanto a conduta é
atípica.
Erro do tipo x erro de proibição
> Erro de tipo: falsa compreensão da realidade. O agente sabe que existe o crime porém, acredita que naquela
conduta não está presente os elementos penais. Exclui o dolo.
> Erro de proibição: falsa compreensão da ilicitude da conduta. O agente tem plena consciência da situação,
mas desconhece que a conduta é criminosa. Se inevitável, isenta de pena; se evitável diminui a pena.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Considerando o erro de tipo, é correto afirmar que:
a) O erro de tipo essencial escusável afasta somente o dolo, podendo o agente respon-
der na forma culposa.
b) O erro de tipo essencial permissivo ocorre nos casos em que o erro incide sobre os
requisitos objetivos de uma causa que afasta a culpabilidade.
c) As descriminantes putativas por erro de tipo ocorrem quando a falsa percepção da
realidade incidir sobre o limite da causa justificante.
d) Considera-se erro quanto à pessoa quando o agente atinge sujeito diverso do que
pretendia atingir por confundi-lo com a vítima pretendida, não isentando de pena o
autor do delito.
e) O erro de tipo essencial vencível afasta dolo e culpa, impossibilitando que o agente
responda, mesmo que exista a modalidade culposa do crime.
GABARITO: D

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SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 20º, §1º do Código Penal Brasileiro.
d) Considera-se erro quanto à pessoa quando o agente atinge sujeito diverso do que
pretendia atingir por confundi-lo com a vítima pretendida, não isentando de pena o
autor do delito.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 20º, §1º do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o art. 20, §1º, do Código Penal, o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente praticar o crime.
Exemplo: O agente quer matar seu pai. Em período noturno, o agente desfere um tiro contra uma pessoa,
supondo ser seu pai, mas descobre posteriormente que o alvo é uma terceira pessoa. Pois bem. Na espécie,
aplica-se a circunstância agravante descrita no art. 61, II, “e”, do Código Penal.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A teoria do erro detém grande importância para avaliação da responsabilidade penal de indi-
víduo acusado do cometimento de delito. Sobre o erro de tipo, assinale a alternativa correta:
a) Erro de tipo é equívoco de representação, ou seja, o agente atinge terceiro achando
tratar-se de pessoa que visava atingir com sua conduta ilícita.
b) Conhecido como “aberratio ictus”, o erro de tipo se vislumbra quando do momento
da execução do delito terceiro é atingido sem que o agente tenha vontade de o fazê-lo
c) O erro de tipo é uma modalidade de erro que, quando verificada, não exclui o dolo,
cabendo ao julgador verificar a ocorrência de engano durante a execução do delito
e aplicar-lhe pena mais branda
d) Erro verificável quando o agente criminoso supõe que sua conduta recai sobre de-
terminada coisa e na realidade recai sobre outra
e) Trata-se de erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, excluindo o elemento sub-
jetivo e permitindo uma condenação por ato culposo, quando previsto em lei penal.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
e) Trata-se de erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, excluindo o elemento sub-
jetivo e permitindo uma condenação por ato culposo, quando previsto em lei penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 20º do Código Penal Brasileiro.
Para o Direito Penal, o erro é a falsa percepção/engano sobre algo. Erro de tipo, por sua vez, é a falsa percepção,
pelo agente, da realidade que o cerca. Ocorre, portanto, quando o sujeito ativo se equivoca quanto ao mundo
exterior, interpretando-o de forma incorreta.
Um exemplo que é muito usado na doutrina é do sujeito que na entrada de uma confraternização, deixa seu cha-
péu/boné na entrada. Na saída, vê um chapéu/boné similar ao seu, e supondo ser o da sua propriedade, leva-o

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Questões Comentadas 21

pra casa, porém o boné era de terceiro. Observe que do ponto de vista formal, houve o crime de furto (subtração
de coisa alheia móvel), entretanto, não há possibilidade de responsabilização objetiva e o agente não possuía
consciência do elementar consistente em a coisa móvel (boné) ser “alheia”. Pela falsa percepção da realidade,
incidiu em erro de tipo.
Existe o erro de tipo essencial e o erro acidental.
O erro de tipo essencial é aquele que recai sobre as elementares do crime, sendo que o erro impede o agente de
saber que está cometendo um determinado crime. Já o erro acidental, recai sobre dados da figura típica, sendo
irrelevantes para a configuração ou não do delito.
Trataremos, aqui, do objeto da alternativa, que aborda o erro de tipo essencial. Este, pode ser escusável/inevitá-
vel ou inescusável/vencível.
Erro de tipo essencial escusável/inevitável/invencível --> Erro imprevisível que não poderia ser evitado pelo
agente. É o caso do exemplo que foi dado acima do chapéu.
Erro de tipo essencial inescusável/evitável/vencível --> É o erro previsível, que poderia ter sido evitado pelo
agente com emprego de certa diligência. Neste caso, pune-se a título de culpa, caso haja previsão da figura
culposa.
A “chave da questão” está prevista no art. 20 do Código Penal, que prevê o conceito de erro de tipo:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Em síntese, no erro de tipo essencial o dolo sempre será afastado, sendo que só será possível a responsabiliza-
ção por culpa no caso de o erro de tipo ser evitável (vencível, inescusável ou indesculpável).

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de fogo contra
homem que estava na varanda da residência do genitor, causando a morte deste. Flavio, então,
deixa o local satisfeito, por acreditar ter concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir
que matara um amigo de seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido.
A Flavio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro:
a) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a
causa de aumento em razão da idade da vítima.
b) sobre a pessoa, considerando a causa de aumento em razão da idade da vítima, mas
não a agravante de crime contra ascendente.
c) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa
de aumento em razão da idade da vítima.
d) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente e a causa de
aumento em razão da idade da vítima.
e) de execução, considerando a causa de aumento da idade da vítima, mas não a agra-
vante de crime contra ascendente.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 20º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
a) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a
causa de aumento em razão da idade da vítima.

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SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 20º, § 3º do Código Penal Brasileiro.
A questão versa sobre o erro de tipo acidental.
Segundo a previsão do Código Penal:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
O artigo 20 do CP traz a figura do erro de tipo essencial que segundo a doutrina, é aquele que se revela como
uma falsa representação da realidade pelo agente e recai sobre os elementares, circunstâncias ou qualquer
dado relacionado a figura típica. Como consequência, há exclusão do dolo do agente, mas permite a punição por
culpa se prevista em lei.
Art. 20. [...]
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
O § 3º do presente artigo traz a figura do erro de tipo acidental que de forma diversa do erro de tipo essen-
cial não exclui o dolo do agente, no caso o erro recai sobre a pessoa, é o chamado “erro in persona”, ocorre
quando o agente por erro na sua percepção atinge pessoa diversa da pretendida. Sobre o tema, colacionamos a
lição de Rogério Grecco:
“Ocorre o erro de tipo essencial quando o erro do agente recai sobre elementares, circunstâncias ou qualquer
outro dado que se agregue à figura típica. O erro de tipo essencial, se inevitável, afasta o dolo e a culpa; se
evitável, permite seja o agente punido por um crime culposo, se previsto em lei. O erro acidental, ao contrário do
essencial, não tem o condão de afastar o dolo (ou o dolo e a culpa) do agente, e, na lição de Aníbal Bruno, “não faz o
agente julgar lícita a ação criminosa. Ele age com a consciência da antijuridicidade do seu comportamento, apenas
se engana quanto a um elemento não essencial do fato ou erra no seu movimento de execução”.
Aplicando ao caso em comento, temos configurado o erro in persona, já que o dolo do agente Flavio era de
matar seu pai Leonel, de 59 anos (vítima virtual) e julgando que ele estava na varanda de sua casa realizou os
disparos para tanto, mas em verdade acabou por matar Vitor de 70 anos (vítima real), amigo daquele que com ele
era parecido. Desta forma, nos termos do § 3º responderá como se tivesse matado o próprio pai e não o amigo,
sendo lhe atribuído o crime de homicídio com a agravante de ter sido cometido contra ascendente.
Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
[...]
II - ter o agente cometido o crime:
[...]
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
E o que seria o erro na execução professor?
O erro na execução trata-se de outro erro de tipo acidental, é chamado pela doutrina como “aberractio ictus”, e é
previsto no artigo 73 do Código Penal, senão vejamos:
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa
que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Da mesma forma que o erro sobre a pessoa, o erro na execução não exclui o dolo, se diferencia deste porque
incide sobre a execução da conduta. Utilizando o caso da questão como exemplo, teríamos por caracterizado
se tanto o pai de Flavio quanto seu amigo estivessem na varanda e este ao realizar os disparos por erro na
pontaria acertasse o amigo do pai. Note-se que, o erro não foi porque ele julgou uma pessoa no lugar da outra,
mas devido ao acidente na execução (erro na pontaria).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida
refém durante a prática de crimes está amparado legalmente pela excludente do estrito cum-
primento do dever legal.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Pedro e sua esposa Carla estavam em uma festa. Em determinado momento, por supor que
Carla estava olhando para outro rapaz, Pedro a levou para um lugar mais afastado e começou
a agredi-la com socos, resultando em ferimentos no rosto da esposa. Eduardo e Marcelo, que
olharam a cena, foram em direção ao casal no intuito de parar a briga. Pedro não aceitou a
interferência dos dois, e passou a agredi-los, acertando um soco em Marcelo que acarretou
corte profundo. Eduardo e Marcelo, em revide, derrubaram Pedro, que caiu desacordado.
Ainda assim, Eduardo e Marcelo desferiram diversos socos e pontapés, que ocasionaram
deformidade permanente de Pedro.
Conforme as disposições do Código Penal, levando-se em consideração o fato exposto, julgue
o item subsecutivo.
Eduardo e Marcelo agiram em legítima defesa de Carla.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É possível a ocorrência de legítima defesa real para repelir agressão que se configure como
conduta típica e ilícita, acobertada apenas por causa de exclusão da ilicitude.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
As causas de exclusão de antijuridicidade, por conta de sua capacidade de afastar a ilicitude de
um fato, devem estar expressamente previstos em lei, ainda que não sejam no Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Age em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão
a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de necessidade.
Certo ( ) Errado ( )

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7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A legítima defesa para repelir agressão injusta a direito de terceiro é admitida, diferentemente
do estado de necessidade, em que o ato praticado para salvar de perigo deve ser somente em
relação a direito próprio.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Para que seja caracterizada a legítima defesa, o uso do meio para repelir a agressão injusta
deve ser moderado, podendo o agente responder pelo excesso somente se houver dolo.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Entende-se em estado de necessidade quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Considera-se em exercício regular de direito quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Carlos está em ríspida discussão com sua esposa Fabiana em uma rua deserta. Em determinado
momento, Carlos começa a agredir sua mulher com socos e pontapés. Diego, observando a
situação de sua casa, corre em direção a Carlos com um pedaço de madeira na mão, jogando-o
no chão e desferindo diversos golpes. Com Carlos desacordado, Fabiana passa então a atacar
Diego no intuito de não permitir que ele continue agredindo seu marido.
Analisando o caso narrado e de acordo com o Código Penal, é correto afirmar que:
A

a) Diego agiu em legítima defesa de Fabiana, e Fabiana agiu, logo em seguida, em legí-
tima defesa de Carlos.
b) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, pois deveria haver o consentimento
dela para que se caracterizasse a excludente de ilicitude.
c) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, pois essa excludente de ilicitude não
ocorre quando se protege direito de terceiro.
d) Diego agiu em legítima defesa de Fabiana, o que caracteriza fato típico e ilícito a
agressão dela a ele, pois o ordenamento jurídico não admite legítima defesa para
proteger de outra legítima defesa.
e) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, e sim em estado de necessidade, por
praticar o ato para a salva.

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4

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa que NÃO preencha corretamente a lacuna.
Apresenta-se como causa excludente de ilicitude .
a) Exercício regular de direito.
b) Legítima defesa.
c) Estado de necessidade.
d) Estrito cumprimento do dever legal.
e) a coação moral irresistível.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade,
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir-se, age amparado por qual causa excludente de ilicitude?
a) Legítima defesa.
b) Estrito cumprimento de dever legal.
c) Exercício regular de direito.
d) Estado de necessidade.
e) Erro do tipo.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Hiago convidou sua amiga Janaína para um passeio em uma lancha que acabara de comprar.
No intuito de mostrar suas habilidades, Hiago acelerou o barco, perdendo o controle da dire-
ção e colidindo com uma rocha. A lancha começou a afundar, e Hiago e Janaína pularam na
água. Hiago, não sabendo nadar, tentou se apoiar desesperadamente em Janaína, que não
aguentou seu peso e morreu afogada.
Com base na situação narrada e no que dispõe o Código Penal sobre o assunto, é correto
afirmar que:
a) Hiago agiu em estado de necessidade, o que exclui a ilicitude do fato, pois teve que
se apoiar em Janaína para se salvar de perigo atual.
b) Hiago agiu em estado de necessidade, o que exclui a tipicidade do fato, pois teve que
se apoiar em Janaína para se salvar de perigo atual.
c) Hiago não agiu em estado de necessidade, pois o perigo atual em que se encontrava
foi por ele provocado.
d) Hiago agiu em estado de necessidade, mas como sacrificou bem jurídico de maior
valor, não há exclusão do crime, mas apenas redução da pena de um a dois terços.
e) Hiago não agiu em estado de necessidade, pois não havia injusta agressão a ser re-
pelida, atual ou iminente.

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15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas de exclusão de ilicitude, previstas no Código Penal:
a) o exercício regular de um direito e a embriaguez fortuita.
b) a menoridade penal e a legítima defesa.
c) o estado de necessidade e a coação moral irresistível.
d) a embriaguez fortuita e a legítima defesa.
e) o estado de necessidade e o exercício regular de um direito.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“Espécie” de legítima defesa que a doutrina afirma ser inexistente, pois a situação fática não
é reconhecida como legítima defesa e não exclui a ilicitude de ação:
a) legítima defesa própria;
b) legítima defesa putativa;
c) legítima defesa de terceiro;
d) legítima defesa em proteção a quem consente com a agressão de terceiro a bem
indisponível;
e) legítima defesa reciproca;

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal (CP) trouxe, em seu conjunto de leis, a previsão das excludentes de ilicitude,
a saber: o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimento de dever legal,
além do exercício regular do direito.
Em relação ao estrito cumprimento do dever legal, seguem-se seis afirmações:
I. I - Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever legal;
II. II - Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever ético;
III. III - A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei;
IV. IV - A ordem da autoridade subsome a lei no cumprimento da ordem emanada por fun-
cionário público;
V. V - A boa-fé permite a extrapolação da lei para o cumprimento do dever;
VI. VI - Hierarquia e autoridade pública são diplomas supralegais;
Marque a alternativa que contenha somente as afirmações corretas acerca dos elementos
caracterizadores do estrito cumprimento do dever legal.
a) I e VI.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) V e VI.

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6

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A legítima defesa e o estado de necessidade possuem similitudes que as os enquadram como
excludentes de ilicitude. Não obstante, suas diferenças implicam em modalidades diversas com
conceitos distintos. Em relação à comparação da legítima defesa e do estado de necessidade,
marque a alternativa correta.
a) Em relação ao estado de necessidade, diferentemente da legitima defesa, qualquer
excesso será punível, já que nos casos em que ocorre a legitima defesa não há pu-
nição para eventuais excessos na tutela do bem jurídico do agredido injustamente.
b) Na legítima defesa, assim como no estado de necessidade, somente é admitido o
excesso culposo.
c) No caso do estado de necessidade, é cabível uma agressão injusta na defesa de bem
jurídico menos relevante. Já no caso da legítima defesa, a preservação de bens ju-
rídicos de mesmos valores é promovida pelo uso da força de quem inicia agressão.
d) A legitima defesa é uma garantia que permite a defesa de interesse legítimo por par-
te de quem sofre a agressão injusta a um bem jurídico. Não obstante os interesses
em conflito no caso de estado de necessidade, todos os interesses são considerados
legítimos ao se tratar de oposição de bens jurídicos de mesmo valor.
e) De acordo com o conceito analítico de crime, para a verificação da atipicidade da
conduta, a legitima defesa e o estado de necessidade devem ser observados para
confirmar se a conduta é ou não típica.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Uma conduta ilícita é contrária ao direito. Porém pode haver conduta típica que não seja ilícita,
aparecendo as chamadas excludentes de ilicitude. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
correta.
a) Somente não será considerado crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade e legítima defesa.
b) As excludentes de ilicitude são apenas as definidas em Lei, especificamente determi-
nadas pelo Código Penal, chamadas de excludentes de ilicitude legais.
c) No estado de necessidade, aplica-se a excludente ainda que o sujeito não tenha co-
nhecimento de que age para salvar um bem jurídico próprio ou alheio.
d) Pode agir em estado de necessidade aquele que possui o dever legal de enfrentar o
perigo.
e) São requisitos legais do estado de necessidade: perigo atual; ameaça a direito próprio
ou alheio; situação não causada voluntariamente pelo sujeito; inexistência de dever
legal de enfrentar o perigo.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 7

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se,
a) não comete crime, pois age amparado pelo estado de necessidade.
b) não comete crime, pois age amparado pela legítima defesa.
c) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de punibilidade.
d) não comete crime, pois age amparado pelo estrito cumprimento do dever legal.
e) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de culpabilidade.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C
2. CERTO 6. CERTO 10. ERRADO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E


4. ERRADO 8. ERRADO 12. E 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida
refém durante a prática de crimes está amparado legalmente pela excludente do estrito cum-
primento do dever legal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 25º, § único Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 25º, § único do Código Penal Brasileiro.
Item errado, pois nesse caso haverá legítima defesa, nos termos do art. 25, § único do CP:
Art. 25 (…) Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em
legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vide ADPF 779)

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8

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Pedro e sua esposa Carla estavam em uma festa. Em determinado momento, por supor que
Carla estava olhando para outro rapaz, Pedro a levou para um lugar mais afastado e começou
a agredi-la com socos, resultando em ferimentos no rosto da esposa. Eduardo e Marcelo, que
olharam a cena, foram em direção ao casal no intuito de parar a briga. Pedro não aceitou a
interferência dos dois, e passou a agredi-los, acertando um soco em Marcelo que acarretou
corte profundo. Eduardo e Marcelo, em revide, derrubaram Pedro, que caiu desacordado.
Ainda assim, Eduardo e Marcelo desferiram diversos socos e pontapés, que ocasionaram
deformidade permanente de Pedro.
Conforme as disposições do Código Penal, levando-se em consideração o fato exposto, julgue
o item subsecutivo.
Eduardo e Marcelo agiram em legítima defesa de Carla.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
A legítima defesa está prevista no art. 25 do Código Penal:
Legítima defesa
Art. 25, CP. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
A questão não diz se a legítima defesa ocorreu somente no começo ou durante toda a ação. Ela afirma somente
que agiram em legítima defesa. E o desígnio inicial de ambos foi esse. Cometeram excesso em seguida, mas
isso não exclui o fato de terem agido em legítima defesa de Carla.

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É possível a ocorrência de legítima defesa real para repelir agressão que se configure como
conduta típica e ilícita, acobertada apenas por causa de exclusão da ilicitude.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do art. 25 do CP:
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agres-
são, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 9

O agente, ao atuar em legítima defesa real, age para repelir uma agressão, atual ou iminente, contra direito
próprio ou alheio, mediante uma reação moderada. Contudo, a agressão que o agente sofre deve ser INJUSTA.
O que é agressão injusta?
Agressão injusta é a agressão que não tem amparo jurídico.
Assim, se um agente sofre uma agressão que é conduta acobertada por excludente de culpabilidade
apenas, significa que essa agressão é um fato típico e ilícito (embora o agente não seja culpável).
Essa agressão será considerada INJUSTA, eis que o fato típico e ilícito é um fato não amparado pelo
direito.
Dessa forma, sendo agressão injusta, o agente pode vir a repelir tal agressão valendo-se da legítima
defesa.
Ex.: José, completamente embriagado por força de embriaguez acidental, agride Pedro com uma barra
de ferro (conduta que configura fato típico e ilícito, mas não há culpabilidade pela embriaguez completa
acidental = AGRESSÃO INJUSTA). Pedro, para se defender, poderá repelir a agressão injusta usando mode-
radamente dos meios necessários, de forma que haverá legítima defesa real contra a conduta de José
(que está acobertada apenas por excludente de culpabilidade).

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As causas de exclusão de antijuridicidade, por conta de sua capacidade de afastar a ilicitude de
um fato, devem estar expressamente previstos em lei, ainda que não sejam no Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 23º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 23º do Código Penal Brasileiro.
As causas legais de exclusão de ilicitude estão previstas no art. 23 do CP:
Exclusão de ilicitude
Art. 23, CP. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Porém, a doutrina majoritária aceita algumas causas supralegais de exclusão de ilicitude, ou seja, ainda
que não previstas em lei (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014). É
exemplo o consentimento do ofendido, desde que seja livre e o faça expressamente.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Age em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão
a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO

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10

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 25º, § único do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 25º, § único do Código Penal Brasileiro.
Conforme o parágrafo único do art. 25 do CP.
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agres-
são, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único: Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima
defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de necessidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 24º, §1º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 24º, §1º Código Penal Brasileiro.
Conforme preceitua o art. 24, §1º, CP.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A legítima defesa para repelir agressão injusta a direito de terceiro é admitida, diferentemente
do estado de necessidade, em que o ato praticado para salvar de perigo deve ser somente em
relação a direito próprio.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 24º e 25º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 24º e 25º do Código Penal Brasileiro.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 11

Tanto a legítima defesa quanto o estado de necessidade podem ser utilizados para proteger direito próprio
ou alheio. Compare os artigos 24 e 25 do Código Penal:
Estado de necessidade
Art. 24, CP. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circuns-
tâncias, não era razoável exigir-se.
Legítima defesa
Art. 25, CP. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Para que seja caracterizada a legítima defesa, o uso do meio para repelir a agressão injusta
deve ser moderado, podendo o agente responder pelo excesso somente se houver dolo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 23º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 23º, parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
O excesso punível pode ocorrer a título de dolo ou culpa, conforme o parágrafo único do art. 23 do CPP:
Art. 23, parágrafo único, CP. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo.

9. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Entende-se em estado de necessidade quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
Consoante o art. 25 do CP, trata-se da legítima defesa.
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima
defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a
prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).

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12

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considera-se em exercício regular de direito quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 24, do Código Penal, vejamos:
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provo-
cou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir-se.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Carlos está em ríspida discussão com sua esposa Fabiana em uma rua deserta. Em determinado
momento, Carlos começa a agredir sua mulher com socos e pontapés. Diego, observando a
situação de sua casa, corre em direção a Carlos com um pedaço de madeira na mão, jogando-o
no chão e desferindo diversos golpes. Com Carlos desacordado, Fabiana passa então a atacar
Diego no intuito de não permitir que ele continue agredindo seu marido.
Analisando o caso narrado e de acordo com o Código Penal, é correto afirmar que:

a) Diego agiu em legítima defesa de Fabiana, e Fabiana agiu, logo em seguida, em legí-
tima defesa de Carlos.
b) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, pois deveria haver o consentimento
dela para que se caracterizasse a excludente de ilicitude.
c) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, pois essa excludente de ilicitude não
ocorre quando se protege direito de terceiro.
d) Diego agiu em legítima defesa de Fabiana, o que caracteriza fato típico e ilícito a
agressão dela a ele, pois o ordenamento jurídico não admite legítima defesa para
proteger de outra legítima defesa.
e) Diego não agiu em legítima defesa de Fabiana, e sim em estado de necessidade, por
praticar o ato para a salva.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
a) Diego agiu em legítima defesa de Fabiana, e Fabiana agiu, logo em seguida, em legí-
tima defesa de Carlos.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 13

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
Há legítima defesa de Diego em relação a Fabiana, pois visou repelir agressão injusta atual provocada por
Carlos. Não há afastamento de perigo atual, o que caracterizaria o estado de necessidade (o que afasta a
letra E). Ademais, o art. 25 do CP admite essa exclusão de ilicitude em favor de terceiros (o que exclui as
letras A e C). Veja:
Art. 25, CP. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
E, para evitar que ocorra o excesso de legítima defesa na ação de Diego, o que tornaria sua ação injusta
(iminente), Fabiana também agiu em legítima defesa de Carlos (tornando a letra D errada).

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa que NÃO preencha corretamente a lacuna.
Apresenta-se como causa excludente de ilicitude .
a) Exercício regular de direito.
b) Legítima defesa.
c) Estado de necessidade.
d) Estrito cumprimento do dever legal.
e) a coação moral irresistível.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 23º do Código Penal Brasileiro.
e) a coação moral irresistível.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 23º do Código Penal Brasileiro.
A questão aborda a temática da Teoria Geral do Crime, especificamente, as causas excludentes de
ilicitude.
Assim, faz-se necessário uma análise do art. 23, Código Penal, que expressa às causas que excluem a ilicitude
do fato. Vejamos:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Dessa forma, verifica-se que não haverá crime quando o agente atua, em razão do seu exercício regular de
direito.

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13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade,
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir-se, age amparado por qual causa excludente de ilicitude?
a) Legítima defesa.
b) Estrito cumprimento de dever legal.
c) Exercício regular de direito.
d) Estado de necessidade.
e) Erro do tipo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
d) Estado de necessidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
O enunciado descreve uma hipótese de ESTADO DE NECESSIDADE.
Excludente de ilicitude do Código Penal:
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Conforme artigo 24 do Código Penal:
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços.
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se.
Os requisitos do estado de necessidade podem ser resumidos da seguinte forma: Situação de perigo
atual; perigo não criado pelo agente; perigo que não é possível evitar de outra forma; perigo a direito seu
ou de outrem; o sacrifício da outra era inevitável para salvar-se pelas circunstâncias concretas.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 15

Exemplo: um barco afunda com 30 pessoas dentro e, nesse momento, descobre-se que só há UM colete
salva-vidas.
Pergunta-se: quem ficará com o colete se estão em alto-mar?
Resposta: ficará com o colete quem matar os outros 29.
E, mesmo com esse número elevado de mortes, não existirá crime, pois o agente age em estado de necessidade.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Hiago convidou sua amiga Janaína para um passeio em uma lancha que acabara de comprar.
No intuito de mostrar suas habilidades, Hiago acelerou o barco, perdendo o controle da dire-
ção e colidindo com uma rocha. A lancha começou a afundar, e Hiago e Janaína pularam na
água. Hiago, não sabendo nadar, tentou se apoiar desesperadamente em Janaína, que não
aguentou seu peso e morreu afogada.
Com base na situação narrada e no que dispõe o Código Penal sobre o assunto, é correto
afirmar que:
a) Hiago agiu em estado de necessidade, o que exclui a ilicitude do fato, pois teve que
se apoiar em Janaína para se salvar de perigo atual.
b) Hiago agiu em estado de necessidade, o que exclui a tipicidade do fato, pois teve que
se apoiar em Janaína para se salvar de perigo atual.
c) Hiago não agiu em estado de necessidade, pois o perigo atual em que se encontrava
foi por ele provocado.
d) Hiago agiu em estado de necessidade, mas como sacrificou bem jurídico de maior
valor, não há exclusão do crime, mas apenas redução da pena de um a dois terços.
e) Hiago não agiu em estado de necessidade, pois não havia injusta agressão a ser re-
pelida, atual ou iminente.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
c) Hiago não agiu em estado de necessidade, pois o perigo atual em que se encontrava
foi por ele provocado.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
NÃO está caracterizado o estado de necessidade, pois o perigo em que Hiago se encontrava foi provocado
por sua vontade. Dessa forma, o fato é típico e antijurídico (o que afasta as letras A e B). Veja o que dispõe o
art. 24:
Art. 24, CP. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circuns-
tâncias, não era razoável exigir-se.
Quanto à letra D, como não está caracterizado o estado de necessidade, não há que se questionar se o
bem jurídico foi e menor ou maior valor, e o fato é típico e antijurídico.

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16

E em relação à letra E, a injusta agressão, atual ou iminente, quando repelida, caracteriza a legítima defesa
(art. 25, CP), não o estado de necessidade, o que não ocorreu no fato narrado

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas de exclusão de ilicitude, previstas no Código Penal:
a) o exercício regular de um direito e a embriaguez fortuita.
b) a menoridade penal e a legítima defesa.
c) o estado de necessidade e a coação moral irresistível.
d) a embriaguez fortuita e a legítima defesa.
e) o estado de necessidade e o exercício regular de um direito.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 23º, I, III do Código Penal Brasileiro.
e) o estado de necessidade e o exercício regular de um direito.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 23º, I, III do Código Penal Brasileiro.
Tanto o estado de necessidade (art. 23, I, CP) quanto o exercício regular de direito (art. 23, III, CP) excluem
a ilicitude do fato. Veja:
Exclusão de ilicitude
Art. 23, CP. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
[...]
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Apesar de a legítima defesa ser também uma causa de exclusão de ilicitude (art. 23, II, CP), a embria-
guez fortuita (art. 28, § 1º, CP), a menoridade penal (art. 26, CP) e a coação moral irresistível (art. 22, CP)
excluem a culpabilidade, e NÃO a ilicitude. Portanto, as letras A, B, C e D estão erradas.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“Espécie” de legítima defesa que a doutrina afirma ser inexistente, pois a situação fática não
é reconhecida como legítima defesa e não exclui a ilicitude de ação:
a) legítima defesa própria;
b) legítima defesa putativa;
c) legítima defesa de terceiro;
d) legítima defesa reciproca;
e) legítima defesa em proteção a quem consente com a agressão de terceiro a bem
indisponível;
GABARITO: D

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QUEsTÕEs COMENTADAs 17

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
d) legítima defesa reciproca;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
A legítima defesa (artigo 25 do CP) possui como requisitos a agressão injusta, atual ou iminente, com uso
moderado dos meios necessários para proteção do direito próprio ou alheio.
O caso da legítima defesa recíproca seria uma situação de agir em legítima defesa contra quem está em legítima
defesa. Tal possibilidade não é aceita pelo nosso ordenamento jurídico, pois esbarra no requisito agressão
injusta. Ora, quem está em legítima defesa não está praticando uma agressão injusta, não podendo a outra
pessoa alegar legítima defesa.
Logo, a legítima defesa recíproca NÃO É admitida pela doutrina, por não possuir um dos elementos para
sua configuração, qual seja, a existência de uma agressão injusta.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal (CP) trouxe, em seu conjunto de leis, a previsão das excludentes de ilicitude,
a saber: o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimento de dever legal,
além do exercício regular do direito.
Em relação ao estrito cumprimento do dever legal, seguem-se seis afirmações:
I. Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever legal;
II. Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever ético;
III. A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei;
IV. A ordem da autoridade subsome a lei no cumprimento da ordem emanada por funcio-
nário público;
V. A boa-fé permite a extrapolação da lei para o cumprimento do dever;
VI. Hierarquia e autoridade pública são diplomas supralegais;
Marque a alternativa que contenha somente as afirmações corretas acerca dos elementos
caracterizadores do estrito cumprimento do dever legal.
a) I e VI.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) V e VI.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 23º, III do Código Penal Brasileiro.
c) I e III.

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18

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 23º, III do Código Penal Brasileiro.
ASSERTIVA I.
CERTA.
Para seu cumprimento, é indispensável o cumprimento do dever legal.
Nesse sentido:
“O dever legal engloba qualquer obrigação direta ou indiretamente resultante de lei, em sentido genérico, isto é,
preceito obrigatório e derivado da autoridade pública competente para emiti-lo. Compreende, assim, decretos,
regulamentos, e, também, decisões judiciais, as quais se limitam a aplicar a letra da lei ao caso concreto submetido
ao exame do Poder Judiciário” (Cleber Masson)
ASSERTIVA II
ERRADA.
Para seu cumprimento, é dispensável o cumprimento do dever ético;
Com efeito, “Destarte, o cumprimento de dever social, moral ou religioso, ainda que estrito, não autoriza a aplicação
dessa excludente da ilicitude. Exemplo: comete crime de violação de domicílio o padre ou pastor que, a pretexto
de espantar os maus espíritos que lá se encontram, ingressa sem permissão na residência de alguém”. (Cleber
Masson)
ASSERTIVA III.
CERTA.
A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei.
Nessa senda:
“O cumprimento deve ser estritamente dentro da lei, ou seja, deve obedecer à risca os limites a que está subordi-
nado. De fato, todo direito apresenta duas características fundamentais: é limitado e disciplinado em sua execu-
ção”. (Cleber Masson)
ASSERTIVA IV.
ERRADA.
A ordem da autoridade subsome a lei ou ato administrativo de caráter geral no cumprimento da ordem
emanada por funcionário público;
Nesse sentido:
“O dever legal pode também originar-se de atos administrativos, desde que de caráter geral, pois, se tiverem cará-
ter específico, o agente não estará agindo sob o manto da excludente do estrito cumprimento de dever legal, mas
sim protegido pela obediência hierárquica (causa de exclusão da culpabilidade), se presentes os requisitos exigidos
pelo art. 22 do Código Penal”. (Cleber Masson)
ASSERTIVA V.
ERRADA.
A boa-fé NÃO permite a extrapolação da lei para o cumprimento do dever;
Nesse desiderato:
“Fora dos limites traçados pela lei, surge o excesso ou o abuso de autoridade. O fato torna-se ilícito, e, além de livrar
do cumprimento aquele a quem se dirigia a ordem, abre-lhe ainda espaço para a utilização da legítima defesa”.
(Cleber Masson)

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QUEsTÕEs COMENTADAs 19

ASSERTIVA VI.
ERRADA.
Hierarquia e autoridade pública são diplomas legais;
Supralegais estão acima das leis e abaixo da Constituição.
Nessa senda, autorizada doutrina leciona-nos que “Para Julio Fabbrini Mirabete, a excludente pressupõe no
executor um funcionário público ou agente público que age por ordem da lei, não se excluindo o particular que
exerça função pública (jurado, perito, mesário da Justiça Eleitoral etc.)”. (Cleber Masson)

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


A legítima defesa e o estado de necessidade possuem similitudes que as os enquadram como
excludentes de ilicitude. Não obstante, suas diferenças implicam em modalidades diversas com
conceitos distintos. Em relação à comparação da legítima defesa e do estado de necessidade,
marque a alternativa correta.
a) Em relação ao estado de necessidade, diferentemente da legitima defesa, qualquer
excesso será punível, já que nos casos em que ocorre a legitima defesa não há pu-
nição para eventuais excessos na tutela do bem jurídico do agredido injustamente.
b) Na legítima defesa, assim como no estado de necessidade, somente é admitido o
excesso culposo.
c) No caso do estado de necessidade, é cabível uma agressão injusta na defesa de bem
jurídico menos relevante. Já no caso da legítima defesa, a preservação de bens ju-
rídicos de mesmos valores é promovida pelo uso da força de quem inicia agressão.
d) A legitima defesa é uma garantia que permite a defesa de interesse legítimo por par-
te de quem sofre a agressão injusta a um bem jurídico. Não obstante os interesses
em conflito no caso de estado de necessidade, todos os interesses são considerados
legítimos ao se tratar de oposição de bens jurídicos de mesmo valor.
e) De acordo com o conceito analítico de crime, para a verificação da atipicidade da
conduta, a legitima defesa e o estado de necessidade devem ser observados para
confirmar se a conduta é ou não típica.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
d) A legitima defesa é uma garantia que permite a defesa de interesse legítimo por par-
te de quem sofre a agressão injusta a um bem jurídico. Não obstante os interesses
em conflito no caso de estado de necessidade, todos os interesses são considerados
legítimos ao se tratar de oposição de bens jurídicos de mesmo valor.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o artigo 25º do Código Penal Brasileiro.
A legitima defesa é uma garantia que permite a defesa de interesse legítimo por parte de quem sofre a agressão
injusta a um bem jurídico. Não obstante os interesses em conflito no caso de estado de necessidade, todos os
interesses são considerados legítimos ao se tratar de oposição de bens jurídicos de mesmo valor, vejamos:

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20

A legítima defesa está positivada no art. 25 do CP, a saber: “Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem”.
Lado outro, o estado de necessidade está previsto no art. 24 do CP, a saber: “Considera-se em estado de neces-
sidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
Acerca do estado de necessidade, autorizada doutrina leciona-nos que “Teoria unitária: o estado de neces-
sidade é causa de exclusão de ilicitude, desde que o bem jurídico sacrificado seja de igual valor ou de
valor inferior ao bem jurídico preservado. Exige apenas a razoabilidade na conduta do agente. Foi a teoria
adotada pelo Código Penal, como se extrai da expressão prevista no art. 24, caput: “[...] cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se”. (Cleber Masson)

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Uma conduta ilícita é contrária ao direito. Porém pode haver conduta típica que não seja ilícita,
aparecendo as chamadas excludentes de ilicitude. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
correta.
a) Somente não será considerado crime quando o agente pratica o fato em estado de
necessidade e legítima defesa.
b) As excludentes de ilicitude são apenas as definidas em Lei, especificamente determi-
nadas pelo Código Penal, chamadas de excludentes de ilicitude legais.
c) No estado de necessidade, aplica-se a excludente ainda que o sujeito não tenha co-
nhecimento de que age para salvar um bem jurídico próprio ou alheio.
d) Pode agir em estado de necessidade aquele que possui o dever legal de enfrentar o
perigo.
e) São requisitos legais do estado de necessidade: perigo atual; ameaça a direito próprio
ou alheio; situação não causada voluntariamente pelo sujeito; inexistência de dever
legal de enfrentar o perigo.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
e) São requisitos legais do estado de necessidade: perigo atual; ameaça a direito próprio
ou alheio; situação não causada voluntariamente pelo sujeito; inexistência de dever
legal de enfrentar o perigo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
O estado de necessidade é uma causa de exclusão de ilicitude. Ela “depende de uma situação de perigo, carac-
terizada pelo conflito de interesses lícitos, ou seja, uma colisão entre bens jurídicos pertencentes a pessoas diver-
sas, que se soluciona com a autorização conferida pelo ordenamento jurídico para o sacrifício de um deles para a
preservação de outro” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014).
O nosso Código Penal adotou, em relação ao estado de necessidade, a teoria unitária, prevendo que só
estará caracterizada essa exclusão de ilicitude caso o bem jurídico sacrificado seja de valor igual ou
inferior ao bem jurídico preservado. É o que se extrai do art. 24, caput, do CP. Veja:

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QUEsTÕEs COMENTADAs 21

Estado de necessidade
Art. 24, CP. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstân-
cias, não era razoável exigir-se.
Segundo Cleber Masson (op. cit.), desse dispositivo nós podemos extrair os requisitos do estado de
necessidade:

1) Perigo atual: o perigo deve estar ocorrendo no momento que o fato é praticado. Ademais,
esse perigo deve ser efetivo ou real, comprovada no caso concreto. Perceba que não há pre-
visão de perigo iminente (mas parcela da doutrina o admite para caracterizar o estado de
necessidade).
2) Perigo não provocado voluntariamente pelo agente: se o perigo foi provocado pelo agente,
dolosa ou culposamente, não há que se falar em estado de necessidade, pois esse, na verdade,
tem o dever jurídico de impedir o resultado.
3) Ameaça a direito próprio ou alheio: o perigo pode estar direcionado a qualquer bem jurí-
dico, desde que legítimo, pertencente ao autor do fato típico ou a terceira pessoa.
Outro requisito para se configurar o estado de necessidade é a ausência do dever legal de enfrentar o perigo,
previsto no § 1º do dispositivo acima.
Diante do exposto, a alternativa está correta.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se,
a) não comete crime, pois age amparado pelo estado de necessidade.
b) não comete crime, pois age amparado pela legítima defesa.
c) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de punibilidade.
d) não comete crime, pois age amparado pelo estrito cumprimento do dever legal.
e) comete crime, embora esteja amparado por causa excludente de culpabilidade.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
a) não comete crime, pois age amparado pelo estado de necessidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 24º do Código Penal Brasileiro.
Diz a questão que aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua von-
tade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se, “não comete crime, pois age amparado pelo estado de necessidade”.
Está de acordo com o Código Penal.
Os requisitos trazidos no enunciado caracterizam o estado de necessidade nos termos do art. 24 do CP.

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22

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois
terços.
Nas palavras do professor Cezar Roberto Bitencourt a “O estado de necessidade caracteriza-se pela coli-
são de interesses juridicamente protegidos, devendo um deles ser sacrificado em prol do interesse social.
Como salientava Heleno Fragoso: “O que justifica a ação é a necessidade que impõe o sacrifício de um bem
em situação de conflito ou colisão, diante da qual o ordenamento jurídico permite o sacrifício do bem de
menor valor”, desde que imprescindível, acrescentamos, para a salvaguarda do bem preservado”. (Biten-
court, Cezar Roberto Código penal comentado / Cezar Roberto Bitencourt. – 10. ed. – São Paulo : Saraiva
Educação, 2019, pg 153).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por ele, de forma reite-
rada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário, para distribuição. Carlos a ameaçava
dizendo que, se ela não realizasse a missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos
comparsas soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi flagrada
carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção policial, ela revelou o que a
motivava a praticar tal conduta, tendo provado as ameaças sofridas a partir de gravações por
ela realizadas. Em sua defesa, Carlos alegou que o crime não fora consumado.
Maria será punida, mas terá direito ao benefício de atenuante por ter colaborado com a polícia
no desbaratamento do tráfico dentro do sistema prisional.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A coação moral, se irresistível, exclui a culpabilidade do agente. Se, porém, a coação for física
e irresistível, excluirá a própria conduta e, por conseguinte, a tipicidade do fato.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Será excluída a imputabilidade penal do indivíduo que tenha praticado crime no momento
de emoção, por se considerar que ele não estava inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito da ação.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O Código Penal e a Constituição Federal adotam o sistema biológico para os menores de dezoito
anos, para os quais existe uma presunção absoluta de inimputabilidade, não se admitindo
prova em sentido contrário.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Ao agente que, em virtude da perturbação da saúde mental, não for inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
poderá ser imposta pena como sanção, porém com redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços).
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que por embriaguez incompleta e voluntária não for, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato será isento de pena.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Entre as causas de exclusão da imputabilidade, encontra-se a embriaguez completa ou incom-
pleta, mas sempre voluntária.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O conceito de imputabilidade penal compreende a capacidade mental do indivíduo, conside-
rando-se apenas a sua idade ao tempo do crime.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também
maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência
e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de
que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver,
sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra
a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida.
A culpabilidade de Carlos poderá ser afastada por inexigibilidade de conduta diversa.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A respeito da imputabilidade penal, é correto afirmar que tal instituto
a) figura como um dos elementos da culpabilidade.
b) cuida da capacidade física do agente de praticar o ilícito.
c) figura como um dos requisitos da punibilidade.
d) não exclui da aplicação da lei penal fato praticado durante a embriaguez involuntária
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
e) não exclui a menoridade (criança e adolescente) da aplicação da lei penal.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta, no que tange ao tratamento que o CP dá à imputabilidade penal
(arts. 26 a 28).
a) É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental in-
completo ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

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4

b) Aplicar-se-á exclusivamente medida de segurança se, em virtude de perturbação de


saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado o agente não
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
c) Os menores de 21 (vinte e um) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos
às normas estabelecidas na legislação especial.
d) A emoção ou a paixão excluem a imputabilidade penal para os delitos que exigem
especial fim de agir.
e) A embriaguez culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, exclui a impu-
tabilidade penal.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Agente A, após traição de sua parceira, imbuído de amor e paixão embebedou-se e andou até
um dos principais monumentos públicos da praça do Município, e então violentou-o, pichando
o nome de sua parceira e seu amante no local, após quebrar o monumento a marteladas. De
acordo com a conduta do Agente A, assinale a alternativa correta, de acordo com o Código
Penal.
a) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime sob domínio de emoção
e paixão.
b) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime embriagado, mas não é
inimputável por ter praticado o crime sob domínio de emoção e paixão.
c) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime embriagado e sob o
domínio de emoção e paixão.
d) O Agente A é penalmente imputável pois emoção e paixão e embriaguez voluntária
ou culposa não excluem a imputabilidade penal.
e) O Agente A cometeu erro do tipo.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É muito comum nos dias presentes constatar-se entre acadêmicos e até mesmo entre profis-
sionais a confusão entre ‘teoria da imputação objetiva, responsabilidade objetiva e imputabi-
lidade’. Entretanto, as três expressões mencionadas são completamente diferentes. Com base
na doutrina atual, é correto afirmar que são temas da imputabilidade penal:
a) excludentes de ilicitude.
b) excludentes putativas.
c) menoridade, doença mental e embriaguez.
d) coação moral irresistível e obediência hierárquica.
e) erro de proibição direto e indireto.

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Questões sobre a aula 5

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Código Penal, não excluem a imputabilidade penal:
I. a coação sofrida pelo agente, se em obediência a ordem manifestamente ilegal de su-
perior hierárquico;
II. a embriaguez culposa;
III. a violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas o item I e II estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em seu primeiro evento na faculdade, Rodrigo ingeriu, com a intenção de comemorar, grande
quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter intenção, a grande quantidade de álcool
fez com que ficasse embriagado e, em razão desse estado, acabou por iniciar discussão des-
necessária e causar lesão corporal grave em José, ao desferir contra ele dois socos. Todas as
informações acima são confirmadas em procedimento de investigação criminal. Ao analisar
as conclusões do procedimento caberá ao Promotor de Justiça reconhecer
a) a ausência de culpabilidade do agente diante da situação de embriaguez culposa.
b) a ausência de culpabilidade do agente em razão da embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito, aplicando-se medida de segurança.
c) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, inclusive com presença da agravante
da embriaguez pré-ordenada.
d) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, não
sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
e) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi voluntária, não
sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A capacidade de entender que uma conduta é ilícita e de se adequar conforme tal conduta é
denominada:
a) tipicidade.
b) culpabilidade.
c) imputabilidade.
d) ilicitude.
e) responsabilidade.

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6

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para casa, em um bairro bas-
tante violento da capital. Policial experiente, que já havia sido ameaçado por algumas lideranças do
tráfico na região, ciente das constantes disputas entre grupos rivais que ocorriam na comunidade,
Jorge era cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em trajes civis. A cerca de 5 metros da esquina
de sua casa, Jorge assustou-se com dois homens que dobraram a esquina correndo, os quais, ao
vê-lo, apontaram-lhe as armas que portavam. Diante da situação sinistra em que se via, Jorge não
titubeou e agiu conforme seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema rapidez e habilidade
e, com disparos certeiros, atingiu letalmente os dois homens que lhe apontavam as armas.
Jorge, então, acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico de emergência, que com-
pareceram ao local, tendo os agentes militares constatado que os homens atingidos eram dois
policiais civis que participavam de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam
para prender alguns suspeitos em flagrante.
Da leitura do enunciado, é correto afirmar:
a) A Jorge não deve ser imputada a prática de crime, uma vez que agiu sob o pálio da
legítima defesa enquanto excludente da ilicitude, estando sua ação especialmente
justificada pelas circunstâncias da situação em que se viu envolvido − a chamada
legítima defesa putativa.
b) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios culposos, em concurso for-
mal, tendo em vista sua conduta imprudente, uma vez que efetuou os disparos sem
prévia identificação e ordem de parada (art. 121, § 3° − por duas vezes −, c/c art. 70,
ambos do CP).
c) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso ma-
terial, sem possibilidade de qualificação pela condição das vítimas, uma vez que o
autor desconhecia essa circunstância (art. 121, caput − por duas vezes −, c/c art. 69,
ambos do CP).
d) Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena,
sendo-lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o
contexto em que se viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se
existisse, tornaria sua ação legítima.
e) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso mate-
rial, qualificados por terem como vítimas policiais civis (art. 121, § 2°, VII − por duas
vezes −, c/c art. 69, ambos do CP).

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos
sobre imputabilidade penal, quanto ao agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
a) O agente terá a pena aumentada de um a dois terços
b) O agente terá a pena reduzida em um sexto.
c) O agente terá a pena reduzida à metade

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Questões Comentadas 7

d) O agente terá a pena reduzida de um a dois terços


e) O agente é isento da pena.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa que não contempla uma das excludentes de antijuridicidade dispostas
no Código Penal Brasileiro:
a) Realização de ato após coação moral irresistível.
b) Exercício regular de uma aptidão abarcada pelo Direito.
c) Imposição legal de um comportamento ao agente.
d) Ato de afastamento da situação de perigo para salvaguardar um bem jurídico próprio
ou de terceiros.
e) Utilização moderada de meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou
iminente.

GABARITO
1. ERRADO 5. CERTO 9. ERRADO 13. D 17. C

2. CERTO 6. CERTO 10. ERRADO 14. C 18. D

3. CERTO 7. ERRADO 11. A 15. E 19. E

4. ERRADO 8. ERRADO 12. A 16. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por ele, de forma reite-
rada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário, para distribuição. Carlos a ameaçava
dizendo que, se ela não realizasse a missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos
comparsas soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi flagrada
carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção policial, ela revelou o que a
motivava a praticar tal conduta, tendo provado as ameaças sofridas a partir de gravações por
ela realizadas. Em sua defesa, Carlos alegou que o crime não fora consumado.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue os próximos itens.
Maria será punida, mas terá direito ao benefício de atenuante por ter colaborado com a polícia
no desbaratamento do tráfico dentro do sistema prisional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO

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8

SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 22º Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 22º único do Código Penal Brasileiro.
Apesar de praticar um fato típico e ilícito, Maria não será punida, pois agiu por coação moral irresistível, o
que afasta a sua culpabilidade. Está previsto no art. 22 do CP:
Coação irresistível e obediência hierárquica
Art. 22, CP. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Primeiramente, devemos lembrar o que se entende por culpabilidade. De acordo com Cleber Masson (Direito
Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo:
Método, 2014), a culpabilidade “é o juízo de censura, o juízo de reprovabilidade que incide sobre a formação e a
exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena”. Assim, a culpabilidade é um pressuposto para a aplicação da pena, analisando se o autor
deve ou não suportar uma pena em razão do fato cometido.
Assim, será afastada a culpabilidade nos casos dos inimputáveis (menoridade, doença mental, desenvol-
vimento mental incompleto ou retardado ou embriaguez por caso fortuito ou força maior) ou quando houver
coação moral irresistível ou em obediência hierárquica. Essas hipóteses são conhecidas como dirimentes.
Em relação à coação irresistível, prevista no art. 24 acima, entende-se que se trata da coação moral irresistí-
vel, pois a coação física irresistível afasta a própria conduta e, em consequência, a tipicidade do fato.
Pois bem, a coação moral irresistível é motivada pela inexigibilidade de conduta diversa.
Primeiramente, de acordo com Renan Araújo (Direito Penal p/ MPU (Analista - Direito) Com Videoaulas - 2020) “A
exigibilidade de conduta diversa é um juízo que se faz acerca da conduta do agente, para que se possa definir se,
apesar de praticar um fato típico e ilícito, sendo imputável e conhecendo a ilicitude de sua conduta, o agente podia,
ou não, agir de outro modo”. Ou seja, se não é possível agir de outro modo estaremos diante da inexigibili-
dade de conduta diversa.
Assim, nessa dirimente ocorre uma ameaça de mal grave e iminente do coator ao coagido, e este, por medo,
realiza a conduta criminosa.
Para que esteja caracterizada, devem ser observados alguns requisitos:

1) Promessa de mal grave e iminente pelo coator, o qual o coagido não é obrigado a suportar.
Essa ameaça precisa ser séria e certa;
2) Inevitabilidade do perigo na posição em que se encontra o coagido. Se o perigo puder ser
evitado, não incidirá a dirimente;
3) Caráter irresistível da ameaça. Se, ao analisar o caso concreto, perceber-se que era possível
resistir à ameaça, não estará excluída a culpabilidade;
4) Presença de ao menos três pessoas envolvidas. Deve haver, no mínimo, o coator, o coagido
e a vítima do crime.
Caso esses requisitos estejam presentes, o coagido estará isento de pena (exclui a sua culpabilidade). O coa-
tor, por outro lado, responderá sozinho pelo crime (autoria mediata).
OBSERVAÇÃO: Se a coação moral for resistível, haverá concurso de pessoas ao ser cometido o crime. Nesse caso,
porém, a pena do coator será agravada (art. 62, II do CP) e a do coagido será atenuada (art. 65, III, “c” do CP).

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Questões Comentadas 9

Destarte, a assertiva está errada.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A coação moral, se irresistível, exclui a culpabilidade do agente. Se, porém, a coação for física
e irresistível, excluirá a própria conduta e, por conseguinte, a tipicidade do fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
A coação moral irresistível, apesar de o fato ser típico e ilícito, exclui a culpabilidade do agente. Veja:
Art. 22, CP. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Se, porém, a coação for física, a própria conduta do agente não existirá, o que afastará a tipicidade do fato
(MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2020).

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
A assertiva apresenta a literalidade do caput do art. 26 do Código Penal.
Inimputáveis
CP, Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retar-
dado, era, ao tempo da ação ou da omissão, INTEIRAMENTE incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

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4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Será excluída a imputabilidade penal do indivíduo que tenha praticado crime no momento
de emoção, por se considerar que ele não estava inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito da ação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com artigo 28º, I do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 28º, I do Código Penal Brasileiro.
O Art. 28, I, CP, expressamente afirma que a emoção não exclui a imputabilidade penal. Vejamos:
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Distinção entre emoção e paixão segundo Cleber Masson:
Emoção: Passageira / transitória. Ex.: Ira, cólera, ansiedade, medo.
Paixão: Duradoura, mas não necessariamente eterna. Ex.: Amor, ódio, ambição, fanatismo.
O Art. 28, I, CP, refere-se à emoção ou à paixão de fundo normal – inerentes a todas as pessoas.
E a emoção e a paixão patológicas, não comuns a todas as pessoas?
Podem excluir a culpabilidade, com fulcro no caput do Art. 26, CP, tendo em vista que, caso comprovadas por
perícia médica, podem equivaler às doenças mentais.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O Código Penal e a Constituição Federal adotam o sistema biológico para os menores de dezoito
anos, para os quais existe uma presunção absoluta de inimputabilidade, não se admitindo
prova em sentido contrário.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
A assertiva está certa, pois a regra é o critério biopsicológico para analisar a imputabilidade, ou seja, que o
sujeito seja capaz de entender o caráter ilícito do ato
por ele praticado e a capacidade de agir de acordo com este entendimento, assim, ausente uma dessas caracte-
rísticas o agente é considerado inimputável, conforme prevê o artigo 26 do Código Penal.
Porém, no caso dos menores de 18 anos, utiliza-se o critério biológico, ou seja, verifica-se apenas a idade do
indivíduo para determinar se ele é imputável, não importa se tinha ou não o discernimento necessário e a capa-
cidade de agir de acordo com a lei.)

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Questões Comentadas 11

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Ao agente que, em virtude da perturbação da saúde mental, não for inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
poderá ser imposta pena como sanção, porém com redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços).
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o artigo 26º, § único do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o artigo 26º, § único do Código Penal Brasileiro.
A questão está correta conforme transcrito no art. 26 CP: É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação
de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O agente que por embriaguez incompleta e voluntária não for, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato será isento de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 28º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 28º do Código Penal Brasileiro.
Conforme transcrito no Art. 28 do Código Penal:
Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Observa-se que de acordo com Código Penal, a embriaguez não é hipótese de inimputabilidade. O agente res-
ponderá pelo crime.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
Aqui temos a regra que a isenção de pena só ocorrerá no caso de embriaguez INVOLUNTÁRIA.

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§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Entre as causas de exclusão da imputabilidade, encontra-se a embriaguez completa ou incom-
pleta, mas sempre voluntária.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 28º, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 28º, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.
Conforme transcrito no art. 28, II, § 1º, CP: É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Sendo assim, a embriaguez só é causa de excludente da culpabilidade quando ela acontece de forma
COMPLETA e INVOLUNTÁRIA.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O conceito de imputabilidade penal compreende a capacidade mental do indivíduo, conside-
rando-se apenas a sua idade ao tempo do crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
É possível conceituar imputabilidade penal como a capacidade mental de entender o caráter ilícito da conduta.
O critério utilizado pelo nosso Código Penal (CP), em regra, é o biopsicológico, de forma que é analisado não
somente a idade ao tempo do crime, como também a capacidade de entendimento e de autodetermina-
ção no momento da conduta.
É importante destacar que o CP não define o que seria imputabilidade penal, apenas expõe as hipóteses em que
ela NÃO está presente.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também
maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência
e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de
que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver,

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Questões Comentadas 13

sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra
a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida.
A culpabilidade de Carlos poderá ser afastada por inexigibilidade de conduta diversa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
A questão versa sobre as excludentes de culpabilidade.
A afirmativa está incorreta, pois Carlos não estava sob o manto da inexigibilidade de conduta diversa.
Segundo Ana Mendonça e Cristiane Dupret, “o conceito analítico de crime compreende a estrutura do delito. Quer
se dizer que crime é composto por fato típico, ilícito e praticado por agente culpável. Com isso, podemos afirmar
que majoritariamente o conceito de crime é tripartite e envolve a análise destes três elementos.”(Mendonça e
Dupret. Direito Penal. p. 2).
Nessa senda, a culpabilidade é o juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente, considerando-se as
circunstâncias pessoais dos autores.
São elementos da culpabilidade:
1.Imputabilidade;
2.Potencial Consciência da Ilicitude;
3.Exigibilidade de Conduta Diversa;
A inexigibilidade de conduta afasta o elemento “exigibilidade de conduta diversa”. Nesta hipótese, é possível
afirmar que não se poderia exigir do agente conduta diferente daquela que ele efetivamente praticou.
No Código Penal, há duas hipóteses de excludente de culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa,
nos termos do art. 22, do CP:
Coação irresistível e obediência hierárquica
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Por fim, lembre-se que a coação física irresistível afasta a conduta, eliminando o fato típico, não a culpabilidade.
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL # COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A respeito da imputabilidade penal, é correto afirmar que tal instituto
a) figura como um dos elementos da culpabilidade.
b) cuida da capacidade física do agente de praticar o ilícito.
c) figura como um dos requisitos da punibilidade.
d) não exclui da aplicação da lei penal fato praticado durante a embriaguez involuntária
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
e) não exclui a menoridade (criança e adolescente) da aplicação da lei penal.

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14

GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
a) figura como um dos elementos da culpabilidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Primeiramente, devemos lembrar o que se entende por culpabilidade. De acordo com Cleber Masson (Direito
Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo:
Método, 2014), a culpabilidade “é o juízo de censura, o juízo de reprovabilidade que incide sobre a formação e a
exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena”. Assim, a culpabilidade é um pressuposto para a aplicação da pena.
Segundo o mesmo autor, o Código Penal adotou a teoria limitada para explicar a culpabilidade. Para essa teoria,
a culpabilidade é composta pelos elementos imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibili-
dade de conduta diversa.
A imputabilidade é aptidão para ser culpável. Assim, imputável é aquele que tem capacidade de entender o
caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Assim, a imputabilidade é um
elemento da culpabilidade.
A potencial consciência da ilicitude é “a possibilidade (daí o termo “potencial”) de o agente, de acordo com
suas características, conhecer o caráter ilícito do fato11. Não se trata do parâmetro do homem médio, mas de uma
análise da pessoa do agente”. (Renan Araujo, Paulo Guimarães. Direito Penal p/ TJ-RJ (Analista - Execução de
Mandados) Com Videoaulas - Pós-Edital).
Já a exigibilidade de conduta diversa se traduz em “um juízo que se faz acerca da conduta do agente, para
que se possa definir se, apesar de praticar um fato típico e ilícito, sendo imputável e conhecendo a ilicitude de
sua conduta, o agente podia, ou não, agir de outro modo. Se se conclui que não era possível exigir do agente uma
postura diferente, conforme o Direito, estará afastada a exigibilidade de conduta diversa, havendo neste caso o que
se chama de inexigibilidade de conduta diversa” (op. cit.).
De acordo com Michael Procopio (Direito Penal p/ Procurador da República (Curso Regular) Com videoaulas -
2020.2 Pré-Edital), a culpabilidade pode ser compreendida como formal ou material:
> Culpabilidade formal: “é o juízo de reprovação realizado pelo legislador, de forma abstrata, para fixação
das sanções criminais, inclusive no que se refere aos limites máximo e mínimo das penas. É feita uma análise de
censura em relação às mais variadas infrações penais para fixação das penas abstratamente cominadas a cada
uma delas”. (op. cit.)
> Culpabilidade material: “é o julgamento da reprovação do fato que é realizada pelo juiz, em relação ao caso
concreto, para a fixação da pena. É um dos critérios a serem levados em conta para a individualização da sanção
penal. Sua previsão está expressa no artigo 59 do Código Penal, que traz as chamadas circunstâncias judiciais para
a fixação da pena-base, na primeira das três fases da dosimetria”. (op. cit.)
Portanto, a alternativa está correta.

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Questões Comentadas 15

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta, no que tange ao tratamento que o CP dá à imputabilidade penal
(arts. 26 a 28).
a) É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental in-
completo ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
b) Aplicar-se-á exclusivamente medida de segurança se, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado o agente não
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
c) Os menores de 21 (vinte e um) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos
às normas estabelecidas na legislação especial.
d) A emoção ou a paixão excluem a imputabilidade penal para os delitos que exigem
especial fim de agir.
e) A embriaguez culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, exclui a impu-
tabilidade penal.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
a) É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental in-
completo ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
Segundo o Código Penal:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
A alternativa trouxe a literalidade do art. 26 do código penal. Portanto, alternativa correta.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Agente A, após traição de sua parceira, imbuído de amor e paixão embebedou-se e andou até
um dos principais monumentos públicos da praça do Município, e então violentou-o, pichando
o nome de sua parceira e seu amante no local, após quebrar o monumento a marteladas. De
acordo com a conduta do Agente A, assinale a alternativa correta, de acordo com o Código
Penal.
a) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime sob domínio de emoção
e paixão.

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16

b) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime embriagado, mas não é


inimputável por ter praticado o crime sob domínio de emoção e paixão.
c) O Agente A é penalmente inimputável pois praticou o crime embriagado e sob o
domínio de emoção e paixão.
d) O Agente A é penalmente imputável pois emoção e paixão e embriaguez voluntária
ou culposa não excluem a imputabilidade penal.
e) O Agente A cometeu erro do tipo.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 28º, I, II do Código Penal Brasileiro.
d) O Agente A é penalmente imputável pois emoção e paixão e embriaguez voluntária
ou culposa não excluem a imputabilidade penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo com o artigo 28º, I, II do Código Penal Brasileiro.
A questão cobra entendimento sobre as hipóteses de Imputabilidade Penal, para resolver as assertivas bastava
lembrar dos incisos I e II do art.28, do CP. Vejamos:
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Assim, pode-se concluir que o Agente A é penalmente imputável pois praticou o crime sob domínio de emoção
e paixão, bem como embriaguez voluntária e culposa.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É muito comum nos dias presentes constatar-se entre acadêmicos e até mesmo entre profis-
sionais a confusão entre ‘teoria da imputação objetiva, responsabilidade objetiva e imputabi-
lidade’. Entretanto, as três expressões mencionadas são completamente diferentes. Com base
na doutrina atual, é correto afirmar que são temas da imputabilidade penal:
a) excludentes de ilicitude.
b) excludentes putativas.
c) menoridade, doença mental e embriaguez.
d) coação moral irresistível e obediência hierárquica.
e) erro de proibição direto e indireto.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 26º, 27º, 28º § 1º, do Código Penal Brasileiro.
c) menoridade, doença mental e embriaguez.

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Questões Comentadas 17

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 26º, 27º, 28º § 1º do Código Penal Brasileiro.
São hipóteses de inimputabilidade previstas no Código Penal a menoridade (menores de 18 anos - art. 27, CP), a
doença mental incapacitante ao tempo da conduta (art. 26, CP) e a embriaguez completa proveniente de caso
fortuito ou força maior (art. 28, § 1º, CP).
Sobre o tema, cabe desatacar que o Código Penal não descreve quem são os penalmente imputáveis – ao con-
trário, ele aponta quem são os inimputáveis, sendo o conceito anterior encontrado por exclusão.
O Código Penal adota, para definição dos inimputáveis, dois critérios:
CRITÉRIO BIOLÓGICO – artigo 27, do CP.
Menor de 18 anos não pratica crime, mas ato infracional, sujeitando-se ao ECA, e não ao Código Penal.
O art. 27 do Código Penal é um espelho da norma constitucional elencada no art. 228, da CF/1988:
Art. 27, CP - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.
Art. 228, CRFB. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial.
Conforme se observa, por expressa determinação legal e constitucional, os menores de 18 anos são absoluta-
mente inimputáveis, ficando sujeitos ao regramento previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
Não há no Brasil, atualmente, nenhuma possibilidade de superação dessa inimputabilidade pelo juiz, nem mesmo
por razões de política criminal, ou seja, independentemente da gravidade do ato praticado ou qualquer outro tipo
de repercussão social provada pelo adolescente.
CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO – artigo 26, do CP:
Art. 26, CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
Os inimputáveis por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado ao tempo da conduta,
por sua vez, embora se submetam ao processo penal, não podem ser condenados a penas privativas de liber-
dade, aplicando-se-lhes medida de segurança através de uma sentença absolutória imprópria.
ATENÇÃO: perceba que o juiz NÃO condena o doente mental e aplica uma medida de segurança. Ele o ABSOLVE e
aplica a medida de segurança.
A doutrina denomina essa sentença como absolutória imprópria porque, embora não seja uma sentença
condenatória, ela possui, na prática, uma “carga de condenação”, eis que impõe ao inimputável uma medida de
segurança.
A medida de segurança pode ser detentiva (internação em hospital de custódia), no caso de crime apenado com
reclusão, ou restritiva (tratamento ambulatorial), no caso de crime punido com detenção.
A embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior também é causa de inimputabilidade, pre-
vista no art. 28, § 1º, do Código Penal:
Art. 28, § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
O mesmo ocorre no caso de “dependência química”, nos termos do art. 45 da lei de Drogas:
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou
força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

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Embriaguez é intoxicação aguda e transitória provocada por álcool ou substâncias de efeitos análogos, que
podem produzir desde uma ligeira excitação até o estado de coma.
No caso da embriaguez, segue-se a seguinte sistemática para fins de aplicação da Lei Penal:
- Embriaguez VOLUNTÁRIA: NÃO exclui a imputabilidade penal. Ela ocorre quando o agente deliberadamente se
coloca no estado de embriaguez;
- Embriaguez CULPOSA: NÃO exclui a imputabilidade penal. O agente ingere a substância voluntariamente, mas
sem a intenção de embriagar-se. Entretanto, por descuido, acaba “passando dos limites” e se colocando em
estado de embriaguez;
- Embriaguez PRÉ-ORDENADA: NÃO exclui a imputabilidade penal. É aquela na qual o agente se embriaga com a
finalidade de praticar uma infração penal. Trata-se, inclusive, de uma CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE, elencada no
artigo 61, inciso II, alínea “l”, do CP.
Art. 61, CP - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - em estado de embriaguez preordenada.
- Embriaguez PATOLÓGICA: a embriaguez que constitui uma doença no agente que, nessa hipótese, será tratado
como penalmente inimputável, nos termos do artigo 26, caput ou parágrafo único, do CP;
- Embriaguez ACIDENTAL COMPLETA: decorrente de caso fortuito ou força maior - gera a isenção de pena do
agente (artigo 28, § 1º, do CP). Ex.: Pessoa forçada a beber ou usar substância análoga sob a mira de arma de fogo
ou vítima de “boa noite cinderela”.
No artigo 28, § 2º, do CP, há a hipótese de semi-imputabilidade em razão da embriaguez. A pessoa embria-
gada, no momento em que pratica a conduta, não possui consciência do que faz, não há vontade em razão da
embriaguez.
Art. 28, § 2º, CP - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Todavia, a comunidade jurídica não aceita que a pessoa em estágio de embriaguez voluntária ou culposa não
responda pelo crime.
Para resolver essa problemática, a doutrina tomou por base a Teoria da Actio Libera in Causa (ação livre na sua
causa), que preconiza que o momento em que se afere o dolo e a culpa do agente não é o momento em que ele
pratica a conduta criminosa, mas sim aquele em que ele começa a ingerir a bebida alcoólica (a ingestão é a
causa da embriaguez).
Assim, o dolo e a culpa são antecipados para o momento da ingestão da substancia alcoólica ou de efeitos
análogos. Se essa ação for livre (voluntária), haverá responsabilidade penal.
De acordo com o STJ:
“(...) Sabe-se que a embriaguez – seja voluntária, culposa, completa ou incompleta – não afasta a imputabilidade,
pois no momento em que ingerida a substância, o agente era livre para decidir se devia ou não fazê-lo, ou seja,
a conduta de beber resultou de um ato livre (teoria da actio libera in causa). Desse modo, ainda que o paciente
tenha praticado o crime após a ingestão de álcool, deve ser responsabilizado na medida de sua culpabilidade.
(…)” STJ, 6ª Turma, HC 180.978/MT, Rel. Min. Celso Limongi, 09 fev. 2011.

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Questões Comentadas 19

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Código Penal, não excluem a imputabilidade penal:
I. A coação sofrida pelo agente, se em obediência a ordem manifestamente ilegal de su-
perior hierárquico;
II. A embriaguez culposa;
III. A violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas o item I e II estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 22º e 28º do Código Penal Brasileiro.
e) Todos os itens estão corretos.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 22º e 28º do Código Penal Brasileiro.
I - Correto. Segundo o Art.22 do Código Penal, o agente não é obrigado a acatar ordem manifestamente ilegal.
II - Correto. Segundo o Art.28, inciso II do Código Penal, a embriaguez culposa não exclui a imputabilidade penal.
III - Correto. Segundo o Art.28, inciso I do Código Penal, a violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima
não exclui a imputabilidade penal.
Dispositivos exigidos:
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Pontos importantes sobre a embriaguez:
Não exclui a imputabilidade:
1.Voluntária
2.Culposa
3.Preordenada
Exclui a imputabilidade:
1.Caso Fortuito
2.Força Maior

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Atenção:
Inteiramente incapaz - Isento de Pena.
Não era inteiramente incapaz - Redução de Pena.
Observações:
Emoção e paixão não excluem culpabilidade.
A coação FÍSICA irresistível EXCLUI O FATO TÍPICO, por ausência de vontade (ausência de conduta).
A coação moral irresistível ISENTA de pena.
INImputável (exceção): Não pode sofrer pena. Ou seja, é a capacidade de compreensão do agente de que
sua conduta é ilícita, inapropriada, é uma das espécies da culpabilidade que compõem o fato típico, ou seja, a
capacidade de punir, ou não, o agente da conduta.
Casos de exclusão da imputabilidade:
-Menor de 18 anos - (critério biológico)
-Doente mental, e na hora da ação do crime, desde que, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (critério
biopsicológico).
-Embriaguez INVOLUNTÁRIA, proveniente de caso fortuito ou força maior.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em seu primeiro evento na faculdade, Rodrigo ingeriu, com a intenção de comemorar, grande
quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter intenção, a grande quantidade de álcool
fez com que ficasse embriagado e, em razão desse estado, acabou por iniciar discussão des-
necessária e causar lesão corporal grave em José, ao desferir contra ele dois socos. Todas as
informações acima são confirmadas em procedimento de investigação criminal. Ao analisar
as conclusões do procedimento caberá ao Promotor de Justiça reconhecer
a) a ausência de culpabilidade do agente diante da situação de embriaguez culposa.
b) a ausência de culpabilidade do agente em razão da embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito, aplicando-se medida de segurança.
c) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, inclusive com presença da agravante
da embriaguez pré-ordenada.
d) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, não
sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
e) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi voluntária, não
sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo o artigo 28º, II do Código Penal Brasileiro.
d) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, não
sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.

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Questões Comentadas 21

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo artigo 28º, II do Código Penal Brasileiro.
Dispõe o art. 28, inciso II, do Código Penal:
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
[...]
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
A embriaguez, no caso, foi culposa, pois Rodrigo não teve a intenção de ficar embriagado. Além disso, não há
possibilidade de reconhecimento da agravante genérica da embriaguez pré-ordenada, visto que, nesta, exige-se
dolo, ou seja, a intenção de ficar embriagado para cometer alguma infração penal.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A capacidade de entender que uma conduta é ilícita e de se adequar conforme tal conduta é
denominada:
a) tipicidade.
b) culpabilidade.
c) imputabilidade.
d) ilicitude.
e) responsabilidade.
GABARITO: C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
c) imputabilidade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra C de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
A imputabilidade (Artigo 26 e seguintes do CP) é um dos elementos da culpabilidade, juntamente com a poten-
cial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa.
Conceitua-se imputabilidade como a capacidade de imputação, a possibilidade de se atribuir a alguém a
responsabilidade pela prática de uma infração penal. Possui dois elementos, o intelectivo e o volitivo.
O elemento intelectivo se amolda com o enunciado da questão, pois consiste na higidez psíquica que permita
ao agente ter consciência do caráter ilícito do fato.
Já o elemento volitivo se refere ao agente dominar sua vontade.
Logo, a capacidade de entender que uma conduta é ilícita e se adequar conforme tal conduta é denominada
imputabilidade.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para casa, em um bairro
bastante violento da capital. Policial experiente, que já havia sido ameaçado por algumas lide-
ranças do tráfico na região, ciente das constantes disputas entre grupos rivais que ocorriam na
comunidade, Jorge era cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em trajes civis. A cerca de 5

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22

metros da esquina de sua casa, Jorge assustou-se com dois homens que dobraram a esquina
correndo, os quais, ao vê-lo, apontaram-lhe as armas que portavam. Diante da situação sinistra
em que se via, Jorge não titubeou e agiu conforme seus treinamentos: sacou seu revólver com
extrema rapidez e habilidade e, com disparos certeiros, atingiu letalmente os dois homens
que lhe apontavam as armas.
Jorge, então, acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico de emergência, que com-
pareceram ao local, tendo os agentes militares constatado que os homens atingidos eram dois
policiais civis que participavam de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam
para prender alguns suspeitos em flagrante.
Da leitura do enunciado, é correto afirmar:
a) A Jorge não deve ser imputada a prática de crime, uma vez que agiu sob o pálio da
legítima defesa enquanto excludente da ilicitude, estando sua ação especialmente
justificada pelas circunstâncias da situação em que se viu envolvido − a chamada
legítima defesa putativa.
b) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios culposos, em concurso for-
mal, tendo em vista sua conduta imprudente, uma vez que efetuou os disparos sem
prévia identificação e ordem de parada (art. 121, § 3° − por duas vezes −, c/c art. 70,
ambos do CP).
c) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso ma-
terial, sem possibilidade de qualificação pela condição das vítimas, uma vez que o
autor desconhecia essa circunstância (art. 121, caput − por duas vezes −, c/c art. 69,
ambos do CP).
d) Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena,
sendo-lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o
contexto em que se viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se
existisse, tornaria sua ação legítima.
e) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso mate-
rial, qualificados por terem como vítimas policiais civis (art. 121, § 2°, VII − por duas
vezes −, c/c art. 69, ambos do CP).
GABARITO: D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra D de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
d) Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena,
sendo-lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o
contexto em que se viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se
existisse, tornaria sua ação legítima.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
A conduta praticada por Jorge não é punível pelo direito penal brasileiro. No caso em tela, o agente reage contra
a abordagem dos policiais civis em decorrência de ter sido surpreendido em local considerado perigoso, o que
constitui inexigibilidade de conduta diversa.

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Questões Comentadas 23

A inexigibilidade de conduta diversa é excludente de culpabilidade. Dessa forma, a conduta descrita no enun-
ciado não configura crime. Segundo Cleber Masson, a exigibilidade de conduta diversa consiste na expectativa
da sociedade acerca da prática de uma conduta diversa daquela que foi deliberadamente adotada pelo autor de
um fato típico e ilícito. Trata-se de situação em que o autor poderia podia comportar-se em conformidade com o
Direito, mas preferiu agir de forma contrária.
Ressalta-se que os policiais civis constrangem Jorge com a abordagem. Não se trata de divergência fática entre
a situação imaginada e a realidade, assim como o agente tem conhecimento das hipóteses em que a lei permite
a reação contra os agressores.
Bibliografia:
MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral. v. 1. 2.ª Ed. São Paulo: Método, 2019, p. 407.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos
sobre imputabilidade penal, quanto ao agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
a) O agente terá a pena aumentada de um a dois terços
b) O agente terá a pena reduzida em um sexto.
c) O agente terá a pena reduzida à metade
d) O agente terá a pena reduzida de um a dois terços
e) O agente é isento da pena.
GABARITO: E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra E de acordo com artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
e) O agente é isento da pena.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra E de acordo com o artigo 26º do Código Penal Brasileiro.
A questão exige conhecimento sobre o artigo 26 do Código Penal.
“Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.”
Adota-se aqui o critério biopsicossocial. Por esse critério, a avaliação da imputabilidade do agente levará em
consideração se ele é mentalmente são e se
possui capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Assim, não basta que o agente possua enfermidade mental, é necessário que a deficiência tenha comprovada-
mente influído na compreensão da ilicitude da conduta e influenciado suas ações.
A doença mental pode ter origem patológica ou toxicológica, como o alcoolismo, epilepsia, histeria, neurastenia
e psicose maníaco-depressiva.
O doutrinador Guilherme Nucci ensina:

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“O desenvolvimento mental incompleto ou retardado consiste numa limitada capacidade de compreensão do ilícito
ou da falta de condições de se autodeterminar, conforme o precário entendimento, tendo em vista ainda não ter o
agente atingido a sua maturidade intelectual e física, seja por conta da idade, seja porque apresenta alguma carac-
terística particular, como o silvícola não civilizado ou o surdo-mudo s em capacidade de comunicação.”. Manual de
Direito Penal - Guilherme de Souza Nucci - 2020, pg. 404.
Observe que para que o agente tenha sua culpabilidade excluída e sua pena isenta é necessário que seja
INTEIRAMENTE incapaz. Assim, se o agente, em virtude de perturbação de sua saúde mental ou pelo seu desen-
volvimento mental incompleto ou retardado, era apenas relativamente capaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento fará jus a uma redução da pena.
Art. 26, Parágrafo único, CP:
“A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa que não contempla uma das excludentes de antijuridicidade dispostas
no Código Penal Brasileiro:
a) Realização de ato após coação moral irresistível.
b) Exercício regular de uma aptidão abarcada pelo Direito.
c) Imposição legal de um comportamento ao agente.
d) Ato de afastamento da situação de perigo para salvaguardar um bem jurídico próprio
ou de terceiros.
e) Utilização moderada de meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou
iminente.
GABARITO: A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
a) Realização de ato após coação moral irresistível.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito letra A de acordo com o artigo 22º do Código Penal Brasileiro.
Não se trata de excludente de ilicitude/antijuridicidade.
A coação moral irresistível constitui-se no emprego de grave ameaça para que determinada pessoa atue, de
forma dolosa ou culposa, conforme se ordena a ela. É, portanto, o emprego da chamada vis relativa, isto é, a
promessa de realizar algum mal ao sujeito, o que o leva a se submeter à vontade de outrem. Assim prevê o art.
22 do Código Penal:
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Dessa forma, a coação moral deve ser irresistível, pois caso o agente possa não ceder ou resistir à ameaça, a
coação moral será considerada resistível, o que não exclui a culpabilidade.
Verifica-se, portanto, que estamos diante de uma hipótese excludente de culpabilidade, enquadrando-se ao
requerido pela questão, motivo pelo qual é seu gabarito.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Samanta, treze anos, foi flagrada praticando atos sexuais com seu namorado Mateus,
dezessete anos.
Assertiva: Mateus praticou, em tese, o crime de estupro de vulnerável.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021) Não excluem a imputabilidade penal a emoção, a paixão e a embriaguez,
voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021) Emoção ou paixão não são causas de exclusão da imputabilidade penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021) É isento de pena o agente que, por embriaguez, proveniente de caso for-
tuito ou força maior, não possui, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
C

Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021) O deficiente mental inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato é inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
6. Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados
pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confes-
sou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do seu ato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena
imposta a ele poderá ser reduzida.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)Haverá redução de pena ao agente que, por embriaguez completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, é, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021) São penalmente inimputáveis os menores de 21 anos e, por isso, são
reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso é, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. (AUTOR – 2021) Os maiores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando


sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Certo ( ) Errado ( )
10. (AUTOR – 2021) A embriaguez culposa anterior à prática de crime é causa de diminuição
de pena, mas não torna o agente inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
11. Laura, nascida em 21 de fevereiro de 2000, é inimiga declarada de Lívia, nascida em 14 de
dezembro de 1999, sendo que o principal motivo da rivalidade está no fato de que Lívia
tem interesse no namorado de Laura.
Durante uma festa, em 19 de fevereiro de 2018, Laura vem a saber que Lívia anunciou para
todos que tentaria manter relações sexuais com o referido namorado. Soube, ainda, que
Lívia disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na frente de seus
colegas, como forma de humilhá-la.
Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, Laura, durante a festa,
desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente para
o hospital. Dois dias depois, Lívia vem a falecer em virtude dos golpes sofridos. Descobertos
os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do crime de
homicídio qualificado.
Confirmados integralmente os fatos, a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconheci-
mento da
a) inimputabilidade da agente.
b) legitima defesa.
c) inexigibilidade de conduta diversa.
d) atenuante da menoridade relativa.
e) Coação moral irresistível.

12. Conforme dispõe o Código Penal Brasileiro em seu artigo 27, são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial, os menores de:
a) 18 anos;
b) 21 anos;
c) 17 anos;
d) 20 anos;
e) 19 anos.

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13. Gabriel, 25 anos, desferiu, de maneira imotivada, diversos golpes de madeira na cabeça de
Fábio, seu irmão mais novo. Após ser denunciado pelo crime de lesão corporal gravíssima,
foi realizado exame de insanidade mental, constatando-se que, no momento da agressão,
Gabriel, em razão de desenvolvimento mental incompleto, não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato.
Diante da conclusão do laudo pericial, deverá ser reconhecida a:
a) inimputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
b) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
c) inimputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade;
d) semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de redução de
pena;
e) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade.

14. Considera-se inimputável aquele que comete crime


a) em estado de embriaguez preordenada.
b) sob forte emoção ou paixão.
c) antes de completar dezoito anos de idade.
d) agindo em legítima defesa, o que o isenta de pena.
e) sem ser inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, o que o
isenta de pena.

15. Constitui causa que exclui a imputabilidade a


a) embriaguez culposa completa proveniente da ingestão de álcool.
b) embriaguez preordenada completa proveniente da ingestão de álcool.
c) paixão.
d) emoção.
e) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.

16. Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária.
A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação,
ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com
exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso,
em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos
efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de
uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um
coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus
melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito
da situação, é correto afirmar que
a) Tício, por ser maior de 18 anos, é imputável, sendo irrelevante a circunstância de ter
praticado o crime em estado de completa embriaguez.

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Questões sobre a aula 5

b) Tício é imputável, sendo punido de forma agravada, em vista da embriaguez


pré-ordenada.
c) Tício é imputável, pois a embriaguez completa decorreu de culpa. Entretanto, faz jus
à redução da pena.
d) Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de com-
pleta embriaguez, decorrente de caso fortuito.
e) Tício, devido à doença mental, é inimputável, sendo isento de pena.

17. Um dos elementos da culpabilidade, a imputabilidade será excluída no caso de o agente


atuar sob o estado de embriaguez completa.
a) preordenada.
b) voluntária.
c) fortuita.
d) culposa.
e) intencional.

18. Iter criminis corresponde ao percurso do crime, compreendido entre o momento da co-
gitação pelo agente até os efeitos após sua consumação. Há relevância no estudo do iter
criminis porque, conforme o caso, podem incidir institutos como desistência voluntária,
princípio da consunção e tentativa. Considera-se punível o crime tentado no caso de
a) o agente ser flagrado elaborando os planos para a prática do crime.
b) o agente ser flagrado realizando atos de preparação para o crime.
c) o crime, iniciada a execução, não se consumar por ineficácia absoluta do meio em-
pregado para sua prática.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
e) o agente, iniciada a execução, desistir de prosseguir com a ação, impedindo seu
resultado.

19. Toda ação criminosa, advinda de conduta dolosa, é antecedida por uma ideação e resolução
criminosa. O sujeito percorre um caminho que vai da concepção da ideia até a consuma-
ção. A esse caminho dá-se o nome de iter criminis, o qual é composto por fase interna
(cogitação) e fases externas ao agente (atos preparatórios, executórios e consumação).
Diversas situações podem ocorrer durante o desenvolvimento das ações dirigidas ao fim
do crime. Assinale a alternativa que expressa de forma correta uma dessas situações, seja
na fase interna ou externa.
a) Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios da conduta, os quais deixa volun-
tariamente de praticar em virtude de circunstâncias alheias a sua vontade, recebendo,
como consequência, diminuição na pena final aplicada.

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b) O arrependimento posterior ocorre após o término dos atos executórios, porém an-
tes da consumação. Nesse caso o sujeito responderá pelo crime, mas sua pena será
reduzida se reparados os danos causados.
c) A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte de ouro ao infrator que impede
a consumação do crime após o término dos atos executórios, isentando-o de qualquer
responsabilidade pelos danos causados.
d) Os atos preparatórios do crime não são punidos, mesmo que caracterize em si con-
duta tipificada, em virtude da teoria finalista da ação que direciona a punição para a
finalidade do crime e não para os meios de sua prática.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.

20. No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta.
a) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de
creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso,
a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído.
b) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e so-
breviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está
configurada a tentativa imperfeita.
c) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra en-
quanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude
suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido
ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um
veículo no estacionamento.
d) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de
arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não
podem constituir crime autônomo.
e) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que
se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro.

GABARITO
1. ERRADO.
2. CERTO.
3. CERTO.
4. ERRADO.
5. CERTO.
6. CERTO.
7. ERRADO.
8. ERRADO.

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Questões Comentadas 7

9. ERRADO.
10. ERRADO.
11. A.
12. A.
13. D.
14. C.
15. E.
16. D.
17. C.
18. D.
19. E.
20. A.

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Samanta, treze anos, foi flagrada praticando atos sexuais com seu namorado Mateus,
dezessete anos.
Assertiva: Mateus praticou, em tese, o crime de estupro de vulnerável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
O crime de estupro de vulnerável está previsto no art. 217-A do Código Penal:
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos.
Porém, apesar de Samanta ter 13 anos, Mateus não pode ser acusado de cometer o crime de estupro de
vulnerável, pois tem apenas 17 anos e é inimputável. Veja:
Menores de dezoito anos
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas
na legislação especial.
Nesse caso, de acordo com a Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Mateus cometeu um ato
infracional (art. 103, ECA) e se submeterá às medidas do Estatuto.

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2. (AUTOR – 2021) Não excluem a imputabilidade penal a emoção, a paixão e a embriaguez,


voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 28, incisos I e II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 28, incisos I e II, do Código Penal Brasileiro.
A questão traz a literalidade do Código Penal no art. 28, incisos I e II, vejamos:
Emoção e paixão
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)

3. (AUTOR – 2021) Emoção ou paixão não são causas de exclusão da imputabilidade penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 28, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 28º, I, do Código Penal Brasileiro.
A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade penal. É o que afirma o art. 28, I, do CP:
Emoção e paixão
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;

I. A embriaguez culposa anterior à prática de crime é causa de diminuição de pena, mas


não torna o agente inimputável.
Assim, mesmo se forem de elevada intensidade, a emoção e a paixão não excluem a imputabilidade penal.
Mas há duas exceções a essa regra:
1. Coação moral irresistível: por conta da inexigibilidade de conduta diversa;

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Questões Comentadas 9

2. Estado patológico: quando a emoção ou a paixão passam a caracterizar formas de doença mental.
Porém, a violenta emoção provocada por ato injusto da vítima é uma atenuante genérica da pena (art. 65,
III, “c” do CP).
Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
[...]
III - ter o agente:
[...]
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob
a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.

4. (AUTOR – 2021) É isento de pena o agente que, por embriaguez, proveniente de caso for-
tuito ou força maior, não possui, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com art. 28, §2º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §2º, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o §2º, do art. 28, CP.
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11/7/1984)

5. (AUTOR – 2021) O deficiente mental inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito


do fato é inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 26, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 26, do Código Penal Brasileiro.

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10

Se o agente, à época do fato, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato por conta de
doença mental, ele será inimputável. É exatamente o que prevê o art. 26, caput, do CP:
Inimputáveis
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
A doença mental deve ser vista em sentido amplo, para abranger não só os problemas patológicos, mas tam-
bém os toxicológicos e todas as alterações mentais ou psíquicas, sejam elas transitórias ou permanentes.
O desenvolvimento mental incompleto ou retardado é aquele que não se mostra compatível com a fase
da vida que o indivíduo se encontra. Pode decorrer de doenças congênitas ou adquiridas, ou ainda alguma
deficiência.
Em ambos os casos, o que deve ser analisado é se era possível ou não entender o caráter ilícito do fato ou
de se determinar de acordo com esse entendimento no momento da prática da conduta. E, para que essa
análise seja possível, é indispensável a perícia médica.
Contudo, se o agente não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento, o agente será considerado imputável, mas de forma reduzida. Nesse caso, sua
pena poderá ser reduzida de um a dois terços. É o que se extrai do art. 26, parágrafo único do CP:
Art. 26
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nesse caso, não há a completa eliminação da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se deter-
minar de acordo com esse entendimento. Perceba que há uma diferença de grau em relação aos inimputáveis.

6. Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denun-
ciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo
confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era
sua tia.
Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do seu ato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena
imposta a ele poderá ser reduzida.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 26 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 26, Código Penal Brasileiro.
Se o agente, à época do fato, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato por conta de
doença mental, ele será inimputável. É exatamente o que prevê o art. 26, caput, do CP:
Inimputáveis

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Questões Comentadas 11

Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Consoante Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8 ed. São Paulo: Método, 2014. p. 479), “a doença
mental deve ser vista em sentido amplo, para abranger não só os problemas patológicos, mas também os
toxicológicos e todas as alterações mentais ou psíquicas, sejam elas transitórias ou permanentes”.
Ainda segundo o autor citado (op. cit. 480), “o desenvolvimento mental incompleto ou retardado é aquele que
não se mostra compatível com a fase da vida que o indivíduo se encontra. Pode decorrer de doenças congênitas
ou adquiridas, ou ainda alguma deficiência”.
Em ambos os casos, o que deve ser analisado é se era possível ou não entender o caráter ilícito do fato
ou de se determinar de acordo com esse entendimento no momento da prática da conduta. E, para que
essa análise seja possível, é indispensável a perícia médica. Sendo positiva a resposta, estará excluída a
culpabilidade.
Contudo, se o agente não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, ele será considerado imputável, mas de forma reduzida. Nesse caso, sua
pena poderá ser reduzida de um a dois terços. É o que se extrai do art. 26, parágrafo único do CP:
Art. 26
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nesse caso, não há a completa eliminação da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se deter-
minar de acordo com esse entendimento. Perceba que há uma diferença de grau em relação aos inimputáveis.
Portanto, a assertiva está correta.

7. (AUTOR – 2021) Haverá redução de pena ao agente que, por embriaguez completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, é, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §1º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §1º, do Código Penal Brasileiro.
Consoante o §1º, do art. 28 do Código Penal. Senão vejamos:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de deter-
minar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)

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12

§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

8. (AUTOR – 2021) São penalmente inimputáveis os menores de 21 anos e, por isso, são
reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso é, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do art. 27 c/c com art. 115, ambos do Código Penal.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas
na legislação especial.
Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)

9. (AUTOR – 2021) Os maiores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando


sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, Código Penal Brasileiro.
Conforme o art. 27 do CP, os MENORES são inimputáveis, e não os maiores.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984).

10. (AUTOR – 2021) A embriaguez culposa anterior à prática de crime é causa de diminuição
de pena, mas não torna o agente inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 13

Embriaguez é o estado em que o corpo humano, através do álcool ou de substância de efeitos análogos,
encontra-se intoxicado, de forma que “a pessoa perde a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se
determinar de acordo
com esse entendimento” (MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 8. ed. São Paulo: Método, 2020).
Apesar disso, a embriaguez não exclui a imputabilidade penal, seja ela voluntária ou ainda que tenha sido
culposa. Veja o que dispõe o art. 28, II, do Código Penal:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
[...]
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Se na embriaguez completa a pessoa perde a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se determi-
nar de acordo com esse entendimento, porque ela é punida? Quem responde essa pergunta é a teoria da actio
libera in causa (ou ação livre na causa).
De acordo com essa teoria, “a causa da causa também é a causa do que foi causado”..
Quer dizer que devemos analisar o estado anterior à embriaguez. Antes de o agente iniciar o consumo do álcool,
ou substância análoga, ele era imputável? Se sim, então, parte-se do pressuposto que ele tinha consciência do
que estava fazendo. Dessa forma, ao entrar no estado de embriaguez, ainda que não tivesse essa intenção,
se o agente comete um fato típico, com dolo ou com culpa, deverá responder por ele, pois era previsível que
poderia entrar nesse estado de embriaguez.
A embriaguez só é causa de exclusão de culpabilidade quando é proveniente de caso fortuito ou força maior.
Nesse caso não entra em ação a teoria da actio libera in causa, pois o indivíduo não tinha a opção de ingerir
ou não o álcool. Veja:
Art. 28.
§ 1º. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

11. Durante uma festa, em 19 de fevereiro de 2018, Laura vem a saber que Lívia anunciou
para todos que tentaria manter relações sexuais com o referido namorado. Soube, ainda,
que Lívia disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na frente
de seus colegas, como forma de humilhá-la.
Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, Laura, durante a festa,
desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente para
o hospital. Dois dias depois, Lívia vem a falecer em virtude dos golpes sofridos. Descobertos
os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do crime de
homicídio qualificado.
Confirmados integralmente os fatos, a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconheci-
mento da
a) inimputabilidade da agente.
b) legitima defesa.
c) inexigibilidade de conduta diversa.
d) atenuante da menoridade relativa.
e) Coação moral irresistível.

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14

GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com art. 27, do Código Penal Brasileiro.
a) inimputabilidade da agente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com art. 27, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o enunciado da questão, Laura tinha 17 anos na data da ação, ou seja, é considerada inimputável.
É válido ressaltar que o Código Penal adota a teoria da atividade em relação ao tempo do crime, sendo assim, de
acordo como o art. 4º, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.

12. Conforme dispõe o Código Penal Brasileiro em seu artigo 27, são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial, os menores de:
a) 18 anos;
b) 21 anos;
c) 17 anos;
d) 20 anos;
e) 19 anos.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
a) 18 anos;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com o artigo 27, do Código Penal Brasileiro.
Vejamos o art. 27 do Código Penal:
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial.
Logo, segundo o Código Penal, os menores de 18 anos são inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.

13. Gabriel, 25 anos, desferiu, de maneira imotivada, diversos golpes de madeira na cabeça de
Fábio, seu irmão mais novo. Após ser denunciado pelo crime de lesão corporal gravíssima,
foi realizado exame de insanidade mental, constatando-se que, no momento da agressão,
Gabriel, em razão de desenvolvimento mental incompleto, não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato.

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Questões Comentadas 15

Diante da conclusão do laudo pericial, deverá ser reconhecida a:


a) inimputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
b) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
c) inimputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade;
d) semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de redução de
pena;
e) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo com o art. 26, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
d) semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de redução de
pena;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo com o art. 26, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
Desde logo, você deve saber que deverá ser reconhecida a semi-imputabilidade, que poderá funcionar como
causa de redução de pena. Nesse sentido, a “chave da questão” reside no parágrafo único do art. 26, do
Código Penal:
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Além disso, a pergunta que deve ser feita é a seguinte:
No momento do fato o agente era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento, ou não era inteiramente incapaz?
Se a resposta for que ele era inteiramente incapaz --> O agente será isento de pena, sendo considerado inim-
putável, excluindo-se a culpabilidade.
Se a resposta for que ele não era inteiramente capaz (parcialmente capaz) --> O agente será considerado
semi-imputável, podendo ter a pena reduzida de um a dois terços ou a pena poderá ser substituída por medida
de segurança. Aqui o fato é típico, ilícito e culpável. Se a sentença for condenatória, haverá incidência da
causa de diminuição da pena na terceira fase da dosimetria, entretanto, poderá haver uma sentença absolutória
imprópria, em que o magistrado, apesar da absolvição, impõe uma sanção penal que consiste na medida de
segurança.
O quanto haverá de redução (de um a dois terços) ficará a critério do magistrado competente, que levará em
consideração qual o grau de perturbação do agente ou da incompletude do desenvolvimento mental. Além disso,
como mencionei anteriormente, ainda há possibilidade de substituição da pena por medida de segurança, nos
moldes do art. 98 do Código Penal:
Art. 98. Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial trata-
mento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo
prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º ao 4º.

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16

Portanto, Gabarito D --> Diante da conclusão do laudo pericial (não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato), deverá ser reconhecida a semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de
redução de pena.

14. Considera-se inimputável aquele que comete crime


a) em estado de embriaguez preordenada.
b) sob forte emoção ou paixão.
c) antes de completar dezoito anos de idade.
d) agindo em legítima defesa, o que o isenta de pena.
e) sem ser inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, o que o
isenta de pena.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito C de acordo com o art. 27, do Código Penal.
c) antes de completar dezoito anos de idade.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito C de acordo com o art. 27, do Código Penal.
Segundo o disposto no Código Penal:
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.
Nos termos da Constituição Federal:
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

15. Constitui causa que exclui a imputabilidade a


a) embriaguez culposa completa proveniente da ingestão de álcool.
b) embriaguez preordenada completa proveniente da ingestão de álcool.
c) paixão.
d) emoção.
e) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito E de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
e) embriaguez acidental completa proveniente da ingestão de álcool.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito E de acordo com art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o art. 28, § 1º, do CP, estará isento de pena o indivíduo que, comete crime estando sob o efeito
de embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (embriaguez acidental), deve o

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Questões Comentadas 17

agente estar no momento da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
(...)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento
Cléber Masson nos conceitua embriaguez acidental: “Acidental, ou fortuita, é a embriaguez que resulta de
caso fortuito ou força maior.
No caso fortuito, o indivíduo não percebe ser atingido pelo álcool ou substância de efeitos análogos, ou
desconhece uma condição fisiológica que o torna submisso às consequências da ingestão do álcool.
Exemplos:
(1) o sujeito mora ao lado de uma destilaria de aguardente, e aos poucos acaba embriagado pelos vapores da
bebida que inala sem perceber; e
(2) o agente faz tratamento com algum tipo de remédio, o qual potencializa os efeitos do álcool.
Na força maior, o sujeito é obrigado a beber, ou então, por questões profissionais, necessita permanecer
em recinto cercado pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Exemplos:
(1) o agente é amarrado e injetam em seu sangue elevada quantidade de álcool; e
(2) o indivíduo trabalha na manutenção de uma destilaria de aguardente e, em determinado dia, cai em um tonel
cheio da bebida.”
(Masson, Cléber, Direito Penal Vol.1, 2019, p. 678 e 679).

16. Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária.
A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação,
ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com
exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso,
em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos
efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de
uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um
coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus
melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito
da situação, é correto afirmar que
a) Tício, por ser maior de 18 anos, é imputável, sendo irrelevante a circunstância de ter
praticado o crime em estado de completa embriaguez.

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18

b) Tício é imputável, sendo punido de forma agravada, em vista da embriaguez


pré-ordenada.
c) Tício é imputável, pois a embriaguez completa decorreu de culpa. Entretanto, faz jus
à redução da pena.
d) Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de com-
pleta embriaguez, decorrente de caso fortuito.
e) Tício, devido à doença mental, é inimputável, sendo isento de pena.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
d) Tício é inimputável, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de com-
pleta embriaguez, decorrente de caso fortuito.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
O Código Penal, ao tratar dos efeitos da embriaguez na responsabilidade criminal de um agente, estabelece
como regra geral a plena imputabilidade para todos que cometem crimes embriagados, seja tal condição
voluntária ou culposa. Isso está previsto no art. 28, inciso II, do Código Penal, cuja redação é:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Entretanto, o art. 28, §§ 1º e 2º, do Código Penal regulam a responsabilidade penal daquele que praticou delitos
embriagado, mas que tal condição decorreu de caso fortuito ou força maior.
Se o agente se encontra em estado de embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou força maior, e,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, será considerado isento de pena. Esta é previsão do art. 28, § 1º, do Código
Penal.
Entretanto, se o agente se encontra somente embriagado, ainda que decorrente de caso fortuito ou força
maior, e não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, será responsabilizado pelo delito, mas terá
a pena reduzida de um a dois terços. Essa é previsão do art. 28, § 2º, do Código Penal.
A questão informa que Tício costumava ingerir bebidas alcoólicas frequentemente, sem apresentar problemas,
posto que sabia dos efeitos gerados pela mistura com sua medicação. Assim, ele somente ingeria bebidas mais
fracas.
Na data dos fatos, Tício se enganou e, ao preparar sua bebida, confundiu uma garrafa de absinto (bebida de alto
teor alcoólico) com uma de gim. A combinação de uma bebida de elevado teor alcoólico com sua medica-
ção gerou em Tício um estado de embriaguez involuntária, pois ela foi gerada de um caso fortuito.
Em conclusão, de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal, Tício será considerado inimputável em
razão da sua embriaguez involuntária decorrente de caso fortuito.

17. 17. Um dos elementos da culpabilidade, a imputabilidade será excluída no caso de o agente
atuar sob o estado de embriaguez completa.
a) preordenada.

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Questões Comentadas 19

b) voluntária.
c) fortuita.
d) culposa.
e) intencional.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito C de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
c) fortuita.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito C de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
O crime culposo é aquele perpetrado mediante a inobservância de um dever objetivo de cuidado. Diversamente
do crime doloso, é praticado sem que haja intenção do agente, mas, sim, um mero descuido de sua parte.
Suas modalidades, segundo o art. 18, II, do Código Penal, são precisamente aquelas estampadas pela alternativa:
imprudência, negligência e imperícia.
Imprudência consiste em uma ação, ou seja, um proceder descuidado do agente, como no caso do indivíduo que,
sem intenção de cometer delito, avança com seu veículo no sinal vermelho de trânsito, provocando uma colisão
com outro veículo.
Por sua vez, negligência refere-se a uma omissão descuidada, a exemplo de certa pessoa que se esquece de
fazer a revisão em seu veículo e, durante viagem, vem a provocar um acidente, por falha mecânica.
Por fim, imperícia resume-se à falta de aptidão para o exercício de um ofício, uma arte ou função específica.
Como exemplo, cita-se o motorista de ônibus que, desatento no exercício de sua função, atropela transeuntes.

18. Iter criminis corresponde ao percurso do crime, compreendido entre o momento da co-
gitação pelo agente até os efeitos após sua consumação. Há relevância no estudo do iter
criminis porque, conforme o caso, podem incidir institutos como desistência voluntária,
princípio da consunção e tentativa. Considera-se punível o crime tentado no caso de
a) o agente ser flagrado elaborando os planos para a prática do crime.
b) o agente ser flagrado realizando atos de preparação para o crime.
c) o crime, iniciada a execução, não se consumar por ineficácia absoluta do meio em-
pregado para sua prática.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
e) o agente, iniciada a execução, desistir de prosseguir com a ação, impedindo seu
resultado.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.

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20

SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
O iter criminis (ou “caminho do crime”) “corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato
previsto em lei como infração penal” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. 8. ed. São Paulo: Método,
2014). O seu conhecimento é fundamental para a punição do crime. Em regra, quanto menos etapas percorridas,
menor será a pena.
Ele é dividido em duas fases:
> Fase interna: representada pela cogitação.
> Fase externa: dividida em preparação, execução e consumação. O exaurimento do delito não integra o
iter criminis, mas pode influenciar na dosimetria da pena.
A cogitação (fase interna) não é punível pelo Direito Penal.
Em relação à fase externa, temos que analisar cada uma das subfases:

19. 1) Preparação: corresponde aos atos preparatórios necessários para o cometimento do


crime, como a compra de corda para cometer o crime de furto. Em regra, não é punível
pelo Direito Penal (salvo se caracterizar crime autônomo).
2) Execução: o agente começa a realizar o núcleo do tipo penal (o “verbo” que consta na defi-
nição legal). Aqui inicia a incidência do Direito Penal, configurando, no mínimo, o crime tentado.
O ato de execução deve ser idôneo (com capacidade suficiente de lesar o bem jurídico penalmente protegido) e
inequívoco (fornecendo certeza acerca da vontade de cometer o ilícito).

20. 3) Consumação: ocorre quando se reúnem todos os elementos da definição legal do cri-
me. Por exemplo: o crime de homicídio estará consumado quando a vítima falecer, pois
o núcleo do tipo do art. 121 é “matar”.
A tentativa (conatus ou crime imperfeito) se caracteriza pela não consumação do delito por circunstâncias
alheias à vontade do agente (na fórmula de Frank, “quero prosseguir, mas não posso”).
Está prevista no art. 14, II do CP:
Art. 14. Diz-se o crime:
[...]
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Perceba que, para que a tentativa esteja caracterizada, é necessário iniciar a execução do crime, que não
chega a ser consumado (mas há o dolo de consumação).
Se você analisar o art. 14, do CP perceberá que ele não é aplicável isoladamente. É preciso ser analisado com
algum crime. Por isso, essa norma é conhecida como “norma de extensão” ou “de ampliação da conduta”.
Por exemplo, o art. 121, do CP prevê o crime de homicídio (“matar alguém”). Para que seja punível na modalidade
tentada, devemos combinar o art. 121 com o art. 14: inicia-se a execução do crime de homicídio, que não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Para sabermos qual a pena aplicável ao crime tentado, o Código Penal adotou a teoria objetiva (realística ou
dualista), em que ela não terá a mesma pena do crime consumado. Podemos perceber isso no art. 14, parágrafo
único do CP:
Pena de tentativa

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Questões Comentadas 21

Art. 14.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consu-
mado, diminuída de um a dois terços.
Primeiramente, veja que a aplicação desse dispositivo é a regra para a tentativa, mas que admite exceção. Em
alguns casos, a tentativa terá a mesma pena da consumação. São os crimes de atentado, como a evasão
mediante violência contra a pessoa (art. 352, CP).
Seguindo a regra, a tentativa terá a mesma pena do crime consumado, mas diminuída de um terço a dpois
terços . E qual o critério utilizado para saber se a diminuição será de um terço ou de dois terços? Para o STF,
o critério decisivo é a maior ou menor proximidade da consumação, ou seja, a distância percorrida no iter
criminis (STF, 1ª Turma. HC 95.960/PR. Rel. Min. Carlos Britto. Julg. 14/04/2009. Info 542).
Destarte, a alternativa está correta.

21. Toda ação criminosa, advinda de conduta dolosa, é antecedida por uma ideação e resolução
criminosa. O sujeito percorre um caminho que vai da concepção da ideia até a consuma-
ção. A esse caminho dá-se o nome de iter criminis, o qual é composto por fase interna
(cogitação) e fases externas ao agente (atos preparatórios, executórios e consumação).
Diversas situações podem ocorrer durante o desenvolvimento das ações dirigidas ao fim
do crime. Assinale a alternativa que expressa de forma correta uma dessas situações, seja
na fase interna ou externa.
a) Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios da conduta, os quais deixa volun-
tariamente de praticar em virtude de circunstâncias alheias a sua vontade, recebendo,
como consequência, diminuição na pena final aplicada.
b) O arrependimento posterior ocorre após o término dos atos executórios, porém an-
tes da consumação. Nesse caso o sujeito responderá pelo crime, mas sua pena será
reduzida se reparados os danos causados.
c) A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte de ouro ao infrator que impede
a consumação do crime após o término dos atos executórios, isentando-o de qualquer
responsabilidade pelos danos causados.
d) Os atos preparatórios do crime não são punidos, mesmo que caracterize em si con-
duta tipificada, em virtude da teoria finalista da ação que direciona a punição para a
finalidade do crime e não para os meios de sua prática.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito E de acordo com art. 17, do Código Penal Brasileiro.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
SOLUÇÃO COMPLETA

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22

Gabarito E de acordo com o art. 17, do Código Penal Brasileiro.


O iter criminis ou “caminho do crime” corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato
previsto em lei como infração penal. Compreende duas fases: uma interna e outra externa. A fase interna é
representada pela cogitação. A fase externa se divide em outras três: preparação, execução e consumação. O
exaurimento não integra o iter criminis. (Masson, Cleber. Código Penal comentado. 2. ed. rev., atual. e ampl. - Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014.)
Consoante o art. 17, do CP, não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. O crime impossível guarda afinidade com o ins-
tituto da tentativa. Em ambos, o agente inicia, em seu plano interno, a execução da conduta criminosa que não
alcança a consumação. As diferenças, entretanto, são nítidas. Na tentativa é possível atingir a consumação, pois
os meios empregados pelo agente são idôneos, e o objeto material contra o qual se dirige a conduta constitui-se
em bem jurídico suscetível de sofrer lesão ou perigo de lesão. Há, portanto, exposição do bem a dano ou perigo.
No crime impossível, por sua vez, o emprego de meios ineficazes ou o ataque a objetos impróprios inviabilizam a
produção do resultado, inexistindo situação de perigo ao bem jurídico penalmente tutelado.
A redação do art. 17 do CP causa confusão acerca da natureza jurídica do crime impossível transmitindo a
impressão equivocada de tratar-se de causa de isenção de pena no crime tentado. Na verdade, o crime impos-
sível é causa de exclusão da tipicidade, eis que o fato praticado pelo agente não se enquadra em nenhum tipo
penal. Entretanto, em razão da aparente similaridade entre os institutos, a doutrina convencionou também
chamá-lo de tentativa inadequada, tentativa inidônea ou tentativa impossível. No regime da Parte Geral do CP de
1940, antes da reforma pela Lei 7.209/1984, falava-se em quase crime, pois os arts. 76, parágrafo único, e 94, III,
impunham ao autor do crime impossível a medida de segurança de liberdade vigiada. No atual sistema, convém
não mais usar essa expressão como sinônima de crime impossível, embora parcela doutrinária ainda o faça.
(Masson, Cleber. Código Penal comentado. 2. ed. rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2014.)

22. No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta.
a) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de
creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso,
a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído.
b) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e so-
breviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está
configurada a tentativa imperfeita.
c) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra en-
quanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude
suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido
ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um
veículo no estacionamento.
d) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de
arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não
podem constituir crime autônomo.
e) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que
se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Questões Comentadas 23

Gabarito A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.


a) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de
creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso,
a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
A questão trata dos crimes consumados e crimes tentados, exigindo conhecimentos doutrinários a respeito do
tema.
Vale destacar que o iter criminis é o caminho pelo qual são realizados os crimes e compreende: a tomada de
decisão de cometer um ato delitivo; prossegue com a preparação do ato; logo é iniciada a execução, desenvolvi-
mento e conclusão dos atos; e, por fim, termina com a produção ou não de um resultado - embora nem todas as
fases ocorram em todas as situações.
Tanto o STJ quanto o STF adotam o entendimento de que o momento em que se consuma o crime de furto é
quando o agente detenha a posse de fato sobre o bem, ainda que seja possível a vítima retomá-lo, em virtude de
perseguição imediata - teoria da apprhensio. (STJ; Terceira Seção; REsp 1524450 / RJ; Ministro Nefi Cordeiro;
DJe 29/10/2015).
Dessa forma, de acordo com o narrado na assertiva, o crime de furto se consumou com a mera detenção do
bem subtraído.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + O particular pode responder
pelo crime de peculato, desde que o crime tenha sido praticado em concurso de pessoas
com funcionário público, mesmo que o particular não saiba da condição pessoal do fun-
cionário público.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021) Situação hipotética: Gláucio e Hudson planejam cometer um furto, sendo
que Hudson terá apenas a responsabilidade de vigiar o local durante o cometimento do
delito. Assertiva: Se o crime for cometido, Gláucio e Hudson responderão em concurso
de pessoas, na medida de sua culpabilidade, não caracterizando participação de menor
importância na conduta de Hudson.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021)As condições de caráter pessoal que são elementares do crime comuni-
cam-se aos demais agentes que concorrem para a prática do delito.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021) O autor intelectual do crime, quando não participa da sua execução, terá
sua participação considerada como de menor importância, com pena diminuída de um
sexto a um terço.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Partícipe é o agente que con-
corre para cometer o ato criminoso sem, contudo, praticar o núcleo do tipo penal. Se sua
participação for de menor importância, sua pena poderá ser diminuída de um sexto a um
terço.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + João e Manoel, penalmente
imputáveis, decidiram matar Francisco. Sem que um soubesse da intenção do outro, João
e Manoel se posicionaram de tocaia e, concomitantemente, atiraram na direção da vítima,
que veio a falecer em decorrência de um dos disparos. Não foi possível determinar de
qual arma foi deflagrado o projétil que atingiu fatalmente Francisco. Nessa situação, João
e Manoel responderão pelo crime de homicídio na forma tentada.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal, se forem elemen-
tares do crime, não se comunicam quando há o cometimento de um crime em concurso
de agentes.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + A lei penal (especificamente
o Código Penal), no caso de concurso de pessoas, pune sempre o ajuste, a determinação
ou instigação e o auxílio, ainda que o crime não chegue a ser tentado.

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Questões sobre a aula 3

Certo ( ) Errado ( )
9. (AUTOR – 2021) Todos os que concorrem para o crime serão punidos com a mesma pena,
independentemente de serem autores ou partícipes.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + João e Pedro, maiores e ca-
pazes, livres e conscientemente, aceitaram convite de Ana, também maior e capaz, para
juntos assaltarem loja do comércio local. Em data e hora combinadas, no período noturno
e após o fechamento, João e Pedro arrombaram a porta dos fundos de uma loja de deco-
ração, na qual entraram e ficaram vigiando enquanto Ana subtraía objetos valiosos, que
seriam divididos igualmente entre os três. Alertada pela vizinhança, a polícia chegou ao
local durante o assalto, prendeu os três e os encaminhou para a delegacia de polícia local.
Na situação considerada, configurou-se a autoria imprópria decorrente do concurso de pessoas.
Certo ( ) Errado ( )
11. (AUTOR – 2021) César é frentista de um posto de gasolina. Certo dia, percebeu que Luís,
seu colega de trabalho, estava furtando dinheiro do caixa. Porém, para não ter desenten-
dimentos com ele, fingiu que nada viu.
Com base no ocorrido e de acordo com as disposições do Código Penal acerca do concurso de
pessoas, é correto afirmar que:
a) Luís responderá pelo crime de furto e a conduta de César é atípica.
b) Luís responderá pelo crime de furto e César, por ter o dever de comunicar aos seus
superiores o ocorrido, é partícipe do mesmo crime, por omissão imprópria.
c) Luís e César responderão pelo crime de furto, em concurso de pessoas, mas César terá
sua pena reduzida de um sexto a um terço por sua participação de menor importância.
d) Luís e César responderão pelo crime de furto, em concurso de pessoas, na medida
de sua culpabilidade.
e) Luís responderá pelo crime de furto e César, por ter o dever de comunicar aos seus
superiores o ocorrido, é coautor do mesmo crime, mas responderá na forma culposa.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + No que diz respeito ao concurso
de pessoas e às expressas regras do CP (arts. 29 a 31),
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua punibilidade.
c) aplica-se a mesma pena a todos os coautores, ainda que a participação seja de menor
importância
d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua voluntariedade.
e) mesmo que o crime sequer seja tentado, o ajuste, a determinação ou a instigação e
o auxílio sempre são puníveis.

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13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + JOSÉ e PEDRO têm o mesmo
desafeto, no caso, MEVIO. Mas desconhecem tal fato. Contratam pistoleiros para matar
MEVIO. O pistoleiro, contratado por PEDRO se armou com um revólver, e o contratado por
JOSÉ com uma pistola. Ocorre que fizeram uma tocaia no mesmo local e momento. Os dois
atiram simultaneamente em MEVIO. O pistoleiro de JOSÉ atinge o coração de MEVIO e o de
PEDRO atinge a perna de forma leve. Há prova de que o projétil usado pelo contratado por
JOSÉ foi o causador da morte da vítima. PEDRO confessou ter mandado atirar em MEVIO.
Com relação ao caso,
a) JOSÉ e PEDRO respondem por homicídio em coautoria.
b) JOSÉ responde por tentativa de homicídio.
c) JOSÉ e PEDRO devem responder por tentativa de homicídio.
d) JOSÉ responde por homicídio.
e) JOSÉ e PEDRO devem responder por homicídio.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Sobre o concurso de pessoas
previsto no Código Penal, analise as assertivas a seguir:
I. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na
medida de sua culpabilidade.
II. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a
um terço.
III. Não importa se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ele será
tipificado nas mesmas penas dos demais acusados.
IV. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
a) I, III apenas.
b) II e IV apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + A prática da infração penal pode
decorrer de um ato isolado, ou ainda pelo comportamento de duas ou mais pessoas na
forma estabelecida pelo Estatuto Penal. Sobre as infrações penais cometidas isoladamente
ou em concurso, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A coautoria nos crimes próprios é possível quando o terceiro, que não é funcionário público,
conhece essa especial condição do autor.
( ) A doutrina é pacífica em admitir que a circunstância de determinado crime ser delito de
mão própria não impede a coautoria.
( ) A coautoria é possível nos crimes omissivos, quando o coautor também tem o dever jurí-
dico de não se omitir e, em vez de agir, ele adere ao dolo do agente e, igualmente, se omite.

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Questões sobre a aula 5

( ) Na ocorrência de colisão entre dois veículos, não há que se falar em coautoria dos dois
condutores imprudentes, pois um não colabora com o outro e, assim, ocorre apenas a con-
corrência de culpas ou causas.
( ) No tocante ao domínio funcional do fato, pode-se afirmar que o mesmo deve ser pesqui-
sado na linha de uma divisão de domínio integral do fato e, assim, caberia a cada coautor
certa fração.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
a) V F V F V
b) F F V F V
c) FVFVF
d) V V F V F
e) V F V V F.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + É certo que um crime pode ser
praticado por uma ou mais pessoas. Quando isso acontece, está-se diante da hipótese de
concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes. Nesse caso,
a) ainda que algum dos concorrentes tenha querido participar de crime menos grave,
ser-lhe-á, obrigatoriamente, aplicada a pena idêntica do crime praticado pelo seu
comparsa, ante a adoção pelo Código Penal da teoria monista.
b) em hipótese alguma se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pes-
soal na coautoria.
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são sempre puníveis, ainda que o
crime não venha a ser tentado.
d) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto
a um terço.
e) os crimes plurissubjetivos não admitem a coautoria e a participação.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Quando dois agentes, embo-
ra convergindo suas condutas para a prática de determinado fato criminoso, não atuam
unidos pelo liame subjetivo, tem-se autoria
a) sucessiva.
b) voluntária.
c) colateral.
d) desconhecida.
e) incerta.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Clécius Almeida induz o adoles-
cente Carlos Sátiro, de dezessete anos de idade, a praticar o delito de roubo tendo como
vítima a senhora Sandra Costa. Para convencer Carlos, Clécius lhe disse ser conhecido
da vitima, por isto não poderia participar diretamente do crime, contudo permaneceria
por perto, sem ser visto, e lhe daria cobertura no caso de um eventual problema. Diante

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disto, Carlos acaba por roubar o relógio e o dinheiro da senhora Sandra. No caso proposto,
Clécius responde pelo resultado na condição de:
a) coautor moral.
b) participe moral.
c) participe material.
d) autor mediato.
e) coautor.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Assinale a alternativa correta
acerca do concurso de pessoas.
a) De acordo com a teoria pluralística, há um crime para os autores, que realizam a con-
duta típica emoldurada no ordenamento positivo, e outro crime para os partícipes,
que desenvolvem uma atividade secundária.
b) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis ainda que o crime
não tenha sido tentado.
c) O CP adotou, como regra, a teoria dualística.
d) Segundo a teoria monista ou unitária, a cada participante corresponde uma conduta
própria, um elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular.
e) São requisitos do concurso de pessoas a pluralidade de participantes e de condutas,
a relevância causal de cada conduta, o vínculo subjetivo entre os participantes e a
identidade de infração penal.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Sobre o tema concurso de
agentes, é correto afirmar que:
a) se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena deste lhe será
aplicada, com o aumento de metade na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave;
b) não se exige homogeneidade de elemento subjetivo no concurso de pessoas, admi-
tindo-se participação culposa em crime doloso.
c) na teoria da acessoriedade limitada, somente haverá a punição do partícipe se o autor
houver praticado uma conduta que seja típica, ilícita e culpável;
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo quando
elementares do crime;
e) em regra, aquele que instiga terceira pessoa à prática de um crime, por este responde,
ainda que o instigado não tenha iniciado a execução do delito;

GABARITO
1. ERRADO.
2. CERTO.

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Questões Comentadas 7

3. CERTO.
4. ERRADO.
5. CERTO.
6. CERTO.
7. ERRADO.
8. ERRADO.
9. ERRADO.
10. ERRADO.
11. A.
12. A.
13. D,
14. C,
15. E,
16. D,
17. C,
18. D,
19. E,
20. A,

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + O particular pode responder
pelo crime de peculato, desde que o crime tenha sido praticado em concurso de pessoas
com funcionário público, mesmo que o particular não saiba da condição pessoal do fun-
cionário público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com os arts. 312 e 30, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com os arts. 312 e 30, do Código Penal Brasileiro.
Consoante Cleber Masson (Código Penal Comentado. 8. ed. São Paulo: Método, 2020. p. 1.255), o peculato é um
crime próprio, pois só pode ser praticado pelo funcionário público. Porém, admite concurso de pessoas,
inclusive com particulares. Ele está disposto no art. 312 do Código Penal:

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Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Mas, ainda em conformidade com Masson, por ser uma elementar de caráter subjetivo, a condição de fun-
cionário público deve entrar na esfera de conhecimento do coautor ou partícipe, para não caracterizar a
responsabilidade penal objetiva. Extrai-se esse pensamento do art. 30 do CP:
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime.

2. (AUTOR – 2021) Situação hipotética: Gláucio e Hudson planejam cometer um furto, sendo
que Hudson terá apenas a responsabilidade de vigiar o local durante o cometimento do
delito. Assertiva: Se o crime for cometido, Gláucio e Hudson responderão em concurso
de pessoas, na medida de sua culpabilidade, não caracterizando participação de menor
importância na conduta de Hudson.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 29 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 29, do Código Penal Brasileiro.
Se o furto for cometido, Gláucio e Hudson responderão em concurso de pessoas, na medida de sua
culpabilidade:
Art. 29, caput. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de
sua culpabilidade.
Não há que se falar em participação de menor importância de Hudson pois, ao vigiar, ele é coautor funcio-
nal do delito. “Não se exige do coautor funcional a prática da conduta descrita no núcleo do tipo penal, mas tão
somente que a fração do ato executório por ele praticada seja indispensável, diante das singularidades do tipo
penal e do caso concreto, para a consecução do resultado delituoso”. (STF, Plenário. AP 470. Rel. Min. Roberto
Barroso. Julg. 02/08/2012).

3. (AUTOR – 2021) As condições de caráter pessoal que são elementares do crime comuni-
cam-se aos demais agentes que concorrem para a prática do delito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 9

Art. 30. NÃO se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, SALVO quando elementares
do crime.
NÃO se comunicam, SALVO quando elementares do crime:
- Circunstâncias de caráter pessoal: elemento ligado ao agente, mas não inerente a ele.
Ex.: confissão espontânea, torpeza ou futilidade do motivo etc.
- Condições de caráter pessoal: elemento inerente à pessoa do agente.
Ex.: Ser menor de 21 anos na data do fato, ser reincidente etc.
COMUNICAM-SE:
- Circunstâncias e as condições de caráter objetivo: são elementos ligados ao fato (Ex.: Emprego de veneno
no crime de homicídio, uso de arma de fogo no crime de roubo etc.).
Assim, se “A” e “B” praticam um roubo em comum acordo, estando um deles portando uma arma de fogo, os dois
responderão pela respectiva causa de aumento de pena.
- Elementares do crime: integram o próprio tipo penal. Comunicam-se aos demais, sejam objetivas ou
subjetivas.
Ex.: “matar” e “alguém” são elementares do crime de homicídio. Da mesma forma, se um funcionário público e
um particular se unem para praticarem peculato, a condição pessoal (ser funcionário público) se transmite ao
coautor particular (denominado extraneus).

4. (AUTOR – 2021) O autor intelectual do crime, quando não participa da sua execução,
terá sua participação considerada como de menor importância, com pena diminuída de
um sexto a um terço.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com art. 29, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 29, do Código Penal Brasileiro.
O autor intelectual é considerado coautor do crime, e a ele serão cominadas as mesmas penas de quem exe-
cuta o delito, na medida de sua culpabilidade, ainda que ele não venha a participar da execução direta. Veja
o que dispõe o art. 29 do Código Penal:
Art. 29, caput. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de
sua culpabilidade.
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Partícipe é o agente que con-
corre para cometer o ato criminoso sem, contudo, praticar o núcleo do tipo penal. Se sua
participação for de menor importância, sua pena poderá ser diminuída de um sexto a um
terço.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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10

Questão correta de acordo com o art. 29, §1º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 29, §1º, do Código Penal Brasileiro.
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
PARTÍCIPE:
É o COADJUVANTE, que NÃO PRATICA a conduta criminosa, MAS COLABORA nela.
Ele não tem o poder de decidir como, se e quando o crime será praticado e também não executa o verbo do tipo
penal.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + João e Manoel, penalmente
imputáveis, decidiram matar Francisco. Sem que um soubesse da intenção do outro, João
e Manoel se posicionaram de tocaia e, concomitantemente, atiraram na direção da vítima,
que veio a falecer em decorrência de um dos disparos. Não foi possível determinar de
qual arma foi deflagrado o projétil que atingiu fatalmente Francisco. Nessa situação, João
e Manoel responderão pelo crime de homicídio na forma tentada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Vejamos o entendimento doutrinário quanto à autoria colateral:
Verifica-se autoria colateral quando dois ou mais agentes, um ignorando a contribuição do outro, concen-
tram suas condutas para o cometimento da mesma infração. Nota-se, no caso, a ausência de vínculo subjetivo
entre os agentes, que, se presente, faria incidir as regras de concurso de pessoas. [...] Entretanto, quando não
for possível identificar quem causou o resultado, aplica-se a autoria incerta, isto é, cada qual responderá
pela tentativa, tendo em vista que punir ambos por homicídio é impossível, porque um deles ficou apenas na
tentativa; absolvê-los também é inadmissível, porque ambos participaram de um crime de autoria conhecida. A
solução será condená-los por tentativa de homicídio, abstraindo-se o resultado, cuja autoria é desconhecida.”
(Manual do Direito Penal, 2020, 465 e 466).
Como não foi possível identificar quem causou o resultado, não é possível imputar aos dois o crime consu-
mado, por isso, cada qual responderá pela tentativa.
Assim, a questão encontra-se correta, pois tanto João quanto Manoel não tinham liame subjetivo, responderão,
portanto, pelo crime de homicídio na forma tentada.

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Questões Comentadas 11

7. (AUTOR – 2021) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal, se forem elemen-


tares do crime, não se comunicam quando há o cometimento de um crime em concurso
de agentes.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro.
Em regra, as circunstâncias e as condições, de caráter pessoal não se comunicam, EXCETO quando forem
elementares do crime. Veja:
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + A lei penal (especificamente
o Código Penal), no caso de concurso de pessoas, pune sempre o ajuste, a determinação
ou instigação e o auxílio, ainda que o crime não chegue a ser tentado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 31, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 31, do Código Penal Brasileiro.
Consoante previsão expressa do art. 31, do Código Penal.
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são
puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Todos os que concorrem para
o crime serão punidos com a mesma pena, independentemente de serem autores ou
partícipes.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 29, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 29, Código Penal Brasileiro.
Consoante o art. 29, do Código Penal.
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)

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12

§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984).

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + João e Pedro, maiores e ca-
pazes, livres e conscientemente, aceitaram convite de Ana, também maior e capaz, para
juntos assaltarem loja do comércio local. Em data e hora combinadas, no período noturno
e após o fechamento, João e Pedro arrombaram a porta dos fundos de uma loja de deco-
ração, na qual entraram e ficaram vigiando enquanto Ana subtraía objetos valiosos, que
seriam divididos igualmente entre os três. Alertada pela vizinhança, a polícia chegou ao
local durante o assalto, prendeu os três e os encaminhou para a delegacia de polícia local.
Na situação considerada, configurou-se a autoria imprópria decorrente do concurso de pessoas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 29, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 29, do Código Penal Brasileiro.
A questão exige estudo acerca do tema concurso de pessoas, as teorias que explicam quem pode ser conside-
rado autor, coautor ou partícipe de infração penal, nos termos do art. 29, do Código Penal.
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
A questão está incorreta, porque os três agentes combinaram a prática da conduta criminosa e todos estavam
de acordo quanto às tarefas de cada um, agindo em concurso de pessoas. Por isso, não houve autoria impró-
pria, eis que esta é também conhecida pela doutrina como autoria colateral.
A autoria colateral ocorre quando duas ou mais pessoas praticam o mesmo crime, porém uma não tem
ciência da outra. Não há qualquer tipo de acordo entre elas para a prática criminosa. Portanto, não há con-
curso de pessoas.

11. (AUTOR – 2021) César é frentista de um posto de gasolina. Certo dia, percebeu que Luís,
seu colega de trabalho, estava furtando dinheiro do caixa. Porém, para não ter desenten-
dimentos com ele, fingiu que nada viu.
Com base no ocorrido e de acordo com as disposições do Código Penal acerca do concurso de
pessoas, é correto afirmar que:
a) Luís responderá pelo crime de furto e a conduta de César é atípica.
b) Luís responderá pelo crime de furto e César, por ter o dever de comunicar aos seus
superiores o ocorrido, é partícipe do mesmo crime, por omissão imprópria.
c) Luís e César responderão pelo crime de furto, em concurso de pessoas, mas César terá
sua pena reduzida de um sexto a um terço por sua participação de menor importância.

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Questões Comentadas 13

d) Luís e César responderão pelo crime de furto, em concurso de pessoas, na medida


de sua culpabilidade.
e) Luís responderá pelo crime de furto e César, por ter o dever de comunicar aos seus
superiores o ocorrido, é coautor do mesmo crime, mas responderá na forma culposa.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com art. 29, do Código Penal Brasileiro.
a) Luís responderá pelo crime de furto e a conduta de César é atípica.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com art. 29, do Código Penal Brasileiro.
Luís deverá responder pelo crime de furto. Mas a conduta de César é atípica, pois não há o vínculo subjetivo
com Luís para cometer o delito, requisito do concurso de pessoas (MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 8.
ed. São Paulo: Método, 2020). Veja o que o Código Penal dispõe no art. 29:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
Como se pode perceber no enunciado, César em nada contribuiu para a conduta de Luís, muito menos para o
resultado. Esse entendimento afasta as alternativas B e C. O máximo que César poderia ser é testemunha em
eventual processo.
Quanto às alternativas A e E, não há qualquer dever legal para César agir para que se caracterize a omissão
(art. 13, § 2º, “b”, CP). Ainda que houvesse, seria um delito autônomo, e não em concurso com Luís.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + No que diz respeito ao concurso
de pessoas e às expressas regras do CP (arts. 29 a 31),
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua punibilidade.
c) aplica-se a mesma pena a todos os coautores, ainda que a participação seja de menor
importância
d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua voluntariedade.
e) mesmo que o crime sequer seja tentado, o ajuste, a determinação ou a instigação e
o auxílio sempre são puníveis.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro.
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
SOLUÇÃO COMPLETA

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14

Gabarito A de acordo com o art. 30, do Código Penal Brasileiro.


Pede a questão o conhecimento sobre o concurso de pessoas previsto no CP.
O concurso de pessoas é a colaboração entre duas ou mais pessoas para a prática de infração penal. Trata-se
de um número plural de pessoas concorrendo para o mesmo evento.
São requisitos do concurso de pessoas:
1.Pluralidade de agentes culpáveis.
2.Relevância causal das condutas.
3.Vínculo subjetivo.
4.Unidade de infração penal para todos os agentes.
5.Existência de fato punível.
Em regra, aplica-se a teoria unitária ou monista, respondendo todos os agentes pela mesma infração penal, nos
termos do art. 29 do CP.
Como exceção tem-se a teoria pluralista, na qual, cada agente responde por uma espécie de infração penal. Ex.:
Crime de corrupção ativa e corrupção passiva.
Diz a assertiva que a respeito ao concurso de pessoas e às expressas regras do CP “não se comunicam as
circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”.
Está de acordo com a literalidade do art. 30, do CP:
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + JOSÉ e PEDRO têm o mesmo
desafeto, no caso, MEVIO. Mas desconhecem tal fato. Contratam pistoleiros para matar
MEVIO. O pistoleiro, contratado por PEDRO se armou com um revólver, e o contratado por
JOSÉ com uma pistola. Ocorre que fizeram uma tocaia no mesmo local e momento. Os dois
atiram simultaneamente em MEVIO. O pistoleiro de JOSÉ atinge o coração de MEVIO e o de
PEDRO atinge a perna de forma leve. Há prova de que o projétil usado pelo contratado por
JOSÉ foi o causador da morte da vítima. PEDRO confessou ter mandado atirar em MEVIO.
Com relação ao caso,
a) JOSÉ e PEDRO respondem por homicídio em coautoria.
b) JOSÉ responde por tentativa de homicídio.
c) JOSÉ e PEDRO devem responder por tentativa de homicídio.
d) JOSÉ responde por homicídio.
e) JOSÉ e PEDRO devem responder por homicídio.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo com o art. 29, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
d) JOSÉ responde por homicídio.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo com o art. 29, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 15

A questão exige conhecimento acerca do concurso de pessoas e da autoria colateral, previsto no art. 29 do
Código Penal:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
Para a resolução da questão, é de suma importância o estudo doutrinário acerca dos temas do concurso de
pessoas, da coautoria e da autoria colateral.
Inicialmente, vale dizer que o concurso de pessoas depende de cinco requisitos:
- pluralidade de agentes culpáveis;
- relevância causal das condutas para a produção do resultado;
- vínculo subjetivo;
- unidade de infração penal para todos os agentes;
- existência de fato punível.
A DOUTRINA conceitua os dois institutos, diferenciando-os.
COAUTORIA: é a forma de concurso de pessoas que se caracteriza pela existência de dois ou mais autores uni-
dos entre si pela busca do mesmo resultado. Exemplo: “A” e “B”, por motivo torpe, efetuam disparos de arma de
fogo contra “C”, causando a morte deste. São coautores do crime tipificado pelo art. 121, § 2º, I, do Código Penal.
AUTORIA COLATERAL: também chamada de coautoria imprópria ou autoria parelha, ocorre quando duas ou
mais pessoas intervêm na execução de um crime, buscando igual resultado, embora cada uma delas ignore a
conduta alheia. Exemplo: “A”, portando um revólver, e “B”, uma espingarda, escondem-se atrás de árvores, um do
lado direito e outro do lado esquerdo de uma mesma rua. Quando “C”, inimigo de ambos, por ali passa, ambos os
agentes contra ele efetuam disparos de armas de fogo. “C” morre, revelando o exame necroscópico terem sido
os ferimentos letais produzidos pelos disparos originários da arma de “A”. Não há concurso de pessoas, pois
estava ausente o vínculo subjetivo entre “A” e “B”.
Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2019.
A alternativa D está correta, pois JOSÉ deve responder pelo homicídio consumado contra MÉVIO.
A questão trouxe um caso concreto de autoria colateral (sem liame subjetivo), em que PEDRO e JOSÉ contrata-
ram pistoleiros distintos para matar MÉVIO. Restou comprovado que o tiro fatal partiu do pistoleiro contratado
por JOSÉ, portanto, este deverá ser responsabilizado como mandante do homicídio consumado, ao passo que
PEDRO deverá responder apenas pela tentativa.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Sobre o concurso de pessoas
previsto no Código Penal, analise as assertivas a seguir:
I. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na
medida de sua culpabilidade.
II. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a
um terço.
III. Não importa se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ele será
tipificado nas mesmas penas dos demais acusados.
IV. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
a) I, III apenas.

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b) II e IV apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito C de acordo com os arts. 29, 29 §1º, 30, do Código Penal.
c) I, II e IV, apenas.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito C de acordo com os arts. 29, 29 §1º, 30, do Código Penal.
O enunciado exige conhecimento acerca do concurso de pessoas disposto no art. 29 do Código Penal, que nada
mais é do que o ajuntamento de duas ou mais pessoas que concorrem ou colaboração para a prática de um
ilícito penal. Para que ocorra o concurso de pessoas é necessário que se cumpram quatro requisitos, são eles:
-Pluralidade de agentes e de condutas.
-Relevância causal das condutas.
- Vínculo Subjetivo.
- Identidade de fato.
Nesse sentido, a alternativa correta é a C, com as assertivas corretas I, II, IV, vejamos:

V. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas na
medida de sua culpabilidade.
A alternativa está correta, pois está em pleno acordo com o art. 29, caput do CP, vejamos:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.

VI. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a
um terço.
A alternativa está correta, pois está em conformidade com o art.29, § 1º, do CP, vejamos:
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

VII. Não importa se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ele será
tipificado nas mesmas penas dos demais acusados.
A alternativa está incorreta, conforme preconiza o art. 29, § 2º, do CP:
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa
pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.”

VIII. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando


elementares do crime.
A alternativa está correta, haja vista que está em plena conformidade com o art. 30, do CP, vejamos:

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Questões Comentadas 17

Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + A prática da infração penal pode
decorrer de um ato isolado, ou ainda pelo comportamento de duas ou mais pessoas na
forma estabelecida pelo Estatuto Penal. Sobre as infrações penais cometidas isoladamente
ou em concurso, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A coautoria nos crimes próprios é possível quando o terceiro, que não é funcionário público,
conhece essa especial condição do autor.
( ) A doutrina é pacífica em admitir que a circunstância de determinado crime ser delito de
mão própria não impede a coautoria.
( ) A coautoria é possível nos crimes omissivos, quando o coautor também tem o dever jurí-
dico de não se omitir e, em vez de agir, ele adere ao dolo do agente e, igualmente, se omite.
( ) Na ocorrência de colisão entre dois veículos, não há que se falar em coautoria dos dois
condutores imprudentes, pois um não colabora com o outro e, assim, ocorre apenas a con-
corrência de culpas ou causas.
( ) No tocante ao domínio funcional do fato, pode-se afirmar que o mesmo deve ser pesqui-
sado na linha de uma divisão de domínio integral do fato e, assim, caberia a cada coautor
certa fração.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
a) V F V F V
b) F F V F V
c) FVFVF
d) V V F V F
e) V F V V F.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
e) V F V V F.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
ASSERTIVA I:
CERTA.
A coautoria nos crimes próprios é possível quando o terceiro, que não é funcionário público, conhece essa
especial condição do autor.
Pois, a condição de funcionário público é circunstância elementar. Então, elas se comunicam aos coautores,
quando eles conhecem a condição do autor.
Rogério Sanches Cunha:

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“A condição de funcionário público não é circunstância objetiva do crime de peculato, mas sua elementar. Cir-
cunstâncias são elementos que se alojam no entorno do fato, isto é, não integram a figura típica primária, mas
agregam dados que podem significar o aumento ou a diminuição da pena. São objetivas quando dizem respeito
ao fato, como o rompimento de obstáculo no furto, e subjetivas quando se referem ao agente ou aos motivos do
crime, como o motivo torpe no homicídio ou a qualidade de funcionário que sirva apenas para aumentar a pena
(art. 297, § 1º). As elementares, por sua vez, representam a própria figura criminosa em suas característi-
cas constituintes, fundamentais. Assim como as circunstâncias, podem ter caráter objetivo (como a posse ou
a detenção na
apropriação indébita) ou subjetivo (como o exercício da função pública no crime de peculato).”
CP:
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime.
ASSERTIVA II:
ERRADA.
A doutrina NÃO é pacífica em admitir que a circunstância de determinado crime ser delito de mão própria não
impede a coautoria.
Pois, nos crimes de mão própria só pode ser autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma
direta o fato punível.
Luiz Flávio Gomes:
“O crime de mão própria é o crime cuja qualidade exigida do sujeito é tão específica que não se admite coauto-
ria. Para o Min. Felix Fischer, no julgamento do REsp 761354 / PR:
Os crimes de mão própria estão descritos em figuras típicas necessariamente formuladas de tal forma que só
pode ser autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível.
Ainda sobre o crime de mão própria, vale informar que: O Superior Tribunal de Justiça firmou compreensão de
que, apesar do crime de falso testemunho ser de mão própria, pode haver a participação do advogado no seu
cometimento. (HC 30858 / RS, 12/06/2006, Sexta Turma, rel. Min. Paulo Gallotti).”
ASSERTIVA III:
CERTA.
A coautoria é possível nos crimes omissivos, quando o coautor também tem o dever jurídico de não se omitir e,
em vez de agir, ele adere ao dolo do agente e, igualmente, se omite.
Embora haja divergência doutrinária, a banca considerou esta alternativa correta.
Como explica Rogério Sanches Cunha:
“A coautoria em crimes omissivos próprios é objeto de divergência. Para Mirabete, se dois agentes, diante de
situação em que alguém se encontra em perigo, decidem não prestar socorro, embora pudessem fazê-lo sem
risco pessoal, respondem individualmente pela omissão, sem que se caracterize o concurso de pessoas.” (Manual
de Direito Penal, vol. I, p. 233).
Cezar Roberto Bitencourt discorda, argumentando que “O vínculo subjetivo, caracterizador da unidade delitual,
tem o mesmo efeito tanto na ação ativa quanto na passiva. Assim como o comando é comum nos crimes omissi-
vos, a proibição da conduta criminosa é igualmente comum nos crimes comissivos, o que, nem por isso, impede
a coautoria”. (Tratado de Direito Penal, vol. 1, p. 393).
ASSERTIVA IV:
CERTA.

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Questões Comentadas 19

Na ocorrência de colisão entre dois veículos, não há que se falar em coautoria dos dois condutores imprudentes,
pois um não colabora com o outro e, assim, ocorre apenas a concorrência de culpas ou causas.
Ademais, não há coautoria porque os indivíduos não estão ligados subjetivamente, para praticar a conduta que
caracteriza o delito.
E, ocorre apenas a concorrência de culpas ou causas, pois eles contribuíram para a prática da infração culposa-
mente, respondendo pelo ilícito.
Como explica Rogério Sanches Cunha:
“Não há compensação de culpas no Direito Penal. Por outro lado, é possível a concorrência de culpas, que ocorre
se várias pessoas contribuem para a prática da infração culposamente, respondendo todas elas pelo ilícito.
Situação distinta é hipótese de haver culpa concorrente da vítima, o que pode levar a uma atenuação na análise
da pena – primeira etapa, circunstâncias judiciais – , nos termos do artigo 59 do Código Penal.”
“Verifica-se a coautoria nas hipóteses em que dois ou mais indivíduos, ligados subjetivamente, praticam a con-
duta (comissiva ou omissiva) que caracteriza o delito. A coautoria pode ser parcial ou direta. É parcial quando
os diversos autores se dedicam a atos de execução diversos que, reunidos, possibilitam o alcance do resultado
pretendido. É o que ocorre no crime de roubo em que um indivíduo ameaça e subtrai os bens enquanto outro
aguarda no veículo para viabilizar a fuga. Há coautoria direta quando todos os autores do crime executam a
mesma conduta, como no caso dos indivíduos que, ao mesmo tempo, ameaçam e despojam as vítimas de seus
bens.”
ASSERTIVA V:
ERRADA.
No tocante ao domínio funcional do fato, NÃO se pode afirmar que o mesmo deve ser pesquisado na linha de
uma divisão de domínio integral do fato, mas sim, caberia a cada coautor certa fração.
Pois, no domínio funcional do fato, duas ou mais pessoas, partindo de uma decisão conjunta de praticar o fato,
contribuem para a sua realização com um ato relevante de um delito.
PORÉM, NÃO HÁ uma divisão de domínio integral do fato, e, contribuem para a sua realização com um ato rele-
vante de um delito, mas não na sua integralidade.
Rangel Bento Araruna:
Com fulcro na concepção de que o “autor é a figura central” do acontecimento típico, Roxin adota uma ideia
de domínio do fato baseada no tripé formado pelos critérios de domínio da ação, domínio funcional e
domínio da vontade, cada qual correspondendo às formas de autoria, ou seja, autoria direta, coautoria e
autoria mediata, respectivamente.
“se duas ou mais pessoas, partindo de uma decisão conjunta de praticar o fato, contribuem para a sua realiza-
ção com um ato relevante de um delito, elas terão o domínio funcional do fato (funktionale tatherrschaft), que
fará de cada qual coautor do fato como um todo, ocorrendo aqui, como consequência jurídica, o que se chama
de imputação recíproca.” (Greco, 2014, p. 30).

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + É certo que um crime pode ser
praticado por uma ou mais pessoas. Quando isso acontece, está-se diante da hipótese de
concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes. Nesse caso,
a) ainda que algum dos concorrentes tenha querido participar de crime menos grave,
ser-lhe-á, obrigatoriamente, aplicada a pena idêntica do crime praticado pelo seu
comparsa, ante a adoção pelo Código Penal da teoria monista.
b) em hipótese alguma se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pes-
soal na coautoria.

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c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são sempre puníveis, ainda que o


crime não venha a ser tentado.
d) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto
a um terço.
e) os crimes plurissubjetivos não admitem a coautoria e a participação.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo o art. 29, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
d) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto
a um terço.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo art. 29, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
A participação pode ser dividida em:
-Participação muito importante: o agente responde pelo crime sem diminuição da pena.
-Participação de menor importância: o agente responde pelo crime com pena diminuída.
-Participação inócua: o agente não é punido por falta de relevância causal da colaboração.
A alternativa traduz a literalidade do art. 29, § 1º, do Código Penal:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
O professor Rogério Greco fundamenta que esse parágrafo, só terá aplicação nos casos de participação -
instigação e cumplicidade -, não se aplicando, assim, às hipóteses de coautoria.
Uma forma muito didática de dirimir quaisquer dúvidas a respeito do tema é por meio de um exemplo.
Considere que Saulo, amigo de Marcos o informa que em determinada rua há uma casa, e que seus moradores
não estão presentes, pois estão de férias, e o instiga a praticar o furto nessa residência, e assim Marcos em
determinado horário pratica o crime. Contudo, Saulo apenas fez surgir a ideia (instigou) do furto, não parti-
cipando ativamente do ato.
Nessa situação hipotética, Saulo por sua participação de menor importância poderá ter sua pena diminuída
de um sexto a um terço.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Quando dois agentes, embo-
ra convergindo suas condutas para a prática de determinado fato criminoso, não atuam
unidos pelo liame subjetivo, tem-se autoria
a) sucessiva.
b) voluntária.
c) colateral.
d) desconhecida.
e) incerta.
GABARITO: C.

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Questões Comentadas 21

SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito C de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
c) colateral.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito C de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
Com efeito, quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática de determinado fato crimi-
noso, não atuam unidos pelo liame subjetivo, tem-se autoria COLATERAL.
A autoria colateral não se confunde com a coautoria. Na autoria colateral, os agentes não agem mediante
combinação, cada um responde pelos seus atos e resultados; o resultado não é comum para todos. Ex.: André e
Bruno chegam para matar Carlos, sem ter combinado e saber um do outro; André atira e acerta no pé
da vítima (responde por tentativa de homicídio), enquanto Bruno acertou no coração (responde pelo homicídio).
Na coautoria, por outro lado, há liame subjetivo, o que faz o produto final ser comum para os agentes; ambos
respondem pelo resultado.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou Clécius Almeida induz o adoles-
cente Carlos Sátiro, de dezessete anos de idade, a praticar o delito de roubo tendo como
vítima a senhora Sandra Costa. Para convencer Carlos, Clécius lhe disse ser conhecido da
vitima, por isto não poderia participar diretamente do crime, contudo permaneceria por
perto, sem ser visto, e lhe daria cobertura no caso de um eventual problema. Diante dis-
to, Carlos acaba por roubar o relógio e o dinheiro da senhora Sandra. No caso proposto,
Clécius responde pelo resultado na condição de:
a) coautor moral.
b) participe moral.
c) participe material.
d) autor mediato.
e) coautor.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
d) autor mediato.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
No Direito Penal, o conceito de autor pode ser:
-Extensivo: considera que todos aqueles que concorrem para o crime são autores. Não há diferenciação entre
autoria e participação.
-Restritivo: esse foi o conceito adotado pelo Código Penal. Autor é aquele que pratica o verbo do tipo penal
(teoria objetivo-formal) ou aquele que detém o domínio final do fato (teoria do domínio final do fato). Todos os
demais, que prestarem alguma colaboração, serão considerados partícipes. A punição ocorrerá “na medida da
culpabilidade” de cada um.

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No Brasil, considera-se adotada a teoria do domínio final do fato nos crimes em que for configurada a autoria
mediata.
Existem três hipóteses em que pode haver autoria mediata:
1.Autoria mediata por erro do executor: aquele que pratica a conduta é induzido a erro pelo mandante do crime.
2.Autoria mediata por coação do executor: nesse caso, há coação moral do executor, que tem sua culpabili-
dade afastada.
3. Autoria mediata por imputabilidade do executor: nesse caso, o autor mediato se vale de uma pessoa inim-
putável para praticar o crime.
No presente caso, tendo em vista que Clécius induziu Carlos a praticar o crime, menor de 18 anos de idade, inim-
putável para efeitos penais, está-se diante de autoria mediata. Vejamos o art. 27 do Código penal:
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Assinale a alternativa correta
acerca do concurso de pessoas.
a) De acordo com a teoria pluralística, há um crime para os autores, que realizam a con-
duta típica emoldurada no ordenamento positivo, e outro crime para os partícipes,
que desenvolvem uma atividade secundária.
b) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis ainda que o crime
não tenha sido tentado.
c) O CP adotou, como regra, a teoria dualística.
d) Segundo a teoria monista ou unitária, a cada participante corresponde uma conduta
própria, um elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular.
e) São requisitos do concurso de pessoas a pluralidade de participantes e de condutas,
a relevância causal de cada conduta, o vínculo subjetivo entre os participantes e a
identidade de infração penal.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
e) São requisitos do concurso de pessoas a pluralidade de participantes e de condutas,
a relevância causal de cada conduta, o vínculo subjetivo entre os participantes e a
identidade de infração penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito E de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
O concurso de pessoas é regido pelos arts. 29 a 31, do Código Penal, e possui quatro requisitos.
A pluralidade de agentes e condutas prevê a existência de diversos agentes, pois seria impossível caracterizar
concurso de pessoas em crimes praticados por uma só pessoa.
A relevância causal das condutas prevê que cada uma das condutas tenha relevância causal, pois se algum
agente praticar uma ação que não tenha relevância, não haverá o concurso de agentes.

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Questões Comentadas 23

O liame subjetivo significa que os agentes devem ter um vínculo psicológico entre eles, para a prática do
mesmo crime.
Por fim, a identidade de infração penal prevê que, para configurar o concurso de pessoas, os agentes devem
praticar a mesma infração penal, devem contribuir para o mesmo evento.
Logo, a alternativa elenca corretamente os quatro requisitos para o concurso de pessoas.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou + Sobre o tema concurso de
agentes, é correto afirmar que:
a) se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena deste lhe será
aplicada, com o aumento de metade na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave;
b) não se exige homogeneidade de elemento subjetivo no concurso de pessoas, admi-
tindo-se participação culposa em crime doloso.
c) na teoria da acessoriedade limitada, somente haverá a punição do partícipe se o autor
houver praticado uma conduta que seja típica, ilícita e culpável;
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo quando
elementares do crime;
e) em regra, aquele que instiga terceira pessoa à prática de um crime, por este responde,
ainda que o instigado não tenha iniciado a execução do delito;
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com o art. 29, §, do Código Penal Brasileiro.
a) se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena deste lhe será
aplicada, com o aumento de metade na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com o art. 29, §2º, do Código Penal Brasileiro.
Trata-se da chamada cooperação dolosamente distinta, prevista pelo art. 29, §2º, do Código Penal.
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
(...)
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

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PRESCRIÇÃO PENAL

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PRESCRIÇÃO PENAL
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
É prudente conjugar o artigo 109 com o 115 do Código Penal, eis que este traz uma regra
especial de contagem. Na espécie, em duas situações específicas a prescrição poderá ser
contada pela metade.
Certo ( ) Errado ( )
2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a seis;
Certo ( ) Errado ( )
5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição superveniente está prevista no artigo 110, parágrafo 1º, do Código Penal. Nestes
termos, essa modalidade de prescrição se regulará pela pena aplicada, após a ocorrência do
trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação.
Certo ( ) Errado ( )
6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição antecipada, também chamada virtual, hipotética, projetada ou em perspectiva,
não é prevista na lei de forma expressa, tratando-se, pois, de uma criação jurisprudencial e
doutrinária.
Certo ( ) Errado ( )
7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito.
Certo ( ) Errado ( )
8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )

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PRESCRIÇÃO PENAL 3

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado no
prazo de 15 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )
10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Sendo o agente menor de 18 anos na data do fato ou maior de 70 por ocasião da sentença, a
prescrição será contada pela metade do prazo previsto no art. 109 do CP.
Certo ( ) Errado ( )
11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.
d) Às vezes / prescrição.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A segunda modalidade de prescrição (prescrição da pretensão punitiva) se subdivide em outras.
Assim, assinale abaixo a alternativa que não é considerada um ramo da prescrição da preten-
são punitiva?
a) Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato própria.
b) Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente.

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c) Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa.


d) Prescrição da Pretensão Punitiva Abstrato imprópria.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. Os prazos da prescrição são previstos no artigo _____do Código
Penal.

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QUESTÕES COMENTADAS 5

a) 108.
b) 107.
c) 109.
d) 110.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A segunda modalidade de prescrição (prescrição da pretensão punitiva) se subdivide em
quantas?
a) Três.
b) Quatro.
c) Cinco.
d) Duas.

GABARITO
1. Certo 6. Certo 11. A 16. C

2. Certo 7. Certo 12. C 17. D

3. Certo 8. Errado 13. D 18. B

4. Errado 9. Errado 14. D 19. C

5. Errado 10. Errado 15. C 20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
É prudente conjugar o artigo 109 com o 115 do Código Penal, eis que este traz uma regra
especial de contagem. Na espécie, em duas situações específicas a prescrição poderá ser
contada pela metade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
É prudente com jugar o artigo 109 com o 115 do Código Penal, eis que este traz uma regra
especial de contagem. Na espécie, em duas situações específicas a prescrição poderá ser
contada pela metade. Redução dos prazos de prescrição. Veja abaixo o art. 115 do CP:
“São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do
crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta)
anos.”

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2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Em síntese, sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para
aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente
neste prazo, operar-se-á a prescrição.

3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).

4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a seis;
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do
art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não
excede a quatro, nos termos do art.109, IV, CP.

5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição superveniente está prevista no artigo 110, parágrafo 1º, do Código Penal. Nestes
termos, essa modalidade de prescrição se regulará pela pena aplicada, após a ocorrência do
trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição retroativa está prevista no artigo 110, parágrafo 1º, do Código Penal. Nestes
termos, essa modalidade de prescrição se regulará pela pena aplicada, após a ocorrência
do trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação.

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QUESTÕES COMENTADAS 7

Já a prescrição superveniente ou intercorrente se dá a partir da quantidade de pena


efetivamente aplicada quando transitada em julgado a sentença para a acusação. Porém,
sua contagem se dá para frente.

6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição antecipada, também chamada virtual, hipotética, projetada ou em perspectiva,
não é prevista na lei de forma expressa, tratando-se, pois, de uma criação jurisprudencial e
doutrinária.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
A prescrição antecipada, também chamada virtual, hipotética, projetada ou em perspec-
tiva, não é prevista na lei de forma expressa, tratando-se, pois, de uma criação jurispru-
dencial e doutrinária.

7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1° do
art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e
não excede a oito, nos termos do art.109, III, CP.

8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado no
prazo de 15 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.

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8

SOLUÇÃO
Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado
no prazo de 12 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição.

10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sendo o agente menor de 18 anos na data do fato ou maior de 70 por ocasião da sentença, a
prescrição será contada pela metade do prazo previsto no art. 109 do CP.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Sendo o agente menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 por ocasião da sentença,
a prescrição será contada pela metade do prazo previsto no art. 109 do CP.

11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
GABARITO: A.
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.

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QUESTÕES COMENTADAS 9

d) Às vezes / prescrição.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a
sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste
prazo, operar-se-á a prescrição.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.
Assim, a alternativa que trata sobre crimes preconceituosos está errada, pois não é con-
siderado imprescritível o crime contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A segunda modalidade de prescrição (prescrição da pretensão punitiva) se subdivide em outras.
Assim, assinale abaixo a alternativa que não é considerada um ramo da prescrição da preten-
são punitiva?
a) Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato própria.
b) Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente.
c) Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa.
d) Prescrição da Pretensão Punitiva Abstrato imprópria.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.

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10

A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado


da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO

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QUESTÕES COMENTADAS 11

A: Errado. XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,


civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
B: Errado. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento;
e) cruéis.
C: Certo. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão, nos termos da lei.
D: Errado. XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Errado. É a omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no trans-
curso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como
regra do conhecimento da autoria da infração (an. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP).
B: Certo. A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.

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12

C: Errado. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que
já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na
condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP).
Suas hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.
D: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. Os prazos da prescrição são previstos no artigo _____do Código
Penal.
a) 108.
b) 107.
c) 109.
d) 110.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
A: Errado. Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento
constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes cone-
xos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação
da pena resultante da conexão.
B: Errado. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia,
graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como cri-
minoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente,
nos casos em que a lei a admite; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
C: Certo. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em vinte anos, se o máximo da pena é
superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não
excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede
a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
D: Errado. Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais
se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)

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QUESTÕES COMENTADAS 13

A segunda modalidade de prescrição (prescrição da pretensão punitiva) se subdivide em


quantas?
a) Três.
b) Quatro.
c) Cinco.
d) Duas.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

PRESCRIÇÃO PENAL
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Nos termos do art. 119, havendo concurso de crimes, a prescrição de cada fato deve ser ana-
lisada cumulativamente.
Certo ( ) Errado ( )
2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
O curso da prescrição interrompe-se pela pronúncia.
Certo ( ) Errado ( )
5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Se existir causa interruptiva a prescrição terá seu termo do início.
Certo ( ) Errado ( )
6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
O curso da prescrição interrompe-se pelo recebimento da denúncia ou da queixa.
Certo ( ) Errado ( )
7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
O oferecimento da denúncia é considerado um elementar do prazo prescricional.
Certo ( ) Errado ( )
8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )
9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
O curso da prescrição não interrompe-se pela pelo início ou continuação do cumprimento da
pena.
Certo ( ) Errado ( )

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PRESCRIÇÃO PENAL 3

10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição é um instituto de ordem privada, podendo ser reconhecida em qualquer tempo
ou grau de jurisdição.
Certo ( ) Errado ( )
11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.
d) Às vezes / prescrição.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo o dispositivo legal que corresponde as causas interruptivas da prescrição.
a) 117.
b) 107.
c) 109.
d) 110

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4

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a assertiva que não corresponde a uma causa interruptiva da prescrição.
a) Publicação da sentença ou acórdão condenatórios irrecorríveis.
b) Início ou continuação do cumprimento da pena.
c) Decisão confirmatória da pronúncia.

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QUESTÕES COMENTADAS 5

d) Reincidência.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na perda
do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do tempo (popu-
larmente, utiliza-se a expressão “____________”).
a) cessou.
b) decadenciou.
c) caducou.
d) terminou.

GABARITO
1. Errado 6. Certo 11. A 16. C

2. Certo 7. Errado 12. C 17. D

3. Certo 8. Errado 13. D 18. B

4. Certo 9. Errado 14. A 19. A

5. Certo 10. Errado 15. C 20. C

QUESTÕES COMENTADAS
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Nos termos do art. 119, havendo concurso de crimes, a prescrição de cada fato deve ser ana-
lisada cumulativamente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Nos termos do art. 119 do CP, havendo concurso de crimes, a prescrição de cada fato
deve ser analisada isoladamente.

2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO

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6

Em síntese, sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para
aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente
neste prazo, operar-se-á a prescrição.

3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).

4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O curso da prescrição interrompe-se pela pronúncia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
O curso da prescrição interrompe-se pela pronúncia, nos termos do art.117, II, CP. Vejamos
abaixo a redação do dispositivo:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam
objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo
começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Se existir causa interruptiva a prescrição terá seu termo do início.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Aparecendo uma causa interruptiva, a prescrição terá seu termo do início. Assim temos
situações elementares:

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QUESTÕES COMENTADAS 7

a) o recebimento da denúncia;
b) a decisão de pronúncia (aos crimes que seguem o rito do júri);
c) confirmação da decisão de pronúncia; pela publicação da sentença ou acórdão recor-
ríveis (mesmo que o acórdão seja confirmatório – posicionamento do STF);
d) pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
e) pela reincidência.

6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O curso da prescrição interrompe-se pelo recebimento da denúncia ou da queixa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
O curso da prescrição interrompe-se pelo recebimento da denúncia ou da queixa, nos
termos do art.117, I, CP. Vejamos abaixo a redação do dispositivo:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam
objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo
começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O oferecimento da denúncia é considerado um elementar do prazo prescricional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Aparecendo uma causa interruptiva, a prescrição terá seu termo do início. Assim temos
situações elementares:
a) o recebimento da denúncia;
b) a decisão de pronúncia (aos crimes que seguem o rito do júri);

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8

c) confirmação da decisão de pronúncia; pela publicação da sentença ou acórdão recor-


ríveis (mesmo que o acórdão seja confirmatório – posicionamento do STF);
d) pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
e) pela reincidência.

8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O curso da prescrição não interrompe-se pela pelo início ou continuação do cumprimento da
pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
O curso da prescrição interrompe-se pelo início ou continuação do cumprimento da pena,
nos termos do art.117, V, CP. Vejamos abaixo a redação do dispositivo:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam
objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo
começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição é um instituto de ordem privada, podendo ser reconhecida em qualquer tempo
ou grau de jurisdição.
Certo ( ) Errado ( )

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QUESTÕES COMENTADAS 9

GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição é um instituto de ordem pública, podendo ser reconhecida em qualquer
tempo ou grau de jurisdição (art. 61, CPP).

11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.
d) Às vezes / prescrição.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a
sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste
prazo, operar-se-á a prescrição.

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13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.
Assim, a alternativa que trata sobre crimes preconceituosos está errada, pois não é con-
siderado imprescritível o crime contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo o dispositivo legal que corresponde as causas interruptivas da prescrição.
a) 117.
b) 107.
c) 109.
d) 110.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
A: Errado. Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: I - pelo recebimento da de-
núncia ou da queixa; II - pela pronúncia; III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; V - pelo início ou
continuação do cumprimento da pena; VI - pela reincidência.
B: Errado. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia,
graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como cri-
minoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente,
nos casos em que a lei a admite; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
C: Errado. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em vinte anos, se o máximo da pena é
superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não

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QUESTÕES COMENTADAS 11

excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede
a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
D: Certo. Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais
se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1º A prescrição, depois da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
a) Prescrição da Pretensão Punitiva;
b) Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.
GABARITO: C.

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SOLUÇÃO
A: Errado. XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
B: Errado. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento;
e) cruéis.
C: Certo. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão, nos termos da lei.
D: Errado. XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Errado. É a omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no trans-
curso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como
regra do conhecimento da autoria da infração (an. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP).

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QUESTÕES COMENTADAS 13

B: Certo. A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.


C: Errado. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que
já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na
condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP).
Suas hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.
D: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a assertiva que não corresponde a uma causa interruptiva da prescrição.
a) Publicação da sentença ou acórdão condenatórios irrecorríveis.
b) Início ou continuação do cumprimento da pena.
c) Decisão confirmatória da pronúncia.
d) Reincidência.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na perda
do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do tempo (popu-
larmente, utiliza-se a expressão “____________”).
a) cessou.
b) decadenciou.
c) caducou.
d) terminou.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO

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Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na
perda do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do
tempo (popularmente, utiliza-se a expressão “caducou”).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Dentre as causas que interrompem a prescrição, está o oferecimento da denúncia e pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade e a sentença que o conceder não será
considerada para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo
nos casos de reincidência e início ou continuação do cumprimento da pena.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É causa de extinção da punibilidade no roubo o perdão aceito.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O recebimento da denúncia, a pronúncia e a decisão confirmatória da pronúncia são causas
interruptivas da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É causa de extinção da punibilidade nas ações penais privadas o perdão do ofendido, ainda que o
querelado o recuse.

Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O perdão judicial, nos casos previstos em lei, é uma das causas de extinção da punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O perdão do ofendido, no processo ou fora dele, expresso ou tácito, se concedido a qualquer
dos querelados, não pode ser estendido aos demais.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não obsta o prosseguimento da ação, nos crimes em que somente se procede mediante queixa,
o perdão do ofendido.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
São causas de extinção da punibilidade a anistia, graça ou indulto.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Jurandir, Cássio e Helena fazem parte de uma banda musical e foram condenados por ter
cometidos crime de apologia de crime ao comporem diversas músicas contendo, em suas
letras, frases que incentivavam o uso de drogas, além de associação criminosa. Após ocorrer
o trânsito em julgado da sentença, houve grande clamor popular para que se fosse concedido
o indulto, a graça ou a anistia ao grupo.
Sobre esses institutos, levando-se em consideração o caso narrado, o que dispõe a legislação
vigente e o entendimento dos tribunais superiores, é correto afirmar que:
a) pode ser concedido a anistia, desde que seja editada lei pelo Congresso Nacional,
que não terá efeitos sobre novos crimes cometidos após sua edição.
b) pode ser concedida a graça, desde que ocorra por ato do Presidente da República, e
somente poderá ser dada ao grupo, e não individualmente.
c) não pode ser concedida a graça, pois ela só é possível antes do trânsito em julgado
da sentença condenatória.
d) pode ser concedido o indulto, desde que seja editada lei pelo Congresso Nacional e
refira-se ao fato, o que incidirá em todos os casos análogos.
e) pode ser concedido a anistia, desde que ocorra por ato do Presidente da República,
e pode ser dada ao grupo ou somente a um dos indivíduos.

12. . Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Charles, dezenove anos, está sendo investigado em inquérito policial pelo crime de estelio-
nato, com pena prevista de um a cinco anos e multa. Jonas, vinte e oito anos, foi condenado
em sentença, transitada em julgado para a acusação, a três anos e três meses de reclusão por
crime de receptação. Adriana, quarenta e dois anos, foi condenada pelo crime de moeda falsa,
com pena de cinco anos e dois meses de reclusão, em sentença que transitou em julgado,
mas se encontra foragida.
Considerando o caso narrado e as disposições do Código Penal, pode-se afirmar que a
prescrição:
a) da pretensão punitiva de Charles ocorre em doze anos, a contar da consumação do
crime.
b) intercorrente para Jonas ocorre em oito anos, a contar da publicação da sentença
condenatória.

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c) executória para Adriana ocorre em dezesseis anos, a contar do trânsito em julgado


da sentença.
d) da pretensão punitiva de Charles ocorre em oito anos, a contar da abertura do
inquérito.
e) intercorrente para Jonas ocorre em oito anos, a contar do trânsito em julgado para
a acusação.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A morte do autor do crime traz como consequência a extinção da:
a) Tipicidade.
b) Antijuridicidade.
c) Culpabilidade.
d) Punibilidade.
e) Proporcionalidade.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando o disposto na legislação penal brasileira, extingue-se a punibilidade nas seguin-
tes hipóteses:
1. pela morte do agente.
2. pela anistia, graça ou indulto.
3. pelo advento de lei que agrava o fato criminoso.
4. pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“A perda do direito de agir, pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em lei,
provocando a extinção da punibilidade do agente.” O conceito apresentado por Guilherme Souza
Nucci, em sua obra Curso de Direito Processual Penal, corresponde ao instituto da:
a) Renúncia.
b) Preclusão.
c) Prescrição.
d) Punibilidade.
e) Decadência.

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Questões sobre a aula 5

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Decreto-Lei nº 2.848/1940 - Código Penal, sobre as circunstâncias pelas
quais se dá a extinção da punibilidade, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas
e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Pela anistia e o indulto.
( ) Pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
( ) Pela perempção.
( ) Por tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
a) E-E-C-C.
b) C-C-C-C.
c) E-E-E-E.
d) C-C-C-E.
e) E-C-C-E.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-se a punibilidade:
a) pela anistia, mas não pela graça ou indulto.
b) pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal pública.
c) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato criminoso.
d) pela prescrição e decadência, mas não pela perempção.
e) pela retratação do agente, em qualquer delito contra o patrimônio.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É causa de extinção da punibilidade, nos estritos termos do art. 107 do CP:
a) a detração.
b) a absolvição.
c) o perdão, ainda que não aceito pelo ofendido, nos crimes de ação privada.
d) indulto.
e) a remição.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considere as seguintes situações hipotéticas: Reginaldo, com 19 anos de idade, cometeu um
crime de apropriação indébita, com pena prevista de 1 a 4 anos de reclusão e multa; Manoel,
com 22 anos de idade, cometeu crime de desacato contra um policial rodoviário federal, com
pena prevista de 6 meses a 2 anos de detenção; Moisés, com 70 anos de idade, cometeu crime
de contrabando, com pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão. Nos casos acima apontados,
a prescrição da pretensão punitiva estatal, antes do trânsito em julgado da sentença final,
verifica-se, respectivamente, no prazo de:

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6

a) 8 anos, 3 anos e 12 anos.


b) 8 anos, 4 anos e 12 anos.
c) 8 anos, 4 anos e 6 anos.
d) 4 anos, 3 anos e 12 anos.
e) 4 anos, 4 anos e 6 anos.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação a aspectos diversos pertinentes aos prazos prescricionais previstos no CP, assinale
a opção correta.
a) A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando for a única pena co-
minada, ou no mesmo prazo de prescrição da pena privativa de liberdade, se tiver
sido cominada alternativamente.
b) Na hipótese de evasão do condenado, a prescrição da pretensão executória é regulada
pelo total da pena privativa de liberdade imposta.
c) A prescrição é regulada pela pena total imposta nos casos de crimes continuados,
sendo computado o acréscimo decorrente da continuação.
d) Em se tratando de criminoso reincidente, são aumentados em um terço os prazos da
prescrição da pretensão punitiva.
e) Tais prazos serão reduzidos pela metade nas situações em que, ao tempo do crime, o
agente fosse menor de vinte e um anos de idade ou, na data do trânsito em julgado
da sentença condenatória, fosse maior de setenta anos de idade.

GABARITO
1. Errado

2. Certo

3. Certo

4. Errado

5. Certo

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Certo

11. A

12. B

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Questões Comentadas 7

13. D

14. C

15. E

16. D

17. C

18. D

19. E

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Dentre as causas que interrompem a prescrição, está o oferecimento da denúncia e pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 117, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 117, I, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117, I do Código Penal, vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade e a sentença que o conceder não será
considerada para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, IX, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, IX, do Código Penal Brasileiro.

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É o que dispõe os arts. 107, IX, e 120, ambos do Código Penal (CP).
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005
VIII - Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.

3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo
nos casos de reincidência e início ou continuação do cumprimento da pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 117, §1º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 117, §1º, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117, §1º do Código Penal, vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relati-
vamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos
demais a interrupção relativa a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É causa de extinção da punibilidade no roubo o perdão aceito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, V, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA

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Questões Comentadas 9

De acordo com o art. 107, V, do Código Penal Brasileiro.


A questão trata da literalidade do art. 107, V, do Código Penal, vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O recebimento da denúncia, a pronúncia e a decisão confirmatória da pronúncia são causas
interruptivas da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 117, I, II e III, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 117, I, II e III, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117, I, II e III, do Código Penal, vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É causa de extinção da punibilidade nas ações penais privadas o perdão do ofendido, ainda que o
querelado o recuse.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, V, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, V, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 107, V, do Código Penal, vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão ACEITO, nos crimes de ação privada;

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O perdão judicial, nos casos previstos em lei, é uma das causas de extinção da punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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10

De acordo com o art. 107, IX, do Código Penal Brasileiro.


SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, IX, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 107, IX, do Código Penal, vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O perdão do ofendido, no processo ou fora dele, expresso ou tácito, se concedido a qualquer
dos querelados, não pode ser estendido aos demais.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 106, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 106, I, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 106, I do Código Penal, vejamos:
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Não obsta o prosseguimento da ação, nos crimes em que somente se procede mediante queixa,
o perdão do ofendido.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 105 Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 105 Código Penal Brasileiro.
De acordo com o artigo 105 do Código Penal (CP). Senão vejamos:
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prossegui-
mento da ação.

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas de extinção da punibilidade a anistia, graça ou indulto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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Questões Comentadas 11

De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.


SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 107, II, do Código Penal, vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Jurandir, Cássio e Helena fazem parte de uma banda musical e foram condenados por ter
cometidos crime de apologia de crime ao comporem diversas músicas contendo, em suas
letras, frases que incentivavam o uso de drogas, além de associação criminosa. Após ocorrer
o trânsito em julgado da sentença, houve grande clamor popular para que se fosse concedido
o indulto, a graça ou a anistia ao grupo.
Sobre esses institutos, levando-se em consideração o caso narrado, o que dispõe a legislação
vigente e o entendimento dos tribunais superiores, é correto afirmar que:
a) pode ser concedido a anistia, desde que seja editada lei pelo Congresso Nacional,
que não terá efeitos sobre novos crimes cometidos após sua edição.
b) pode ser concedida a graça, desde que ocorra por ato do Presidente da República, e
somente poderá ser dada ao grupo, e não individualmente.
c) não pode ser concedida a graça, pois ela só é possível antes do trânsito em julgado
da sentença condenatória.
d) pode ser concedido o indulto, desde que seja editada lei pelo Congresso Nacional e
refira-se ao fato, o que incidirá em todos os casos análogos.
e) pode ser concedido a anistia, desde que ocorra por ato do Presidente da República,
e pode ser dada ao grupo ou somente a um dos indivíduos.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.

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12

Anistia, graça e indulto estão previstos no art. 107, II do Código Penal como formas de extinção de punibili-
dade. Veja:
Extinção da punibilidade
Art. 107, CP. Extingue-se a punibilidade:
[...]
II - pela anistia, graça ou indulto.
A anistia pode ser concedida pelo Congresso Nacional (o que afasta a letra E), mediante lei que deve se
referir ao fato, e não à pessoa, e terá efeitos retroativos, não atingindo novos crimes cometidos a partir de
sua edição.
B e C: a graça é concedida por ato do Presidente da República, mas é um benefício individual, e não coletivo,
e só pode ser concedida após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
D: o indulto é concedido pelo Presidente da República, e não pelo Congresso Nacional.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Charles, dezenove anos, está sendo investigado em inquérito policial pelo crime de estelio-
nato, com pena prevista de um a cinco anos e multa. Jonas, vinte e oito anos, foi condenado
em sentença, transitada em julgado para a acusação, a três anos e três meses de reclusão por
crime de receptação. Adriana, quarenta e dois anos, foi condenada pelo crime de moeda falsa,
com pena de cinco anos e dois meses de reclusão, em sentença que transitou em julgado,
mas se encontra foragida.
Considerando o caso narrado e as disposições do Código Penal, pode-se afirmar que a
prescrição:
a) da pretensão punitiva de Charles ocorre em doze anos, a contar da consumação do
crime.
b) intercorrente para Jonas ocorre em oito anos, a contar da publicação da sentença
condenatória.
c) executória para Adriana ocorre em dezesseis anos, a contar do trânsito em julgado
da sentença.
d) da pretensão punitiva de Charles ocorre em oito anos, a contar da abertura do
inquérito.
e) intercorrente para Jonas ocorre em oito anos, a contar do trânsito em julgado para
a acusação.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 110, § 1º, do Código de Processo Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 110, § 1º, do Código de Processo Penal Brasileiro.
A prescrição intercorrente ocorre entre o momento da publicação da sentença condenatória (desde que ocorra
o trânsito em julgado para a acusação) e o trânsito em julgado para a defesa. Ou seja, depende do trânsito em

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Questões Comentadas 13

julgado para a acusação. Ademais, ela é regulada com base na pena em concreto. É o que afirma o art. 110, §
1º do CP:
Art. 110, § 1º, CP. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo
inicial data anterior à da denúncia ou queixa
É também o conteúdo da Súmula 146 do STF: “A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na
sentença, quando não há recurso da acusação”.
No caso de Jonas, o prazo é de oito anos, pois é regulado pela pena em concreto prevista na sentença (a pena
de 3 anos e 3 meses está entre 2 e 4 anos, pelo art. 109, IV do CP). Observe:
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
Art. 109, CP. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
[...]
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
E o termo inicial dessa prescrição é a publicação da sentença condenatória recorrível, desde que ocorra o
trânsito em julgado para a acusação (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo:
Método, 2020), o que afasta a letra E.
Nas letras A e D, como ainda não há sequer o processo, a prescrição da pretensão punitiva de Charles, de
acordo com o art. 109, III do CP, seria de doze anos, pois é calculada com base na pena em abstrato. Porém,
por possuir menos de 21 anos na data do crime, a prescrição é reduzida pela metade (art. 115, CP), sendo de
seis anos. E ela é contada a partir da consumação do crime (art. 111, I, CP).
Quanto à letra C, a prescrição executória da pena de Adriana ocorre em doze anos (art. 109, III do CP), NÃO em
oito, pois é calculada com base na pena em concreto (art. 110, caput, CP).

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A morte do autor do crime traz como consequência a extinção da:
a) Tipicidade.
b) Antijuridicidade.
c) Culpabilidade.
d) Punibilidade.
e) Proporcionalidade.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 107, II, do Código Penal, vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;

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14

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando o disposto na legislação penal brasileira, extingue-se a punibilidade nas seguin-
tes hipóteses:
1. pela morte do agente.
2. pela anistia, graça ou indulto.
3. pelo advento de lei que agrava o fato criminoso.
4. pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, I, II, V, do Código de Processo Penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, I, II, V, do Código de Processo Penal.
Veja que a questão trata da Extinção da Punibilidade que está prevista no art. 107 do Código Penal.
O candidato deve saber que a Punibilidade se manifesta no poder/dever que o Estado tem de punir alguém que
comete um fato definido como crime, o qual é chamado de ius puniendi.
No direito penal brasileiro, em regra, todo fato típico, ilícito e praticado por agente culpável é punível, contudo,
existem diversas limitações ao poder de punir do Estado, as quais estão previstas no art. 107 do CP.
Vejamos: “Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.”
Portanto, somente os itens 1, 2 e 4 são causas de extinção da punibilidade.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


“A perda do direito de agir, pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em lei,
provocando a extinção da punibilidade do agente.” O conceito apresentado por Guilherme
Souza Nucci, em sua obra Curso de Direito Processual Penal, corresponde ao instituto da:

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Questões Comentadas 15

a) Renúncia.
b) Preclusão.
c) Prescrição.
d) Punibilidade.
e) Decadência.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
“A decadência é a perda do direito de agir, pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em
lei, provocando a extinção da punibilidade do agente. Na realidade, enquanto a decadência faz perecer o direito
de ação, que, indiretamente, atinge o direito de punir do Estado, já que este não pode prescindir do devido pro-
cesso legal para aplicar sanção penal a alguém, a prescrição, quando ocorre, atinge diretamente o direito de punir
estatal”.
(NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Processual Penal, 17ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 250).

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o Decreto-Lei nº 2.848/1940 - Código Penal, sobre as circunstâncias pelas
quais se dá a extinção da punibilidade, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas
e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Pela anistia e o indulto.
( ) Pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
( ) Pela perempção.
( ) Por tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
a) E-E-C-C.
b) C-C-C-C.
c) E-E-E-E.
d) C-C-C-E.
e) E-C-C-E.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, II, IV e V, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, II, IV e V, do Código Penal Brasileiro.
( C ) Pela anistia e o indulto. CORRETA, em consonância com o art. 107, inciso II, do CP;

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( C ) Pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada. CORRETA, de acordo com o art. 107, inciso V, do CP;
( C ) Pela perempção. CORRETA, pois assim prescreve o art. 107, inciso IV, do CP;
( E ) Por tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
De acordo com o Decreto-Lei nº 2.848/1940 - Código Penal, artigo 107, a extinção da punibilidade se dá pela
anistia e indulto; pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada e pela perempção, conforme cobrado nas três
primeiras afirmativas, já a quarta afirmativa, não é extinção de punibilidade, trata-se de um efeito da condena-
ção penal, previsto no art. 91, do CP.
Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
[...]
Art. 91 - São efeitos da condenação:
I - Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
[...]

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-se a punibilidade:
a) pela anistia, mas não pela graça ou indulto.
b) pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal pública.
c) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato criminoso.
d) pela prescrição e decadência, mas não pela perempção.
e) pela retratação do agente, em qualquer delito contra o patrimônio.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, III, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, III, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p. 118), a
abolitio criminis ocorre quando lei posterior exclui do âmbito do Direito Penal um fato que até então era
considerado criminoso. Assim, se uma conduta era classificada como crime e uma lei posterior excluir essa
tipificação, está caracterizado o instituto. Dessa forma, ocorrerá a extinção de punibilidade:
Extinção da punibilidade
Art. 107, CP. Extingue-se a punibilidade:
[...]

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Questões Comentadas 17

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
Sucedendo essa situação, a lei revogadora retroagirá obrigatoriamente para atingir todos os fatos anteriores,
mesmo se já houver o trânsito em julgado. Entretanto, sobrevivem os efeitos civis de eventual condenação,
como a obrigação de reparar o dano e a constituição de título executivo judicial.
A abolitio criminis está prevista também no art. 2º do Código Penal:
Lei penal no tempo
Art. 2º, CP. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Para que ocorra, a revogação do tipo penal deve ser total. Ademais, para que ocorra a abolitio criminis são
necessários dois requisitos: revogação formal do tipo penal e supressão material do fato criminoso. “Em
outras palavras, não basta a simples revogação do tipo penal. É necessário que o fato outrora incriminado torne-
-se irrelevante perante o ordenamento jurídico” (op. cit. p. 119). Por exemplo, o antigo crime de adultério foi
totalmente revogado, formal e materialmente.
Em adição, não pode ser considerado que houve abolitio criminis quando há somente a revogação formal do tipo
penal, sendo que o fato criminoso passa a ser disciplinado perante dispositivo legal diverso. Ou seja, mate-
rialmente o fato continua sendo crime. Nesses casos, verifica-se a incidência do princípio da continuidade
normativa (ou da continuidade típico-normativa). É o que aconteceu, por exemplo, com o crime de atentado
violento ao pudor (art. 214, CP), que foi formalmente revogado pela Lei nº 12.015/2009, mas foi absorvido pelo
crime de estupro (art. 213, CP).

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


É causa de extinção da punibilidade, nos estritos termos do art. 107 do CP:
a) a detração.
b) a absolvição.
c) o perdão, ainda que não aceito pelo ofendido, nos crimes de ação privada.
d) o indulto.
e) a remição.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 107, II, do Código Penal Brasileiro.
Vejamos o Artigo 107 do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

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18

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;


VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Como visto, o indulto é causa legal de extinção de punibilidade, prevista no Artigo 107, II do CP.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considere as seguintes situações hipotéticas: Reginaldo, com 19 anos de idade, cometeu um
crime de apropriação indébita, com pena prevista de 1 a 4 anos de reclusão e multa; Manoel,
com 22 anos de idade, cometeu crime de desacato contra um policial rodoviário federal, com
pena prevista de 6 meses a 2 anos de detenção; Moisés, com 70 anos de idade, cometeu crime
de contrabando, com pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão. Nos casos acima apontados,
a prescrição da pretensão punitiva estatal, antes do trânsito em julgado da sentença final,
verifica-se, respectivamente, no prazo de:
a) 8 anos, 3 anos e 12 anos.
b) 8 anos, 4 anos e 12 anos.
c) 8 anos, 4 anos e 6 anos.
d) 4 anos, 3 anos e 12 anos.
e) 4 anos, 4 anos e 6 anos.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 109, III, IV, V, do Código De Processo Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 109, III, IV, V, do Código de Processo Penal Brasileiro.
Os prazos encontram-se previstos no art. 109, CP. Após a verificação de cada prazo, deve se ter atenção ao art.
115, CP, o qual reduz pela metade os prazos prescricionais aos que tiverem menos de 21 anos (ao tempo do crime)
e aos que tiverem mais de 70 anos (na data da sentença). Fazendo tal cotejo, temos o seguinte:
- Reginaldo (art. 109, inc. IV) = prescrição seria em 8 anos, mas devemos aplicar o art. 115, CP => prescreve
em 4 anos.
- Manoel (art. 109, inc. V) = prescreve em 4 anos.
- Moisés (art. 109, inc. III) = prescrição seria em 12 anos, mas também deve ser aplicado o art. 115, CP => pres-
creve em 6 anos.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Com relação a aspectos diversos pertinentes aos prazos prescricionais previstos no CP, assinale
a opção correta.
a) A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando for a única pena co-
minada, ou no mesmo prazo de prescrição da pena privativa de liberdade, se tiver
sido cominada alternativamente.

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Questões Comentadas 19

b) Na hipótese de evasão do condenado, a prescrição da pretensão executória é regulada


pelo total da pena privativa de liberdade imposta.
c) A prescrição é regulada pela pena total imposta nos casos de crimes continuados,
sendo computado o acréscimo decorrente da continuação.
d) Em se tratando de criminoso reincidente, são aumentados em um terço os prazos da
prescrição da pretensão punitiva.
e) Tais prazos serão reduzidos pela metade nas situações em que, ao tempo do crime, o
agente fosse menor de vinte e um anos de idade ou, na data do trânsito em julgado
da sentença condenatória, fosse maior de setenta anos de idade.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 114, I e II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 114, I e II, do Código Penal Brasileiro.
A: está correta, sendo que traz a literalidade prevista no art. 114, do Código Penal que dispõe que em casos em
que seja cominada somente a pena de multa, o prazo para que ocorra a prescrição será de 2 (dois) anos, res-
salta-se que esse prazo também será determinado em hipóteses que haja prescrição retroativa. No mais, sendo
cominada de forma alternativa ou cumulativa, como por exemplo, quando imposta junto a uma pena privativa de
liberdade, sua prescrição prosseguirá de acordo com o prazo desta pena estabelecida.
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá:
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou
cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância
agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de
um deles impede a agravação da pena resultante da conexão.
Certo ( ) Errado ( )
2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso é considerada uma
causa extintiva de punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder executivo e
sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas, filosóficas, históricas
etc., concedem perdão a um determinado fato.
Certo ( ) Errado ( )
4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Ressaltamos que os crimes hediondos e equiparados são suscetíveis de graça, anistia e indulto.
Certo ( ) Errado ( )
5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A graça e o indulto não consistem em uma espécie de perdão pelo fato praticado, mas sim
uma diminuição na pena.
Certo ( ) Errado ( )
6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
As causas que extinguem a punibilidade, ou seja, que tiram do Estado o direito de punir,
encontram previsão no art. 107 do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A anistia apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.
Certo ( ) Errado ( )
8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Aqui, estamos diante da nova lei que deixa de considerar determinada conduta como criminosa,
é a conhecida “abolitio criminis”, disposta no art. 2º do CP, que estabelece que ninguém será
punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. Este instituto afasta os efeitos
extrapenais decorrentes da condenação, subsistindo os efeitos extrapenais.
Certo ( ) Errado ( )

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EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE 3

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Extingue-se a punibilidade pela prescrição, decadência ou perempção.
Certo ( ) Errado ( )
10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Considerando que a morte tudo apaga, não há que se falar em manutenção de uma persecução
de um investigado ou réu morto. Assim, com a superveniência da morte do agente, todos os
efeitos penais da sentença serão apagados.
Certo ( ) Errado ( )
11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Qual é o nome do instituto que consiste em numa espécie de perdão pelo fato praticado, é
coletivo, sem destinatário certo e não depende de provocação do interessado?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.
d) Nenhuma das respostas acima.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


São consideradas causas de extinção da punibilidade:
a) morte do agente.
b) anistia, graça ou indulto.
c) prescrição, decadência ou perempção.
d) Todas as alternativas acima.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O artigo 62 do CPP estabelece que o magistrado, durante um processo, somente poderá
decretar a extinção da punibilidade em face da morte, após ___________.
a) A apresentação da certidão de óbito e da manifestação do ministério público.
b) A manifestação do ministério público.
c) A apresentação da certidão de óbito.
d) A manifestação do Ministério Público e do ofendido.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que define que a União, por meio de Lei Penal elaborada formal-
mente pelo poder legislativo e sancionada pelo presidente da república?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.

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d) Nenhuma das respostas acima.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que diz respeito a uma sanção de caráter processual que revela
a desídia do querelante que já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual oca-
sionada pela inércia na condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade?
a) Renúncia do direito de queixa.
b) Anistia.
c) Perdão do ofendido.
d) Perempção.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A graça e o indulto consistem numa espécie de perdão pelo fato praticado. Ambos são
concedidos pelo ____________, via _____________, podendo a atribuição ser delegada
______________________.
a) Presidente da República / decreto presidencial / aos Ministros de Estado, ao Procu-
rador Geral da República ou ao Advogado Geral da União.
b) Presidente da República / decreto presidencial / aos Ministros de Estado.
c) Ministério Público / manifestação nos autos do processo / ao Advogado Geral da
União (AGU).
d) Ministério Público / manifestação nos autos do processo / Procurador Geral da
República.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que versa sobre a omissão da vítima em propor a ação privada,
quedando-se inerte no transcurso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu
direito, contados como regra do conhecimento da autoria da infração?
a) Prescrição.
b) Decadência.
c) Perempção.
d) Renúncia do direito de queixa.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que consiste em numa espécie de perdão pelo fato praticado, é
individual, com destinatário certo e que depende de provocação do interessado?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.
d) Nenhuma das respostas acima.

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QUESTÕES COMENTADAS 5

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que versa sobre ser um instituto de ordem estritamente técnica e
eivado de requisitos particulares, analisaremos sua aplicação num bloco próprio?
a) Prescrição.
b) Decadência.
c) Perempção.
d) Renúncia do direito de queixa.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a assertiva que não corresponde uma casa extintiva de punibilidade.
a) Retroatividade de lei que ainda considera o fato como criminoso.
b) Prescrição, decadência ou perempção.
c) Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
d) Pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

GABARITO
1. Errado 6. Certo 11. B 16. A

2. Certo 7. Certo 12. D 17. B

3. Errado 8. Errado 13. A 18. A

4. Errado 9. Certo 14. C 19. C

5. Errado 10. Errado 15. D 20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância
agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de
um deles impede a agravação da pena resultante da conexão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou cir-
cunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da
punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante
da conexão.

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2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso é considerada uma
causa extintiva de punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder executivo e
sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas, filosóficas, históricas
etc., concedem perdão a um determinado fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder legislativo
e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas, filosóficas,
históricas etc., concedem perdão a um determinado fato.

4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Ressaltamos que os crimes hediondos e equiparados são suscetíveis de graça, anistia e indulto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Ressaltamos que os crimes hediondos e equiparados são insuscetíveis de graça, anistia
e indulto

5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A graça e o indulto não consistem em uma espécie de perdão pelo fato praticado, mas sim
uma diminuição na pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.

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QUESTÕES COMENTADAS 7

SOLUÇÃO
A graça e o indulto, também consistem numa espécie de perdão pelo fato praticado.
Ambos são concedidos pelo Presidente da República, via decreto presidencial, podendo
a atribuição ser delegada aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da República ou
ao Advogado Geral da União (art. 84, XII, CF).

6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


As causas que extinguem a punibilidade, ou seja, que tiram do Estado o direito de punir,
encontram previsão no art. 107 do Código Penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A anistia apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder legislativo
e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas, filosóficas,
históricas etc., concedem perdão a um determinado fato.
O instituto em discussão apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se,
contudo, os efeitos extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.

8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Aqui, estamos diante da nova lei que deixa de considerar determinada conduta como criminosa,
é a conhecida “abolitio criminis”, disposta no art. 2º do CP, que estabelece que ninguém será
punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. Este instituto afasta os efeitos
extrapenais decorrentes da condenação, subsistindo os efeitos extrapenais.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.

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8

SOLUÇÃO
Aqui, estamos diante da nova lei que deixa de considerar determinada conduta como
criminosa, é a conhecida “abolitio criminis”, disposta no art. 2º do CP, que estabelece que
ninguém será punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. Este instituto
afasta os efeitos penais decorrentes da condenação, subsistindo os efeitos extrapenais.

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Extingue-se a punibilidade pela prescrição, decadência ou perempção.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Considerando que a morte tudo apaga, não há que se falar em manutenção de uma persecução
de um investigado ou réu morto. Assim, com a superveniência da morte do agente, todos os
efeitos penais da sentença serão apagados.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
Considerando que a morte tudo apaga, não há que se falar em manutenção de uma
persecução de um investigado ou réu morto. Assim, com a superveniência da morte do
agente, todos os efeitos penais da sentença serão apagados, exceto os efeitos extrape-
nais, cuja obrigação de reparar o dano, por exemplo, pode se estender aos sucessores,
na medida do patrimônio deixado pelo falecido.

11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que consiste em numa espécie de perdão pelo fato praticado, é
coletivo, sem destinatário certo e não depende de provocação do interessado?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.

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QUESTÕES COMENTADAS 9

d) Nenhuma das respostas acima.


GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Errado. A graça consiste numa benesse individual, com destinatário certo, e que de-
pende de provocação do interessado.
B: Certo. O indulto é coletivo, sem destinatário certo e não depende de provocação do
interessado.
C: Errado. Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder
legislativo e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas,
filosóficas, históricas etc., concedem perdão a um determinado fato. O instituto em dis-
cussão apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.
D: Errado. Conforme explicado acima, a questão se refere a anistia, logo, o gabarito
correto é a letra A.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


São consideradas causas de extinção da punibilidade:
a) morte do agente.
b) anistia, graça ou indulto.
c) prescrição, decadência ou perempção.
d) Todas as alternativas acima.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


O artigo 62 do CPP estabelece que o magistrado, durante um processo, somente poderá
decretar a extinção da punibilidade em face da morte, após ___________.
a) A apresentação da certidão de óbito e da manifestação do ministério público.
b) A manifestação do ministério público.

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10

c) A apresentação da certidão de óbito.


d) A manifestação do Ministério Público e do ofendido.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
Atente-se que o CPP, em seu art. 62 estabelece que o magistrado, durante um processo,
somente poderá decretar a extinção da punibilidade em face da morte, após a apresen-
tação da certidão de óbito e da manifestação do Ministério Público.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que define que a União, por meio de Lei Penal elaborada formal-
mente pelo poder legislativo e sancionada pelo presidente da república?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.
d) Nenhuma das respostas acima.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
A: Errado. A graça e o indulto, também consistem numa espécie de perdão pelo fato
praticado. Ambos são concedidos pelo Presidente da República, via decreto presiden-
cial, podendo a atribuição ser delegada aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da
República ou ao Advogado Geral da União (art. 84, XII, CF). Atingem apenas os efeitos
executórios, permanecendo o crime, a condenação e os seus efeitos secundários penais
e extrapenais – vide súmula nº 631, do STJ. Ademais, a graça consiste numa benesse
individual, com destinatário certo, e que depende de provocação do interessado.
B: Errado. A graça e o indulto, também consistem numa espécie de perdão pelo fato
praticado. Ambos são concedidos pelo Presidente da República, via decreto presiden-
cial, podendo a atribuição ser delegada aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da
República ou ao Advogado Geral da União (art. 84, XII, CF). Atingem apenas os efeitos
executórios, permanecendo o crime, a condenação e os seus efeitos secundários penais
e extrapenais – vide súmula nº 31, do STJ. Por fim, o indulto é coletivo, sem destinatário
certo e não depende de provocação do interessado.
C: Certo. Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder
legislativo e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas,
filosóficas, históricas etc., concedem perdão a um determinado fato. O instituto em dis-
cussão apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.
D: Errado. Conforme explicado acima, a questão se refere a anistia, logo, o gabarito
correto é a letra C.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)

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QUESTÕES COMENTADAS 11

Qual é o nome do instituto que diz respeito a uma sanção de caráter processual que revela
a desídia do querelante que já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual oca-
sionada pela inércia na condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade?
a) Renúncia do direito de queixa.
b) Anistia.
c) Perdão do ofendido.
d) Perempção.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.
B: Errado. Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder
legislativo e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas,
filosóficas, históricas etc., concedem perdão a um determinado fato. O instituto em dis-
cussão apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis
C: Errado. Consiste num ato de benevolência. Qualquer motivo pode levar a vítima a não
mais desejar prosseguir com a ação, perdoando o réu.
D: Certo. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que já
exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na con-
dução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP). Suas
hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A graça e o indulto consistem numa espécie de perdão pelo fato praticado. Ambos são
concedidos pelo ____________, via _____________, podendo a atribuição ser delegada
______________________.
a) Presidente da República / decreto presidencial / aos Ministros de Estado, ao Procu-
rador Geral da República ou ao Advogado Geral da União.
b) Presidente da República / decreto presidencial / aos Ministros de Estado.
c) Ministério Público / manifestação nos autos do processo / ao Advogado Geral da
União (AGU).
d) Ministério Público / manifestação nos autos do processo / Procurador Geral da
República.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO

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12

A graça e o indulto consistem numa espécie de perdão pelo fato praticado. Ambos são
concedidos pelo Presidente da República, via decreto presidencial, podendo a atribuição 3
ser delegada aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da República ou ao Advogado
Geral da União (art. 84, XII, CF). Atingem apenas os efeitos executórios, permanecendo o
crime, a condenação e os seus efeitos secundários penais e extrapenais – vide súmula nº
631, do STJ. Apenas em arremate, a graça e o indulto se diferenciam na medida em que
a primeira consiste numa benesse individual, com destinatário certo, e que depende de
provocação do interessado. Já o indulto é coletivo, sem destinatário certo e não depende
de provocação do interessado.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que versa sobre a omissão da vítima em propor a ação privada,
quedando-se inerte no transcurso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu
direito, contados como regra do conhecimento da autoria da infração?
a) Prescrição.
b) Decadência.
c) Perempção.
d) Renúncia do direito de queixa.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Errado. A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
B: Certo. É a omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no trans-
curso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como
regra do conhecimento da autoria da infração (an. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP).
C: Errado. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que
já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na
condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP).
Suas hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.
D: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que consiste em numa espécie de perdão pelo fato praticado, é
individual, com destinatário certo e que depende de provocação do interessado?
a) Graça.
b) Indulto.
c) Anistia.
d) Nenhuma das respostas acima.

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QUESTÕES COMENTADAS 13

GABARITO: A.
SOLUÇÃO
A: Certo. A graça consiste numa benesse individual, com destinatário certo, e que depende
de provocação do interessado.
B: Errado. O indulto é coletivo, sem destinatário certo e não depende de provocação do
interessado.
C: Errado. Na anistia, a União, por meio de Lei Penal elaborada formalmente pelo poder
legislativo e sancionada pelo presidente da república, e baseadas em razões políticas,
filosóficas, históricas etc., concedem perdão a um determinado fato. O instituto em dis-
cussão apaga os efeitos penais primários e secundários, mantendo-se, contudo, os efeitos
extrapenais. Funciona como se fosse uma abolitio criminis.
D: Errado. Conforme explicado acima, a questão se refere a anistia, logo, o gabarito
correto é a letra A.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Qual é o nome do instituto que versa sobre ser um instituto de ordem estritamente técnica e
eivado de requisitos particulares, analisaremos sua aplicação num bloco próprio.
a) Prescrição.
b) Decadência.
c) Perempção.
d) Renúncia do direito de queixa.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Certo. A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
B: Errado. É a omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no trans-
curso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como
regra do conhecimento da autoria da infração (an. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP).
C: Errado. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que
já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na
condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP).
Suas hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.
D: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a assertiva que não corresponde uma casa extintiva de punibilidade:
a) Retroatividade de lei que ainda considera o fato como criminoso;

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14

b) prescrição, decadência ou perempção;


c) renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
d) pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

PRESCRIÇÃO PENAL
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é
regulada pelo tempo que resta da pena.
Certo ( ) Errado ( )
2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a seis;
Certo ( ) Errado ( )
5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a condenação, existe um prazo
para que se dê início à execução.
Certo ( ) Errado ( )
6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição antes da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Certo ( ) Errado ( )
7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito.
Certo ( ) Errado ( )
8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )

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PRESCRIÇÃO PENAL 3

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado no
prazo de 15 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )
10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A prescrição é um instituto de ordem privada, podendo ser reconhecida em qualquer tempo
ou grau de jurisdição.
Certo ( ) Errado ( )
11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.
d) Às vezes / prescrição.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A modalidade de prescrição executória trata da prescrição depois de transitar em julgado.
Assim, assinale abaixo a alternativa que corresponde o dispositivo legal desse instituto.
a) 108.
b) 107.
c) 109.

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4

d) 110.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.

18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. Os prazos da prescrição são previstos no artigo _____do Código
Penal.
a) 108.

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QUESTÕES COMENTADAS 5

b) 107.
c) 109.
d) 110.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na perda
do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do tempo (popu-
larmente, utiliza-se a expressão “____________”).
a) cessou.
b) decadenciou.
c) caducou.
d) terminou.

GABARITO
1. Certo 6. Errado 11. A 16. C

2. Certo 7. Certo 12. C 17. D

3. Certo 8. Errado 13. D 18. B

4. Errado 9. Errado 14. D 19. C

5. Certo 10. Errado 15. C 20. C

QUESTÕES COMENTADAS
1. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)
No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é
regulada pelo tempo que resta da pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Esta forma de contagem do prazo, diz respeito ao preso que foge ou tem o livramento
condicional revogado ante o descumprimento das condições, nos termos do Art.113 do CP:
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional,
a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena.
Para tanto, imagine-se que um preso, condenado a dez anos de reclusão, tenha se evadido
após o cumprimento de seis anos da pena. Nesse contexto, a prescrição da pretensão
executória será regulada pela pena remanescente (quatro anos). Este prazo de quatro

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6

anos deverá ser analisado em conjunto com os prazos dispostos no art. 109 do CP, para
se apurar o tempo que o Estado possui para recapturar este indivíduo.

2. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Em síntese, sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para
aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente
neste prazo, operar-se-á a prescrição.

3. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).

4. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a seis;
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do
art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não
excede a quatro, nos termos do art.109, IV, CP.

5. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a condenação, existe um prazo
para que se dê início à execução.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a condenação, existe um prazo
para que se dê início à execução.

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QUESTÕES COMENTADAS 7

Reconhecida esta espécie de prescrição, não haverá rescisão da sentença, esta perma-
necerá incólume. Contudo, o Estado perderá o direito de executar a pena do cidadão.

6. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição antes da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição antecipada, também chamada virtual, hipotética, projetada ou em perspec-
tiva, não é prevista na lei de forma expressa, tratando-se, pois, de uma criação jurispru-
dencial e doutrinária.

7. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1° do
art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e
não excede a oito, nos termos do art.109, III, CP.

8. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis somente os crimes
de racismo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

9. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado no
prazo de 15 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO

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8

Após a sentença condenatória, o processo não tenha uma decisão transitada em julgado
no prazo de 12 anos, estará extinta a punibilidade em razão do advento da prescrição.

10. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A prescrição é um instituto de ordem privada, podendo ser reconhecida em qualquer tempo
ou grau de jurisdição.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO
A prescrição é um instituto de ordem pública, podendo ser reconhecida em qualquer
tempo ou grau de jurisdição (art. 61, CPP).

11. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A modalidade da prescrição da pretensão punitiva será contabilizada a partir de quando?
a) Trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Sentença condenatória.
c) Esfera Recursal.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
Prescrição da Pretensão Punitiva;
Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

12. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. ___________ que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de
um tempo para aplicar a sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização
do agente neste prazo, operar-se-á a _____________.
a) Sempre / decadência.
b) Às vezes / decadência.
c) Sempre / prescrição.

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QUESTÕES COMENTADAS 9

d) Às vezes / prescrição.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a
sanção ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste
prazo, operar-se-á a prescrição.

13. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que não menciona o crime definidos pela Constituição Federal,
como imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Crimes contra a ordem pública.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.
Assim, a alternativa que trata sobre crimes preconceituosos está errada, pois não é con-
siderado imprescritível o crime contra a ordem pública.

14. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A modalidade de prescrição executória trata da prescrição depois de transitar em julgado.
Assim, assinale abaixo a alternativa que corresponde o dispositivo legal desse instituto.
a) 108.
b) 107.
c) 109.
d) 110.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição: a) Prescrição da Pretensão Punitiva; b) Pres-
crição da Pretensão Executória.
A: Errado. Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento cons-
titutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos,

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a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da


pena resultante da conexão.
B: Errado. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia,
graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como cri-
minoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de
queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente,
nos casos em que a lei a admite; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
C: Errado. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em vinte anos, se o máximo da pena é
superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não
excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede
a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
D: Certo. Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais
se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1º A prescrição, depois da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

15. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Quantas modalidades de prescrição existem?
a) Três.
b) Quatro.
c) Duas.
d) Cinco.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Teremos duas modalidades de prescrição:
Prescrição da Pretensão Punitiva;
Prescrição da Pretensão Executória.
A segunda modalidade apresentada, será contabilizada a partir do trânsito em julgado
da sentença condenatória – este será o marco para sua contagem. Já a prescrição da
pretensão punitiva irá se desdobrar em:
- Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato (própria ou real);
- Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente ou Intercorrente;
- Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa;

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QUESTÕES COMENTADAS 11

- Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual.

16. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


A Constituição Federal, em seu __________ estabelece como imprescritíveis os crimes de
racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem consti-
tucional e o estado democráticos de direito.
a) art. 5º, XLIV.
b) art. 5º, XLVII.
c) art. 5º, XLII.
d) art. 5º, XLI.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
A: Errado. XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
B: Errado. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento;
e) cruéis.
C: Certo. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão, nos termos da lei.
D: Errado. XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais.

17. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Assinale abaixo a alternativa que menciona o crime definidos pela Constituição Federal, como
imprescritíveis.
a) Os crimes de racismo.
b) Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares.
c) Crimes contra a ordem constitucional e o estado democráticos de direito.
d) Todas as alternativas acima.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO
A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado. No jargão popular, utiliza-se
o termo “caducou” (apenas uma analogia).
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XLII estabelece como imprescritíveis os crimes
de racismo e aqueles praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democráticos de direito.

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18. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Sempre que ocorre um determinado fato, o Estado dispõe de um tempo para aplicar a sanção
ao agente. Caso o estado não honre com a responsabilização do agente neste prazo, operar-
-se-á a _______________.
a) decadência.
b) prescrição.
c) perempção.
d) renúncia do direito de queixa.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO
A: Errado. É a omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no trans-
curso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como
regra do conhecimento da autoria da infração (an. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP).
B: Certo. A prescrição consiste na perda do direito de punir pelo Estado.
C: Errado. É uma sanção de caráter processual que revela a desídia do querelante que
já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na
condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP).
Suas hipóteses de ocorrência estão disciplinadas no art. 60 do CPP.
D: Errado. Opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado
o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido, já que a vítima é
movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer
a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando
ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.

19. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Complete a lacuna a seguir. Os prazos da prescrição são previstos no artigo _____do Código
Penal.
a) 108.
b) 107.
c) 109.
d) 110.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
A: Errado. Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento
constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes cone-
xos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação
da pena resultante da conexão.
B: Errado. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anis-
tia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como

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QUESTÕES COMENTADAS 13

criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de


queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente,
nos casos em que a lei a admite; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
C: Certo. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em vinte anos, se o máximo da pena é
superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não
excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede
a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
D: Errado. Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais
se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1º A prescrição, depois da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

20. ( QUESTÃO INÉDITA – 2021)


Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na perda
do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do tempo (popu-
larmente, utiliza-se a expressão “____________”).
a) cessou.
b) decadenciou.
c) caducou.
d) terminou.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO
Como visto, a prescrição é uma das causas extintivas da punibilidade, que consiste na
perda do direito do Estado punir um determinado indivíduo em razão do decurso do
tempo (popularmente, utiliza-se a expressão “caducou”).

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos
na data do fato.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados
pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou
o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Em relação ao Paulo, o prazo prescricional será reduzido à metade.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A prescrição da pretensão punitiva não corre enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Os prazos prescricionais serão reduzidos pela metade nas situações em que, ao tempo do
crime, o agente fosse menor de vinte e um anos de idade ou, na data do trânsito em julgado
da sentença condenatória, fosse maior de setenta anos de idade.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Em se tratando de “posse de droga para consumo pessoal”, previsto no artigo 28, da Lei nº
11.343/2006, os lapsos prescricionais tanto da pretensão punitiva quanto da executória são
de 2 (dois) anos, reduzidos da metade se o agente, ao tempo do crime, era menor de 21 (vinte
e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
É causa impeditiva da prescrição o recebimento da denúncia ou da queixa.

Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Os prazos prescricionais são reduzidos pela metade quando o criminoso era, ao tempo do
crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A redução do prazo prescricional prevista no art. 115 do Código Penal é aplicável apenas quando
o réu atingir 70 (setenta) anos até a sentença de primeiro grau.

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QUEsTÕEs sOBRE A AULA 3

Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos
na data do fato.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto o con-
denado estiver preso por outro motivo.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Francisco, por estar em lugar incerto e não sabido, após ser denunciado pelo Ministério Público,
foi citado por edital. No referido processo criminal, atribui-se a ele a prática de um crime
doloso, cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão.
Considerando essa situação e o entendimento jurisprudencial e doutrinário, assinale a opção
correta.
a) O juiz poderá, fundamentadamente, determinar a produção antecipada de provas,
mesmo sem a presença do réu.
b) Se Francisco estiver preso na mesma unidade da Federação, a citação por edital
realizada continuará válida.
c) Se for levada aos autos a informação de que Francisco está em país estrangeiro, o juiz
determinará a citação por carta rogatória, sendo reestabelecida a fluência do prazo
prescricional a partir da expedição da ordem.
d) De acordo com o entendimento do STJ, a suspensão do prazo prescricional não poderá
ultrapassar quatro anos, que é a pena máxima do delito em razão do qual Francisco
foi denunciado.
e) Caso Francisco constitua defensor, ficarão suspensos o processo e o prazo prescricional.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


NÃO é causa de suspensão da prescrição:
a) a suspensão condicional do processo.
b) a instauração de incidente de insanidade mental.
c) o não comparecimento do réu citado por edital que não constituiu advogado.
d) o não lançamento definitivo do débito nos crimes tributários, segundo entendimento
do Supremo Tribunal Federal.
e) o tempo de prisão do condenado por outro motivo.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia-noite da sexta-feira,
do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após violar o túmulo no qual, pela manhã,

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o corpo de uma mulher de 50 anos havia sido sepultado, manteve com o cadáver conjunção
carnal e coito anal. Para provar ter cumprido a tarefa, Mévio filmou todos os atos, tendo
enviado o vídeo ao grupo de WhatsApp, criado exclusivamente para o compartilhamento
dos desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo, mexendo no
celular do filho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a Autoridade Policial, tendo fornecido
as imagens, bem como todas as conversas do grupo, desde o início. Encerrada a investigação,
o Ministério Público denuncia Mévio e Tício pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio, pelos
atos praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a Mévio,
tendo-o instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e, encerrada a instrução,
Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados pelo crime de vilipêndio a cadáver.
Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão. Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão.
A sentença condenatória transitou em julgado para a acusação. Diante da situação hipotética
e, levando em conta o Código Penal, a alternativa correta é:
a) Em vista da condenação, em concurso de agentes, a punição de Mévio e Tício haveria
de ser idêntica, em respeito à teoria unitária, adotada pelo Código Penal.
b) Em havendo concurso de agentes, em respeito à natureza da acessoriedade da parti-
cipação, a extinção da punibilidade do autor do crime impede a punição do partícipe.
c) A punibilidade de Tício está extinta, por força da prescrição, já que transcorreu pe-
ríodo superior a dois anos entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença.
d) A punibilidade de Mévio está extinta, por força da prescrição, já que transcorreu pe-
ríodo superior a dois anos entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença.
e) O sujeito passivo, nos crimes contra o sentimento de respeito aos mortos, é o cadáver.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quanto à extinção da punibilidade e ao instituto da prescrição, assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos, a tortura, o tráfico de drogas e o racismo são imprescritíveis.
b) As penas restritivas de direito e a pena de multa prescrevem em dois anos quando
cominadas isolada ou cumulativamente.
c) Após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto
o condenado estiver preso por outro motivo
d) O oferecimento da denúncia interrompe a prescrição; nos casos de crimes conexos
que sejam objeto de um mesmo processo, a interrupção incidirá considerando-se a
pena de cada crime isoladamente.
e) Nos casos de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um crime impede, em
relação ao(s) outro(s), a agravação da pena resultante da conexão.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise as seguintes assertivas a propósito da prescrição da pretensão punitiva:
I. A prescrição é interrompida na data do oferecimento da denúncia ou da queixa.
II. Prescrição retroativa é a perda do direito de punir do Estado, considerando-se a pena
concreta estabelecida pelo juiz, com trânsito em julgado para a acusação, bem como

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levando-se em conta a própria sentença.


III. Prescrição intercorrente (subsequente ou superveniente) é a perda do direito de punir
do Estado, levando-se em consideração pena concreta, com trânsito em julgado para a
acusação, ou improvido seu recurso, cujo lapso temporal para a contagem tem início na
data da sentença e segue até o trânsito em julgado desta para a defesa.
IV. A suspensão condicional do processo, previsto na Lei dos Juizados Especiais, é causa
interruptiva da prescrição da pretensão punitiva.
V. Os prazos para efeito de cálculo da prescrição em relação às penas restritivas de direitos
são reduzidos à metade em relação aos previstos para as penas privativas de liberdade.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) III e IV.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II e III.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando a atual disciplina legal da prescrição, analise as seguintes proposições e assinale
com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Em relação à infração do art. 28 da Lei nº 11.343/06 (posse, para consumo pessoal, de
droga proibida), para a qual não se comina pena privativa de liberdade, o prazo prescricional
é de 02 (dois) anos.
( ) É impossível requerer o arquivamento de inquérito policial com base na prescrição da
pretensão punitiva pela pena em perspectiva.
( ) Diversamente do que ocorre com as circunstâncias que reduzem o prazo prescricional, a
hipótese de aumento se aplica apenas à prescrição que ocorre depois de sentença condena-
tória definitiva.
( ) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade pela prescrição de um deles impede, quanto
aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA:
a) (F) (F) (F) (V).
b) (F) (F) (F) (F).
c) (F) (V) (V) (F).
d) (V) (V) (V) (F).
e) (V) (F) (F) (V).

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta. É causa impeditiva da prescrição:
a) recebimento da denúncia ou da queixa.
b) a pronúncia; a decisão confirmatória da pronúncia.

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c) depois de passada em julgado a sentença condenatória, o lapso temporal em que o


condenado está preso por outro motivo.
d) pela prescrição e decadência, mas não pela perempção.
e) a publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


São causas impeditivas da prescrição, nos estritos termos do art. 116 do CP, exceto:
a) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto não
resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da exis-
tência do crime.
b) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto o agente
cumpre pena no exterior.
c) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto não
cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
d) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre pelo recebimento
da denúncia ou da queixa.
e) Depois de passada em julgado a sentença final, a prescrição não corre na
pendên- cia de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o artigo 115 do Código Penal (CP), os prazos prescricionais são reduzidos de
metade quando o agente:
a) cometeu o crime por motivo de relevante valor social ou moral.
b) cometeu o crime sob coação a qual podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior.
c) por ato voluntário, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia
ou da queixa.
d) era, ao tempo do crime, menor de 18 (dezoito) anos
e) era, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição:
a) da pretensão punitiva não corre enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
b) tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos na
data do fato.
c) tem seu curso interrompido pelo oferecimento da denúncia ou queixa.
d) no concurso de crimes incide sobre a pena somada de todos eles.
e) da pena de multa ocorrerá em 3 anos quando for a única aplicada ou cominada.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 7

GABARITO
1. Errado

2. Certo

3. Certo

4. Errado

5. Certo

6. Errado

7. Certo

8. Errado

9. Errado

10. Certo

11. A

12. B

13. D

14. C

15. E

16. D

17. C

18. A

19. E

20. A

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos
na data do fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está em dissonância com o disposto no art. 115 do CP. São reduzidos em metade, e não em um
terço, o prazo de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos.
Vejamos a redação do dispositivo legal:
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados
pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou
o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Em relação ao Paulo, o prazo prescricional será reduzido à metade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
Em virtude de Paulo ter menos de 21 anos ao tempo do crime, a prescrição é reduzida à metade, nos termos no
art. 115 do Código Penal:
Redução dos prazos de prescrição
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Mas o que se enquadraria em “tempo do crime”?
Há três teorias que buscam definir o TEMPO do crime:
1. Teoria da Ação ou Atividade: o crime é praticado no momento da ação ou omissão, pouco importando
quando se deu o resultado.
2. Teoria do Resultado: o crime é praticado no momento em que o resultado é produzido.
3. Teoria da Ubiquidade ou Mista: o crime é praticado no momento da ação ou omissão, bem como quando é
produzido resultado.
Qual é a teoria adotada pelo direito penal pátrio?
Sobre o assunto, vejamos o artigo 4º do Código Penal:
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 9

Esse dispositivo legal adota o Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, sendo irrelevante o momento do
resultado.
Assim, para ser beneficiado com a redução do art. 115 do Código Penal, o agente deve ter menos de 21 anos no
momento da ação ou omissão. Se, no momento do resultado, o agente tiver mais de 21 anos, ainda assim será
beneficiado, pois, para a Teoria da Atividade o que importa é o momento da ação ou omissão.

3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição da pretensão punitiva não corre enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116, II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 116, II, do Código Penal Brasileiro.
CERTA.
A alternativa está em consonância com o art. 116, inciso II, do Código Penal (CP). Sendo assim, a prescrição da
pretensão punitiva, aquela que ocorre antes de passar em julgado a sentença final, não corre enquanto o agente
cumpre pena no exterior.
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
(...)
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Os prazos prescricionais serão reduzidos pela metade nas situações em que, ao tempo do
crime, o agente fosse menor de vinte e um anos de idade ou, na data do trânsito em julgado
da sentença condenatória, fosse maior de setenta anos de idade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.

SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está incorreta, sendo que a legislação prevê em qualquer caso, seja pretensão punitiva ou exe-
cutória, tratando-se de menores de 21 (vinte e um) anos, à época da prática do crime, ou idosos maiores de
70 (setenta) anos, na data da sentença condenatória que julgará o mérito, os prazos serão reduzidos pela
metade, e não na data do trânsito em julgado, conforme afirma a alternativa, é o que dispõe o art. 115, do Código
Penal.
Institui o Código Penal.
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.

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5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Em se tratando de “posse de droga para consumo pessoal”, previsto no artigo 28, da Lei nº
11.343/2006, os lapsos prescricionais tanto da pretensão punitiva quanto da executória são
de 2 (dois) anos, reduzidos da metade se o agente, ao tempo do crime, era menor de 21 (vinte
e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está em consonância com o disposto nos arts. 30 da Lei nº 11.343/2006 e 115 do CP. Sendo assim,
em se tratando de “posse de droga para consumo pessoal”, previsto no artigo 28, da Lei nº 11.343/2006, os lapsos
prescricionais tanto da pretensão punitiva quanto da executória são de 2 (dois) anos, reduzidos da metade se
o agente, ao tempo do crime, era menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta)
anos.

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


É causa impeditiva da prescrição o recebimento da denúncia ou da queixa.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 117, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 117, I, do CP, o recebimento da denúncia ou da queixa é uma causa interruptiva da pres-
crição, não impeditiva.

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Os prazos prescricionais são reduzidos pela metade quando o criminoso era, ao tempo do
crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
O art. 115 do Código Penal preconiza:
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 11

A primeira hipótese se refere ao maior de 18 anos e menor de 21 ao tempo do crime.


No que tange ao maior de 70 anos é considerado a data sentença.
No entanto, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), existe uma situação em que o conde-
nado será beneficiado pela redução do art. 115
do CP mesmo tendo completado 70 anos após a “sentença” (sentença ou acórdão condenatório): quando o
condenado opõe embargos de declaração contra a sentença/acórdão condenatórios e esses embargos são
conhecidos. Nesse caso, o prazo prescricional será reduzido pela metade se o réu completar 70 anos até a data
do julgamento dos embargos.
(Informativo 822 - STF. 2ª Turma. HC 129696/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016).

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A redução do prazo prescricional prevista no art. 115 do Código Penal é aplicável apenas quando
o réu atingir 70 (setenta) anos até a sentença de primeiro grau.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
A assertiva encontra-se errada, pois afirma que a prescrição será reduzida se o réu completar 70 anos até a
sentença de primeiro grau.
Ocorre que, o STJ possui julgados no sentido de que a redução do prazo prescricional, prevista no art. 115 do
CP, deve ser aplicada quando o réu atingir 70 anos até a primeira decisão condenatória, seja ela sentença
ou acórdão (EREsp 749912/PR, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
10/02/2010, DJe 05/05/2010; STJ. 6ª Turma. HC 316.110/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019).

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos
na data do fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 Código Penal Brasileiro.
ERRADA.
A alternativa está em dissonância com o disposto no art. 115 do CP. São reduzidos em metade, e não em um
terço, o prazo de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos.
Vejamos a redação do dispositivo legal:

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Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto o con-
denado estiver preso por outro motivo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está correta, de acordo com o art. 116, parágrafo único, do CP. Senão vejamos:
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo
em que o condenado está preso por outro motivo.
Portanto, após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto o condenado
estiver preso por outro motivo.

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Francisco, por estar em lugar incerto e não sabido, após ser denunciado pelo Ministério Público,
foi citado por edital. No referido processo criminal, atribui-se a ele a prática de um crime
doloso, cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão.
Considerando essa situação e o entendimento jurisprudencial e doutrinário, assinale a opção
correta.
a) O juiz poderá, fundamentadamente, determinar a produção antecipada de provas,
mesmo sem a presença do réu.
b) Se Francisco estiver preso na mesma unidade da Federação, a citação por edital
realizada continuará válida.
c) Se for levada aos autos a informação de que Francisco está em país estrangeiro, o juiz
determinará a citação por carta rogatória, sendo reestabelecida a fluência do prazo
prescricional a partir da expedição da ordem.
d) De acordo com o entendimento do STJ, a suspensão do prazo prescricional não poderá
ultrapassar quatro anos, que é a pena máxima do delito em razão do qual Francisco
foi denunciado.
e) Caso Francisco constitua defensor, ficarão suspensos o processo e o prazo prescricional.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 366 do Código Penal Brasileiro.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 13

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 366 do Código Penal Brasileiro.
Conforme a lei, nessa situação, o juiz pode determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes.
CPP:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
Súmula nº 455/STJ:
A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concreta-
mente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


NÃO é causa de suspensão da prescrição:
a) a suspensão condicional do processo.
b) a instauração de incidente de insanidade mental.
c) o não comparecimento do réu citado por edital que não constituiu advogado.
d) o não lançamento definitivo do débito nos crimes tributários, segundo entendimento
do Supremo Tribunal Federal.
e) o tempo de prisão do condenado por outro motivo.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 110, § 1º, do Código de Processo Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 110, § 1º, do Código de Processo Penal Brasileiro.
A instauração de incidente de insanidade mental NÃO é causa de suspensão da prescrição. O § 2º, do art. 149 do
CPP, que trata do incidente de insanidade mental, prevê que apenas o processo ficará suspenso, nada dispondo
sobre a suspensão da prescrição (tampouco o art. 116 do CP prevê a instauração de incidente de insanidade
mental como causa impeditiva da prescrição).
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116, CP - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo
em que o condenado está preso por outro motivo.
Art. 149, § 2º, CPP - O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o pro-
cesso, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.

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13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia-noite da sexta-feira,
do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após violar o túmulo no qual, pela manhã,
o corpo de uma mulher de 50 anos havia sido sepultado, manteve com o cadáver conjunção
carnal e coito anal. Para provar ter cumprido a tarefa, Mévio filmou todos os atos, tendo
enviado o vídeo ao grupo de WhatsApp, criado exclusivamente para o compartilhamento
dos desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo, mexendo no
celular do filho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a Autoridade Policial, tendo fornecido
as imagens, bem como todas as conversas do grupo, desde o início. Encerrada a investigação,
o Ministério Público denuncia Mévio e Tício pelo crime de vilipêndio a cadáver. Mévio, pelos
atos praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a Mévio,
tendo-o instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e, encerrada a instrução,
Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados pelo crime de vilipêndio a cadáver.
Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão. Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão.
A sentença condenatória transitou em julgado para a acusação. Diante da situação hipotética
e, levando em conta o Código Penal, a alternativa correta é:
a) Em vista da condenação, em concurso de agentes, a punição de Mévio e Tício haveria
de ser idêntica, em respeito à teoria unitária, adotada pelo Código Penal.
b) Em havendo concurso de agentes, em respeito à natureza da acessoriedade da parti-
cipação, a extinção da punibilidade do autor do crime impede a punição do partícipe.
c) A punibilidade de Tício está extinta, por força da prescrição, já que transcorreu pe-
ríodo superior a dois anos entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença.
d) A punibilidade de Mévio está extinta, por força da prescrição, já que transcorreu pe-
ríodo superior a dois anos entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença.
e) O sujeito passivo, nos crimes contra o sentimento de respeito aos mortos, é o cadáver.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código Penal Brasileiro.
Como a pena de Mérvio pena foi exatamente de 2 anos, então, de acordo com o art. 109, V do CP, a prescrição da
pretensão punitiva retroativa (art. 110, § 1º, CP) o crime cometido por ele ocorre em QUATRO ANOS, assim como
Tício.
Porém, Mérvio tinha 20 anos quando cometeu a infração penal. Nesse caso, segundo o art. 115 do CP, a prescri-
ção para o seu crime deve ser reduzida pela metade.
Redução dos prazos de prescrição
Art. 115, CP. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Portanto, a prescrição, no caso de Mérvio, ocorre em 2 anos (metade de 4). A denúncia foi recebida em 15 de
junho de 2015. Como a sentença ocorreu em 20 de junho de 2017, portanto, 2 anos e 5 dias após o recebimento da
denúncia, ocorreu a prescrição retroativa de Mérvio.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 15

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Quanto à extinção da punibilidade e ao instituto da prescrição, assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos, a tortura, o tráfico de drogas e o racismo são imprescritíveis.
b) As penas restritivas de direito e a pena de multa prescrevem em dois anos quando
cominadas isolada ou cumulativamente.
c) Após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto
o condenado estiver preso por outro motivo.
d) O oferecimento da denúncia interrompe a prescrição; nos casos de crimes conexos
que sejam objeto de um mesmo processo, a interrupção incidirá considerando-se a
pena de cada crime isoladamente.
e) Nos casos de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um crime impede, em
relação ao(s) outro(s), a agravação da pena resultante da conexão.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
A alternativa está correta, de acordo com o art. 116, parágrafo único, do CP. Senão vejamos:
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo
em que o condenado está preso por outro motivo.
Portanto, após a sentença condenatória transitar em julgado, a prescrição não corre enquanto o condenado
estiver preso por outro motivo.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Analise as seguintes assertivas a propósito da prescrição da pretensão punitiva:
I. A prescrição é interrompida na data do oferecimento da denúncia ou da queixa.
II. Prescrição retroativa é a perda do direito de punir do Estado, considerando-se a pena
concreta estabelecida pelo juiz, com trânsito em julgado para a acusação, bem como
levando-se em conta a própria sentença.
III. Prescrição intercorrente (subsequente ou superveniente) é a perda do direito de punir
do Estado, levando-se em consideração pena concreta, com trânsito em julgado para a
acusação, ou improvido seu recurso, cujo lapso temporal para a contagem tem início na
data da sentença e segue até o trânsito em julgado desta para a defesa;
IV. A suspensão condicional do processo, previsto na Lei dos Juizados Especiais, é causa
interruptiva da prescrição da pretensão punitiva;
V. Os prazos para efeito de cálculo da prescrição em relação às penas restritivas de direitos
são reduzidos à metade em relação aos previstos para as penas privativas de liberdade.
Está correto apenas o que se afirma em:

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a) III e IV.
b) II e IV.
c) I e III.
d) II e III.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o Código Penal Brasileiro.
Assertiva I: ERRADA.
Conforme dicção legal do art. 117, I do Código Penal: “O curso da prescrição interrompe-se: I – pelo recebimento
da denúncia ou da queixa” e não pelo seu oferecimento. A interrupção nesse caso se dá com a publicação do
despacho de recebimento da denúncia ou queixa, dispensando-se a publicação do ato judicial na imprensa
oficial, bastando a publicação do ato em cartório. Esse recebimento pode ocorrer ainda em segundo grau de
jurisdição, uma vez que em caso de a denúncia ser rejeitada, a interrupção ocorrerá na data da sessão de
julgamento do Recurso em Sentido Estrito, ou da Apelação (em caso de juizados especiais). É o que se extrai
da Súmula 709 do STF “Salvo quando nula a decisão do primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a
rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela”.
Assertiva II: CERTA.
A prescrição retroativa é espécie de prescrição da pretensão punitiva, uma vez que não há ainda trânsito em
julgado.
Depende, contudo do trânsito em julgado para a acusação, ou seja, tanto pela ausência de interposição de
recurso, tanto pelo seu não provimento.
O seu marco inicial é a partir da publicação da sentença ou acórdão condenatório e será contado “para trás”,
retroagindo até à data do recebimento da denúncia ou queixa, sendo por esse motivo denominado de retroativa.
É o que se extrai inclusive da Súmula nº 146 do STF: “A prescrição da ação penal regula-se pela pena concreti-
zada na sentença, quando não há recurso da acusação”.
A razão de ser utilizada a pena concreta como parâmetro para aferição da prescrição e não a pena em abstrato
se dá em razão do instituto da “non reformatio in pejus”, pois se só houve recurso da defesa ou se o da acusação
foi improvido, não há que se falar em aumento da pena, sendo aquela prevista na sentença ou acórdão não tran-
sitado em julgado a pior situação para o réu, não podendo ser agravada para além daquilo. Importante salientar
que, conforme o art. 110, §1º do Código Penal, não há que se falar em termo inicial anterior à data de recebimento
da denúncia ou queixa, vejamos: “A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para
a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipó-
tese, ter pôr termo inicial data anterior à denúncia ou queixa”.
Assertiva III: CERTA.
A prescrição intercorrente, superveniente ou subsequente é modalidade da prescrição da pretensão punitiva
(quando não há trânsito em julgado para ambas as partes) e se verifica entre a data da publicação da sentença
condenatória recorrível a o trânsito em julgado para a defesa, sendo este o motivo de sua nomenclatura: super-
veniente, ou seja, após a sentença.
Depende do trânsito em julgado para a acusação no que se refere à pena imposta, tanto pela não interposição
de recurso, ou pelo seu não provimento, além disso quando a acusação recorrer sem pleitear o aumento de
pena, por exemplo, questionando o regime inicial de cumprimento de pena, também será possível a ocorrência

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QUEsTÕEs COMENTADAs 17

da prescrição intercorrente, outra situação que ela pode se concretizar é quando a acusação o recurso da acu-
sação visar o aumento da pena, mas ainda com o provimento o prazo prescricional permanecer inalterado, por
exemplo, se a pena do furto foi arbitrada em 1 ano e o Ministério Público recorre para que seja esta elevada para
o patamar de 2 anos, ainda que obtenha êxito, o prazo prescricional permanece sendo de 4 anos.
Assertiva IV: ERRADA.
Conforme o art. 89 da Lei nº 9.099/1995: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido conde-
nado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. Logo,
percebe-se que haverá uma causa suspensiva e não interruptiva como afirma a questão.
Assertiva V: ERRADA.
O art. 115 do Código Penal aduz que: “São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era,
ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.” Ou seja,
não existe essa previsão acerca da redução pela metade das penas restritivas de direitos.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Considerando a atual disciplina legal da prescrição, analise as seguintes proposições e assinale
com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Em relação à infração do art. 28 da Lei nº 11.343/06 (posse, para consumo pessoal, de
droga proibida), para a qual não se comina pena privativa de liberdade, o prazo prescricional
é de 02 (dois) anos.
( ) É impossível requerer o arquivamento de inquérito policial com base na prescrição da
pretensão punitiva pela pena em perspectiva.
( ) Diversamente do que ocorre com as circunstâncias que reduzem o prazo prescricional, a
hipótese de aumento se aplica apenas à prescrição que ocorre depois de sentença condena-
tória definitiva.
( ) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade pela prescrição de um deles impede, quanto
aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA:
a) (F) (F) (F) (V)
b) (F) (F) (F) (F)
c) (F) (V) (V) (F)
d) (V) (V) (V) (F)
e) (V) (F) (F) (V)
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 107, IV, arts. 109, 119 do Código Penal Brasileiro e art. 30 da Lei
de Drogas.
SOLUÇÃO COMPLETA

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De acordo com o art. 107, IV, arts. 109, 119 do Código Penal Brasileiro e art. 30 da Lei
de Drogas.
A questão exige do examinado conhecimento acerca do instituto da prescrição, cujos dispositivos encontram-
-se tanto no código penal (arts. 107, IV, e 109/119), como em legislação esparsas, a exemplo do art. 30, da Lei de
Drogas.
( ) Em relação à infração do art. 28 da Lei nº 11.343/06 (posse, para consumo pessoal, de droga proibida), para a
qual não se comina pena privativa de liberdade, o prazo prescricional é de 02 (dois) anos.
CERTA.
A assertiva está correta, eis que o art. 30, da Lei nº 11.343/06 (Lei de drogas) estabelece o prazo prescricional de
02 anos para imposição e a execução das penas atribuídas ao consumo de drogas
( ) É impossível requerer o arquivamento de inquérito policial com base na prescrição da pretensão
punitiva pela pena em perspectiva.
CERTA.
A assertiva está correta, eis que a Súmula nº 438, do STJ veda a possibilidade da “prescrição virtual”, sendo inad-
missível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética.
( ) Diversamente do que ocorre com as circunstâncias que reduzem o prazo prescricional, a hipótese de
aumento se aplica apenas à prescrição que ocorre depois de sentença condenatória definitiva.
CERTA.
A assertiva está correta porque as circunstâncias que reduzem o prazo prescricional servem tanto para prescri-
ção da pretensão punitiva quanto executória,
conforme art. 115, do CP; enquanto que para o aumento do prazo prescricional, esta só incide para a prescrição
da pretensão executória, conforme Súmula nº 220, STJ.
( ) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade pela prescrição de um deles impede, quanto aos
outros, a agravação da pena resultante da conexão.
ERRADA.
A assertiva está incorreta, porque nos crimes conexos, a extinção da punibilidade pela prescrição de um deles
NÃO impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão, conforme prevê o art. 108, do
Código Penal.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa correta. É causa impeditiva da prescrição:
a) recebimento da denúncia ou da queixa.
b) a pronúncia; a decisão confirmatória da pronúncia.
c) depois de passada em julgado a sentença condenatória, o lapso temporal em que o
condenado está preso por outro motivo.
d) pela prescrição e decadência, mas não pela perempção.
e) a publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.

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QUEsTÕEs COMENTADAs 19

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 116, parágrafo único, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o art. 116, § único do CP, depois de passada em julgado a sentença condenatória, o lapso tempo-
ral em que o condenado está preso por outro motivo tem o condão de impedir o início do prazo prescricional.
Trata-se de uma causa impeditiva de prescrição.
Masson faz o seguinte comentário sobre o tema: “Se o Estado ainda não pode exigir do condenado o cumpri-
mento da pena, porque ele está preso por outro motivo, não seria correto nem justo impossibilitá-lo de exercer,
no futuro, seu direito de punir. Sua omissão não é voluntária, mas compulsória.” (Masson, Cléber, Código Penal
Comentado, 2016, p. 600).
O mesmo autor explica a consequência deste instituto: “Nada obstante o CP fale em “causas impeditivas”, essas
regras se aplicam ao impedimento e à suspensão da prescrição. Impedimento é o acontecimento que obsta
o início do curso da prescrição. Já na suspensão, esse acontecimento desponta durante o trâmite do
prazo prescricional, travando momentaneamente a sua fluência. Superado esse entrave, a prescrição volta
a correr normalmente, nela se computando o período anterior.” (Masson, Cléber, Código Penal Comentado, 2016,
p. 599).

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


São causas impeditivas da prescrição, nos estritos termos do art. 116 do CP, exceto:
a) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto não
resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da exis-
tência do crime.
b) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto o agente
cumpre pena no exterior.
c) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto não
cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
d) Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre pelo recebimento
da denúncia ou da queixa.
e) Depois de passada em julgado a sentença final, a prescrição não corre na
pendên- cia de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores,
quando inadmissíveis.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo o art. 116º do Código Penal Brasileiro.
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

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III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo
em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Como podemos observar a alternativa não se enquadra em nenhuma das causas impeditivas de prescrição.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


De acordo com o artigo 115 do Código Penal (CP), os prazos prescricionais são reduzidos de
metade quando o agente:
a) cometeu o crime por motivo de relevante valor social ou moral.
b) cometeu o crime sob coação a qual podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior.
c) por ato voluntário, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia
ou da queixa.
d) era, ao tempo do crime, menor de 18 (dezoito) anos
e) era, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 115 do Código De Processo Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 115 do Código de Processo Penal Brasileiro.
A questão dispõe sobre o art. 115 do código penal que prevê redução pela metade de prazo prescricional aos
menores de vinte e um anos, ao tempo do crime, e ao maior de setenta, na data da sentença.
“São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao //tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos”
O idoso encontra proteção legal expressa em diversas passagens de nosso ordenamento jurídico, podendo-se
destacar: o art. 226 da Constituição Federal; a Lei nº 10.741/03, denominada de Estatuto do Idoso; e nos arts. 65,
inciso I (circunstâncias atenuantes da pena), e 115 do Código Penal, dispositivo em comento.
O art. 115 do CP tem como marco temporal para redução do prazo prescricional, nos casos de idoso maior de 70
anos, a sentença. Desta forma, a redução ocorre quando o agente é maior de 70 anos na data da sentença.
STF em sua jurisprudência explicitou que o termo sentença deve ser compreendido como a primeira decisão
condenatória, ou seja, a redução deve operar quando o agente completar 70 anos antes da primeira decisão
condenatória, somente. Conforme segue:
“CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA – PRESCRIÇÃO RETROATIVA – 1. Beneficia-se da regra insculpida no art. 115 do
CPC o réu que, na data da sentença, contava com mais de setenta anos de idade, restando o prazo prescricional
reduzido a metade. 2. Verificado que transcorreu prazo superior a quatro anos do fato até o recebimento da denún-
cia, é de se declarar, de ofício, extinta a punibilidade pela“ (AC 2002.70.00.069735-6 – 7ª.T-Rel. Des.Fed.Tadaaqui
Hirose – DJU 06.04.2005).

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20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição:
a) da pretensão punitiva não corre enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
b) tem seu prazo reduzido em um terço quando o criminoso era menor de 21 anos na
data do fato.
c) tem seu curso interrompido pelo oferecimento da denúncia ou queixa.
d) no concurso de crimes incide sobre a pena somada de todos eles.
e) da pena de multa ocorrerá em 3 anos quando for a única aplicada ou cominada.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 116, II, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 116, II, do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está em consonância com o art. 116, inciso II, do Código Penal (CP).
Vejamos a redação do dispositivo legal:
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
(...)
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Portanto, a prescrição da pretensão punitiva, aquela que ocorre antes de passar em julgado a sentença final, não
corre enquanto o agente cumpre pena no exterior. A prescrição da pretensão punitiva é aquela que ocorre antes
do trânsito em julgado para ambas as partes. Ela pode ser: propriamente dita, superveniente e retroativa.
Vale destacar que, resolvida a causa de suspensão, a prescrição volta a correr, considerando o tempo já
decorrido.
Na lição de Rogério Sanches:
“As causas de suspensão estão no art. 116 do Código Penal. Resolvida a causa suspensiva, a prescrição torna a
correr considerando o tempo já decorrido. (...) A segunda causa suspensiva da prescrição da pretensão punitiva
está prevista no inciso II, dispondo a paralisação da prescrição enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
O rol do art. 116 não comporta analogia (que seria, necessariamente, in malam partem, vedada entre nós). Por
outro lado, não podemos
caracterizá-lo como rol taxativo já que há outras causas suspensivas em nosso ordenamento jurídico (...)”.
Salienta-se que, esse dispositivo legal foi alterado pelo Pacote Anticrime (Lei nº 13.964/19). Antes da alteração, o
dispositivo legal previa “enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro”.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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QUESTÕES SOBRE A AULA


Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença que conceder perdão judicial, ainda que extinga punibilidade, será considerada
para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade e a sentença que o conceder não será
considerada para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
No caso de concurso formal de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de
cada um, isoladamente.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
Dentre as causas que interrompem a prescrição, está o oferecimento da denúncia e pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A pena privativa de liberdade é mais grave que as penas restritivas de direitos e a multa, mas
as penas mais leves prescrevem com as mais graves.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A prescrição tem seu curso interrompido pelo oferecimento da denúncia ou queixa.

Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo
nos casos de reincidência e início ou continuação do cumprimento da pena.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A prescrição da pretensão punitiva é interrompida pela reincidência penal.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
A sentença penal que absolve o réu é causa de interrupção da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )

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Questões sobre a aula 3

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O recebimento da denúncia, a pronúncia e a decisão confirmatória da pronúncia são causas
interruptivas da prescrição.
C
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +
No que se refere ao instituto da prescrição e a causas de extinção da punibilidade, assinale a
alternativa correta.
a) Dentre as causas que interrompem a prescrição, estão o início ou a continuação do
cumprimento da pena.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá sempre em dois anos.
c) A sentença que conceder perdão judicial pode ser considerada para efeitos de
reincidência.
d) São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo
da sentença, menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 70 (setenta) anos.
e) A existência de questão prejudicial obrigatória não interfere na contagem do prazo
prescricional.

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A extinção da punibilidade pode ser compreendida como sendo a perda do direito do Estado
de impor sanção penal ao autor de fato típico e ilícito. É possível, assim, encontrar hipóteses
de extinção da punibilidade no Código Penal, bem como nas legislações extravagantes. Acerca
do tema, é correto afirmar:
a) As causas de extinção de punibilidade sempre se comunicam aos coautores e partí-
cipes, em razão de se tratar de matéria de ordem pública.
b) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
c) A anistia, graça ou indulto não são hipóteses de extinção da punibilidade, por serem
atos concedidos pelo chefe do Poder Executivo, e não pelo Judiciário.
d) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos
outros, a agravação da pena resultante da conexão.
e) Na hipótese de abolitio criminis (abolição do crime) permanece a reincidência como
efeito secundário da infração penal.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre a prescrição, é correto afirmar:
a) O prazo prescricional das contravenções penais é diminuído da metade.
b) O prazo da prescrição da pretensão punitiva aumenta de um terço em caso de réu
reincidente.

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c) O menor prazo prescricional do direito brasileiro é de três anos.


d) A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a prescrição.
e) No estupro de vulnerável o termo inicial da prescrição da executória punitiva começa
a correr da data em que a vítima completar dezoito anos.

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Conforme entendimento sumulado, a lei penal mais grave é aplicada ao crime conti-
nuado ou ao crime permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência.
b) Consoante o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva pela pena in abstrato é
regulada pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verifican-
do-se nos prazos previstos no artigo 109, podendo ter por termo inicial data anterior
à da denúncia ou queixa, independentemente do que dispõe o § 1º do artigo 110,
com a redação trazida pela Lei nº 12.234/2010.
c) Tendo em vista que o artigo 117 do Código Penal, nos incisos I, II, III, IV, V e VI, elenca
as causas interruptivas da prescrição, nesses casos, interrompida a prescrição, todo
o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
d) Os princípios que resolvem o conflito aparente de normas são: especialidade, subsi-
diariedade, consunção e alternatividade.
e) Na denominada cooperação dolosamente distinta, se algum dos concorrentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No concurso de crimes, cuidando-se de infrações de espécies diversas cometidos por condutas
distintas, ambas com violência física real, dos institutos legais abaixo em princípio pode-se
postular em favor do imputado:
a) concurso formal heterogêneo.
b) concurso formal impróprio.
c) crime continuado genérico.
d) crime continuado específico.
e) prescrição isoladamente considerada.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Interrompe a prescrição a publicação:
a) da sentença condenatória integralmente anulada em grau de apelação.
b) da sentença absolutória imprópria.
c) do acórdão confirmatório da condenação.

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Questões sobre a aula 5

d) da sentença condenatória, ainda que reformada parcialmente em grau de apelação.


para a redução da pena imposta.
e) da sentença concessiva do perdão judicial.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As causas interruptivas da prescrição têm o objetivo de fazer com que o prazo, a partir delas,
seja novamente reiniciado, o curso da prescrição interrompe-se, conforme a enumeração
contida no Código Penal.
Qual destas situações NÃO é causa interruptiva da prescrição?
a) Pela pronúncia.
b) Pela decisão confirmatória da pronúncia.
c) Pelo recebimento do inquérito ou da denúncia.
d) Pela publicação da sentença ou acórdão condenatório recorrível.
e) Pelo início ou continuação do cumprimento da pena.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição, se interrompe
na data da:
a) entrega dos autos ao escrivão.
b) intimação pessoal do Ministério Público, sem recurso.
c) publicação do acórdão no diário oficial.
d) publicação na sessão de julgamento do recurso.
e) intimação pessoal do Ministério Público e réu.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere ao instituto da prescrição, assinale a opção correta.
a) O Supremo Tribunal Federal entende ser admissível a extinção da punibilidade em
virtude da prescrição da pretensão punitiva com base na previsão da pena que hipo-
teticamente seria aplicada, ou seja, da pena em perspectiva.
b) Não se considera, para fins de aferição da prescrição executória, a redução da pena
decorrente da concessão de indulto.
c) Na hipótese de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sen-
tença, computando-se o acréscimo decorrente da continuação.
d) Anulada a ação penal após a fixação de pena em segundo grau de jurisdição, a pres-
crição regula-se pela pena concretizada no título anulado.
e) O recebimento de denúncia por magistrado absolutamente incompetente não inter-
rompe a prescrição penal.

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20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A interrupção da prescrição:
a) não leva a que comece a correr novamente o prazo a partir do dia em que verificada
a causa interruptiva, no caso de continuação do cumprimento da pena.
b) ocorre com o oferecimento da denúncia ou da queixa, e não com o recebimento.
c) é extensível aos crimes conexos, ainda que objeto de processos distintos, se verificada
em relação a qualquer deles.
d) produz efeitos relativamente a todos os autores do crime quando do início ou conti-
nuação do cumprimento da pena por algum deles.
e) ocorre com a publicação da sentença ou acórdãos absolutórios recorríveis.

GABARITO
1. Errado
Certo
Certo
Errado
Certo
Errado
Certo
Errado
Errado
Certo
A
B
D
C
E
D
C
D
E
A

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Questões Comentadas 7

QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.

1. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença que conceder perdão judicial, ainda que extinga punibilidade, será considerada
para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 120 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 120 do Código Penal Brasileiro (CP):
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.

2. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade e a sentença que o conceder não será
considerada para efeitos de reincidência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com os artigos 107, IX, e 120 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com os artigos 107, IX, e 120 do Código Penal Brasileiro.
É o que dispõe os arts. 107, IX, e 120, ambos do Código Penal (CP).
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005
VIII - Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.

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3. 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No caso de concurso formal de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de
cada um, isoladamente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 119 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 119º do Código Penal Brasileiro.
Conforme a literalidade do art. 119 do CP, vejamos:
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um,
isoladamente.

4. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Dentre as causas que interrompem a prescrição, está o oferecimento da denúncia e pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, I, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117, I do Código Penal, vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

5. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A pena privativa de liberdade é mais grave que as penas restritivas de direitos e a multa, mas
as penas mais leves prescrevem com as mais graves.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 118 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 118 do Código Penal Brasileiro.
É o que dispõe o art. 118 do Código Penal (CP). Senão vejamos:
Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves.

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Questões Comentadas 9

6. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição tem seu curso interrompido pelo oferecimento da denúncia ou queixa.

Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, I, do Código Penal Brasileiro.
A alternativa está em dissonância com o disposto no art. 117, inciso I, do CP. Isto porque, o curso da prescrição se
interrompe pelo RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, e não pelo OFERECIMENTO da denúncia ou da queixa.
Vejamos a redação do dispositivo legal:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

7. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo
nos casos de reincidência e início ou continuação do cumprimento da pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, §1º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, §1º, do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117º, §1º do Código Penal, vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relati-
vamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos
demais a interrupção relativa a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

8. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A prescrição da pretensão punitiva é interrompida pela reincidência penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, VI, do Código Penal Brasileiro.

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10

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, VI, do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do art. 117, inciso VI, do CPB, evidencia-se que “O curso da prescrição se interrompe:
[...] VI - pela reincidência”.
Todavia, apesar de não constar expressamente no Código Penal, trata-se da prescrição da pretensão
executória.
Nesse sentido, vide entendimento do STJ: “2. Ambas as Turmas especializadas em direito penal deste Sodalício
entendem que a reincidência, como reza o art. 117, inciso VI, do Código Penal, interrompe o prazo da prescrição
da pretensão executória do Estado, considerando-se, como marco interruptivo, a data da prática de novo crime,
e não a do seu trânsito em julgado”. STJ-HC 317662/RS, Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 6a T.,DJe
06/05/2015).
De fato, o erro da assertiva reside na afirmação no sentido de que a reincidência penal interrompe a prescrição
da pretensão punitiva.

9. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A sentença penal que absolve o réu é causa de interrupção da prescrição.
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, IV, Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, IV, Código Penal Brasileiro.
As causas interruptivas da prescrição estão previstas no art. 117 do Código Penal.
Conforme se observa, a sentença absolutória não interrompe a prescrição, mas somente a publicação da sen-
tença condenatória, nos termos do art. 117, IV, do CP:
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
(...)
IV - Pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;

10. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


O recebimento da denúncia, a pronúncia e a decisão confirmatória da pronúncia são causas
interruptivas da prescrição.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o art. 117, I, II e III do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o art. 117, I, II e III parágrafo único do Código Penal Brasileiro.
A questão trata da literalidade do art. 117, I, II e III, do Código Penal, vejamos:

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Questões Comentadas 11

Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

11. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere ao instituto da prescrição e a causas de extinção da punibilidade, assinale a
alternativa correta.
a) Dentre as causas que interrompem a prescrição, estão o início ou a continuação do
cumprimento da pena.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá sempre em dois anos.
c) A sentença que conceder perdão judicial pode ser considerada para efeitos de
reincidência.
d) São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo
da sentença, menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 70 (setenta) anos.
e) A existência de questão prejudicial obrigatória não interfere na contagem do prazo
prescricional.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com artigo 117, V, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com artigo 117, V do Código Penal Brasileiro.
A assertiva está correta, pois o início ou a continuação do cumprimento da pena interrompem a prescrição,
conforme artigo 117, V, do CP, senão vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
Neste sentido, a jurisprudência do STJ:
PENAL. PROCESSUAL. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. “HABEAS CORPUS”. RECURSO. 1. SE O ACUSADO ESTEVE PRESO
LEGALMENTE POR UM ÚNICO DIA ISSO JÁ É SUFICIENTE PARA A INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. (CP,
ART. 117,V.) 2. RECURSO CONHECIDO MAS IMPROVIDO.
(STJ - RHC: 4275 RJ 1995/0000688-0, Relator: Ministro EDSON VIDIGAL, Data de Julgamento: 06/12/1995, T5 -
QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 05/02/1996 p. 1408) (grifei)

12. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A extinção da punibilidade pode ser compreendida como sendo a perda do direito do Estado
de impor sanção penal ao autor de fato típico e ilícito. É possível, assim, encontrar hipóteses
de extinção da punibilidade no Código Penal, bem como nas legislações extravagantes. Acerca
do tema, é correto afirmar:

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12

a) As causas de extinção de punibilidade sempre se comunicam aos coautores e partí-


cipes, em razão de se tratar de matéria de ordem pública.
b) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
c) A anistia, graça ou indulto não são hipóteses de extinção da punibilidade, por serem
atos concedidos pelo chefe do Poder Executivo, e não pelo Judiciário.
d) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos
outros, a agravação da pena resultante da conexão.
e) Na hipótese de abolitio criminis (abolição do crime) permanece a reincidência como
efeito secundário da infração penal.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 120 do Código de Processo Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 120 do Código de Processo Penal Brasileiro.
A alternativa reproduz a norma do art. 120 do CP:
A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
Importante ressaltar que o perdão judicial é o instituto através do qual a lei possibilita ao juiz deixar de aplicar
a pena diante da existência de determinadas circunstâncias expressamente previstas no código penal.
A sentença que concede o perdão judicial não produz efeitos de sentença condenatória.

13. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Sobre a prescrição, é correto afirmar:
a) O prazo prescricional das contravenções penais é diminuído da metade.
b) O prazo da prescrição da pretensão punitiva aumenta de um terço em caso de réu
reincidente.
c) O menor prazo prescricional do direito brasileiro é de três anos.
d) A pronúncia e o acórdão confirmatório da pronúncia interrompem a prescrição.
e) No estupro de vulnerável o termo inicial da prescrição da executória punitiva começa
a correr da data em que a vítima completar dezoito anos.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, II, III do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, II, III do Código Penal Brasileiro.
Nos exatos termos do artigo 117, II e III do Código Penal. Abaixo:
“Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:

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Questões Comentadas 13

[...]
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;

14. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Conforme entendimento sumulado, a lei penal mais grave é aplicada ao crime conti-
nuado ou ao crime permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência.
b) Consoante o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva pela pena in abstrato é
regulada pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verifican-
do-se nos prazos previstos no artigo 109, podendo ter por termo inicial data anterior
à da denúncia ou queixa, independentemente do que dispõe o § 1º do artigo 110,
com a redação trazida pela Lei nº 12.234/2010.
c) Tendo em vista que o artigo 117 do Código Penal, nos incisos I, II, III, IV, V e VI, elenca
as causas interruptivas da prescrição, nesses casos, interrompida a prescrição, todo
o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
d) Os princípios que resolvem o conflito aparente de normas são: especialidade, subsi-
diariedade, consunção e alternatividade.
e) Na denominada cooperação dolosamente distinta, se algum dos concorrentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, V, do Código de Processo Penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, V, do Código de Processo Penal.
O enunciado está incorreto, porque NEM TODO o prazo começa a correr novamente do dia da interrupção, pois
em relação ao início ou continuação do cumprimento da pena, disposta no inciso V, há que se observar outra
regra.
No caso de fuga do condenado ou de revogação do livramento condicional, a prescrição será regulada pelo
tempo que resta da pena. Portanto, não podemos computar, para o cálculo prescricional, a pena total do senten-
ciado, mas apenas o tempo restante da pena, nos termos o art. 117, § 2º e art. 113, ambos do CP:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;

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VI - pela reincidência.
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, nova-
mente, do dia da interrupção.
Art. 113, do CP: No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regu-
lada pelo tempo que resta da pena.
Lembre-se que o examinador requer a alternativa incorreta, portanto esse é o gabarito da questão.

15. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No concurso de crimes, cuidando-se de infrações de espécies diversas cometidos por condutas
distintas, ambas com violência física real, dos institutos legais abaixo em princípio pode-se
postular em favor do imputado:
a) concurso formal heterogêneo.
b) concurso formal impróprio.
c) crime continuado genérico.
d) crime continuado específico.
e) prescrição isoladamente considerada.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 119 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 119 do Código Penal Brasileiro.
Segundo o art. 119 do CP, a prescrição deve ser contada separadamente para cada crime que compõe o
concurso:
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isolada-
mente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Nesse sentido, ainda que a dosimetria no caso descrito deva cumular as penas para o efetivo cumprimento (con-
curso material), a prescrição não se baseia no valor somado, mas em cada crime individualmente. Dessa forma,
é possível que um dos crimes prescreva antes do outro.

16. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


Interrompe a prescrição a publicação:
a) da sentença condenatória integralmente anulada em grau de apelação.
b) da sentença absolutória imprópria.
c) do acórdão confirmatório da condenação.
d) da sentença condenatória, ainda que reformada parcialmente em grau de apelação
para a redução da pena imposta.
e) da sentença concessiva do perdão judicial.
GABARITO: D.

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Questões Comentadas 15

SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo o artigo 117, IV, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo o artigo 117, IV, do Código Penal Brasileiro.
O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis, nos
termos do art.117, IV, do CP. Vejamos:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.

17. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


As causas interruptivas da prescrição têm o objetivo de fazer com que o prazo, a partir delas,
seja novamente reiniciado, o curso da prescrição interrompe-se, conforme a enumeração
contida no Código Penal.
Qual destas situações NÃO é causa interruptiva da prescrição?
a) Pela pronúncia.
b) Pela decisão confirmatória da pronúncia.
c) Pelo recebimento do inquérito ou da denúncia.
d) Pela publicação da sentença ou acórdão condenatório recorrível.
e) Pelo início ou continuação do cumprimento da pena.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117 do Código Penal Brasileiro.
Nos termos da doutrina de Fernando Capez, prescrição “perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado em
face do não exercício da pretensão punitiva (interesse em aplicar a pena) ou da pretensão executória (interesse
de executá-la) durante certo tempo.”
Conforme doutrina de Nucci, “prescrição cuida-se da perda do direito de punir do Estado pelo não exercício em
determinado lapso de tempo. Não há mais interesse estatal na repressão do crime, tendo em vista o decurso do
tempo e porque o infrator não reincide, readaptando-se à vida social.”
Ainda de acordo com Nucci, há várias teorias fundamentando a existência da prescrição em diversos ordena-
mentos jurídicos, inclusive no nosso. Podem-se enumerar as seguintes:

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16

a) teoria do esquecimento: baseia-se no fato de que, após o decurso de certo tempo, que varia conforme a
gravidade do delito, a lembrança do crime apaga-se da mente da sociedade, não mais existindo o temor causado
pela sua prática, deixando, pois, de haver motivo para a punição;
b) teoria da expiação moral: funda-se na ideia de que, com o decurso do tempo, o criminoso sofre a expecta-
tiva de ser, a qualquer tempo, descoberto, processado e punido, o que já lhe serve de aflição, sendo desnecessá-
ria a aplicação da pena;
c) teoria da emenda do delinquente: tem por base o fato de que o decurso do tempo traz, por si só, mudança
de comportamento, presumindo-se a sua regeneração e demonstrando a desnecessidade da pena;
d) teoria da dispersão das provas: lastreia-se na ideia de que o decurso do tempo provoca a perda das provas,
tornando quase impossível realizar um julgamento justo muito tempo depois da consumação do delito. Haveria
maior possibilidade de ocorrência de erro judiciário;
e) teoria psicológica: funda-se na ideia de que, com o decurso do tempo, o criminoso altera o seu modo de ser
e de pensar, tornando-se pessoa diversa daquela que cometeu a infração penal, motivando a não aplicação da
pena.
O Código Penal em seu art. 117, disciplinou as causas de interrupção da prescrição, dentre as quais não se
encontra o recebimento de inquérito policial.
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.

18. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou


A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição, se interrompe
na data da:
a) entrega dos autos ao escrivão.
b) intimação pessoal do Ministério Público, sem recurso.
c) publicação do acórdão no diário oficial.
d) publicação na sessão de julgamento do recurso.
e) intimação pessoal do Ministério Público e réu.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo o artigo 117 do Código Penal Brasileiro.

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Questões Comentadas 17

A questão versa sobre a interrupção da prescrição da pretensão punitiva do Estado em segundo grau de
jurisdição.
Segundo o disposto no art. 117 do CP, o curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
As causas interruptivas da prescrição punitiva estão dispostas no artigo 117 do CP. Sobre o tema, tomamos por
emprestada a lição de Rogério Grecco, que colacionamos:
“ao contrário do que ocorre com as causas suspensivas, que permitem a soma do tempo anterior ao fato que deu
causa à suspensão da prescrição, com o tempo posterior, as causas interruptivas têm o condão de fazer com que
o prazo, a partir delas, seja novamente reiniciado, ou seja, após cada causa interruptiva da prescrição deve ser
procedida nova contagem do prazo, desprezando-se, para esse fim, o tempo anterior ao marco interruptivo.”
Embora, o texto do inciso IV do art. 117 preveja que a interrupção do prazo prescricional em segundo grau de
jurisdição ocorra com a publicação do acórdão condenatórios recorrível, o entendimento exarado pelo Supremo
Tribunal Federal no informativo 776 foi no sentido de que em verdade a pretensão da prescrição se inter-
rompe na data da sessão de julgamento do recurso e não na data da publicação do acórdão. Nesse sentido é a
jurisprudência:
Informativo 776 (STF): A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição, se interrompe
na data da sessão de julgamento do recurso e não na data da publicação do acórdão. (STF - 1ª Turma - RHC 125078/
SP, Rel.: Min. Dias Toffoli - D.J.: 03.03.2015).
Pelo tudo exposto, temos que o conteúdo acostado à letra D se amolda ao entendimento jurisprudencial e por esse
motivo é o nosso gabarito.

19. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


No que se refere ao instituto da prescrição, assinale a opção correta.
a) O Supremo Tribunal Federal entende ser admissível a extinção da punibilidade em
virtude da prescrição da pretensão punitiva com base na previsão da pena que hipo-
teticamente seria aplicada, ou seja, da pena em perspectiva.
b) Não se considera, para fins de aferição da prescrição executória, a redução da pena
decorrente da concessão de indulto.
c) Na hipótese de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sen-
tença, computando-se o acréscimo decorrente da continuação.
d) Anulada a ação penal após a fixação de pena em segundo grau de jurisdição, a pres-
crição regula-se pela pena concretizada no título anulado.
e) O recebimento de denúncia por magistrado absolutamente incompetente não inter-
rompe a prescrição penal.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA

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18

De acordo com o artigo 117, I, do Código De Processo Penal Brasileiro.


SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, I, do Código de Processo Penal Brasileiro.
O recebimento de denúncia por magistrado absolutamente incompetente não interrompe a prescrição penal.
Apesar de o inciso I, do art. 117, do Código Penal prever que o recebimento da denúncia ou da queixa interrompe
o curso da prescrição, a doutrina e jurisprudência entendem que a causa não se configura quando o juiz é
absolutamente incompetente.
Nesse sentido, vejamos trecho do Informativo 626 do Supremo Tribunal Federal:
O recebimento da denúncia por magistrado absolutamente incompetente não interrompe a prescrição penal
(CP, art. 117, I). Esse o entendimento da 2ª Turma ao denegar habeas corpus no qual a defesa alegava a consumação
do lapso prescricional intercorrente, que teria acontecido entre o recebimento da denúncia, ainda que por juiz
incompetente, e o decreto de condenação do réu. Na espécie, reputou-se que a prescrição em virtude do interregno
entre os aludidos marcos interruptivos não teria ocorrido, porquanto apenas o posterior acolhimento da peça
acusatória pelo órgão judiciário competente deteria o condão de interrompê-la.
HC 104907/PE, rel. Min. Celso de Mello, 10.5.2011. (HC-104907)

20. Ano: 2021 Banca: ALFACON Órgão: ALFACON Prova: Sou +


A interrupção da prescrição:
a) não leva a que comece a correr novamente o prazo a partir do dia em que verificada
a causa interruptiva, no caso de continuação do cumprimento da pena.
b) ocorre com o oferecimento da denúncia ou da queixa, e não com o recebimento.
c) é extensível aos crimes conexos, ainda que objeto de processos distintos, se verificada
em relação a qualquer deles.
d) produz efeitos relativamente a todos os autores do crime quando do início ou conti-
nuação do cumprimento da pena por algum deles.
e) ocorre com a publicação da sentença ou acórdãos absolutórios recorríveis.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o artigo 117, §2º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o artigo 117, §2º, do Código Penal Brasileiro.
A alternativa trata da exceção à contagem de prazo prescricional previsto no § 2º do art. 117, CP:
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
§ 2º - Interrompida a prescrição, SALVO a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, nova-
mente, do dia da interrupção.

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