Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conteúdo
8
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
9
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
10
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
| |
Norma penal em branco Norma complementadora Sanção
Art. 33, Lei n.º 11.343/06 Portaria n.º 344/98 MS Art. 33, Lei n.º 11.343/06
PRECEITO PRIMÁRIO PRECEITO SECUNDÁRIO
PRECEITO PRIMÁRIO:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
PRECEITO SECUNDÁRIO:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
11
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
publicada nova lei (novatio legis in pejus), que pune com reclusão a mesma
conduta, a ele deverá ser aplicada a lei da época dos fatos (lei revogada), por
lhe traduzir um benefício penal.
Conduto, note-se, a ultratividade e a retroatividade em benefício do réu
vigem apenas na seara penal, mas não na processual penal. As regras de
direito material tendem sempre a beneficiar o réu, o que não ocorre com as
normas processuais, que são aplicáveis imediatamente, tão logo se tornem
vigentes.
Para o processo penal impera o princípio tempus regit actum, e,
portanto, iniciada a vigência de uma lei processual durante o trâmite de um
processo, essa lei tem aplicação imediata, traga benefícios ou prejuízos ao
réu.
13
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
c) teoria da ubiquidade.
Segundo a teoria da atividade, considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão delituosa.
Segundo a teoria do resultado, considera-se praticado o crime no
momento da consumação do crime, sendo irrelevante o momento em que foi
praticada a ação ou omissão delituosa.
Por fim, segundo a teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime
no momento da ação ou omissão delituosa ou no momento da consumação
do crime, ou seja, considera-se como tempo do crime tanto o momento da
conduta como aquele em que ocorre o resultado.
O Código Penal brasileiro adotou, pois, a teoria da atividade, conforme
disposição do seu artigo 4º:
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Por isso, nos crimes permanentes e nos continuados, caso sobrevenha
legislação mais grave para o ofensor (novatio legis in pejus), ela será
perfeitamente aplicável, não havendo que se falar em ultratividade da lei mais
benéfica. Tanto o crime permanente como o crime continuado tem sua
execução prolongada no tempo, ou seja, o momento da ação ou omissão não
é único, mas diferido, e, sobrevindo legislação durante o período em que o
crime (permanente ou continuado) está em atividade, a ele se aplica a nova
legislação, seja ela mais benéfica ou gravosa.
Por derradeiro, quanto à prescrição, é importante mencionar que o
Código Penal não adotou a teoria da atividade, mas sim a do resultado.
Portanto, quando se tratar de prescrição, esta tem início a partir da
consumação do crime, e não a partir da data em que o mesmo foi praticado,
haja visto expressa ressalva legal:
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, começa a correr:
I - do dia em que o crime se consumou;
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade
criminosa;
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a
permanência;
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de
assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou
conhecido.
1.6.1 Territorialidade
14
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
15
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
1.6.3 Extraterritorialidade
16
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Pública, por quem está a seu serviço, ou de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
Em qualquer dos casos de extraterritorialidade incondicionada, a
punição segundo a lei brasileira será efetivada ainda que o agente seja
absolvido ou condenado no estrangeiro.
Por derradeiro, a teor do artigo 7º, parágrafo terceiro, do Código Penal,
também se aplica a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil se, reunidas as condições de aplicabilidade da lei
brasileira nos casos de extraterritorialidade condicionada:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Portanto, para finalizar:
EXTRATERRITORIALIDADE
Crimes cometidos no estrangeiro, mas sujeitos à lei brasileira
CONDICIONADA INCONDICIONADA
Exige o preenchimento de A aplicação da lei brasileira ocorre
determinadas condições (art. 7º, §2º, independentemente da absolvição ou
do CP) condenação no estrangeiro
1) Crimes que por tratado ou 1) Crime contra a vida ou a liberdade
convenção, o Brasil se obrigou a do Presidente da República;
reprimir;
2) Crimes praticados em aeronaves ou 2) Crime o patrimônio ou a fé pública da
embarcações brasileiras, mercantes ou União, do Distrito Federal, de Estado, de
de propriedade privada, quando em Território, de Município, de empresa
território estrangeiro e aí não sejam pública, sociedade de economia mista,
julgados. autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
3) Crimes praticados por brasileiro; 3) Crime contra a administração
pública, por quem está a seu serviço;
4) Crimes praticados por estrangeiro 4) Crime de genocídio, quando o agente
contra brasileiro fora do Brasil, se for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
reunidas as condições (art. 7º, §2º, do
CP): a) não foi pedida ou foi negada a
extradição; b) houve requisição do
Ministro da Justiça.
17
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
18
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Direito Penal, o primeiro determina qual o nível de lesão a esses bens deve
ser passível de punição.
É por isso que condutas que não excedem o âmbito do próprio autor,
sem lesão a bens de terceiros, não são passíveis de punição.
Portanto, se a conduta não possuir certa dose de lesividade, ela não
deve atrair a atenção do Direito Penal.
19
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
20
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
21
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
22
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
23
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
24
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
O objeto do crime pode ser tanto jurídico como material. Não há como
se falar em crime sem se falar em objeto.
Objeto jurídico é aquele resguardado pela lei penal, como a honra, a fé
pública, a vida etc.
Objeto material, por sua vez, é a pessoa ou coisa sobre a qual se
manifesta a conduta delituosa, como a pessoa lesionada ou o bem furtado.
25
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
passivo do crime pode ser a família do de cujus, mas não ele que deixou de
ser sujeito de direitos.
Sempre que ocorre um crime, o Estado é sujeito passivo dele, pois é
dele que emana a legislação violada. O Estado, por ser sempre sujeito passivo
do crime, é chamado de sujeito passivo constante, ou formal.
Já aquele que sofre pontualmente a lesão a um bem jurídico é chamado
de sujeito passivo eventual ou material, como a pessoa que tem um veículo
furtado, por exemplo.
2.4.1 Conduta
26
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
2.4.2 Resultado
27
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
28
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
29
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
30
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
31
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
32
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
33
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
34
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Todo aquele que está a desempenhar um dever legar não comete crime
quando atuar dentro dos limites legais que lhe são impostos no exercício do
seu dever. O artigo 23, inciso III, do Código Penal, dispõe que não há crime
quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento do dever legal.
Os agentes públicos, como os policiais, gozam dessa excludente de
ilicitude, com o que se viabiliza seu exercício profissional. Mas não apenas, já
que também os pais atuam no estrito cumprimento do dever legal quando
impõe limites ordinários aos filhos.
Não há que se falar em estrito cumprimento do dever legal em relação
aos crimes culposos, posto que lei nenhuma obriga ao cometimento de ato
negligente, imprudente ou imperito (MIRABETE, 2006, p. 185).
Assim como ocorre com o estado de necessidade e com a legítima
defesa, pode haver o estrito cumprimento do dever legal putativo, que se
verifica quando o agente acredita na existência de um dever legal inexistente.
Nesse caso, haverá um erro de proibição.
3.5 Ofendículos
35
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
4. Culpabilidade
36
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
4.1.1 Imputabilidade
37
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
38
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
39
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
acredita que sua conduta não seja proibida pela lei, com o que incide em
erro.
A primeira parte do artigo 21 do Código Penal, que dispõe que “o
desconhecimento da lei é inescusável” coloca-se em consonância com o
artigo 3º, da Lei de Introdução do Código Civil, que dispõe que “ninguém se
escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. De fato, o erro sobre
a ilicitude do fato não exclui o crime, porém, se inevitável, isenta de pena, e,
se evitável, pode diminuí-la de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).
Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias,
ter ou atingir essa consciência (art. 21, parágrafo único, do Código Penal).
Portanto, o erro de proibição inevitável exclui a culpabilidade, o que não
ocorre com o erro de proibição evitável, que apenas gera uma redução de
pena.
40
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
5. Concurso de pessoas
41
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
5.1 Autoria
Autor é aquele que pratica o verbo descrito no tipo penal. Por exemplo,
no caso do artigo 121 do Código Penal, que tipifica: “matar alguém”; será
considerado autor aquele que praticar o verbo: matar.
Sobre o conceito de quem seja o autor do crime, 3 (três) são as
principais teorias apresentadas pela doutrina:
a) teoria material-objetiva (ou extensiva);
b) teoria formal-objetiva (ou restritiva); e
c) teoria normativa-objetiva (ou teoria do domínio do fato).
Segundo a teoria material-objetiva, autor do crime não é só quem
realiza o verbo do tipo penal, mas também quem concorre com qualquer
causa para a produção do resultado. Assim, não há que se distinguir entre
autor e partícipe.
Segundo a teoria formal-objetiva, autor do crime é apenas aquele que
realiza o verbo do tipo penal. No entanto, esse conceito não abrange aquele
que comete o crime por intermédio de outrem que não atue com culpabilidade,
confundindo-se as figuras de autor mediato com partícipe (MIRABETE, 2006,
p. 228).
Já segundo a teoria normativa-objetiva, autor é aquele que possui o
domínio final do crime, possuindo poderes, em alguns casos, para interromper
sua execução, inclusive. Para essa teoria, autor é aquele que pode decidir
sobre o verbo do tipo penal, enquanto partícipe é apenas um colaborador, sem
poderes para decisão finalística em relação ao crime.
Conforme orientação da doutrina pátria, a teoria normativa-objetiva
deve ser adotada em complemento à teoria formal-objetiva, tendo esta sido
acolhida pelo Código Penal e sendo com àquela compatível.
5.2 Co-autoria
42
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
5.3 Participação
43
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
44
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
6. Concurso de crimes
45
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
46
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
7. Penas
Por meio das penas atinge-se uma das finalidades do direito penal, que
é repressão ao ilícito, período no qual o agente suportará a privação da
liberdade ou a restrição de direitos. O caráter repressivo da pena incide sobre
o agente, assim como o caráter ressocializador da mesma, que deve propiciar
ao condenado meios de retorno ao convívio social, de forma harmônica.
Há, ainda, outro efeito decorrente da aplicação da pena, este dirigido à
sociedade em geral, que é o efeito preventivo. Quando uma pessoa sofre a
punição pelo ilícito, todas as demais que cogitavam incorrer na mesma prática
serão forçadas a repensar sua conduta, sob pena de sujeitarem-se à mesma
punição.
Praticado o crime, a pena torna-se sua principal consequência. Mas a
pena é apenas uma espécie de sanção criminal, já que também o é a medida
de segurança, abordada em capítulo próprio.
47
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
7.1 Princípios
48
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
49
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
50
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
51
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
52
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
53
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
54
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
55
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
56
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
7.3.2.1 Reincidência
57
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
58
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
k) chamamento nominal;
l) igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da
individualização da pena;
m) audiência especial com o diretor do estabelecimento;
n) representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de
direito;
o) contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita,
da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e
os bons costumes.
p) atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da
responsabilidade da autoridade judiciária competente.
Em contrapartida, são deveres do preso (art. 39, da LEP):
a) comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
b) obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem
deva relacionar-se;
c) urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
d) conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou
de subversão à ordem ou à disciplina;
e) execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
f) submissão à sanção disciplinar imposta;
g) indenização à vitima ou aos seus sucessores;
h) indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas
com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do
trabalho;
i) higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
j) conservação dos objetos de uso pessoal.
8. Medida de segurança
59
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
60
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
a) o anglo-americano;
b) o do probation of first offenders act (adotado pela Lei n.º 9.099/95);
e
c) o franco-belga (adotado pelo Código Penal brasileiro).
Pelo sistema anglo americano, ainda que o juiz reconheça a
culpabilidade do agente, pode suspender o processo.
Pelo sistema do probation of first offenders act, o juiz só pode
suspender o processo em momento que ainda não conheça a culpabilidade
do agente. Esse sistema é adotado pela Lei n.º 9.099/95 (Lei dos Juizados
Especiais).
E pelo sistema franco-belga, adotado pelo Código penal pátrio, o juiz
deve proferir sentença condenatória, fixar a pena e somente então, se
constatar o preenchimento dos requisitos legais, suspender condicionalmente
a pena do agente.
Não impede a concessão do sursis a condenação em crime doloso e
depois em culposo, nem a condenação em crime culposo e depois em doloso,
pois o texto legal é claro ao vedar apenas a concessão para o réu que seja
reincidente em crime doloso. Nesse sentido, também não impede a concessão
do sursis a condenação anterior por contravenção, crime militar próprio ou
crime político.
Outras situações que, uma vez concedidas em relação ao crime
anterior, não impedem a concessão do sursis são: o perdão judicial, a anistia,
a abolitio criminis, ou qualquer causa extintiva da punibilidade.
Ademais, conforme orientação do parágrafo primeiro, do artigo 77 do
Código Penal, a condenação anterior à pena de multa não impede a
concessão do sursis.
A execução da pena privativa de liberdade, quando não superior a 4
(quatro) anos, poderá ser suspensa, por 4 (quatro) a 6 (seis) anos, desde que
o condenado seja maior de 70 (setenta) anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão (art. 77, §2º, do CP).
São 4 (quatro) as espécies de sursis:
a) o simples;
b) o especial;
c) o etário; e
d) o humanitário.
O sursis simples é aquele que obriga o condenado a prestar serviços
à comunidade ou que lhe restringe os finais de semana (art. 78, §1º, do CP).
O sursis especial é aquele em que, ao invés de determinar ao condenado
a prestação de serviços à comunidade ou limitar-lhe o final de
semana, lhe são aplicadas as seguintes atividades (art. 78, §2º, do CP):
a) proibição de frequentar determinados lugares;
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização
do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para
informar e justificar suas atividades.
61
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
62
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
63
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12. Reabilitação
64
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
65
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
66
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
13.1 Prescrição
67
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
68
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
69
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
70
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
1. Crimes em espécie
71
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
72
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
73
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
74
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a
1/3 (um terço).
Se a lesão corporal foi culposa, o juiz pode deixar de aplicar a pena, se
as consequências da infração atingiram o próprio agente de forma tão grave
que a sanção penal se mostre desnecessária, aplicando-lhe então o perdão
judicial. Contudo, constitui causa de aumento de pena, em 1/3 (um terço), a
constatação de que a lesão corporal culposa decorreu de inobservância de
regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou de que o agente deixou de prestar
imediato socorro à vítima, não procurou diminuir as consequências do seu ato,
ou fugiu para evitar prisão em flagrante.
Caso a lesão tenha sido praticada conta ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro, ou quem conviva ou tenha convivido, ou,
ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou
de hospitalidade, ser-lhe-á aplicada pena de detenção, de 3 (três) meses a 3
(três) anos. E se dessa violência doméstica decorrer lesão corporal de
natureza grave, gravíssima, ou morte, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço),
conforme disposição do parágrafo décimo, do artigo 129 do Código Penal.
Também aplica-se o aumento de 1/3 (um terço) da pena quando a violência
doméstica for cometida em detrimento de pessoa portadora de deficiência,
consoante parágrafo onze do dispositivo em estudo.
75
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
2.4 Rixa
76
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
uma declaração caluniosa. E se “C”, sabendo que “B” nada furtou, divulgar o
boato criado por “A”, incorrerá na mesma pena que este.
A calúnia se consuma quando o fato chega ao conhecimento de
terceiros. Nesse crime, atinge-se a honra objetiva da vítima, isto é, aquilo que
ela representa para a sociedade.
A difamação (art. 139, do CP) é a imputação de fato ofensivo à
reputação da vítima, fato este que não constitui crime. Por exemplo, se “A” diz
que “B” costuma trabalhar bêbado, sabendo ser falsa tal imputação, pratica
uma declaração difamatória.
A difamação se consuma quando o fato chega ao conhecimento de
terceiros. Nesse crime, assim como na calúnia, atinge-se a honra objetiva da
vítima, isto é, aquilo que ela representa para a sociedade.
A injúria (art. 140, do CP), por sua vez, é a ofensa da dignidade ou do
decoro da vítima. Por exemplo, quando “A” utiliza expressões ofensivas, de
caráter pessoal, contra “B”, pratica uma declaração injuriosa. O parágrafo
primeiro do artigo 139 do Código Penal autoriza que o juiz deixe de aplicar a
pena:
a) quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a
injúria;
b) no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Se a injúria consistir em violência ou vias de fato, que, por sua
natureza, ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes, além da pena
correspondente à violência, será aplicada ao ofensor pena de detenção, de 3
(três) meses a 1 (um) ano, e multa. Nesse caso, estar-se-á diante da hipótese
chamada pela doutrina de injúria real.
Diferentemente do que ocorre com a calúnia e com a difamação, que
se consumam quando as declarações caluniosas ou difamatórias chegam ao
conhecimento de terceiros, a injúria se consuma quando a declaração chega
ao conhecimento do ofendido. E, diferentemente das duas espécies
abordadas anteriormente, o crime de injúria atinge a honra subjetiva da vítima,
isto é, o próprio íntimo da mesma, sua dignidade e decoro.
Se proferida a injúria, a vítima imediatamente responder ao ofensor
com outra injúria (retorsão imediata), é conferido ao juiz a faculdade de deixar
de aplicar de a pena.
Tanto a calúnia como a difamação trazem a possibilidade da exceção
da verdade, diferentemente da injúria. No caso da calúnia, admite-se a prova
da verdade, salvo:
a) se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido
não foi condenado por sentença irrecorrível;
b) se o fato é imputado ao Presidente da República, ou contra chefe de
governo estrangeiro;
c) se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi
absolvido por sentença irrecorrível.
Já no caso da difamação, só há que se falar em exceção da verdade
quando o ofendido for funcionário público e a ofensa for relativa ao exercício
de suas funções.
77
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
78
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
2.6.1.2 Ameaça
79
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
80
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
81
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
3.1 Furto
82
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
3.2 Roubo
3.3 Extorsão
83
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
3.4 Usurpação
84
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
85
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
86
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
87
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
88
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
89
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
90
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
3.8 Receptação
91
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
92
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Atualmente, dois artigos compõem o Título que trata dos crimes contra
a propriedade imaterial: o artigo 184, que trata da violação de direito autoral,
e o artigo 186, que apresenta disposições a ele referentes.
Conforme redação do caput do artigo 184 do Código Penal, comete
crime todo aquele que violar direito de autor, assim como os que lhe forem
conexos. A pena para a conduta descrita no caput do mencionado artigo é de
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Nesse caso, somente se
procede mediante queixa, isto é, mediante ação penal privada.
Mas, se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito
de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual,
interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor,
do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem
os represente, a pena aplicável será de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos,
e multa, conforme dispõe o parágrafo segundo, do artigo 184 do Código Penal.
Nesse caso, se procede mediante ação penal pública incondicionada.
Nas mesmas penas previstas para o mencionado parágrafo segundo,
incorre todo aquele que, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribuir,
vender, expor à venda, alugar, introduzir no País, adquirir, ocultar, manter em
depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com
violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou
do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, alugar original ou cópia de
obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos
direitos ou de quem os represente. Nesses casos, também se procede
mediante ação penal pública incondicionada.
Quando a violação consistir no oferecimento ao público, diante cabo,
fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário
realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar
previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro,
direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do
artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os
represente, o ofensor sujeitar-se-á a pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa (art. 184, §3º, do CP). Nesse caso, se procede apenas mediante
representação, isto é, mediante ação penal pública condicionada.
É importante frisar, conforme expressa menção do parágrafo quarto, do
artigo 184 do Código Penal, que não há crime de violação de direito autorial,
quando se tratar de exceção ou limitação do direito de autor ou dos que lhe
são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610/98, nem
quando há cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para
uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.
Por derradeiro, há que se salientar que, em qualquer caso, se o crime
de violação de direito autoral for cometido em desfavor de entidades de
93
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
94
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
devido registro em carteira, com o que o empregador incide neste tipo penal.
Conforme artigo 203, parágrafo primeiro, na mesma pena incorre quem:
a) obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado
estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço em virtude de
dívida;
b) impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza,
mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou
contratuais.
Em qualquer caso, aumenta-se a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um
terço) se a vítima for menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou
portadora de deficiência física ou mental (art. 203, §2º, do CP).
Também constitui crime, consoante artigo 204 do Código Penal,
frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à
nacionalização do trabalho. Os artigo 203 e 204, constituem normais penais
em branco, já que necessitam de legislação integradora que disponha sobre
direito trabalhista.
Comete crime contra a organização do trabalho, aquele que exercer
atividade, de que está impedido por decisão administrativa, conforme artigo
205 do Código Penal, caso em que se sujeita as penas de detenção e multa.
Os artigos 206 e 207, ambos do Código Penal, tipificam condutas de
aliciamento de trabalhadores. Se houver o recrutamento de trabalhadores,
mediante fraude, para levá-los para território estrangeiro, o infrator sujeita-se
às penas de detenção e multa (art. 206, do CP), penas que também sujeitam
aquele que aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra
localidade do território nacional (art. 207, caput, do CP). Na mesma pena
incorre quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do
trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de
qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu
retorno ao local de origem (art. 207, §1º, do CP). Nesse caso, as penas
serão aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se a vítima for menor de
18 (dezoito) anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência
física ou mental (art. 207, §2º, do CP)
95
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
96
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
O artigo 217-A, incluído pela Lei n.º 12.015/09, criou tipo penal
específico para aquele que tiver conjunção carnal ou praticar ato libidinoso
com menor de 14 (quatorze) anos, sujeitando-o a pena de reclusão, de 8 (oito)
a 15 (quinze) anos.
Na mesma pena incorre quem tem conjunção carnal ou pratica ato
libidinoso com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência (art. 217-A, §1º, do CP).
Em qualquer caso, se da conduta resultar lesão corporal de natureza
grave, a pena aplicável será de reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos, e, se
resultar morte, será de reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
97
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Outra criação da Lei n.º 12.015/09 foi o artigo 218-B do Código Penal,
que em seu caput tipifica as condutas de: submeter, induzir ou atrair à
prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar
que a abandone. Para essas condutas, há previsão de pena reclusiva, de 4
(quatro) a 10 (dez) anos.
Se o crime do artigo 218-B for praticado com a finalidade de obtenção
de vantagem econômica, aplica-se também a pena de multa (art. 218-B, §1º,
do CP).
E nas mesmas penas incorre:
a) quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém
menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no
caput do artigo 218-B;
b) o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se
verifiquem as práticas referidas no caput do artigo 218-B. Nesse caso, é efeito
obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de
funcionamento do estabelecimento (art. 218-B, §3º, do CP).
98
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Também alterado pela Lei n.º 12.015/09, o artigo 228 teve seu objeto
ampliado, e passou a considerar delituoso não só o ato de induzir ou atrair
alguém à prostituição, mas também à qualquer outra forma de exploração
sexual, assim como os atos de facilitar, impedir ou dificultar que alguém a
abandone.
O parágrafo primeiro do artigo 228 do Código Penal, apresenta uma
qualificadora para o delito em estudo, verificável quando o agente é
ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor
ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou quando assumiu, por lei
ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância em relação à
mesma.
Em qualquer caso, se o crime for cometido com emprego de violência,
grave ameaça ou fraude, a pena aplicável será de reclusão, de 4 (quatro) a
10 (dez) anos, além da pena correspondente à violência (art. 228, §2º, do CP).
Se o crime for cometido com o intuito de lucro, deve-se aplicar também
a pena de multa (art. 228, §3º, do CP).
O artigo 229 do Código Penal também foi alterado pela Lei n.º
12.015/09. A nova redação substituiu a expressão “casa” por
“estabelecimento”. A conduta típica é manter, por conta própria ou de terceiro,
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de
lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente, cuja pena é de reclusão,
de dois a cinco anos, e multa.
99
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
7.3.4 Rufianismo
O artigo 231-A do Código Penal foi totalmente alterado pela Lei n.º
12.015/09. Segundo o dispositivo, incorre no delito em estudo quem promover
ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional
100
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
101
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
102
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
103
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Duas são as condutas que podem constituir crime contra o pátrio poder,
a tutela e a curatela:
a) o induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes
(art. 248, do CP); e
b) a subtração de incapazes (art. 249, do CP).
A primeira delas está descrita no artigo 248 do Código Penal, e se
configura mediante o induzimento de menor de 18 (dezoito) anos, ou interdito,
a fugir do local em que acha por determinação de quem sobre ele exerce
autoridade, em virtude de lei ou ordem judicial, ou a confiar a outrem sem
ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de 18 (dezoito) anos
104
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
9.1.1 Incêndio
105
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
9.1.2 Explosão
9.1.5 Inundação
106
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
107
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
108
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
109
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
111
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
lhe o valor nutritivo é crime descrito no caput do artigo 272 do Código Penal.
E nas mesmas penas incorre quem fabrica, vende, expõe à venda, importa,
tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a
consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou
adulterado. Penas que também sujeitam àquele que praticar qualquer das
ações anteriormente descritas, em relação a bebidas, com ou sem teor
alcoólico.
O crime em análise admite a forma culposa (art. 272, §2º, do CP).
110
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
Nas mesmas penas incorre aquele que vender, expor à venda, ter em
depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo produto nas
condições mencionadas.
9.3.14 Charlatanismo
112
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
9.3.15 Curandeirismo
113
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
114
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
115
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
116
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
117
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12.1.1 Peculato
118
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12.1.6 Concussão
119
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12.1.9 Prevaricação
121
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
O artigo 324 do Código Penal dispõe que comete crime aquele que
entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais,
ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que
foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.
120
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
12.2.2 Resistência
12.2.3 Desobediência
12.2.4 Desacato
122
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
123
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
O delito descrito no artigo 337-A foi incluído no Código Penal pela Lei
n.º 9.983/2000, e tipificou as condutas daquele que suprime ou reduz
contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as
seguintes condutas:
a) omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de
informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado,
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado
que lhe prestem serviços;
b) deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade
da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços;
c) omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos,
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições
sociais previdenciárias.
Para este crime, será extinta a punibilidade se o agente,
espontaneamente, declarar e confessar as contribuições, importâncias ou
valores e prestar as informações devidas à Previdência Social, na forma
definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal (art. 337-A,
§1º, do C).
Faculta-se ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que o valor das
contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Quando o empregador não for pessoa jurídica e sua folha de
pagamento mensal não ultrapassar R$ 1.510,00 (mil quinhentos e dez reais),
o juiz pode reduzir a pena de 1/3 (um terço) até a metade ou aplicar apenas a
de multa (art. 337-A, §3º, do CP).
124
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
125
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
126
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
127
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
128
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
129
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
131
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
130
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
132
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
133
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
IV - quando cometido:
a) por militar, funcionário público, ministro de culto religioso; por
pessoa cuja condição econômico-social seja manifestamente superior
à da vítima;
b) em detrimento de operário ou de agricultor; de menor de 18
(dezoito) anos ou de deficiente mental, interditado ou não.
134
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
A lei que define o os crimes de tortura, Lei n.º 9.455/97, estipula logo
em seu artigo 1º, que constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental,
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
A pena para o crime de tortura é de 2 (dois) a 8 (oito) anos. Na mesma
pena incorre quem submete outra pessoa presa ou sujeita a medida de
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal (art. 1º §1º, da Lei de
Tortura).
Nesse contexto, todo aquele que se omite em face dessas condutas,
quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção
de 1 (um) a 4 (quatro) anos (art. 1º §2º, da Lei de Tortura).
Se da tortura resultar:
a) lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de
reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos;
b) morte, a pena é de reclusão de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos.
Aumenta-se a pena de 1/6 (um sexto) até 1/3 (um terço):
a) se o crime é cometido por agente público;
b) se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de
deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; ou
c) se o crime é cometido mediante sequestro.
A condenação pelo crime de tortura acarreta a perda do cargo, função
ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada (art. 1º §5º, da Lei de Tortura).
Recorde-se que o crime de tortura, conforme mandamento
constitucional e previsão legal, é insuscetível de fiança, graça e anistia. Mas
enquanto a Lei dos Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/90) prevê que a tortura é
também insuscetível de indulto, a Lei de Tortura (Lei n.º 9.455/97) silenciou
sobre o assunto, mantendo apenas a redação constitucional, que trata da
inafiançabilidade, da graça e da anistia.
135
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
136
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
a) com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco
de grave dano patrimonial a terceiros;
b) utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
c) sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
d) com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria
diferente da do veículo;
e) quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com
o transporte de passageiros ou de carga;
f) utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de
acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do
fabricante;
g) sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a
pedestres.
Ponto importante do Código de Trânsito Brasileiro consta de seu artigo
301, segundo o qual, ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de
trânsito que resulte vítima, não será imposta a prisão em flagrante, nem será
exigida fiança, se for prestado pronto e integral socorro àquela.
E quando não seja possível ao condutor, por motivo de segurança,
prestar socorro à vítima, desaparece o dever de agir, mas não o de solicitar
auxílio da autoridade pública.
137
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
138
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
6. LEI DE DROGAS
139
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
141
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
medidas necessárias para preservação da prova (art. 32, caput, da Lei n.º
11.343/06).
O artigo 33 da Lei de Drogas tipifica o tráfico, dentre outras condutas,
nos seguintes termos:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar
a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de
500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe
à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz
consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de
drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas
que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou
consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
§2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a
300 (trezentos) dias-multa.
§3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de
700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem
prejuízo das penas previstas no art. 28.
§4º Nos delitos definidos no caput e no §1º deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a
conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades
criminosas nem integre organização criminosa.
Já o artigo 34 da lei em estudo, tipifica a conduta de fabricar, adquirir,
utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título,
possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho,
140
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
142
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
A lei Maria da Penha, lei n.º 11.340/06, deixa claro que toda mulher,
independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura,
nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes
à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades
para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual e social (art. 2º).
A lei Maria da Penha é uma verdadeira ação afirmativa, por meio da
qual se discrimina positivamente a mulher, posta em histórica posição de
fragilidade física em relação ao homem. A necessidade da especial proteção
para a mulher, por meio da lei em estudo, é necessária diante dos séculos em
que esta permaneceu sob as ordens maritais, cujos resquícios ainda estão
presentes na atualidade. A Constituição Federal de 1988 aboliu o poder
marital e instituiu o poder familiar. O Código Civil de 2002 acompanhou o
sentido e assim também a Lei Maria da Penha, que veio com o objetivo de
conferir eficácia substancial ao Texto Maior.
Consabido, ainda que vigente medidas inclusivas, tal como a Lei Maria
da Penha, está distante o dia em que as mulheres deixarão de sofrer
violências domésticas em razão de seu desfavorecimento físico. Ao lado das
leis, medidas concretas devem ser adotadas pelo Poder Público, sobre tudo
medidas educacionais, melhor método de se criar um sociedade consciente
do respeito de gênero.
Não sem razão o caput do artigo 3º da Lei Maria da Penha dispõe que,
serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos
direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à
moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Para
que esses direitos sejam realmente alcançados, deixando o plano meramente
formal e ingressando no plano material, cabe à família, à sociedade e ao
Poder público criar as condições necessárias para viabilização da efetivação
desses direitos.
A interpretação da Lei Maria da Penha, conforme orientação do seu
artigo 4º, deve considerar os fins sociais a que ela se destina e,
especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de
violência doméstica e familiar.
Para os efeitos da lei em estudo, configura violência doméstica e
familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que
143
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral
ou patrimonial (art. 5º):
a) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de
convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;
b) no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada
por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços
naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
c) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou
tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Portanto, para que se fale na aplicação da Lei Maria da Penha, não há
necessidade que o agressor coabite ou tenha coabitado com a vítima,
bastando que se comprove a relação íntima de afeto entre eles.
E conforme orientação do artigo 6º da lei em referência, a violência
doméstica e familiar contra a mulher configura uma das formas de violação de
direitos humanos.
Entre outras, são formas de violência doméstica e familiar contra a
mulher:
a) oral;
b) a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe
cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
saúde psicológica e à autodeterminação;
c) a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a
constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que
a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
seus direitos sexuais e reprodutivos;
d) a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;
e) a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure
calúnia, difamação ou injúria.
Por derradeiro, outro ponto importante da Lei Maria da Penha consta
de seu artigo 41, que estipulou que aos crimes praticados com violência
144
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
145
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
146
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
147
Instituto Maranatha Cursos
Gestão em Segurança Pública e Privada
148
Instituto Maranatha Cursos