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1. Definição e designação
Por um lado, a pena só pode ser aplicada a um agente que tenha atuado com
culpa. As medidas de segurança, por outro lado não supõem culpa do agente, mas
sim perigosidade.
Quando se fala em direito penal em sentido amplo, inclui-se, além do direito penal
substantivo, o direito processual penal, adjetivo ou formal e o direito de execução
de penas e medidas de segurança ou direito penal executivo.
O direito penal substantivo visa a definição dos pressupostos do crime e das suas
formas concretas de aparecimento, da determinação das suas consequências em
função da verificação desses pressupostos (penas e medidas de segurança) e da
conexão entre esses pressupostos e essas consequências.
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O direito penal em sentido estrito, compõem-se:
De uma parte geral, onde se definem os pressupostos da aplicação da lei penal, os
elementos constitutivos do conceito de crime e as consequências gerais que
derivam da realização de um crime (penas e medidas de segurança) e,
O direito penal é ainda hoje essencialmente um direito intraestadual, que encontra a sua
fonte formal e orgânica na produção legislativa estadual e é aplicado por órgãos nacionais.
No entanto tem crescido a relevância do direito internacional em matéria penal através de:
O direito penal constitui uma parte integrante do direito público que está estritamente
relacionado com o direito constitucional porque os elementos sancionatórios específicos
do direito penal (penas e medidas de segurança) representam negações ou limitações a
direitos fundamentais.
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Normas secundarias (de direito penal) – visam conferir proteção e efetividade às
normas primárias, assegurando o seu cumprimento através de sansoes de espécie
particular.
Von Liszt criou um modelo tripartido ao que chamou “ciência conjunta (total ou global) do
direito penal”. Esta compreendia como ciências autónomas:
NOTA: Cada uma destas ciências autónomas são relevantes para a tarefa de aplicação do
direito penal e para a tarefa sociopolítica de controlo do crime.
NOTA 2: teoria fortemente criticada por Karl Binding, que a acusa de abandonar o solo
firme da lei, do seu tratamento dogmático-sistemático, do seu conhecimento e da sua
aplicação precisos para ceder a “impulsos diletantes”.
Desde a criação do modelo de Liszt, que há discórdia acerca do estatuto que dentro deste
modelo deveria caber a cada uma das 3 ciências, a sua hierarquia e modo como se
relacionam entre si.
Para Liszt, quem deveria ocupar o primeiro lugar na hierarquia das ciências criminais era a
dogmática jurídico-penal. Esta constitui a barreira intransponível da política criminal.
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NOTA: A política criminal, baseando-se nos conhecimentos da análise da realidade criminal,
naturalística e empírica (criminologia), tem a função de dirigir ao legislador recomendações
e propor-lhe diretivas em questões penais.
Ideia de que a política criminal deve ser exercida de forma apropriada e eficaz, mas
também deve transcender uma abordagem puramente reativa e punitiva.
c. Conclusão
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jurídico-penal traduz em regras legais a política criminal formulada pelo Estado, e a
política criminal, por sua vez, é moldada pela aplicação prática da dogmática
jurídico-penal. Ambas as disciplinas desempenham um papel crucial no
desenvolvimento e na operação do direito penal em uma sociedade.
FD considera a criminologia como uma fonte valiosa de dados empíricos e teóricos que
podem informar a formulação de leis penais, a aplicação da justiça e a promoção de
reformas no sistema penal.
Hoje é à politica criminal que pertence a competência para definir, quer no plano do direito
constituído, quer no plano do direito constituendo, os limites da punibilidade.
A dogmática jurídico-penal não pode evoluir sem atenção ao trabalho prévio de índole
criminológica, mas também não pode evoluir sem uma mediação politico-criminal que
ajude a perceber as finalidades e os efeitos que se apontam à aplicação do direito penal.
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NOTA: Toda a querela em volta dos fins das penas é reconduzido a uma destas teorias
ou a uma variante onde se tenta fazer uma combinação das duas teorias
NOTA: Toda a pena supõe culpa, mas nem toda a culpa supõe pena. A culpa é pressuposta
e limite, mas não fundamento da pena.
Críticas:
A doutrina da retribuição não é uma teoria dos fins da pena, visa justamente o
contrário, a consideração da pena como entidade independente de fins.
Inadequação à legitimação, à fundamentação e ao sentido da intervenção penal. O
estado democrático, pluralista e laico não pode arvorar-se em entidade
sancionadora de pecado e do vicio, tem de se limitar a proteger bens jurídicos e
por isso não pode se servir de uma pena conscientemente dissociada de fins.
A pena retributiva é uma doutrina puramente social-negativa, que acaba por se
revelar inimiga de qualquer tentativa de socialização do delinquente e de
restauração da paz jurídica da comunidade afetada pelo crime, ou seja, inimiga de
qualquer atuação preventiva , de pretensão de controlo e de domínio do
fenómeno da criminalidade.
1. Consideração geral
Ao contrário das teorias absolutas, as teorias relativas são, com plena propriedade, teorias
de fins e reconhecem que, segundo a sua essência, a pena se traduz num mal para quem a
sofre, mas que não pode bastar-se com essa característica destituída de sentido social-
positivo, pelo que tem que usar esse mal para alcançar a finalidade principal de toda a
politica criminal, que é a prevenção ou profilaxia criminal.
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A critica geral: a aplicação de penas a seres humanos com fins utilitários ou pragmáticos
que pretendem alcançar um contexto social, transformaria a pessoa humana num objeto.
Dela se serviriam para a realização de finalidades heterónomas e por isso violariam a sua
eminente dignidade. Por outras palavras, o seu carater relativo se ergueria como uma
violação absoluta de dignidade pessoal. – Crítica sem fundamento (para o funcionamento
da sociedade, cada pessoa, embora na medida do indispensável, tem de prescindir de
direitos que lhe assistem e lhe são conferidos em nome da sua dignidade. A questão que só
pode colocar de que forma a pena na sua aplicação pode tocar na dignidade, o problema
não tem a ver com o fim da pena mas com os seus limites).
Prevenção geral negativa ou intimidação – A pena pode ser concebida como uma
forma de intimidação das outras pessoas através do sofrimento que com ela se
inflige ao delinquente e cujo receio as conduzirá a não cometerem factos puníveis
Prevenção geral positiva ou integração – A pena pode ser concebida como uma
forma de manter e reforçar a confiança da comunidade na validade e na força da
vigência das suas normas de tutela de bens jurídicos e no ordenamento jurídico-
penal
Críticas à doutrina de prevenção geral: (já referido) – caráter relativo se erguer como uma
violação absoluta de dignidade pessoal. – Crítica sem fundamento (para o funcionamento
da sociedade, cada pessoa, embora na medida do indispensável, tem de prescindir de
direitos que lhe assistem e lhe são conferidos em nome da sua dignidade. A questão que só
pode colocar de que forma a pena na sua aplicação pode tocar na dignidade, o problema
não tem a ver com o fim da pena, mas com os seus limites).
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Para uns, a “correção” dos delinquentes seria uma utopia, pelo que a prevenção
especial estaria ligada à intimidação individual. A pena visaria atemorizar o delinquente
até ao ponto em que ele não repetiria no futuro a prática de crimes – prevenção
especial negativa/neutralização
Para outros, a prevenção especial visaria ter um efeito de pura defesa social através da
separação ou segregação do delinquente, procurando assim atingir a neutralização da
sua perigosidade – prevenção especial negativa/neutralização
NOTA: Além da finalidade da prevenção da reincidência, ainda existe quem pretende dar à
prevenção individual a finalidade de alcançar a reforma interior/moral do delinquente,
uma espécie de emenda do delinquente, que seria alcançado através da sua adesão íntima
aos valores que conformam a ordem jurídica. Há também quem pense que a finalidade da
prevenção especial é o tratamento das tendências individuais que conduzem ao crime, tal
como se de um doente se tratasse. Mas ambas estas terias terão que ser recusadas, quanto
à primeira, carece ao Estado legitimação para tal, quanto à segunda, também não cabe ao
Estado essa tarefa até porque isso se apresentaria como violação da autodeterminação da
pessoa do delinquente e desrespeito por princípios constitucionalmente protegidos, como
a preservação da dignidade pessoal.
Uma outra finalidade da pena, que se opera entre o agente e a vítima é a reparação de
danos, não apenas patrimoniais mas também morais, causados pelo crime.
No entanto, não é adequado instituir a reparação de danos como uma finalidade geral da
pena, até porque não pode valer para as sanções aplicáveis a certos tipos de crimes, nem
esgotar em tais casos o conteúdo sancionatório. Para além disso, como o objetivo com a
reparação dos danos é o restabelecimento da confiança e da paz jurídica, isto já constitui o
cerne da prevenção geral positiva e ainda é decisivo muitas vezes para a prevenção
especial positiva.
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IV. Teorias Mistas ou Unificadoras
A culpa é e não pode deixar de ser pressuposto da pena e limite inultrapassável da sua
medida. A medida da pena pode, porém ser fixada abaixo desse limite máximo, se tal se
tornar necessário à luz de exigências da prevenção especial e a tanto se não opuserem as
exigências mínimas da prevenção geral sob forma das necessidades irrenunciáveis de
tutela do ordenamento jurídico.
NOTA: A medida da culpa é dada não por um ponto exato da escala penal, mas através de
uma moldura da culpa. Dentro desta moldura deve estar a medida concreta da pena.
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4. A evolução posterior à institucionalização do Estado de Direito (pag.86)
A finalidade das penas só pode ter natureza preventiva (seja ela prevenção geral ou
especial, positiva ou negativa). O direito penal e o seu exercício pelo Estado fundamentam-
se na necessidade estatal de subtrair à disponibilidade e autonomia de cada pessoa o
mínimo dos seus direitos, liberdades e garantias indispensável ao funcionamento da
sociedade à preservação dos seus bens jurídicos essenciais, permitindo a realização mais
livre quanto possível da personalidade de cada um enquanto individuo e enquanto
membro da comunidade. Assim, a pena criminal só pode perseguir a realização daquela
finalidade, a prevenção da prática de futuros crimes. Desta conceção básica resulta que se
não justifica, nem é conveniente, nem eficaz, assinalar à pena ou só finalidades de
prevenção geral ou só de prevenção especial. Umas e outras devem coexistir e combinar-se
da melhor forma e até ao limite possíveis, até porque ambas se encontram no propósito
comum de prevenir a prática de crimes futuros.
Assim, afirmar que o ponto de partida e finalidade primordial para a resolução de conflitos
entre as diferentes finalidades preventivas é a prevenção geral positiva ou integração,
traduz a convicção que existe uma medida ótima de tutela dos bens jurídicos e das
expectativas comunitárias que a pena se deve propor alcançar, medida esta que não pode
ser excedida (P. da necessidade) por considerações de qualquer tipo como exigências
acrescidas de prevenção especial. Claro que esta medida ótima não fornece um quantum
exato da pena ao juiz. Abaixo deste ponto há muitos que são ainda efetivos e consistentes,
mas existe um limiar mínimo de defesa dos bens jurídicos, em que abaixo dele já não é
comunitariamente suportável a fixação da pena sem se por em causa a tutela de bens
jurídicos. Desta forma a prevenção geral positiva fornece a moldura de prevenção, dentro
do qual a prevenção especial influência. Este é um pensamento variante, em que a culpa
não é o limite da pena. Aqui a prevenção geral negativa ou prevenção de intimidação pode
surgir como um efeito lateral da necessidade de tutela dos bens jurídicos.
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Não há pena sem culpa e a medida da pena não pode em caso algum ultrapassar a medida
da culpa. A verdadeira função da culpa no sistema punitivo reside efetivamente numa
incondicional proibição de excesso. A culpa não é fundamento da pena, mas constitui o seu
pressuposto necessário e o seu limite inultrapassável. Limite este, inultrapassável por
quaisquer considerações ou exigências preventivas, sejam elas da prevenção geral positiva
ou integração ou antes negativa de intimidação, sejam de prevenção especial positiva de
socialização ou antes negativa de segurança ou de neutralização. A função da culpa é a de
estabelecer o máximo de pena ainda compatível com as exigências de preservação da
dignidade da pessoa e da garantia do livre desenvolvimento da sua personalidade nos
quadros próprios de um Estado de direito democrático.
Nota: a legitimação da pena reside num duplo fundamento, o da prevenção e da culpa. Isto
porque, só é legítima quando é necessária de um ponto de vista preventivo e quando é
justa. Toda a pena que responda adequadamente às exigências preventivas e não exceda a
medida da culpa é uma pena justa.
5. Conclusão
O sistema das sanções jurídico-criminais do direito penal português é um sistema dualista, pois
assenta em dois polos:
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o sistema sancionatório criminal não pode deixar de intervir, sob pena de ficarem por cumprir
tarefas essenciais de defesa social que a uma política criminal racional e eficaz sem dúvida
incumbem.
A um segundo nível, quando o facto ilícito-típico tenha sido praticado por um imputável (logo,
capaz de culpa), pode suceder que os princípios que presidem à culpa e por via desta, ao limite
máximo da medida da pena, se revelem insuficientes para ocorrer uma especial perigosidade
resultante das particulares circunstâncias do facto e(ou) da personalidade do agente. Por outro
lado, há casos que dada a especial perigosidade do agente é necessário complementar a pena
com medidas de segurança, o que leva a pergunta de que relativamente a agentes imputáveis,
o sistema jurídico-penal deve assumir natureza monista ou dualista?
Sendo a proteção especifica dos interesses de segurança da vida comunitária que está em
jogo, é de supor que a segurança prevaleça perante a socialização, no entanto, o propósito
socializador deve, sempre que possível, prevalecer sobre a finalidade de segurança
(princípios da socialidade e da humanidade). Além disso, a segurança só pode constituir
finalidade autónoma da medida de segurança se e onde a socialização não se afigure
possível (ex: enquanto está internada não pode haver socialização)
O papel que a finalidade de prevenção geral não possui qualquer autonomia no âmbito da
medida de segurança, até porque as exigências de prevenção geral negativa não se fazem
sentir, uma vez que a comunidade compreende bem que a reação contra a perigosidade
individual é ali fruto exclusivo das condições endógenas anómalas, que por sinal, não põem
em causa as expectativas comunitárias na validade da norma violada nem os intimida,
porque o homem normal não tende a tomar como exemplo o comportamento do
inimputável. Por outro lado, não de forma prevalente (como acontece nas penas), a
finalidade de prevenção geral positiva cumpre a sua função, embora esteja condicionado à
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associação com a perigosidade, pois, tendo sido cometido um crime grave de certa
natureza, há razoes particulares de tranquilidade social e de tutela da confiança
comunitária nas normas a que a política criminal tem de responder, mesmo perante
inimputáveis, através da aplicação de medidas de segurança.
2. O problema da legitimação
NOTA: Com isto, fica afastada a conceção da “administrativização” das medidas de segurança.
Esta conceção lançaria a teoria da medida de segurança para fora do campo do direito penal e
da politica criminal.
Em matéria de finalidades das reações criminais, não existem grandes diferenças entre as
penas e as medidas de segurança. No entanto, quanto à forma como relacionam as
finalidades de prevenção geral e especial existe efetivamente diferenças:
A grande diferença entre a pena e a medida de segurança, não está assim nas finalidades,
mas na sua delimitação. A pena tem como pressuposto irrenunciável da aplicação a
rigorosa observância do princípio da culpa, princípio que não exerce papel de nenhuma
espécie no âmbito das medidas de segurança. Já a medida de segurança é determinada, na
sua gravidade e na sua duração, não pela medida da culpa, mas pela existência da
perigosidade, todavia estritamente limitada por um princípio de proporcionalidade.
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Daqui resulta, uma certa aproximação ao sistema monista das sanções criminais, no
sentido de que as duas espécies de sanções (penas e medidas de segurança), tendo as
mesmas finalidades, só se diferenciam na sua delimitação.
2. O dualismo do sistema
2. A perspetiva positivista-sociológica
Diretamente relacionado com a noção de delito natural, o crime é sensivelmente igual para
todos os povos de idêntica raça e civilização e teria como denominador comum a
característica de possuir na sua base uma conduta socialmente danosa, pelo que, existiria
na sociedade humana (o crime) independentemente das circunstâncias e exigências duma
dada época ou conceção particular. Esta perspetiva é imprecisa e demasiado larga, na
medida em que é difícil de estabelecer os limites da criminalização. Mesmo que se possa
concordar que todo o crime se traduz num comportamento determinante de uma
danosidade ou ofensividade social, a verdade é que nem toda aquela danosidade deve
legitimamente constituir um crime.
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validade dos valores ético-sociais positivos de ação, consiste na proteção dos valores
elementares de consciência, de carater ético-social. Consiste na proteção dos bens
jurídicos mediante a proteção dos elementares valores de ação ético-sociais. No entanto,
não é a função do direito penal, nem primaria, nem secundaria tutelar a virtude ou a
moral, pelo que esta conceção é inadequada à estrutura e às exigências das sociedades
democráticas e pluralistas dos nossos dias.
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4.4.A jurisprudência do TC
O nosso TC tem aderido ao princípio do direito penal do bem jurídico, aos seus
fundamentos e às suas consequências, elevando-o, da forma patente ou latente, à
categoria de princípio jurídico-constitucional material implícito. NOTA: Ver art. 18º nº2
CRP.
Sempre que exista um bem jurídico digno de tutela penal aí deve ter lugar a intervenção
correspondente. O conceito material de crime é essencialmente constituído pela noção de
bem jurídico dotado de dignidade penal somado com a necessidade de tutela penal. Assim,
a violação de um bem jurídico penal não basta por si para desencadear a intervenção, é
necessário que esta seja absolutamente indispensável à livre realização da personalidade
de cada um na comunidade. O direito penal, nesta conceção, constitui a ultima ratio da
politica social e a sua intervenção é de natureza definitivamente subsidiaria.
A função principal do direito penal (e desta deriva o conceito material de crime) reside na
tutela subsidiaria (de ultima ratio) de bens jurídico-penais.
Vem substituir o principio da não-intervenção radical e segundo ele, para que haja um
domínio eficaz do fenómeno da criminalidade, dentro de cotas socialmente suportáveis, o
Estado e o seu aparelho formalizado de controlo do crime devem intervir o menos possível
e devem intervir só na precisa medida requerida pelo asseguramento das condições
essenciais de funcionamento da sociedade.
Conceção de que a realidade do crime não deriva apenas do seu conceito, mas também da
construção social da realidade. Ele é em parte produto da sua definição social, operada em
último termo pelas instancias formais (legislador, policia, MP, juiz) e mesmo informais
(família, escolas, igrejas, clubes, vizinhos) de controlo social. A realidade do crime deriva
assim da combinação de determinadas qualidades materiais do comportamento com o
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processo de reação social àquele, conducente à estigmatização dos agentes respetivos
como criminosos ou delinquentes.
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