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REENVIO – CONFLITO NEGATIVO DE SISTEMAS

Identificação do problema – estamos perante um caso de reenvio/conflito negativo de sistemas quando as


varias leis envolvidas na resolução da questão adotaram elementos de conexão distintos para a mesma
matéria – (CONSTRUIR ESQUEMA) – teorias do reenvio:
 A teoria da referência material é absolutamente contra o reenvio e considera que quando a NC do foro
remete para uma lei estrangeira, remete apenas para as normas materiais dessa lei, ignorando as
normas de conflitos e normas auxiliares.
 A teoria da devolução simples, na qual o estado faz duas referencias sucessivas: 1ª referencia global
para a lex causae e ficciona uma 2ª referência material à lei que a lex causa considerar aplicavel, de
modo a parar o reenvio. Poderíamos continuar a remeter para outras leis ad eternum, mas a devolução
simples arranjou um mecanismo para tornar o reenvio praticável. Esta teoria tem como principal
argumento a uniformidade de julgados ou harmonia jurídica internacional.
 A teoria da dupla devolução (Foreign Court Theory), a referência da NC do foro a determinada lei
estrangeira impõe aos tribunais locais o dever de julgarem a causa tal como ela seria provavelmente
julgada no Estado onde essa lei vigora. Como o próprio nome indica, o tribunal do Estado do foro deve
julgar como julgam os tribunais da lex causae, a lei que se considera competente, exatamente da
mesma forma.
(Já com o esquema feito e com as teorias aplicadas) – identificar o tipo de esquema de reenvio:
1. Reenvio/ retorno de 1º grau (LI-L2-L1)
2. Retorno indireto (L1-L2-L3-L1)
3. Transmissão de competências/ reenvio de 2º grau (L1-L2-L3-L3)
4. Transmissão de competências com inclusão de retorno (L1-L2-L3-L2)
EM 1 E 2: para sabermos se vamos aceitar o reenvio – art. 18º cc – se o DIP da lei designada pela NC devolver
para o direito interno português, é este o direito aplicável – 18nº2 se se tratar de matéria de estatuto pessoal
– PREENCHIDO? – aceitamos o reenvio por uma questão de harmonia de julgados – NÃO PREENCHIDO? –
Ferrer Correia e Batista Machado defendem que apesar dos requisitos não estarem preenchidos, podíamos
aceitar o retorno. Já a professora Anabela não concorda, já que considera importante respeitar o juízo de
valores na base da NC e os requisitos não estão preenchidos. Assim teríamos sempre harmonia de julgados.
EM 3 E 4: Para sabermos se vamos aceitar o reenvio – 17º CC – requisitos: a nossa lei remeter para uma lei
estrangeira e esta remeter para outra lei estrangeira; esta considera ultima considera-se competente –
PREENCHIDOS? – aceitamos o reenvio, por uma questão de harmonia de julgados – NÃO PREENCHIDOS? –
PREENCHIDO O nº1?, ponderar a situação de paralisação do nº2 (em matérias de estatuto pessoal para que
seja aplicada a lei da nacionalidade, que se considera ser a melhor lei ou a que tem melhor titulo para regular
estas matérias) – para isto é necessário que: 1. A lei designada pela NC portuguesa tenha sido chamada a
titulo de nacionalidade; 2. Que o interessado resida habitualmente em território PT ou em país que considere
competente o direito interno da sua nacionalidade – PREENCHIDO O nº2? – ponderar a reabilitação do nº3 –
1.aplica-se a situações de : tutela e curatela; relações patrimoniais entre os cônjuges; poder paternal;
relações entre adotado e adotante; sucessão por morte; + 2. A lei da nacionalidade remeta para a lei do lugar
da situação dos bens imóveis; 3. A lei do lugar da situação do imóvel se considere competente
Em caso de não preenchimento ou em certas outras situações – desvios – art. 19º: permite paralisar o
reenvio com fundamento no favor negotti – aplica-se o critério supletivo do art. 16º - cessa o reenvio e faz-se
uma referencia material – DESVIOS PARA ALCANÇAR A CONSERVAÇAO DO NEGÓCIO – art. 65º cc + 36nº2 CC –
concluir caso

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