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3º bimestre

Direito processual civil


ELEMENTOS DA AÇÃO
São responsáveis pela individualização de cada ação e possuem a finalidade de evitar
decisões controvertidas sobre a mesma lide.
Elementos subjetivo são as partes: autor e réu
Elementos objetivos: o pedido (objeto da ação) na qual se divide em: a) pedido
imediato: pretensão do autor de conquistar uma tutela jurisdicional, que é dirigida aos
órgãos jurisdicionais (Estado) por meio de declaratória, condenatória e constitutiva ou
desconstitutiva, retirando da inércia e clamando por uma prestação jurisdicional, é
evento futuro.
b) pedido mediato: é o objeto de ação propriamente dito dirigido a parte, o bem da vida
a ser tutelado por meio de providencia pleiteada que se espera acontecer no plano de
direito material, ex. indenização.
Causa de pedir: elemento da identificação da ação, constituída pelos fatos e
fundamentos jurídicos do pedido formulados pelo autor na petição inicial (obrigatórios
no art. 319 CPC).
a) Próxima: os fatos do acontecimento que leva o autor a procurar o judiciário.
b) Remota: refere-se na previsão no ordenamento jurídico, no fundamento jurídico
como leis, sumulas, jurisprudências, etc. o juiz pode usar fundamentação
jurídica diversa da apresentada pelo autor pois ele conhece o direito.

JURISDIÇÃO NACIONAL

Jurisdição é a prerrogativa do Estado de aplicar o direito ao caso concreto,


resolvendo-se definitivamente uma situação de crise jurídica e gerando, com tal
solução, a pacificação social. Em outras palavras, jurisdição é o poder do Estado de
julgar os conflitos, quando provocado a fazê-lo. A jurisdição civil, é orientada
pelo princípio da territorialidade. Isso significa que, via de regra, ela somente poderá
ser exercida dentro dos limites do território brasileiros, conforme preceitua o art. 16 do
CPC.

Princípios da Jurisdição Nacional

Os limites da jurisdição nacional são as regras que orientam os limites de atuação do


juiz brasileiro e os critérios de convivência deste com o juízo estrangeiro. A doutrina
brasileira leva-se em consideração três princípios:  

1 – Princípio da efetividade:  os países delimitam a jurisdição sobre processos que


eles entendem que poderão, posteriormente, ser cumpridos.  

2 – Princípio do interesse: os países delimitam a jurisdição sobre processos que


entendem que é de interesse do Estado.  
3 – Princípio da submissão: os países respeitam a decisão das partes na eleição da
jurisdição internacional (contratos internacionais). 

O ordenamento jurídico brasileiro delimitou como sendo parte de sua jurisdição as


demandas cuja decisão gere efeitos em território nacional ou em Estado estrangeiro
que reconheça tal decisão, tornando sua atuação útil e eficaz.  Um exemplo de
situação que não se enquadraria em nenhum dos princípios seria um contrato de
locação entre dois italianos, referente a imóvel situado na Itália. Não há efetividade,
interesse ou submissão, então, a jurisdição não é a brasileira. 

Jurisdição Internacional Concorrente e Exclusiva


Os limites da jurisdição nacional podem ser divididos em jurisdição concorrente e
exclusiva. Em ambas, os juízes brasileiros atuam, mas no primeiro caso, se o juiz
estrangeiro julgar a lide, admite-se a utilização da sentença estrangeira no Brasil. No
segundo caso, a sentença estrangeira será ineficaz.  

Vejamos os detalhes de cada tipo de jurisdição: 

Jurisdição concorrente 

Refere-se às matérias em que se admite atuação tanto da jurisdição civil brasileira


(regra) como da jurisdição civil internacional (exceção). Isso significa que o processo
pode correr tanto no Brasil como no exterior, mas sendo a jurisdição internacional
excepcional, para a sentença ter validade no território brasileiro, ela deve ser
homologada pelo STJ. 

Dispositivos legais:
As normas que regulam a jurisdição internacional concorrente estão dispostas
nos artigos 24 e 25 do CPC. Entretanto, podem surgir situações nas quais um
mesmo processo seja simultaneamente proposto perante a jurisdição brasileira e a
estrangeira. Nesses casos, ambos os processos podem tramitar regularmente até a
decisão final, sem que seja configurada litispendência, mas será aplicada a sentença
que transitar em julgado primeiro. Significa que, se o processo que tramita no Brasil
transita em julgado, o procedimento de homologação é extinto sem julgamento de
mérito por configurar litispendência (apenas após o trânsito em julgado de um dos
processos). No caso da sentença estrangeira, sendo ela homologada pelo STJ, o
processo em trâmite no Brasil também é extinto sem julgamento de mérito, pelas
mesmas razões. 

COMPETÊNCIA INTERNA

Determinação da justiça competente.

Competência dos tribunais Superiores e dos tribunais inferiores.

A) justiças especializas: trabalhista, militar e eleitoral.


B) justiças comuns: federal e estadual.

- Competência absoluta art. 62: não se pode alterar.


Matéria: assunto debatido nos autos.
Pessoa: refere-se as partes no processo.
EX: quando a união é a parte funcional: processo anterior.
E2: embargos de terceiro: processo principal.
Pode ser declarada de oficio ou por requerimento da parte. A) cabe ação rescisória. B)
os atos praticados são mantidos inclusive os decisórios cabe esta ao juiz competente.

- Competência relativa art. 63: pode ser alterado


Valor da causa: rito sumaríssimo território. A
competência relativa pode ser alterada por: A) Clausula de eleição de foro. B) Inércia
do réu na contestação art. 64 e 65. C) Conexão e continência ocorrem entre ações
similares, conexão é a causa de pedir ou pedido iguais. OBS: Não são reunidos ações
que já foram sentenciados. A continência: partes e causa de pedir são iguais mas tem
diferença no pedido maior (ação continente) e pedido menor (ação contida). No
entanto, se a ação continente for distribuída primeiro, extingue-se a ação contida. O
conflito de competência negativo e positivo. OBS: A incompetência absoluta é matéria
que deve ser apreciado de ofício. A incompetência relativa não deve ser apreciada de
ofício, a não ser em caso de divisibilidade da clausula de eleição do foro.

- Competência Territorial art. 46


direito pessoal ou real sobre bens móveis.
Art. 47 – direito real sobre bens IMOVÉS (foro competente é onde a coisa se encontra
outras regras art. 48 a 53,

CONFLITO DE COMPÊTENCIA

Positivo: ambos os órgãos jurisdicionais se entendem competentes para julgar o caso.

Negativo: ambos os órgãos jurisdicionais se entendem incompetentes para julgar o


caso.

A sumula 59 transito em julgado impossibilita conflito de competência STJ.


Procedimento para o conflito de competência esta descriminado nos arts. 951 a 959
cpc. A regra geral de conflitos de competência entre juízes pertencentes a um mesmo
tribunal, são julgados pelo tribunal na qual estão vinculados. Supremo tribunal federal
art. 102 cf alienar o compete a ele os conflitos entre STJ e quais quer tribunais entre
tribunais superiores (superior tribunal de justiça, tribunal superior do trabalho, tribunal
superior eleitoral e superior tribunal militar.) Superior tribunal de justiça art. 105 CF,
alínea d. OBS: O juiz de primeiro gra não pode dizer que o TJ é incompetente.

Competência para julgar

STF: sempre que tiver um tribunal superior. EX: TST E STJ

TRF/TJ: Só julga conflito entre juízes a eles vinculados.

STJ: Juízes vinculados a outros tribunais. EX: Juiz RS x Juiz SP

TRT: Conflitos em lide trabalhistas 180 STJ. EX: Juiz trabalhista x juiz estadual

CAPACIDADE PROCESSUAL

É a capacidade de a pessoa ser parte (autor ou réu) e estar em juízo, ou seja, estar
em pleno gozo do exercício de seus próprios direitos na relação jurídica processual.
A pessoa, jurídica ou natural, possui na relação processual a capacidade de direito
(adquire direitos) e a capacidade de exercício (gere seus próprios direitos). Artigo 7º
do Código de Processo Civil e artigos 1º a 5º do Código Civil (sobre capacidade e
incapacidade).

CURADOR

á no processo civil, nos termos do artigo 72, do Código de Processo Civil, o juiz
nomeará curador especial ao incapaz que não tenha representante legal, ou caso os
interesses deste colidam com os daquele; e ao réu preso, bem como ao revel citado
por edital ou com hora certa. Como neste caso o curador não terá contato diretamente
com a parte, será admissível de forma excepcional a contestação por negativa geral.

PROCURADORES E CAPACIDADE POSTULATÓRIA

É a capacidade plena de representar as partes perante os órgãos do Poder Judiciário.


Para formular pleitos adequadamente perante o juiz, o sistema exige que, em regra, a
parte aja por meio de um advogado legalmente reconhecido pela Ordem dos
Advogados do Brasil constituído como procurador da parte.

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