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Teórica

quinta-feira, 14 de setembro de 2023 15:15

Litígio: conflito de interesses que é levado a tribunal. Quando de um lado existe uma pretensão e uma
resistência dessa pretensão, ou seja, há um conflito que não se resolve amigavelmente, posto isto, quem
pretende pode intentar uma ação judicial face à outra. Este conflito nasce porque existe uma relação
jurídica entre A e B que é explicada pelo direito substantivo (civil, comercial, trabalho). Quando for
inventada uma ação judicial estamos perante um litígio. Uma relação jurídica de base pode estar
fundamentada num ato jurídico.

Proibição da Autotutela: exceções (art.º 336 e 337.º CC): autotutela significa regular os próprios
interesses de forma própria. Quando falamos desta proibição pensamos no art.º 2.º do CPC. O legislador
diz-nos que é proibido em regra fazer-se justiça pelas próprias mãos. A autotutela é por vezes admitida em
direito na circunstancia de legitima defesa, estado de necessidade ou direito de resistência… Por mais que
o seu direito tenha sido violado, aquele que está delimitado no conflito não pode estar em juízo de causa
própria.

Autocomposição vs. Heterocomposição: a primeira é a resolução do conflito de forma amistosa por


ambas as partes, pode haver uma renuncia por uma das partes sem que o conflito passe pelos tribunais, a
forma mais simples de resolução por autocomposição é através de um acordo judicial ou extrajudicial, este
acordo também pode ser alcançado por terceiros como os advogados, peritos e mediadores. Por sua vez,
a segunda é quando há a composição do conflito a um tribunal arbitral - as partes metem o seu conflito à
apreciação de árbitro escolhido pelas próprias partes que vai utilizar a lei para solucionar a controvérsia
de forma autónoma e competente.

Função Jurisdicional: trata-se de uma função típica dos tribunais que passa por dizer o direito. Os
tribunais exercem o poder soberano sobre o Estado, têm o monopólio da função jurisdicional (p. Ex.,
proibição da autotutela). O Estado delega a outras instituições o poder de dizer o direito, o Estado
mantém o monopólio do poder jurisdicional, mas, delega em certas entidades esse direito. (Art.º
202.º/n.º2 CRP), a mediação é um meio de resolver um conflito sem recorrer aos tribunais.

Funções do Direito Processual Civil: o direito processual civil é um conjunto de regras e princípios
destinados a regulamentar as várias fazes do processo e tem duas funções de acordo com Miguel Teixeira
de Sousa, garantir a integridade do Direito objetivo e efetivar os direitos subjetivos.

Direito de Ação: todos tem direito a intentar uma ação judicial para que um juiz aprecie os fundamentos e
aprecie o conjunto de provas, o juiz leva em consideração o conjunto de provas e aplica o Direito ao caso
concreto. Para qualquer violação de direito deve existir ação correspondente. Art.º 2.º/n.º 2 CPC. Tem
também concretização constitucional (art.º 20.º CRP).

Direito ao Processo: Direito à decisão fundamentada; direito à execução da decisão judicial: Todos têm
direito de mover uma ação judicial, assim como também têm direito a que um processo seja desenrolado
de forma clara para que o juiz possa decidir resolvendo o mérito da questão. O juiz diz que tem direito de
forma fundamentada. Na segunda o processo necessita que a decisão judicial fundamentada seja
executada, a execução é o cumprimento coercivo por parte do vencido da decisão judicial.

Os sujeitos processuais: a relação jurídica processual: são a parte autora, parte média, parte
demandante, parte demandada. Estes sujeitos possuem uma relação que os envolve que se inicia com a
ação judicial. Art.º 259.º/n.º1 CPC. A relação mais simples é triangular, porém podem meter-se mais
pessoas nessa relação. A instância pode não estar ainda consolidada mesmo depois de se iniciar, pois,
pode haver uma alteração na mesma devido à entrada de mais pessoas ou alteração do objeto.

O objeto do processo: pretensão, o bem jurídico objeto de disputa: o objeto é a pretensão que tem uma
causa de pedir e o pedido. O bem jurídico objeto de disputa pode ser a honra, direito de propriedade,
etc. o bem jurídico será subjacente a um conflito de interesse que gera um litígio.

O processo é um conjunto de atos sequenciados de uma forma lógica que são aplicados no caso concreto
para que o juiz possa decidir resolvendo o mérito da questão.

Art.º 20.º CPC

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