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Rio de Janeiro
2015
AVM Faculdade Integrada
Pós-graduação de Gestão Pública
Marcela Fernandes
Introdução
Esse estudo aprofundado se faz imprescindível para que se consiga atender o objetivo
principal do trabalho, que é o de analisar se o novo modelo de gestão pública tem sido eficaz
na eliminação ou na redução das disfunções da burocracia, possibilitando uma resposta mais
rápida do serviço público, frente às demandas da sociedade.
Já no capítulo 2, a ênfase será nas medidas tomadas pelos diferentes governos para
tentar diminuir essas disfunções da burocracia e tornar a máquina pública mais flexível e
eficiente. A partir da análise dos principais governos que tentaram modernizar o Estado, o
leitor poderá compreender o quão árduo é para o Estado solucionar esses impasses
burocráticos, pois não há uma constante evolução, remetendo-nos ao movimento de um
pêndulo, em que uma hora oscila para o lado burocrático e em outra, para uma tentativa de
modernizar o aparelho estatal.
Assim sendo, será abordado o contexto histórico do seu surgimento, bem como
evidenciada as principais características do novo sistema e a metodologia adotada para
atingir o fim do serviço público, de atender aos interesses do cidadão. Mostrando a inovação
referente a esse novo objetivo, uma vez que é o primeiro modelo que coloca a sociedade
como foco das políticas públicas e não o próprio Estado.
1 Do patrimonialismo à burocracia
Em outras palavras, não há a distinção, por parte dos políticos, do patrimônio público
em relação ao patrimônio privado, ou seja, o Estado é uma extensão do poder do soberano e
os servidores, possuem status de nobreza real. Por conta dessa não diferenciação entre res
publica (bem público) e res principis (patrimônio do príncipe), que temos uma administração
pautada no nepotismo, troca de favores e consequente corrupção. Nesse contexto, não se
fala em servir à população, muito menos em interesse público, já que a fruição dos cargos
era meramente para satisfação de interesse próprio e de seu grupo.
Ou seja, ao mesmo tempo em que se tinha uma administração centralizadora que vinha
da metrópole, havia uma descentralização no poder local (províncias). Sendo a cultura
patrimonialista inerente a essa época, onde os recursos do patrimônio público (tributos) eram
gastos de maneira indiscriminada.
Foi no período pombalino que o Brasil começou a “respirar” ares de uma administração
mais organizada. O seu projeto de tornar a administração portuguesa mais eficiente e
racional acabou refletindo no país, já que formou lideranças político-administrativas para
atuarem nas Colônias, com um viés modernizador e estratégico para a época. (SILVA, 2014).
Para essa modernização, foram tomadas diversas medidas, tais como: o fim das
capitanias hereditárias, a transferência da capital do Brasil de Salvador para Rio de Janeiro,
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Entretanto, o período marcante para o início de uma administração pública no Brasil foi
com a vinda da família real para o Brasil em 1808, devido ao conflito político entre Portugal e
França, no governo de Napoleão Bonaparte. Foi a partir dessa migração, que foram criadas
instituições governamentais e todo um aparato público para dar suporte à corte portuguesa
no Brasil.
Leite”, cujo objetivo era manter essa oligarquia no governo, garantindo os interesses da elite
agrária.
A população não participava da política e grande parte morava no campo e, por isso,
ficava sob influência dos coronéis, que possuíam grande força política e administrativa em
suas regiões, servindo como peças-chave para manutenção do referido regime. Portanto,
essa administração foi pautada sob um viés mais patriarcal e descentralizador, onde o poder
central dava maior autonomia ao poder local.
e o privado, mas que, também, separasse o político e o administrador público. Surge, dessa
forma, a administração burocrática moderna racional-legal (BRESSER, 1996).
Dessa forma, cada cargo possui sua própria competência, não havendo flexibilidade
entre eles, já que tem de seguir estritamente o que está regulamentado. O que passa a ser
valorizado é o cargo e não a pessoa. Ou seja, toda rotina de trabalho e funcionamento da
organização é considerada previsível.
1 Weber, Max. Conceito sobre o advento do Estado Liberal de Max Weber. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_burocracia. Acesso em 14/06/15
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Fonte: http://www.fcsh.unl.pt/apsociedade
Por conta dessas disfunções, a burocracia acabou recebendo uma conotação negativa
por parte da população, exprimindo lentidão e ineficiência. Dessa forma, o cidadão faz largo
uso desse termo para criticar o serviço público. Entretanto, poucos sabem da importância
que esse modelo representou para o Brasil, sendo uma forma de diminuir o patrimonialismo,
tão enraizado na nossa cultura. As disfunções acabam tendo relevância maior na concepção
da opinião público que a meritocracia e legalidade instaurada por esse sistema.
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Conforme explicitado no presente estudo, houve uma conjuntura muito favorável para
que fosse aplicado o golpe revolucionário de 30 e Getúlio Vargas chegasse ao poder.
Para superar esse cenário alarmante, Getúlio Vargas tomou medidas alternativas a fim
de evitar um colapso ainda maior no país, uma delas foi se voltar ao mercado interno,
através de incentivos a indústrias, modernização da máquina estatal e criação de barreiras
aos produtos estrangeiros.
Por conta disso, percebeu-se que o modelo patrimonialista não era mais condizente
com a realidade, não tinha como se adequar a uma economia industrial cada vez mais
complexa e competitiva.
Carreiras que eram consideradas de grande relevância para o êxito do novo Estado
(auditores, diplomatas), faziam uso do concurso público e do sistema de mérito, capacitação,
garantias e salários competitivos. Entretanto, nas carreiras de nível mais baixo, ainda se via
resquícios do clientelismo e patrimonialismo devido às nomeações políticas, salários
defasados e ausência de meritocracia. Dessa forma, termos uma clara convivência da
burocracia com o patrimonialismo.
Com o fim da Segunda Gerra Mundial, houve um clamor da população brasileira pela
democracia, enaltecendo o conceito de liberdade difundido pelos Estados Unidos. Essa onda
ideológica e política fez com que o regime ditatorial sofresse um desgaste, refletindo no
governo de Getúlio Vargas.
O término do governo, em 1945, fez com que o DASP perdesse muita força, passando
a fazer um trabalho mais rotineiro e menos modernizador. Com o regime democrático, os
hábitos patrimonialistas voltaram com grande força, uma vez que servia de barganha para
troca de interesses entre o Legislativo e o Executivo.
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O governo de Juscelino Kubitschek foi marcado por uma administração mais pacífica,
de forma a evitar os conflitos, portanto, caso houvesse algum problema em uma estrutura do
governo, o presidente preferia criar uma outra (em geral, autarquia) para resolver o impasse.
Com esse mecanismo de governo, essa fase foi marcada por uma administração paralela à
administração pública.
O plano de metas do governo era executado com base nessa filosofia, logo a
coordenação ficava a cargo de grupos executivos, escolhidos diretamente por ele. Chamado
de “ilhas de excelência”, esses órgãos concentravam um corpo técnico altamente
capacitados, não contratados por concurso, mas sim por mérito, com salários mais altos que
os da administração direta. Foi, portanto, um período marcado pelo clientelismo e por uma
administração descentralizada, pautada em autarquias, empresas públicas e grupos
especiais. (COSTA, 2008)
O governo militar norteou sua proposta de governo sob um viés modernizador, com o
objetivo de conter a inflação causada, principalmente, pelos altos salários e gastos
excessivos dos governos anteriores.
Assim sendo, foram implementadas uma série de medidas para estabilizar a economia
e tornar concreto o plano desenvolvimentista do governo militar, como por exemplo: criação
do Banco Central, reforma tributária, restrição de crédito, entre outros. (RENNÓ, 2015)
Além dessas medidas, o DASP foi extinto, reforçando o combate feito pelo regime
militar ao estigma burocrático do Brasil. Pode-se dizer que esse Decreto-Lei foi o primeiro
passo para administração gerencial.
Em 1979 foi realizada outra tentativa para combater a burocracia do serviço público
através do Programa Nacional de Desburocratização, comandado por Hélio Beltrão, cujo
objetivo era focar no interesse público, ou seja, o Estado deveria redirecionar a máquina
pública para atender ao cidadão e não ao procedimento em si. Diante disso, o plano buscava
simplificar e racionalizar os métodos, além de enxugar a máquina pública. Nesse contexto,
deu-se, também, as privatizações, onde o Estado não poderia mais se preocupar com
atividades que não fossem primárias à sua função.
Essas medidas onerosas vão de encontro ao cenário de crise econômica e fiscal que o
Brasil passava com o fracasso do Plano Cruzado e a elevada inflação. Portanto, era preciso
recuperar a poupança pública, desonerar o Estado de todas as atividades e estabelecer uma
administração que acompanhasse o ritmo da sociedade, sendo mais ágil e eficiente no
atendimento dos interesses da população. Entretanto, somente a partir dos anos 90, que o
governo se atenta para essa transformação, através do polêmico governo do presidente
Collor.
Isso se deu porque, no final do Governo Sarney – seu antecessor –, a inflação atingiu
72%, tornando mais grave a crise econômica do país. Esse cenário alarmante fez com que o
novo presidente se visse obrigado a tomar medidas reacionárias para contornar a situação,
implantando esse plano de estabilização.
Apesar de medidas para tentar modernizar o país e diminuir a inflação, esse período foi
bem conturbado para a população e para a administração pública, pois além do
congelamento de preços e violento ajuste fiscal, houve o confisco da poupança. Gerando,
assim, uma crise política sem precedentes, além da redução drástica do quadro do
funcionalismo público, sem se atentar para os efeitos negativos dessa ação aleatória.
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utiliza do modelo privado para traçar suas diretrizes, já que esse mercado consegue
acompanhar a dinâmica desse mundo globalizado.
Como mencionado acima, esse novo modelo tem como base a confiança no
funcionário, logo, para existir essa descentralização, faz-se necessário o treinamento de
quem recebe o trabalho, não somente de quem delega. Além disso, essa credibilidade leva a
uma aproximação do líder com o subordinado, gerando um resultado final mais favorável,
com maior segurança.
Através de estímulo dado aos servidores públicos, busca-se atingir a motivação para
que eles tenham um desempenho melhor, já que, do contrário, a chance da cultura de
comodismo permanecer é muito grande, continuando o setor público engessado e, por isso,
não alcançando o resultado pretendido. Portanto, é fundamental para o funcionamento da
máquina pública, humanizar o trabalho, levando em consideração as necessidades e
particularidades de cada indivíduo.
Nesse viés de foco no resultado, o cidadão passa a ser visto como contribuinte de
impostos e, consequentemente, como cliente da prestação de serviço do Estado, sendo o
beneficiário direto dos resultados da administração pública. Para atingir esse fim, a estratégia
da nova gestão se pauta em três pilares, que são:
No Brasil, esse modelo foi implantado em 1995, através do Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado (PDRAE). Apesar das inúmeras tentativas do governo – como extinção e
criação de órgãos e constituição de uma estrutura paralela visando alterar a rigidez
burocrática – para realizar essa modernização da administração pública, somente no
governo de Fernando Henrique Cardoso que se deu a efetividade da implantação do modelo
gerencial, introduzindo as diretrizes e a cultura gerencial moderna na administração pública.
Apesar da crise mundial nos anos 70, apenas na década de 80 que começa a se sentir
a crise no Brasil, que envolve a crise fiscal e o esgotamento do plano de substituição de
importação. Soma-se a isso o fato de a máquina estatal ser considerada rígida,
centralizadora e com excesso de normas e procedimentos, o que dificulta sua adaptação ao
contexto.
Como pode ser visto ao longo do presente estudo, no governo do Fernando Collor, a
técnica adotada para contornar a crise foi se pautar numa ideologia neoliberal, de Estado
Mínimo, entretanto, essa não foi a solução da crise, pois só agravou a situação fiscal, uma
vez que a população ficou desamparada dos programas de governo. Somente nos anos 90
que surgiu uma proposta mais consistente de contornar essa crise pela qual o país passava,
através de uma reforma política, econômica e social do Estado.
Para isso, será necessária uma mudança em três planos: no plano institucional-
legal, através da reforma da Constituição e das leis do país; no plano cultural,
através da internalização de uma nova visão do que seja administração pública;
e no plano de gestão, onde afinal se concretiza a reforma. (LUSTOSA, 2008,
pg. 864)
Segundo Bresser Pereira, essa reforma atuaria em duas frentes: facilitar o ajuste fiscal
e modernizar a administração pública. O ajuste fiscal seria realizado no âmbito do
funcionalismo público ao reduzir a máquina pública com a exoneração de servidores; definir
o teto remuneratório; e aumentar o tempo de serviço para a aposentadoria, tornando-a
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Para que seja mais fácil o enfrentamento de obstáculos que venham a surgir na
implementação desse novo modelo de gestão, além de identificar estratégias específicas
para cada segmento, foi definido um modelo conceitual para separar o aparelho do Estado
em quatro setores:
Serviços Não Exclusivos: O Estado atua neste setor juntamente com outras
organizações, sejam elas públicas ou privadas. Não possui poder de Estado,
entretanto envolve serviços essenciais para a população, como educação e
saúde, ou produzem ganhos que não podem ser apropriadas por esses serviços
através do mercado, exemplo: universidade, centro de pesquisa, museus e etc.
Para facilitar a compreensão do leitor acerca dos tipos de modelos adequados a cada
setor, o PDRAE traçou um esquema de organização que representa essa divisão:
Ao
analisar a proposta do Plano Diretor, percebemos cinco diretrizes para aplicação das
medidas2 :
2 COSTA, F. L. “Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de administração pública; 200 anos de
reforma.” Revista de administração pública, 2008.
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Esse princípio obrigou o servidor público a realizar suas atribuições com mais
qualidade, agilidade e perfeição, sendo passível de perda do cargo, caso não se mostre
eficiente.
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Essa emenda foi criticada por muitos, uma vez que viram nela o objetivo predominante
de alterar o regime jurídico a fim adequá-lo aos novos requerimentos da política gestacional.
Entretanto, há de se afirmar, que ela representou um grande avanço para disciplinar as
atividades do Estado, já que, através de seus dispositivos, deu respaldo legal para a efetiva
participação do cidadão e para a qualidade do serviço prestado.
Essa reforma implementada pelo PDRAE não foi suficiente para eliminar as disfunções
da burocracia, pois ainda há uma cultura burocrata muito arraigada em nossas instituições
devido à crença de que o patrimonialismo possui alta prevalência no Brasil. Entretanto,
apesar do nepotismo e da corrupção estarem presente, não são mais a regra, pois além de
termos uma fiscalização maior por parte da população, ainda contamos com medidas legais
para combater esses desvios, como a lei da improbidade administrativa.
fazendo com que os mais aptos tenham chances efetivas de ascender rapidamente, sem
serem barrados pela rigidez burocrática.
Considerações finais
pela administração pública gerencial, porém, ainda, com práticas burocráticas e resquícios
patrimonialistas.
Entretanto, esse modelo não conseguiu acompanhar a evolução da sociedade, uma vez
que não possuía flexibilidade para se adaptar às mudanças. Com essa rigidez excessiva,
suas características, que antes lhes eram de grande valia para o contexto histórico,
acabaram por gerar disfunções na administração pública, levando ao “engessamento” do
Estado.
Posteriormente, uma série de medidas foram realizadas para diminuir essas disfunções
e tornar a máquina estatal mais rápida frente às mudanças. Dessa maneira, podemos
destacar a reforma administrativa, realizada no período militar, no ano de 1967, que buscou
descentralizar a administração pública através da criação de uma administração indireta,
com maior autonomia.
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Porém, o que parecia ser uma medida eficaz para a maleabilidade do Estado, acaba se
tornando um atrativo para volta de práticas clientelistas, uma vez que a maior liberdade
concedida às empresas públicas, criadas pelo Decreto-Lei de 67, permitia nomeação de a
cargos públicos sem critério e, portanto, servindo como uma moeda de troca entre as
autoridades. Além de não ter dado a devida importância a administração direta, que acabou
enfraquecida por conta da falta de investimentos.
Diante disso, no governo Collor, para tentar conter a inflação e a crise econômica,
adotou-se o neoliberalismo, com a defesa de um Estado Mínimo, com redução de gastos ao
extremo, além de criação de medidas impopulares para conter a inflação. Entretanto, como
era de se esperar, o plano de ação do governo acabou sendo ineficaz para a recuperação do
Brasil e se instaura uma das mais memoráveis crises política e econômica do governo,
culminando com o impeachment do presidente.
Para tentar conter essa desvalorização crescente da moeda e a crise fiscal, o governo
de Itamar Franco cria o Plano Real, sob direção do Ministro da Fazenda Fernando Henrique
Cardoso, conseguindo estabilizar a economia e dando esperança a uma população
desacreditada. Em meio a euforia do período, elege-se para o cargo de sucessor na
presidência o, então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, dando início a uma
nova gestão pública.
em gerir os seus recursos e a sua administração. Diante disso, formulou-se, sob a direção de
Bresser Pereira, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, cujo objetivo era
modernizar toda a administração pública através da implantação de um modelo gerencial.
Apesar da modernização alcançada por esse plano, não podemos dizer que seu
modelo foi efetivo, pois a máquina pública ainda apresenta deficiência em atender o
interesse público, pois ainda há lentidão nos processos administrativos, não sendo
eliminados os desvios da burocracia e as práticas do patrimonialismo, com o uso de
nepotismo e corrupção (presente em órgãos menores, onde a fiscalização é mais precária).
Por tudo exposto, percebe-se que o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente para
evoluir na administração pública, pois todos esses modelos antigos ainda perduram em
nossa atualidade de forma negativa. Entretanto, a população tem um papel cada vez mais
crucial nesse processo, uma vez que sua participação ativa em relação ao governo, através
da fiscalização e cobrança, corrobora para evolução da nossa máquina pública. Isso porque,
ao longo do texto, foi possível notar o quanto o modelo administrativo se torna reflexo da
sociedade que o representa, logo uma população que não seja passiva, que exija seus
direitos, acaba por pressionar o país a adotar uma política de maior qualidade na sua
prestação de serviço.
Referências Bibliográficas
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Introdução à Organização Burocrática. Ed. São Paulo:
Thompson, 2004.
RENNÓ, Rodrigo. Administração Geral e Pública para AFT. Ed. Estratégia Concursos, 2015.
Weber, Max. Conceito sobre o advento do Estado Liberal de Max Weber. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_burocracia. Acesso em 14/06/15