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POVOAMENTO SC

Ocupação do Território de SC
• Primeiros habitantes (Indígenas) :

– Tupi-guaranis (carijós) – Litoral


• Sedentários (pesca e agricultura) – (sambaquis)
• Os indígenas chamavam a Ilha de Santa Catarina de “Meiembipe”
e “Jurerê-Mirim”

– Jê (Kaingangs e Xokleng) – Interior


• Kaigangs: Planalto
– Semi-nômades (caça, coleta, agricultura)

• Xokleng: Florestas entre o Litoral e o Planalto


– Nômades (caça e coleta)
Povoamento Vicentista (séc. XVII)

• Primeiros povoadores
– Originários da Capitania de
São Vicente (São Paulo)
– No contexto das expedições
bandeirantes.

– São Francisco (1658)

– Desterro (1662)

– Laguna (1682)
Povoamento Vicentista (séc. XVII)

• Povoado de Nossa Senhora do Rio São Francisco (São


Francisco do Sul) – 1658
– Manuel Lourenço de Andrade

• Povoado de Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis) –


1662
– Dias Velho

• Povoado de Santo Antônio dos Anjos de Laguna (Laguna) –


1682
– Brito Peixoto
Povoamento Açoriano (séc XVIII)
Em 1746, o Conselho Ultramarino Português resolveu promover
a imigração para o sul do Brasil (litoral de Santa Catarina) de
famílias originárias do Arquipélago dos Açores e da Ilha da
Madeira.
 Objetivos:
 Povoar o sul do Brasil (evitar invasão espanhola)
 Resolver os problemas demográficos destas ilhas portuguesas.

Os Problemas no Arquipélago de Açoriano


 Ilhas vulcânicas;
 Constantes abalos sísmicos;
 Escassez de terras férteis;
 Elevada densidade demográfica;
 Falta de alimentos.
Povoamento Açoriano (séc. XVIII)
• Colonização sem infra-estrutura.
– Agricultura e pesca

• Chegada dos Açorianos


–  1748  1º grupo

• Localização
– Litoral fronteiro até Laguna. 
– Alguns foram para o Rio Grande do Sul.

• Fundações Açorianas 
 Lagoa da Conceição – (1750)
 Enseada de Brito – (1750)
 São Miguel – (1750)
® Rio Vermelho – (1834)
® Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão (1809)
 Canasvieiras – (1835)
 Santo Antônio de Lisboa – (1755)
 São José – (1751)
 
Povoamento Açoriano (séc XVIII)
Legado Açoriano:
 Renda de Birro;
 Olaria;
 Carro de Bois;
 Pão-de-Deus;
 Festa do Divino Espírito Santo;
 Farra do Boi.

E ainda:
 Relatos sobre “As Bruxas” e o “Lobisomens”.
Tema das obras de Franklin Cascaes
Povoamento Açoriano (séc XVIII)
• Obs: Não podemos esquecer que os açorianos foram
usados para atender aos interesses dos portugueses
nos projetos expansionistas com relação ao sul e à
colônia do Sacramento.

• Atividade Econômica - Período Colonial


– Farinha
•  os açorianos aprenderam a plantar com os índios – foi a
principal atividade econômica por mais de 100 anos; 
muitos engenhos de farinha;
•  exportavam para o centro do Brasil.
Ocupação do Planalto de SC
• Caminho das Tropas.
– O gado era levado do Rio Grande do Sul até São
Paulo.
• Pelotas à Sorocaba (Feiras)
Ocupação do Planalto de SC
Povoações nos “campos de Lages”
 O percurso e o repouso em terras do planalto catarinense foi, aos
poucos, dando origem a povoações e propriedades pecuaristas.
 1730 – aberto primeiro caminho “Caminho do Gado”.

 Estes caminhos foram responsáveis pela fundação de várias


cidades no Planalto Catarinense (Campos Novos,
Curitibanos, Lages).
 
Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (1771)
Fundador – Antônio Correia Pinto.
Estava incorporada à São Paulo até 1820.
Colonização Alemã
 
Ø Depois dos portugueses os alemães foram os
primeiros europeus imigrantes a chegar. Eles
desembarcaram no Desterro em 1828, no ano seguinte
foram para a colônia de São Pedro de Alcântara.

Ø     No início do século XIX, ainda não existia a


Alemanha como nação. Havia territórios de língua
germânica distribuídos em vários Estados Alemães os
quais mais tarde –1871, foram unificados dando origem
a Alemanha.
 
Ø    Em Santa Catarina a partir da segunda metade do
século XIX em diante que a colonização alemã se
multiplicou.
Ø     Fundaram-se núcleos de povoamento os
quais deram origem às cidades de Blumenau,
Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento, Indaial, Timbó,
Pomerode...
 

Ø   A principal região do Estado com maior


 

representatividade da cultura alemã é o Vale do


Itajaí.
 
Ø  Nem todos os imigrantes alemães professavam
  

a mesma religião. Os que vinham do norte eram em


maioria luteranos, enquanto os do sul eram em
maior número católicos.
Ø      Assim, à medida que as necessidades básicas foram
superadas os imigrantes e seus descendentes passaram a
cultivar usos e costumes trazidos na bagagem cultural as
quais foram continuadas pelos seus descendentes, para
manter viva a sua identidade.
 
Ø     Desta forma os corais, as bandas musicais, as
orquestras, as sociedades dos atiradores e suas
schützenfest onde são escolhidos o Rei e Rainha do tiro, o
bolão, e estas são algumas das manifestações cujas
origens estão na velha Europa de fala alemã.
 
Ø    Outras manifestações da cultura alemã estão
presentes na alimentação, na arquitetura (enxaimel), na
religião – base econômica – educação.
Ø      Inspirada nas festas alemãs de Munique nasceu em 1984 a
Oktoberfest. Em decorrência deste evento muitas manifestações
foram reavivadas e outras reainventadas através do folclore.
 
Ø    O mosaico étnico que hoje constitui a gente catarinense é
também formadas por suíços, suecos, noruegueses, techcos estes
imigrantes e descendentes se confundem com a história da
imigração alemã.
 
Ø      A sua contribuição se faz presente na formação da gente
catarinense através do associativismo – Entidades assistenciais –
como também contribuiu no campo econômico: comércio –
indústria – agricultura.
 
Ø      No campo cultural: esta presente no teatro – canto – música
– arquitetura – literatura – na educação.
Colonização Italiana.  

Ø      O primeiro núcleo de imigrantes italiano em Santa


Catarina -1836, nas margens do rio Tijucas, atual município
de São João Batista.
 
Ø      O grande fluxo –1875, com a chegada de imigrantes
vindo da Itália fixando-se em Nova Trento, como também
marcaram presença nos núcleos do Vale do Itajaí - Rio dos
Cedros – Benedito, Rodeio , Ascurra e Vale do Itajaí Mirim –
Guabiruba, etc.
 
Ø      Na região Sul concentrou-se em Urussanga, Araranguá,
Nova Veneza, Siderópolis, Orleans, Pedras Grandes, Criciúma,
etc. 
Ø      E no oeste catarinense em Tangará, Pinheiro Preto,
Videira e regiões vizinhas.
Ø      Eles contribuíram decisivamente na formação da
gente catarinense na formação da religiosidade,
arquitetura das igrejas, esculturas de santos trazidos da
Europa
 
Ø      Na economia com a produção do vinho, cooperativas
agrícolas, indústrias de móveis, calçados, cerâmicas e
olarias...
 
Ø      Fases da ocupação (norte/sul/oeste/vale) suas
marcas estão presentes: na linguagem, na religiosidade,
na educação, na arquitetura, na economia – agrícola,
rizicultura, vinicultura, madeireira.
 
Ø      A contribuição na economia hoje – (Concórdia /
Oeste) Fábricas / diversidade; Formação cultural
(seminários); Tradições resgates (Folclores)
Contribuição Austríacos/ Tiroleses.
 
 
 
Ø      Vindos do Tirol, os imigrantes austríacos chegaram
a Santa Catarina no início dos anos 30. Aqui, fundaram a
cidade de Treze Tílias.

    A maioria das casas é um estilo alpino e espalham-se


por todas as ruas.

Ø     Esculturas e adornos talhados em madeira enfeitam


portas e janelas. Nos telhados, galos recortados em
metal.
Contribuição Japonesa
 
Ø    Em Santa Catarina, fundaram a Colônia Governador Celso
Ramos, hoje município de Frei Rogério, no Meio Oeste
Catarinense.
 
Ø     Apesar de recente, é uma das colônias mais autênticas
de todo o Brasil. Zelosos com sua tradição mantiveram os
costumes, ritos, crenças e a língua.

Ø     Além de Frei Rogério, os descendentes de japoneses


também se fazem presentes nos municípios de Curitibanos,
São Joaquim, Caçador, Mafra, Canoinhas, Joinville e
Florianópolis.
Contribuição dos Poloneses
 
Ø      A partir de 1869, e principalmente entre 1876 e
1890, grandes levas de poloneses deixaram a Europa.
 
 
Ø    Sua importância na formação étnica pode ser
percebida nas marcas que deixaram nos costumes, nas
tradições, na culinária, na arquitetura e na religiosidade.
 
Ø      Os principais núcleos estão localizados nas cidades
de Mafra, Canoinhas, Itaiópolis, São Bento do Sul,
Campo Alegre, Brusque e Criciúma.
Contribuição Ucraniana
 
Ø      Os imigrantes ucranianos, de origem eslava,
chegaram ao Brasil no final do século XIX.
 
Ø      Principais núcleos de colonização no norte
catarinense, nos municípios de Iracema, Itaiópolis,
Papanduva, Moema, Santa Teresinha, Canoinhas, Mafra,
Porto União.
 
Ø      É fácil identificar os ucranianos e seus descendentes:
Seus ovos de Páscoa – as pêssankas – são os mais
coloridos entre os povos eslavos. Suas roupas são alegres,
com cortes que facilitam gestos amplos, expansivos.
 
Ø      Seus bordados misturam desenhos e cores infinitas.
Suas igrejas, grandes templos ou pequenas capelas, são
sempre objetos de arte.
Contribuição Húngara
 
Ø      Os imigrantes húngaros chegaram em Santa
Catarina por volta de 1889, Fixaram-se na de
Jaraguá do Sul.
 
Ø    Os húngaros são conhecidos por seus
coloridíssimos trajes típicos usados enquanto
dançam músicas kuruck, estilo que se transformou
em símbolo da resistência dos húngaros.
 
Ø      Hoje, os seus descendentes buscam revitalizar
as tradições, o folclore e a cultura dos seus
ancestrais.
Contribuição Bucovinos (Russos)
 
Ø       Todos têm como raízes a antiga Prússia, hoje
Alemanha. Antes de imigrarem para o Brasil haviam se
fixado nas terras frias do Norte da Europa – Romênia e
Rússia.
Ø
      Falam dialetos alemães, com acréscimos de palavras
e expressões tomadas emprestadas dos povos com os
quais conviveram.
 
Ø      O principal núcleo bucovino em Santa Catarina fica
na região Norte do Estado, com destaque para a cidade
de Mafra. Os russos fixaram-se na região Oeste, nos
municípios de Riqueza e São Carlos.
Contribuição Letos (Letônia)
 
Ø       No início, estabeleceram-se em terras
designadas pelo Governo Brasileiro, nos municípios
de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Rio Novo – hoje
município de Orleans – e Criciúma.
 
Ø       Na sequência, muitas famílias mudaram-se
para Urubici, onde permanecem até hoje, vivendo
numa das mais típicas e expressivas colônias de
letos no Brasil.
Contribuição Árabes: Libaneses e Sírios
 
Ø       Os árabes chegaram ao Brasil a partir de
1885.
 
Ø       Sem liberdade política, aportaram na nova
pátria com documentos expedidos pela Turquia.
Daí a origem da confusão: até hoje, é comum
chamar os árabes de turcos.
 
Ø       Locais onde a presença árabe em Santa
Catarina por volta de 1700. A grande maioria veio
de Açores. , onde tinham se refugiado, fugindo
dos horrores da Inquisição.
Contribuição Grega
 
Muito antes do Século XIX, quando os
primeiros imigrantes gregos chegaram em
Santa Catarina os imigrantes gregos fizeram
da Igreja Ortodoxa Grega de São Nicolau o
santuário não apenas da sua religiosidade,
mas também dos seus costumes e tradições.
Contribuição Holandesa
 
Ø       A história dos holandeses em Santa Catarina é
recente. Cegaram em maior número a partir de 1950.
 
Ø       Inicialmente, dedicaram-se à agricultura.
 
Ø  Atualmente, destacam-se na produção de laticínios,
cultivo e comercialização de flores.
 
Ø      O principal núcleo de holandeses, em Santa Catarina,
fica na localidade de Tijuquinhas, ao Norte de Florianópolis.
 
Ø    Também há descendentes de holandeses em
Florianópolis, Biguaçu, Joinville e Witmarsum.
Festas de Outubro

Oktoberfest, Blumenau  -  Maior festa da cerveja fora da Alemanha. Grandes bailes que
ocorrem na Vila Germânica, desfiles de carros alegóricos, centopéias, carros de cerveja,
torneio de chope em metro.

Festa das Tradições, Joinville   - Características semelhantes à festa de Blumenau.

Fenarreco, Brusque  - Festa alemã, com destaque para os pratos preparados com
marreco.

Schützenfest, Jaraguá do Sul  - Festa dos atiradores, tradição alemã.

Kegelfest, Rio do Sul  - O tema da festa é o bolão, esporte popular nas comunidades
alemãs.

Musikfest, São Bento do Sul  - Festival de música e dança folclóricas. Evento


multicultural, celebra tradições de várias etnias.

Tirolerfest, Treze Tílias - Festa típica da comunidade austríaca em Santa Catarina.

Marejada, Itajaí  - Festival gastronômico de celebração das tradições portuguesas.


Culinária baseada no pescado e frutos do mar.
Fenaostra, Florianópolis -  Festival gastronômico de celebração das tradições
açorianas, com pratos baseados no molusco – Florianópolis é o maior produtor
de ostras do Brasil e, durante o festival, são realizados seminários técnicos sobre
maricultura.*
 * Excepcionalmente, em 2004 a Fenaostra ocorreu em novembro.

Oktoberfest, em Itapiranga -  Mais antiga das festas de outubro. Mantém as


características originais de festa comunitária.

Festa do Imigrante, Timbó -  Semelhante às demais festas alemãs, mas mantém


as características originais de festa comunitária.

Oberlandfest, Rio Negrinho  - Semelhante às demais festas alemãs, mas


mantém as características originais de festa comunitária.

Bananefest, Corupá - Une tradições alemãs à gastronomia feita com banana,


base da economia local.
                                   
Oktobertanz, São Pedro de Alcântara - Primeira colônia alemã do estado
celebra as tradições germânicas.
          
Açorfesta, São José  - Festividade que resgata a cultura açoriana, forte na
cidade.

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