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À excelentíssima diretora geral irmã Ana

Ilustríssima Coordenadora geral juliana


Digníssima coordenadora dos Nonos anos e Ensino Médio Silvana
Alexandrina da Silva Busetti, 
Caríssima professora de Produção Textual e mestre em educação
Beatriz Duve, 
caros mesários, colegas e demais aqui presentes, um bom dia. 

Primeiro, gostaria de parabenizar a oradora Maria Eduarda Raithz Quintino


pelo ótimo texto sobre a influência dos influencers padrões de consumo.
Entretanto sua menção à Zygmunt Bauman no seu primeiro parágrafo reflete
ao consumismo e não a padrões de consumo. Tendo em mente que o
consumismo é a ação de comprar excessivamente e sem necessidade, sendo
motivada por impulso ou desejo de comprar, nota-se um equívoco, já que o
padrão de consumo diz respeito à maneira como o consumidor se comporta e
como ele enxerga a aquisição de um produto ou serviço.

Além disso, no seu segundo parágrafo, a acadêmica alega assertivamente


que "mídias sociais se tornam meios propícios ao impulso do consumismo de
modo’’. Dado que, como ela mesma menciona, 49% dos entrevistados em um
estudo da Qualibest compraram algum produto por serem influenciados.  Mas
para se tornar um padrão, além de serem influenciados, os consumidores
precisam adquirir os mesmos produtos em larga escala. A respeito disso,
pode-se citar a influencer digital Kylie Jenner que em menos de um ano de
trajetória da sua empresa Kylie Cosmetics chegou a gerar 19 milhões de
dólares por dia, por isso, acredita-se que a maior causa para a empresa
chegar a esses números é sua influência e relevância na mídia. E somente
com esses grandes impactos que se pode alterar os padrões de consumo de
uma população

Em adição a fala sobre a Revolução Industrial no texto da oradora, na


contemporaneidade torna-se ainda mais nítido uma mudança no modo de
vida das pessoas. As consequências do padrão de consumo mundial refletem
em diversos âmbitos: sociais, econômicos e ambientais, entre outros. Porém,
a mais nítida transformação se revela no comportamento humano. Quanto
mais propagandas e postagens de produtos por influencers, mais claras são
as chances de sua venda aumentar. Estima-se que mais da metade da
população toma como base de suas aquisições a opinião de algum
influenciador digital. Estaria a sociedade caminhando para uma realidade
totalmente alienada e dependente da opinião de terceiros para tomarem suas
decisões?
Ademais, no último parágrafo apresentado pela Acadêmica, há confusão em
relação à proposta de intervenção. visto que ela apresenta que existe uma
necessidade para a destinação de verba para redes televisivas e mídias de
massa, porém no contexto citado por ela, não seria algo necessário e de
suma importância para a implementação de propagandas nesses canais.
Além disso, ela expressa que “de modo que, as influências digitais possam
ser controladas e que estabeleçam um padrão de consumo conforme a
condição financeira de cada um.” Mediante a essa fala e em junção ao seu
texto, não fica claro o porquê que deveria existir um padrão de consumo e
muito menos um padrão de consumo para cada condição financeira existente.
Seu equívoco aconteceu, pois, em sua conclusão ela apresenta uma opinião
que novamente se estende ao consumismo e não aos padrões de consumo. 

Finalmente, uma diferente proposta poderia ser estabelecida a fim de  criar
uma norma que poderia reger as mídias digitais delimitando propagandas e
postagens enganosas de influenciadores. Outrossim, uma educação de
qualidade visando o ensino do comportamento na internet deve ser
implementada nas escolas para ensinar de antemão a população mais nova.
Porém o que mais se destaca é a consciência individual; cada cidadão precisa
saber como se orientar e como fazer escolhas em meio digital e pessoal. Por
fim, finalizo minha fala citando o autor Johnny De' Carli: O meio nos influencia,
mas somos os responsáveis por nossos atos. 

Obrigada pela atenção de todos.

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