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NO SETOR PÚBLICO
Autoria: Gercina Alves de Oliveira
Dados Pessoais
Nome:__________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________
E-mail:_________________________________________________________
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Bárbara Pricila Franz
Profa. Cláudia Regina Pinto Michelli
Prof. Ivan Tesck
Profa. Kelly Luana Molinari Corrêa
354
O48g Oliveira; Gercina Alves de
Gestão de pessoas no setor público/ Gercina Alves
de Oliveira;
Márcia Costa Alves da Silva : UNIASSELVI, 2016.
173 p. : il.
ISBN 978-85-69910-14-5
1.Administração pública.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
PARCERIA ENTRE
IBAM E UNIASSELVI
No momento atual, em todos os países, em qualquer instância de governo,
observa-se um movimento de revisão do papel do Estado, somado à exigência
das populações por atuação governamental de qualidade. Esta tendência conduz
à demanda expressiva para que se consolide a existência e o funcionamento de
um sistema qualificado de Gestão para a implementação de políticas públicas.
Paulo Timm
Superintendente Geral do Instituto
Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
APRESENTAÇÃO.......................................................................7
CAPÍTULO 1
Breve Histórico da Gestão de Pessoas
no Setor Público......................................................................9
CAPÍTULO 2
Sistema Integrado de Gestão de Pessoas
no Setor Público....................................................................25
CAPÍTULO 3
Modelagem de Cargos, Estruturação de Carreiras
e Estrutura de Salários.......................................................35
CAPÍTULO 4
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Estágio probatório................................................................65
CAPÍTULO 5
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Progressão e Promoção......................................................85
CAPÍTULO 6
Capacitação, Desenvolvimento na Carreira:
Progressão e Promoção....................................................107
CAPÍTULO 7
Cultura Organizacional e a Cultura
da Administração Pública....................................................135
CAPÍTULO 8
Regime Jurídico do Setor Público e suas
Características Básicas......................................................155
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
As autoras.
C APÍTULO 1
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
Contextualização
Neste capítulo se fará uma síntese histórica da evolução da Gestão de
Pessoas no Serviço Público Federal, assinalando os avanços mais importantes
desse processo, em termos da racionalidade e da qualidade buscada, no sentido
de assegurar a eficácia dos serviços públicos prestados à população.
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
Atividade de Estudos:
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
Departamento
Administrativo do Em 1937, já no chamado Estado Novo, foi outorgada a
Serviço Público Constituição de 10 de novembro de 1937, que substituiu o CFSPC pelo
(DASP), incumbido Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), incumbido de
de exercer todas as
exercer todas as atribuições referentes às chamadas atividades meio
atribuições referen-
tes às chamadas ou de suporte para todos os ministérios e outros órgãos do Serviço
atividades meio ou Público Federal. Tais atividades abrangiam, além da administração de
de suporte. pessoal, incluindo classificação de cargos, recrutamento e seleção,
aperfeiçoamento, cadastro e lotação, e legislação de pessoal, era
Tais atividades também responsável por outras atividades de administração-meio,
abrangiam, além da a saber: organização e métodos (hoje substituída pela área de
administração de processos), e orçamento. Mais tarde, foi incluída na estrutura do DASP
pessoal, incluindo uma Divisão de Edifícios Públicos.
classificação de
cargos, recruta-
mento e seleção,
aperfeiçoamento, b) Primeiro Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União
cadastro e lotação,
e legislação de Este estatuto foi aprovado pelo Decreto-lei nº 1713, de 28 de
pessoal. outubro de 1939. Ele representou, sem dúvida, a primeira tentativa
concreta de criação de um código ordenatório das relações entre os
Primeiro Estatuto funcionários públicos e o Estado, inclusive as de natureza ética.
dos Funcionários
Públicos Civis da Vale assinalar que é no Art. 3º deste estatuto que encontramos,
União.
pela primeira vez, a definição de funcionário público: “Funcionário
público é a pessoa legalmente investida em cargo público” (BRASIL,
Decreto-lei nº 1713, 1939). Outras definições contidas no referido estatuto e que se
de 28 de outubro de conservam até hoje, com pequenas alterações são: a de cargo público
1939.
que é aquele “criado por lei, em número certo, com denominação
É no Art. 3º deste própria e pago pelos cofres da União” (BRASIL, 1939). A outra é a de
estatuto que en- carreira como “conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas,
contramos, pela segundo os padrões de vencimento” (BRASIL, 1939). Finalmente,
primeira vez, a defi- o conceito de classe é pela primeira vez definido legalmente como
nição de funcionário “agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de
público: “Funcio-
vencimento” (BRASIL, 1939).
nário público é a
pessoa legalmente
investida em cargo
público”.
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
Segundo Estatuto
c) Segundo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União dos Funcionários
Públicos Civis da
O segundo Estatuto foi aprovado pela Lei nº 1711, de 28 de União aprovado
pela Lei nº 1711,
outubro de 1952, no governo de Getúlio Vargas, já no seu período de
de 28 de outubro
Presidente democraticamente eleito. de 1952.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
ARTIGO 94
II - Aumento da produtividade.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
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Gestão de Pessoas no Setor Público
No seu Art. 5º foi previsto que cada grupo teria sua própria escala de nível,
em função da importância da atividade, complexidade e responsabilidade das
atribuições e qualificações exigidas.
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Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
Por sua vez, estabelece o Art. 39: “A União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único
e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.” (BRASIL, 1988).
Este artigo não possui incisos, mas 8 (oito) parágrafos que dispõem sobre a
fixação de vencimentos e subsídios, os instrumentos legais pelos quais devem ser
estabelecidos e outras matérias com eles relacionadas.
Esta Lei dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Algumas Considerações
Em primeiro lugar, queremos nos desculpar pela expressão “breve” inserida
no histórico da evolução da gestão de pessoas no setor público, pois como vimos,
o processo evolutivo dessa importante área administrativa tem sido longo e não
sabemos até onde irá.
Por outro lado, também sabemos que a exposição do assunto corre o risco
de se tornar enfadonha, mas isto é inevitável, porquanto todos os atos oficiais
da administração pública, em todos os níveis, são vinculados a leis, decretos e
outros diplomas legais.
22
Breve Histórico da Gestão de Pessoas no
Capítulo 1 Setor Público
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial
da União. Brasília - DF, 5 de out. de 1988.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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C APÍTULO 2
Sistema Integrado de
Gestão de Pessoas no
Setor Público
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Sistema Integrado de Gestão de Pessoas
Capítulo 2
no Setor Público
Contextualização
Este capítulo trata do Sistema de Gestão de Pessoas e dos subsistemas
básicos que o compõem, enfatizando a necessária e indispensável integração
que deve existir entre esses subsistemas e o sistema maior de Gestão de Pessoas e
assinalando algumas disfuncionalidades que podem ocorrer, quando essa integração
deixa de existir, situação bastante comum no Setor Público.
27
Gestão de Pessoas no Setor Público
Subsistemas Básicos:
Interdependências e Tendências
O número e Em princípio, não existe um número fixo para os subsistemas
a escolha dos de gestão de pessoas. Há os tradicionais, comuns em qualquer
subsistemas de organização, independente da natureza de suas atividades e do seu
Gestão de Pessoas
tamanho, como, por exemplo, uma definição de cargos e de salários
é uma questão de
cada organização.e o recrutamento e a seleção de pessoas para preenchê-los, mesmo
que incipientes. Entretanto, o número e a escolha dos subsistemas de
Gestão de Pessoas é uma questão de cada organização.
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Sistema Integrado de Gestão de Pessoas
Capítulo 2
no Setor Público
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Subsistema de Recrutamento e
Seleção
Com o recrutamento e a seleção começa a procura propriamente dita de
pessoal para ocupar os cargos previamente delineados, classificados e com
salários fixados. Recrutamento e seleção integram um processo com duas fases
distintas, porém complementares. A primeira fase, como o nome indica, tem
por objetivo recrutar pessoas aptas ou potencialmente aptas para ocuparem os
cargos. Sejam quais forem as formas e os instrumentos utilizados para o processo
de recrutamento, é indispensável que propiciem o maior número possível de
informações aos interessados, com relação ao cargo, salário, perspectivas de
desenvolvimento na carreira e o perfil exigido pelo cargo, em termos de grau de
instrução, sexo, condições em que é desenvolvido o trabalho, competência e
outras exigências.
Subsistema de Treinamento e
Desenvolvimento (Capacitação)
Hoje, a função desse subsistema é cada vez mais ampla. Outrora, o conceito
de treinamento era bastante estreito, limitando-se, de regra, ao ensino que tinha
relação imediata com o trabalho do treinando e com o enfoque eminentemente
30
Sistema Integrado de Gestão de Pessoas
Capítulo 2
no Setor Público
SubsistemadeAvaliaçãodeDesempenho
A avaliação de desempenho corresponde a uma função necessária do
sistema de Gestão de Pessoas, mas ela mesma é um processo contínuo e
permanente, não um momento. Esta concepção tanto é válida para a avaliação
do sistema quanto para a avaliação das pessoas, consideradas individualmente
ou em equipe. No tocante à avaliação de pessoas, como se efetua mediante
julgamento na situação de trabalho, tende a ser vista como instrumento de
punição, tanto da parte do avaliando como do avaliador. Entretanto, seu objetivo
precípuo é funcionar como meio de aperfeiçoamento e produtividade das pessoas
no trabalho, avaliando a sua contribuição para o processo produtivo de bens
e serviços. Sua lógica é de que as pessoas que contribuem mais devem ser
recompensadas, em termos de desenvolvimento na carreira e aumentos salariais,
numa intensidade e velocidade superiores às daquelas que contribuem menos.
Vários são os métodos utilizados para avaliar desempenho, mas todos eles, por
melhores que sejam, esbarram nos problemas inerentes à relação avaliadora –
avaliado. Uma coisa é certa: a avaliação de desempenho pode e deve ser um
instrumento de desenvolvimento pessoal, desde que seu uso se direcione mais
para ajudar e menos para ser visto como ameaça de punição. Modernamente a
tendência é substituir a avaliação de desempenho pela conjugação da avaliação
de competências e avaliação de resultados.
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Sistema Integrado de Gestão de Pessoas
Capítulo 2
no Setor Público
Subsistema de Informação e
Comunicação
Este subsistema objetiva propiciar a informação atualizada e a comunicação
aberta entre seus usuários. Por usuários devemos entender os empregados, os
outros subsistemas, a organização como um todo e se for o caso, pessoas e
organizações de fora. Inclui-se no subsistema, todos os serviços informacionais,
de interesse dos empregados, como, por exemplo, programas de T & D, época
de promoção, direitos, além daquelas informações diretamente relacionadas com
a sua vida funcional. A importância do subsistema é indiscutível para garantir
a certeza de relações transparentes entre os empregados e a organização ou
empresa. Com o uso cada vez maior da informatização, esses subsistemas são
facilmente organizados e mantidos atualizados.
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Além dos objetivos expressos nos subsistemas que acabamos de examinar,
o Sistema de Gestão de Pessoas deverá ter espaço para incluir outros que sejam
decorrentes de sua filosofia, como será o caso dos programas de benefícios não
abrangidos pelo subsistema de classificação de cargos e salários, as bibliotecas,
as bolsas de estudos, os clubes de recreação, as atividades culturais e esportivas,
as colônias de férias, e outros benefícios semelhantes.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial
da União. Brasília - DF, 5 de out. de 1988.
Modelagem de Cargos,
Estruturação de Carreiras e
Estrutura de Salários
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
Contextualização
Este capítulo trata da modelagem de cargos, estruturação de carreiras e
estrutura de salários, objeto comumente denominado como subsistema de cargos,
carreiras e salários, o qual é básico para o planejamento e a implementação
da Gestão de Pessoas nas organizações de médio e grande porte, públicas ou
particulares.
37
Gestão de Pessoas no Setor Público
Atividade de Estudos:
1) Vamos supor que após a conclusão do MBA ora em curso, você seja
convidado para dirigir o departamento de Gestão de Pessoas de
uma autarquia estadual que está sendo reestruturada, em função do
aumento do seu campo de atividades.
• Recrutamento
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
a) Definições
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
b) Características especiais
• Quanto à amplitude.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Atividade de Estudos:
Definição de Cargos
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Descrição de Cargos
Especificação de Cargos
Atribuições:
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Gestão de Pessoas no Setor Público
46
Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
Fonte: As autoras.
Cargo: Contador
Descrição sintética: compreende os cargos que se destinam a planejar, coordenar e executar os
trabalhos de análise, registro e perícias contábeis, estabelecendo princípios, normas e procedimen-
tos, obedecendo às determinações de controle externo, para permitir a administração dos recursos
patrimoniais e financeiros da Administração Municipal.
Requisitos para provimento:
Instrução - curso de nível superior em Ciências Contábeis e registro no respectivo conselho de
classe.
Outros requisitos - conhecimentos básicos de informática em especial de editor de texto, planilhas
eletrônicas e internet.
Recrutamento:
Externo - no mercado de trabalho, mediante concurso público.
Perspectiva de desenvolvimento funcional:
Progressão - para o padrão de vencimento imediatamente superior no cargo que ocupa.
Promoção - da classe I para a classe II.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Atribuições típicas:
• planejar o sistema de registro e operações, atendendo às necessidades administrativas e legais,
para possibilitar controle contábil e orçamentário;
• supervisionar os trabalhos de contabilização dos documentos, analisando-os e orientando o seu
processamento, adequando-os ao plano de contas, para assegurar a correta apropriação contábil;
• analisar, conferir, elaborar e assinar balanços e demonstrativos de contas e empenhos, observan-
do sua correta classificação e lançamento, verificando a documentação pertinente, para atender a
exigências legais e formais de controle;
• controlar a execução orçamentária, analisando documentos, elaborando relatórios e demonstrati-
vos;
• coordenar as atividades inerentes a execução orçamentária, registro e classificação de receitas e
despesas, conforme plano de contas vigente;
• executar análises e deliberações referentes ao orçamento público, PPA, LDO e LOAS, bem como
as atividades relacionadas ao controle e registro patrimonial;
• controlar a movimentação de recursos, fiscalizando o ingresso de receitas, cumprimento de obri-
gações de pagamentos a terceiros, saldos em caixa e contas bancárias, para apoiar a administra-
ção dos recursos financeiros da Administração Municipal;
• analisar aspectos financeiros, contábeis e orçamentários da execução de contratos, convênios,
acordos e atos que geram direitos e obrigações, verificando a propriedade na aplicação de re-
cursos repassados, analisando cláusulas contratuais, dando orientação aos executores, a fim de
assegurar o cumprimento da legislação aplicável;
• analisar os atos de natureza orçamentária, financeira, contábil e patrimonial, verificando sua cor-
reção, para determinar ou realizar auditorias e medidas de aperfeiçoamento de controle interno;
• planejar, programar, coordenar e realizar exames, perícias e auditagens, de rotina ou especiais,
bem como orientar a organização de processos de tomadas de contas, emitindo certificado de
auditoria, com a finalidade de atender a exigências legais;
• analisar e emitir parecer sobre a prestação de contas relativas a convênios de recursos repassa-
dos a organizações atuantes nas áreas de assistência social, educação e saúde;
• auxiliar na sistematização e realização das prestações de contas relativas aos recursos recebidos
e captados;
• orientar os servidores que o auxiliam na execução das tarefas típicas do cargo;
• executar outras atribuições afins.
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
Cargo: Jardineiro
Descrição sintética: compreende os cargos que se destinam a preparar áreas e recipientes para
plantio de sementes e mudas, executando tarefas relativas à sua reprodução.
Requisito para provimento:
Instrução - Ensino Fundamental.
Recrutamento:
Externo - no mercado de trabalho, mediante concurso público.
Perspectiva de desenvolvimento funcional:
Progressão - para o padrão de vencimento imediatamente superior no cargo que ocupa.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Atribuições típicas:
• preparar as áreas para o plantio de cultivos diversos, procedendo à limpeza do terreno, bem como
covear e abrir valas, observando as dimensões e características estabelecidas;
• proceder à limpeza de áreas cultivadas, tais como canteiros, jardins e viveiros, e fazer as podas
necessárias;
• preparar recipientes para o plantio de sementes e mudas, coletando terriço em locais determi-
nados, peneirando-o, retirando impurezas, adicionando material orgânico, adubos ou corretivos,
colocando-os nos recipientes adequados;
• plantar sementes de plantas ornamentais, arbóreas ou frutíferas e hortaliças em sementeiras ou áreas
preparadas, recobrindo-as com material adequado e regando-as para germinação;
• observar as instruções preestabelecidas quanto a alinhamento, balizamento e coroamento de
mudas;
• auxiliar em experiências que visem a germinação e o melhoramento de espécies de vegetais;
• demarcar, sob supervisão, pomares, hortas e outros cultivos visando o espaçamento adequado a
cada tipo de cultura;
• aplicar defensivos agrícolas, mediante orientação superior;
• distribuir sementes e mudas de plantas, procedendo ao registro de dados quanto à espécie,
qualidade e destinação, bem como identificando o beneficiário, a fim de que possa ser feito o
acompanhamento técnico da evolução do cultivo;
• operar motosserra para podar árvores, sob orientação e de acordo com instruções recebidas;
• operar equipamentos destinados à irrigação do solo, de acordo com instruções recebidas;
• zelar pelo material, equipamentos e ferramentas colocados sob sua guarda e solicitar, quando
necessário, a aquisição ou manutenção dos mesmos;
• executar outras atribuições afins.
Atividade de Estudos:
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
Avaliação de Cargos
a) Métodos de avaliação
• Escalonamento.
• Graus predeterminados.
• Avaliação por pontos.
• Avaliação por comparação de fatores.
• Curva de maturidade.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
52
Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
O elemento característico da carreira é a classe que, por sua vez, pode ser
definida como um conjunto de cargos cujas atribuições têm natureza igual ou
semelhante e igual complexidade e grau de responsabilidade.
As classes de Cargos
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Quadro 2 - Carreira X
CLASSE PADRÃO
III
ESPECIAL II
I
IV
III
C
II
I
IV
III
B
II
I
IV
III
A
II
I
Fonte: As autoras.
Perfis de competências
Competência Conceito
Capacidade e habilidade para atuar como agente facilitador das
Orientação para a
relações da organização com o cidadão –cliente, visando a atender ao
Cidadania
interesse público e favorecer o pleno exercício da cidadania.
Capacidade de executar os trabalhos com dedicação e consciência de
Comprometimento sua contribuição para o alcance dos objetivos estabelecidos e para a
integração com áreas afins.
Capacidade de aplicar, de forma correta e eficaz, seus conhecimen-
Conhecimento Técni-
tos técnico-profissionais na realização e no desenvolvimento de seu
co-Profissional
trabalho.
Capacidade de lidar eficazmente com seus próprios sentimentos e con-
Emocional flitos, mantendo o otimismo e a perseverança, nas situações difíceis,
incluindo as que resultam em frustração.
Capacidade de participar de processos de mudança e de introdução de
Inovadora procedimentos, métodos e técnicas de trabalho inovadores, capazes
de gerar melhorias no trabalho desenvolvido.
Aptidão, capacidade e habilidade para transmitir, de forma clara e obje-
Instrucional
tiva, conhecimentos, gerais ou específicos, de sua área profissional.
Capacidade para sugerir e participar de processos e procedimentos
visando à busca e manutenção da qualidade dos resultados a alcançar,
Qualidade
incluindo-se as dimensões da sustentabilidade e da preservação do
meio ambiente.
55
Gestão de Pessoas no Setor Público
Fonte: As autoras.
Atividade de Estudos:
Tipos de Carreira
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Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Figura 2 – Carreira em Y
Fonte: As autoras.
Estrutura de Salários/Vencimentos
A maioria dos estudiosos do assunto nega a natureza do salário/vencimento
como fator de motivação, mas reconhecem que, num mundo de trocas como o
nosso, com sua civilização orientada para a acumulação de bens de toda espécie,
o consumismo, o conforto e a ostentação de status, grande parte das motivações
só podem ser atendidas através do dinheiro.
59
Gestão de Pessoas no Setor Público
Vamos lá!
60
Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
a) Orientações
61
Gestão de Pessoas no Setor Público
Atividade de Estudos:
b) Pesquisa salarial
A pesquisa salarial visa obter dados sobre salários diretos e indiretos, além de
vantagens praticadas num determinado mercado de trabalho, a fim de estabelecer
parâmetros de comparação para a estruturação dos salários da organização.
62
Modelagem de Cargos, Estruturação de
Capítulo 3 Carreiras e Estrutura de Salários
Por fim, com base nos resultados da pesquisa, da avaliação de cargos e nos
recursos financeiros alocados para a matéria, o especialista elabora a estruturação
dos salários/vencimentos da organização, estabelecendo a amplitude da tabela
de salários/vencimentos, constando de todos os salários/vencimentos que serão
praticados, para retribuir os cargos e carreiras já definidos em etapa anterior; e a
fixação dos padrões de vencimento/salário das classes das carreiras.
Algumas Considerações
Com as informações e exemplos contidos neste capítulo, acreditamos que
os participantes do Curso estão aptos a entenderem – se já não entendem – a
importância da modelagem de cargos, carreiras e salários não só na Gestão de
Pessoas, mas na gestão das organizações públicas ou particulares, sejam quais
forem suas atividades.
Referências
CARBONE, Pedro Paulo; BRANDÃO, Hugo Pena; LEITE, João Batista Diniz;
VILHENA, Rosa Maria de Paula. Gestão por Competências e gestão do
conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV. 2006.
63
Gestão de Pessoas no Setor Público
64
C APÍTULO 4
Recrutamento e Seleção,
Concurso público. Estágio
probatório
66
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Contextualização
Neste texto, os participantes encontrarão informações básicas sobre o
processo de Recrutamento e Seleção de pessoas nas Organizações, com
destaque para as particularidades e aspectos legais que caracterizam o processo
no serviço público.
Fonte: As autoras.
Observe que as ações de Recrutamento e Seleção ocorrem no ambiente
interno e externo da organização, no primeiro ela identifica demandas e, no
segundo, irá divulgar as vagas em aberto e buscar os profissionais desejados.
68
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Fonte: As autoras.
Fonte: As autoras.
Recrutamento e Seleção de
O processo de
Servidores Temporários
recrutamento é
De acordo com o disposto no art. 37, IX da Constituição Federal,
deflagrado pela
existência de vaga são servidores temporários os contratados “por tempo determinado
(s) devidamente para atender à necessidade temporária de excepcional interesse
confirmadas na público”.
Lei de criação do
Plano de Cargos, Trata-se de exceção, que requer autorização para contratação
Carreiras e Ven- de pessoal em caráter precário e que deverá atender às seguintes
cimentos/Salários condições:
e junto à área de
pessoal. Com este
levantamento será • previsão em lei;
possível dar início a • tempo determinado, ou seja, prazo de vigência do contrato;
contratação de pes- • caracterização da situação com indicação da necessidade
soal para cargos/ temporária de excepcional interesse público;
empregos públicos • regime jurídico da contratação.
de provimento
efetivo de acordo A seguir, serão examinadas as principais atividades e técnicas
com o disposto na
utilizadas nos processos de recrutamento e de seleção nas
CF/88.
organizações.
Recrutamento – Instrumentos e
Técnicas
O processo de recrutamento é deflagrado pela existência de vaga (s)
70
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Organização XYZ
Órgão Requisitante:
Cargo: Função: Vencimento: Horário de trabalho:
Requisitos:
Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) Não relevante ( )
Escolaridade: Fundamental ( ) Médio ( ) Superior ( )
Pós-graduação e cursos complementares: ________________________________________
Resumo das atribuições (descrição do cargo): ______________________________________
_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tipos de Recrutamento
O recrutamento pode ser de dois tipos: interno e/ou externo.
O recrutamento
pode ser de dois Entretanto, ainda que o recrutamento interno seja uma prática comum
tipos: interno e/ou em empresas privadas, sua aplicação no serviço público é restrita e
externo. Entretanto, deverá observar aspectos legais a fim de evitar controvérsias com
sua aplicação no mecanismos inconstitucionais tais como – acesso e provimento
serviço público é derivado. As principais características dos tipos de recrutamento são
restrita.
indicadas a seguir.
Fontes de Recrutamento
• Sites corporativos;
• Sites especializados na oferta de empregos;
• Anúncios em jornais e em revistas;
• Instituições de Ensino e Pesquisa;
• Consultorias de Recursos Humanos;
• Banco de Interessados.
Seleção de Pessoal
72
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Entrevista
73
Gestão de Pessoas no Setor Público
MODELO DE ENTREVISTA
Pergunta Competências
Fale sobre uma situação difícil que tenha vivido e como você Iniciativa,
contornou a situação. controle emocional.
Já viveu alguma situação em que achou que determinado fato Visão sistêmica, proatividade, habili-
poderia gerar consequências para um determinado projeto? dade para solucionar problemas
Como você agiu?
Fale sobre alguma mudança que você tenha sugerido e/ou Criatividade, inovação, foco em
implementado nos processos de sua área e os resultados resultados, flexibilidade.
obtidos.
74
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Provas de Conhecimentos
São utilizadas para verificação de conhecimentos gerais e/ou específicos
por meio de questões objetivas e/ou discursivas. Nas organizações é comum
que sejam elaboradas com apoio da área requisitante, principalmente quando
relacionadas a temas muito específicos. Dependendo do tipo de cargo e
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Testes Práticos
Assim como o uso de testes psicológicos, testes práticos se aplicam a cargos
específicos, em sua maioria de natureza técnica e operacional e sua
Testes práticos se
aplicam a cargos aplicação deverá estar prevista em lei. Importante observar as condições
específicos, em sua em que os testes práticos serão realizados a fim de assegurar tratamento
maioria de natureza igual aos candidatos sob pena de ferir o princípio da isonomia.
técnica e operacio-
nal e sua aplicação Os testes práticos requerem a composição de banca examinadora
deverá estar previs-
composta por profissionais especialistas capazes de avaliar o resultado
ta em lei.
alcançado pelo (s) candidato(s).
Dinâmica de Grupo
A expressão dinâmica de grupo é atribuída aos estudos da Teoria de
Campo desenvolvidos por Kurt Lewin na década de 1940 e, desde então, ganhou
popularidade e diferentes aplicações nas ciências humanas e sociais aplicadas.
Estuda os fenômenos que ocorrem nos grupos (dinâmica do grupo) a partir de
76
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Levantamento de Necessidade do
Concurso Público
Etapa destinada a identificação das necessidades de pessoal no quadro
permanente de servidores. O levantamento pode ser realizado com a aplicação
de questionários, análise de relatórios ou entrevistas com os responsáveis pelos
órgãos e demais unidades organizacionais pertencentes a estrutura administrativa
da organização.
Uma vez que o edital tenha sido divulgado, todos os atos que o sucedem são
considerados atos derivados e também devem ser publicados nos mesmo canais
utilizados para divulgação do edital, para que todos os interessados tenham
acesso às informações do certame ao mesmo tempo e em condições de igualdade à
luz do princípio da publicidade dos atos da administração pública.
Atividade de Estudos:
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
Inscrições
Importante observar As inscrições ficam sob a responsabilidade do ente público
as características responsável pelo Concurso Público ou por empresa / instituição que
da região e do tenha sido contratada para esta finalidade. Importante observar as
público-alvo que características da região e do público-alvo que serão determinantes
serão determinantes
para decisão sobre os procedimentos de inscrição que, em geral, são
para decisão sobre
os procedimentos realizados pela internet com opção de realização de forma presencial
de inscrição que, em em local que deverá ser indicado no edital.
geral, são realizados
pela internet com Nesta etapa também são realizados os pagamentos e pedidos de
opção de realização isenção de taxa de inscrição. Encerrado o prazo para realização das
de forma presencial
inscrições, a Comissão deverá providenciar ou verificar se a empresa
em local que deverá
ser indicado no contratada emitiu e enviou aos inscritos, os cartões de confirmação de
edital. inscrição, em geral enviados pelo correio.
80
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
• Escritas e objetivas – a mais comum nos concursos públicos por gerar bons
resultados na avaliação de conhecimentos para cargos de natureza técnico e
administrativa.
• Escritas e subjetivas – normalmente utilizada em menor quantidade e como
complementação da prova objetiva, permite avaliar o conhecimento e o
raciocínio lógico do candidato sobre determinado assunto.
• Orais – muita utilizada na área acadêmica para profissionais da educação na
forma de “prova de aula”.
• Práticas - mais apropriadas para cargos operacionais que envolvam a
operação de equipamentos, máquinas ou veículos.
• De títulos – tem caráter classificatório, consiste em atribuir pontos pela
apresentação de diploma e certificados de cursos relacionados à área de
atuação e atribuições previstas no cargo/emprego a ser provido.
81
Gestão de Pessoas no Setor Público
82
Recrutamento e Seleção, Concurso público.
Capítulo 4
Estágio probatório
Considerações Finais
Como vimos, as atividades de Recrutamento e Seleção no setor público
devem observar, diferentemente da iniciativa privada, os aspectos legais que
permeiam a matéria. Como diz um ditado comum na área jurídica, “ ao particular
é permitido fazer tudo que a lei não proíbe, mas na Administração Pública só
é possível fazer o que a lei permite”.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial
da União. Brasília - DF, 5 de out. de 1988.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 17. ed. São Paulo: Ed.
Atlas, 2004.
83
Gestão de Pessoas no Setor Público
84
C APÍTULO 5
Capacitação, Desenvolvimen-
to na Carreira: Progressão e
Promoção
86
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
Contextualização
A avaliação de desempenho na Administração Pública costuma ser um ponto
que recebe pouca atenção por parte de agentes políticos e chefias e, por parte
dos servidores tende a ter pouca receptividade motivada por sentimentos de
desconfiança e consequente resistência.
88
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
89
Gestão de Pessoas no Setor Público
Atividade de Estudos:
___________________________________________________
___________________________________________________
Avaliar e gerenciar o
desempenho, signi- Para Souza (2009, p. 25):
fica a realização de
uma ação integrada [...] gerir o desempenho significa avaliar a extensão da
que compreende discrepância, identificar os fatos geradores desta situação e, em
seguida, intervir, tomando decisões para eliminar as variáveis
“olhar para o passa-
constituídas em fontes de problemas, como a delegação
do, para o presente incompatível com o perfil de competência, a desmotivação,
e para o futuro”, ou a ausência de integração, a desestruturação do processo de
seja, verificar se o trabalho, a ausência de nitidez quanto aos propósitos.
desempenho corres-
pondeu ao padrão
estabelecido, fazer Avaliar e gerenciar o desempenho, significa a realização de uma
o registro em formu- ação integrada que compreende “olhar para o passado, para o presente
lário específico, mo- e para o futuro”, ou seja, verificar se o desempenho correspondeu
nitorar o andamento ao padrão estabelecido, fazer o registro em formulário específico,
das ações e verificar monitorar o andamento das ações e verificar se há necessidade de
se há necessidade
“ajustes de rota” (reorientação das metas estabelecidas).
de “ajustes de rota”
(reorientação das
metas estabeleci-
das).
Métodos e Formas de
Escala gráfica ou
Operacionalização em Avaliação
simplesmente escala
de avaliação, prova-
de Desempenho
velmente é o método
mais adotado no A escolha do método (ou modelo) de avaliação merece especial
Brasil em organi- atenção para que possa estimular a criação de uma cultura de
zações públicas ou avaliação, de reconhecimento e de meritocracia. E, certamente,
privadas. Os fatores considerar aspectos como transparência, facilidade na interpretação
serão avaliados e no manuseio por parte dos atores envolvidos, particularmente
considerando-se
avaliadores e, se for o caso, também os avaliados.
uma escala de graus
(conceitos) tam-
bém previamente
definida. Escala Gráfica
94
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
AVALIAÇÃO
Graus
FATOR DE DESEMPENHO
1 2 3 4
Resolução de problemas - Capacidade para identificar problemas na situação
trabalho, resolvê-los ou propor alternativas e estratégias para sua resolução.
Trabalho em equipe – capacidade para desenvolver ações, catalisando esfor-
ços por meio da cooperação mútua.
Criatividade: Capacidade de pensar fora dos padrões estabelecidos; consegue
sair do fluxo comum do pensamento em busca de inovação; busca sempre
alternativas para solucionar problemas.
Total
95
Gestão de Pessoas no Setor Público
AVALIAÇÃO CONCEITO
Competência Indicadores 1 2 3 4
Estabelece objetivos possíveis de realização.
Planejamento e orga-
Estabelece prioridades para a realização das
nização do trabalho -
atividades.
Capacidade de planejar,
Adapta o ritmo de trabalho às atividades e à
organizar e programar
exigência da situação.
as próprias atividades,
de forma alinhada com Prevê riscos e deixa espaço para contingên-
o planejamento de sua cias.
área. Monitora e revê os seus métodos de trabalho
para melhorar a qualidade das suas entregas.
Trabalho em equi- Ouve os membros da equipe.
pe - capacidade para Promove a colaboração mais do que a com-
desenvolver ações, petição entre os membros da equipe.
catalisando esforços Respeita e valoriza diferentes pontos de vista.
por meio da coopera- Contribui ativamente nas atividades da
ção mútua. equipe.
Fonte: Adaptado de Silva (2012).
96
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
Fonte: As autoras.
Fonte: As autoras.
97
Gestão de Pessoas no Setor Público
Fonte: As autoras.
Escolha Forçada
Consiste na avaliação do desempenho a partir de frases que descrevem
alternativas de comportamento. Este método foi desenvolvido visando diminuir
a subjetividade das escalas de avaliação (escalas gráficas), mas seu caráter de
discriminação e de comparação terminaram por constituir a principal dificuldade
98
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
99
Gestão de Pessoas no Setor Público
Incidentes Críticos
Este método tem como característica a ênfase em aspectos positivos e
negativos do comportamento do servidor em relação a fatores de desempenho
previamente definidos. Neste caso, a avaliação se dá pelo registro de fatos
extremamente positivos ou negativos do comportamento do funcionário. Pode ser
utilizado de forma combinada com outros métodos de avaliação, uma vez que o
registro dos fatos ao longo do tempo permite minimizar efeitos indesejados como
a contaminação gerada por fatos ou situações que tenham ocorrido em período
próximo ao de realização da avaliação (efeito recentidade), algo comum em outros
métodos de avaliação.
100
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
Antes da Avaliação
101
Gestão de Pessoas no Setor Público
c) Teste piloto
Avaliadores tanto Avaliadores tanto quanto avaliados devem ser capacitados sobre
quanto avaliados de- os procedimentos relacionados ao manuseio do instrumento e demais
vem ser capacitados regras estabelecidas para a realização da avaliação. Chefias, em
sobre os procedi- particular, devem ser preparadas para o momento da entrevista de
mentos relacionados avaliação de desempenho, sobretudo, no que se refere à prática do
ao manuseio do ins-
feedback.
trumento e demais
regras estabelecidas
para a realização da
avaliação. e) Divulgação
102
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
Depois da Avaliação
Após a avaliação do desempenho, é preciso verificar os itens a seguir:
103
Gestão de Pessoas no Setor Público
Algumas Considerações
Como vimos neste capítulo, a implementação da avaliação de desempenho
na Administração Pública possui finalidades específicas que visam assegurar a
estabilidade e condições para desenvolvimento do servidor na carreira.
104
Capacitação. Desenvolvimento na Carreira:
Capítulo 5 Progressão e Promoção
Referências
ARAUJO, L. C. G. de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração
organizacional: edição compacta. 2. ed., [reimpr.], rev., atual. São Paulo: Atlas,
Rio de Janeiro: Ed. Senac Rio, 2015.
105
Gestão de Pessoas no Setor Público
106
C APÍTULO 6
Avaliação de Desempenho
108
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
Contextualização
De um modo geral a área de Gestão de Pessoas passou por significativas
transformações nas últimas décadas, de modo, que hoje é tida como uma unidade
estratégica nas organizações, sejam elas públicas ou privadas. O fato pode
ser atribuído a diferentes fatores, mas um em particular pode ser destacado, o
reconhecimento de que as pessoas são essenciais para o alcance de resultados
organizacionais.
Treinamento, Desenvolvimento e
Educação-umParadigmaemConstrução
Se as pessoas são consideradas um dos ativos mais valiosos de A aprendizagem
uma organização por sua capacidade de gerar soluções e inovações ganhou novo
em ambientes complexos, parece-nos natural a preocupação dada significado quando,
a temas como capital intelectual, capital humano, aprendizagem e na década de 1990,
gestão do conhecimento, apenas para citar algumas expressões que Peter Senge com
o clássico livro “A
ocupam lugar de destaque nas agendas dos especialistas em gestão
Quinta Disciplina”
organizacional e, particularmente, em gestão de pessoas. cunhou a expressão
aprendizagem orga-
Como veremos alguns temas são na verdade antigos, como nizacional (learning
aprendizagem e treinamento, mas por uma nova ordem tecnológica, organization).
econômica e social, se integram em novos e inovadores processos de
ensinar e de aprender.
110
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
Atividade de Estudos:
111
Gestão de Pessoas no Setor Público
112
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
APRENDER A CONHECER
113
Gestão de Pessoas no Setor Público
APRENDER A FAZER
APRENDER A CONVIVER
APRENDER A SER
116
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
Escolas de Governo e
Universidades Corporativas -
Evidências da Mudança
A tradicional expres-
O modo de se planejar e executar ações de desenvolvimento são treinamento e
dos profissionais está em mudança. Uma das primeiras evidências da desenvolvimento
mudança é de ordem semântica, a tradicional expressão treinamento – T&D, se amplia e
e desenvolvimento – T&D, se amplia e agrega a expressão educação, agrega a expressão
tornando-se TDE. educação, tornando-
-se TDE.
Ao se referir ao uso de tecnologia na mediação de processos de
aprendizagem Fernandes (apud EBOLI, 2002, p. 201) faz a seguinte distinção
entre os termos:
117
Gestão de Pessoas no Setor Público
Mais recentemente, Mas foi com a Constituição de 1988, que o fomento à criação
destaca-se o De- de Escolas de Governo, tornou-se realidade e, na última década do
creto n° 5707/2006, século XX, foi possível observar o surgimento novas universidades
que institui a Política corporativas. Mais recentemente, destaca-se o Decreto n° 5707/2006,
e as Diretrizes para que institui a Política e as Diretrizes para o desenvolvimento de pessoal
o desenvolvimento da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
de pessoal da ad-
ministração pública
Destaca-se o alinhamento do disposto no Decreto nº 5707/2006
federal direta, autár-
quica e fundacional. com as diretrizes para educação de adultos, ao enfatizar a necessidade
de uma ação educacional continuada para desenvolvimento de
competências dos servidores. Alguns pontos do Decreto nº 5707/2006 são
destacados a seguir.
Talvez você esteja se perguntando: mas o Decreto é federal? E A ENAP (Escola Na-
quanto aos estados e municípios? Em geral, a União, ao legislar sobre cional de Adminis-
um assunto desta natureza, termina por servir de modelo e influenciar tração Pública) vin-
o desenvolvimento de ações semelhantes em nível estadual e culada ao Ministério
municipal. Muitos estados possuem escolas de governo, optamos por do Planejamento,
Orçamento e Gestão
não mencionar aqui, porque a lista provavelmente já é grande. Em
(MPOG) ampliando
municípios, observa-se o movimento de criação de escolas de governo as fronteiras de sua
nas principais capitais do país. atuação coordena
atualmente uma
A ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) vinculada ao rede de escolas
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) ampliando de governo com
as fronteiras de sua atuação coordena atualmente uma rede de ofertas de cursos,
em parceria ou
escolas de governo com ofertas de cursos, em parceria ou não, para
não, para estados e
estados e municípios. municípios.
119
Gestão de Pessoas no Setor Público
120
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
• Organizações flexíveis
• Era do conhecimento
• Rápida obsolescência do conhecimento
• Empregabilidade
• Educação para estratégia global
Mas também é fato que este cenário não se modificará apenas com a
mudança do nome da área de treinamento para universidade corporativa
ou escola de governo, se a organização não tiver meios reais de fomentar o
desenvolvimento de suas ações. É o caso, por exemplo, de alguns municípios
brasileiros que criaram escolas de governo, mas infelizmente, suas ações,
poucas vezes saem dos limites do papel.
Como destaca Eboli (2004, p. 46) “a realidade mudou, exigindo que todas as
pessoas em todos os níveis da empresa tenham bem desenvolvidas a capacidade
de criar trabalho e conhecimento organizacional, contribuindo de maneira efetiva
para o sucesso dos negócios”.
Meios – métodos, técnicas e recursos didáticos enfati- Meios – enfatizam a absorção e aplicação dos
zavam a transmissão de conteúdos. conteúdos.
Convém observar que não se trata aqui de uma discussão entre o que é bom
ou ruim, ou sobre antiguidade e modernidade. Na verdade, quando o assunto é
educação, práticas tradicionais podem e devem conviver em harmonia com novas
tecnologias no planejamento e execução de ações educacionais para adultos.
123
Gestão de Pessoas no Setor Público
É preciso ter cuidado para não cair nas armadilhas pirotécnicas produzidas
pelas tecnologias educacionais, onde o objetivo e o conteúdo terminam se
tornando coadjuvantes nos processos de ensino e de aprendizagem. Este sim,
será um limite que irá sempre requerer profissionais especializados.
Principais Processos de
Treinamento e Desenvolvimento
O subsistema de Treinamento e Desenvolvimento tem como objetivo o
desenvolvimento de programas, projetos, cursos e outras ações educacionais
voltadas para o desenvolvimento de servidores. Para alcance desse objetivo
deve realizar um conjunto de processos básicos que constituem o ciclo básico de
atividades de treinamento.
124
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
a) No nível organizacional:
125
Gestão de Pessoas no Setor Público
b) Nas equipes:
• Desempenho insatisfatório.
• Nível de motivação
• Conflitos interpessoais (inter e intra equipes).
• Mudanças no processo de trabalho.
• Gastos excessivos, índice de acidentes etc.
c) Em nível individual:
• Desempenho insatisfatório.
• Conflitos interpessoais.
• Nível de motivação e de comprometimento com o trabalho.
• Excesso da faltas e licenças.
É muito comum que durante a realização do LNT surjam questões que não
estejam diretamente relacionadas à capacitação, neste caso, é importante que
o especialista em gestão de pessoas esclareça as partes interessadas, quais as
demandas que poderão ou não ser melhoradas e/ou resolvidas com a capacitação.
ModelagemdeProgramaseProjetosde
Capacitação
Com as informações sobre necessidades de capacitação coletadas é preciso
fazer a modelagem dos programas e projetos que serão realizados. Um recurso
útil na etapa de planejamento das ações de TDE – levantamento de necessidades
e a modelagem dos programas de capacitação – é o uso de uma das ferramentas
da qualidade denominada “5W2W”.
Pacheco (2006, p. 56) sugere seu uso para assegurar a elaboração e eficácia
de um plano de ação como indicado a seguir:
Fonte: As autoras.
126
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
127
Gestão de Pessoas no Setor Público
Fonte: As autoras.
A ação educacional, ou seja, o tipo de ação que será adotado para o processo
de ensino e de aprendizagem, deve considerar as características do público-alvo,
o programa de conteúdos que serão abordados etc. As formas mais comuns são:
curso, oficina (workshop), palestra, seminário, visitas técnicas (benchmarking) e
coaching.
128
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
129
Gestão de Pessoas no Setor Público
• Internet.
• Computador(es).
• Cd-rom.
• Slides.
• DVD.
• Datashow.
• Flipchart.
• Material do participante (apostila, textos etc.).
• Banners.
• Cartazes.
• Filmadora.
• Internet/intranet.
• Sucata (garrafas pet, caixas, folhas, revistas etc.).
130
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
Avaliação de reação
Avaliação de aprendizagem
Avaliação de resultados
Algumas Considerações
Se a educação é o caminho, é provável que esta seja a explicação para
o crescente número de Escolas de Governo e Universidades Corporativas.
Como vimos, as ações das Escolas de Governo / Universidades Corporativas,
ou simplesmente, as ações de TDE ocupam papel estratégico na formação do
capital intelectual.
132
Capítulo 6 Avaliação de Desempenho
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial
da União. Brasília - DF, 5 de out. de 1988.
SENGE, Peter. A quinta disciplina. São Paulo: Editora Nova Cultural, Best
Seller, 1990.
133
Gestão de Pessoas no Setor Público
134
C APÍTULO 7
Cultura Organizacional e a
Cultura da Administração
Pública
136
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Contextualização
Neste texto você encontrará informações indispensáveis para a
compreensão do conceito de cultura, entendido como formas diferenciadas
de pensar, de agir e de organizar-se socialmente que o homem desenvolveu
ao longo de sua existência na Terra, desde os primórdios das culturas,
erroneamente chamadas primitivas, das sociedades tribais até as culturas
complexas das sociedades modernas e suas diferentes organizações, entre
as quais se inclui a organização burocrática e sua cultura, como modelo formal
dos sistemas de administração pública, inclusive o da administração pública
brasileira.
Origem da Cultura
A origem da cultura como um fenômeno universal, criado, acumulado,
desenvolvido e transmitido pelo homem através das gerações, parece remontar
às primeiras fases da evolução do homo sapiens, quando ele começa a observar
cuidadosamente a natureza que o rodeia. Tal observação, embora ainda
rudimentar, já apresenta uma sistemática que o capacita a estabelecer algumas
relações de causa e efeito e, daí, extrair conclusões, as quais, além de ajudá-
lo a se organizar em grupos étnicos, lhe permite acumular conhecimentos – o
chamado saber vulgar -, capazes de ajudá-lo a sobreviver nas diferentes regiões
do planeta.
Foi assim que nossos ancestrais, observando os sinais das mudanças que se
operavam na Natureza ao longo de determinados períodos de tempo, descobriram
a hora de semear e de colher, de pescar e de caçar, de fazerem essas e outras
tarefas sozinhos ou de se organizarem em grupos para obterem melhores
resultados. Também por esse processo de observação incipiente, determinaram
o que lhes parecia adequado ser feito pelos homens e ser feito pelas mulheres.
culto religioso, criando figuras que passavam a adorar como seres com poderes
sobrenaturais.
138
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
• Ser uma resposta para a solução de problemas, solução que deve ser
avaliada e, se eficaz, ser adotada como forma usual de comportamento (veja
o exemplo do episódio do filme “Odisseia no Espaço” apresentado neste
texto, no item Origem da cultura.)
• Ter significado, isto é, possuir valor que se expressa tanto material como
imaterialmente. No plano material, tal valoração se expressa nos diferentes
hábitos, costumes, uso de palavras e expressões, objetos e coisas
semelhantes criados e adotados na vida cotidiana de pessoas, grupos, famílias
e outros tipos de organização social e até mesmo de regiões geográficas. Não
precisamos ir longe para constatar isso. Em nosso país, que tem dimensões
continentais, podemos observar diferenças bastante acentuadas entre suas
grandes regiões e mesmo entre Estados dentro dessas regiões.
139
Gestão de Pessoas no Setor Público
Atividade de Estudos:
140
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Não obstante, a existência desse conjunto de valores, normas e Não obstante, a exis-
procedimentos que devem presidir o funcionamento das organizações tência desse conjunto
produtoras de bens e serviços, em geral, ao longo do seu processo de valores, normas
e procedimentos
histórico, elas buscam construir uma identidade própria, mediante
que devem presidir
o desenvolvimento de uma cultura que as diferenciam de outras o funcionamento
organizações similares. das organizações
produtoras de bens
e serviços, em geral,
Diferenciação organizacional ao longo do seu
processo histórico,
elas buscam cons-
Além de as organizações se diferenciarem em função do tipo truir uma identidade
de atividade que exercem, a qual demanda tecnologias e estruturas própria, mediante
apropriadas, as organizações podem se diferenciar em razão do o desenvolvimento
ambiente externo em que se localizam ou do raio de ação ao qual de uma cultura que
estendem seus produtos ou serviços. Assim, por exemplo, uma as diferenciam de
outras organizações
grande cadeia de lojas que atua nas regiões Nordeste e Sudeste
similares.
do Brasil, pode adotar processos de recrutamento e seleção
diferentes nas duas regiões, funcionar em horários diferentes e
Além de as organi-
até vender produtos de grande procura apenas nas lojas de uma zações se diferen-
das regiões. Outro exemplo, pode ser encontrado mesmo nas ciarem em função
organizações de serviço público stricto sensu em relação ao horário do tipo de atividade
de funcionamento para atendimento ao público. que exercem, a qual
demanda tecnologias
e estruturas apro-
priadas, as organi-
Tipos de Culturas zações podem se
diferenciar em razão
Organizacionais do ambiente externo
em que se localizam
ou do raio de ação ao
Esperamos que tudo até aqui apresentado sobre o tema cultura já qual estendem seus
nos tenha advertido da sua complexidade, na qual interferem além dos produtos ou serviços.
elementos mencionados, muitos outros fatores.
Uma das tipologias
Visando criar uma tipologia própria, alguns estudiosos desse mais difundidas é a
fenômeno social, procuraram estabelecer alguns tipos de cultura que proposta por Charles
encontramos nas organizações. B. Handy (1978). Em
função de deter-
minadas variáveis
Uma das tipologias mais difundidas é a proposta por Charles B.
presentes na vida
Handy (1978). Em função de determinadas variáveis presentes na das organizações,
vida das organizações, podemos identificar 4 (quatro) tipos básicos de podemos identificar
cultura organizacional: de poder, de papéis, de tarefa e de pessoa. 4 (quatro) tipos
básicos de cultura
As variáveis consideradas na tipologia do autor são: estrutura, organizacional: de
tecnologia, poder, normas e procedimentos, controle e avaliação, poder, de papéis, de
tarefa e de pessoa.
objetivos e metas, tamanho da organização, papéis funcionais,
141
Gestão de Pessoas no Setor Público
142
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Atividades de Estudos:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
2) Considerando os tipos de cultura descritos anteriormente, de
qual deles você acha que mais se aproxima a cultura do Serviço
Pública?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
144
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
A Cultura Burocrática
Em nosso entendimento, o conceito de burocracia é resultante
Com efeito, buro-
da concepção de autoridade legal formulada por seu maior estudioso, cracia designa, em
o economista e sociólogo alemão Max Weber. Suas raízes emergem Weber, um quadro
da problemática do poder, sua origem, e legitimidade, sua estrutura de funcionários que,
organizacional e funcionamento, sua eficácia e destinação e, por fim, organizados dentro
suas consequências. de uma forma espe-
cífica e submetidos
a normas de condu-
Com efeito, burocracia designa, em Weber, um quadro de ta também específi-
funcionários que, organizados dentro de uma forma específica e cas e determinadas,
submetidos a normas de conduta também específicas e determinadas, exercem autoridade
exercem autoridade legal. legal.
145
Gestão de Pessoas no Setor Público
Aqui, vale a pena frisar o que diz Alves de Oliveira (1970, p. 51) em artigo
intitulado “A Burocracia Weberiana e a Administração Federal Brasileira”,
publicado na Revista do Serviço Público, da Fundação Getúlio Vargas, editada no
semestre julho/dezembro de 1970:
Funcionalidades e
Disfuncionalidades Latentes Quando dizemos que
uma determinada
no Modelo Burocrático coisa tem uma fun-
ção em um sistema,
estamos afirmando
Quando dizemos que uma determinada coisa tem uma função
que ela exerce uma
em um sistema, estamos afirmando que ela exerce uma atividade atividade indispen-
indispensável ao funcionamento eficiente deste sistema, a fim de que sável ao funciona-
ele realize sua atividade finalística, cumpra sua missão, alcance seus mento eficiente deste
objetivos. Se acontece o contrário, isto é, se a função esperada não sistema, a fim de
atende à finalidade prevista ou atende insatisfatoriamente, ocorre sua que ele realize sua
disfuncionalidade. atividade finalística,
cumpra sua missão,
alcance seus objeti-
Assim, tomando como exemplo uma aula, presencial ou à
vos. Se acontece o
distância, vemos que o professor desempenha a função de ensinar, contrário, isto é, se a
própria do processo ensino-aprendizagem. função esperada não
atende à finalidade
A funcionalidade do professor no processo se expressa no ato prevista ou atende
de ensinar, independentemente de qualquer avaliação do ato. A insatisfatoriamente,
disfuncionalidade ocorreria se, por exemplo, o ensino fosse precário e ocorre sua disfuncio-
nalidade.
não atendesse aos objetivos visados pelo processo.
147
Gestão de Pessoas no Setor Público
148
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Com efeito, pode-se dizer que essa Revolução Armada foi também o marco
de uma revolução institucional em nosso País, início de uma série de mudanças
sociais que foram deixando para trás muitas heranças da sociedade agrária e
latifundiária.
149
Gestão de Pessoas no Setor Público
Quanto aos outros servidores a que faz referência o texto transcrito, trata-
se dos funcionários que ocupam cargos de provimento em comissão. Tais
cargos correspondem, em geral, a funções de direção, chefia e assessoramento
superior, para os quais, não havendo exigência de concurso, prevalece o critério
da confiança. Cumpre frisar que na maioria dos serviços públicos de outras
democracias mais avançadas, existem carreiras de dirigentes, coisa que já
150
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Depois de tudo que foi dito no texto e especialmente neste item, poderíamos
perguntar: - Afinal, qual é a cultura da Administração Pública Brasileira? Ela pode
ser considerada como uma cultura da burocracia weberiana? Ela apresenta
funcionalidades e disfuncionalidades? Isto ajuda ou prejudica a administração
pública como a grande gestora do desenvolvimento da sociedade nacional?
151
Gestão de Pessoas no Setor Público
Algumas Considerações
Tomando como foco do texto o título do capítulo – Cultura Organizacional
e a Cultura da Administração Pública, examinamos o conceito de cultura -
que podemos considerar como o oxigênio social da vida humana na Terra - e
mostramos como ela se desenvolveu e continua se desenvolvendo no planeta,
sempre em função das necessidades dos seres humanos buscarem respostas
adequadas aos problemas existentes ou futuros, respostas que possam contribuir
para assegurar sua sobrevivência.
152
Cultura Organizacional e a Cultura da
Capítulo 7
Administração Pública
Referências
FLEURY, Maria Tereza Leme; Sampaio, Jader dos Reis. Uma discussão sobre
cultura organizacional. In: Fleury, Maria Tereza Leme (Coord.). As pessoas na
organização. São Paulo: Gente, 2002.
JOHANN, Silvio Luiz. Gestão da cultura corporativa. São Paulo: Saraiva, 2004.
154
C APÍTULO 8
156
Regime Jurídico do Setor Público e suas
Capítulo 8 Características Básicas
Contextualização
O texto visa dar aos participantes compreensão do que significa uma relação
de emprego baseada num contrato e uma relação vinculada a um regime jurídico
estatutário. Paralelamente, será apresentado um resumo da estrutura temática
da Lei nº 8112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico
em vigor, mediante breve análise dos assuntos tratados ao longo dos 9 (nove)
títulos que compõem a referida lei. A análise aqui efetuada procurou, tanto quanto
possível, verificar e considerar as alterações introduzidas na referida Lei ao
longo dos quase 26 (vinte e seis anos) de sua vigência. Entretanto, dado o longo
lapso de tempo decorrido, é possível que algumas alterações tenham escapado
a nossa pesquisa. Em face dessa possibilidade, é importante vocês, pós-
graduandos(as), estejam atentos para o fato. Nesse sentido, aconselhamos que,
como primeiro passo, consultem a última atualização do referido diploma legal,
que é de 09.03.2015, e pode ser encontrada no seguinte site: <www.unifal-mg.
edu.br/progepe/files/file/Legislação/lei 8112-anotada-9-3-2015pdf>. É importante
informar, ainda, que o referido site contém pareceres e decisões de vários órgãos
superiores dos Poderes Executivo e Judiciário sobre as matérias vinculadas ao
Regime Jurídico dos Servidores Públicos, disciplinado pela Lei nº 8112, de 1990.
pressupõe a aceitação tácita e irrestrita pelo empregado de tudo que está definido
na lei estatutária, enquanto na segunda, isto é, no contrato, sua aceitação depende
de discussão prévia das condições e de sua aceitação pelas partes interessadas.
Os títulos são as unidades mais amplas da referida lei e cada um deles possui
uma denominação que busca indicar as matérias neles contidas. Apresentamos,
a seguir, os títulos com suas denominações e a quantidade de artigos que os
compõem:
nos títulos que compõem a Lei 8112, de 1990, pois isto demandaria um curso
específico de média para longa duração, faremos, aqui, alguns comentários e
esclarecimentos que nos parecem indispensáveis a uma compreensão mais
lúcida de alguns assuntos.
O Título I apresenta
as definições das
O Título I tem um apenas um Capítulo que, sob a denominação categorias funda-
de Disposições Gerais, estabelece o objeto da referida lei e apresenta mentais que regem
as definições das categorias fundamentais que regem as relações de as relações de traba-
trabalho dos funcionários da administração pública federal direta e lho dos funcionários
da administração
dos órgãos de administração indireta, mencionados na ementa da lei:
pública federal
servidor público, cargo público e acessibilidade a estes, bem como a direta e dos órgãos
proibição de prestação de trabalho gratuito para o Governo. de administração
indireta, menciona-
A objetividade e clareza do conteúdo do título e seu capítulo dos na ementa da
tornam desnecessário qualquer comentário sobre a matéria. lei: servidor público,
cargo público e aces-
sibilidade a estes,
O Título II é dedicado às normas que disciplinam os institutos bem como a proibi-
legais do Provimento, da Vacância, Remoção, Redistribuição ção de prestação de
e Substituição. É constituído por 4 (quatro) capítulos, cabendo trabalho gratuito para
esclarecer que Remoção e Redistribuição são tratadas num mesmo o Governo.
capítulo, e a Substituição é objeto de capítulo próprio, o que justifica a
diferença entre o número de formas de provimento, que é de 5 e, o de
capítulos, 4.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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Regime Jurídico do Setor Público e suas
Quanto aos cargos
Capítulo 8 Características Básicas em comissão, em-
bora seu provimento
A prova inequívoca de tal diferença está na própria Lei nº 8112, não dependa de
quando dispõe sobre os dois institutos legais nas Seções V e X do concurso, oocupante
Cap. I, Título II, a seguir transcritos somente pode ser
considerado servidor
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em público depois da
virtude de sentença judicial transitada em julgado posse e do exercício,
ou de processo administrativo disciplinar no qual desde que seu de-
lhe seja assegurada ampla defesa.
sempenho no cargo
[...]
não está sujeito a
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor
estável ao cargo anteriormente ocupado e qualquer avaliação.
decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
Quanto à disponibilidade, deve ficar claro que não se trata de uma forma
de provimento, mas de um mecanismo de movimentação que é usado quando
um cargo ocupado por um servidor estável é suprimido e a Administração não
consegue fazer seu aproveitamento em outro cargo compatível,
Os cargos públicos
podem ficar vagos ou não haja possibilidade de aquele cargo ser transferido com o
em decorrência de ocupante para outro órgão, dentro da mesma esfera de administração
uma das seguin- (federal, estadual, municipal).
tes situações de
afastamento ou
desligamento do
ocupante: exone-
ração, demissão,
As Formas de Vacância
promoção, readapta-
ção, aposentadoria,
(Capítulo Ii)
posse em outro
cargo inacumulável Os cargos públicos podem ficar vagos em decorrência de uma
e falecimento. das seguintes situações de afastamento ou desligamento do ocupante:
exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria,
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Regime Jurídico do Setor Público e suas
Capítulo 8 Características Básicas
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Gestão de Pessoas no Setor Público
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Regime Jurídico do Setor Público e suas
Capítulo 8 Características Básicas
Os Direitos e as Vantagens
• Vencimentos e remuneração.
• Vantagens.
• Indenizações.
• Gratificações.
• Adicionais.
• Férias.
• Licenças.
• Afastamentos.
• Concessões.
• Tempo de serviço.
• Direito de petição.
Vencimento e Remuneração
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Vantagens
As vantagens pe-
cuniárias não serão As vantagens conferidas ao servidor público são de duas
computadas, nem naturezas: pecuniárias e não pecuniárias. As pecuniárias consistem
acumuladas, para nas indenizações, gratificações e adicionais, normatizados no Cap.
efeito de concessão
II e Seções, e Subseções do mencionado Título III. “As vantagens
de quaisquer outros
acréscimos pecuni- pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de
ários ulteriores, sob concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob
o mesmo título ou o mesmo título ou idêntico fundamento”. (Art. 50, § 2º da Lei 8112)
idêntico fundamento.
Indenizações
Indenizações
constituem Constituem indenizações: ajudas de custo, diárias e despesas
indenizações: de transporte.
ajudas de custo,
diárias e despesas a) A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de
de transporte.
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
permanente. (Seção I, Subseção I, arts. 53 a 57, do Cap. II, da Lei 8112).
Das férias
Das licenças
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Das Concessões
Do tempo de serviço
Do direito de petição
O direito de petição
constitui um dos Na esfera administrativa, o direito de petição constitui um dos
mais valiosos mais valiosos instrumentos de proteção aos direitos do servidor
instrumentos de
público. Ele é objeto do Capítulo VIII, último do Título III. Possui 9
proteção aos direitos
do servidor público. (nove) artigos (104 a 112) desdobrados em incisos e alíneas, nos
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Capítulo 8 Características Básicas
a) Aposentadoria.
b) Auxílio-natalidade.
c) Salário-família.
d) Licença para tratamento de saúde.
e) Licença à gestante, adotante e licença da paternidade.
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Gestão de Pessoas no Setor Público
Por fim, o Título IX, último da Lei nº 8112, de 1990, com Capítulo Único,
contém As Disposições Transitórias e Finais, com 9 (nove) artigos, já que 1
(um), o de número 251 foi revogado.
Algumas Considerações
Ao final da elaboração deste capitulo, concluímos que seria
Possuímos uma das impossível deixar de reconhecer que possuímos uma das melhores
melhores e mais e mais completas legislações sociais que regem as relações de
completas legisla-
trabalho dos servidores públicos e a Administração pública do
ções sociais que
regem as relações país, instrumento de atuação do Brasil, como um Estado Nacional.
de trabalho dos
servidores públicos Nessa legislação merece atenção especial seus aspectos
e a Administração relacionados com a proteção social que é assegurada aos servidores
pública do país, ins- públicos, circunstância que, evidentemente, ameniza o medo da
trumento de atuação
insegurança, essa emoção primária que levou o homem a construir
do Brasil, como um
Estado Nacional. os alicerces da cultura humana em seus primórdios neste planeta
chamado Terra.
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Capítulo 8 Características Básicas
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de
outubro de 1988, Título III, Capítulo VII, Da Administração Pública, Seções I e II.
3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
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