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DESPORTIVO
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Hiandra B. Götzinger Montibeller
Profa. Izilene Conceição Amaro Ewald
Profa. Jociane Stolf
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
613.7
V788t Vinotti, Tiago Contesini
Teoria do treinamento desportivo / Tiago Contesini
Vinotti. Indaial : Uniasselvi, 2012.
116 p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-583-3
Ebook 978-85-7141-197-5
Impresso por:
Tiago Contesini Vinotti
APRESENTAÇÃO...................................................................... 7
CAPÍTULO 1
Fundamentos do Treinamento Desportivo ......................... 9
CAPÍTULO 2
Classificação das Habilidades e dos Desportos.............. 25
CAPÍTULO 3
Métodos Tradicionais e Modernos de Organização
do Treinamento Desportivo................................................. 37
CAPÍTULO 4
Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência............................. 55
CAPÍTULO 5
Periodização ......................................................................... 85
CAPÍTULO 6
Ciclo de Supercompensação............................................. 107
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
Você já parou para pensar sobre o treinamento desportivo? Pois bem, iremos
iniciar os nossos estudos compreendo as teorias que circundam o Treinamento
esportivo, portanto é de suma importância que você estude e entenda o que será
abordado nessa disciplina. Para este caderno de estudos, procuramos buscar as
informações com autores que possuem referências no estudo do Treinamento
Desportivo. Porém, cada autor tem seu modo de visão em determinadas
situações. O que apresentamos também está colocado de forma mais resumida, o
que faz com que busquemos em outras literaturas, ou nas aqui utilizadas, maiores
informações.
Bons Estudos!
O autor.
C APÍTULO 1
Fundamentos do Treinamento
Desportivo
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Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
Contextualização
Neste capítulo, temos como objetivos centrais identificar os conceitos, a
evolução e os objetivos do Treinamento Desportivo e analisar os conceitos, a
evolução e os objetivos inerentes ao Treinamento.
Conceitos
O Treinamento Desportivo se constitui como parte fundamental para se
explicar e compreender o avanço do desporto. Diversos resultados obtidos pelos
atletas são consequência de horas de treinamentos, de sofisticados programas e
sistemas de treinamento a que são submetidos com a supervisão do técnico ou
preparador físico.
11
Teoria do Treinamento Desportivo
12
Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
13
Teoria do Treinamento Desportivo
Faz parte da preparação de diversas atividades, das mais variadas, como policiais,
bombeiros e, principalmente, atletas. Quanto maior o nível de preparação física
do atleta, mais ele estará preparado.
O Esporte
O esporte, em síntese, pode ser definido como uma cultura ao corpo, sob a
forma competitiva e regulamentada das atividades físicas. O esporte decorre de
uma prática intencional, metódica, através de exercícios físicos, relacionando-se
com atividades de tempo livre, como, por exemplo, os atletas de final de semana
e com objetivos competitivos, respeitando as regras de cada modalidade.
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
A Evolução do Treinamento
Desportivo
A preparação e o planejamento de treinamentos não é exclusividade apenas
dos tempos modernos. Na antiguidade grega, algumas formas e modelos de
periodização já eram aplicados para melhorar o condicionamento físico dos
atletas, principalmente os que participavam dos Jogos Olímpicos. De acordo com
Granell e Cervera (2003, p. 30),
15
Teoria do Treinamento Desportivo
Mais adiante na história, por volta dos anos 80, surgiu a estrutura pendular,
proposta por Arosiev. Esse modelo de treinamento era uma adaptação ao modelo
de Matveiev, visto anteriormente. Conforme Granell e Cervera (2003, p. 32), a
estrutura pendular tem sua aplicação com preferência no boxe, na luta e no remo,
tendo como princípios de desenvolvimento uma distinção entre a preparação
condicional e a preparação técnica. Ainda de acordo com os autores, as principais
características da estrutura pendular podem ser definidas da seguinte forma:
16
Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
17
Teoria do Treinamento Desportivo
Atividade de Estudos:
Objetivos do Treinamento
Desportivo
No Treinamento Desportivo estão inseridos vários objetivos. Um deles
se refere ao desenvolvimento físico multilateral, ou seja, o aprimoramento do
condicionamento físico geral, através do aumento dos níveis de resistência
e força, de velocidade, do aprimoramento da flexibilidade e da coordenação
motora.
18
Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
Nos fatores táticos estão incluídas as estratégias que cada atleta ou equipe
irá utilizar para vencer o adversário, que vão desde o treinamento intensivo de
jogadas até o estudo das táticas dos adversários. Podemos ver um exemplo disso
no futebol, quando uma equipe manda um membro da comissão técnica assistir
um determinado jogo de um futuro adversário, ou ao estudá-lo através de vídeos
de jogos.
Quanto aos fatores ligados à saúde, o atleta deve ser submetido a exames
médicos periódicos e a exercícios intercalados de alta e baixa intensidade,
alternando com períodos de regeneração.
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
As qualidades
As qualidades físicas que utilizam curtos espaços de tempo físicas que utilizam
requerem uma ênfase maior sobre a intensidade, mesmo em curtos espaços de
detrimento da quantidade (ritmo, força e velocidade). O inverso se tempo requerem
dá com qualidades físicas de uso prolongado (resistência muscular uma ênfase
localizada, flexibilidade, resistência anaeróbica). O treinador também maior sobre a
intensidade,
deve observar em que período de treinamento o atleta se encontra.
mesmo em
Durante o período preparatório, o volume tem grande relevância sobre detrimento da
a intensidade. Quando se inicia um período específico, se inverte, quantidade
dando maior importância à intensidade do que ao volume. (ritmo, força e
velocidade).
O princípio da especificidade, para Dantas (2003, p.58),
21
Teoria do Treinamento Desportivo
Princípios do treinamento
Atividade de Estudos:
22
Capítulo 1 Fundamentos do Treinamento Desportivo
Algumas Considerações
Finalizando e retomando os pontos centrais do capítulo, identificamos os
conceitos, a evolução e os objetivos do Treinamento Desportivo. Em cada seção,
procuramos apresentar uma síntese das principais ideias apresentadas pelos
autores que são referência em treinamento.
Referências
BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educação Física e Esporte. 2. Ed. Barueri:
Manole, 2003.
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Teoria do Treinamento Desportivo
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C APÍTULO 2
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Capítulo 2 Classificação das Habilidades e dos Desportos
Contextualização
Neste capítulo, temos como objetivos principais apontar as habilidades
e os desportos inerentes ao treinamento e classificar as habilidades e os
desportos. Vale aqui ressaltar a importância de classificar os desportos e as
habilidades, para que possamos nos adequar às especificidades de cada
um, promovendo os treinamentos corretos, buscando, da melhor maneira
possível, aprimorar as capacidades dos atletas. No capítulo anterior, na seção
I.I, ao falarmos sobre os conceitos do Treinamento Desportivo, utilizamos a
classificação de Zakharov e Gomes (2003). De certa forma parecida, neste
capítulo apresentaremos uma classificação semelhante, de outros autores,
porém indo mais fundo nas questões das modalidades do programa das
Olimpíadas.
27
Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 2 Classificação das Habilidades e dos Desportos
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Teoria do Treinamento Desportivo
Os desportos do sexto grupo são formados pelo tiro, arco e flecha e xadrez.
São atividades em que o componente motor utilizado para a realização é baixo,
por isso não são considerados exercícios físicos. O que necessitam, é de um
aumento da função do sistema nervoso central, e de muita resistência, já que é
através dela que os competidores conseguem uma maior concentração, paciência
e autocontrole psicológico.
Mas essa classificação não é adotada pelo desporto olímpico, pois algumas
das modalidades não obedecem aos critérios do regulamento. Isso deixa de fora
as modalidades do segundo, do quarto, do quinto e do sexto grupos, pois são
chamadas de modalidades técnicas, em que os resultados dependem de uma
força motriz.
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Capítulo 2 Classificação das Habilidades e dos Desportos
No quarto período dos Jogos Olímpicos, entre 1968 e 1980, houve uma
ampliação no programa olímpico, com a inclusão de novas competições. Ocorreu
uma leve tendência de diminuição das provas das modalidades de velocidade-
força e de difícil coordenação e um aumento no número de competições de lutas
e jogos desportivos.
31
Teoria do Treinamento Desportivo
Em 2004, nos Em 2004, nos jogos em Atenas, foram realizadas pela primeira
jogos em Atenas, vez as competições femininas de luta livre.
foram realizadas
pela primeira vez
Com base em Platonov (2008), será apresentado um resumo
as competições
femininas de luta das principais características das modalidades do programa
livre. olímpico. O atletismo está incluído nos jogos desde 1896. Atualmente
são disputadas 46 competições, sendo 24 para homens e 22 para
mulheres. Estão divididas em corridas, marchas, saltos, lançamentos e provas
combinadas.
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Capítulo 2 Classificação das Habilidades e dos Desportos
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 2 Classificação das Habilidades e dos Desportos
Atividade de Estudos:
Vela –__________________________________________________
Futebol – _______________________________________________
Judô –__________________________________________________
Equitação –_____________________________________________
Halterofilismo –__________________________________________
Tiro –___________________________________________________
Ciclismo –______________________________________________
Esgrima –_______________________________________________
Decatlo –_______________________________________________
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Teoria do Treinamento Desportivo
Algumas Considerações
Ao apresentarmos a classificação dos desportos, percebemos as
especificidades inerentes a cada um. De forma semelhante, abordamos a
classificação das habilidades em cíclicas, acíclicas e acíclicas combinadas.
Referências
BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do Treinamento. São
Paulo: Phorte Editora, 2002.
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C APÍTULO 3
Métodos Tradicionais e
Modernos de Organização do
Treinamento Desportivo
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
Contextualização
Neste capítulo, nosso objetivo é descrever os métodos relativos ao
Treinamento Desportivo e analisar os métodos relativos ao treinamento desportivo.
Entramos em uma parte mais voltada ao treinamento, falando diretamente sobre
os métodos utilizados em um programa de aperfeiçoamento técnico e físico
para, no capítulo seguinte, darmos ênfase às questões fisiológicas sobre força,
velocidade, flexibilidade e resistência.
Treinar um atleta não é simplesmente fazer com que ele percorra 200 metros
ou que nade 100, ou ainda que arremesse 50 bolas na cesta. Treinar um atleta é
fazer com ele aproveite cada exercício para seu crescimento e aprendizado. Tudo
tem de ser bem estruturado, pensado da melhor forma possível, a fim de evitar
lesões e cometer os menores erros possíveis. Por isso, a seguir, apresentaremos
os métodos de preparação desportiva.
Modelos
Os modelos de treinamento surgiram na Grécia antiga, em que
Os modelos
se acreditava na transformação do indivíduo num perfeito desportista. de treinamento
Os atletas eram submetidos a treinamentos intensos, que duravam surgiram na
meses. Grécia antiga, em
que se acreditava
Nesse período já se podia perceber a divisão do processo de na transformação
do indivíduo
treinamento de quatro dias, similar a um microciclo, mesociclo ou
num perfeito
macrociclo. A carga utilizada no primeiro dia era leve, se intensificava desportista.
no segundo dia. No terceiro dia, eram utilizadas cargas médias em
exercícios de curta duração, e o quarto dia era reservado para exercícios suaves.
a) O modelo tradicional
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
b) Modelos contemporâneos
Os modelos
contemporâneos
Os modelos contemporâneos receberam grande contribuição dos receberam grande
modelos tradicionais, gerando uma evolução no aspecto qualitativo, contribuição
dando início a propostas para cada modalidade. dos modelos
tradicionais,
gerando uma
evolução
De acordo com Gomes (2002, p. 145),
no aspecto
qualitativo, dando
os estudos demonstram que, definitivamente,
o raciocínio científico da periodização do
início a propostas
treinamento desportivo deve respeitar os para cada
desportos em suas dimensões específicas no que modalidade.
se refere ao sistema de competição. No início,
os planos modernos de treinamento passaram a exigir uma
metodologia idealizada separadamente para os desportos
individuais e para os coletivos.
Surgem então outros estudos, que utilizam os conceitos citados acima para
que sejam desenvolvidas outras metodologias.
41
Teoria do Treinamento Desportivo
Este modelo também proposto por Verkhoshanski tem como base a divisão
das cargas concentradas ao longo do ciclo anual.
No bloco B, que tem duração aproximada de dois e meio a três meses, devem
ser levados em conta exercícios para que o volume seja diminuído, permitindo o
desenvolvimento das capacidades competitivas, preparando o atleta para o bloco
C, em que estão distribuídas as principais competições.
d) Modelo integrador
42
Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
Este modelo tem como objetivo atender o calendário dos desportos coletivos,
em especial o futebol, que possui campeonatos longos, com número excessivo de
jogos, o que ocasiona uma dificuldade na distribuição das cargas.
Atividade de Estudos:
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Teoria do Treinamento Desportivo
A preparação do Desportista
O método de preparação desportiva está intimamente ligado aos objetivos
pretendidos pelo atleta e pela equipe a que ele representa. Ou seja, para cada
parte do sistema de treinamento de um atleta, existe uma composição de métodos.
Esse método pode ser utilizado na fase inicial da aprendizagem das ações
motoras que são relativamente fáceis em relação à técnica. O método pode ser
utilizado com algumas variantes, como a execução repetida da ação motora com
um aperfeiçoamento dos elementos e dos detalhes; com a repetição múltipla
da ação motora, objetivando sua consolidação; com execução em condições
crescentes que se aproximam da realidade das competições; e com a execução
em condições complexas, como com muito cansaço, com presença do adversário
44
Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
Uma deficiência é que não deve ser aplicada em casos em que a ação motora
não pode ser dividida, como nos saltos na ginástica ou no chute na bola. Como
variantes desse método, é possível destacar o estudo separado dos elementos
da ação para depois ligá-los ao movimento total; uma gradativa ligação entre os
elementos da técnica da ação motora; o destaque dos elementos da ação motora
em curto período de tempo; e o aperfeiçoamento das ações motoras sob a forma
de exercícios.
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 61).
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Teoria do Treinamento Desportivo
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 63).
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 63).
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 64).
47
Teoria do Treinamento Desportivo
Frequência
Cardiaca
( FC )
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 64).
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Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 65).
Frequência
Cardiaca
( FC )
Volume ( V )
Fonte: Gomes (2002, p. 65).
49
Teoria do Treinamento Desportivo
50
Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
O método de influência verbal revela uma relação entre técnico e atleta que
não exige nenhuma prova. É impossível a solução de qualquer que seja a tarefa
de preparação do atleta sem a utilização de meios verbais de contato. Dentre os
métodos de influência verbal, de acordo com Gomes (2002), “podem ser citados
a explicação, a conversa, o comando, a indicação corretiva, a análise verbal, a
avaliação etc.” (p. 67). Há que se levar em conta também o conteúdo emocional e
o sentido lógico de cada método verbal.
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Teoria do Treinamento Desportivo
52
Capítulo 3 Métodos Tradicionais e Modernos de
Organização do Treinamento Desportivo
A apresentação dos métodos nos faz refletir naquele que melhor se encaixa
com os objetivos que pretendemos alcançar. Aliados aos métodos, os modelos de
treinamento serão apresentados a seguir.
Atividade de Estudos:
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Teoria do Treinamento Desportivo
Algumas Considerações
Conforme assinalamos no início desse capítulo, treinar não é simplesmente
fazer exercícios de forma desordenada. Dessa forma, não se chegará a nenhum
objetivo que se pretenda.
Referências
DANTAS, Estélio H. M. A Prática da Preparação Física. 5. Ed. Rio de Janeiro:
Shape, 2003.
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C APÍTULO 4
Tendências Atuais do
Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade
e Resistência
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
Contextualização
Neste capítulo, temos como objetivo compreender e analisar as tendências
do treinamento de força, velocidade, flexibilidade e resistência.
Força
Para falarmos sobre o treinamento de força, precisamos primeiro adquirir o
conceito de força. De acordo com Barbanti (2003, p. 273), é
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Teoria do Treinamento Desportivo
Força Máxima
A força máxima é representada através da maior força que um
A força máxima é
atleta pode alcançar, ou seja, o que o sistema neuromuscular pode
representada através
da maior força que mobilizar através de contrações voluntárias.
um atleta pode
alcançar. A força absoluta é maior que a força máxima, pois é o somatório
da força máxima e da força de reserva, que é somente executada em
condições extremas.
Por sua vez, a força máxima dinâmica também tem seus fatores, como o
nível da força estática, a capacidade coordenativa da musculatura, o alongamento
prévio do músculo, a velocidade do movimento, o tipo de desenvolvimento da
força, o grau de fadiga (WEINECK, 2005).
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
Os movimentos
Os movimentos com força rápida devem ser previamente
com força
programados, sendo processados através do sistema nervoso central. rápida devem
ser previamente
Em relação à resistência de força, é a capacidade que o atleta tem programados,
de resistir à fadiga durante prolongados períodos de força. Os critérios sendo
que são utilizados para a resistência de força são a intensidade do processados
através do sistema
estímulo e o volume do estímulo.
nervoso central.
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Teoria do Treinamento Desportivo
A Contração Muscular
Na contração Na contração muscular isotônica, os elementos contráteis do
muscular isométrica, músculo entram em contração, enquanto os elementos elásticos
os elementos não apresentam variação no comprimento, ocorrendo, assim, um
contráteis encurtamento do músculo.
apresentam
contração, enquanto
Na contração muscular isométrica, os elementos contráteis
os elementos
elásticos sofrem apresentam contração, enquanto os elementos elásticos sofrem
um alongamento, um alongamento, de modo que a contração muscular não se torna
de modo que a visível.
contração muscular
não se torna visível. A contração muscular auxotônica é a combinação da contração
isométrica e isotônica. O sistema neuromuscular ativa um sistema
“liga-desliga” (WEINECK, 2003, p. 231) das unidades motoras neuromusculares,
em conformidade com o tipo e a velocidade dos movimentos realizados.
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
Metodologia do Treinamento de
Força
Um atleta pode optar por aumentar sua força por meio de superposição
interna ou resistência externa. De acordo com Bompa (2002, p. 338), as principais
fontes externas para desenvolver a força podem ser
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Teoria do Treinamento Desportivo
Carga de Treinamento
A carga de treinamento refere-se à massa ou quantidade de peso que é utilizada
para o desenvolvimento da força. Podem ser usadas as seguintes cargas, de acordo
com Bompa (2002): supramáxima, que é uma carga que excede a força máxima do
atleta. Devem ser usadas altas cargas, variando acima dos 100% da força máxima,
duas ou três vezes por semana. Porém, o uso das cargas supramáximas deve ser
empregado apenas com atletas que já possuem histórico de treinamento de força. Os
outros atletas utilizam treinamentos de força com carga máxima, que possui variantes
entre de 90 a 100%. Na carga pesada, são utilizadas variantes entre 80 e 90% da
máxima. As cargas médias utilizam de 50 a 80% da máxima. As cargas baixas são as
menores que 50%.
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
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Teoria do Treinamento Desportivo
Atividade de Estudos:
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Velocidade
Mecanicamente, pode-se dizer que a velocidade é a relação entre espaço
e tempo. Em se tratando do termo velocidade, ele pode ter incorporado alguns
elementos. Um deles é o tempo de reação, ou seja, a velocidade de reação de
um atleta numa largada em provas do atletismo. Outro elemento é a frequência
do movimento por unidade de tempo, ou seja, a velocidade que um atleta
consegue impelir para percorrer determinada distância. O terceiro elemento seria
a velocidade de transposição de uma determinada distância, que se representa
pela frequência de passada.
De acordo com Weineck (2003, p. 379), a velocidade pode ser definida como:
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
por um.
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
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Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
Atividades de Estudos:
71
Teoria do Treinamento Desportivo
Flexibilidade
Começamos falando sobre a flexibilidade com a definição de Weineck
Weineck (2003, p. (2003, p. 470): “flexibilidade é a capacidade e a característica de
470): “flexibilidade um atleta de executar movimentos de grande amplitude, ou sob
é a capacidade e a forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas
característica de um articulações”.
atleta de executar
movimentos de
A flexibilidade pode ser diferenciada em flexibilidade geral
grande amplitude,
ou sob forças e específica, ativa e passiva, e ainda em estática. A flexibilidade
externas, ou ainda geral é aquela em que há grande extensão dos principais sistemas
que requeiram a articulares, como os ombros, quadris e coluna vertebral. A
movimentação de flexibilidade específica tem referência em determinadas articulações,
muitas articulações”. como, por exemplo, um atleta de corrida com barreiras deve ter boa
flexibilidade nos quadris. A flexibilidade ativa é a maior amplitude
de movimento que se consegue dar a uma articulação com a contração dos
agonistas e relaxamento dos antagonistas. A flexibilidade passiva é a maior
amplitude articular conseguida com auxílio de forças externas. A flexibilidade
estática é a manutenção de um alongamento por determinado período de tempo.
A flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade ativa.
72
Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
73
Teoria do Treinamento Desportivo
intensidade dos alongamentos deve ser aumentada a cada exercício. Deve haver
um alongamento alternado dos músculos relevantes de cada atividade. A posição
para o alongamento deve ser mantida por pelo menos 10 segundos. A respiração,
durante o alongamento, deve ser profunda, aumentando seus efeitos. Quando
possível, executar o alongamento também após as sessões de treinamento,
favorecendo a recuperação dos músculos, acarretando em um relaxamento.
Atividades de Estudos:
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Resistência
A resistência pode ser definida como a capacidade que o indivíduo tem
de manter um trabalho com determinada intensidade durante determinado
tempo. A resistência é dependente de diversos fatores, entre eles a velocidade,
a força muscular, as habilidades que os atletas desenvolvem para executar
os movimentos com a máxima eficiência, a capacidade de utilizar de forma
econômica os potenciais fisiológicos, além do estado psicológico em que executa
as atividades.
75
Teoria do Treinamento Desportivo
Trataremos sobre a resistência muscular localizada (RML) por ser uma das
mais conhecidas. Para a resistência muscular localizada, o sistema cardiovascular
não tem papel importante para o aumento da capacidade de desempenho
esportivo. Ela pode ser dividida em aeróbica e anaeróbica, sob o aspecto de
energia. Pode ser dividida pelo tipo de trabalho da musculatura, em resistência
muscular localizada aeróbica dinâmica e aeróbica estática, além de resistência
muscular localizada anaeróbica dinâmica e anaeróbica estática.
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
77
Teoria do Treinamento Desportivo
Ao voltarmos
A resistência aeróbica de média duração tem como característica para a biologia
a duração do exercício variando entre 10 e 30 minutos, utilizando como do esporte,
substrato energético quase que exclusivo a glicose. a resistência
aeróbica de curta
A resistência aeróbica de longa duração tem como característica duração tem como
característica
exercícios acima dos 30 minutos, e tem como fatores limitantes o
a duração do
consumo máximo de oxigênio, sua utilização durante determinado exercício de 2
período e a altura do limiar anaeróbico. até 10 minutos
e o máximo
e) Parâmetros de treinamento para resistência aeróbica consumo de
oxigênio absoluto
é alcançado.
Conforme Bompa (2002), alguns parâmetros têm relevante
significado para o desenvolvimento da resistência aeróbica. A
intensidade do treinamento deve ter níveis 70% abaixo da velocidade máxima. Os
estímulos do treinamento que não elevam a frequência cardíaca acima dos 130
batimentos por minuto não aumentam a capacidade aeróbica.
A atividade que possa vir a ser realizada durante o intervalo deve A atividade que
ser de baixa intensidade, com o objetivo de estimular a recuperação possa vir a ser
biológica. realizada durante
o intervalo deve
ser de baixa
Deve-se determinar o número de repetições através da intensidade,
capacidade fisiológica do atleta para o consumo estável de oxigênio. com o objetivo
Se essa estabilidade não ocorrer de forma suficientemente alta, o de estimular a
sistema anaeróbico se torna incapaz de satisfazer as demandas de recuperação
energia. biológica.
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Teoria do Treinamento Desportivo
f) Resistência anaeróbica
Para um intervalo com atividades, elas devem ser leves e relaxantes. Evita-
se o descanso total, ou seja, deitar.
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Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
O método fartlek, também conhecido como método do jogo rápido, faz com
que o atleta utilize sua própria contribuição, alternando o treinamento com porções
curtas de desempenho de intensidade mais alta. Esses momentos não são
planejados, pois são baseados no sentimento e no julgamento do atleta. Segundo
Bompa (2002, p. 369), “o uso do método fartlek é específico em sua maior parte,
mas não inteiramente, para a fase preparatória, para introduzir variedade na
monotonia do treinamento uniforme.”
81
Teoria do Treinamento Desportivo
82
Capítulo 4 Tendências Atuais do Treinamento de Força,
Velocidade, Flexibilidade e Resistência
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Observamos, nesse capítulo, algumas das principais qualidades físicas,
como força, velocidade, flexibilidade e resistência.
Estudamos que a força tem suas variantes, como força máxima, força
dinâmica, força rápida, além de métodos e parâmetros para o treinamento de
força.
83
Teoria do Treinamento Desportivo
Referências
BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educação física e esporte. 2. ed. Barueri:
Manole, 2003.
84
C APÍTULO 5
Periodização
86
Capítulo 5 Periodização
Contextualização
Planejar, programar, esquematizar um plano de treinamentos exige
conhecimentos necessários para que o atleta consiga aproveitar ao máximo suas
qualidades e enfatizar o treinamento na correção dos erros. Cada movimento,
cada exercício tem como propósito a competição que está lá na frente. E todos
nós sabemos que um treinamento mal organizado, mal estruturado, pode “jogar
fora” toda uma preparação, fazendo com que o trabalho de 1 ano seja destruído
em menos de um minuto, por exemplo, em uma eliminatória de 100 metros rasos
no atletismo (segundos nesse caso).
O Planejamento de Treinamento
O planejamento no treinamento desportivo é um processo
Bompa (2002,
metodológico e de caráter científico, que tem como objetivo o auxílio ao
p. 158), “o plano
atleta para que alcance o alto nível de treinamento e de desempenho. precisa ser
Um plano de treinamento bem estruturado possibilita ao atleta ter simples, sugestivo
direção, sentido e um alvo para o qual deve ser realizado. e flexível, podendo
ser modificado
O programa de treinamento deve ter como base o desempenho do conforme o nível
de progressão
atleta em testes ou competições, no progresso que apresenta em todos
e a elevação do
os fatores de treinamento, e deve considerar também o calendário das conhecimento
competições. Segundo Bompa (2002, p. 158), “o plano precisa ser metodológico por
simples, sugestivo e flexível, podendo ser modificado conforme o nível parte do atleta”.
de progressão e a elevação do conhecimento metodológico por parte
do atleta”.
87
Teoria do Treinamento Desportivo
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Capítulo 5 Periodização
89
Teoria do Treinamento Desportivo
90
Capítulo 5 Periodização
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Teoria do Treinamento Desportivo
treinamento da flexibilidade.
Sessão de treinamento
92
Capítulo 5 Periodização
20 min
- Aquecimento
1200m
- Trote
8x Rita: coloque dois
-Exercícios calistênicos
8x agasalhos para
- Rotação dos braços
12x aquecer.
- Rotação do tronco
- Largadas
8x120m Mantenha uma
¾ (14s) velocidade cons-
- Resistência específica
III tante em todas as
repetições.
- Treinamento de potência
Relaxe os braços e
60kg / 8-10 as pernas entre os
reps exercícios.
- Trote 800m
Leve e relaxante.
Trabalho com um
companheiro.
- Massagem 5min
93
Teoria do Treinamento Desportivo
Os Ciclos de Treinamento
Após a apresentação sobre as sessões de treinamento, partimos agora
para o “conjunto da obra”. Falamos em conjunto da obra, pois várias sessões
de treinamento se reúnem em microciclo, que vários microciclos formam um
mesociclo e os mesociclos unidos compreendem um macrociclo. Sendo assim,
traremos a seguir o que se diz respeito dos microciclos e suas características,
sobre os mesociclos e suas especificidades e sobre os macrociclos ou ciclos
anuais e suas particularidades.
a) Microciclo
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Capítulo 5 Periodização
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Teoria do Treinamento Desportivo
Manhã T T T T T T
Tarde T T T
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Capítulo 5 Periodização
Manhã T T T T T T T
Tarde T T T T
97
Teoria do Treinamento Desportivo
98
Capítulo 5 Periodização
Compe-
Aquecimento Competição Competição
tição
Aquecimento Aquecimento
10:00 – Idem a
-Sprints
11:00 terça feira
-6 lançamentos
20, 30, 40m/6
Aquecimento Competição
Competição
Aquecimento
Aquecimento
Sprints 15 lança-
6 lançam. 4/4
30m/3 mentos com
(15 lançam. ¾
aproximação
com corrida de Jogo de
média
aprox. curta). basque-
15 min. Andar tebol
7 min de aqueci- 2x15
Técnica nas e lançar em di-
17:00- mento específico Jogo de Idem a min.
últimas 3 ferentes alvos
19:30 passadas basque- segunda na grama
30 minutos de tebol feira
treinamento de 2x15 min.
30 lançamen- Exercícios
força
tos com a bola especiais de
de baseball relaxamento
5 min. Exercícios
de flexibilidade
15 lançamen-
tos com o
medicine ball
10 min. 1x1
jogos
2x30m saltos
99
Teoria do Treinamento Desportivo
Atividade de Estudos:
100
Capítulo 5 Periodização
Os mesociclos
102
Capítulo 5 Periodização
Atividade de Estudos:
c) Macrociclo
A obtenção do Peak
Quando o treinamento começou a atingir os limites da capacidade do atleta,
percebeu-se que era possível avançar um pouco mais na preparação, chegar um
pouco mais além no nível do atleta. Esse nível se manteria por algum
tempo, sofrendo depois uma queda, a fim de evitar o sobretreinamento. Número de peaks
que um atleta
Nesse sentido, surge o conceito de peak, que, de acordo com Dantas pode obter durante
(2003, p. 91), “é o ápice da forma física, técnica, tática e psicológica um ano (de 1 a
atingido por um atleta como resultado de um programa de treinamento”. 4), e também a
duração de cada
um, depende de
O número de peaks que um atleta pode obter durante um ano (de alguns fatores,
como o desporto
1 a 4), e também a duração de cada um, depende de alguns fatores, considerado e
como o desporto considerado e qualidades físicas intervenientes, a qualidades físicas
experiência desportiva (lastro fisiológico), a duração da fase básica do intervenientes,
a experiência
período preparatório, a idade e a individualidade biológica (DANTAS, desportiva (lastro
2003). fisiológico), a
duração da fase
básica do período
Para a obtenção do peak, alguns instrumentos estão ao alcance preparatório,
do treinador. Com isso, podemos destacar a correta aplicação do a idade e a
individualidade
princípio oscilatório da carga, que permite o máximo aproveitamento biológica
da supercompensação e a variação da hegemonia do volume ou da (DANTAS, 2003).
intensidade do treinamento.
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Ao lado do planejamento anual, o microciclo é a mais importante ferramenta
para o planejamento do treinamento. A técnica utilizada para alternar as
intensidades de treinamento durante o microciclo é a ciência. Na maioria dos
casos, ela é baseada no tempo necessário para restaurar o combustível que supre
105
Teoria do Treinamento Desportivo
Referências
BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. São
Paulo: Phorte Editora, 2002
106
C APÍTULO 6
Ciclo de Supercompensação
108
Capítulo 6 Ciclo de Supercompensação
Contextualização
Neste capítulo, temos como objetivo apontar as características do ciclo
de supercompensação e analisar o ciclo de supercompensação presente no
Treinamento Desportivo.
As Características da
Supercompensação
Caro pós-graduando, para iniciarmos os nossos estudos neste último
capítulo, precisamos primeiro conceituar a supercompensação.
109
Teoria do Treinamento Desportivo
3
1 2
Tempo
Estimulação
110
Capítulo 6 Ciclo de Supercompensação
A partir do término dos estímulos, o nível inicial começa a ser atingido. Com
a aplicação de novos estímulos, então há o aumento progressivo do desempenho
esportivo.
A supercompensa-
Para Bompa (2002), a supercompensação tem referência com ção tem referência
com uma relação
uma relação entre trabalho e recuperação, como fundamento biológico
entre trabalho
para a excitação física e psicológica, antes de uma competição. e recuperação,
como fundamento
Quando o indivíduo realiza um treinamento, vários estímulos biológico para a
alteram seu estado biológico normal, através de uma maior depleção excitação física e
de energia. Isso resulta em consequências, como a fadiga e a alta psicológica, antes
de uma compe-
concentração de ácido lático no sangue e nas células. Uma queda
tição.
repentina da homeostase revela uma rápida elevação da fadiga,
levando a uma redução simultânea da capacidade funcional do organismo. O
organismo então repõe as fontes de energia durante a fase de restauração que
ocorre após o treinamento e entre as unidades de treinamento. Durante a fase de
restauração, é necessário repor e equilibrar o que foi gasto durante o treinamento.
111
Teoria do Treinamento Desportivo
112
Capítulo 6 Ciclo de Supercompensação
113
Teoria do Treinamento Desportivo
antes da competição.
O atleta precisa ter as doses certas de cada estímulo, pois precisará estar em
condições de suportar a fase em que se encontra e as fases seguintes. Portanto,
em qualquer etapa do treinamento, o treinador deve ter conhecimento daquilo que
está fazendo e dos possíveis resultados e consequências.
Atividades de Estudos:
114
Capítulo 6 Ciclo de Supercompensação
Algumas Considerações
A supercompensação, apesar do pouco material existente, tem papel
fundamental na preparação do atleta, assim como qualquer outro componente.
Serve tanto para alcançar o melhor nível do atleta, como para corrigir possíveis
deficiências.
115
Teoria do Treinamento Desportivo
com características de cada uma dessas qualidades e de que forma podem ser
treinadas.
Referências
BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educação física e esporte. 2. ed. Barueri:
Manole, 2003.
COBRA, Nuno. A semente da vitória. 77. ed. São Paulo: Editora Senac São
Paulo, 2005.
116