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ENSINO MÉDIO

Educação Física

ESPORTES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

SOROCABA

2022
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ESPORTES INDIVIDUAIS 
Os esportes individuais são modalidades nas quais o jogo é formado por um atleta.
Dessa forma, não precisam ser praticados em coletivo. Há diversos esportes
individuais, entre eles podemos citar:

1. ESGRIMA
Esgrima é um esporte olímpico disputado com espada, florete e sabre, que tem como
objetivo tocar o adversário com uma dessas armas brancas - de acordo com a
modalidade da disputa - sem que haja contato corporal.

História da esgrima
De acordo com os registros históricos, a esgrima teria surgido como esporte na Europa
no século XVI.
Mas a sua prática é muito antiga, afinal a humanidade a utilizou como um meio de
sobrevivência - para caçar, para combater e se defender do inimigo.
Existem indícios de que a esgrima era praticada há milhares de anos, tanto no Egito
como na Grécia. Em muitos países, antes de se tornar esporte, era uma forma de
combate muito comum. Os gladiadores, por exemplo, a usavam em combates, mas
também como entretenimento para o povo.
A história da evolução da esgrima se confunde com a da evolução das armas e com as
formas de combater. Um pedaço de madeira era uma arma, a qual foi substituído por
pedaços de metal, dando lugar aos arqueiros a cavalo, depois homens a cavalo
munidos com as suas espadas, e armas de fogo.
Na época do feudalismo, a forma de guerrear começou a mudar e, com isso, as
espadas também sofreram alterações, tornando-se mais fortes e também mais finas
nas pontas, que passaram a ser mais utilizadas.
Cavaleiros dirigiam-se para outras vilas a fim de disputar torneios, uma prática que era
muito comum até o Papa proibi-la. A proibição aconteceu na sequência da morte do rei
Henrique II da França, num torneio de justa, que é um esporte em que dois cavaleiros
montados a cavalo desafiam-se utilizando armas como espadas, lanças e machados.
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Apesar de o estudo da esgrima ter iniciado na Itália, as primeiras escolas de esgrima


são francesas. Nessa altura, em que as pistas eram desenhadas no chão, tentaram
averiguar - entre a espada e o sabre - qual era a melhor arma para a prática da
esgrima, mas não se chegou a nenhuma conclusão.
Com o passar do tempo, os equipamentos utilizados na prática da esgrima evoluíram,
sendo acrescentados coletes, luvas e máscaras. No século XVIII tem início a esgrima
moderna e as máscaras cobrem os olhos protegendo-os. Assim, a esgrima assume-se
como esportiva, com benefícios mentais e físicos para os seus praticantes, dentre os
quais: aumento da acuidade visual, auditiva e tátil, desenvolvimento da agilidade,
concentração, desenvolvimento de reflexos e aumento da autoconfiança.
Em 1913 é fundada a Federação Internacional de Esgrima, responsável por organizar a
prática e gestão do esporte a nível internacional.

Esgrima no Brasil
No Brasil, a prática da esgrima data do período imperial, graças a Dom Pedro II. As
tropas faziam uso dela, motivo pelo qual foi introduzida nos cursos da Escola Militar em
1858.
Depois disso, em 1906 surge o Curso de Formação em Ginástica e, com a criação do
Centro Militar de Educação Física, o mestre d’arma francês Lucien de Merignac é
incentivado a vir para o Brasil. O Mestre Gauthier é outro francês contratado pelo
exército Brasileiro para ensinar esgrima aos seus militares.
Com o apoio do Exército e da Marinha, em 1927, surge a União Brasileira de Esgrima.
A primeira participação do Brasil com esgrima nos jogos olímpicos ocorreu em 1936.

Regras da esgrima
A esgrima é disputada em duas fases: classificatória e eliminatória.
Na classificatória, os combates são feitos entre todos os atletas até que alguém consiga
marcar cinco pontos.
Na fase seguinte, a disputa é feita num intervalo de três saltos de três minutos cada. A
cada salto, há uma pausa de 1 minuto.
Ganha a disputa o esgrimista que tiver mais pontos, num total de 15.
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Os pontos são computados de forma eletrônica. Isso acontece porque a roupa dos
esgrimistas tem sensores. Antes de ser adotada essa forma, as armas traziam vestígios
de giz que marcavam a roupa do adversário, o que dificultava a votação feita pelos
juízes.
O objetivo é atingir o tronco do esgrimista adversário com a ponta do florete. No caso
da espada, a sua ponta pode atingir qualquer parte do corpo. Enquanto isso, a ponta do
sabre e mais um terço da arma (medida a partir da ponta), pode atingir a cintura ou a
região em torno dela.

Pista de esgrima
A pista de esgrima, o local dos combates, possui de 1,5 m a 2 m de largura e 14 m de
extensão. Há uma linha que divide a pista em dois lados iguais. No fundo de cada lado
há uma área (de 1,5 m a 2 m) em que o esgrimista atacado não pode entrar. 

Equipamentos de esgrima
São as armas que determinam as modalidades da esgrima.
Na prática do esporte são utilizadas as seguintes armas brancas, as quais, além do
formato, diferenciam-se pelo papel que desempenham na disputa (zona de pontuação):

Espada
Com 0,90 m e 770 g, é a arma mais pesada. Na esgrima de espada, a espada pode
tocar qualquer parte do corpo e, ao contrário das outras modalidades, os toques
simultâneos dos adversários são permitidos.
Era a arma utilizada entre o fim do século XIX e início do século XX.

Florete
Com 0,90 e 500 g é uma arma sem ponta, considerada a mais difícil da esgrima. Leve,
ela exige movimentos elegantes. Com o florete, apenas o tronco pode ser tocado com a
ponta da espada.
Era a arma utilizada no século XVIII.
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Sabre
Com 0,88 e 500 g, é a arma mais pequena utilizada na esgrima. Com ela, é permitido
tocar o adversário com a ponta ou com a lateral da lâmina - a espada e o florete tocam
apenas com a ponta. No sabre de esgrima, a arma pode tocar cabeça, tronco, ombros,
braços e antebraços.

Roupas
Além das armas, as roupas dos praticantes desse esporte são muito importantes, afinal,
elas garantem a segurança dos esgrimistas.
O vestuário do esgrimista é geralmente todo branco e obrigatoriamente são usados os
seguintes acessórios: colete protetor, luvas e máscara de metal.

Competições de Esgrima
Uma das competições mais importantes da esgrima ocorre durante as Olimpíadas. Esta
modalidade esportiva esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos da Era
Moderna, ou seja, desde 1896.
Outra competição muito importante é o Campeonato Mundial de Esgrima, realizado
todos os anos (exceto nos anos em que há Jogos Olímpicos).

Confederações e Federações
A FIE (Federação Internacional de Esgrima) realiza competições e eventos em nível
internacional. No Brasil, a CBE (Confederação Brasileira de Esgrima) organiza os
campeonatos nacionais.

Curiosidades

● Atualmente, as grandes potências mundiais da esgrima são: Itália, Coreia do Sul,

França, Rússia e Hungria. O Comitê Olímpico Russo (ROC) conquistou 8


medalhas no esporte nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Foram 3 de ouro, 4 de
prata e 1 de bronze.

● É comemorado em 7 de setembro o Dia Mundial da Esgrima.


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● As categorias da esgrima que fazem parte das Olimpíadas são: florete individual,

espada individual, sabre individual, florete por equipes, espada por equipes e
sabre por equipes.

● A principal competição de esgrima em nível mundial é o Campeonato Mundial de

Esgrima. Em 2019, o evento ocorreu em Budapeste (Hungria), entre os dias 15 e


23 de julho. A equipe russa ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas com
3 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. O último Campeonato Mundial ocorreu na
cidade do Cairo (Egito), em 2022.

● Flecha é um termo usado na esgrima para referir-se a um ataque veloz, cujo

adversário é pego de surpresa.

● Canhoto por influência: Um dos maiores esgrimistas da história das Olimpíadas,

o italiano Edoardo Mangiarotti conquistou seis medalhas de ouro, cinco de prata


e duas de bronze entre os Jogos de Berlim-1936 e Roma-1960. Ele só fica atrás
do húngaro Aladar Gerevich, outra lenda da modalidade, que conquistou sete
ouros.
Edoardo conquistou as medalhas utilizando a mão esquerda. Virou canhoto por
influência do pai e mestre de esgrima, Giuseppe Mangiarotti. Seguindo uma
tradição familiar, Giuseppe ensinava a arte do esporte para cada um de seus
filhos quando a criança completava oito anos. No caso do caçula Edoardo, o pai
fez um esforço extra: ensinou o menino a empunhar a espada com a mão
esquerda para surpreender os adversários nos duelos. O resultado foi quase
imediato. Aos 11 anos, Edoardo já era campeão italiano júnior. A ousadia de
Giuseppe foi coroada com as 13 medalhas olímpicas conquistadas por Edoardo.

● Do ouro à política: O francês Jean François Lamour sofreu com a gozação dos

colegas. Ele era o único esgrimista do time francês de 1980 que ainda não tinha
subido ao pódio olímpico. Quatro anos mais tarde, ele chegou lá e foi campeão
no sabre individual nos Jogos de Los Angeles-1984. Mas o boicote comunista
àquela edição fez com que o título de Jean François fosse desdenhado na
própria França, recebendo o apelido de “medalha de chocolate”.
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Em Seul-1988, lá estava Jean François novamente. Desta vez a competição


reuniu a elite mundial da esgrima. O francês chegou aos Jogos credenciado
como campeão do mundo em 1987 e confirmou o favoritismo, apagando de vez
as brincadeiras em relação a seu talento. Depois de se aposentar da esgrima,
Jean François Lamour resolveu atacar em outra área: a política. Nela, também
teve sucesso, já que ocupou recentemente o cargo de ministro da Juventude e
dos Esportes da França.

2. HIPISMO
O hipismo é um esporte de montaria a cavalo praticado com intuito performático,
buscando a perfeição técnica dos movimentos dos animais.

História
A ligação entre homem e cavalo é milenar, e o primeiro tratado de que se tem notícia
sobre o adestramento de cavalos para fins militares remonta a 1.360 a.C. Foi elaborado
por Kikkulis, hábil adestrador e professor de equitação do antigo reino de Mitanni,
localizado em uma região que hoje abriga parte das terras de Turquia, Síria e Iraque.
Apesar de terem sido usados para fins militares por séculos e em diferentes regiões do
planeta, os cavalos ganharam posição de destaque nas Olimpíadas da Grécia Antiga.
Há relatos de que a famosa corrida de bigas, impulsionadas por quatro cavalos, foi
incluída na edição das olimpíadas de 648 a.C..
A arte de saltar com cavalos como competição tem sua origem no século 19, época em
que os conjuntos formados por cavaleiro e cavalo já tinham o hábito de saltar durante
as caçadas. Em 1868, a Real Sociedade de Dublin em Bell´s Bridge promoveu uma
prova de salto em altura e outra de salto em distância, com o objetivo de testar a
capacidade dos cavalos de caça.
Alguns anos depois, em 1881, a mesma Real Sociedade de Dublin voltou a inovar e
desenvolveu o que serviria de molde para as competições atuais. Foi criada uma pista
em que os conjuntos (nome dado ao par formado por cavalo e cavaleiro ou amazona)
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tinham que superar quatro obstáculos. Dois deles eram fixos, um se apresentava como
uma parede de pedra e o outro consistia em uma espécie de tanque d’água escavado
no solo.
 
No início do século 20, o italiano Federico Caprilli revolucionou a técnica de saltos com
cavalos ao desenvolver um refinado método que até hoje é adotado. Segundo sua
teoria, o cavalo corre melhor quanto tem liberdade de movimentos e, principalmente, se
conseguir estender o pescoço. Assim, Caprilli criou uma técnica para que o animal não
sofresse com o puxar das rédeas, permitindo que o cavaleiro pudesse saltar sentado,
sem precisar inclinar-se para trás. A técnica foi batizada de “assento adiantado” e, por
conta dela, Caprilli é considerado o pai da equitação moderna.
Como esporte olímpico, o hipismo foi disputado pela primeira vez nos Jogos de 1900,
em Paris, com provas de saltos. A modalidade só retornou às Olimpíadas em 1912, em
Estocolmo, tendo, depois disso, aparecido em todas as edições.

Hipismo no Brasil
O torneio de Cavalaria de 1641 foi a primeira competição de hipismo realizada no
Brasil, na então chamada cidade de Maurícia (atual Recife). A competição hípica fazia
parte da proposta de reformulação urbana e cultural do príncipe holandês Maurício de
Nassau, recém-chegado ao Brasil. O torneio foi disputado pelo grupo de cavaleiros
holandeses, alemães, franceses e ingleses contra o grupo de brasileiros e portugueses,
sendo estes o grupo vitorioso.
Porém, os primeiros clubes hípicos no Brasil foram fundados em 1911, eles foram a
Sociedade Hípica Paulista e o Clube Esportivo de Equitação do Rio de Janeiro.
Atualmente, o esporte é coordenado no país pela Confederação Brasileira de Hipismo
(CBH), auxiliada pelas diversas federações estaduais. Vários brasileiros conquistaram
destaque no esporte, como Luiz Felipe Azevedo, Vítor Alves Teixeira, André Bier
Johannpeter e Álvaro Affonso de Miranda Neto e Bernardo Alves Rezende.
A principal referência internacional brasileira no Hipismo é o atleta Rodrigo Pessoa. Ele
nasceu em Paris em 1972, mas decidiu se naturalizar brasileiro aos 18 anos. O pai,
Nelson Pessoa nasceu no Rio de Janeiro e também foi cavaleiro olímpico.
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Rodrigo é tricampeão olímpico na modalidade de salto. Conquistou medalhas de bronze


nas olimpíadas de 1996 e 2000 e medalha de ouro no evento que aconteceu em 2004
em Atenas, na Grécia. O cavaleiro também ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-
Americanos em 2011 em Guadalajara, México.

Hipismo nas Olimpíadas


O esporte estreou nos Jogos Olímpicos na edição do evento em Paris no ano de 1900.
Esteve ausente da celebração olímpica nos anos de 1904 que aconteceu em Saint
Louis, nos Estados Unidos, e em Londres em 1908.
Os países que mais se destacam no hipismo mundial são: Holanda, Reino Unido,
Estados Unidos, Alemanha e Bélgica. O Hipismo também é conhecido como Equitação.
O homem praticante do esporte é o cavaleiro, e a mulher é cavaleira ou amazona.
 
Modalidades e regras
No atual programa de Hipismo olímpico são disputadas três modalidades com provas
individuais e por equipes:

Adestramento
Também chamada de dressage, em francês, essa modalidade tem como objetivo
demonstrar o desenvolvimento dos movimentos naturais do cavalo (como andar, trotar
e galopar). Desse modo, durante a apresentação, o cavalo deve transmitir uma imagem
confiante, atenta e de harmonia e comunicação clara com seu condutor. Compõem as
regras dessa modalidade os seguintes elementos:

● As provas podem ser realizadas em área aberta ou em pistas fechadas, desde

que o solo seja de areia e o espaço, de 20 m por 60 m;

● Os atletas devem realizar movimentações de manobras obrigatórias (“reprise”),

previstas e pré-determinadas pelo programa de provas;

● As movimentações são avaliadas por três ou cinco juízes, que ficam distribuídos

pelo percurso da prova. Por sua vez, os movimentos devem ser memorizados e
executados com harmonia e perfeição pelo cavalo e seu condutor;
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● As disputas são categorizadas conforme a idade dos atletas e o grau de

dificuldade das provas, sendo que, para essa modalidade, existem três
categorias: Amador, Profissional e Sênior;

● As notas são atribuídas em scores de 0 a 10, somadas e, assim, apresentadas

em percentual. Desse modo, determina-se o vencedor conforme o melhor


percentual obtido.

Saltos
Essa disciplina consiste na realização de uma prova de percurso em que obstáculos
espalhados pela pista devem ser superados pelo atleta e seu cavalo. Desse modo, o
objetivo é saltar os obstáculos no tempo estabelecido com o menor número de
penalidades possível. Algumas regras dessa disciplina estão listadas a seguir:

● Nessa disciplina, a disputa ocorre nas categorias individual ou em equipes;

● Na disputa individual, os vinte melhores atletas disputam duas rodadas finais,

sendo considerado vencedor aquele que obtiver o menor número de erros;

● Na disputa por equipes, os conjuntos são compostos por quatro atletas, sendo as

piores notas da equipe descartadas no decorrer da competição;

● O percurso é composto por 12 a 16 tipos diferentes de obstáculos e, a cada erro

cometido nesses obstáculos, o atleta é penalizado em um ponto. Assim, ao final


das provas, ganha aquele que tiver menos pontos negativos ou de penalização

O salto é a modalidade mais conhecida no hipismo no Brasil. Nessa modalidade o


cavaleiro é responsável por saltar entre 12 a até 15 obstáculos com o cavalo, em uma
pista que deve ter no mínimo 700 a até 900 metros.
O tamanho da pista varia conforme a quantia de obstáculos, que podem medir entre
1,30 e 1,60 metro de altura, e entre 1,5 e 2 de largura.
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Para terminar a prova, o cavaleiro precisa concluir o trajeto por duas vezes
consecutivas com o cavalo. O placar começa no zero e vai ficando negativo conforme
as penalizações.

Penalizações no salto 

● Errar o percurso pré-estabelecido implica em desclassificação imediata;

● Queda do cavaleiro ou do cavalo também implica em desclassificação;

● Se o cavalo recusar o obstáculo são três pontos de penalização;

● No caso de uma das varas de um obstáculo cair pelo toque do cavalo, o

cavaleiro perde quatro pontos;

● Ultrapassar o tempo determinado a cada percurso gera penalização progressiva

de um ponto a cada segundo excedido.

Concurso Completo de Equitação (CCE)


Essa modalidade requer dos participantes o domínio de três disciplinas
diferentes: dressage, cross caountry e jumping. As competições são realizadas ao
longo de três dias de provas – um dia para cada disciplina. Desse modo, no decorrer
das provas, os participantes vão acumulando suas pontuações para, ao final, ser
definido o vencedor da modalidade.
Algumas de suas regras:

● Ao realizarem a dressage, os participantes devem demonstrar padrões de

movimento para três juízes, que vão avaliá-los e descontar pontuações de seus
erros e imperfeições;

● Nas provas de cross country, são realizados aproximadamente 40 saltos em

obstáculos com aumento progressivo da dificuldade. Nessa disciplina, erros de


salto e extensão do tempo permitido para a prova são penalizados;
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● As provas de jumping são compostas pela realização de um teste de percurso de

saltos sobre cercas móveis, sendo penalizados os erros de salto;

● Ao final da última prova, são contabilizados os pontos totais e definido como

vencedor o atleta que tiver acumulado o menor número de penalizações no


decorrer das provas
Qualquer alteração na saúde do animal, como mal condicionamento físico e exaustão
pode resultar na desclassificação da dupla.
O cavaleiro nunca pode trocar de cavalo com a competição já em andamento. Os 25
cavaleiros que tiverem melhor desempenho nos três dias de provas disputam a
medalha de ouro.

Equipamentos do Hipismo 
Entre os equipamentos utilizados estão:

Sela
É o assento colocado no dorso do cavalo para os cavaleiros se sentarem. A escolha do
tipo depende do tipo da prática de equitação, mas sempre leva em conta as medidas do
animal, o peso e a altura da pessoa.

Estribos
Servem de apoio para os pés dos cavaleiros, evitando que estes balancem com os
movimentos do cavalo. Podem ser de aço inoxidável, metal, ferro ou em alumínio.

Cabeçadas e embocaduras
As cabeçadas são tiras de couro que são postas na cabeça do cavalo junto às
embocaduras, que vão na boca. São utilizadas para coordenar os movimentos do
animal.

Capacete
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Equipamento obrigatório na prática de Hipismo que deve ser leve e ventilado e varia de
acordo com a modalidade de equitação a ser desempenhada.

Principais competições mundiais


Os Jogos Equestres Mundiais são as principais competições de Hipismo em nível
internacional.  Organizados desde 1990 pela Federação Equestre Internacional, a
última edição aconteceu em 2014, na região da Normandia na França. A Alemanha é o
país que mais medalhas ganhou nesta competição, 34 de ouro, 23 de prata e 26 de
bronze.
Outro evento importante são os Jogos Olímpicos. Nas Olímpiadas de 2016, no Rio de
Janeiro, a Grã-Bretanha, Alemanha e França se destacaram. Os britânicos ganharam
medalha de ouro em duas categorias salto individual e adestramento individual. Os
alemães conquistaram ouro no concurso completo de equitação individual com o
tricampeão olímpico Michael Jung.

Curiosidades

● Os atletas e as atletas de hipismo recebem o nome de cavaleiros e amazonas,

respectivamente, para todas as modalidades ou disciplinas do esporte.

● O cavaleiro mais velho a disputar a modalidade até os dias atuais é o general

austríaco Arthur Von Pongracz. A competição em questão foi na modalidade de


Adestramento dos Jogos Olímpicos de Berlim 1936.

● A amazona britânica Lorna Johnstone é a mulher mais velha que já disputou o

hipismo nas Olímpiadas. Esse marco se deu na modalidade de Adestramento da


edição dos Jogos de Munique 1972, ocasião em que ela tinha 70 anos.

● As mulheres iniciaram suas competições nesse esporte na edição das

Olimpíadas de Helsinque 1952.

● O hipismo é a única modalidade de esporte olímpico em que as mulheres

disputam em igualdade de condições com os homens, tanto nas provas


individuais quanto nas provas de equipes mistas.
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● A primeira disputa de Adestramento Paraequestre aconteceu nos Jogos

Paralímpicos de Nova Iorque 1984.

3. CICLISMO
Ciclismo é uma atividade que envolve a repetição de um movimento e que usa como
meio de locomoção a bicicleta. O ciclismo pode ser competitivo, recreativo e também
praticado como forma de atividade física, tanto outdoor como indoor (como as aulas de
spinning).
O ciclismo também é parte integrante de outra modalidade esportiva, o triathlon que
une natação, ciclismo e corrida.

História
As origens do ciclismo estão ligadas ao século XIX, especificamente a década de 1890.
Afinal, foi nesse período que as bicicletas passaram por melhorias significativas, que
permitiram que o ciclismo enquanto modalidade esportiva se desenvolvesse.
Apesar disso, se formos considerar como ciclismo qualquer atividade que envolva
andar de bicicleta, então poderemos remontar o início à 1839 quando o ferreiro escocês
Kirkpatrick Macmillan criou o primeiro protótipo de uma bicicleta: dois pedais grudados
em uma enorme roda da frente.
As bicicletas com rodas de tamanho igual e sistemas de corrente e catraca, contudo, só
surgiram em 1880 e o mecanismo de marchas surgiu na década seguinte, em 1890.
A primeira competição no ciclismo, porém, nasceu antes da evolução da bicicleta: em
1869. Foi nesse ano que ocorreu a primeira maratona ciclística com um percurso entre
as cidades de Paris e Rouen, com 123 km.
Em 1890, porém, foi quando houve a construção do primeiro velódromo em Paris, na
França – e os franceses foram os primeiros do mundo a fomentarem o ciclismo como
uma modalidade esportiva.
Em 1893 é criado o “Tour de France” (Volta da França) pelo ciclista Henry Desgranges.
A competição é considerada a mais famosa do ciclismo de estrada até hoje. Porém, foi
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apenas em 1896 que o esporte ganhou projeção mundial por ter sido inserido nos
Jogos Olímpicos.
A primeira prova olímpica de ciclismo foi disputada no mesmo trajeto que a tradicional
maratona dos primeiros Jogos: os ciclistas largaram em Atenas e pedalaram até a
cidade de Marathon, depois retornaram à capital grega.
Após se manter ausente nas três edições olímpicas seguintes, o ciclismo retornou em
1912, em Estocolmo e desde então se manteve presente no programa olímpico.
As mulheres, contudo, só começaram a disputar o esporte em 1984, nos jogos de Los
Angeles, com a prova individual de estrada.

Ciclismo no Brasil
Acredita-se que a bicicleta tenha desembarcado no Brasil, com os imigrantes europeus
no final do século XIX e início do século XX.
Alguns registros dão indício de que já existiam praticantes do ciclismo no ano de 1895,
com destaque para as cidades de Espírito Santo e São Paulo. Três anos depois, era
finalmente inaugurada a primeira fábrica de bicicletas da empresa Caloi, popularizando
ainda mais a prática do esporte.

Categorias do Ciclismo
Atualmente, nos Jogos Olímpicos, existem 5 modalidades do ciclismo: BMX, BMX
Freestyle, Ciclismo de Estrada, Mountain Bike e Ciclismo de Pista. Destas, a mais
recente é o BMX Freestyle.

Ciclismo de Estrada 
Tida como a modalidade mais antiga e clássica do ciclismo, as provas são divididas em
duas fases: a primeira individual “contra o relógio” e a segunda em estradas abertas. 
Regulamentado pela União Ciclística Internacional (UCI), a competição contra o relógio
começa com os competidores partindo de uma rampa com um minuto de intervalo entre
si, num circuito preliminarmente estipulado e sinalizado.
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A área percorrida é de 40 km para homens e 20 km para mulheres. O vencedor é


decidido por aquele que fizer o trajeto até a linha de chegada em um menor espaço de
tempo. Daí o nome contra o relógio.
As provas de estrada, como o nome já diz, acontecem em ruas ou vias públicas. O
pelotão de ciclistas largam em grupo com o objetivo de ser o primeiro a cruzar a linha
de chegada, num trajeto que tem em média 160 km para homens e 80 km para
mulheres.

Mountain Bike
Conhecido como Ciclismo de Montanha, a categoria Mountain Bike tornou-se
popularmente conhecida a partir da década de 60, nos Estados Unidos. 
A modalidade subdivide-se em quatro, sendo elas: Downhill (DH), XCO (Cross-Country
Olímpico), Freeride, 4x, Trial, Trip Trial ou Maratona, Uphill e o Enduro de
Regularidade.

● Downhill: Na categoria Downhill, o ciclista deve percorrer uma área bastante

irregular e com poucas linhas retas. Os terrenos das provas são geralmente
naturais, nos quais o participante enfrenta as rampas (gaps) com manobras em
pontos de salto como jump (pulo) e o “deixar-se cair”, chamado de drop (queda).
Vence quem fizer o percurso em um menor espaço de tempo.

● XCO ( Country-Cross Olímpico): Disputada em circuito fechado, a categoria

mistura trechos em estrada de terra e asfalto. Considerada mais técnica, os


ciclistas que participam da XCO devem cumprir alguns critérios técnicos como o
número de voltas e comprimento da pista. É considerado vencedor aquele que
realizar o número de voltas determinado pela organização. 

● Freeride: O Freeride é uma variação da modalidade Downhill, sendo praticado

principalmente como esporte de lazer. Os locais para prática da atividade ficam


geralmente dentro das cidades e são chamados de Urban Assaults, onde utiliza-
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se obstáculos urbanos para a realização. Em alguns casos, faz-se uso de


troncos de árvores e em terrenos naturais mais acidentados, no que é chamado
de north shore. 

● 4x: Através de manobras que lembram o BMX (Bicycle Motocross), essa

categoria do ciclismo simula uma corrida de motocross,só que com a diferença


que utilizam-se bicicletas e não motos. Os competidores descem um terreno
inclinado após saírem dos gates de largada, ao melhor estilo BMX.

● Trial: A categoria Trial traz particularidades durante seu percurso. Obstáculos

inusitados como pedras, latões, troncos, cavaletes, muros e até mesmo carros
são alguns do exemplos. A pontuação também é diferente. Nessa modalidade,
os atletas começam com um determinado número de ponto e vão perdendo
assim que colocam os pés no chão. 

● Trip Trial (Maratona): Dentre as modalidades de ciclismo de montanha, o Trip

Trial é o que possui o percurso mais longo e indefinido, podendo ser o mesmo do
início da prova ou não. A duração e tempo das provas podem durar de dois a
três dias, dos quais os atletas percorrem rios, trilhas e estradas de ferro.  

● Uphill: Para se dar bem nessa modalidade, o ciclista deve ter muita resistência

física e fazer uso de equipamentos mais leves. A prova consiste em subidas


altamente complexas, da qual vence quem chegar primeiro ao topo. 

● Enduro de Realidade: Com uma forma de pontuação diferente das demais,

essa categoria pode ser considerada técnica do estilo Mountain Bike. Nela, o
vencedor não é aquele que atinge o primeiro lugar, mas sim quem for o mais
regular e chegar no tempo estipulado pela organização da prova. Ao contrário do
Trial, no qual o competidor deve somar  mais ponto, no Enduro de Realidade, o
atleta deve alcançar a marca de zero pontos. Pode ser praticado tanto só quanto
em duplas e os trajetos são principalmente em estradas abertas ou trilhas
fechadas.

BMX ( Bicycle Motocross) 


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O Bicycle Motocross ou Bicicross é a modalidade do ciclismo que agrada todas as


faixas etárias. A origem do nome se dá ao fato das bicicletas lembrarem as motos das
competições de motocross. Realizado em circuito fechado, as pistas têm extensão de
300 a 380 metros, compostas por desníveis, morros e ondulações. O tempo de duração
das provas varia em torno de 30 a 40 segundos. 

BMX freestyle
É a modalidade mais recentes que participaria pela primeira vez nos Jogos de Tóquio,
de 2020, que foram adiados devido à pandemia de COVID-19. Apesar disso, essa
modalidade de BMX é disputada desde 1970.
Também com uma bike de aro 20”, os atletas devem executar uma série de manobras,
com giros e saltos no ar. Dentro do BMX Freestyle existem seis modalidades, que são:

● vertical: são usadas rampas em formato de U, chamadas de half pipe;

● dirt jump: praticado em rampas de terra, com alturas e distâncias variadas. As

rampas podem ser únicas, doubles ou trails (sequenciais);

● street: é praticado nas ruas ou em pistas que simulam ruas com corrimões,

escadas e rampas;

● mini ramp: a pista tem altura e tamanho menor que a vertical. Nessa

modalidade, são realizadas manobras de bordas associadas a saltos e aéreos,


geralmente em rampas de madeira;

● flatland: apresentação no solo, sem rampas ou pulos. É o estilo mais livre de

todos, com cada piloto fazendo sua session e buscando equilibrar dificuldade e
criatividade;

● park: percursos fechados (bikeparks ou skateparks) com diferentes obstáculos,

como paredes, bancadas, rampas e corrimões.

Ciclismo de Pista
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Realizadas em velódromos ou em pistas oficiais de ciclismo, essa modalidade de


ciclismo deve atender às normas da União Ciclística Internacional (UCI).
Obrigatoriamente, as pistas de competição de pista devem ser no formato oval, com
uma variação de linhas inclinadas nos valores de 36 e 45 graus e com extensão de 180
a 500 metros. Possuem revestimento de cimento ou madeira. Dentro das categorias de
ciclismo de pista, ganha quem fizer o percurso em um menor estabelecido em um
menor período de tempo.

Principais competições mundiais


As competições internacionais oficiais de ciclismo são organizadas pela UCI (Union
Cycliste Internationale) com sede na cidade de Aigle (Suíça).
No Brasil, as competições oficiais são organizadas pela CBC (Confederação Brasileira
de Ciclismo).

Ciclismo nas Olimpíadas de Tóquio 2020


Foram realizadas, nas Olimpíadas de Tóquio, 22 provas de ciclismo nas seguintes
modalidades: Pista, Mountain Bike, Estrada e BMX. O grande destaque foi a equipe da
Grã-Bretanha que conquistou 12 medalhas (6 de ouro, 4 de prata e 2 de bronze).

Equipamentos

Bicicleta
Cada tipo de bicicleta, se encaixa melhor em uma modalidade especifica de ciclismo.
Aspectos como conforto, ergonomia e funcionalidade, tal qual o material, peso,
suspensão e largura dos pneus, são os principais itens levados em consideração
durante a escolha.

Capacete
Item essencial para a proteção da cabeça, o capacete deve ser feito de material
resistente a quedas e pancadas, além de ser sinalizado com adesivos refletores que
indiquem a posição do ciclista durante os trajetos.
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Luvas e Proteções
Utilizado principalmente nas modalidades de BMX e Mountain Bike, as luvas e
proteções para os joelhos e cotovelos ajudam o ciclista a evitar lesões graves e atritos
com superfícies cortantes.
 
Óculos
A utilização de óculos durante as atividades ciclísticas auxilia no bloqueio dos raios
solares, além de proteger contra poeira e insetos que eventualmente aparecem no
caminho.

Retrovisores, buzinas e faróis


Elementos fundamentais, os retrovisores permitem ao ciclista visualizar o ambiente ao
redor. Já a buzina funciona como um alerta de presença quando necessário e os faróis
têm maior utilidade para àqueles que preferem percursos noturnos. 

Roupas e Coletes Refletores


É extremamente importante o uso de roupas claras e coletes refletores para a
segurança do ciclista, principalmente em trajetos de estrada em via noturna. Sapatilhas
ergonômicas e anti-deslizantes, capas transparentes em períodos de chuva que não
comprometam a agilidade de movimentos, são cruciais para um bom desempenho
ciclístico.

Curiosidades:

● É comemorado em 19 de agosto o Dia Nacional do Ciclista.

● O primeiro campeonato mundial de ciclismo de pista ocorreu no ano de 1895.

● Atualmente, as grandes potências mundiais do ciclismo são: Grã-Bretanha,

Austrália, Estados Unidos e Alemanha.


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● Durante uma prova em que o vento lateral é muito forte, os ciclistas de um

pelotão costumam se alinhar diagonalmente. Este posicionamento é conhecido


como "leque" e serve para reduzir o impacto do vento sobre o corpo destes
ciclistas e também sobre as bicicletas.

● A primeira participação do Brasil em provas olímpicas de ciclismo ocorreu nos

Jogos Olímpicos de Berlim (1936). A equipe brasileira foi formada pelos ciclistas
Ricardo Magnani, Ferrer Dertonio e Hermógenes Netto.

● O último Campeonato Mundial de Ciclismo de Estada ocorreu em Flandres

(Bélgica), de 19 a 26 de setembro de 2021. A Itália ficou em primeiro lugar no


quadro de medalhas com 3 de ouro e 1 de bronze. O próximo campeonato está
marcado para setembro de 2022, tendo a cidade de Wollongong (Austrália) como
sede.

ESPORTES COLETIVOS
Os esportes coletivos são compostos por dois ou mais jogadores competindo com outra
equipe. Cada esporte coletivo tem suas regras e características próprias, em que,
normalmente, cada jogador também tem uma determinada função e posição. Entre os
esportes coletivos podemos citar:

4. BEISEBOL
O jogo de Baseball, ou Beisebol no Brasil, é um dos jogos mais populares do mundo,
principalmente nos Estados Unidos. Este é um esporte tipicamente americano que
conquistou adeptos pelo mundo inteiro e é o esporte mais popular em países como o
Japão, Cuba, e em muitos países do Caribe e da América Central.
É um esporte completo, que exige força, reflexos, agilidade e velocidade. Alguns
jogadores profissionais, com certeza poderiam ser velocistas, outros poderiam praticar
outras formas de atletismo.
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História
Existem provas de que as pessoas jogavam jogos que envolviam um taco e uma bola
desde os primeiros dias de civilização. Antigamente em certas culturas como seja a
Persa, a Egípcia e a Grega, jogavam-se jogos com taco e bola para divertimento e
como fazendo parte de certas cerimônias. Jogos deste tipo espalharam-se por toda a
Europa na Idade Média (século V ao século XV) e tornaram-se populares numa
variedade de formas. Os europeus levaram estes jogos de taco e bola para as colônias
americanas no século XVII. Durante o século XVIII eram largamente considerados
jogos de crianças.
No século XIX, uma variedade de jogos com o taco e bola tinham-se tornados
populares na América do Norte. A maior parte destes jogos teve origem na Inglaterra.
Muitas pessoas das cidades do nordeste dos E. U. A. como Boston, Nova Iorque e
Filadélfia, jogavam cricket, um jogo tradicional dos aristocratas ingleses. Mas havia um
jogo inglês chamado rounders, jogado em comunidades rurais e urbanas ao longo da
América do Norte, que em muito se parecia com o beisebol moderno.
No rouders um batedor batia a bola e corria entre as bases tentando não ser eliminado
(put out). As bolas que fossem apanhadas durante o voo, ou em alguns casos depois
de bater uma vez no chão, levavam normalmente à eliminação do jogador. O rounders
também envolvia a prática de plugging, na qual os defesas podiam eliminar um jogador
acertando-lhe com a bola enquanto ele corria entre as bases. As regras do rouders
variavam bastante de sítio para sítio e as pessoas usavam vários nomes para o
descrever, nomeadamente town ball, one o´cat e beisebol.

Beisebol no Brasil
Os primórdios
O beisebol brasileiro nasceu no início do século XX, trazido dos Estados Unidos pelas
mãos de funcionários de empresas americanas, como a Light (companhia de energia
elétrica) que se estabeleceram, em primeiro lugar na cidade de São Paulo. Conta-se
que, pelos miados de 1913/1914 haviam jogos do Mackenzie que costumavam atrair
mais assistentes que as partidas de futebol, realizadas na mesma escola. Houve, ainda,
23

uma liga de beisebol na década de 20, que reunia esportistas americanos e era dirigida
por um diretor de companhia telefônica.
A chegada dos imigrantes japoneses, que conheciam o beisebol desde 1873, deu maior
força ao desenvolvimento desse esporte em terras brasileiras, com a criação de vários
clubes e equipes, que foram se formando a par da colonização e do crescimento das
cidades à beira da estrada de ferro, chegando ao Oeste do Estado de São Paulo
(Presidente Prudente, Marília, entre outras) e ao Norte do Estado do Paraná
(Bandeirantes, Londrina, Maringá, Arapongas, Assaí, etc.).
A eclosão da Segunda Guerra Mundial e a derrota do Japão, comprometeu o sonho de
enriquecer e voltar ao país de origem, o que acabou tornando-se praticamente
impossível, além das inevitáveis retaliações e desconfianças dos brasileiros, chegando
a vigorar leis restritivas, com a proibição do uso da língua japonesa e de reuniões, e a
destruição de todo o material escrito em japonês.
Em 1946, o ambiente da colônia não poderia ser definido como calmo. O clima de
desapontamento e desilusão pós guerra era patente, mas ao mesmo tempo, percebia-
se a necessidade de reorganizar a vida social da colônia, seriamente reprimida durante
a guerra. Surgiram, assim, os primeiros movimentos nesse sentido, principalmente em
torno das atividades de lazer e esportivas dentre as quais o beisebol. Atuação decisiva
na organização do beisebol brasileiro teve o repórter da Gazeta Esportiva – Olímpio de
Sá Silva – um dos fundadores da Federação Paulista de Beisebol e Softbol, em 24 de
setembro de 1946, e seu presidente durante 17 anos.

As competições oficiais
Em 11 de maio de 1947, seguindo os regulamentos e códigos recém-criados, com o
Capitão Silvio de Magalhães Padilha, então Diretor do Departamento de Esportes do
Estado de São Paulo, fazendo o lançamento inicial, na solenidade de abertura do
evento. Participaram da primeira temporada oficial do beisebol paulista, no Clube
Atlético das Bandeiras, localizado próximo à Ponte das Bandeiras, às margens do Rio
Tietê (quando este ainda era navegável) alugado para o evento, as equipes: Marília,
Pereira Barreto, Santo Anastácio, Ribeirão Preto, Suzano e Capital (São Paulo BBC),
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encerrada à 7 de setembro do mesmo ano, após 3 dias de disputa, com a vitória do EC


Marilhense por 6 a 3 sobre a equipe de Suzano.
Curioso o registro de haverem apenas duas cadeiras no campo, que foram utilizadas
pelos anotadores, ficando em pé o Capitão Silvio de Magalhães Padilha e Cecil N.
Cross, cônsul americano.
Uma das principais dificuldades eram os campos, porque simplesmente não existiam e
eram improvisados onde e quando necessário e, muitas vezes em espaços cedidos
pela Força Policial do Estado, valendo considerar que, no Campeonato da Cidade de
São Paulo, em 1948, um dos jogos teve que ser adiado porque o campo fora ocupado,
pela manhã pelos hipistas da Força Policial, só podendo ser utilizado após as 10 horas.
Finalmente, a 13 de novembro de 1948, inaugurava-se o campo da FPBS, oficial e
digno, construído com tábuas, tinha muros, arquibancadas para três mil pessoas e
placar, com a realização de um Torneio Inter. Clubes reunindo as equipes: Bilac, Mogi
das Cruzes, Universo, São Paulo, Coopercotia, Gigantes e Tigres.
As competições seguiam as divisões das colônias japonesas nos diferentes locais,
assim, havia o “shibutaiko”, que corresponderia a um torneio inter-clubes municipal, que
levava o estandarte de sua cidade ou região colonial para o “tihotaiko”, competição
inter-regional que representaria então o setor todo no campeonato estadual.
Inspirado em ideia de Toshihiko Nakabayashi (Kantyan), foi criado o Campeonato Inter
Regional Adulto – Sembatsu, onde estariam presentes apenas as seleções dos
melhores jogadores de cada região, sendo que a sede do evento seria itinerante.
Assim, para sediar o torneio, a cidade deveria contar com um bom estádio, com
acomodações suficientes para o afluxo de torcedores que vinham com os selecionados.
A iniciativa acabou por incentivar a criação de estádios por todo o Estado de São Paulo
e estimulando e reforçando a prática do beisebol no interior do Estado.

O Primeiro Adversário Estrangeiro


A equipe da Universidade de Columbia, em 1951, foi a primeira equipe estrangeira a vir
ao brasil e enfrentar a equipe nacional, que perdeu todas as partidas, por escores
bastantes dilatados. Fazia espécie um jogador de 19 anos, Anthony Mitcher, defensor
da primeira base, recém contratado por uma equipe profissional americana. Com cerca
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de dois metros de altura e cem quilos, o canhoto, ao demonstrar o seu “batting”,


rebateu todas as bolas para fora do estádio, na direção do jardineiro esquerdo, caindo
num brejo que ali havia, mas, foi obrigado a interromper sua demonstração, pois havia
acabado todas as bolas disponíveis. Até hoje, não se sabe ao certo, como foi
conseguido o dinheiro para custear a viagem dessa equipe universitária americana,
havendo registro do pagamento da viagem em parcelas.

O Estádio do Bom Retiro


Após muito esforço e dificuldades financeiras só vencidas pelo amor ao beisebol, a
FPBS conseguiu inaugurar em grande estilo o seu Estádio, o primeiro da América do
Sul, a 21 de junho de 1958, como parte das comemorações dos 50 anos da imigração
japonesa, com a presença de Suas Altezas Imperiais, o Príncipe Takahito Mikasa e sua
esposa, que participou hasteando a bandeira brasileira e fazendo o arremesso
inaugural da partida entre o selecionado da capital e a equipe da Universidade de
Waseda, que ainda percorreu Mogi das Cruzes, Piedade, Araçatuba, Dracena, Tupã,
Marília, Presidente Prudente, Londrina, Rio de Janeiro, São José dos Campos e
Atibaia, enfrentando equipes locais. Somados todos os pontos, Waseda fez 372 contra
5 das equipes locais, tendo, ainda, marcado 53 homeruns. Para a realização desta
festa, a colônia organizou-se a nível nacional práticamente, levantando fundos que
permitiram as despesas envolvidas. Ressalte-se também que, por onde passou, a
equipe da Universidade de Waseda inaugurou marcos e monumentos, deixando
registrada, até hoje, sua passagem, nos belos e bem cuidados jardins dos clubes.

Como se joga
O Beisebol é um jogo de Taco e Bola que tem as mesmas origens do Cricket, Golfe,
Bete, e outros jogos de taco. Primeira coisa para entender um jogo de Beisebol é saber
que neste esporte, cada equipe tem os seus Tempos de Ataque e Tempos de Defesa.
Um jogo de beisebol somente acaba depois que terminarem 9 alternâncias de
Ataque/Defesa. Um conjunto Ataque/Defesa no beisebol é chamado inning. O inning é
equivalente ao set no voleyball, ou no tennis.
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Alternância entre defesa e ataque


Durante um jogo de Beisebol, as equipes, se alternam entre Tempos de Defesa e
Ataque. A equipe que está no Ataque, visa marcar pontos, e é obrigada a ir para a
Defesa, toda vez que tiver 3 (três) dos seus jogadores de Ataque eliminados. A equipe
que está na Defesa, tenta evitar que a equipe adversária marque pontos e procura
eliminar jogadores do ataque adversário. Ela consegue sair da situação de Defesa para
a situação de Ataque, quando consegue eliminar 3 jogadores de ataque do adversário.

O campo
O campo de Baseball é composto de uma área principal com a forma aproximada de
um quarto de círculo (fair zone), e uma secundária chamada de zona morta (foul zone).
A área principal, por sua vez, é dividida em duas partes que são o diamante (diamond
ou infield) e a jardineira (outfield).
O diamante é um quadrado de 27,4 metros de lado onde em cada vértice se encontra
uma base. O vértice mais importante e que está localizado no que seria o centro do
círculo, recebe o nome de prato da casa ou base da casa (home plate ou home base).
É neste vértice que a jogada se inicia e onde são conquistados os pontos quando o
jogador de ataque, depois de sair deste ponto e passar pelos outros três vértices,
consegue retornar. Estes outros vértices são batizados (no sentido anti-horário) como
primeira, segunda e terceira bases (first, second e third base) e são os locais onde
ocorrem as jogadas mais emocionantes. Quase no centro geométrico do diamante (a
18,4 metros da base da casa) existe uma pequena elevação de onde o arremessador
faz os seus lançamentos.
A jardineira é obtida pelo prolongamento de dois lados do quadrado, a partir do prato da
casa, por pelo menos 50 metros além das primeira e terceira bases, formando assim o
resto do quarto de círculo citado anteriormente. É importante observar que a limitação
da jardineira se refere apenas à atuação dos jogadores pois a bola rebatida para além
deste limite (internamente aos prolongamentos do quadrado) é uma das jogadas mais
esperadas por todos conforme descrito adiante.
A zona morta é a área do campo atrás da base da casa e entre as laterais e a
arquibancada.
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Jardim externo (outfield)
É a área gramada, externa do campo. Esta área é dividida, para fins de colocação dos
jogadores da defesa, da seguinte maneira:

● Jardim Externo Esquerdo (Left Field)

● Jardim Externo Central (Center Field)

● Jardim Externo Direito (Right Field)

Em cada uma destas áreas, é posicionado um dos jogadores da defesa. Estes


jogadores da defesa tem a seguinte denominação:

● Defensor do Jardim Direito ou Jardineiro Direito (Righ Fielder)

● Defensor do Jardim Central ou Jardineiro Central (Center Fielder)

● Defensor do Jardim Esquerdo ou Jardineiro Esquerdo (Left Fielder)

Estes jogadores da defesa tem a característica de serem os melhores corredores do


time. A área que eles precisam defender é muito grande e exige que eles corram
grandes distâncias, em altas velocidades, para capturar a bola no ar e evitar que a bola
atinja o chão, depois de rebatida pelo rebatedor (o jogador no Ataque do time
adversário).

Jardim Interno (infield)
O Jardim Interno (Infield), é a área interna do campo, a partir da área gramada para
dentro. Nesta área central, existe um quadrado gramado, em cujos vértices (pontas)
existem as bases do beisebol. São as bases e a bola é que dão o nome ao jogo (BASE
= Bases BALL = Bola).
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(1) A Base Principal (HOME BASE) é aquela que fica na extremidade central interna do
campo. É onde se localizam o jogador de defesa chamado Receptor (Catcher), o Juiz
Principal (Umpire) e o Rebatedor (Batter). O Receptor é o Defensor da Base Principal.
O Rebatedor é o jogador do Ataque da equipe adversária que tenta rebater a bola
lançada pelo Arremessador (Pitcher). O Arremessador fica na região central daquela
área quadrada gramada interna, numa região levemente elevada em relação ao
restante do campo chamada Montículo (Mount).

(2) Primeira Base é a base localizada na extremidade direita do quadrado interno


gramado. Esta região do campo é defendida pelo jogador chamado Defensor da
Primeira Base (First Base);

(3) Segunda Base é a base localizada na parte central interna do quadrado interno


gramado no campo de beisebol. Esta região é defendida pelo Defensor da Segunda
Base (Second Base);

(4) Terceira Base é a base localizada na parte esquerda do quadrado interno gramado.


Ela é defendida pelo jogador da Defesa chamado Defensor da Terceira Base (Third
Base);

Adicionalmente aos Defensores das Bases (Infielders), aos Defensores do Jardim


Externo (Outfielders) e ao Arremessador (Pitcher), existe um último jogador da Defesa
posicionado entre as Segunda e Terceira Bases. Este jogador se chama Interbases
(Short Stop).
Ele é posicionado nesta posição do campo porque nela ocorre grande incidência de
rebatidas e sua função é defendê-las. Normalmente este é o jogador mais ágil do time,
porque ele precisa fazer deslocamentos laterais muito rápidos para defender as bolas
rebatidas.

A partida
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A partida de Baseball é dividida em nove tempos chamados de entradas (innings) onde


cada entrada tem duas partes. Na primeira parte o time da casa joga na defesa e o time
visitante joga no ataque e na segunda parte os papéis se invertem. Não existe empate
em um jogo de Baseball. No caso de a partida estar empatada no final da nona entrada,
são disputadas novas entradas até que, no final de uma delas, o jogo esteja
desempatado.

Os jogadores
Cada time de Baseball é formado por nove jogadores sendo que, durante a defesa, eles
estão distribuídos da seguinte forma: um arremessador (pitcher – P) no centro do
diamante fazendo os lançamentos, um pegador (catcher – C) agachado atrás do prato
da casa para receber estes lançamentos, um jogador “guardando” cada base (first,
second e third baseman – 1B, 2B e 3B), um jogador que auxilia os guarda-bases
chamado de entre-bases (shortstop – SS) e três jogadores chamados de jardineiros
(right, center e left fielder – RF, CF e LF) na parte mais externa do campo. Inicialmente,
quando o time está no ataque, ele só tem um jogador em campo que é o rebatedor
(batter). Durante o desenrolar da partida, se este time estiver jogando bem, pode ter até
quatro jogadores em campo simultaneamente, ou seja, o rebatedor e mais um corredor
(runner) em cada uma das outras três bases.

Os juizes
Quatro juizes (umpires), cada um próximo a uma base, controlam o jogo decidindo
quanto à conquista ou não da base pelo corredor. O juiz posicionado no prato da casa,
atrás do pegador, é o principal juiz da partida e também tem a função de decidir se as
bolas arremessadas são válidas. Alguns jogos amadores têm apenas um ou dois juizes
mas os jogos mais importantes do campeonato chegam a ter seis deles, ficando estes
dois juizes extras, atentos às jogadas na jardineira.
 
Ataque
Quando uma equipe está no Ataque, um jogador de cada vez entra em campo como
Rebatedor (Batter) equipado com o seu bastão, procurando rebater a bola lançada pelo
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arremessador (Pitcher). Todos os jogadores do time entram como Rebatedores, na sua


vez, numa sequência pré-estabelecida pelo técnico. Esta sequência é imutável durante
um jogo. O técnico não pode mais alterar a ordem dos batedores depois de feita a
escalação. Ele pode apenas promover substituição de um Rebatedor por outro vindo do
banco, da reserva.

Objetivo do ataque
O Ataque tem por objetivo marcar pontos, que acumulados, e em maior número que os
marcados pelo adversário, permitem à equipe conquistar a vitória.
O primeiro objetivo do Ataque é o Rebatedor conseguir rebater a bola lançada pelo
Arremessador, para dentro das linhas que delimitam o campo, e de preferência longe
(fora do alcance) dos jogadores da defesa.
Se a bola rebatida pelo Rebatedor for capturada no ar, antes de atingir o chão, o
Rebatedor está automaticamente Eliminado(Out). No entanto, se o Rebatedor fizer uma
Rebatida Válida (Hit), dentro dos limites do campo, e a bola não for capturada no ar
pelos defensores, ele precisa correr e atingir (pisar) a primeira base antes que a bola
seja dominada e arremessada para o Defensor da Primeira Base.
Se o Rebatedor conseguir atingir a primeira base antes que a bola seja arremessada
para lá e dominada pelo defensor da primeira base, ele é considerado “salvo” (Safe). Se
o Rebatedor for considerado Salvo, ele passa a ocupar a base e ser considerado
Corredor (Runner).

O ponto ou corrida
O Ponto ou Corrida (Run) é marcado quando o Corredor tiver passado por todas as
Bases e Retornar para a Base Principal. O Ponto no Baseball não é marcado pela Bola
e sim pelo Jogador, o Corredor no caso. Por isto que o ponto também é chamado de
Corrida (Run). Isto normalmente porque o Corredor vem na Corrida, vindo da Terceira
Base para a Base Principal, depois de uma Rebatida Válida (Hit) do Rebatedor.
Um Rebatedor pode marcar um ponto direto, se ele rebater uma bola para for a da linha
circular que delimita o Jardim Externo, porém dentro das linhas laterais que delimitam o
campo. Esta jogada é chamada de HOME RUN. É a maior rebatida possível pelo
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Rebatedor que lhe dá direito de percorrer todas as bases e retornar à Base Principal
(HOME BASE). Por isto o nome de HOME RUN (Corrida até a HOME BASE).

Objetivos do corredor
O Rebatedor, depois de ser considerado Salvo pelo correspondente Juiz de Base,
passa a ser ter direito à base e passa a ser considerado Corredor (Runner).
O objetivo do Corredor (Runner) é conquistar a base seguinte, consecutivamente até
conquistar a Base Principal (Home Base). No momento em que o Corredor conquista a
Base principal, ele marca um ponto, ou também chamado Corrida (Run), para a equipe.
O Corredor pode conquistar a Base seguinte de várias formas:

(1) Empurrado, ou Impulsionado, pela Rebatida válida do Rebatedor. Isto ocorre


quando o Rebatedor da vez, rebater uma bola indefensável (Hit). Sempre que
acontecer uma rebatida, é obrigação do Corredor correr para a Base seguinte. Ele
precisa chegar na Base antes que a bola seja dominada e arremessada para o
Guardador da respectiva base a ser conquistada pelo corredor. Se a base for pisada ou
tocada pelo defensor da base, com a bola dominada em suas mão, antes do corredor
tocar a base, o Corredor estará Eliminado (Out) e retorna para o banco. Ele pode ser
Eliminado também se ele for tocado pelo defensor com a bola dominada enquanto não
estiver pisando na base.

(2) “Roubando” a Base (Steal). Isto ocorre quando o Corredor dispara na corrida em
direção da Base seguinte enquanto o Arremessador está no processo de arremesso
para o Receptor (Catcher). Ele precisa ser muito rápido porque o Receptor vai
arremessar rapidamente a bola para o Defensor da Base correspodente e se a bola
chegar antes e o Corredor for tocado com a bola, ele estará Eliminado (Out).

(3) “Ganhando” a base de “graça” (Walk). Isto ocorre quando existe um corredor nas
bases e o Arremessador comete uma irregularidade na sequencia de movimentos
permitidos. Quando ocorre esta irregularidade, o corredor ganha a próxima base “de
graça”. Este direito de ganhar a base seguinte é chamado, em inglês, de Walk (andar,
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caminhar), porque o rebatedor pode ir andando até a base seguinte, sem obrigação de
correr como na rebatida. Se ele estiver na Terceira Base, ele ganha o direito de avançar
para a Base Principal, e conseguentemente marca um Ponto, ou Corrida.

Defesa
Quando uma equipe está na Defesa, seus nove jogadores entram em campo,
equipados com as suas luvas, cada um para defender a sua região do campo
determinada pela sua especialidade e pelo técnico.

O objetivo da defesa
O objetivo principal da defesa é evitar que a equipe adversária marque pontos.
Para que a equipe adversária termine logo a sua tentativa de marcar pontos, a defesa
precisa provocar a eliminação de 3 (três) jogadores de ataque do adversário. Depois de
eliminados os 3 jogadores, a equipe adversária é obrigada a passar para a defesa.
Cada equipe, durante um jogo de beisebol, tem direito a 9 ataques e é obrigado a se
defender o mesmo número de vezes.

O arremessador
O conjunto mais importante da defesa é a dupla Arremessador-Receptor (Pitcher-
Catcher). Eles são considerados o Coração e o Cérebro do time. A função desta dupla
é impedir que o rebatedor do time adversário consiga realizar uma boa rebatida.
O arremessador, de preferência, procura lançar bolas que o rebatedor não consegue
atingir com perfeição. Após três tentativas frustradas de rebatida, o atacante é
Eliminado (Out). A eliminação do rebatedor por 3 tentativas frustradas de rebatida
chama-se, em inglês, de Strike-Out.
O Arremessador (Pitcher), em conjunto com o Receptor (Catcher), são os elementos
mais importantes da Defesa. É através de um perfeito entrosamento entre estes dois
jogadores que a equipe procura evitar que o Rebatedor adversário consiga sucesso nas
suas tentativas de rebatida.
O Arremessador, para que a bola seja considerada Válida (Strike) para o rebatedor,
precisa fazer a bola passar dentro de uma área pré-estabelecida, dentro do alcance do
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bastão do rebatedor. Ela precisa passar por uma zona, um espaço geométrico de
formato pentagonal, do mesmo formato da base principal em frente ao rebatedor, entre
as alturas do joelho e do meio do peito do rebatedor.

Região boa (strike zone)


Este espaço, considerado Válido (Strike), é chamado de Zona de Strike (Strike Zone).
Qualquer bola que não passar dentro deste espaço geométrico, nem que seja apenas
de raspão, é considerada Bola Ruim (Ball).
Quem determina se a bola foi Válida (Strike) ou Ruim (Ball), é o Juiz Principal (Umpire)
que fica posicionado atrás do receptor, para ter uma perfeita visão da bola.
O arremessador tem direito a jogar 3 (três) bolas Ruins (Ball) para o rebatedor.
E o rebatedor pode deixar passar (rejeitar) até duas Bolas Boas (Strikes).
Se o arremessador lançar a Quarta Bola Ruim (Four Ball) para o rebatedor, o juiz
concede o direito do rebatedor avançar “de graça” para a primeira base (Walk em
inglês, isto é ele pode ir “andando” até a primeira base).
Se o rebatedor deixar passar a Terceira Bola Boa, ou não conseguir acertá-la com o
bastão, ele está eliminado (Strikout em inglês). O arremessador utiliza toda uma
estratégia, misturando Arremessos Bons (strikes), com arremessos ruins (balls), para
confundir o rebatedor. Além disso, o rebatedor ainda mistura bolas rápidas (Fast Ball),
bolas lentas (Off Speed, Change Up), bolas curvas (Curve Ball), tudo para impedir que
o rebatedor consiga atingir a bola adequadamente.
Se a bola não for atingida adequadamente, ela pode subir demais e assim se tornar
uma bola fácilmente defensável (Fly Ball ou “bola voadora”). Ou então sair uma rebatida
fraca e rasteira (Ground Ball ou Grounderl) que também normalmente é de fácil defesa.
Precisa haver um perfeito entendimento entre o Arremessador e o Receptor, pois
costuma ser o Receptor a solicitar ao arremessador o tipo de bola mais adequado para
confundir o rebatedor. O Receptor, considerado o Cérebro do time, precisa conhecer o
repertório de bolas do arremessador e as fraquezas do rebatedor. Portanto, uma boa
dupla Arremessador-Receptor, com bom entrosamente, pode impedir que os
rebatedores se tornem corredores, eliminando-os antes de conquistarem a primeira
base.
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Se uma dupla Arremessador-Receptor conseguirem a proeza de evitar que nenhum


rebatedor da equipe adversária conquiste a primeira base num jogo, isto é considerado
um JOGO PERFEITO (Perfect Game). Isto é a realização máxima para a dupla
Arremessador-Receptor. Existe ainda uma outra proeza desta dupla chamada de NO
HITTER, que significa que nenhum rebatedor conseguiu uma Rebatida Válida (HIT)
durante todo o jogo.
A Zona de Strike, é a “Região Boa ” dentro da qual deve passar uma bola lançada pelo
arremessador para que ela seja considerada Válida (Strike) para o rebatedor acertar a
bola. Esta região é tem o mesmo tamanho e formato (pentagonal) da Base Principal,
que fica no chão em frente ao Rebatedor e do Receptor. É uma região de mais ou
menos 30×50 cm, com o formato acima citado e limitada entre as alturas dos cotovelos,
quando na posição de rebatida, e a altura superior dos joelhos do Rebatedor. Quando a
bola for lançada nestes limites, o Juiz Principal (Umpire) considera a Bola Válida
(Strike) para rebater.
Quando a bola é boa o juiz grita: STRIKE!
Se a bola for ruim ele grita: BALL!

Algumas jogadas especiais


Conforme já citado acima, o corredor pode conquistar mais de uma base em uma
mesma jogada, que é chamada de corrida dupla ou tripla (double ou triple run),
conforme o caso. A defesa por sua vez também pode eliminar mais de um jogador em
uma mesma jogada, que é chamada de jogada dupla ou tripla (double ou triple play). A
jogada tripla é muito difícil pois os jogadores de defesa têm que ser extremamente
rápidos. Ela consiste, normalmente, em lançar a bola (recuperada após uma rebatida
válida) para o guardador da terceira base (eliminando o corredor que avançava para
esta base), que lança para o da segunda base (eliminando mais um corredor), que
lança para o da primeira base (eliminando o terceiro atacante que no caso é o
rebatedor). Assim, em apenas uma jogada três jogadores são eliminados e os times
trocam de posição.
Outra jogada interessante é a rebatida de sacrifício. Neste caso, se existirem
corredores em condições de marcar pontos (na terceira e/ou segunda bases) e houver
35

no máximo um jogador fora (eliminado), o rebatedor pode decidir por se sacrificar,


sendo eliminado mas dando tempo a um companheiro de chegar à base da casa e
marcar um ponto. Este sacrifício pode ser feito rebatendo uma bola voadora (sacrifice
fly) ou dando um pequeno toque na bola, de preferência para o lado da primeira base
(sacrifice bunt). Estas jogadas facilitam o time de defesa na eliminação do rebatedor,
mas dão chance aos corredores de marcar pontos.

Equipamentos de Beisebol
Os principais equipamentos do beisebol são:

● Taco

De formato cilíndrico é geralmente feito de madeira. Possui até 1,5 metros de


comprimento e pode pesar até 1 quilo.

● Bola

Equipamento esférico feito de cortiça, algodão, lã, borracha e um revestimento


de couro. A bola de beisebol pesa cerca de 140 gramas e seu tamanho varia
entre 10 a 40 centímetros.

● Luva

Feita de couro recebem uma costura de linhas de algodão, náilon ou poliésteres.

Curiosidades

● Um jogo muito semelhante ao beisebol é o softbol. Ele é praticado em campos

fechados e ainda possui algumas regras distintas. Nessa modalidade, além da


bola ser maior que a de beisebol, o campo de jogo é menor.

● No Brasil o beisebol é chamado de “esporte de japoneses”. Isso porque além dos

norte-americanos terem introduzido o esporte no país, com a grande imigração


japonesa no século XX, esse grupo começou a praticar essa modalidade.
36

Atualmente, muito descendentes de nipônicos residentes no Brasil são jogadores


de beisebol.

● Numa partida de beisebol são utilizadas muitas bolas. Esse objeto indispensável

tem uma vida útil de no máximo 10 lançamentos.

● Além dos Estados Unidos, Cuba e Corei do Sul possuem equipes de beisebol

muito fortes.

5. POLO AQUÁTICO
Inicialmente jogado como uma variação do polo equestre, o polo aquático é o único
esporte coletivo disputado em ambiente aquático.
Como esporte, o polo aquático é jogado em piscinas e tem como objetivo a marcação
de gols sobre o adversário. Para isso, as equipes devem se organizar para realizar gols
à meta adversária em um tempo de até 30 segundos cada. Por sua vez, o jogo é
organizado em quatro tempos de oito minutos cada. Assim, ao final do jogo, a equipe
com maior pontuação é considerada vencedora.

História
A história do polo aquático remonta à Sociedade Inglesa Vitoriana, como subproduto da
revolução industrial e do amor ao esporte. Em meados da década de 1870, os ingleses
estavam se mudando para as cidades devido à rápida industrialização, enquanto a
construção de banhos lhes permitia “se lavar” e “aprender a nadar”. Este novo jogo foi
chamado de “futebol na água”.
Entre 1877 e 1885, os clubes ingleses introduziram o jogo nos clubes de natação e a
Associação Inglesa de Natação aprovou o primeiro conjunto de regras. Na Escócia, o
jogo já havia começado a ser disputado.
Em 1877, William Wilson, um treinador escocês de natação, elaborou um conjunto de
regras para o “Futebol Aquático”, com o objetivo de divertir os espectadores durante as
competições anuais no rio Dee.
37

Naquele momento, o “futebol aquático” tinha que ser colocado com as mãos em um
ponto definido, Wilson decidiu colocar postes de gol (semelhantes aos usados no
futebol) na água, permitindo assim que os jogadores pudessem jogar a bola para
dentro. O novo esporte foi tão bem-sucedido que a London Swimming Association
confiou a uma comissão a tarefa de elaborar um regulamento específico. Os primeiros
campeonatos nacionais foram realizados respectivamente em 1886 na Escócia e 1888
na Inglaterra.
O polo aquático era uma competição exclusivamente masculina e era uma
demonstração de força bruta e habilidade de natação.
Em 1890, a primeira partida de polo aquático ocorreu entre duas equipes nacionais: os
ingleses venceram por 4 a 0 contra a equipe escocesa em Kensington.
Entre 1890 e 1900, o jogo de polo aquático se espalhou tão rapidamente por toda a
Europa que desencadeou vários torneios na Alemanha, Áustria, França, Bélgica,
Hungria, Itália; seguindo as regras desenvolvidas na Inglaterra.
Em 1900, o polo aquático masculino fez sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos de
Paris, a segunda edição das Olimpíadas. Para representar os países, havia clubes da
equipe de todo o mundo.
A Grã-Bretanha voltou a ser protagonista, quando o clube de natação Osborne venceu
os rivais de Bruxelas por 7-2.
A participação na 2ª edição dos Jogos Olímpicos foi um passo importante para o
esporte, que o colocou entre os esportes coletivos mais populares do Programa
Olímpico.
O estabelecimento da FINA em 1908 foi decisivo para o desenvolvimento do esporte.
Em 1911, todos os países seguiriam as mesmas regras e a Grã-Bretanha domina o
cenário internacional do polo aquático, continuando a se espalhar pelo mundo, apesar
do revés da 1ª Guerra Mundial.
Por muitos anos, a modalidade foi dominada pela truculência e pela força física de seus
praticantes. Mas, aos poucos, a técnica foi ganhando espaço e acabou prevalecendo.
Algumas regras ajudaram no processo, como o aumento da profundidade das piscinas
e a limitação de tempo por posse de bola para 35 segundos.
38

Atualmente, o polo aquático é comandado pela Federação Internacional de Natação


(Fina). O primeiro Campeonato Mundial da modalidade foi disputado em 1973 e
conquistado pela Hungria, seleção que domina o cenário do esporte. Na última edição
dos Jogos, no entanto, os húngaros ficaram apenas com a quinta colocação no
masculino e a quarta no feminino. Os campeões foram Croácia e Estados Unidos,
respectivamente.

Polo aquático no Brasil


O início da prática do polo aquático no Brasil é atribuído ao treinador Flávio Vieira que,
nos anos 1900, passou a organizar competições em clubes do Rio de Janeiro. Além
disso, ele também organizou torneios em praias, como a orla de Santa Luzia, onde
ocorrera a primeira disputa. À época, os times eram formados por 11 jogadores que
distinguiam suas equipes pelo uso de uniforme, não de gorros. Já o primeiro jogo
internacional ocorreu na Baía de Guanabara, em 1919, contra a Argentina.
A estreia da seleção brasileira de polo aquático foi em 1920 contra a Antuérpia, na
Bélgica, com a conquista da sétima colocação. Nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil
tem um bom histórico, somando 11 medalhas, sendo uma de ouro, em São Paulo em
1963.

O esporte nas Olimpíadas


O polo aquático compõe os Jogos Olímpicos da Era moderna desde a segunda edição,
Paris 1900. Entretanto, a modalidade feminina do esporte só passou a compor
as Olimpíadas cem anos depois, na edição Sydney 2000. Nesse direcionamento, Grã-
Bretanha e Hungria são as equipes com mais vitórias e notoriedade no esporte. Além
disso, a edição dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi a primeira a contar com uma equipe
feminina sul-americana.

Regras
Atualmente, as regras desse esporte são estabelecidas pela Confederação Brasileira
de Desportos Aquáticos (CBDA) e pela Federação Internacional de Natação (FINA). De
modo geral, elas versam sobre: campo de jogo e equipamentos, equipes, oficiais de
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arbitragem, duração, início e reinício de jogo, marcações, tiros, faltas, acidentes, lesões
e doenças.
As principais regras do polo aquático são:

● O jogo deve ocorrer em uma piscina com distância de 20 a 25 metros entre os

gols, para a modalidade feminina, e de 20 a 30 metros para a masculina,


variando de 10 a 20 metros em largura;

● A duração de um jogo é de 32 minutos, divididos em quatro tempos de 8 minutos

cada;

● Cada equipe é composta por 7 jogadores de linha e pode ter até 6 jogadores

reserva;

● Os jogadores de cada equipe são diferenciados pelas cores dos gorros;

● A bola pode ser conduzida de qualquer modo, exceto com as duas mãos;

● Não é permitido golpear a bola com punho (mão fechada);

● Apenas o goleiro pode pisar no chão durante o jogo, segurar a bola com as duas

mãos e golpeá-la com os punhos;

● O tempo de 30 segundos destinado à finalização da jogada é reiniciado sempre

que uma equipe recupera a posse de bola ou marca um gol;

● Vence a equipe que tiver a maior pontuação ao final do jogo. Porém, em caso de

empate, há prorrogação do tempo de jogo, variando conforme a partida


disputada. Persistido o empate é feita a cobrança de pênaltis.

Faltas
Além dessas regras gerais, é importante destacar que as regras relativas às faltas do
polo aquático são estabelecidas conforme três níveis: simples, grave e pênalti. Alguns
exemplos de situações em que cada nível de falta é aplicado:
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● Sempre que uma falta simples for marcada é feita a concessão de um tiro livre

para a equipe que sofrer a falta;

● Uma falta simples marcada pelo árbitro deve ser cobrada atrás do ponto em que

ocorreu ou no mesmo canto;

● É marcada uma falta simples sempre que um jogador avançar ou impulsionar

para que outro jogador avance a linha de gol sem autorização do árbitro;

● Uma falta simples é marcada sempre que um jogador segurar ou se impulsionar

na meta, nas linhas laterais ou nas linhas de fundo durante o jogo;

● Também é marcada uma falta simples sempre que um jogador andar no fundo

da piscina, atuar ativamente na jogada estando de pé no fundo da piscina ou se


apoiar no fundo da piscina para pegar impulso para uma jogada ou para atacar
um adversário;

● Sempre que uma falta grave for marcada é feita a concessão de um tiro livre

para a equipe que sofrer a falta e ocorre a expulsão do jogador que cometeu a
falta;

● O jogador expulso por uma falta grave deve se dirigir à sua área de reentrada,

sem sair da água;

● É marcada uma falta grave sempre que um jogador interferir na cobrança de um

tiro livre, tiro direto ou escanteio;

● Uma falta grave é marcada sempre que um jogador tentar bloquear um passe ou

um chute fora da área de cinco metros com as duas mãos;

● Também é marcada uma falta grave sempre que um jogador jogar água no rosto

do adversário intencionalmente;

● Sempre que uma falta penal for marcada é feita a concessão de um tiro penal

(pênalti) para a equipe que sofrer a falta;


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● É marcada uma falta penal sempre que um jogador da defesa, dentro da sua

área dos 5 metros, chutar ou golpear um adversário ou cometer um ato de


brutalidade;

● Uma falta penal é marcada sempre que um jogador de defesa ou o goleiro

abaixar o gol totalmente com a intenção de evitar o gol eminente;

● Também é marcada uma falta penal se um técnico ou membro auxiliar da equipe

sem a posse de bola solicitar um pedido de tempo.

Nomenclaturas
Entre as nomenclaturas recorrentes no esporte, estão:

● Splashing: falta cometida quando um jogador joga água intencionalmente em

seu adversário;

● Passe seco: quando a bola é passada ao colega de equipe sem tocar na água;

● Passe molhado: quando a bola é passada ao colega de equipe e toca na água

antes de ser recebida por ele;

● Backhand: quando um passe de bola não ocorre de maneira efetiva ou é

considerado um passe ruim;

● Pressão: tática de defesa usada para a marcação de um ou mais adversários;

● Barreira: quando um defensor impede que a bola seja recebida quando passada

entre jogadores da equipe adversária;

● Brutalidade: violência cometida por um jogador durante o jogo dentro da

piscina.

Curiosidades
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● A primeira Olimpíada com participação da seleção brasileira no polo aquático foi

em 1920, na Bélgica. Porém, ela foi eliminada na primeira fase.

● Em 1932, a seleção brasileira participou das Olimpíadas de Los Angeles, mas foi

desclassificada na partida disputada com a Argentina por acusação de agressão


contra os adversários. O ocorrido teria sido responsável pela determinação de
novas regras para o esporte.

● Dois nomes de grande importância para o desenvolvimento do esporte no Brasil

foram: Paolo Costoli: técnico do Fluminense no Rio de Janeiro, responsável por


criar métodos novos e modificar o jogo dos brasileiros, e Aladar Szabo, ex-atleta
húngaro que contribuiu para aprimorar o jogo dos brasileiros ao compartilhar
suas experiências no esporte.

● Um grande nome na história das competições olímpicas do esporte é o do ex-

atleta húngaro Dezsö Gyarmatis, que foi tricampeão olímpico de polo aquático e
também treinador da equipe de seu país.

● No Brasil, os principais atletas do esporte são Izabella Chiappini, na modalidade

feminina, e Gustavo Guimarães, na modalidade masculina.

6. HANDEBOL
O handebol (ou andebol) é um esporte coletivo que envolve passes de bola com as
mãos.
Praticado entre duas equipes, o nome dessa modalidade esportiva é proveniente da
língua inglesa, visto que hand significa “mão”.

História
As atividades esportivas que envolvem jogos com bola são as mais antigas da
humanidade. Entre os primeiros jogos semelhantes ao handebol, de que se tem
conhecimento, estava a urânia, praticada na Grécia Antiga 2000 a.C., em que uma bola
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do tamanho de uma maçã era jogada com as mãos, mas sem a presença de traves no
gol. A prática grega foi citada na obra Odisseia, de Homero.
Já os romanos praticavam o haspartan, também jogado com as mãos, que utilizava
uma bola feita de bexiga de boi, revestida de couro, conhecida como follis.
Na Modernidade, alguns jogos praticados em campo influenciaram a criação do
handebol, como o haandbold, criado em 1848 pelo professor dinamarquês Holger
Nielsen, e o hazena, desenvolvido pelos tchecos. Há relatos de que, nesse mesmo
período, jogos semelhantes eram vivenciados na Irlanda e no Uruguai.
Com a reformulação do jogo Torbal, o professor alemão Karl Schelenz criou o handebol
em 1919.
Desde sua criação, o handebol tal qual o conhecemos hoje sofreu algumas
modificações. O local de jogo, por exemplo, era ao ar livre (em gramados) e os espaços
eram menores.
Agora, o esporte é executado em quadras fechadas de 40 por 20 metros. Além disso,
no início o handebol era um jogo exclusivo para mulheres.
Mais tarde e com sua inclusão nos esportes olímpicos, ele passou a ser jogado por
ambos os sexos.
Como foi criado por um alemão, ele começou a ser jogado em Berlim, na Alemanha
durante a primeira guerra mundial.
No entanto, não demorou muito para que ele se difundisse pela Europa e ainda, para
outras partes do mundo.
Outro fator que o diferencia de sua origem é pelo número de jogadores. Quando foi
criado, ele continha um total de 22 jogadores, ou seja, 11 em cada equipe. Hoje o
número foi reduzido para 14 no total (7 jogadores em cada equipe).
No final dos anos 30 o handebol passou a ser um esporte oficial Jogos Olímpicos de
Berlim. Nesse momento, o jogo ainda era disputado por duas equipes de 11 jogadores
cada.
Com as novas mudanças (jogadores e espaço), ele passou a fazer parte dos jogos
olímpicos a partir de 1972.
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Além disso, o esporte se espalhou pelo mundo e atualmente encontramos diversas


competições que ocorrem a nível nacional e internacional. Merece destaque
o Campeonato Mundial de Handebol nas categorias feminina e masculina.
Em 1999 foi fundada a Federação Internacional de Handebol com sede na Basileia,
Suíça. Esse órgão é responsável pelo esporte a nível mundial.
Nos dias de hoje, o handebol é praticado em mais de 180 países do mundo.

Handebol no Brasil
No Brasil, o handebol passou a ser reconhecido a partir dos anos 30. Em 1940 foi
fundada em São Paulo a Federação Paulista de Handebol. Esse momento foi um
importante passo para a consolidação do esporte no país.
Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) com sede na
cidade de Aracaju (Sergipe). Esse órgão é responsável pelos eventos de handebol que
ocorrem no país.
Atualmente diversos estados possuem equipes de Handebol com destaques para São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
Mesmo que o handebol tenha certa representatividade no país, esse esporte ainda é o
menos praticado em relação ao futebol, vôlei, basquete, etc.

Handebol Feminino
Nos jogos pan-americanos de 1999, que teve lugar no Canadá, a seleção feminina
conquistou a medalha de ouro. Com isso, a equipe foi classificada para os jogos
Olímpicos de Sidney (Austrália) no ano 2000.
Em 2013, ocorreu na Sérvia o campeonato feminino mundial de Handebol. Novamente,
a seleção brasileira foi campeã.

Fundamentos

● A partida é composta por dois períodos de 30 minutos cada, com intervalo de 10

minutos.

● São necessárias duas equipes de sete jogadores, sendo que um é o goleiro.


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● Oficialmente, a quadra deve medir 40 metros de comprimento e 20 metros de

largura (40 m x 20 m) e ter piso de madeira ou emborrachado, com duas áreas


para goleiro que se localizam a seis metros do gol.

● O gol no handebol mede dois metros de altura e três metros de largura (2 m x 3

m)

● A bola oficial para a prática do handebol deve ser de couro, e sua massa e

tamanho variam conforme os gêneros: a masculina é uma bola maior, medindo


entre 58 cm e 60 cm de diâmetro, com massa entre 425 g e 475 g. A feminina
tem tamanho entre 54 cm e 56 cm, e massa entre 325 g e 400 g.

Regras do handebol

● O ato de um jogador se deslocar quicando a bola é chamado de drible. A mão do

jogador deve estar sempre aberta para que tenha um melhor domínio sobre a
bola, e, ao contrário do basquetebol, não é permitido conduzir a bola durante o
drible. Além disso, o jogador não pode segurar a bola por mais de três segundos
ou dar mais de três passos com ela.

● O goleiro, dentro de sua área de gol e enquanto pratica uma defesa, é o único

jogador que pode encostar o pé na bola. Em qualquer outro caso, a bola deverá
ser quicada, arremessada ou recebida com as mãos.

● O tronco pode ser utilizado para interromper o andamento do adversário, mas

braços e mãos nunca podem ser utilizados.

● É permitido tomar a bola do adversário com as mãos abertas, porém arrancar a

bola ou agredir o adversário é contra as regras.

● O time marca ponto quando a bola ultrapassar totalmente a linha do gol.


46

● Quando a bola cruzar a linha lateral, é cobrado o tiro lateral: o atleta pisa com um

pé na linha e, com a bola em mãos, recoloca-a em jogo. Nesse caso, os


oponentes devem se localizar a, no mínimo, três metros de distância.

● Ao ocorrer qualquer lance irregular, a cobrança é feita no local onde ocorreu a

infração. O time adversário pode formar uma barreira, desde que ela se
posicione a três metros da cobrança. Uma curiosidade é que as faltas podem ser
cobradas sem o apito do árbitro.

● São dois árbitros por jogo, auxiliados por um cronometrista e um secretário

responsável pela súmula.

● O famoso tiro de sete metros é caracterizado pela falta sobre um atacante,

quando ele, ao arremessar a bola ao gol, é impedido por uma falta. Para essa
cobrança, o árbitro deve apitar, autorizando a jogada. O jogador que executa o
tiro deve cuidar para que seus pés não toquem ou ultrapassem a linha de
marcação dos sete metros.

Elementos do handebol

Recepção
Consiste em técnicas utilizadas para a retenção da bola de maneira correta em diversas
situações de jogo. As mãos devem ir de encontro à bola para uma boa recepção. Os
tipos de recepção são:

● na altura do peito;

● acima da cabeça;

● alta e lateralmente;

● junto ao solo;
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● com uma das mãos.

Passe
É o elemento básico para a construção do jogo. Podendo ser executado com uma ou as
duas mãos, o passe possibilita com que a bola chegue a outro jogador da equipe. Os
tipos de passes são caracterizados quanto à distância (curto, médio e longo) e quanto à
trajetória. Os passes são divididos em:

● Passe direto: o tipo mais rápido, por conta da curta distância e precisão.

● Passe picado: aplicado quando se tem um ou mais adversários pela frente.

● Passe parabólico: quando a bala passa por cima de um ou mais adversários.

Utilizado em contra-ataques ou em passes de longa distância.

Arremesso
É o fundamento principal da partida, pois consiste na finalização da jogada em
momento de ataque. Com a aplicação da força, o objetivo do arremesso é atingir o gol a
qualquer distância. Características como velocidade, potência e precisão são
essenciais para um bom arremesso. Os arremessos são divididos em:

● Arremessos simples: são realizados nos limites da linha de tiro livre, em média e

longa distância, e podem ser feitos parados ou em movimento.

● Arremessos especiais: são realizados no limite da área do gol em curta distância,

e exigem dos jogadores força, habilidade e flexibilidade. Nos especiais, os


atletas combinam saltos, giros, quedas e rolamentos ao arremessar a bola.

Progressão
Consiste nas técnicas que visam a ganhar espaço no momento de posse de bola.

Faltas
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As faltas são cometidas quando há toque de bola com os pés ou outras partes do
corpo. Também é considerado falta se um jogador tentar arrancar a bola das mãos de
outro.
Além disso, e dependendo da gravidade da agressão entre jogadores, ocorre falta.
Assim, empurrões, chutes, cotoveladas, são consideradas faltas. Como no futebol, há o
cartão amarelo e vermelho dado pelo árbitro.

Cartão Amarelo
O cartão amarelo serve como uma advertência ao jogador que cometeu alguma falta.
No total, ele não pode receber mais de três cartões amarelos durante um jogo.
Se isso acontecer, ele é desclassificado. Em resumo, três amarelos, equivalem a um
vermelho. No segundo cartão amarelo, o jogador sai da quadra por 2 minutos de jogo.

Cartão Vermelho
O cartão vermelho é dado pelo árbitro quando o jogador comete uma falta mais grave.
Por recebê-lo, ele está fora do jogo e a equipe fica com um jogador a menos durante
dois minutos.
Passado esse tempo, outro jogador pode entrar na quadra. O cartão vermelho indica,
portanto, a expulsão do jogador.

Campeonato mundial de handebol


O primeiro campeonato mundial de handebol ocorreu em 1938 e contou com a
participação de apenas quatro equipes: Alemanha, Suécia, Áustria e Dinamarca. A
campeã foi a Alemanha.
As equipes com o maior número de medalhas de ouro no campeonato mundial de
handebol masculino são: França (6), Suécia (4) e Romênia (4). Já no feminino, os
países com mais títulos são: Noruega (4) e Rússia (4).
Nos Jogos Olímpicos, a França é a maior campeã no handebol masculino, com três
medalhas de ouro, e a Dinamarca no feminino, também com três títulos.
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Os países com maior tradição no handebol são da Europa, sendo eles Alemanha,
Espanha, Croácia, Hungria, Polônia, Dinamarca, França, Suécia, Rússia, Noruega e
Países Baixos. Fora da Europa, os destaques são Brasil e Argentina.

Curiosidade

● Além do handebol de salão, a prática na praia começou a se expandir a partir da

década de 80. Ainda que sejam semelhantes, no handebol de praia o tempo total
de partida é de 20 minutos. Portanto, são duas partidas de 10 minutos cada e um
intervalo de 5 minutos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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● https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/esgrima.htm

● https://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/esgrima.htm

● https://www.todoestudo.com.br/educacao-fisica/hipismo

● http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/hipismo

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aquatico

● https://unitoledo.br/tipos-de-esportes/

● https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/esportes-individuais

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