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Em Corumbá, que por sua vez, faz uma divisa seca de 300 km com a Bolívia,
questões de mesma natureza das citadas anteriormente preocupam. A fronteira, é
porta de estrada para muitos estrangeiros, da mesma forma que transita muitos
brasileiros nela, interessados em comprar mercadorias na Zona Franca da Bolívia,
ou trabalhar no outro país. Nesse aspecto, a fronteira se mostra com um lado muito
positivo, entretanto, ela esconde um lado sério e não divulgado o bastante.
Ela atua como uma das principais passagens de tráfico no Brasil e é não o
suficientemente protegida. O rio Paraguai é umas das maiores rotas de drogas e
todos tipos de armas, que em sua maioria tem como destino alimentar o crime no
nosso país. Pela porção terrestre, são contrabandeados principalmente drogas e
veículos roubados. Somente em 2010, a delegacia da Polícia Federal na cidade
apreendeu aproximadamente 600 quilos de cocaína.
O cenário é tão grave que até o inspetor da Receita Federal de Corumbá alega que
a pratica dos crimes é tão constante que é impossível mensurar a quantidade de
materiais apreendidos, nem os prejuízos causados ao Brasil. Motivo que por si só
deveria ser capaz de chamar uma maior atenção das nossas forças de defesa.
Tudo consegue ainda piorar quando se olha para a Bolívia, um dos principais
produtores de droga do mundo, e que luta contra a pobreza da sua estrutura policial,
que não consegue cobrir toda a extensão fronteiriça. O próprio governo boliviano
confessa não conseguir cuidar do tráfico sozinha, deixando a maior parte do trabalho
para os brasileiros. Mesmo que exista atuação das forças policiais e das GGIs
(Gabinetes de Gestão Integrada), a situação ainda clama por atenção e medidas
ativas de combate à criminalidade.
Países que apesar de tão diferente, são tão iguais, deveriam se unir mais vezes
para se apoiarem como aliados, em um mundo impiedoso e contra nações em
desenvolvimento. Da mesma forma, o Estado Brasileiro deveria olhar para a sua
vastidão de forma justa e igualitária, cumprindo o seu dever com as minorias e o
combate às ilegalidades tanto presentes na atualidade.