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Introdução
A verdadeira historia da população indígena e seus antepassados, suas
origens que remontam milhares de anos, quando os europeus aqui chegaram,
talvez sejam de difícil compreensão para alguns que, em pleno século XXI, onde
temos uma economia pujante, ainda exista intrínseco no ser humano preconceitos
que os induzem a imaginarem que sejam superior em algum ponto de vista em
comparação à população que aqui se encontrava há milhares de anos, presença
humana que já habitavam destes pais conforme estudos realizados no estado do
Piauí. Eram possuidores, usufruíam da coisa (terra) de onde retiravam seu
sustento, realizavam culto os seus deuses, e seus ensinamentos eram
transmitidos a cada nova geração, resolviam seus próprios conflitos, eram
homens livres de todo sentimento de exclusão, viviam em clima de paz e sem a
da intervenção do estado, pois este não o existia.
Os conflitos que hoje circundam as terras indígenas no Brasil é assunto
pouco explorado, pois gera grande desconforto em um país que existem grandes
indústrias do agronegócio, porções de terras maiores que muitos países da
Europa, grandes indústrias exportadoras. Entretanto, resistindo as mudanças que
ocorrem desde a chegada do homem branco as terras dos tupiniquins, que
habitavam uma porção do litoral do Brasil, está a população indígena em busca
do seu redescobrimento, de suas origens com a altivez de ser a verdadeira nação
nativa deste país. Em Mato Grosso do sul, especialmente na região da Grande
Dourados, os conflitos marcaram a historia dos indígenas com longos períodos de
violação da constituição federativa brasileira, massacres assolaram a região em
um verdadeiro genocídio.
São terras de posse dos povos indígenas uma porção de terras do governo
federal. Nelas habitam os povos indígenas distribuídas por todo o território
nacional, especialmente na região norte do país. No século XVII, a coroa
Portuguesa emitiu diplomas durante o processo de colonização, visando o
resguardo dos direitos indígenas, entretanto essas terras tem se tornado motivo
de disputa entre o homem “branco” e o índio, geralmente são terras produtivas, de
valor econômico e potencialmente grande geradora de renda. A disputa de terras
indígenas é e sempre foi assunto que gerador de debates acalorados na região
da grande Dourados. Com o crescimento das cidades, a expansão da área
urbana os conflitos sobre a propriedade da terra na região se tornaram cada vez
mais frequente. Este trabalho tem por objetivo levantar a questão da terra e como
convivem os índios residentes na região, e estimular o pensamento crítico
trazendo o tema para o contexto da dignidade da pessoa humana, fazer uma
analise das atuais condições a população indígena e verificar se existem avanços
voltados para solucionar os problemas sobre as diversas disputas de terras
indígenas no país.
Muitos indígenas tem se adaptado a cultura oriunda da colonização,
entretanto existe uma grande parcela que tenta preservar seus antigos hábitos
através da cultura repassada de geração á geração, fato que deve ser garantido
pelo Estado.
Métodos
Esse trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas, pesquisas
em vários sites que trataram do assunto indígena através reportagens realizadas
na região do município de dourados e suas adjacências. Foram realizados
estudos no contexto histórico, da população indígena conceituando o direito
originário através do Álvaro Régio de 1680 editada pelo Marques de Pombal
reconheceu o direito do indígena sobre a terra, que durante os séculos XIX e XX
foi intitulado de instituto indigenato, a Constituição Federal do Brasil em 1988
consagrou no art. 231.
A disputa de terras indígenas e sua demarcação, uso e propriedade até por
uma questão de cultura do modo de vida indígena é objeto de discussão desde a
colonização do Brasil em terras já ocupadas originalmente pelo índio, hoje essa
população tem se dizimado em face da mudança e alteração dos hábitos de vida
em analise a seus antepassados.
Resultados e discussão
O tema disputa de terras indígenas tornou- se assunto gerador de
enfrentamentos, situação que muitas vezes dá margem à violência,
consequências da ignorância e do preconceito. Aos olhos do capitalismo, as
terras indígenas são subaproveitadas, pois existe muita riqueza, no solo e nos
rios a serem explorados. Os estudos de identificação, delimitação, demarcação e
regularização cabem a FUNAI promovendo políticas para o desenvolvimento
sustentável, no Estado do Mato grosso do Sul, conforme os dados da própria
FUNAI existem vinte e nove registros de terras indígenas regularizadas, divididas
em diversas etnias entre elas terena, guarani kaiwová, guarani, guató entre outras
A comissão interamericana dos direitos humanos (CIDH), após o encerramento
de visita ao país ocorrida em novembro de 2018 destaca relatos de violações aos
direitos humanos, narrativas colhidas nas visitas em aldeias no PA, nas cidades
de Santarém e Altamira e MS no município Dourados, em seu relatório, a
comissão interamericana dos direitos humanos recomenda ao estado a execução
e a conclusão dos processos de demarcação.
O conflito ainda está longe de acabar, pois segundo os dados presentados
pela FUNAI existem da mesma forma hoje quinze registros de áreas em fase de
estudo no nosso estado. As atenções estão voltadas para o conflito de
demarcação de terras indígenas no mato grosso do sul, pois na luta pelo direito
originário a população indígena tem sofrido com o genocídio de grande parte da
comunidade, com o limite pequeno em metros quadrados nas aldeias
concentrando uma população cada vez maior por metros quadrados, o uso
excessivo do solo limitado em áreas demarcadas que o torna cada vez menos
produtivo faz com que a população indígena procure outras fontes de renda,
trabalhando em diversas funções, ficando cada vez mais longe de suas culturas,
como a caça, a pesca e a agricultura, contudo podemos também salientar suas
tradições e manifestações.
Segundo Heck e Prezia, (p. 45)
Referências