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DOS INDÍ

GE
A LUT

NAS
HISTORIA
DOS
POVOS
INDÍGENAS
Sobre a origem dos
indígenas brasileiros,
existem duas hipóteses
aceitas, segundo o Instituto
Socioambiental (ISA). A
primeira é de que os
indígenas descendem dos
povos asiáticos que
atravessaram o estreito de
Bering há 62 mil anos.
A segunda, defende uma única
grande onda migratória no começo,
com a vinda posterior de grupos
aparentados aos povos da Oceania.
Os levantamentos estão na
“Science” e na “Nature”, as duas
maiores revistas científicas do
mundo, e ambas têm participação de
brasileiros.
Estudos arqueológicos recentes
estabelecem a chegada dos
primeiros habitantes do Brasil à
Bahia e ao Piauí, entre 20 e 40 mil
anos atrás.
ASÃO DOS PORTUGUESE
INV S
Em 1500, os portugueses
desembarcaram no “Novo
Mundo”, a América, tomando
posse das terras. Em seguida,
tiveram os primeiros
contatos com os nativos,
designados pelos
portugueses de “selvagens”
e, posteriormente, indígenas.
Havia cerca de 3 milhões de
nativos, divididos em 1.000
povos diferentes.
O início do processo de colonização
portuguesa houve “desencontro de
culturas”, que correspondeu a um
processo de extermínio e submissão
dos indígenas tanto por meio dos
conflitos com os portugueses quanto
pelas doenças trazidas por estes, como
a gripe, a tuberculose e a sífilis.
Desde então, a história dos povos
indígenas é marcada pela brutalidade,
escravidão, violência, doenças e
genocídio.
Extermínio
dos povos
indígenas
No primeiro século de contato,
90% dos indígenas foram
exterminados, principalmente
por meio de doenças trazidas
pelos colonizadores, como a
gripe, o sarampo e a varíola.
Nos séculos seguintes,
milhares de vítimas morreram
ou foram escravizadas nas
plantações de cana-de-açúcar
e na extração de minérios e
borracha.
As lutas dos
povos
indígenas

Depois de tornarem-se escravos da colônia


portuguesa, os povos indígenas passaram a
enfrentar diversas lutas em torno da própria
sobrevivência.
Com o extermínio de povos indígenas e a escravidão,
milhares de famílias e indivíduos afugentados se
refugiaram em áreas remotas, evitando o contato
com pessoas não indígenas.
Sendo assim, esses povos perderam acesso e direito
às próprias terras, sem a possibilidade de cultivar
alimentos ou ter acesso a rios para pescar, já que as
grandes cidades iniciaram suas atividades em torno
das águas.
Daí em diante, os enfrentamentos às invasões, às
queimadas, aos grileiros, à fome e à discriminação,
tornou-se uma árdua rotina dos povos indígenas.
Crimes
contra os
povos
indígenas
VIOLÊNCIA RELIGIOSA
As queimadas nas casas de rezas, que
envolvem invasão, danos ao patrimônio e
outros tipos de ataque, expressam a
violência contra os povos originários. Desde
o período colonial, as tentativas de
evangelizar os povos indígenas buscam
enfraquecer o modo que estes povos têm de
professar suas diversas fés. Atualmente, o
avanço das igrejas neopentecostais em
territórios indígenas, gera um alerta da
imposição do cristianismo

Feminicidio
Raíssa Cabreira Guarani Kaiowá, de 11
anos; e a Kaingang Daiane Griá Sales,
de 14 anos. Ambas foram estupradas e
mortas de maneiras cruéis e suas
mortes causaram grande indignação por
todo o país. Esses feminicídios
motivaram manifestações da
Articulação Nacional das Mulheres
Indígenas Guerreiras da
Ancestralidade (Anmiga).
"O número de casos de violência contra
os indígenas, em 2021, é o maior dos
últimos 9 anos"
Cenário atual
dos povos
indígenas
Muito ainda precisa ser feito para
amenizar as lutas dos povos indígenas
no Brasil. Os direitos dos povos
indígenas ainda são desrespeitados e
ignorados pelas forças do Estado. O
que abre margem para grandes
indústrias hidrelétricas, de mineração
e do agronegócio explorarem terras
que não as pertencem, reduzindo ainda
mais as possibilidades de moradia e
alimentação de milhares de indígenas.
Como você pode ajudar
os povos indígenas
mesmo à distância e
sendo jovem

Saiba que os povos indígenas não


estão só na Amazônia
Um dos maiores equívocos das generalizações do dia-
a-dia é achar que só existe indígena vivendo no
meio da mata, especialmente na Floresta Amazônica.
O que quem reproduz esse estereótipo não sabe é que
cerca de 36,2% da população indígena está nas
cidades. Este dado do último censo do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
de 2010, também mostra que apenas três dos 10
estados com maior número de indígenas se localizam
fora da região Norte. Além disso, a capital de São
Paulo é a 4ª cidade com o maior número de
habitantes indígenas.
Conheça os povos indígenas
do Brasil
São mais de 300 etnias indígenas, e cada uma tem
uma cultura muito diferente da outra. Por
exemplo, os Ashaninka têm vestimentas muito
parecidas com os tecidos tradicionais peruanos,
enquanto o alimento mais importante dos Guarani
é o milho, e não a mandioca. O Instituto
Socioambiental criou o portal Povos Indígenas do
Brasil, onde é possível encontrar os nomes e
detalhes de mais de 256 etnias indígenas. Esse é
um bom começo para entender mais a diversidade
que há dentro da categoria.
Não generalize ou estereotipe os
povos indígenas
“Índio gosta de mandioca, usa cocar, e anda pelado. Mas hoje tem um
monte de gente que se diz índio e não é mais: tem TV, carrão, usa
roupa de marca.” Aposto que você já ouviu algo assim sempre que a
questão indígena fica em evidência. Esse estereótipo é um dos mais
arraigados na cultura brasileira e coloca os indígenas como coisa
(sim, coisa) do passado e que, portanto, devem “evoluir” e se
integrar a um padrão de civilidade europeu e cristão. Negar-lhes
acesso à educação e às benesses que outros grupos da população têm
é uma visão míope do que é ser indígena. Alguns indígenas optam por
ficar em suas comunidades, alguns querem ir pra universidade,
outros querem entrar na política... Assim como na sociedade não
indígena, há uma diversidade de pontos de vista, sonhos e vivências
que deve ser respeitada. Não tente fazer um povo indígena parecer
menos indígena porque ele não se encaixa em estereótipos
ultrapassados.
Fim.

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