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São Paulo - SP
2023
SUMÁRIO
1. Introdução...............................................................................................................
2. Contexto histórico.................................................................................................
2.1 Invasão...................................................................................................
2.2 Trabalho escravo....................................................................................
2.3 Genocídio...............................................................................................
2.3.1 Garimpo ilegal............................................................................
3. A pandemia na comunidade indígena..............................................................
4. Direitos dos povos indígenas.................................................................................
5. Contexto atual.......................................................................................................
6. Conclusão.............................................................................................................
7. Bibliografia.............................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
Vindos de uma cultura imensamente diversa e rica, os povos originários, ou como
conhecemos, os povos indígenas, foram os primeiros a pisar aqui no lugar que hoje
chamamos de Brasil. Em paz e harmonia, cultivavam valores de honra à natureza; fauna
e flora. Valores esses, que foram destruídos com a chegada dos portugueses ao solo;
tal vinda que causou destruição, genocídio e uma dívida histórica de mais de 500 anos,
que devíamos pagar até hoje, mas não o fazemos.
Os indígenas de hoje, mantém as grandes tradições oriundas de muito tempo
atrás, mas não se engane, não são um povo primitivo, na realidade, são ricos em respeito
e ritos. Apesar de serem demonizados por grande parte da população, foram os
pioneiros, foram os que sofreram, que choraram enquanto suas famílias eram (e são)
dízimadas e que cuidavam e prezavam pela natureza.
Atualmente, os garimpos se propõem como maior problema para a comunidade
indígena, pois são eles que desmatam toda a mata e queimam todo o lar que é e deveria
ser reservado para estes. Neste ponto, a demarcação se torna uma obrigação, tal que
sofreu negligência por muito tempo, esta que trouxe de novo o fenômeno do genocídio
aos nossos olhares; O povo yanonami sofrendo de fome, insalubridade e o governo que
pouco se importava com toda essa situação apesar de seu clamor.
Neste documento, você encontrará dá matriz até os dias atuais, como se encontra
o povo originário no território brasileiro; como eles enfrentaram à pandemia e mais; como
sobreviveram à epidemia que mata o maior grupo de risco há mais de 500 anos.
2. CONTEXTO HISTÓRICO
O Brasil é um país com uma rica história de cultura e patrimônio indígena. Os
indígenas vivem no Brasil há milhares de anos antes da chegada dos europeus.
Infelizmente, sua história foi marcada pela violência, exploração e discriminação. No
entanto, o reconhecimento da comunidade indígena como princípio do Brasil pode ser
um divisor de águas na relação do país com sua população indígena.
Esse reconhecimento envolveria o reconhecimento da importância da cultura e do
patrimônio indígena na história e na identidade do país. Também envolveria garantir que
as comunidades indígenas tenham voz nos processos de tomada de decisão que afetam
suas vidas e territórios.
Um exemplo desse reconhecimento é a inclusão das línguas indígenas no sistema
educacional. Em 2002, o governo brasileiro aprovou as Diretrizes de Educação Indígena,
que exigem o ensino de línguas e culturas indígenas em escolas localizadas em
territórios indígenas.
Outro exemplo é o reconhecimento do direito das comunidades indígenas à
consulta e anuência prévias em relação a projetos de desenvolvimento que afetem seus
territórios. Isso foi consagrado na Constituição brasileira em 1988 e tem sido apoiado por
acordos internacionais, como a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Povos Indígenas.
2.1 INVASÃO
A América, antes de sua invasão, era idealmente pensada como um
espaço quase sobrenatural, à margem do conhecimento, uma vez que as fronteiras do
mundo coincidiam com as fronteiras do conhecimento.
Uma vez ocupado esse território, ele passa a constituir a exterioridade da Europa,
o local do “outro“. Esse “outro”, por sua vez, é percebido como anômalo, ou seja, de uma
maneira contranormativa a partir da qual se revela uma forma patológica, irregular e
desviada de existência e conduta.
A concepção dos povos originários da América como inferiores e a violência
do projeto colonial, com morte, desterritorialização e captura de modos de vida,
vão alimentar, em larga medida, as teorias raciais do século XIX e a própria formação
dos Estados nacionais, com a noção de homogeneidade que lhe é correlata.
A combinação desses ingredientes culminou no nazismo e no holocausto judeu,
chamando a atenção da Europa, pela primeira vez, para o fenômeno da eliminação dos
“seus outros“.
2.3 GENOCÍDIO
O genocídio dos povos indígenas no Brasil existe desde os tempos da colonização
portuguesa, com a implementação do cultivo da cana-de-açúcar na costa brasileira. Esse
processo consistiu no extermínio das populações indígenas, tanto pelos conflitos
violentos, quanto pelas doenças trazidas pelos europeus. Nos tempos atuais, esse
genocídio persiste com o negligenciamento dos direitos das populações indígenas
restantes no Brasil.
“Essa é uma doença que infelizmente levou parte da biblioteca dos povos indígenas.
Algumas pessoas que se foram são os anciões e as anciãs e que estavam fortes e
transmitindo as suas práticas na região. Isso é bastante triste, é um pesar”.
Carla Dias, antropóloga do Instituto Socioambiental (ISA).
5. CONTEXTO ATUAL
Apesar de avanços conquistados com a Constituição de 1988, a situação dos
povos indígenas do Brasil é extremamente preocupante. É o que garante o professor
Pedro Dallari em sua coluna desta semana. O colunista destaca que esta situação advém
da política indigenista do atual governo. “Os mecanismos constitucionais garantiram que
houvesse uma maior proteção aos índios brasileiros. Mas vemos um retrocesso brutal
atualmente por causa da negativa do atual governo em dar seguimento à política
determinada na Constituição”, afirma Dallari. “Há três fatores que geram grande
preocupação: o desmonte da Funai, a falta de atendimento especializado à população
indígena em face da pandemia do novo coronavírus e a crescente ameaça da tomada
das terras indígenas”, garante o colunista.
6. CONCLUSÃO
Em conclusão, reconhecer a comunidade indígena como um princípio do Brasil
pode ser um passo significativo para promover a justiça social, proteger o meio ambiente
e promover a diversidade cultural. Embora existam muitos desafios a serem enfrentados,
reconhecer a importância da cultura e do patrimônio indígena pode ajudar a construir
uma sociedade mais inclusiva e igualitária para todos os brasileiros.
Garantir os direitos prescritos pela humanidade não deve ser mais um afoito,
apesar da luta nunca realmente acabar, o manifesto e a voz do povo não deve ser calada
e ignorada, a comunidade clama por terras, clama por vida, clama por mais humanidade,
na esperança de um futuro próximo poder dizer que a epidemia acabou, que os mais de
500 anos de dor e sofrimento valeram à pena, que tudo teve sentido.
7. BIBLIOGRAFIA
Artigo desenvolvido por DE ALMEIDA, Maria Regina Celestino, Departamento de
História/UFF, e publicado pela Revista Mundos do Trabalho como “Escravidão Indígena
e trabalho compulsório no Rio de Janeiro colonial” publicado em 24 de julho de 2015.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-
9222.2014v6n12p11/29729 Acesso em 07/04/23 às 16:48.
Artigo desenvolvido por DIAS, Camila Loureiro, Professora doutora do Departamento de
História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, Brasil), e publicado pela
Revista de Estudios Brasileños como “Direitos dos povos indígenas e
desenvolvimento na amazônia” publicado em 24 de jneiro de 2019. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/reb/article/view/154365/150561. Acesso em 07/04/23 às
17:00.
https://www.oxfam.org.br/blog/a-pandemia-da-covid-19-e-suas-consequencias-para-a-
populacao-indigena/