A VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE CULTURAL E ÉTNICA POR MEIO DAS
DEMARCAÇÕES DE TERRAS INDÍGENAS
Juan Brito Grangeiro – 3ºAi
24/05/2023
As demarcações de terras indígenas são de extrema importância para
garantir os direitos e a preservação dos povos originários no Brasil. Ao demarcar essas áreas, reconhecemos a importância histórica, cultural e ancestral das comunidades indígenas, permitindo que elas possam manter seus modos de vida tradicionais e preservar sua identidade cultural única. Além disso, as demarcações são essenciais para proteger a biodiversidade e os ecossistemas presentes nas terras indígenas, contribuindo para a conservação ambiental. Infelizmente, muitas comunidades indígenas sofrem com as dificuldades resultantes da falta de demarcação de suas terras. Sem a garantia legal de posse e acesso às suas áreas tradicionais, esses povos enfrentam ameaças constantes, como invasões de terras, desmatamento, garimpo ilegal e conflitos violentos. A ausência de demarcação também impede que eles possam exercer plenamente seus direitos socioeconômicos, como a prática da agricultura tradicional, a exploração sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento de atividades econômicas próprias. A Constituição Federal de 1988 reconhece e assegura o direito dos povos indígenas à posse permanente e à usufruto exclusivo das terras que tradicionalmente ocupam. Além disso, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) também estabelece o direito dos povos indígenas à propriedade e ao controle sobre suas terras, bem como à preservação de suas culturas e tradições. Essas bases legais reforçam a necessidade e a obrigação do Estado brasileiro em demarcar as terras indígenas, garantindo a efetivação desses direitos. Um marco importante para a luta pelos direitos indígenas no Brasil foi a criação do Ministério dos Povos Originários, com a nomeação de Sonia Guajajara como ministra. Essa iniciativa é de suma importância, pois fortalece a representatividade e a voz dos povos indígenas no cenário político do país. A presença de um ministério específico para tratar das questões indígenas permite uma maior atenção e discussão de pautas que afetam diretamente essas comunidades, além de promover a inclusão e a participação efetiva dos povos indígenas nas decisões que envolvem suas terras, seus direitos e seu futuro. Em suma, a demarcação de terras indígenas é essencial para garantir os direitos, a preservação cultural e a sobrevivência dos povos originários no Brasil. É uma medida que respeita a Constituição, a legislação internacional e a diversidade cultural e ambiental do país. A criação do Ministério dos Povos Originários, com a ministra Sonia Guajajara, fortalece a representatividade indígena e promove um espaço de diálogo e ação para as demandas dessas comunidades. Para solucionar o problema da demarcação, é necessário acelerar os processos, fortalecer a fiscalização contra invasões ilegais, investir em programas de desenvolvimento sustentável e inclusão socioeconômica, promover o diálogo intercultural e disseminar a conscientização sobre os direitos indígenas. Com essas medidas, é possível avançar na garantia dos direitos dos povos indígenas, preservar sua cultura e biodiversidade, e construir uma sociedade mais justa e equitativa. i Povos Tradicionais – Profª César | E.E Oswaldo Catalano | juanbritograngeiro@gmail.com