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resolvido por comum acordo entre as partes, sem a interferência externa.

E – Alternativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não cita a interferência externa na resolução dos con itos, muito
menos a intervenção do Ministério Público.

Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos

Considere o grá co e analise as a rmativas a seguir.

ONU, International Migration Report 2015. Disponível em <http://www.un.org/en/development/desa/population/migrati


on/publications/migrationreport/docs/ MigrationReport2015_Highlights.pdf>. Acesso em 20 jun. 2016 (com
adaptações).

I) A Ásia é o lugar de destino que, em 2015, apresentou a maior diferença entre o número de homens e de
mulheres imigrantes.
II) O número de mulheres com destino à Europa cresceu mais no período de 2000 a 2010 do que no período de
2010 a 2015.
III) O número de imigrantes que chegaram à Europa em 2015 foi 35 milhões.
É correto o que se a rma em:

Resposta Selecionada: b. I e II, apenas.

Respostas: a. I, II e III.

b. I e II, apenas.

c. II e III, apenas.

d. I e III, apenas.

e. I, apenas.

Feedback Resposta: B
da Análise das a rmativas. I – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Do grá co, vemos que, em 2015,
resposta: os números de imigrantes homens foram os indicados a seguir. Para a África: cerca de 10 milhões.
Para a Europa: cerca de 35 milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 25 milhões.
Para a Ásia: cerca de 45 milhões. Do grá co, vemos que, em 2015, os números de imigrantes
mulheres foram os indicados a seguir. Para a África: cerca de 10 milhões. Para a Europa: cerca de 40
milhões. Para o Canadá e para os Estados Unidos: cerca de 25 milhões. Para a Ásia: cerca de 30
milhões. Temos, então, que as diferenças entre os números de imigrantes homens e de mulheres
foram de cerca de 5 milhões para a Europa e cerca de 15 milhões para a Ásia. Nas demais regiões, os
números de imigrantes homens e mulheres foram similares. II – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA.
Para analisarmos crescimento, devemos comparar as inclinações dos grá cos: quanto maior a
“inclinação para a direita”, maior a taxa de crescimento. Vemos, no grá co de imigrantes mulheres
com destino à Europa, que a inclinação é maior no período de 2000 a 2010 do que no período entre
2010 e 2015, o que evidencia menor taxa de imigração no segundo período. III – A rmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. Considerando que os imigrantes são classi cados, nos grá cos, por
gênero, tivemos cerca de 35 milhões de imigrantes homens e cerca de 40 milhões de mulheres com
destino à Europa em 2015. Somando o número de homens e o número de mulheres, temos cerca de
75 milhões de imigrantes com destino à Europa nesse ano.

Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos

Leia a charge a seguir, de autoria de Laerte.

      

Disponível em <http://40.media.tumblr.com/e654441e9cf174a5bd39b1521a95f98b/tumblr_nvg2ejfcHR1qmggloo1_500.j
pg>. Acesso em 15 dez. 2015.
Observação. Nas faixas, da esquerda para a direita, leem-se as seguintes frases: 100 salários mínimos, 50 salários
mínimos, 10 salários mínimos e 5 salários mínimos.
Com base na leitura, analise as a rmativas.
I. O objetivo da charge é criticar as faixas exclusivas de ônibus, que provocam mais congestionamentos nas
cidades.
II. A quantidade e o tipo de veículos em cada faixa ilustram a distribuição de renda da população brasileira.
III. O objetivo da charge é mostrar a ascensão da classe média, que pode conquistar o sonho de adquirir um
automóvel nos últimos anos.
IV. De acordo com a charge, a maioria das pessoas tem renda na faixa de 10 salários mínimos.
Está correto o que se a rma apenas em:

Resposta Selecionada: e. II.

Respostas: a. I e II.

b. II e IV.

c. III.

d. IV.

e. II.

Feedback Resposta: E
da Análise das a rmativas. I – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge associa tipos e
resposta: quantidades de automóveis a faixas com múltiplos de valores de salário mínimo (em vez de valores
de velocidades máximas) e não faz referência a congestionamentos ocasionados por faixas
exclusivas de ônibus. II – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. A charge associa carros mais caros e
menores quantidades de automóveis a valores mais elevados de salários e associa ônibus lotados ao
valor mais baixo de salário, fazendo alusão à distribuição de renda da população brasileira. II –
A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não faz referência à ascensão da classe média e à sua
possibilidade de adquirir um automóvel. IV – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a
charge, a maioria das pessoas tem renda na faixa de 5 salários mínimos, pois, nessa categoria,
fazemos analogia com o ônibus com lotação máxima.

Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos

Leia a charge a seguir.

Com base na leitura, analise as a rmativas.


I) A charge é uma crítica ao programa “Mais Médicos” do Governo Federal.
II) O médico da charge representa um pro ssional que não adota procedimentos adequados para chegar a um
diagnóstico.
III) A charge sugere que os erros de diagnóstico são comumente realizados pelos médicos em nosso país, mas
culpa os pacientes por esse problema, pois eles não sabem relatar com exatidão o que estão sentindo.
Está correto o que se a rma somente em:

Resposta Selecionada: a. II.

Respostas: a. II.

b. II e III.

c. I e II.

d. I e III.

e. I.

Feedback Resposta: A
da Análise das a rmativas: I – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não faz qualquer
resposta: menção ao programa “Mais Médicos ”. II – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra o
pro ssional da saúde usando um método não cientí co (aleatório) para fazer o diagnóstico da
doença da paciente. A charge usa o exagero para denunciar que há médicos que fazem diagnósticos
errados ou descuidados. III – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge critica o diagnóstico
por parte do médico, não por parte da paciente. A paciente não passou informações sobre o que
sente e não foram feitos exames, mas o médico já quer de nir um diagnóstico.

Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos

Leia o artigo de Leão Serva e a charge.


                                      No Dia do Índio, nada a comemorar, só razões para protestar
Índios brasileiros e apoiadores britânicos fazem protesto diante da Embaixada do Brasil em Londres em 19 de abril, Dia
do Índio. Vão dizer que as populações tradicionais não têm nada que comemorar no dia consagrado a elas. E tentarão
atrair a atenção de quem compra produtos brasileiros no exterior para o sangue indígena que mancha
nossas commodites  agropecuárias e minerais. É irônico que, em um regime democrático, protestos desse tipo
aconteçam na capital britânica como ocorriam antes, durante a Ditadura Militar, a cada visita de presidente ou
representantes do regime. No entanto, chamar a atenção dos países que podem in uenciar o Brasil, sempre tão cioso
de sua imagem externa, é a única ação que restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos
indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso. (...) O protesto na sede da representação
diplomática brasileira tem o apoio, em Londres, da organização Survival International. Na semana passada, outra
entidade, o Observatório do Clima, que reúne cerca de 40 organizações ambientalistas, criticou as medidas do
Executivo Federal que apressam a desmontagem dos dispositivos consagrados na Constituição de 1988. Chama
atenção para a coincidência entre esses ataques às leis de proteção ambiental no momento em que cresce a
desmoralização da elite política do país, sob acusações de corrupção. (...) Entre as medidas tomadas pelo Congresso,
exatamente quando crescem as denúncias contra legisladores, estão leis que reduzem as áreas de preservação
ambiental: "Na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de
conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam
sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão
especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de
conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares". Os ataques à legislação de proteção dos índios e do
ambiente coincidem também com o aumento vertiginoso na devastação das orestas: a devastação cresceu 60% nos
últimos dois anos, pondo em risco a meta brasileira de chegar a 2020 com redução de 80% na taxa, lançando dúvidas
sobre a seriedade do compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Paris.
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/04/1876433-no-dia-do-indio-nada-a-come
morar-so-razoes-para-protestar.shtml>. Acesso em 19 abr. 2017 (com adaptações).

Com base na leitura, analise as a rmativas.


I) O objetivo da charge é mostrar que, apesar de os índios perderem recursos naturais, houve, para eles, a
compensação do acesso à tecnologia.
II) De acordo com o texto, o protesto em Londres tem por objetivo denunciar ao mundo medidas do governo
contra a proteção ambiental e contra os direitos indígenas.
III) Os índios brasileiros, como mostra a charge, têm sido submetidos a um processo de aculturação, que lhes traz
piores condições de vida.
IV) Segundo o texto, o Brasil tem hoje 1,1 milhão de hectares de áreas devastadas.
Está correto o que se a rma somente em:

Resposta Selecionada: e. II e III.

Respostas: a. I, II e III.

b. II, III e IV.

c. II e IV.

d. I e III.

e. II e III.

Feedback Resposta: E
da Análise das a rmativas: I – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O objetivo da charge é mostrar
resposta: a degradação da condição de vida dos indígenas como consequência de alterações na sua cultura e
nas suas terras. II – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, o protesto "é a única ação
que restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração
federal com amplo apoio no Congresso". Logo, o protesto visa denunciar a perda de direitos indígenas
e o descaso da proteção ambiental por parte do governo. III – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. A
charge mostra, no quadro da direita, um índio com roupas de "homem branco", ostentando marcas,
com uma garrafa de bebida alcoólica e tirando uma sel e: situações que não pertenciam ao universo
original dos nativos. Nota-se a diferença nas expressões faciais do índio, que expressa alegria no
ambiente da oresta e mostra tristeza quando imerso no mundo do "homem branco". IV –
A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "na última terça-feira (11/4), uma comissão do
Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica,
liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm
sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso
aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na
Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares". Com essas duas Medidas Provisórias, foi autorizada a
devastação de 1,1 milhões de hectares a mais do que já havia sido devastado anteriormente. Vale
notar que ocorre, ainda, a devastação ilegal (não considerada nesses números).

Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos

Leia o texto a seguir.


                                                                    Ética de princípios – Rubem Alves
As duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os lósofos dão o
nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos – a que
os lósofos dão o nome de ética contextual. Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as
estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles
têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam no que os
seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram... Vou aplicar a metáfora a
uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e
tem medo. O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta:
"Doutor, será que eu escapo desta?" Está con gurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for
um adepto da ética estelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é
claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá de ser a verdade. E ele, então, responderá: "Não, a
senhora não escapará desta. A senhora vai morrer...". Respondeu, segundo um princípio invariável para todas as
situações. A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a
alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade. Mas,
se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher.
Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: "Que palavra eu posso dizer que, não
sendo um engano - "A senhora breve estará curada...'-, cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe
uma criança?" E ele dirá: "Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de
morrer..." Aí, então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas... - sobre a morte que os dois
haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. Pela ética de princípios,
o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões
resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer
perguntas sobre o bem ou o mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da
Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma in nidade de doenças? O aborto de
um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá para que homens e
mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas? A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da
dor que não a deixará? Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: "Qual delas está mais a serviço do amor?”
Disponível em <http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2008/03/tica-de-princpios-rubem-alves.html>. Acesso em 20
jan. 2016.
Com base na leitura, analise as a rmativas.
I. A ética de princípios julga a ação com base naquilo que está antes, o princípio, a norma, independentemente da
situação vivenciada. A ética contextual, por sua vez, julga a ação com base naquilo que vem depois, isto é, com
base nos efeitos da ação.
II. Segundo o texto, os fundamentos teóricos que embasam os preceitos éticos universais não são plenamente
compreendidos pelo cidadão comum. Como consequência, cada cidadão é responsável por inventar os seus
próprios preceitos.
III. Segundo o autor, a ética de princípios deve ser abolida, pois vai contra o bem-estar da população.
IV. Por “estrelas perfeitas, imutáveis e mortas” entendem-se os valores dos nossos antepassados.
Assinale a alternativa correta.

Resposta Selecionada: c. Apenas a a rmativa I está correta.

Respostas: a. Apenas as a rmativas I e II estão corretas.


b. Apenas as a rmativas I e IV estão corretas.

c. Apenas a a rmativa I está correta.

d. Apenas as a rmativas II, III e IV estão corretas.

e. Todas as a rmativas estão corretas.

Feedback Resposta: C
da Análise das a rmativas. I – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Do primeiro parágrafo do texto,
resposta: observamos que há "duas éticas: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e
mortas, a que os lósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da contemplação dos
jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos – a que os lósofos dão o nome de ética contextual". Logo,
vemos que a ética de princípios é independente da situação e é fruto da observação de algo que já
está implantado, o que não ocorre com a ética contextual, dependente da situação e fruto da
observação de algo que está ocorrendo no momento. II – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA.
Segundo o texto, "os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que
alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas estrelas, eles
têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam
no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram...".
Logo, os jardineiros seriam os adeptos da lógica contextual, aplicando a lógica baseada em suas
vivências e não em estudos de casos anteriores. III – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor
não diz que a ética de princípios deve ser abolida, mas diz que há situações em que a ética contextual
é mais suave em sua aplicação do que a ética de princípios.

Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos

Leia o texto a seguir.


O processo de transição demográ ca ou transição vital é uma das principais transformações pelas quais vem
passando a sociedade moderna. Ele caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas de mortalidade e
fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em níveis relativamente mais baixos. Além
de alterar as taxas de crescimento da população, a transição demográ ca acarreta alteração da estrutura etária,
quando diminui a proporção de crianças ao mesmo tempo em que há elevação no percentual de idosos da população.
A partir do século XVIII, a revolução industrial e a modernização das sociedades europeias, assim como os avanços
cientí cos, urbanísticos e os ganhos em qualidade de vida de um modo geral, dão início ao processo de transição. Na
América Latina, a transição se dá mais tardiamente, exceção feita ao Uruguai e à Argentina, que iniciaram esse processo
a partir do início do século XX. No Brasil, seus efeitos passam a ser notados de maneira mais marcante a partir de
meados do século passado e se deram de forma bastante rápida com as populações sofrendo mudanças bruscas em
curtos períodos de tempo. Esse comportamento vem provocando mudanças signi cativas na estrutura etária da
população, com importantes implicações para indivíduos, famílias e sociedade. No processo de transição demográ ca
brasileira, o Brasil praticamente reduziu pela metade sua taxa de mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0% em 1940
para 12,6% em 1960), enquanto os países desenvolvidos levaram, para o mesmo feito, aproximadamente 100 anos. O
conjunto de causas de morte formado pelas doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias começa, paulatinamente,
a perder importância frente a outro conjunto formado por doenças que se relacionam com a degeneração do
organismo através do envelhecimento, como o câncer, as doenças cardiorrespiratórias, entre outros. Por outro lado, a
partir de meados dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas ou violentas (que incluem os homicídios,
suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) passaram a desempenhar um papel de destaque,
de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo
masculino. Para ilustrar, a gura abaixo mostra a participação dos homicídios no total de mortes de adultos entre 15 e
20 anos nas diferentes regiões brasileiras entre 2002 e 2012, em comparação ao número de homicídios na população
total.
Com base na leitura, assinale a alternativa correta.

Resposta b.
Selecionada: Na região Norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens entre 15 e 20 anos assassinados
praticamente dobrou.

Respostas: a. No Brasil, o número de mortes em 1960 foi praticamente a metade do registrado em 1940.

b.
Na região Norte, no período de 2002 a 2012, o número de jovens entre 15 e 20 anos assassinados
praticamente dobrou.

c.
A região Sudeste é a única região do país na qual foi observada queda contínua no número
absoluto de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos de idade no período de 2002 a 2012.

d.
Em 2012, a taxa de homicídios de jovens entre 15 e 20 anos na região Norte foi aproximadamente
igual à na região Sul.

e.
Nos países em processo de transição demográ ca, a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade
são equivalentes.

Feedback Resposta: B
da Análise das alternativas: A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto diz que "o Brasil
resposta: praticamente reduziu pela metade sua taxa de mortalidade em apenas 20 anos (de 20,0% em 1940 para
12,6% em 1960)". A taxa de mortalidade foi reduzida praticamente pela metade, mas isso não
aconteceu com o número de mortes, já que a população do país variou de 1940 para 1960 e não
temos esse dado. B – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O grá co mostra que o número de
assassinatos entre jovens na região Norte passou de 1.577, em 2002, para 3.271, em 2012. Ou seja, o
número de assassinatos praticamente dobrou. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De 2011
para 2012, o número de assassinatos entre jovens no Sudeste aumentou de 7.833 para 8.456,
segundo o grá co. Nos demais anos, o número de assassinatos nessa região diminuiu, mas não de
2011 para 2012. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O grá co traz valores absolutos. Para
termos valores relativos, devemos dividir o número de assassinatos pela população na faixa etária
considerada. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Do texto, temos: "o processo de transição
demográ ca (…) caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas de mortalidade e
fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas situam-se em níveis relativamente
mais baixos". Ou seja, na transição demográ ca, ocorre diminuição da taxa de natalidade e da taxa de
mortalidade. Se a taxa de mortalidade fosse igual à taxa de natalidade, não haveria crescimento ou
decrescimento da população.

Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos


Leia o texto e analise as a rmativas que seguem.
                                      A selva amazônica alimenta as torneiras em São Paulo
                              Desmatamento da Amazônia reduz chuvas até em Buenos Aires.
Nos últimos dois anos, muitos dos habitantes da Grande São Paulo (20 milhões de pessoas) começaram a se
acostumar a captar água da chuva com baldes, a esfregar o chão com água da máquina de lavar roupas e a se
levantar de madrugada, antes que as torneiras cassem secas novamente, para encher as bacias e ter água para o dia
seguinte. O estado mais rico do Brasil cou imerso por uma crise hídrica que não previu ou não soube prevenir e
observou como suas reservas foram secando paulatina e perigosamente diante de uma queda inesperada de
precipitações. Os estados próximos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, seguiram os passos do vizinho e muitos de
seus habitantes também sofreram com o desabastecimento de água durante dias. No Nordeste do país, uma região
maior, embora menos populosa, a seca não é nenhuma novidade, e, em épocas mais severas, multiplicam-se as
imagens de famílias inteiras percorrendo dezenas de quilômetros em busca de algum poço de qualidade questionável
ou esperando com a vista voltada às ruas, completamente dependentes da chegada de um caminhão-pipa. O
problema explica-se pela falta de infraestrutura, de previsão e de uma cultura de consumo responsável. E, também,
claro, pela falta de chuvas, um fenômeno que os especialistas associam ao desmatamento do maior tesouro do Brasil (e
do Planeta): a selva amazônica. As mordidas constantes do homem sobre a selva amazônica, um ecossistema único que
mantém o ar úmido por até 3.000 quilômetros continente adentro, podem equiparar-se, em termos ambientais, a
acabar com a nascente de um gigantesco rio. Calcula-se, por exemplo, que 19% das chuvas da Bacia da Prata têm sua
origem na umidade que a selva amazônica gera, e que voa para o sul. As secas foram acompanhadas nos últimos anos
de outros fenômenos climáticos extremos, como inundações, especialmente no sul do país, o que reforça a teoria dos
especialistas sobre o papel da selva no equilíbrio climático da região. Com esse panorama, em que até o Rio de Janeiro
terá que investir em obras que garantam o abastecimento, o Brasil tem uma má notícia a dar: o desmatamento na
Amazônia aumentou 16% este ano (2015) e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área equivalente à metade do
território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram destruídos 27.772
quilômetros quadrados. O objetivo para 2020 é não superar os 4.000 km². O desa o é enorme. Contra ele, estão
principalmente os interesses da pecuária e dos agricultores. Os estados que concentram os maiores aumentos do
desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) bene ciaram-se, paradoxalmente, de recursos do Fundo
Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado, precisamente, para reduzi-lo.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/29/politica/1448831631_311610.html?id_externo_promo=e
p-ob&prm=ep-ob&ncid=ep-ob>. Acesso em 30 nov. 2015 (com adaptações).
I. A seca na região Nordeste, provocada pelo desmatamento da Amazônia, representa o maior problema para o
país em termos demográ cos, já que a área afetada é maior do que a do Sudeste, além de o problema ser mais
antigo.
II. O desmatamento da Amazônia tem diminuído especialmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso e
Amazonas, graças à ajuda de investimento estrangeiro.
III. Embora o desmatamento na Amazônia ainda aconteça em níveis preocupantes, diminuiu se compararmos
2015 a 2004.
Está correto apenas o que se a rma em:

Resposta Selecionada: e. III.

Respostas: a. I e II.

b. II e III.

c. I e III.

d. II.

e. III.

Feedback Resposta: E
da Análise das a rmativas. I – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Em termos demográ cos, a seca
resposta: no Sudeste é mais signi cativa do que a seca no Nordeste, pois essa primeira região concentra a
maior parte da população. II – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto diz que "os estados que
concentram os maiores aumentos do desmatamento (Amazonas, Rondônia e Mato Grosso) bene ciaram-
se, paradoxalmente, de recursos do Fundo Amazônia, nutrido pelo investimento estrangeiro e idealizado,
precisamente, para reduzi-lo". Logo, o desmatamento tem aumentado nesses três estados, mesmo
com investimento estrangeiro. III – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "o
desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano e chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área
equivalente à metade do território de Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior:
em 2004, foram destruídos 27.772 quilômetros quadrados". Logo, o desmatamento diminuiu se
compararmos os dados atuais aos de 2004, mas aumentou entre 2014 e 2015.
Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos

Observe os grá cos com os resultados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014
sobre o acesso à internet.

Com base nos grá cos, analise as a rmativas.


I. A inclusão digital é mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste.
II. A região Nordeste é a que apresenta menor número de usuários de internet.
III. Entre as pessoas com nível fundamental completo, o número de usuários de internet é similar ao de não
usuários.
É correto o que se a rma apenas em:

Resposta Selecionada: b. III.

Respostas: a. II e III.

b. III.

c. I.

d. II.

e. I e III.

Feedback Resposta: B
da Análise das a rmativas. I – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Pelo primeiro grá co, vemos
resposta: que os maiores percentuais de pessoas que não usam internet estão nas regiões Norte (55%) e
Nordeste (58%). II – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Em 2014, o percentual de pessoas que
não usavam internet na região Nordeste era de 58%. Para analisarmos corretamente a a rmativa,
precisamos car atentos aos seguintes fatos: o primeiro grá co apresenta valores percentuais; há
grandes diferenças nos números de habitantes, por exemplo, do Nordeste e do Norte. Assim,
embora o menor percentual de usuários de internet esteja no Nordeste, o Norte, por exemplo,
apresenta menor número absoluto de usuários de internet do que o Nordeste (visto que a
população da região Norte é signi cativamente inferior à população da região Nordeste). III –
A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Pelo segundo grá co, que mostra o número de usuários de
internet por grau de instrução, vemos que, entre as pessoas com nível fundamental completo, as
alturas da barra cinza (“não usam internet”) e da barra preta (“usam internet”) são praticamente
iguais.

Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos

Observe o grá co sobre a taxa de homicídios de mulheres nos estados brasileiros. Note que "BR" foi
usada como sigla para Brasil e que as outras siglas se referem aos estados brasileiros.
                         Taxa de homicídios de mulheres (por 100 mil) por estado. Brasil, 2006 e 2013.

                                         

Mapa da Violência 2015. Homicídios de Mulheres no Brasil. Disponível em <http://www.mapadaviolencia.org.br/pd


f2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf>. Acesso em 15 jun. 2016.
Analise as a rmativas, de acordo com os dados do grá co. 
I. As taxas de homicídios de mulheres em São Paulo, em 2006 e em 2013, foram menores do que a taxa brasileira.
II. O aumento da taxa de homicídios de mulheres em estados brasileiros, no período de 2006 a 2013, deve-se
principalmente ao crescimento da população brasileira.
III. O estado que teve mais mulheres assassinadas em 2013 foi Roraima.
IV. Em 2006, houve mais mulheres assassinadas no Espírito Santo do que no Rio de Janeiro.
Está correto o que se a rma somente em: 

Resposta Selecionada: a. I.

Respostas: a. I.

b. II e IV.

c. III e IV.

d. I e IV.

e. I, III e IV.

Feedback Resposta: A
da Análise das a rmativas. I – A rmativa correta. JUSTIFICATIVA. Pela leitura do grá co, temos o
resposta: que segue: Taxa de homicídios de mulheres em SP em 2006: 3,8 por 100 mil habitantes. Taxa de
homicídios de mulheres no Brasil em 2006: 4,2 por 100 mil habitantes. Taxa de homicídios de
mulheres em SP em 2013: 2,9 por 100 mil habitantes. Taxa de homicídios de mulheres no Brasil em
2013: 4,8 por 100 mil habitantes. Concluímos que as taxas de homicídios de mulheres em São Paulo,
em 2006 e em 2013, foram menores do que as taxas brasileiras nesses períodos. II – A rmativa
incorreta. JUSTIFICATIVA. Vejamos um exemplo: em Roraima, a taxa de homicídios de mulheres
passou de 6,6 por 100 mil habitantes (em 2006) para 15,3 por 100 mil habitantes (em 2013). Ou seja,
essa taxa mais do que duplicou de 2006 para 2013, o que não aconteceu com a população brasileira.
III – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora Roraima tenha apresentado a maior taxa de
homicídios de mulheres por 100 mil habitantes em 2013, não foi o estado que teve mais mulheres
assassinadas em 2013, pois Roraima é o estado menos populoso do Brasil, com cerca de 500.000
habitantes. IV – A rmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Pela leitura do grá co, temos o que segue:
Taxa de homicídios de mulheres no Espírito Santo em 2006: 10,5 por 100.000 habitantes. Taxa de
homicídios de mulheres no Rio de Janeiro em 2006: 6,2 por 100.000 habitantes. As populações, em
valores aproximados, desses dois estados em 2006 eram as que seguem: População aproximada do
Espírito Santo em 2006: 3.500.000 de habitantes. População aproximada do Rio de Janeiro em 2006:
16.000.000 habitantes. Para sabermos qual é o número N (aproximado) de mulheres assassinadas no
Espírito Santo em 2006, fazemos a seguinte “regra de três”:

Isso é lido como “10,5 está para 100.000 assim como N está para 3.500.000”. Na “regra de três”,
multiplicamos “em cruz” os elementos diagonais do quadrado acima. Ou seja:

Logo, no Espírito Santo, houve cerca de 368 mulheres assassinadas em 2006. Para sabermos qual é o
número N (aproximado) de mulheres assassinadas no Rio de Janeiro em 2006, fazemos a seguinte
“regra de três”:

Isso é lido como “6,2 está para 100.000 assim como N está para 16.000.000”. Na “regra de três”,
multiplicamos “em cruz” os elementos diagonais do quadrado acima. Ou seja:

Logo, no Rio de Janeiro, houve cerca de 992 mulheres assassinadas em 2006. Concluímos que, em
2006, houve mais mulheres assassinadas no Rio de Janeiro do que no Espírito Santo.

Segunda-feira, 22 de Março de 2021 14h48min57s BRT ← OK

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