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A lei n° 6.001de 19/12/1973- dispõe sobre o estatuto do índio – Art.

1°- Esta lei regula situação


jurídica dos índios ou silvícolas (pessoas que vivem na floresta) e das comunidades indígenas, com o
propósito de preservar a sua cultura e integrá-los progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional. Os
povos indígenas têm direito, sem qualquer discriminação, a melhoria de suas condições econômicas e sociais,
especialmente nas áreas da educação, emprego, capacitação e reconversão profissional, habitação,
saneamento, saúde e seguridades social.
Com base no artigo 231, caput, da CRFB/88:

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à
União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Conscientização e sensibilização: Educação inclusiva: É importante Fortalecimento das lideranças
É fundamental promover a desenvolver e implementar indígenas: Reconhecer e fortalecer
conscientização sobre a políticas educacionais que as lideranças indígenas é fundamental
diversidade cultural e a importância valorizem a história, a cultura e a para o processo de combate à
da valorização e respeito aos povos contribuição dos povos indígenas. discriminação. Essas lideranças
indígenas. Isso pode ser feito Isso inclui o ensino da história desempenham um papel importante na
através de campanhas de indígena de forma precisa e defesa dos direitos e na promoção da
informação, eventos culturais, respeitosa, bem como o cultura indígena, além de serem
palestras, seminários e outros reconhecimento da diversidade agentes de mudança em suas
espaços de diálogo. cultural nas escolas. comunidades.
Santa Catarina possui três etnias indígenas, os Kaingang, os Xokleng e os Guarani,
divididos em várias aldeias, além dos chamados "desaldeados", ou que não vivem mais em
comunidade. No passado, estas três etnias sofreram processos de expulsão de suas
terras, beligerância e violência. Hoje suas comunidades continuam a sofrer com a
intolerância daqueles que não compreendem suas culturas e direitos, ou que
simplesmente lhes negam os direitos de cidadania plenamente assegurados pela
Constituição de 1988.
Movimentos sociais indígenas

Articulação dos Povos Indígenas de Santa Catarina (APIASC): A APIASC é uma organização que reúne
lideranças indígenas de diferentes etnias em Santa Catarina.
Conselho Indigenista Missionário (CIMI): O CIMI é uma entidade ligada à Igreja Católica que atua na defesa
dos direitos dos povos indígenas em todo o país. Em Santa Catarina, o CIMI acompanha as questões indígenas,
denuncia violações de direitos e promove ações de apoio e solidariedade às comunidades indígenas.

Coletivo Indígena Nhemonguetá: O Coletivo Indígena Nhemonguetá é formado por jovens indígenas de
diferentes etnias em Santa Catarina. Eles atuam na promoção da cultura indígena, na valorização da
identidade e no combate ao preconceito.
Movimento Indígena de Resistência Kaingang (MIRAK): O MIRAK é um movimento formado por lideranças
indígenas Kaingang que atua na defesa dos direitos territoriais, na promoção da cultura e na melhoria das
condições de vida das comunidades Kaingang em Santa Catarina. O movimento luta pela demarcação de terras e
pelo reconhecimento dos direitos indígenas.
(...) o assalto se dava ao amanhecer. Primeiro, disparava-se uns
tiros. Depois passava-se o resto no fio do facão (...). O corpo é que nem
bananeira, corta macio. Cortava-se as orelhas, cada par tinha um preço (...). As
vezes para mostrar a gente trazia algumas mulheres e crianças (...). Tinha que
matar todos. Senão algum sobrevivente fazia vingança (...). Quando foram
acabando o governo deixou de pagar a gente (...). Getúlio Vargas já era governo
quando fiz a última batida. (PINHEIRO, 1972, apud SANTOS, 1997, p. 28).
AZEVEDO, Marta e Ricardo, Fany. "Censo 2000 do IBGE revela contingente indígena pouco conhecido". In: Notícias Socioambientais,
publicada no site www.socioambiental.org acessado em 05/07/2023.

SANTOS, Silvio Coelho. Os índios Xokleng: Memória Visual. Florianópolis e Itajaí: EDUFSC e UNIVALI, 1997.

TAUNAY, Affonso de E. Em Santa Catarina Colonial. Capítulo da história do povoamento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1930.

Povos Indígenas de Santa Catarina | Centro Educacional João Custódio Maciel (wordpress.com)

Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação - Santa Catarina (sst.sc.gov.br)

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