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Niterói, 2016
Este presente trabalho tem por objetivo levantar uma discursão sobre a
segregação e a invisibilidade das populações indígenas na atual sociedade brasileira,
fazendo um paralelo desde a sua descoberta pelos autodenominados conquistadores do
território brasileiro até a atualidade, com o objetivo de salientar o agravamento desse
processo nos anos subsequentes. Para tanto, conveio identificar o lugar do índio na
sociedade nacional, na visão do brasileiro, nas ações e omissões de entidades como
escola, mídia, museu, família, igreja, partidos políticos, associações de classe, tribunais,
polícia, monumentos e até nas comemorações que definem o que deve ser lembrado ou
esquecido, para então, discorrer sobre meios de solucionar esse quadro, focando,
sobretudo até onde a valoração dos patrimônios e manifestações culturais indígenas
pelos homens brancos auxiliam a informação e formação de uma nova mentalidade
sobre a cultura indígena brasileira.
Não é necessário dizer que os grupos indígenas atuais não são os mesmos de
mais de 500 anos atrás, visto que diante da realidade da colonização essas populações
foram drasticamente modificadas, evoluindo ante a necessidade de sobrevivência.
Em critérios estabelecidos pelos próprios brancos talvez esses, não fossem mais
considerados tão índio ou suas praticas artísticas perdem autencidade. Pode-se tomar
como exemplo, a discursão sobre a arte produzida pelos índios uaurás, um grupo
indigena que vive na região do parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, que já na
década de 1970 e 1980 demostrava grande prazer em explorar os materiais do homem
branco na feitura de seus Apapaataì e Ierupöhö.
Isso ocorre por que na mentalidade desse homem o índio deve sempre
permanecer como foi. Alguém sem um nome, que não definido em sua identidade.
Alguém sem historia, trajetória ou etnia.
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E foi esse mau direcionamento que acarretou em transformar a figura do índio
em um estereotipo que pouco se relacionam com a atualidade da sociedade brasileira.
Transformou o índio em um incapaz que necessitam da tutela do homem branco. Como
por exemplo, na necessidade de desenvolver um relacionamento com instituições para
que seja possível salvaguardar alguns aspectos de sua arte e cultura.
Posicionam-se a favor quando lutam por seus direitos aos serviços básicos de
educação e saúde e contra, quando lutam para reaver seus territórios, explicitando e
defendendo e suas diferenças culturais.
Considera que apesar de terem tido sua rica identidade cultural e econômica
prejudicada, ainda que para alguns esteja no meio do caminho do que significa ser um
índio ou um branco demonstram uma rara resistência de sua identidade, persistindo sem
jamais abrir mão de seus conceitos de bem viver mesmo em meio à violência e
exploração e inúmeras outras dificuldades.
Desde a primeira agressão a sua cultura religiosa por meio da catequização dos
colonizadores ainda hoje os casos de violência sofridos por índios são recorrentes.
Essas vão da falta de assistência escolar, de saúde, de políticas públicas que impeçam a
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disseminação de bebidas alcoólicas e outras drogas e até tentativas de suicídio, como
aquelas que colocam em risco os atentados contra a vida do sujeito indígena.
Sendo muitas vezes impedidos de entrar no metrô, nos ônibus, nos órgãos
públicos, trajando suas pinturas, suas vestes, seus instrumentos, como se estas
expressões de sua cultura fossem inadequadas.
Parece se tratar de algo muito maior que isso, pois sua presença não incomoda
apenas ao perambular pela cidade vendendo seu artesanato, ou descansar em uma
rodoviária, ou ainda cobrar seus direitos mais básicos, como todo e qualquer brasileiro.
O papel do Museu
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constitucionais dessas populações - que vem ascendendo discursões sobre a necessidade
de uma politica mais inclusiva e de maiores informações da desses indivíduos que
propicie um intercambio saudável com esse cuja existência se relaciona com a historia
de todos os demais brasileiros.
A arte Indígena
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uma espécie de tradicionalismo. Esse pensamento desconsidera que a produção não se
relaciona com do tempo e a dinâmica cultural.
Além disso, é necessário frisar que o aspecto plástico das obras resulta sim, de
relações até mesmo com outros povos, de concepções e inquietações coletivas e
individuais, apesar se valer muito desse ultimo aspecto, ao ser relacionado com a arte
ocidental.
Pode servir como objetos de trocas, isso ocorre desde que os primeiros
portugueses aportaram em terras brasileiras. Na atualidade o comércio com a sociedade
envolvente tem apontado uma alternativa de geração de renda por meio da valorização e
divulgação de sua produção cultural
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Como jah dito anteriormente, o povo uaruas do parque do
Xingu no mato grosso,
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Notas
1. Aikainã
2. zuruahã
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