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CURSO: HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA INDÍGENA, CULTURA AFOR-BRASILEIRA,
DIVERSIDADE ÉTNICOS-RACIAL E ENSINO

PROFESSOR (A): ARYDIMAR VASCONCELOS GAIOSO


POLO: ZÉ DOCA
ALUNOS: CLARICE MARTINS MELO, JEDIELSON, RÍMILLA QUEIROZ,
VALDERÍ VIANA
DATA: 23/07/2022

ATIVIDADE ORIENTADA III

PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE, SOLICITA-SE QUE OS ITENS SEGUINTES


SEJAM IDENTIFICADOS/ ANALISADOS A PARTIR DOS DEBATES DE
CONCEITOS VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-
RACIAIS.:
NOME/ VOLUME DA COLEÇÃO: HISTÓRIA SOCIEDADE E CIDADANIA, 2° ANO/.
2.ED. COLEÇÃO HISTÓRIA E CIDADANIA.
AUTORES: ALFREDO BOULOS JUNIOR
FORMAÇÃO DOS AUTORES: DOUTOR EM EDUCAÇÃO PELA PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
EDITORA: SÃO PAULO: FTD, 2016.
ANO: 2016
NOME DOS CAPÍTULOS E RESUMO DO ASSUNTO ABORDADO
O texto aborda a história e história cultural da África de maneira reduzida até
menor que história dos povos indígenas o capitulo trabalhado é o quatro cujo tema é os
africanos no brasil: dominação e resistência o capitulo não apresenta a cultura africana,
as danças, artes , crenças , costumes ou a culinária, o que é dado enfoque aparecendo
de forma detalhada são as formas e os meios de dominação e escravização, reforçando
falas de que a escravização no continente africano já acontecia antes da chegada dos
europeus uma reafirmação o que está em consenso tanto entre os escritores europeus
quanto os africanos mais não problematiza que ser escravo era uma condição e não era
relativo a cor estava voltado a serem derrotados em guerra, fome, punição judicial e
penhora humana, o que era parecido com a escravidão na Europa, embora tenha
algumas particularidades em relação a direitos como perda da liberdade de forma não
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completa, podiam se casar com pessoas livres, poderiam ascender socialmente, e os


filhos eram livres.
O texto não aborda as origens desses povos culturalmente, socialmente e
politicamente anteriormente a escravidão mais aparece ligeiramente a organização
política e habitacional dos fugitivos escravos dos engenhos de açúcar nordestinos. de
fato à um esquecimento de uma parte da história, a partir do momento que são retirados
de suas terras e trazidos para o brasil boa parte do texto é a descrição do quantitativo de
pessoas foram obrigadas a vir para o brasil em péssimas condições em navios negreiros
passando fome, sede em local apertado e até morrendo durante as viagens exaustivas e
longas. a história omite o passado desenvolvido por esses povos onde tinham
organizações complexas, com várias línguas e dialetos, belíssimas construções e boa
organização política, estudavam a astrologia, crenças, religiões e muito mais. o que
aparece no texto são três imagens das manifestações da cultura banto, tambor de crioula
e manifestação da cultura iorubá sem aparecer um texto que fala sobre cada uma delas o
que é importante ser lembrado porque a repressão para o esquecimento foi, e é imposto a
todo momento.
O texto não fala sobre etnocentrismo, construção das teorias raciais,
maneiras de combater o racismo ou de reconstruir a história, por que a luta por não serem
apagados da história é muito presente, é sempre reforçado a condição de discriminação,
quando se fala dos temas mais atuais reflete a formação dos quilombos as principais
lideranças a morte de zumbi dos palmares e a triste situação dos remanescentes de
quilombos de terem problemas para receberem os títulos de propriedade do estado
brasileiro, povos que lutam para conseguir documentos que comprovem sua ascendência
escrava e seu direito hereditário as terras, enfrentando vários obstáculos como
fazendeiros e grileiros e a própria lentidão do justiça brasileira, sofrerem ainda com a
carência de profissionais com competência para representa-los judicialmente.

A PARTIR DA ANÁLISE DOS TÓPICOS ACIMA, CONSTRUIR UM RELATÓRIO


RESSALTANDO OS PONTOS POSITIVOS, OS PONTOS NEGATIVOS E O QUE
MELHORAR PARA O USO EM SALA DE AULA.

Pontos negativos: A história dos povos africanos aparece de maneira reduzida,


deveria contemplar maior variedade de conteúdos relacionados a cultura africana,
tanto anteriormente como posteriormente a escravidão, e explicitar sua importância
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na construção da história brasileira, trabalhando mais as temáticas voltados para a


atualidade como os movimentos negro que acontecem a todo vapor atualmente,
trabalhar dentro da sala de aula a inclusão e a superação do racismo, como se dá a
inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, nas faculdades, na política, na
moda e em outros espaços que não lhes eram permitido adentrar.

Pontos positivos: A relevância de imagens significativas no texto é importante, para


se refletir o local social de indivíduos negros ocupando diferentes profissões, as 4
imagens no início do texto são de pessoas negras que ocupam lugar de destaque
como no esporte, jornalismo ou na ocupação de cantor, levando tanto o aluno
quanto o professor a questionarem quanto ao reconhecimento social, se a cor
dificultou a se chegar aonde estão agora.

A história das mulheres é muito importante ao mostrar as suas participações na


resistência contra a escravidão, mostrando as diversas estratégias de cultuar suas
culturas camuflando na religião católica, construindo irmandades, e conseguindo
assim comprar suas alforrias com o dinheiro dos festejos. O professor pode
desconstruir a ideia de atraso, que é atribuído tanto os negros quanto aos índios que
são seres humanos que não convivem isoladamente que compartilhar das
tecnologias na qual merecem fazer uso também não apaga suas identidades, e que
estudar, ocupar de lugares de destaque é direito deles também assim como fazer
uso do sistema de saúde de educação e etc.

Foi importante aparecer mesmo que ligeiramente a organização política e


habitacional dos fugitivos escravos dos engenhos de açúcar nordestinos já
desconstruindo a ideia de que era apenas fugitivos desorganizados que os
quilombolas tinham casas, ruas, capelas, grandes construções , oficinas e fundições
produziam peças de cerâmica e de madeira, e que os quilombos não foi uma
situação passageira, durando cerca de 100 anos e com grande quantidade de
pessoas. O texto traz também uma visão desconstruída sobre os descendentes de
escravos o termo utilizado é remanescentes de quilombos que é justamente esses
descendentes que já não são mais escravos mais que continuam a sofrer a
perseguição não pela mão de obra escrava, mais agora pelo espaço que ocupam
que os fazendeiros e grileiros desejavam obter.
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NOME DOS CAPÍTULOS E RESUMO DO ASSUNTO ABORDADO


Em um contexto geral o capitulo um América Indígena aborda brevemente a
variedade dos povos indígenas na América deixando bem claro que cada povo
tinham culturas próprias e variadas destacando os principalmente os incas, maias,
astecas e os tupis que são alguns dos povos indígenas representados, permitindo
mudarmos ideias equivocadas sobre qual cultura é a melhor quem é mais
desenvolvido se é a cultura europeia ou americana, ambos tem seu jeito de viver e
conviver nos seus territórios de origem, e juntamente com a unidade um apresenta
nós e os outros: a questão do etnocentrismo visão de mundo onde o nosso grupo é
tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através de
nossos valores, modelos e definições de existência, uma visão que produz
distorções, preconceitos, agressividades, hostilidades, intolerância e inclusive
xenofobia, onde o diferente foi inferiorizado, reprimido e escravizado devido a
diferenças fenotípicas no caso do restante da população não considerada branca de
sangue europeu onde foi o berço das teorias raciais.

O texto é rico em imagens que aparecem de maneira a compreender melhor o


texto com mapas, com imagens que mostram povos diferentes fazendo suas atividades
diversas e seus utensílios seus ornamentos e pinturas corporais, uma das imagens é do
muralista mexicano Diego Rivera que inovou valorizando a matriz indígena na história do
México numa época em que os livros didáticos de história daquele país só mostravam os
espanhóis como os únicos construtores da nação.
Falando-se do passado apresenta fatos importantes como a parte política, as
construções arquitetônicas, as artes que deixou os espanhóis admirados, com os índios
astecas por serem tão desenvolvidos devido à alta complexidade da sociedade, ao se
pensar o estilo de vida dos povos indígenas atualmente deixou de contemplar mais os
movimentos indígenas e as conquistas alcançadas embora aparece em um pequeno
trecho muito timidamente apontando alguns frutos como a aprovação de várias leis de seu
interesse como o reconhecimento do seu direito a diferença, reconhecimento dos seus
direitos a terras, direito a educação respeitando a utilização de suas línguas maternas e o
processo próprio de aprendizagem, mais a lei nem semp1re cumpre ou os garante a
proteção e os seus direitos garantidos. Atualmente a história dos povos indígenas no
Brasil se reduz a nove páginas dando enfoque a questão demográfica e as dificuldades
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de reconhecimento dos índios aos ter seus direitos as terras, problemas constantes como
invasões as terras que deveriam ser protegidas embora haja crescimento populacional
indígena informados pelos dados fornecidos pelo censo do IBGE de 2010.

A PARTIR DA ANÁLISE DOS TÓPICOS ACIMA, CONSTRUIR UM RELATÓRIO


RESSALTANDO OS PONTOS POSITIVOS, OS PONTOS NEGATIVOS E O QUE
MELHORAR PARA O USO EM SALA DE AULA.

O ponto mais positivo sobre o capítulo intitulado como América Indígena trata da
problematização a respeito da questão do etnocentrismo que é pensada no livro a
partir da relação entre o eu e outro e como em muitos contextos o mundo ocidental
estigmatiza as culturas diferentes ao longo do tempo. São apresentadas imagens
que buscam representar o estranhamento que o diferente, o não conhecido causa
nas pessoas. Logo no final da página sobre a temática do etnocentrismo o autor
coloca uma série de questionamentos que podem ser incorporados pelo professor
em sala de aula para promover uma roda de debate entre os alunos e identificar
atitudes que seriam intolerantes com a diferença como por exemplo frases ou
concepções pré estabelecidas nos alunos que reproduzem um discurso excludente
do outro.

O capítulo tem um outro aspecto importante pois trabalha a perspectiva que os


povos indígenas são diversos o que combate uma ideia genérica que busca
homogeneizar as singularidades que são extremamente plurais mediante etnias que
apresentam territorialidades e especificidades culturais e identitárias que não podem
ser generalizadas como se todos os indígenas fossem iguais.

Um sentido do capítulo que deixa a desejar é a pouca representação de


problemáticas com profundidade sobre a questão indígena nos dias de hoje. Os
povos pré-colombianos são vistos de forma esmiuçada porém ao pensar os povos
indígenas no Brasil na contemporaneidade o livro é bastante limitado sem apontar
as demandas das reivindicações dos indígenas por exemplo sobre a demarcação de
terras e as questões ligadas as políticas de inclusão como cotas ou mesmo o
assunto sobre a lei 11.645 de 2008 que torna obrigatório o ensino de História
Indigena nas escolas brasileiras. O livro trata a história indígena em uma abordagem
que se remete diretamente ao passado sem trazer muitos elementos para se
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vislumbrar a condição de ser indígena no Brasil da atualidade, portanto nesse


sentido para que o professor pudesse desenvolver uma metodologia mais voltada
para um debate que contemplasse a realidade indígena em nossos tempos, já que a
história deve funcionar em uma dialética entre presente e passado, nesse sentido
poderia ser feito um trabalho de pesquisa em equipes sobre os dados da Funai
(Fundação Nacional do Índio) que promove politicas assistenciais aos indígenas no
Brasil assim como os dados mais recentes do IBGE sobre as etnias e as terras
brasileiras que receberam demarcação indígena, porque os estudantes poderão
construir uma linha do tempo entre o passado e os dias de hoje dos povos indígenas
nacionais.
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ENCAMINHAR PARA O E-MAIL – arydimargaioso@professor.uema.br

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