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Portefólio de Literatura

Poemas

Índice:

Introdução
Bibliografia da autora
Análise dos poemas
Fim
Introdução:

O livro que escolhi ler este período foi “Musa” de Sophia de Mello
Breyner Andresen e dentro do mesmo os 10 poemas que decidi analisar
foram os seguintes: Ondas; Roma; Oriente; Tão grande dor; Memória;
Orpheu; Eurydice em Roma; O poeta sábio; Os amigos, e por fim, Tejo.
O motivo desta minha escolha foi o título, que me chamou muito a
atenção e que me despertou bastante interesse na obra.
Bibliografia da Autora:

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no


Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na
Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940,
nos Cadernos de Poesia. Na sequência do seu casamento com o jornalista,
político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em
Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos
infantis. Além da literatura infantil, Sophia escreveu também contos,
artigos, ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante
e, para o francês, alguns poetas portugueses.

Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude


interventiva, tendo denunciado ativamente o regime salazarista e os seus
seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez
parte dos movimentos católicos contra o antigo regime.
Análise dos poemas:

1º poema: Ondas

“ Onde __ ondas __ mais belos cavalos


Do que estas ondas que vós sois
Onde mais bela curva do pescoço
Onde mais longa crina sacudida
Ou impetuoso arfar no mar imenso
Onde tão ébrio amor em vasta praia? ”

Neste poema a autora descreve com um sentimento de admiração


profunda, o mar e os cavalos na praia. As suas formas, as crinas, o arfar…
algumas características da paisagem e do momento. Pelos adjetivos que
usa deu me a entender que gosta das características físicas dos cavalos e
do som das ondas do mar. O poema tem 1 estrofe e 6 versos.
Análise dos poemas:

2º poema: Roma

“ O belo rosto dos deuses impassível e quebrado


A noite-loba rondando nas ruínas
A veemência a musa
Colunas e colinas
O bronze a pedra e o contínuo
Tijolo sobre tijolo
A arte difícil e bela da pintura
A música veemente que assedia a alma
O corpo a corpo do espaço e da escultura
Os múltiplos espelhos do visível
A selvagem e misteriosa paixão de Catilina

As altas naves as enormes colunas


Os enormes palácios as pequenas ruas
A lenta sombra atenta e muito antiga
O sucessivo surgir de fontes e de praças
Vermelho cor-de-rosa muito pressa
Gesticular de gentes e de estátuas
Azáfama clamor e gasolina
Do guarda-sol castanho e penumbra fina ”
Este poema dá-nos uma descrição detalhada da cidade de Roma, da
música, esculturas, colunas… com cores, formas, sons e locas. Tudo o que
tenha uma ligação com a Arte. Quanto á estrutura externa, o poema tem
2 estrofes, 19 versos e a rima é em verso-solto.

Análise dos poemas:

3º poema: Oriente

“ Este lugar amou perdidamente


Quem o cabo rondou do extremo Sul
E a costa indo seguindo para Oriente
Viu as ilhas azuis do mar azul

Viu pérolas safiras e corais


E a grande noite parada e transparente
Viu cidades nações viu passar gente
De leve passo e gestos musicais

Perfumes e tempero descobriu


E danças moduladas por vestidos
Sedosos flutuantes e compridos
E outro nasceu de tudo quanto viu ”

Este poema descreve o Oriente, as especiarias, cheiros, as joias, as


pessoas, música, danças, trajes e da história antiga, quem por lá andou.
Falando da estrutura externa o poema tem 3 estrofes e 12 versos.
Análise dos poemas:

4º poema: Tão grande dor

“ Timor fragilíssimo e distante


«Sândalo flor búfalo montanha
Cantos danças ritos
E a pureza dos gestos ancestrais»

Em frente ao pasmo atento das crianças


Assim contava o poeta Ruy Cinatti
Sentado no chão
Naquela noite em que voltara da viagem

Timor
Dever que não foi cumprido e que por isso dói

Depois vieram notícias desgarradas


Raras e confusas
Violência mortes crueldade
E ano após ano
Ia crescendo sempre a atrocidade ”
Neste poema a dor refere se ao passado, á violência, á invasão, á guerra
que matou pessoas e essa é a dor das pessoas que vivenciaram esse
momento terrível. O poema tem 5 estrofes e 15 versos.

Fim (conclusão):

Nesta obra pudemos encontrar certa familiaridade com a cultura clássica; tratamento assíduo
de mitos, figuras, autores e obras do mundo greco-romano ou constantes alusões e
referências. Na minha opinião a “Musa” não se trata de uma pessoa ou de uma cidade em
concreto mas sim da inspiração, imaginação e admiração da autora.

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