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Direitos humanos- uma

discussão sobre a situação


indígena
Professora Dra. Maria Leidiana Mendes de Oliveira
● “ A cultura é seria um conjunto de itens, regras,
valores, posições etc. previamente dados.”

● Enquanto a “identidade como sendo


simplesmente a percepção de uma continuidade,
de um processo, de um fluxo, em suma uma
memória”.
Para falar em questão indígena é preciso
definir etnicidade.

● “é portanto uma linguagem que usa signos


culturais para falar de segmentos sociais”.
● Estima-se que quando Pedro Alvares Cabral
chegou ao Brasil, em 1500, eles somavam de dois a
cinco milhões de pessoas. Muitos povos
desapareceram;

● Mas nos últimos anos a situação tem se invertido,


com os índios se organizando e tendo contato
com o restante da sociedade brasileira sem
perder as suas identidades culturais.
● De acordo com dados do censo do IBGE (2010)
existem, aproximadamente, 897 mil indígenas.
Entre essas pessoas, cerca de 517 mil vivem em
terras indígenas. Existem hoje 305 etnias e 274
línguas indígenas.
● (57%) dos indígenas brasileiros não falam a língua
indígena Já (77%) deles fala a língua portuguesa.
Porém, entre os indígenas que vivem em terras
indígenas, (57,3%) fala alguma língua indígena e
cerca de (77%) são alfabetizados
O Conselho dos Direitos Humanos
aprovou em 29 de junho de 2006 o
texto da Declaração das Nações Unidas
sobre os Direitos dos Povos Indígenas
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos
Indígenas, diz que:

● Os povos indígenas são iguais a todos os demais povos e


reconhecendo ao mesmo tempo o direito de todos os povos
a serem diferentes, a se considerarem diferentes e a serem
respeitados como tais;

● Todos os povos contribuem para a diversidade e a riqueza


das civilizações e culturas, que constituem patrimônio
comum da humanidade;
● Levando em consideração o fato das injustiças
históricas sofridas pelos povos indígenas, como
resultado, entre outras coisas, da colonização e da
subtração de suas terras, territórios e recursos, o
que lhes tem impedido de exercer, em especial,
seu direito ao desenvolvimento, em conformidade
com suas próprias necessidades e interesses
Artigo 1
● Os indígenas têm direito, a título coletivo ou
individual, ao pleno desfrute de todos os direitos
humanos e liberdades fundamentais reconhecidos
pela Carta das Nações Unidas, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos3 e o direito
internacional dos direitos humanos.
Artigo 3
● Os povos indígenas têm direito à
autodeterminação. Em virtude desse direito
determinam livremente sua condição política e
buscam livremente seu desenvolvimento
econômico, social e cultural
Artigo 5
● Os povos indígenas têm o direito de conservar e
reforçar suas próprias instituições políticas,
jurídicas, econômicas, sociais e culturais,
mantendo ao mesmo tempo seu direito de
participar plenamente, caso o desejem, da vida
política, econômica, social e cultural do Estado
Artigo 9
1. Os povos indígenas têm o direito de revitalizar,
utilizar,desenvolver e transmitir às gerações futuras
suas histórias, idiomas, tradições orais, filosofias,
sistemas de escrita e literaturas, e de atribuir nomes
às suas comunidades, lugares e pessoas e de mantê-
los..
2. Os Estados adotarão medidas eficazes para
garantir a proteção desse direito e também para
assegurar que os povos indígenas possam entender
e ser entendidos em atos políticos, jurídicos e
administrativos, proporcionando para isso, quando
necessário, serviços de interpretação ou outros
meios adequados.
Artigo 9
● Os povos e pessoas indígenas têm o direito de
pertencerem a uma comunidade ou nação
indígena, em conformidade com as tradições e
costumes da comunidade ou nação em questão.
Nenhum tipo de discriminação poderá resultar do
exercício desse direito.
MARCO TEMPORAL DA TERRAS INDÍGENAS
• O Marco Temporal é uma tese que propõe que
sejam reconhecidos aos povos indígenas somente
as terras que estavam ocupadas por eles na data
de promulgação da Constituição Federal – 5 de
outubro de 1988.
• No Brasil, aproximadamente sete mil indígenas
oriundos da Venezuela já foram registrados pelo
ACNUR em diversos estados brasileiros até junho
de 2022. Em sua maioria, são das etnias Warao e
Pemon, seguidos pelas etnias E’ñepá, Kariña e
Wayúu. (ACNUR- Agência da ONU par refugiados.)

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