Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
Introdução ..................................................................................................................... 2
PARTE I ....................................................................................................................... 4
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 4
1. Tema ......................................................................................................................... 4
2. Delimitação do tema ................................................................................................. 4
3. Objecto de estudo ...................................................................................................... 4
4. Justificativas.............................................................................................................. 4
5. Objectivos ................................................................................................................. 5
5.1. Geral ....................................................................................................................... 5
5.2. Específicos ............................................................................................................. 5
6. Problematização ........................................................................................................ 5
7. Hipóteses ................................................................................................................... 6
8. Relevância da pesquisa ............................................................................................. 6
8.1. Na esfera familiar ................................................................................................... 6
8.2. Na esfera comunitária ............................................................................................ 7
8.3. Na esfera do sector do trabalho .............................................................................. 7
9. Metodologia de pesquisa .......................................................................................... 7
PARTE II ...................................................................................................................... 8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 8
1. SIDA ......................................................................................................................... 8
2. Comunidade .............................................................................................................. 9
3. Sector de trabalho ..................................................................................................... 9
4. O impacto da epidemia do SIDA nas famílias .......................................................... 9
5. O impacto da epidemia do SIDA nas comunidades................................................ 10
6. O impacto da epidemia do SIDA no sector do trabalho ......................................... 10
Conclusão.................................................................................................................... 11
Bibliografia ................................................................................................................. 12
2
Introdução
Essas são as inquietações que fizeram com que nascesse esse nosso projecto intitulado
“O Impacto da Epidemia do SIDA nas Famílias, Comunidades e Sector de Trabalho”.
Ele visa, essencialmente, reflectir sobre as consequências que o SIDA traz nessas
convivências humanas partindo no seio familiar indo para a comunidade em geral e nos
1
Sigla inglesa que tem a ver com Human Immunodeficiency Virus
2
É a mesma sigla inglesa, porém traduzida para língua portuguesa significando Vírus da
Imunodeficiência Humana
3
lugares onde o homem se encontra com os outros partilhando a sua experiência para o
benefício de todos os membros da sociedade. É por isso que o presente projecto tem
como objectivo geral reflectir sobre o impacto do SIDA nas famílias, nas comunidades
e no sector de trabalho. Esse objectivo geral será buscado a partir dos seguintes
objectivos específicos: i) Descrever, na sua generalidade, sobre o SIDA; ii) Apresentar
as consequências que o SIDA traz nas comunidades, e iii) Analisar como é que SIDA
pode trazer os impactos para as famílias, as comunidades e o sector de trabalho.
Esses objectivos, para o trabalho que iremos elaborar, serão sempre contextualizados na
nossa dimensão moçambicana, isto é, as respostas não serão buscadas a partir doutro
mundo. Elas surgirão da nossa experiência que colhemos, diariamente, nas nossas
vivências e convivências diárias nas nossas comunidades.
Para esboçarmos com clareza os nossos objectivos, que pelos quais resultarão o trabalho
para a conclusão do curso, conforme nos referimos, achamos por bem estruturarmos o
nosso projecto em duas partes.
PARTE I
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1. Tema
2. Delimitação do tema
3. Objecto de estudo
Objecto, do latim objectus, tem a ver com o acto de lançar a frente, significando, deste
modo, tudo aquilo que está diante do sujeito, a sua frente. Significa, geralmente, toda a
realidade material que está fora do sujeito captado a partir da percepção e capaz de ser
estudado (cf. Japiassú e Marcondes, 2001: 142). Partindo dessa concepção, o nosso
trabalho terá como objecto o impacto da epidemia do SIDA.
4. Justificativas
O tema que nos aventuramos em desenvolver não nasceu do nada. Ele possui os seus
motivos que merecem de ser justificados. De facto, ele surge como uma iniciativa de se
reflectir sobre essa epidemia que desafia a vida do seres humanos na sociedade. A partir
dele, pretendemos encontrar quais devem ser os posicionamentos diante desse problema
5
que muda completamente a vida e o modo de ser e de agir dos seres humanos, quando
ela se torna presente no meio deles. É a partir dele que buscaremos compreender como é
que os seres humanos respondem a esse problema nas suas vivências e convivências na
sociedade, onde há uma construção da intersubjectividade.
5. Objectivos
5.1. Geral
5.2. Específicos
6. Problematização
A partir disso, qual tem sido o impacto (psicológico, emotivo, relacional, afectivo,
social, ou mesmo existencial) nas pessoas que são portadoras dessa epidemia nas
famílias e nas comunidades onde vivem incluindo nos seus sectores de trabalho, onde
estabelecem, diariamente, o contacto directo com outras pessoas? Por outro lado, como
tem sido a “recepção” e o julgamento dos outros no meio social para as pessoas que são
afectadas por essa epidemia (HIV/SIDA), uma vez que elas se encontram no meu social
composto por seres humanos que julgam, subjectivamente, as consequências das
doenças de formas diversificadas?
6
7. Hipóteses
SIDA, embora seja trágico nas suas manifestações e pelas consequências que
traz na pessoa, é uma doença como as outras. Por isso, nenhuma pessoa poderia
ser discriminada ao nível físico, emocional, psicológico e social só pelo facto de
ser portador desse problema;
Todas as pessoas são chamadas a revolucionar a forma de pensar e avaliar os
outros. As pessoas portadoras do SIDA são seres humanos como outras e por
isso mesmo são sujeitas a todo o acompanhamento que uma pessoa “saudável”
possui;
As famílias, as comunidades e os sectores de trabalho são chamados todos a
serem exemplo e o modelo a seguir. Eles devem mobilizar as pessoas a verem
que não deve ser SIDA a estragar as nossas relações humanas, aliás, todos os
portadores de SIDA deveriam se sentir humanizados a partir de todos os
membros da sociedade porque muitos deles sofrem não por causa da doença que
têm, mas sim por causa de falta de acompanhamento, por falta do amor, por falta
de carinho, por falta de amigos, por falta daquele que pode fazer com que a sua
vida tenha sentido, em fim, por falta daquele que pode fazer com que se pense
que a maior dor não é ser portador do SIDA, mas sim por alguém se sentir só no
meio de muita gente.
8. Relevância da pesquisa
O tema que pelo qual nos propomos a desenvolver possui uma enorme importância em
muitas esferas da sociedade. Porém, as mais necessárias que aqui poderíamos apresentar
são três: Esfera familiar, comunitária e no sector do trabalho. É nessas duas esferas que
se enquadra melhor o tema que nos propomos a desenvolver
A nossa pesquisa possui uma relevância na esfera familiar porque é nela onde iremos
sensibilizar que ninguém deve ser afastado da sua família só por causa de contrair o
SIDA. Neste sentido, é a família que pode fazer com que as pessoas superem todas as
7
discriminações sociais que o mundo pode oferecer de várias formas. Portanto, a família
deve constituir o protótipo de tudo de bom que a sociedade pode dar quanto a essa
doença.
É na comunidade onde todos se devem se sentir engajados nessa luta, não somente
contra o SIDA, mas contra toda a discriminação das pessoas que o padecem. De facto, a
comunidade não deve ser um palco onde se devem excluir os outros, mas sim uma casa
comum onde cada um deve sentir a sua pertença. É por isso que dizemos que a nossa
pesquisa possui uma relevância na esfera comunitária porque a partir dele pretendemos
consciencializar as comunidades para que vejam o SIDA como um problema que pode
ser combatido por todos e não somente por aqueles que dele padecem.
9. Metodologia de pesquisa
Para elaboração do trabalho, será utilizado o método hermenêutico textual, que vai
consistir na leitura e interpretação de textos. Também vai se apoiar na técnica de
consultas bibliográficas a partir do material já publicado e que possui um carácter
científico.
8
PARTE II
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir desta parte, o nosso objectivo geral é o de fazer uma abordagem parcial dos
principais conceitos que corporizam o tema que havemos de desenvolver. Esses
conceitos são os seguintes: SIDA, Comunidade e Sector do trabalho. Por seu lado,
terminamos o capítulo apresentando, igualmente, os impactos que o SIDA pode trazer
na família, na comunidade e no sector do trabalho.
1. SIDA
Existem várias teorias que defendem sobre SIDA e, por isso, ele possui várias
definições. Mesmo com essa pluralidade, o SIDA não deixa de ser um acrónimo que, ao
traduzirmos as suas letras inicias, podemos ter o seguinte significado: Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida. Isto significa que SIDA, em si, não é uma doença, mas sim
um conjunto de doenças que nós adquirimos e enfraquecem o nosso sistema
imunológico, aquele sistema que tem a função de defender o nosso organismo das
doenças (cf. PIKE, 1993: 5).
Por outro lado, quando dizemos que SIDA é uma doença adquirida significa que ela é
provocada. Por quem? Por um vírus chamado HIV (Human Immunodeficiency Virus).
Por questões linguísticas, esse vírus é também abreviado por VIH (Vírus da
Imunodeficiência Humana). Portanto, o HIV, conforme salientamos, é um vírus que
ataca e destrói, parcial ou totalmente, o nosso sistema imunitário do nosso organismo,
isto é, destrói os mecanismos de defesa que nos protegem das doenças (cf. ROBERTS e
EMERY, 1996: 10).
SIDA é uma doença transmissível. Neste sentido, existem várias formas que ele pode
ser transmitido de uma pessoa para outra. Dentre várias formas que ele pode ser
transmitido, as principais são as seguintes: transmissão sexual; transmissão sanguínea e
transmissão vertical (da mãe para o filho, durante a gestação, parto ou por aleitamento.
Portanto, o vírus VIH encontra-se principalmente no sangue, no esperma, no líquido
pré-ejaculatório e nas secreções vaginais de pessoas infectadas. Assim, a transmissão do
vírus só pode ocorrer se estes fluidos corporais entrarem directamente em contacto com
o corpo de uma pessoa, pela via sexual e/ou sanguínea (cf. PIKE, 1993: 34).
9
2. Comunidade
3. Sector de trabalho
Esse trabalho pode ser manual ou intelectual. Manual quando ele é mais físico, quando
se utiliza mais a energia física da pessoa a fim de modificar o ambiente natural e obter
alimentos para a sua própria sobrevivência. É, pelo contrário, intelectual quando se
utiliza mais a capacidade mental para desenvolver algumas actividades que pelas quais
o homem consegue também suprimir as suas necessidades. Entretanto, o sector do
trabalho é necessário porque é a partir dele que o homem consegue, não somente
afirmar a sua essência humana, mas também afirma a sua especificidade dos outros
animais (cf. FOUCOULT, 2000: 343).
O HIV/SIDA é uma doença que atinge também a família, tanto rica ou pobre, tanto rural
ou urbana. Porém, quem sofre mais as consequências é a família pobre ou rural do que
urbana. Quando o problema do SIDA atinge às famílias pobres as consequências são
mais drásticas. Eles têm que suportar o desaparecimento de membros activos na
10
O sector do trabalho é a outra esfera que não escapa dos impactos da epidemia do SIDA,
visto que ele é composto por homens e não de animais irracionais. São os homens que
são sujeitos à epidemia do SIDA. Mas quais tem sido os impactos desse problema para
esse sector? Tal como noutros, o sector do trabalho fica com muitos impactos devido a
essa problemática.
Entretanto, o SIDA quando atinge o sector do trabalho, este perde o pessoal capacitado
e bem preparado para levar acabo os objectivos do trabalho. Isso não acontece somente
em Moçambique, mas em todo o mundo e em todo o lugar onde se encontra o homem.
Além disso, esse problema faz com que haja o absentismo dos trabalhadores, visto que
muitos passam a assumir responsabilidades que comprometem o seu trabalho social. O
aumento dos custos de recrutamento e formação é outra consequência que se pode notar
no sector do trabalho como impacto do SIDA.
Por outro lado, aumento da rotação laboral, a produtividade é afectada durante o tempo
necessário para substituir os trabalhadores, especialmente os trabalhadores mais
experientes ou mais qualificados, além da baixa produtividade dos novos trabalhadores.
Esses impactos fazem com que em Moçambique se note a existência de poucos quadros,
poucos professores, poucos enfermeiros, porque esse problema dizimou a vida de
muitos trabalhadores no país.
11
Conclusão
Entretanto, ao longo dos últimos trinta anos, o HIV/SIDA tornou-se um fenómeno cada
vez mais mundial. Nos países mais gravemente atingidos pela pandemia, a morbilidade
e a mortalidade cresceram e prevê-se que vão continuar a subir. O facto de a
morbilidade e a mortalidade aumentarem não só significa que o HIV/SIDA está a
modificar a estrutura demográfica dos agregados familiares como também que ele
atinge gravemente o bem-estar socioeconómico dos agregados familiares e das
comunidades. Investigações efectuadas sobretudo nos anos noventa mostraram que o
HIV/SIDA tem um efeito negativo nas pequenas explorações agrícolas e por
conseguinte, na vida dos agregados familiares rurais. Só por este motivo já não é
necessário prestar atenção ao nível das políticas. Os efeitos socioeconómicos são
duramente sentidos pelos indivíduos, pelos agregados familiares e pelas comunidades,
os quais recebem pouco apoio ou mesmo nenhum da comunidade encarregada das
mudanças tecnológicas e dos estrategas políticos.
Bibliografia
COSTA, J., Almeida e MELO, Sampaio. Dicionário da Língua Portuguesa. 7.a ed.
Portugal, porto editora, 1997.
PIKE, E. C. We are all living with AIDS: How you can set policies and guidelines for
the work place. EUA, Minneapolis, Fairview Press, 1993.