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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: A Socialização dos Grupos no Período da Pandemia

Estudante: Hermínio Pedro Muavano

Código: 708224951

Curso: Administração Pública

Cadeira: História das Sociedades I

Ano 1º

Nampula, Junho de 2022


1. Folha de Feedback

Classificação
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtota
máxima tutor l
 Capa 0.5
Aspectos  Índice 0.5
Estrutura organizacionais  Introdução 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliográficas 0.5
Conteúdo Introdução  Contextualização (Indicação 1.0
clara do problema)
 Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologias adequadas ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do 2.0
discurso académico
(expressão escrita cuidada
Análise e coerência/coesão textual
discussão  Revisão Bibliográfica 2.0
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0


Formatação  Paginação, tipo e tamanho de 1.0
Aspectos letra, paragrafa, espaçamento
Gerais entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0
Referencias edição em citações/ referências
citações e bibliográficas
Bibliografia

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4

2. A Socialização dos Grupos no Período da Pandemia .............................................................. 5

2.1. Como se proteger da covid-19 no ambiente de trabalho (2019-2021) ............................. 7

3. Conclusão .............................................................................................................................. 10

4. Referência bibliográfica ........................................................................................................ 11

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1. Introdução

O presente trabalho inerente a disciplina de História da Sociedade, que tem como objectivo
debruçar entorno de a socialização dos grupos no período da pandemia: como se proteger da
covid-19 no ambiente de trabalho (2019-2021). Visto que ao longo das últimas duas décadas, o
mundo tem assistido a uma série de surtos de doenças infecciosas, que demostram uma elevada
velocidade de transmissão. Actualmente, a preocupação é crescente com o aumento contínuo das
infeções COIVID-19 em algumas partes do mundo e a capacidade de sustentar os seus níveis de
declínio noutras partes. Governos, empregadores, trabalhadores e suas organizações enfrentam
desafios no combate à pandemia de COVID-19 e para proteger a segurança e a saúde no
trabalho. Para além da crise, existem também preocupações em retomar a atividade de uma
forma que mantenha os progressos realizados na supressão da transmissão. Este relatório destaca
os riscos de segurança e saúde no trabalho (SST) decorrentes da propagação da COVID-19.
Explora também medidas para prevenir e controlar o risco de contágio, riscos psicossociais,
riscos ergonómicos e outros riscos de segurança e saúde no trabalho associados à pandemia.

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2. A SOCIALIZAÇÃO DOS GRUPOS NO PERÍODO DA PANDEMIA

No início de 2020, surgiram notícias de que a Covid-19 se espalhava pelo mundo. As primeiras
reacções não indicavam que o problema poderia chegar a nos atingir gravemente, como já
circulava o conhecimento das consequências graves nos países que foram os primeiros atingidos.

A nós, restavam até este início de ano, outros acontecimentos igualmente dramáticos no plano
social, sanitário, ambiental, da segurança pública, que aparecem de forma corriqueira na mídia
nacional. A Organização Mundial da Saúde identificou então que se tratava de uma pandemia.
Esta e outras palavras não faziam parte do nosso vocabulário, acostumado com termos
relacionados às injustiças sociais, à corrupção, à violência doméstica, ao racismo, dentre outros
já tão banalizados, por integrarem narrativas sociais quotidianas.

No final do mês de março de 2020, as autoridades sanitárias brasileiras, diante da falta de


tratamento para a doença e para não impactar e comprometer o precário sistema de saúde,
passaram a adotar, paulatinamente, o distanciamento social, o que se deu de maneira não
uniforme nos municípios, estados e regiões do país. Entretanto, de forma geral, muitas escolas,
igrejas, lojas, teatros, estádios de futebol foram fechadas, e isso também aconteceu aqui, em
nosso Estado.

A grande maioria de membros, servidores e estagiários passaram a fazer tarefas relacionadas às


suas atividades funcionais, a partir de suas casas, onde foram autorizados e orientados a
permanecer. E nossa vida “normal” teve que ceder para uma normalidade diferente da que
estávamos acostumados. Novas palavras começaram a fazer parte desta nova situação:
distanciamento, isolamento social, lockdown, coronavírus, ventiladores pulmonares, intubação,
pandemia, máscaras n95, e outras tantas.

Hábitos tiveram de ser rapidamente modificados para que o trabalho, a educação e o


convívio familiar pudessem continuar de uma forma diferente do “normal”, representando “o
novo
normal”. No país, como aconteceu em todo o mundo, muitos perderam seus empregos, jornadas
de trabalho foram reduzidas ou suspensas, e, nesse quadro social, econômico e sanitário muito
difícil, o Ministério Público do Paraná tem precisado se reinventar, e ainda deverá ter que fazer
muito mais.

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A saúde e a preservação da vida da população se mostraram como os interesses mais prevalentes
e que deveriam por todos e também pelas autoridades públicas, ser colocadas acima de qualquer
coisa. O cuidado com os grupos de maior risco se somou à solidariedade dos amigos, dos
vizinhos, familiares, e, principalmente, daqueles que trabalham com a saúde, médicos,
enfermeiros e auxiliares de hospitais. Todos tiveram que reorganizar suas vidas e atividades para
colaborar, na
medida do possível, com a colectividade atingida. Apareceram de forma mais evidente a
solidariedade social, as cotizações para assistência social, o amor ao próximo, o cuidado e a
vigilância de muitos.

No início, algumas cidades, principalmente as maiores, ficaram bem vazias, sem carros, sem
pessoas, inclusive sem poluição, até nossos rios melhoraram sua qualidade, mas nós estávamos
temerosos com o avanço da doença desconhecida e muito agressiva, provocando dezenas de
mortes e tristeza.

Depois, a paisagem urbana foi mudando, num retorno apressado das atividades
comerciais, quando apareceram as máscaras no ambiente público. Ao lado disso se
intensificaram as regras sanitárias, desde o início da pandemia, com orientações intensas de
“lavar as mãos”, “usar
álcool gel”, proceder a cuidados de higiene ao voltar para casa, comprar e consumir alimentos.
Apesar do esforço da comunidade científica internacional, ainda não se vislumbra uma
vacina que possa, rapidamente, debelar o novo coronavírus e devolver a todos a vida e a
liberdade
de antes da pandemia.

No mundo inteiro, os casos da Covid-19 ainda são muito preocupantes, com


muitos lugares alternando queda e ascensão dos casos, mas, no final do mês de maio, passou a
ocupar o epicentro da pandemia, com um número alarmante de infectados e milhares de mortes.
São evidências ainda negadas por uma parcela da população, que não aceita esta dura e difícil
realidade.

Foi nesse quadro de excesso de narrativas tristes, de uma mudança radical em nosso modo de
viver, e pela observação daqueles que mostram dificuldade em reconhecer o que está
acontecendo

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de verdade, enquanto outros enfrentam momentos de grande aflição e incertezas, que foi pensado
o concurso de redação no MPPR. Dezenas de textos foram redigidos pelos estagiários de ensino
médio, graduação e pós-graduação, as quais representam reflexões importantes para pensar este
momento ímpar na experiência de todos nós, e que pode ser uma oportunidade de mudança de
hábitos, de exercício da resiliência, de valorização da saúde, dos laços familiares e de amizade,
bem como do aperfeiçoamento do trabalho, resinificarão da solidariedade e abandono de práticas
opressivas no meio social.

Medidas como o confinamento e consequente encerramento de estabelecimentos comerciais,


as restrições de viagens, o encerramento de escolas e outras medidas de contenção tiveram
impactos súbitos e drásticos nos trabalhadores e trabalhadoras e nas empresas (OIT, 2020l).
Muitas vezes, as primeiras pessoas a perder o emprego são aquelas cujo emprego já era precário,
como, por exemplo, vendedores/as, empregados/as de mesa, pessoal de cozinha, pessoas que
carregam bagagens e dos serviços de limpeza. Num mundo onde apenas uma em cada cinco
pessoas reúne condições para aceder ao subsídio de desemprego, os despedimentos significam
uma catástrofe para milhões de famílias (OIT, 2017). Trabalhadores e trabalhadoras da economia
informal, que representam cerca de 61% da força de trabalho internacional, são particularmente
vulneráveis durante uma pandemia, uma vez que já enfrentam riscos mais elevados para a sua
segurança e saúde e carecem de protecção suficiente. Ao trabalharem sem direito a medidas de
protecção social, como a baixa por doença ou o subsídio de desemprego, este grupo pode ter
de fazer uma escolha entre a saúde e a obtenção de rendimentos, o que representa um risco
tanto para a sua saúde como para a saúde de outas pessoas, bem como, para o seu bem-estar
económico (OIT 2020g).

2.1.Como se proteger da covid-19 no ambiente de trabalho (2019-2021)

Os agentes patogénicos infeciosos variam significativamente em termos de gravidade, taxa de


letalidade, processo de transmissão, diagnóstico, tratamento e gestão.

Ao dispor de um plano abrangente de preparação da resposta de emergência no


local de trabalho, elaborado para fazer face a situações de crise de saúde e epidemias,
os locais de trabalho podem estar mais bem preparados para desenvolver uma resposta
rápida, coordenada e eficaz, adaptando as medidas à situação específica de emergência
que a empresa enfrenta.

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Será necessário um acompanhamento contínuo das condições de SST e uma avaliação
adequada dos riscos para garantir que as medidas de controlo relacionadas com o risco
de contágio sejam adaptadas aos processos, condições de trabalho e características
específicas da mão de obra durante o período crítico de contágio e posteriormente, de modo
a evitar recidivas.

Uma série de disposições na Convenção (N.º 155) e na sua Recomendação apresentam medidas
de prevenção e proteção da segurança e da saúde para mitigar os efeitos negativos das
pandemias, como a COVID-19 no mundo do trabalho. Seguem-se algumas dessas disposições:

Os empregadores deverão ser obrigados a assegurar, na medida do possível, que os locais


de trabalho, máquinas, equipamentos e processos sob o seu controlo sejam seguros e não
apresentem riscos para a saúde, bem como tomar as medidas de proteção adequadas para as
substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos presentes de forma a não constituírem perigo
para a saúde. Os empregadores têm a obrigação de fornecer, sempre que necessário, vestuário e
equipamentos de protecção adequados para prevenir, na medida em que seja razoavelmente
praticável, o risco de acidentes ou de efeitos adversos para a saúde (C. 155, art16.º).

Esse vestuário e equipamentos de protecção devem ser fornecidos, sem qualquer custo para o
trabalhador (R. 164, Ponto 10(e).

Os empregadores têm a obrigação de implementar, sempre que necessário, medidas para fazer
face a situações de emergência e acidentes, incluindo dispositivos adequados de primeiros
socorros (C. 155, art. 18.º). Os empregadores devem igualmente assegurar que os trabalhadores
e os seus representantes sejam consultados, informados e tenham acesso a formação em SST
relacionados com o seu trabalho (C. 155, art. 19.º).

Os trabalhadores e os seus representantes têm o direito de receber informações e formação


adequadas sobre SST. Devem também estar habilitados para investigar - e a ser consultados
pelo empregador – sobre todos os aspetos da SST associados ao seu trabalho. Os trabalhadores
têm também o direito de se retirarem de uma situação de trabalho desde que tenham uma
justificação razoável e caso represente um perigo grave e iminente para a sua vida ou saúde, sem
consequências (C. 155, art.13.º). Nesses casos, os trabalhadores devem comunicar estas situações
ao seu superior hierárquico e enquanto a entidade empregadora não adoptar medidas correctivas,

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o empregador não pode exigir que os trabalhadores regressem ao trabalho desde que continue a
existir perigo grave e iminente para a vida ou para a saúde (C. 155, art. 19.º, n.º 19.º).

Os trabalhadores e os seus representantes devem cooperar com o empregador no domínio da


SST (C. 155, art. 19.º). Deverão ser tomados cuidados com a sua própria segurança e a de outras
pessoas que possam ser afectadas pelos seus actos ou omissões no trabalho; cumprir as
instruções dadas para a sua própria segurança e saúde e as de outras pessoas; usar dispositivos de
segurança e equipamento de protecção correctamente e não os danificar; e informar
imediatamente o seu superior hierárquico de qualquer situação, sempre que existam razões para
crer, que a mesma representa um perigo e que não possa ser corrigida; reportar qualquer acidente
ou dano de saúde originado no decurso ou no âmbito do trabalho (R. 164, Para.16).

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3. Conclusão

Chegando ao fim do presente trabalho, e de salientar que para, um desafio como o colocado pela
pandemia COVID-19 só pode ser ultrapassado se houver uma resposta global e coordenada e
uma forte cooperação a todos os níveis, como nunca se verificou antes, entre governos, parceiros
sociais, associações, organizações internacionais, instituições económicas e financeiras. Muitos
factores têm de ser conjugados para mitigar o impacto desta crise de saúde no mundo do
trabalho, e a segurança e saúde no trabalho, continua a ser um factor fundamental para proteger a
saúde dos trabalhadores, sobretudo perante uma ameaça generalizada de saúde.

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4. Referência bibliográfica

As sociation Inter nationale des Technologis tes Biomédicaux (ASSITEB – BIORIF). 2020.
Guide “Bonnes Pratiques au Laboratoire face au risque de Covid-19’’. France : ASSITEB –
BIORIF.

Brooks, S.K. et al.( 2020). “The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid
review of the evidence.” The Lancet, 395 (10227), 912.

Organização Internacional do Trabalho 2020 Primeira edição (2020)

Thomson, Rachel, J. Holland (2015) Critical Moments? The Importance of Timing in Young
People’s Narratives of Transition. In: Wyn J., Cahill H. (eds) Handbook of Children and
Youth Studies. Springer, Singapore.

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