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Estrutura organizacion
ais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA Rigor e coerência
s 6ª edição em das
4.0
Bibliográfi citações e citações/referências
cas bibliografia bibliográficas
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12
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INTRODUÇÃO
A violência baseada no género (VBG) é um problema mundial e constitui uma das
principais barreiras contra a humanidade e contra o seu empenho de construção de um
mundo de harmonia, amor, de fraternidade e respeito pela igualdade de direitos entre
homens e mulheres. Em vários países tem emergido um grande movimento de tomada
de medidas de acção para prevenir e combater este fenómeno levando a sociedade à
consciencialização cada vez mais crescente, sobre a gravidade do fenómeno da
violência, sobretudo contra a mulher, em relação à necessidade de convivência pacífica,
na justiça social e na equidade (Higa, Adca & Reis, 2008).
Metodologia
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1. VIOLÊNCIA BASEADA NO GÉNERO: Um olhar para as causas e
estratégias de prevenção e combate
1.1.1. Violência
De acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS (2002), a violência é tida no
geral como o uso intencional da força física ou do poder real ou ameaça, contra sí
próprio, contra outra pessoa, contra um grupo ou uma comunidade, que resulte numa
lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou então que dê a
possibilidade para que isso aconteça. De acordo com esta fonte, tal acção constitui um
problema individual, mas social e tem implicações directas na saúde, tais como traumas
físicos, distúrbios mentais, emocionais, espirituais.
Por outro lado, a Declaração das Nações Unidas sobre a Violência Contra a Mulher
(1949), enfatiza que a violência constitui “todo e qualquer acto embaçado numa
situação de género, na vida pública ou privada, tenha um dano de natureza física,
sexual ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou a privação arbitrária da
liberdade”.
Por seu turno, Machado e Gonçalves (2003) consideram-se que violência é qualquer
acto, conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade,
sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos, de modo directo ou indirecto
(ameaças, enganos, coacção ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa quer
desconhecido ou que habite no mesmo agregado doméstico privado (crianças, jovens,
mulheres adultas, homens adultos ou idosos).
1.1.2. Género
De acordo com Lourenço (2011) o conceito de género começou a ser usado entre as
décadas de 70 e 80 por estudiosas feministas, para contribuir com um melhor
entendimento do que representa ser homem e ser mulher em uma determinada sociedade
e em um determinado momento histórico. Assim, segundo este autor, o género é um
conceito criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no
raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser
homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Isto significa que no género, homens e
mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.
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Por sua vez, Guedes (1995) afirma que o género é a construção social das diferenças
entre homens e mulheres. As diferenças de género são definidas por pressupostos
socialmente atribuídos, e não por diferenças determinadas biologicamente entre homens
e mulheres. O género inclui a masculinidade (papéis masculinos) e a feminilidade
(papéis femininos).
Por fim, Scott (1995) entende que o género é um elemento constitutivo das relações
sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, ou seja, o género é uma forma
primária de dar significado às relações de poder.”
Analisando as definições acima apresentadas podemos reter que muitas vezes o termo
género é erroneamente utilizado em referência ao sexo biológico. Por isso, é importante
enfatizar que o género diz respeito aos aspectos sociais atribuídos ao sexo, ou seja, o
género está vinculado a construções sociais, não a características naturais. O género,
portanto, se refere a tudo aquilo que foi definido ao longo tempo e que a nossa
sociedade entende como o papel, função ou comportamento esperado de alguém com
base em seu sexo biológico.
Nesta perspectiva o Fórum Mulher (2007) define a VBG como sendo todo o acto
perpetrado contra um individuo que causa, ou que seja capaz de causar danos físicos,
sexuais, psicológicos e outros, incluindo a ameaça de tais actos, a imposição de
restrições ou a privação arbitrária das liberdades fundamentais na vida privada e
pública.
Num outro desenvolvimento, o Fórum Mulher (2007) refere que a VBG é mais
frequente em mulheres como vitimas, e geralmente acontece dentro do lar, e o agressor
ser, geralmente, alguém que já manteve, ou ainda mantém, uma relação íntima com a
vítima. Esta pode ser caracterizada de diversos modos, desde as marcas visíveis no
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corpo, até às formas mais subtis, tais como, a violência psicológica, que traz danos
significativos à estrutura emocional da mulher
Portanto, ainda não existe uma explicação única para as causas da violência contra a
mulher. Contudo, o Fórum Mulher (2007) entende que algumas das causas que têm sido
frequentemente apontadas, justificando a ocorrência de vários tipos de VBG são:
Portanto, olhando para as possíveis causas da VBG acima alistadas podemos concluir
que a dominância dos valores patriarcais, em que o homem é considerado superior à
mulher, quer dentro da família, quer na sociedade em geral e as práticas culturais
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constituem as principais causas da violência contra as mulheres e raparigas. Para além
disso, por outro lado, o agravamento das condições económicas das famílias também
são um factor adicional que pode estar a contribuir para o aumento da VBG, sobretudo
contra as mulheres e raparigas.
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um dano à saúde psicológica, ao desenvolvimento integral ou a sua
autodeterminação.
d) A violência económica/patrimonial – consiste em controlar a renda de alguém
ou impedir que alguém tenha acesso a recursos, recusar-se a compartilhar a
renda ou aos meios necessários para satisfazer necessidades básicas, tais como
alimentos, roupa, habitação, etc.
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Promover o empoderamento económico, social e político de mulheres e
raparigas, incluindo o apoio a programas de capacitação económica e meios de
subsistência, protecção social e redes de segurança que apoiam mulheres e
raparigas no acesso à educação segura e equitativa para meninos e meninas. Isso
também inclui a promoção da liderança e a participação significativa de
mulheres e raparigas em todos os níveis de tomada de decisão, onde ainda
permanecem visivelmente ausentes;
Apoiar e expandir políticas, programas e estratégias que promovam a igualdade
de género nas normas, atitudes e comportamentos sociais e que abordem as
causas profundas da violência. É fundamental envolver homens, meninos,
líderes comunitários e outros membros da comunidade para desafiar e
transformar as normas, práticas e crenças patriarcais que justificam a violência
contra as mulheres;
Aumentar o financiamento, o apoio e o espaço para organizações que promovem
os direitos das mulheres e meninas e igualdade de género, especialmente
organizações locais lideradas por mulheres e de direitos das mulheres que estão
na linha de frente da acção contra a VBG;
Garantir que os processos de planificação e orçamento público e os sistemas
financeiros públicos integrem os princípios de igualdade de género e análise de
género, e certifique-se de que recursos públicos adequados sejam alocados para
a prevenção da VBG, mitigação de risco e resposta;
Ao nível de políticas públicas e da legislação, é necessário assegurar que sejam
criadas condições para a sua implementação efectiva, fazendo com que elas
sejam, de facto, um factor dissuasor da violência contra as mulheres e raparigas.
Adicionalmente, é necessário prosseguir com os esforços para influenciar a
melhoria e harmonização das políticas públicas e da legislação, incorporando
todas as formas de violência contra as mulheres e as raparigas e harmonizando
conceitos. Para além disto, é necessário envidar esforços para promover um
maior acesso à justiça, ainda limitado pelas distâncias e pela qualidade dos
serviços disponíveis.
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valores baseados na igualdade de género, em relações de respeito mútuo, sem violência.
Sendo Moçambique um país com várias realidades socio-culturais e religiosas,
estratégias diferenciadas por zonas culturais do País, bem como por valores das
diferentes religiões, podem revelar-se mais eficazes, adaptando as mensagens aos
grupos-alvo das acções de educação e consciencialização.
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CONCLUSÃO
“Violência Baseada no Género: causas e estratégias de prevenção e combate” foi o
tema abordado ao longo do presente trabalho, do qual, em jeito de conclusão tecemos as
seguintes considerações finais:
Género é o termo utilizado para designar a construção social do sexo biológico. Este
conceito faz uma distinção entre a dimensão biológica e associada à natureza (sexo) da
dimensão social e associada à cultura (género). Apesar das sociedades definirem as
pessoas como homens ou mulheres desde seu nascimento, com base em suas
características físicas do corpo (genitálias), as ciências sociais argumentam que género
se refere à organização social da relação entre os sexos e expressa que homens e
mulheres são produtos do contexto social e histórico e não resultado da anatomia de
seus corpos
Não existe uma explicação acabada sobre as causas da VBG, no entanto, o ciúme e a
suspeita de infidelidade conjugal, em parte, constituem grandes factores de risco para a
ocorrência de comportamento de violência física contra a mulher, sobretudo, nos
diferentes meios de convivência. As origens da violência situam-se na estrutura social e
no complexo conjunto de valores, tradições, costumes hábitos e crenças que estão
intimamente ligados à desigualdade sexual, onde a vítima da violência é quase sempre a
mulher e o agressor, quase sempre o homem, servindo-se das estruturas da sociedade de
confirmação desta desigualdade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fórum Mulher, (2007). A violência doméstica é uma violação dos direitos humanos das
mulheres. Anteprojecto de lei contra a violência doméstica. Maputo. Recuperado em:
https://scholar.google.com
Higa, C.,Adca, W & Reis, B. (2008). Violência doméstica contra a mulher e suas
consequências psicológicas, Salvador: Atlas.
Machado, C., Matos, M., & Moreira, A. I. (2003). Violência nas relações amorosas:
Comportamentos e atitudes na população universitária.
Scott, J. (1995). Género: uma categoria útil de análise histórica. Porto Alegre: Rev
Educação & Realidade, vol. 20, nº 2, jul./dez. pp. 71-99.
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