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Docente:
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
Exploração dos
2.5
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha de Feedback dos tutores:
______________________________________________
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.2. Objectivos............................................................................................................................4
1.3. Metodologia.........................................................................................................................4
2. Vontade e liberdade................................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
1. Introdução
3
1.2. Objectivos
1.3. Metodologia
A elaboração do presente trabalho baseia-se em uma revisão bibliográfica com base na
literatura técnica, nacional e internacional, na busca de informações em diversas páginas
da Internet e na experiência prática da autora.
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2. Vontade e liberdade
No pensamento de Rousseau, o homem, no seu processo de desenvolvimento, passa por
estágios que vão do mais primitivo, quando a associação entre os indivíduos se dá pela
necessidade imediata de busca da sobrevivência, por exemplo, a caça de um grande
animal; passa por uma agregação mais permanente quando já se conhece a divisão do
trabalho; e atinge um estágio de mais acentuada divisão do trabalho e da propriedade,
trazendo com ele as várias formas de desigualdades sociais, condição que não é legítima
do ponto de vista natural, pois desigualdade e injustiça não são condições naturais do
homem. O autor parte do princípio de que o homem em seu estado natural nasce bom e
livre e é dominado por impulsos egoístas, vivendo uma liberdade natural, só conhecendo
limites nas suas forças. Portanto, força e liberdade são condições naturais do homem no
estado de natureza. O homem nascendo livre, só a ele pertence à liberdade. "Renunciar à
liberdade é renunciar à qualidade de homem" (Rousseau, 1978: 25).
Rosenfield (1983) considera a liberdade como processo de saída de si, que na cisão
própria de seu movimento reflexivo de exteriorização, perfaz o movimento inverso, a volta
a si, para empreender novamente.
Todo povo reunido é comparado a um corpo, e nenhum corpo ataca a si mesmo. Nesse
ponto, Rousseau propõe que o povo e o soberano procurem ajudar-se mutuamente,
considerando o interesse das partes. Os próprios homens devem procurar reunir-se em
dupla relação e dela obter todas as vantagens. Rousseau explica que, mesmo o soberano,
tendo seu corpo formado pelo particular, não pode ter interesses contrários a este. Assim
também, a potência
soberana não tem nenhuma necessidade de garantia face dos súditos, como é impossível
que o corpo deseje prejudicar a todos os seus membros e não prejudicar o particular.
Porque o soberano sempre vai ser o que ele deve ser. Os súditos, embora relativamente
não tenham nenhuma obrigação com o soberano, mas têm o interesse comum e devem
responder seu compromisso se houver os meios de assegurar sua fidelidade.
Cada indivíduo, pode como homem, ter uma vontade particular contrária
ou dessemelhante à vontade geral, que tem como cidadão: seu interesse
particular pode ser muito diverso do interesse comum; sua existência
absoluta, e naturalmente independente, pode fazer com que considere o
que deve a causa comum como uma contribuição gratuita, cuja perda seria
menos prejudicial aos outros que o pagamento haveria de ser oneroso para
ele; e olhando a pessoa moral que constitui o Estado como um ser de
razão porque não é um homem, gozaria de direitos do cidadão sem querer
cumprir os deveres dos súditos, injustiça cujo progresso causaria a ruína
do corpo político. (Rousseau, 1981:30)
O pacto social é um compromisso único que tem força para todos, se cumprida a vontade
geral. Quem deseja se excluir desse contexto, não terá espaço no corpo como um todo, e a
isso será obrigado por todo o corpo. Essa é a condição do cidadão ter liberdade, de ser
patriota e de ter uma dependência pessoal. Condição essa que constitui o artifício e o fogo
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da máquina política
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que o autor nomeia de legitimidade e de compromisso civil. Para ele, sem esses conceitos,
o homem abusaria da ação do homem.
A ideia de liberdade em Nogenha pode ser entendida – como consta da sua obra Filosofia
Africana: das Independências às Liberdade (1993), – como um pensamento associado à
condição histórica do africano. Nogenha sustenta que os esforços que começaram na
segunda metade do Século XIX, quer eles se chamem pan-africanismo, etnofilosofia,
filosofia crítica, negritude ou hermenêutica, se afiguram movimentos que vivem do
espírito e tendem para a mesma realidade: a liberdade do africano, condição da sua
historicidade (Buanaissa, 2016).
Ngoenha (2014) indica que dos muitos caminhos possíveis para o alcance dessa liberdade,
um dos mais credíveis seria o cultivo real do espírito de solidariedade entre as gentes e
povos, já não unicamente na relação Norte-Sul, mas acima de tudo, no interior das
próprias culturas, em que as populações poderiam ser galvanizadas pela partilha de bens, e
por isso, pela intercultura. Associado a isso, é importante que a as ciências sociais e
humanas, nos exemplos da filosofia e da história, das sociologias e das antropologias, das
linguísticas e dos estudos da religião, bem como das ciências educacionais, e outras afins,
se dediquem com afinco, na nova “luta” pela segunda vaga da libertação política, o que
iria reduzir os índices de violência nas suas múltiplas dimensões, mas sobretudo, iria
possibilitar o grande sonho de uma liberdade económica, e por isso, de um mundo mais
justo e distributivo.
A medida que as ciências humanas forem encontrando novas propostas alternativas para o
alcance das liberdades, os grandes peritos do neoliberalismo poderão estar um passo
enfrente, na corrida desenfreada pelos recursos em detrimento de milhões de almas.
Mesmo assim, na óptica de Ngoenha, uma saída seria possível: seria necessário que os
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povos subjugados estabelecessem parâmetros justos de desenvolvimento, e que a
distribuição equitativa das riquezas se tornasse um imperativo categórico nacional. Se
para tal fosse necessário subverter
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a ordem da autoridade do dia pelo bem maior, por intermédio do diálogo e da resistência
inteligente (não violenta), que assim o fosse. O importante é de facto, engajar-se por um
mundo melhor, um mundo mais justo. É caminhar para a liberdade, isto é: a Paz, o
Desenvolvimento e a Felicidade dos Povos.
A DUDH1, portanto, é um conjunto de valores éticos que se impõem ao ser humano, e que
segundo o nosso entendimento podem se resumir em: Dignidade humana, significa
reconhecer o ser humano igual a nós próprios e por isso, tratá-lo com o respeito que
desejamos ser dados. A dignidade é considerada como um princípio da liberdade, da
justiça e da paz. A paz significa que os indivíduos, grupos ou Estados devem sempre
procurar estabelecer uma convivência pacífica, através da tolerância, do diálogo;
igualdade, significa tratamentos iguais às situações idênticas, seja no âmbito econômico,
social, cultural como político. Em outros termos quer dizer que aquilo que pretendo para
mim não posso não reconhecer como um direito para outra pessoa na mesma situação. Isto
significa que ninguém pode tratar e considerar o outro, seja um indivíduo, uma classe
social ou um povo, como inferior a si sob pretexto da diferença de cor, sexo, origem social
e económica, costumes, descendência. Em nosso entendimento, algumas diferenças
humanas, são fontes de valores positivos e, como tal, devem ser protegidas e estimuladas;
Liberdade significa que a pessoa deve ser livre de escolher a sua religião, o seu domicílio,
o seu grupo de associação, liberdade de ensino, de casamento, política, etc. Esta liberdade
compreende tanto a dimensão política, quanto a individual, pois a liberdade política, sem
as liberdades individuais, é característica de Estados autoritários ou totalitários.
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representativos de cada região, tendo em conta que o povo moçambicano é constituído
por várias nações (cultura, tradição, língua materna, etc.) distintas.
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Conclusão
Concluímos que os Direitos Humanos são hoje uma temática incontornável, na luta pelo
progresso e desenvolvimento da humanidade, em geral, e de Moçambique, em particular.
De um país visto, durante muito tempo, como autoritário e, potencialmente, violador dos
Direitos Humanos, Moçambique tem procurado, entre avanços e recuos, trilhar um
caminho em prol dos Direitos Humanos, sendo de assinalar três momentos históricos.
A partir de 1990, com a aprovação de uma Constituição de cariz liberal, a assinatura dos
Acordos de Paz e a realização de eleições multipartidárias, Moçambique garante as
condições políticas para enfrentar de maneira consistente o desafio de não somente
reconstruir e expandir as infraestruturas necessárias ao acesso aos Direitos sociais e à
promoção dos Direitos económicos, mas também de implementar as medidas necessárias
para garantir a protecção e promoção de uma maior gama dos Direitos políticos, civis e
culturais para a população.
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Referências bibliográficas
Rosenfield, Denis L. (1983). Política e Liberdade em Hegel. São Paulo: Editora Brasiliense.
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