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O valor total cobrado pela pintura das duas telas ficou firmado em R$
200.000,00 (duzentos mil reais), como Carlos já havia adiantado metade do valor, restava
apenas R$ 100.000,00 (cem mil reais), para ser pago na tradição do objeto, a pintura das
duas telas.
Ocorre que, Pierre, sem qualquer justificativa, não produziu a pintura das
duas obras, permitindo que Jacnes, seu discípulo, elaborasse a pintura em seu lugar.
Enquanto o Autor, por sua vez, não recebeu as obras confeccionadas por Jacnes, pois a
pessoa do devedor não pode ser substituída por terceiros.
II. DO DIREITO
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Pois bem, para melhor análise do caso, faz-se necessário trazer a baila o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça decidido com base no princípio da pacta sunt
servanda acerca de um contrato de obrigação de fazer, vejamos:
Informativo nº 582 Período: 29 de abril a 12 de maio de 2016.
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