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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação À Distância (IED) - Tete

Trabalho-II

A Ética Social enrola-se com os factos saciais em volta dos sociólogos Durkheim, Comte e
Stuart Spencer

Turma: F No de Sala:10

Telma Mouzinho Navaia,708200989

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Cadeira: Ética Social

3º Ano

Tutor: Deolinda Magule

Tete, Julho, 2022


Classificação
Categorias Indicadores Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:

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Índice

1.Introdução ...................................................................................................................... 4

1.1.Objectivos ................................................................................................................ 4

1.1.1.Objectivo Geral ................................................................................................. 4

1.1.2.Objectivos Específicos...................................................................................... 4

1.2.Metodologias do trabalho ............................................................................................ 4

2.A Ética Social enrola-se com os factos saciais em volta dos sociólogos Durkheim...... 5

2.1.O pensamento de Durkheim .................................................................................... 5

2.1.1.A Ética Social na perspectiva de Comte .................................................................. 7

2.1.2.A ética na perspectiva de pensamento de sociólogos Stuart ............................... 7

2.1.3.A ética Valores éticos na perspectiva de Spencer ................................................ 8

2.1.3.Valores éticos, morais, religioso e político do seu próprio país ........................... 8

3.Conclusão ..................................................................................................................... 10

4.Referência Bibliográficas ............................................................................................. 11

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1.Introdução
A ética é uma disciplina que aplica o método filosófico ao estudo dos diversos pressupostos e
atitudes que que precedem o comportamento social dos indivíduos. A esse conjunto de
valores, princípios, normas, proibições e permissões formados socialmente e internalizados
pelo sujeito, que orientam sua conduta, é dado o nome de moral, o pesquisado é referentes a
cadeira de Ética Social, inserida no curso de ensino de Licenciatura em ensino de Geografia.
O seu enquadramento neste ramo de ensino cinge na perspectiva de fornecer aos futuros
professores uma vasta gama de conhecimentos e uma boa prática da ética e boa moral. Pois a
tarefa que nós iremos abraçar é, por características, uma tarefa social, pelo que torna-se uma
necessidade que os futuros professores tenham uma mente preparada não só para servirem de
exemplos, mas também para promover a boa ética, através de estudos e pesquisas integradas.
A racionalidade permite-lhe a tomada de consciência de tudo o quanto o rodeia, permite-lhe
analisar criticamente aquilo com que depara, avaliar as suas acções e as dos outros,
confrontando aquilo que quer e pode fazer com aquilo que julga dever fazer.

1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho

1.1.1.Objectivo Geral
 Analisar as aproximações e distanciamentos entre as ideias de Comte e Durkheim.

1.1.2.Objectivos Específicos
 Reflectir sobre os factos sociais;
 Apontar valores éticos, morais, religioso e político do seu próprio país;
 Estabelecer a necessidade de encarar o facto social;
 Observar os factos sociais do exterior;
 Compreender sobre os factos sociais.

1.2.Metodologias do trabalho

Para a concretização dos objectivos traçados foram desenvolvidas várias actividades que
descrevemos de forma sintética, usou-se o método bibliográfico que se baseou na análise das
obras literárias e artigos da internet sobre as questões relacionada a ética social.

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2.A Ética Social enrola-se com os factos saciais em volta dos sociólogos Durkheim

2.1.O pensamento de Durkheim


Na concepção de Durkheim (1999), consiste no estudo dos factos essencialmente sociais, a
palavra social só tem sentido definido com a condição de designar unicamente fenómenos que
não se incluem em nenhuma das categorias de factos já constituídos e denominados. Eles são
portanto o domínio próprio da sociologia (Ibidem, p.4).

De acordo com Aron (1987, p.336), o objectivo do Durkheim é demonstrar que pode e deve
existir uma sociologia objectiva e científica, conforme o modelo das outras ciências, tendo por
objecto o facto social.

Para Durkheim (1999), é facto social toda maneira de fazer, fixada ou não, susceptível de
exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na
extensão de uma sociedade dada e ao mesmo tempo possui uma existência própria,
independente de suas manifestações individuais, (Ibid., p.13).

Em conformidade com Durkheim (1999),elucida que o facto social possui três características
principais:

 Exerce coerção exterior, ou seja, não dependem de nosso arbítrio, o reproduzimos


inconscientemente;
 É Geral, pois age na consciência colectiva;
 É independente, já que não constituem manifestações individuais.

Segundo Durkheim (1999), considera que a função de um fato social só pode ser social e,
portanto, “deve ser sempre buscada na relação que ele mantém com algum fim social (Ibidem,
p.112).

Em conformidade com Durkheim (2007,p.13), define os factos sociais, nos seguintes termos,
é facto social toda maneira de fazer, fixada ou não, susceptível de exercer sobre o indivíduo
uma coerção exterior, que é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo,
possui existência própria, independente de suas manifestações individuais.

Na linha de pensamento de Durkheim (2007), figura que desde a introdução de sua obra em
análise se preocupa com a questão metodológica da sociologia, aplicada ao estudo sério dos
fatos sociais. Ele se implica na criação de um método de observação de tais fatos, adequado às
suas particularidades e nuances.

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Para Stuart Mill, Augusto Comte e Herbert Spencer não se preocuparam em estabelecer uma
metodologia, para o estudo dos factos sociais, rigorosamente científica, o que comprometeu
os resultados a que chegaram, tendo eles se limitado, por muitas vezes, a fazer meras
observações.

No entender de Durkheim (2007), observa que não é qualquer facto que ocorra no interior da
sociedade que recebe a qualificação de facto social, tais como comer, pensar e dormir, visto
que, caso isso ocorresse, a sociologia não possuiria objecto próprio, e estaria invadindo
campos de observação da biologia e da psicologia.

Na linha de alicerce de Durkheim (2007,p.2), observa como característica dos factos sociais é
justamente a circunstância de tais factos existirem fora da consciência individual de cada um
dos membros da sociedade. Eles já existiam quando nascemos e muito dificilmente
poderemos mudá-los pelo nosso próprio esforço, e independem de nossa vontade, exercendo
sobre nós, força coercitiva.

De acordo com Durkheim (2007), podemos observar que quando alguém não observa uma
regra, institucionalizada ou não pelo sistema do Direito, mas que possua vigência no meio em
que vive, a referida pessoa experimenta, ou deveria experimentar, uma sanção
correspondente, oriunda de outra pessoa ou uma instituição, e tal é a força coercitiva dos fatos
sociais, que não necessariamente excluem a personalidade individual.

Como realça Durkheim (2007,p.2), uma ordem de factos que apresentam características muito
especiais: consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e que
são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se impõe a ele.

Por conseguinte, eles não poderiam se confundir com os fenómenos orgânicos, já que
consistem em representações e em acções; nem com fenómenos psíquicos, os quais só têm
existência na consciência individual e através dela.

Os factos sociais que são maneiras de fazer algo, como se portar ou pensar, se localizam no
exterior das consciências individuais.

Na perspectiva de Durkheim (2007,p.12),observamos que os factos sociais são distintos de


simples condutas repetidas pelos membros de determinada sociedade. Um modo de fazer ou
ser, representado por um fato social possui maior carácter de perenidade que algumas
condutas mais efémeras que determinadas sociedades pratica.

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Os fatos sociais são os aspectos da vida social, que condicionam nossas acções como
indivíduos, é um conjunto de normas colectivas que delimitam a acção individual

Para Durkheim (2007,p.12), os factos sociais possuem três características básicas:

 São Exteriores existem independente da vontade do indivíduo;


 São Coercitivos realizam coerção para com aqueles que não o cumprem;
 São Gerais são cumpridos por todos.

É fato social toda maneira de agir, fixa ou não, susceptível de exercer sobre o indivíduo uma
coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada,
apresentando existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter. A
sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza.

Se todos os corações vibram em uníssono, não é por causa de uma concordância espontânea e
preestabelecida; é que uma mesma força os move no mesmo sentido. Cada um é arrastado por
todos. A religião não é somente um sistema de ideias, ela é antes de tudo um sistema de
forças.

2.1.1.A Ética Social na perspectiva de Comte

Para Auguste Comte, defendia que o conhecimento científico era a única forma de
conhecimento válido. Com isso, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos não são
levados em consideração, pois não contribuem para o desenvolvimento da humanidade.

Para Comte deve-se colocar a observar os factos sociais que moldam uma sociedade. Os
factos sociais são maiores que os indivíduos, que as consciências individuais e que as acções
humanas. Eles são exteriores aos indivíduos, coercitivos, porque moldam as acções
individuais e independentes.

2.1.2.A ética na perspectiva de pensamento de sociólogos Stuart


Hall tinha a capacidade de falar com a experiência dos/as estudantes negros/as e a das pessoas
da classe trabalhadora tidos muitas vezes como objectos sociológicos. Para eles, a versão
sociológica de Hall era relevante e poderosa.

Um dos aspectos-chave da Sociologia de Hall é a insistência na centralidade de um


entendimento histórico particularmente em relação a raça e ao império o qual ele se refere
como entendimento dos aspectos conjunturais de qualquer formação social.

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Sujeito social é compreendido não a partir de si mesmo, como um ser autos suficiente, mas
sim como um produto da relação entre pessoas e a sociedade, a cultura e o mundo social em
geral. A formação subjectiva deste tipo acontece por meio da socialização – no processo de
internalização do exterior e externalização do interior. A identidade, portanto, é sempre social,
histórica e localizada no tempo e espaço.

Todos os indivíduos possuem princípios, valores e normas internalizadas que regem as suas
acções frente a diversas situações.

2.1.3.A ética Valores éticos na perspectiva de Spencer


Para Spencer o cuidado sublinhar secreta as analogias duma sociedade a um organismo mas
somente em sentido analógico, as características positivas do raciocínio de Spencer
examinava os dados sociológicos, pedagógicos, morais e éticos, os valores encontravam-se
invertidos atender-se à ordem spenceriana das actividades mais benéficas para se atingir a
vida completa.

De acordo com Spencer realça que a sociedade civilizada seria como um organismo superior,
dentro do qual a harmonia se atingia através da subordinação de umas partes às outras e onde
a vivência perfeita dependia do individualismo do ser humano.

De acordo com Spencer (1976), argumenta que a evolução era indubitavelmente adoptado
pelos homens desde a sua infância caso não existisse algo que contrariasse essa tendência
espontânea no ser humano, não se lhe afigurava vantajoso seguir-se um sistema de ensino que
entrasse em divergência com as circunstâncias naturais, também presentes no decurso do
processo evolutivo da civilização.

Em conformidade com Spencer (1976), advoga que o indivíduo é visto de uma perspectiva,
segundo a qual o desenvolvimento da personalidade humana e do ser social atravessava um
processo essencialmente biológico, mais do que social. A sociedade, por exemplo, era por ele
entendida como um organismo cujos aspectos distintivos eram determinados pelas raízes
biológicas, as quais se sobrepunham às influências históricas. Este tipo de raciocínio provinha
da elevada importância por ele atribuída aos caracteres herdados.

2.1.3.Valores éticos, morais, religioso e político do seu próprio país


Os valores morais são importantes porque geram uma vida em sociedade mais harmoniosa e
justa. Normalmente, começam a ser transmitidos para as pessoas nos seus primeiros anos
de vida, através do convívio familiar ou até mesmo no ambiente escolar.
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As relações humanas quanto no político, constantemente julgamos de forma moral. Pode-se
observar nas relações humanas que as discussões entre amigos, familiares ou, ainda, no
trabalho, sempre abrangem aqueles sentimentos que pressupõem juízos morais: rancor e
indignação, sentimentos de culpa ou vergonha. Tanto a ética quanto a moral têm origem na
mesma realidade humana os costumes (Romano, 2001, p. 96-7).

As regras de conduta, prescrições práticas, enfim, normas de acção que garantam a


harmonização das condutas do indivíduo.

Ética, um conjunto de conteúdos alicerçados na dignidade humana: respeito mútuo, justiça,


diálogo e solidariedade, que constituem a essência dos valores morais necessários num estado
democrático.

A ética na escola é o reconhecimento de que as atitudes das pessoas precisam ser pautadas por
princípios de respeito, justiça, solidariedade e diálogo, que devem estar expressos na acção
quotidiana da escola.

De acordo com autor a poia que os valores que eram preciosos para os nossos pais, como a
honra, a dignidade e a generosidade tornaram-se obsoletos para os indivíduos
contemporâneos.

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3.Conclusão
Pelo exposto acima podemos concluir que certamente o âmbito deste trabalho não é suficiente
para esmiuçar as questões epistemológicas propostas por Auguste Comte e Émile Durkheim.
Entretanto, é possível verificar as principais proposições de cada autor, avaliando as
semelhanças e as diferenças entre eles. Primeiramente, deve-se notar que tanto Comte (1989)
como Durkheim (1999) partem do todo para analisar as partes, os dois pensadores acreditam,
ao contrário do que posteriormente Max Weber colocaria, que os fenómenos sociais não são
individuais e que a realidade colectiva ultrapassa a soma dos indivíduos.

Como sustenta Durkheim (1999), a causalidade eficiente do meio social representa o princípio
existencial da Sociologia enquanto ciência, já Para Comte (1989), através da análise histórica,
a Sociologia deveria desvendar a lei geral do desenvolvimento da sociedade, que conduziria a
todos a um futuro certo e inequívoco.

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4.Referência Bibliográficas
1. Durkheim, . (2007). As Regras do Método Sociológico, São Paulo;
2. Durkheim, É. (1999).Da divisão do trabalho social. São Paulo;
3. Luhmann, N. (1998).Sistemas sociales: lineamientos para una teoría general.
Barcelona: Anthropos,
4. Merton, R. K.(1970). Sociologia – teoria e estrutura, São Paulo;
5. Aron, Raymond. (1987). As etapas do pensamento sociológico. São Paulo.

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