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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recursos de Maputo

As Virtudes Na Construção Da Personalide Humana E

A Humildade Nas Relações Interpessoais, Sociais E Laborais


Laborais.

Nome do estudante: Nelson Roma Manjate

Código de Estudante: 708202820

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Ética Social

Ano de frequência: 3º ano

Maputo, Junho de 2023


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Centro de Recursos de Maputo

As Virtudes Na Construção Da Personalide Humana E

A Humildade Nas Relações Interpessoais, Sociais E Laborais

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Trabalho da cadeira de Ética Social, que versa


sobre As Virtudes Na Construção Da
Personalide Humana E
A Humildade Nas Relações Interpessoais,
Sociais E Laborais” a ser entregue no Instituto
de Educação a Distancia da UCM, para efeitos
avaliativos.

Docente: Pe. Gonçalves Domingos Melo Nova.

Maputo, Junho de 2023


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problema)
Introdução  Descrição dos
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objectivos
 Metodologia adequada
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ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6ª edição em  Rigor e coerência das
Referências
citações e citações/referências 4.0
Bibliográficas
bibliografia bibliográficas

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Índice
pág.

1.Introdução ............................................................................................................................... 4

2.DESENVOLVIMENTO............................................................................................................. 5

2.1.Virtude ...................................................................................................................................... 5

2.2. Personalidade .......................................................................................................................... 6

2.3.Humildade ................................................................................................................................ 7

3.CONCLUSÃO............................................................................................................................. 9

4.BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 10

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1.Introdução

Virtude é uma disposiçãoestável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples
potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira
inclinação. Para o Espírito Emmanuel, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do
Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo
trabalho no esforço próprio.

Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
recorremos a pesquisa bibliográfica que consistiu nas interpretações sólidas e fundamentadas
por diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão e também
recorremos a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios,
monografias e teses de doutoramento.

.No que toca à mancha gráfica, o nosso trabalho obedece a seguinte estrutura: a introdução,
onde de forma objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar, a parte de
apresentação responsável confrontação de teorias e resumo da matéria em estudo, a
conclusão, onde de forma mais sintética traremos as ideias inessenciais da nossa investigação
e referências bibliográficas, para alistamento das obras usadas na produção do trabalho.

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2.DESENVOLVIMENTO

2.1.Virtude

No sentido comum, entende-se por virtude a disposicao reflectida e voluntaria que tem em
vista praticar o bem e evitar o mal.

A virtude pode ser entendida como a disposicao ou a aptidão que se adquire na prática da vida
e se torna habitual para um bom comportamento moral. Virtude e, portanto, habilidade ou
capacidade de dominar situações da vida e os problemas que provem da acção; ela não pode
ser aprendida e nem transmitida teoricamente, mas adquirida na prática da vida. No entanto,
essa prática deve-se reflectir na perspectiva da exigência moral. Virtude e, então, uma
qualidade adquirida da razão prática para o hábito comportamental moral.

Nas Virtudes Cardinais (cardeais) do modelo clássico da ética, a prudência figura no primeiro
plano. A justiça ganha primazia em relação a coragem (fortaleza) e a temperança. Mas nem
todos os filósofos estão de acordo quanto as questões ligadas ao tema da virtude. Só para
exemplificar, vejamos as concepções de Platão e Aristóteles sobre a virtude.

Para Platão, a virtude e o conjunto de disposições que contribuem para uma vida boa: a
sabedoria, a coragem, a temperança e a justiça. Platão identifica a virtude com a sabedoria,
isto e, para aquele filósofo, a virtude e o mesmo que sabedoria. Neste sentido, a virtude não e
uma inclinação natural da pessoa ou um hábito adquirido péla repetição dos actos sem
intervenção da inteligência, ou seja, sem reflexão. Platão defende que só há uma virtude, a
sabedoria, embora susceptível a vários derivados. Para ele, são quatro derivados da virtude
(sabedoria): a justiça, a coragem, a temperança (moderação, sobriedade) e a piedade.

Segundo Platão, a virtude, sendo sabedoria, e acessível a todos os que procuram o verdadeiro
conhecimento e atingível pela educação que se aprofunda pela reflexão. E daqui o postulado
segundo o qual aquele que conhece o bem fara o bem; o vício e uma forma de ignorância. A
virtude, para Platão, não se transmite, não se ensina; ela e descoberta pela reflexão.

Para Aristóteles a virtude e aquilo que completa de forma excelente a natureza de um ser. Se a
virtude do cavalo e correr bem, a do homem e agir conforme a razão, ou seja segundo o Meio
Justo entre duas atitudes ou comportamentos extremos. Assim, a coragem e o meio justo entre
o medo e a temeridade; a temperança, entre o desregramento e a insensibilidade; a calma

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(mansidão) e o justo meio entre a cólera e a apatia; a liberdade, entre a prodigalidade e a
avareza; a magnificência e um justo meio entre a falta de gosto e a mesquinhez; a
magnanimidade, entre a vaidade e a humildade; a afabilidade, entre obsequiosidade e o
espírito conflituoso; a reserva e o justo meio entre a timidez e o descaradamente; a justa
indignação e o justo meio entre a inveja e a maledicência; a justiça, entre a injustiça por
defeito e a injustiça por excesso (Marques, 1998: 50-67). A pratica moral e, neste caso, a
permanente tentativa de encontrar o equilíbrio entre duas atitudes ou comportamentos
exagerados por defeito ou por excesso.

Aristóteles defende, contrariamente a Platão, que a virtude pode ser ensinada; no entanto, ela
e mais produto do habito que do ensino.

2.2. Personalidade

A personalidade é aquilo que dá ordem e congruência a todos os comportamentos diferentes


apresentados pelo indivíduo. Alguns teóricos enfatizam a função da personalidade na
mediação do ajustamento do indivíduo. A personalidade consiste nos esforços de ajustamento
variados e, no entanto, típicos, realizados pelo indivíduo. Em outras definições, a
personalidade é igualada aos aspectos únicos ou individuais do comportamento. Nesse caso, o
termo designa aquilo que é distintivo no indivíduo e o diferencia de todas as outras pessoas.
Finalmente, alguns teóricos consideram que a personalidade representa a essência da
condição humana. Essas definições sugerem que a personalidade se refere àquela parte do
indivíduo que é mais representativa da pessoa, não apenas porque a diferencia dos outros, mas
principalmente porque é aquilo que a pessoa realmente é. A sugestão de Allport de que “a
personalidade é o que um homem realmente é” ilustra esse tipo de definição.

A implicação aqui é que a personalidade consiste naquilo que é, na análise final, mais típico e
característico da pessoa.

Poderíamos passar muito mais tempo tratando do problema de definir a personalidade, mas o
leitor encontrará muitas definições detalhadas de personalidade nos capítulos seguintes. Além
disso, estamos convencidos de que nenhuma definição substantiva depersonalidade pode ser
generalizada. Com isso, queremos dizer que a maneira pela qual determinadas pessoas
definem a personalidade dependerá inteiramente de sua preferência teórica. Assim, se a teoria
enfatiza a singularidade e as qualidades organizadas e unificadas do comportamento, é natural

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que a definição de personalidade inclua a singularidade e a organização como atributos
importantes da personalidade.

Uma vez que o indivíduo tenha criado ou adoptado uma dada teoria da personalidade, a
definição de personalidade será claramente indicada pela teoria. Assim, acreditamos que a
personalidade é definida pelos conceitos empíricos específicos que fazem parte da teoria da
personalidade empregada pelo observador. A personalidade consiste concretamente em uma
série de valores ou termos descritivos que descrevem o indivíduo que está sendo estudado em
termos das variáveis ou de dimensões que ocupam uma posição central dentro de uma teoria
específica.

2.3.Humildade

A humildade tem sido, ao longo do tempo, um conceito pouco compreendido e muitas vezes
associado a um significado de fraqueza, subserviência, pobreza ou a uma aparência
descuidada e despojada.

No entanto, se formos à origem etimológica da palavra humildade, vamos descobrir que ela é
derivada no latim, de “humus” que designa terra. A palavra homem, derivada do latim
“homo”, curiosamente também tem a sua origem no termo “humus”.

Assim sendo, a humildade pode ser entendida como um processo psicológico a partir do qual
o indivíduo se relaciona consigo e com os outros de forma realista, mantendo “os pés assentes
na terra” e reconhecendo as suas limitações e fragilidades, na medida em que fazem parte da
sua verdade e da sua natureza.

Esta capacidade de aceitação e de tolerância dos aspectos mais vulneráveis e dolorosos da


nossa personalidade, sem os afastarmos por recurso à repressão, dissociação ou projeção,
implica a existência de algum grau de maturidade psicológica que também nos vai permitir
estabelecer relações interpessoais sustentadas sobretudo na compreensão em vez de ser no
julgamento e na crítica.

A tranquilidade que a humildade proporciona ao assegurar o indivíduo da sua identidade, na


qual estão integradas as suas forças e as suas limitações, incrementa definitivamente a
qualidade dos seus relacionamentos.
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O indivíduo com humildade consegue aceitar que, em certos momentos da sua vida, necessita
de ser cuidado e é capaz solicitar e de receber esse cuidado por parte do outro sem se sentir
rebaixado e humilhado.

Em contrapartida, as pessoas que durante o seu processo de crescimento vivenciaram


situações de carência e de dependência em que se sentiram humilhadas e desconsideradas,
poderão ter mais dificuldade em aceitar o receber do outro na medida que a sua auto-estima
está sustentada na capacidade de completa auto-suficiência e de independência. E é aqui que
humildade e humilhação se confundem, impedindo o processo de troca, fundamental à vida,
através do dar e receber.

Transformar humilhação em humildade é o caminho que permite resgatar o prazer não só de


dar mas também de receber, enriquecendo as trocas humanas e permitindo o acesso a um
sentimento essencial: a gratidão. Gratidão, não só por estas trocas relacionais que nos
permitem sair de uma posição de “orgulhosamente sós” para uma vivência de colaboração,
solidariedade e afetos mas também por tudo aquilo que a vida nos pode proporcionar em
termos de prazer e de aprendizagem.

Na humildade está inerente a consciência da limitação do nosso saber e a disponibilidade


permanente para aprender, com todas as pessoas, independentemente do seu grau de
instrução, idade, profissão ou extrato social, respeitando diferentes pontos de vista.

Na humildade existe a consciência da finitude e de como tudo é efémero e transitório, pelo


que as conquistas e os sucessos não passam de situações momentâneas e as condições de
superioridade (instrução, conhecimento, extrato social) não devem ser usadas com arrogância
para rebaixar o outro ou para gerar uma atitude de autoengrandecimento.

Pessoas que se classificam pretensiosamente humildes através de manifestações anti-


beleza/sucesso/dinheiro não são genuinamente humildes porque aquilo que verdadeiramente
as move e sustenta é uma necessidade de enaltecimento ou um desejo de superioridade. Quem
quer mostrar que é humilde não é realmente humilde.

Quando é genuína, a humildade pode estar presente em qualquer contexto ou condição de


vida, não é exclusiva de nenhum extrato sócio-económico e acima de tudo é uma expressão de
maturidade psicológica e saúde mental.

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3.CONCLUSÃO

A virtude e o conjunto de disposições que contribuem para uma vida boa: a sabedoria, a
coragem, a temperança e a justiça. Platão identifica a virtude com a sabedoria, isto e, para
aquele filósofo, a virtude e o mesmo que sabedoria. Neste sentido, a virtude não e uma
inclinação natural da pessoa ou um hábito adquirido pela repetição dos actos sem intervenção
da inteligência, ou seja, sem reflexão.

A personalidade representa a essência da condição humana. Essas definições sugerem que a


personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da pessoa, não
apenas porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é aquilo que a pessoa
realmente é. A sugestão de Allport de que “a personalidade é o que um homem realmente é”
ilustra esse tipo de definição.

A humildade tem sido, ao longo do tempo, um conceito pouco compreendido e muitas vezes
associado a um significado de fraqueza, subserviência, pobreza ou a uma aparência
descuidada e despojada.

No entanto, se formos à origem etimológica da palavra humildade, vamos descobrir que ela é
derivada no latim, de “humus” que designa terra. A palavra homem, derivada do latim
“homo”, curiosamente também tem a sua origem no termo “humus”.

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4.BIBLIOGRAFIA

 ARCHER, Luis (coord.). Bioética. Sao Paulo, Editorial Verbo, 1996.


 ARISTOTELES. Ética a Nicômaco. 2a ed.. Lisboa, Quetzal Editores, 2006.
 BORGES, Maria de Lurdes e outros. Ética. Rio de Janeiro, DP & A, Editora Ltda,
2003.
 CONSELHO DE MINISTROS. Estratégia Anti-corrupção em Moçambique. Maputo,
Governo de Mocambique, 2006.
 CORTINA, A. e MARTINEZ, E..Ética. Sao Paulo, Edicoes Loyola, 2005.
 DALBOSCO, Claudio Almir. Pedagogia Filosófica: cercanias de um diálogo. 1a ed..
Sao Paulo, Paulinas, 2007.

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