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Cudakwache jambo Campira

Aula ideal

Aula ideal – é aquela em que há troca de ideias, com textos prévios disponibilizados pelo
professor, para debate e o aprofundamento dos argumentos. Entretanto, depois do debate, uma
prova que não se remeta a conceitos prontos e fechados, mas que dê amplitude para o aluno
alcançar voos.

Na perspectiva de Libâneo (1990), em qualquer tipo de aula, deve existir a preocupação de


verificação das condições prévias, bem como de orientação dos estudantes para a consecução dos
objectivos previstos, de consolidação e de avaliação.

Importância da aula ideal

Uma aula ideal é aquela que usa métodos que favorece o protagonismo dos estudantes, facilita e
estimula a interacção dos estudantes entre si e com o professor, este último assume papel de
facilitador da aprendizagem.

A aula ideal adopta o estilo de educação democrática, pois os alunos interagindo com seus
colegas fazem a experiência de negociação de ideias, de renuncia das próprias ideias, para aderir
as ideias dos outros quando é necessário, valorizando assim a complementaridade e sentirem-se
sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de aprendizagem.

Características de uma aula ideal

Conhecimento e respeito pelas regras

Se todos falarem ao mesmo tempo, sem qualquer ordem imposta pelo professor no decorrer da
aula, ninguém se entenderá e a aula ficará extremamente confusa. Portanto, os alunos devem
saber, desde início, quais as regras da sala de aula, bem como o que é e não é aceitável –
nomeadamente o respeito pelo professor e pelos colegas e saber esperar a sua vez de falar.

Ambiente agradável
O ambiente de uma sala de aula deve ser agradável e todos se devem sentir bem, alunos e
professores.

Um bom ambiente de sala de aula deve primar pela motivação. Todos devem, então, estar
motivados, a começar pelo professor. Um pedagogo que não se entusiasma por aquilo que está a
ensinar, também não motivará os seus alunos, os quais, por sua vez, também devem buscar,
dentro de si, a motivação que precisam para encarar todas as aulas de forma positiva.

Organização

A aula deve ter uma estrutura definida e uma organização visível. Desta forma, todos os
conteúdos e actividades devem estar encadeados de forma lógica. Paralelamente, a sala de aula
deve dispor de materiais eficientes, que tornem a aprendizagem mais dinâmica, permitindo um
acesso rápido aos mesmos.

Inovação na abordagem dos conteúdos

O professor deverá ser inovador na abordagem das mais variadas matérias, de modo a cativar os
seus alunos para o estudo na sala de aula.

Há, decerto, várias estratégias diferentes que podem usar, de modo a que as suas aulas não se
tornem monótonas.

Conceitos do Professor Ideal

Professor ideal é aquele que, além de professor, também é um amigo dentro da sala de aula. Um
professor que aconselha e que tenta passar o conteúdo da melhor forma possível.

É aquele que tem a maior paciência do mundo e entenderia quando o aluno não compreende um
conteúdo difícil. Um professor que faça uma avaliação e que procure a opinião dos alunos sobre
as aulas.

É aquele que passa o conteúdo de forma objectiva e que usa a interacção com os alunos, ele que
não cria barreiras, que permite a aproximação para que haja diálogo.
O professor ideal é aquele que tem compromisso com os alunos, que passa o conteúdo com
amor. Que traga conhecimento além do conteúdo programado. Não aquele que chega na aula e
despeje a matéria. Que seja flexível e traga conhecimento para a vida da gente.

Características do Professor Ideal

Conhecimento e domínio de conteúdo – Ter conhecimento da teoria do assunto que está


leccionando; Ter conhecimento da prática do assunto que está leccionando; Saber fazer a ligação
entre a teoria e a prática; Ter domínio do conteúdo que está ensinando

Clareza nas explicações, didácticas e preparo de conteúdo – Capacidade de explicar (didáctico);


Ser claro nas explicações; Vir preparado para todas as aulas (conteúdo pré-definido); Capacidade
de despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo.

Relacionamento entre os académicos e os docentes e a tecnologia em meio ao ensino superior –


Ter entusiasmo para transmitir o conteúdo; Ser dinâmico nas aulas; Ser atencioso com os alunos;
Ser acessível aos alunos; Ser amigável com os alunos; Ser respeitoso com os alunos; Ser
compreensivo com os alunos; Ser simpático com os alunos; Ser dedicado a profissão;

Ser exigente; Ser paciente; Ser prestativo; Ser desafiador; Preparar bem o material utilizado nas
aulas; Ser organizado;

Atributos pessoais dos docentes – Ter beleza física; Ser asseado (bem vestido, cabelo penteado,
sempre arrumado); Ter tom de voz agradável; Ter letra legível ao escrever no quadro e nas
correcções por ele feitas.

Desafio para um bom professor

Numa das suas obras, Edgar Morin (1999) define sete saberes necessários para o futuro, ou seja,
sete desafios para a Educação do futuro, afirmando que estes se deveriam “tratar em qualquer
sociedade e em qualquer cultura, sem excepção nem rejeição, segundo os costumes e as regras
próprias de cada sociedade e de cada cultura.”

Esses saberes são (MORIN, 1999, pp. 16-21): “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”,
dar aos alunos, uma nova visão sobre o conhecimento, mostrando que é um produto de
construção psíquica e social;
Os princípios de um conhecimento pertinente, abordando a necessidade de um saber
interdisciplinar; ´

Ensinar a condição humana, valorizando a diversidade de expressões humanas salientando a


unidade que persiste na condição humana apesar das suas diferenças;

Ensinar a identidade terrena, ensinar a História da Humanidade e a sua identidade;

Afrontar as incertezas, abandonando concepções deterministas do saber, promovendo a reflexão


sobre diversas possibilidades;

Ensinar a compreensão, considerada como meio e o fim da condição humana e da Educação; por
fim,

Ética do género humano, formar pessoas para que conheçam a sua sociedade local e nacional,
mas também o mundo em geral e a importância do exercício da plena cidadania.

Desafios intrínsecos

Os desafios intrínsecos são destaques:

Indisciplina e falta de interesse (motivação) dos alunos, reflexo de contextos social e familiar
onde vivem, causas emocionais, falta de perspectivas sobre a escola etc.;

A falta de apoio familiar, ligada às diferentes formas e contextos das famílias, a falta de tempo
por conta do trabalho e outros factores;

A actualização de práticas pedagógicas, limitada devido à falta de uma política de formação


continuada ou de oportunidades de formações de qualidade;

O domínio e a utilização de tecnologias pelos/as docentes, que pode ocorrer por falta de
oportunidades e recursos para aprender ou até mesmo a resistência por parte deles/as em
aprender e utilizar novas tecnologias.

Outros desafios não intrínsecos


Não são só os desafios intrínsecos à sala de aula que atingem os docentes, há os desafios ligados
às condições de trabalho, à desvalorização social e salarial, à carga horária de trabalho e a outros,
que se relacionam com causas extrínsecas a sala de aula.

A desvalorização da educação e, consequentemente, do profissional da educação e de sua


remuneração;

As condições de trabalho, muitas vezes precárias, tanto em relação a infra-estruturas quanto ao


material pedagógico, exigindo do/a professor/a acções que “superem” tais situações;

A carga mental do trabalho docente, podendo ser ocasionada por carga horária de trabalho
excessiva, que, dentre outros aspectos, gera o mal-estar docente.

Método centrado

Método o significado etimológico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar um fim.
Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro geral para actividade.
Portanto método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser o veículo de chegada, que é a
técnica.

Método Centrado no Aluno

O Aprendizado Centrado no Aluno foi criado para desenvolver mais participação do aluno na
sala de aula, aprendizagem activa é qualquer método instrucional em que os alunos façam algo
com o conhecimento que estão tentando adquirir.

De acordo com Mizukami (2013), diferente do método centrado no professor, o ACA facilita o
processo de aprendizagem, onde os alunos ganham além do conhecimento teórico, o
conhecimento intelectual e emocional, conseguindo resolver situações problemas diferentes do
contexto da sala de aula. Para Mizukami, “Autodescoberta e autodeterminação são características
desse processo”. Onde o professor não apenas ensina novos conteúdos, mas também gera
situações para os alunos buscarem o aprendizado.

Conceitos de Aprendizagem cooperativa


A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que os
alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a resolução de
problemas facilitando a compreensão do conteúdo.

Definir e clarificar o conceito de aprendizagem cooperativa remete-nos para uma pluralidade de


definições e abordagens de vários autores que se dedicam à investigação nesta área.

Assim, Jonhson, Jonhson e Holubeuc (1993, p. 24) definem aprendizagem cooperativa como
“um método de ensino que consiste na utilização de pequenos grupos de tal modo que os alunos
trabalhem em conjunto para maximizarem a sua própria aprendizagem e a dos colegas”.

Vantagens da aprendizagem cooperativa

Estimula e desenvolve habilidades sociais;

Cria um sistema de apoio social mais forte;

Encoraja a responsabilidade pelo outro;

Encoraja os estudantes a se preocupar uns com os outros;

Estimula o pensamento crítico e ajuda os alunos a clarificar as ideias através do diálogo;

Desenvolve a competência de comunicação oral;

Melhora a recordação dos conteúdos;

Cria um ambiente activo e investigativo.

Importância da aprendizagem cooperativa

A aprendizagem cooperativa permite desenvolver no grupo um espírito de entreajuda, de modo a


que os objectivos de um elemento só sejam concretizados quando os restantes elementos também
alcançarem os seus.

Uma aprendizagem cooperativa, para além de possibilitar o desenvolvimento de competências


sociais, contribui, positivamente, para o desenvolvimento cognitivo e para a responsabilidade
individual, na medida em que, através deste envolvimento, é possível debater ideias, esclarecer
dúvidas, tomar decisões e resolver problemas acerca dos vários conteúdos escolares.

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