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Aula ideal
Aula ideal – é aquela em que há troca de ideias, com textos prévios disponibilizados pelo
professor, para debate e o aprofundamento dos argumentos. Entretanto, depois do debate, uma
prova que não se remeta a conceitos prontos e fechados, mas que dê amplitude para o aluno
alcançar voos.
Uma aula ideal é aquela que usa métodos que favorece o protagonismo dos estudantes, facilita e
estimula a interacção dos estudantes entre si e com o professor, este último assume papel de
facilitador da aprendizagem.
A aula ideal adopta o estilo de educação democrática, pois os alunos interagindo com seus
colegas fazem a experiência de negociação de ideias, de renuncia das próprias ideias, para aderir
as ideias dos outros quando é necessário, valorizando assim a complementaridade e sentirem-se
sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de aprendizagem.
Se todos falarem ao mesmo tempo, sem qualquer ordem imposta pelo professor no decorrer da
aula, ninguém se entenderá e a aula ficará extremamente confusa. Portanto, os alunos devem
saber, desde início, quais as regras da sala de aula, bem como o que é e não é aceitável –
nomeadamente o respeito pelo professor e pelos colegas e saber esperar a sua vez de falar.
Ambiente agradável
O ambiente de uma sala de aula deve ser agradável e todos se devem sentir bem, alunos e
professores.
Um bom ambiente de sala de aula deve primar pela motivação. Todos devem, então, estar
motivados, a começar pelo professor. Um pedagogo que não se entusiasma por aquilo que está a
ensinar, também não motivará os seus alunos, os quais, por sua vez, também devem buscar,
dentro de si, a motivação que precisam para encarar todas as aulas de forma positiva.
Organização
A aula deve ter uma estrutura definida e uma organização visível. Desta forma, todos os
conteúdos e actividades devem estar encadeados de forma lógica. Paralelamente, a sala de aula
deve dispor de materiais eficientes, que tornem a aprendizagem mais dinâmica, permitindo um
acesso rápido aos mesmos.
O professor deverá ser inovador na abordagem das mais variadas matérias, de modo a cativar os
seus alunos para o estudo na sala de aula.
Há, decerto, várias estratégias diferentes que podem usar, de modo a que as suas aulas não se
tornem monótonas.
Professor ideal é aquele que, além de professor, também é um amigo dentro da sala de aula. Um
professor que aconselha e que tenta passar o conteúdo da melhor forma possível.
É aquele que tem a maior paciência do mundo e entenderia quando o aluno não compreende um
conteúdo difícil. Um professor que faça uma avaliação e que procure a opinião dos alunos sobre
as aulas.
É aquele que passa o conteúdo de forma objectiva e que usa a interacção com os alunos, ele que
não cria barreiras, que permite a aproximação para que haja diálogo.
O professor ideal é aquele que tem compromisso com os alunos, que passa o conteúdo com
amor. Que traga conhecimento além do conteúdo programado. Não aquele que chega na aula e
despeje a matéria. Que seja flexível e traga conhecimento para a vida da gente.
Ser exigente; Ser paciente; Ser prestativo; Ser desafiador; Preparar bem o material utilizado nas
aulas; Ser organizado;
Atributos pessoais dos docentes – Ter beleza física; Ser asseado (bem vestido, cabelo penteado,
sempre arrumado); Ter tom de voz agradável; Ter letra legível ao escrever no quadro e nas
correcções por ele feitas.
Numa das suas obras, Edgar Morin (1999) define sete saberes necessários para o futuro, ou seja,
sete desafios para a Educação do futuro, afirmando que estes se deveriam “tratar em qualquer
sociedade e em qualquer cultura, sem excepção nem rejeição, segundo os costumes e as regras
próprias de cada sociedade e de cada cultura.”
Esses saberes são (MORIN, 1999, pp. 16-21): “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”,
dar aos alunos, uma nova visão sobre o conhecimento, mostrando que é um produto de
construção psíquica e social;
Os princípios de um conhecimento pertinente, abordando a necessidade de um saber
interdisciplinar; ´
Ensinar a compreensão, considerada como meio e o fim da condição humana e da Educação; por
fim,
Ética do género humano, formar pessoas para que conheçam a sua sociedade local e nacional,
mas também o mundo em geral e a importância do exercício da plena cidadania.
Desafios intrínsecos
Indisciplina e falta de interesse (motivação) dos alunos, reflexo de contextos social e familiar
onde vivem, causas emocionais, falta de perspectivas sobre a escola etc.;
A falta de apoio familiar, ligada às diferentes formas e contextos das famílias, a falta de tempo
por conta do trabalho e outros factores;
O domínio e a utilização de tecnologias pelos/as docentes, que pode ocorrer por falta de
oportunidades e recursos para aprender ou até mesmo a resistência por parte deles/as em
aprender e utilizar novas tecnologias.
A carga mental do trabalho docente, podendo ser ocasionada por carga horária de trabalho
excessiva, que, dentre outros aspectos, gera o mal-estar docente.
Método centrado
Método o significado etimológico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar um fim.
Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro geral para actividade.
Portanto método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser o veículo de chegada, que é a
técnica.
O Aprendizado Centrado no Aluno foi criado para desenvolver mais participação do aluno na
sala de aula, aprendizagem activa é qualquer método instrucional em que os alunos façam algo
com o conhecimento que estão tentando adquirir.
De acordo com Mizukami (2013), diferente do método centrado no professor, o ACA facilita o
processo de aprendizagem, onde os alunos ganham além do conhecimento teórico, o
conhecimento intelectual e emocional, conseguindo resolver situações problemas diferentes do
contexto da sala de aula. Para Mizukami, “Autodescoberta e autodeterminação são características
desse processo”. Onde o professor não apenas ensina novos conteúdos, mas também gera
situações para os alunos buscarem o aprendizado.
Assim, Jonhson, Jonhson e Holubeuc (1993, p. 24) definem aprendizagem cooperativa como
“um método de ensino que consiste na utilização de pequenos grupos de tal modo que os alunos
trabalhem em conjunto para maximizarem a sua própria aprendizagem e a dos colegas”.