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NOVEMBRO, 2016
• Ensino muito académico, mais preocupado em
erudição e detalhes do que com a funcionalidade
dos conhecimentos.
• Maior preocupação em transmitir conhecimentos
do que incentivar a procura dos mesmos,
deixando, com isto, de desenvolver o espírito de
pesquisa do estudante.
DEFICIÊNCIAS • Ensino mais teórico do que prático, divorciado
DA assim, da aplicação, da acção objectiva que tanto
UNIVERSIDADE auxilia na compreensão e fixação da
aprendizagem.
• Deficiente preparo didáctico do corpo docente,
que representa outro aspecto negativo com
relação ao ensino superior. Aliás, é,
praticamente, o único nível de ensino com
exercício do magistério sem adequada formação
didáctica…
O CONCEITO DE DIDÁCTICA
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Regras para ensinar e aprender segundo Comenius:
5. Tipo doutor ou gênio – estudante que lê muito e que tem certa vivência do
curso que está fazendo. Tudo que é tratado em aula ele já sabe, com um tom
de familiaridade, procurando acrescentar algo ao que o professor tenha dito.
É, muitas vezes, estudante capaz, mas muito preocupado em aparecer... sabe
tudo, estando sempre disposto a ajudar os seus colegas, mas com o objectivo
de aumentar o seu cartaz ...
8. Tipo que quer diplomar-se – tendo em vista alcançar uma situação sócio-económica mais
favorável, este tipo de estudante revela pouco interesse pelos estudos propriamente ditos. Interessa-
se pelos mesmos como veículo que o leve ao término do curso e nada mais, mesmo porque, lá fora,
já está trabalhando as coisas para se ajeitar…
9. Tipo indiferente – não participa de nenhum movimento de idéias ou de trabalhos, estando tão só
de corpo presente na Universidade, aceitando tudo e tudo fazendo pelo mínimo…
10. Tipo profissional – quase sempre portador de mensagens ideológico-políticas para os colegas,
procurando arregimentá-los em movimentos de protesto ou apoio, segundo ordens que tenha
recebido das cúpulas que o utilizam. É, frequentemente, estudante que repete de ano
indefinidamente, procurando ficar o máximo de tempo entre seus colegas e com fito doutrinário.
Está sempre disposto a criticar, apontar falhas, que só seriam sanadas se fosse adoptada nova
estrutura soscial…
11. Tipo político – este poderá parecer repetição do anterior, mas não é. Enquanto o anterior, bem
ou mal, trabalha por uma causa sócio-política, este trabalha para si… Revela-se sempre solícito e
disposto a defender os interesses dos colegas. Revela-se sensível a todas as causas e muito poderia
fazer-se eleito, inicialmente, para os postos de liderânça dos estudantes e, mais tarde, para cargos
eletivos da vida pública…
TIPOS DE ESTUDANTE, continuação…
12. Tipo “estudante a força” – quase sempre pertencente a famílias abastada que querem
ver o filho formado, ou a famílias médias, querendo que o filho seja alguém na vida. Mas o
estudante mesmo, não quer nada, a não ser descobrir quem inventou o estudo e o
trabalho…
13. Tipo esforçado – quase sempre tímido, dominado por complexo de inferioridade, pelo que procura
impor-se através da dedicação aos estudos. É o que estuda tudo e sempre está em dia com todo
conteúdo. É comum dar-se o facto de certos assuntos ficarem fora da relação do conteúdo de provas de
avaliação da aprendizagem, e quando lhe comunicam a nova, ao invés de se alegrar, responde: “_ que
pena, já estudei isto…”
14. Tipo interesseiro e oportunista – faz tudo em função de suas conveniências, não
existindo, para ele, coleguismo ou trabalho de cooperação com seus colegas, se um mínimo
de seus interesses for prejudicado. E será colega e estará pronto a agir e a cooperar, se disso
puder tirar proveito…
15. Tipo bajulador – é o que está sempre incensando professores, director e mesmo colegas
influentes para, no fundo, obter vantagens pessoais. O bajulador não é essencialmente
egoísta, uma vez que pode e se dispõe a cooperar com seus colegas. É mais para sentir-se
mais protegido com a simpatia e boa vontade das pessoas que detêm algum poder.
TIPOS DE ESTUDANTE, continuação…
Capacidade de investigação.
Conduta segundo as sua convicções, pois o exemplo
também ensina.
2. Equilíbrio emocional, buscando evitar extremos de apatia ou exaltação diante das ocorrências
diárias ou mesmo excepcionais, a fim de suscitar credibilidade diante de situações normais ou
anormais que venham a ocorrer;
3. Coerência de comportamento, isto é, não mudando de humor dia-a-dia ou mesmo, hora a hora, o
que muito perturba a confiabilidade do estudante com relação ao professor, e não mudar de atitude
comportamental a não ser diante de argumentos ou ocorrências convincentes;
5. Capacidade de motivação, que consiste na capacidade de o próprio professor motivar-se pelo seu
empenho, por aquilo que esteja realizando junto aos seus discíplulos, com a capacidade, também,
de empolgar intelectualmente os estudantes pela problemática que esteja sendo estudada.
FUNÇÕES DO PROFESSOR:
Função didáctica – esta é uma função que não tem tido a atenção necessária, no
ensino superior, que consiste em o professor se dedicar a aprender os modos
mais acessíveis e eficientes de orientar a aprendizagem dos estudantes. Assim, o
professor universitário deve buscar pôr em prática os procedimentos didácticos
que, em sua disciplina, estimulem, mais eficientemente, a aprendizagem do
esstudante, seguindo uma trilha de mais interesse, mais dedicação e melhores
procedimentos de acção didáctica, a fim de serem obtidos melhores resultados
na aprendizagem.
Função tutorial – esta é uma função de suma importância, que exige maior
aproximação do professor com o estudante e que consiste em assisti-lo em suas
dificuldades e estimulá-lo a prosseguir em suas empreitadas de estudante. É,
praticamente, a função de aproximação entre professor e estudante e que,
lastimavelmente, tem sido relegada a segundo plano e da qual tanto necessita o
estudante para o seu mais adequado e melhor desenvolvimento. Ex. incentivar
mais as atitudes de reflexão (causa-efeito), de universalidade (reflectir o
problema tanto no espaço como no tempo) e de responsabilidade.
CICLO DOCENTE…
SOCIEDADE
PROBLEMA
OBJECTIVOS
CONTEÚDO MÉTODOS
ALUNO
AVALIAÇÃO
GRUPO MÉIOS
PROFESSOR
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
COMPONENTES NÃO PESSOAIS DO P.E.A.
O 1º componente do processo é o problema. Esta é a situação de um
objecto que gera uma necessidade em um sujeito que desenvolve um
processo para sua transformação. O problema; em tanto situação, tem
um caráter objectivo; em tanto necessidade, deixa-o também um
caráter subjectivo.
Fim da educação
Objectivos Gerais da
Educaçao
Objectivos da Curso
(Modelo do Profissional)
Derivação Gradual
Dos Objectivos
Objectivos de Cada Ano
Personalidade
profissional
PROCESSO
INSTRUCÇÃO
ENSINO - APRENDIZAGEM
LABORAL
OBJECTIVOS
FORMAS DE
CONTEÚDOS MÉTODOS ENSINO AVALIAÇÃO
ACADÉMICO INVESTIGATIVO
MEIOS
É a planificação de um fim (meta ou propósito),
cuja função é alcançar transformações graduais
nos sistemas de conhecimentos e habilidades
nos educandos, assim como em suas actitudes,
convicções, sentimentos, ideais e valores.
EDUCATIVOS INSTRUTIVOS
Desenvolver capacidades:
intelectuais, Habilidades,
físicas e conhecimentos,
espirituais. capacidades,
Fomentar: sentimento, hábitos,
gostos estéticos, destrezas,
Formar convicções e competências
hábitos de conduta:
políticas,
ideológicas,
morais
Necesidades Motivo
Sistema de
operações
HABITOS
Os Objectivos
OPERAÇÕES e
MÉTODOS DE
PENSAMENTO
LÓGICO
GERAIS ESPECÍFICAS
INTELECTUAIS
LÓGICO
DIALÉTICAS
Sistema de Habilidades nas Ciências Sociais
Comparar
Parciais Avaliação
dos Temas Tema SubTema Parcial
SEGUNDO OS
SEGUNDO A SEGUNDO A NIVEIS DE
FONTE RELAÇÃO INDEPENDÊNCIA
PROFESSOR- DA
DO ACTIVIDADE
CONTEÚDO ALUNO
COGNOSCITIVA
1.MÉTODOS VERBAIS
• DESCRIÇÃO
MÉTODOS • NARRAÇÃO
SEGUNDO A • EXPLICAÇÃO
• DIÁLOGO
FONTE • TRABALHO COM LIVROS
DO • TRABALHO COM MATERIAIS
PERIÓDICOS
CONTEÚDO • TRABALHO COM TABELAS
3.MÉTODOS PRÁTICOS
2.MÉTODOS VISUAIS • EXPERIMENTAÇÃO
• TRABALHO COM LÁMINAS • REALIZAÇÃO DE EXERCICI0S
• TRABALHO COM ESQUEMAS • TRABALHOS DE CAMPO
• TRABALHO COM FOTOS • ELABORAÇAO DE
• TRABALHOS COM GRÁFICOS PROJECTOS
• TRABALHOS COM PROJECÇÕES • COLECÇÕES
• TRABALHOS COM MAPAS • EXPOSIÇÕES
• DEMOSTRAÇÕES
1. MÉTODO EXPOSITIVO.
MÉTODOS • EXEMPLIFICAÇÃO
SEGUNDO A • DEMOSTRAÇÃO
RELAÇÃO • ILUSTRAÇÃO
PROFESSOR- • EXPOSIÇÃO
ALUNO
2. MÉTODO DE ELABORAÇÃO
CONJUNTA.
• CONVERSAÇÃO
3. MÉTODO DE TRABALHO
INDEPENDENTE.
1.- EXPLICATIVO - ILUSTRATIVO
6.- INVESTIGATIVO
4- Analise o seguinte resumo dos métodos segundo os niveis de independência da
actividade cognoscitiva dos alunos
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Para se poder executar de maneira eficiente um
sistema de métodos, estes devem apoiar-se nos
méios de ensino. Os meios de ensino constituem
diferentes imagens e representações de objectos
e fenómenos especialmente desenhados para a
doência, são o suporte material dos métodos.
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Vantagens do uso dos meios de ensino
A) desde o ponto de vista instrutivo
• Possibilitam um maior aproveitamento dos nossos órgão sensoriais.
• Se criam as condições para uma maior permanência na memória dos
conhecimentos aquiridos.
• Se pode transmitir maior quantidade de informação em menos tempo.
• Motivam a aprendizagem e activam as funções intectuais para a
aquisição de novos conhecimentos.
• Facilitam a que o estudante seja agente de seu próprio
conhecimento.
• Contribuiem a que o ensino seja activo e que se possam aplicar os
conhecimentos aquiridos.
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Média percentual de aprendizagem de um
homem normal mediante os órgãos dos
sentidos, segundo (V. González Castro. 1992)
1% mediante o gosto.
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Software curricular, vantagens
• Facilita o trabalho independente.
• Permite ao estudante interactuar com as técnicas mais avançadas.
• Reduz o tempo que se dispõe para partilhar grande quantidade de conhecimentos,
facilitando um trabalho diferenciado.
• Possibilidades de estudar processos que não são possíveis observar directamente.
• A representação visual do objecto estudado.
• Autocontrol do ritmo de aprendizagem.
• Possibilidade de repetição do conteúdo em múltiplas ocasiões.
• A individualização do ensino que se reflecte na possibilidade de utilizar
programas repassadores, de formular novos problemas não resolvidos em aulas,
que estimulam o espírito de investigção científica dos estudantes, assim como
autonomizar o control dos conhecimentos adquiridos.
• Os estudantes podem controlar a sua própria aprendizagem, construindo o
conhecimento a um ritmo e em uma direcção que se ajuata a suas necessidades e
desejos.
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Exercício
1. Considera que com a aplicação da
informática e o uso dos software
curriculares, os meios substituirão o papel
do professor no PEA do Ensino Superior?
FORMAS ORGANIZATIVAS
A AULA COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO
DO PROCESSO DE ENSINO
Os métodos a aplicar.
Como vão avaliar, que actividades podem realizar-se unidas e que integrem
elementos de vários conteúdos.
I. INTRODUÇÃO • Tempo
• Métodos
DEVEM
II. DESEMVOLVIMENTO;
TRATAMENTO DO NOVO CONTEÚDO DA AULA .
III. CONCLUSÕES
REORIENTAÇÃO E MELHORIA
DAS ACÇÕES NO
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA OU INICIAL
Esta modalidade realiza-se no início de novas
aprendizagens( de um tema, de um sub tema, de um
trimestre, do ano lectivo) com a intenção de se
constatar o domínio de pré requisitos por parte
dos(as) alunos(as); isto é, os níveis de conhecimentos
ou aptidões indispensáveis à aquisição de outros que
deles dependem. Em suma, trata-se de conhecer o
nível inicial de conhecimentos e ou de aptidões
dos(as) alunos(as) que permitirão estabelecer a ponte
com os novos conhecimentos a adquirir no tema, no
sub tema, no trimestre ou classe que começam a
frequentar.
Avaliação Formativa
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CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO
• FORMATIVA: ORIENTA E REGULA O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM
QUEM?
DEFINIR PARA QUÊ ?
PROPÓSITO
O QUÊ?
OBJECTO
ELABORAR PLANO CRITÉRIOS
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
QUANDO - CRONOGRAMA
EXECUTAR APLICAÇÃO
PLANO ORGANIZAÇÃO
ANÁLISE INF.
AVALIAR O PROCESSO
DE AVALIÇÃO
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ALGUNS PROCEDIMENTOS PRÁTICOS PARA A AVALIAÇÃO
CONTÍNUA DAS APRENDIZAGENS
Para uma efectiva utilização da avaliação contínua, é preferível o
uso de perguntas escritas no início ou no fim da aula, de
perguntas orais no início, durante ou no fim da aula, a orientação
e correcção dos trabalhos de casa, a realização dos trabalhos em
pequenos grupos e a observação individualizada do desempenho
de cada um(a) dos(as) alunos(as) ou grupo de alunos ou ainda de
alunos seleccionados.
ÁREA ÁREA
PSICOMOTORA AFECTIVA
ÁREA HABILIDADES IMPLICAÇÃO ÁREA
COGNITIVA HÁBITOS CONVICÇÃO CRIATIVA
COMPETÊNCIAS ACTUAÇÃO
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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E SUA CONSTRUÇÃO
A diversidade de objectivos curriculares e a necessidade de
atender a diferentes domínios de aprendizagem,
comportamentos e atitudes impõem a utilização de diversos
instrumentos de avaliação. O uso de um instrumento, por si só,
não nos permite avaliar cabalmente os aspectos dos domínios
anteriormente citados.
Por esta razão, é necessário que o professor use diferentes
instrumentos de avaliação já que a utilização de um único
instrumento de avaliação como tem sido em muitos casos a
prova, não permite conhecer integralmente os pontos fortes e
fracos do objecto ou sujeito de avaliação.
Na avaliação inerente ao processo de ensino e aprendizagem
utilizam-se diferentes instrumentos de avaliação agrupados em
instrumentos de recolha de dados e instrumentos de medida.
INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS:
QUESTIONÁRIO
Ainda há quem pense que para saber se o aluno aprendeu o que lhe
foi ensinado durante um trimestre ou ano lectivo deve fazer muitas
perguntas, correspondendo cada pergunta a uma unidade do
programa. Outros ainda elaboram provas com perguntas ou exercícios
muito difíceis. Há quem elabore provas com perguntas ou exercícios
muito fáceis. Muita das vezes elaboramos provas com perguntas
ambíguas, quer dizer, perguntas que exigem mais de uma resposta,
sem contudo distribuií-la por alíneas.
RECOMENDAÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO DAS PROVAS
• PRECISE OS OBJECTIVOS
• USE LINGUAGEM CLARA E SENCÍVEL
• ASEGURE-SE QUE A GRAMÁTICA SEJA CORRETA
TANTO NAS PERGUNTAS COMO NAS POSSÍVEIS
RESPOSTAS.
• ENUNCIE O PROBLEMA COM CLAREZA E EM FORMA
COMPLETA
• DESCARTE PERGUNTAS QUE ENCERRA ALGUM TIPO
DE CONTROVERSIA.
• ASSEGURE-SE QUE AS RESPOSTAS INCORRETAS
NÃO SEJAM PELA MÁ FORMULAÇÃO DAS PERGUNTA
• PROPORCIONE INSTRUCÇÕES CLARAS PARA CADA
TIPO DE PREGUNTA 129
• AS PERGUNTAS DEVEM SUPERAR O NÍVEL DE
MEMÓRIA OU RECORDAR UNICAMENTE
INFORMAÇÃO.
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• PONHA TUDO O QUE PRECISE O ENUNCIADO
PARA QUE AS ALTERNATIVAS SEJAM O MAIS
BREVES POSSIVÉIS.
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Fases de construção de uma prova:
a) Definir objectivos e seleccionar os conteúdos que serão objecto de avaliação;
b) Seleccionar material de suporte, se for caso disso;
c) Definir a estrutura da prova;
d) Fixar o tempo de execução da prova,
e) Fixar o formato e o número total de perguntas, tendo em conta, nomeadamente:
os tipos de perguntas;
a natureza dos conteúdos a serem avaliados;
o grau de dificuldades das perguntas;
f) Definir os pesos relativos a cada objectivo à avaliar;
g) Determinar o grau de rigor relativamente a cada pergunta;
h) Construir as perguntas;
i) Construir a correcção modelo e os critérios de classificação de cada pergunta;
j) Resolver a prova(se possível por outra pessoa)
k) Proceder a eventuais reajustamentos.
l) Elaborar as instruções de aplicação.
Continuação …
Para além disso, é necessário ainda ter em conta o seguinte;
tipo de perguntas a que habituamos o aluno durante as
aulas; utilização de uma linguagem flexível, isto é, palavras
que os alunos conhecem para que entendam sem
dificuldades; elaboração da prova com perguntas desde as
mais fácies as mais complexas(que exigem maior reflexão
do aluno), tendo sempre em conta os níveis de
desenvolvimento e compreensão dos alunos, perguntas de
reprodução(que exigem repetição de definições por
exemplo) e de aplicação(que exigem interpretação
aplicando definições para se chegar à resposta); evitar a
interdependência das perguntas e a utilização de perguntas
ambíguas; o mesmo conteúdo não deve ser questionado
mais de uma vez na mesma prova; etc.
Tipos de perguntas
a) Perguntas de resposta curta:
Consistem em questões simples e sem ambiguidades, das quais
se esperam respostas breves e claras. Esse tipo de perguntas
serve essencialmente, para avaliar os conhecimentos do aluno
sobre conceitos, leis, teoremas, métodos ou procedimentos,
fenómenos, propriedades ou características de um objecto de
estudo, etc.
Vejamos alguns exemplos:
i. Quem foi o primeiro Presidente de Angola?
ii. Quantos lados tem um quadrado?
iii. Qual é a fórmula para calcular o volume de um cilindro?
iv. Qual é a capital da República de Angola?
b) Perguntas de completamento :
Essas perguntas são elaboradas de forma tal que o
aluno preenche os espaços vazios, em função do
conteúdo das frases.
São exemplos desse tipo de perguntas, as seguintes:
1. O número 1 é o sucessor do número ____.
2. O mês de Janeiro tem ____dias.
3. A cidade de Benguela situa-se no ______ de Angola.
4. Complete a seguinte equação química:
C(s) +____ = CO2(g)
c) Perguntas de verdadeiro e falso :
Consistem num conjunto de afirmações verdadeiras(correctas) e
falsas(incorrectas) sobre determinados conteúdos, para o aluno
indicar as afirmações verdadeiras e as falsas.
Vejamos alguns exemplos:
2) Assinale com V ou F as seguintes afirmações conforme sejam
verdadeiras ou falsas respectivamente:
__ O primeiro Presidente de Angola chama-se José Eduardo dos
Santos.
__ A capital de Angola é Luanda.
__ A província do Bié encontra-se situada no Leste de Angola.
__ A cidade do Uíge é a capital da província com o mesmo nome
__ A República de Angola tornou-se independente aos 4 de
Fevereiro de 1975.
d) Perguntas de associação ou de correspondência :
Consistem em medir a relação entre factos e ideia,s colocados
em grupos diferentes.
Exemplos:
1) Associe os nomes das províncias de Angola da coluna A com
os nomes das respectivas capitais, na coluna B:
Coluna A Coluna B
1- Bengo 1- Uíge
2- Zaire 2- Kuito
3- Bié 3- Caxito
4- Kuanza-Norte 4- Mbanza Congo
5- Uíge 5- Ndalatando
6- Luena
e) Perguntas de escolha múltipla:
Consistem em perguntas com várias respostas, das
quais apenas uma é que corresponde à referida
questão. As outras respostas são aproximadas à
resposta correcta.
Exemplos:
1. Dados os seguintes materiais, seleccionar com um X
o de origem vegetal.
------ queijo
------ mármore
------ sumo de laranja
------ turfa
f) Pergunta de composição curta
Conteúdo da resposta muito limitado, quer pelo âmbito do
tópico, quer pela limitação que a pergunta impões.
Exemplo: Das três prendas que a madrinha deu à menina, qual
consideras a mais valiosa justifica a tua resposta.
g) Composição extensa
São questões ou temas para desenvolver com ou sem indicação
de parâmetros para resposta.
Exemplo: Imagina o diálogo entre o Príncipe pastor e o Mágico,
quando estes se encontram na montanha. Escreve entre 15 e 25
linhas. Dá um titulo ao diálogo.
h) Perguntas de transformação
Consiste na transformação do conteúdo apresentado ao aluno
mudando o sentido inicial que se deu.
Exemplo: Transforma a frase seguinte numa frase negativa.
- Que linda está a escola!
Resposta: Que feia é esta escola!
i) Perguntas de ordenamento
Não são mais do que conjunto(s) de elemento(s) para organizar
segundo uma ordem definida.
Exemplo: Escreve as palavras seguintes por ordem alfabética:
batata, banana, bata, banir, bando
Resposta: banana, bando, banir, bata, batata,
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE
CADA TIPO DE PERGUNTAS
PERGUNTAS DE RESPOSTA CURTA E PERGUNTAS DE COMPLETAMENTO
Vantagens
• São fáceis de construir e classificar;
• Não permitem ao aluno adivinhar a resposta;
• São úteis para testar conhecimentos a nível da compreensão e da
• Memorização
• Permitem abarcar múltiplos objectivos no mesmo teste, pois a
• leitura e a resposta são rápidas.
Desvantagens
• Regra geral, não avaliam aprendizagens complexas (os objectivos situam-se
nos mais baixos das taxonomias)
PERGUNTAS DE ASSOCIAÇÃO OU CORRESPONDÊNCIA
A) Vantagens
• São fáceis de construir e classificar
• Dão a possibilidade de, num só item, avaliar aprendizagens
relacionadas entre si.
• Dado o número de combinações possíveis, é difícil de adivinhar
as respostas.
B) Desvantagens
• Em geral, não avaliam aprendizagens muito complexas.
• Cada pergunta só pode ser usada com conjuntos de elementos
homogéneos (a pergunta constitui um todo relativo à mesma
matéria).
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, a organização
das ideias e a criatividade dos alunos.
PERGUNTAS DE VERDADEIRO E FALSO
Vantagens
• São facilmente entendidas pelos alunos.
• São fáceis de classificar
Desvantagens
• Possibilitam que o aluno opte por um padrão de resposta.
• Possibilitam que o aluno responda aleatoriamente.
• São difíceis de construir.
• Avaliam conhecimentos que só se podem classificar em duas
categorias (verdadeiro e falso).
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, a organização
das ideias e a criatividade dos alunos.
PERGUNTAS DE ESCOLHA MÚLTIPLA
Vantagens
• Permitem avaliar comportamentos, mesmo a níveis mais altos, das
taxonomias dos objectivos.
• A sua classificação é simples e rápida.
• São facilmente entendidos pelos alunos de todas as faixas etárias.
• A probabilidade do aluno adivinhar a resposta pode ser controlada,
quer aumentando o número de opções por pergunta quer o número
de perguntas por objectivo.
• Podem ser construídos tendo em vista a detecção de causas de erros
dos alunos.
Desvantagens
• A construção das perguntas exige muito mais tempo.
• Por vezes é difícil encontrar opções falsas.
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, de organização das
ideias e a criatividade.
PERGUNTAS DE COMPOSIÇÃO CURTA OU EXTENSA
Vantagens
• Permitem avaliar a capacidade de expressão escrita, a organização de ideias
e a criatividade.
• Permitem avaliar aprendizagens complexas que envolvem capacidades de
seleccionar, organizar, integrar, relacionar, avaliar a informação de modo a
redigir respostas a problemas, no sentido mais amplo deste termo.
• Podem ser utilizadas no domínio afectivo e expressivo de atitudes, valores e
opiniões.
B) Desvantagens
• Colocam questões com falta de objectividade na classificação.
• Requerem muito tempo de análise, ou seja, são trabalhosas na
classificação.
• São pouco adequadas para avaliar aprendizagens simples ou diagnosticar
dificuldades específicas dos alunos.
MATRIZ DE UMA PROVA
A Matriz de uma prova não é mais do que o
projecto que serve de base para a construção de
uma prova.
A matriz da prova leva o avaliador (professor)
seleccionar os objectivos a avaliar e com eles os
conteúdos, determinar a quantidade de
perguntas e o tipo para cada conteúdo,
determinar o peso(cotação) por objectivo de
acordo com a complexidade da pergunta, etc.
Exemplo: para a construção de uma prova de Matemática para o 1º ano:
1. ISCED - Huambo
2. Cadeira : Matemática Geral
3. Tipo de prova: Escrita
4. Destinatários: estudantes do 1º ano
5. Intervenientes: estudantes do 1º ano, Professores do sector de Matemática
6. Duração: 120 minutos
7. Estrutura:
a) Objectivos: - calcular equações de duas variáveis.
- Comparar os monómios.
- Aplicar os sinais posicionais fazendo diferentes cálculos.
- Resolver problemas matemáticos aplicando a tabela de trignometria.
b) Conteúdos:
- equações deferenciais.
- monómios.
- Revisão dos sinais posicionais.
Continuação …
c) Competências: - Conhecimento e reconhecimento de equações com duas variáveis.
- Domínio de monómios.
- Utilização dos números naturais em cálculos com diferentes sinais matemáticos.
- Interpretação e resolução de problemas trigonométricos.
d) Número, tipo de perguntas, conteúdo e cotação:
- Uma pergunta de composição curta para comparar equações com duas variáveis,
cinco (5) valores.
- Uma pergunta de resposta curta para dividir monómios com quatro alíneas, quatro
(4) valores.
- Uma pergunta de completamento, fazendo cálculos com diferentes sinais, tendo
quatro alíneas, cinco (5) valores.
- Uma pergunta de composição curta sobre um problema simples que implica
trigonometria, seis (6) valores.
8. Material necessário: esferográfica azul ou preta, folha de rascunho, tabela de
trigonometria, máquina calculadora.
9. Instruções de aplicação: - Os alunos devem sentar-se um em cada carteira, não
devem conversar, cada um deve trazer o seu material, a prova não deve ser explicada,
não é permitida a saída e entrada de alunos antes do tempo previsto.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE UMA PROVA
Os critérios de classificação de uma prova são o conjunto de normas a observar com
vista à atribuição de notas a cada uma das perguntas. Esses devem ser determinados
na altura da construção da prova.
Por exemplo, a uma mesma pergunta o(a) aluno(a) dá duas respostas das quais uma
certa e outra errada.
O que fazer para este caso se não são definidos os critérios de classificação?
Se os critérios de classificação da prova não forem definidos, caberá ao classificador
decidir o que fazer. E é essa prática que, em muitos casos, torna a avaliação mais
subjectiva.
Para se evitarem situações dessa natureza, é bom definir os critérios de classificação,
que para esse caso pode ser: tendo o(a) aluno(a) dado duas respostas a uma mesma
pergunta sendo uma certa e outra errada, o critério é: considera-se a primeira,
independentemente de ser a certa ou a errada ou anulam-se as duas respostas.
Qualquer uma dessas decisões constitui critério de classificação.
Os critérios de classificação são definidos depois da construção da prova, juntamente
com a construção da correcção modelo da mesma.
PROCEDIMENTOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DA PROVA
a) Ler primeiro todas as provas dos alunos da turma e depois proceder a classificação;
b) Fazer a classificação das provas começando pelas provas dos alunos mais fracos da
turma;
c) Fazer a classificação começando pelas provas dos alunos mais fortes da turma;
d) Classificar as provas seguindo a ordem de recepção das mesmas ou de forma
aleatória.
É sensato, talvez, colocar-se para reflexão duas (2) questões:
a) Qual dos procedimentos anteriores é o melhor?
b) Será que o procedimento que considera melhor evita consideravelmente o carácter
subjectivo da avaliação?
Para realmente diminuir-se o carácter subjectivo da classificação, quer dizer para que
o classificador não tenha influência excessivamente negativa ou positiva no resultado,
há experiências que dizem que nenhum dos procedimentos anteriores é aconselhável,
pois, em qualquer um deles, a classificação das provas obedece sempre a um cenário
arcaico e que deve ser ultrapassado; pegar numa prova e classificá-la completamente
do princípio ao fim.
Continuação …
a) As provas devem ser classificadas seguindo a ordem em que foram
recolhidas.
b) Caso se trate da prova parcelar, o professor não deve classificar as
perguntas da prova de um mesmo aluno começando do princípio ao
fim, mas classificar as provas seguindo a ordem de recolha,
começando pela primeira pergunta de cada uma das provas, depois a
segunda e assim sucessivamente.
Por outras palavras, as respostas da prova de cada um dos alunos não
devem ser classificadas de forma sequencial das perguntas senão
alternando a classificação das respostas às perguntas de prova por
prova dos seus alunos.
Concluindo os procedimentos de classificação tanto da prova parcelar
quanto da do exame aqui apontados, permitem diminuir
significativamente o carácter subjectivo do processo de classificação
de provas.
Exercício
1. Explique a relação da avaliação com os outros
componentes do PEA.
2. Reflicta: