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DIDÁCTICA

GERAL

“Não podeis preparar os vossos


estudantes para que construam amanhã
o mundo de seus sonhos, se vós já não
crês em esses sonhos; não podeis
prepara-los para a vida, se não crês em
ela…”
“Celestin Freinet, 1975. EMC”
INTRODUÇÃO
 Coménio, enuncia em Didáctica
Magna, “a Didáctica é a arte de
ensinar tudo a todos”
 O sonho de ensinar tudo, é dizer,
sem limitações, tentando que
cada aluno desenvolva ao
máximo suas capacidades, e a
todos, sem estabelecer nenhum
tipo de diferenças.
INTRODUÇÃO
 Caros amigos, consegui-lo é
preciso contar com docentes que
concebem a aprendizagem de
seus estudantes como a
finalidade última de seu
trabalho.
A DIDÁCTICA E OUTRAS CIÊNCIAS
A Didáctica estabelece relações muito
estreitas com ciências cujo objecto de
estudo oferece fundamentos para um
melhor estudo e conhecimento da
natureza do processo docente educativo.
 Isto permite conhecer o facto educativo
como uma realidade plural e diversa,
através da análise de cada um dos seus
elementos (as pessoas, os meios e os
fins).
As pessoas
(Psicologia da
Educação)

Os meios
Ciências (Didáctica,
Analíticas organização
escolar)

Ciências da Os fins (Filosofia


Educação da Educação)

Ciências Ciências
Sintéticas Analítico-
(Pedagogia) Sintéticas
O QUE É O IMA?

INSTITUIÇÃO SOCIAL QUE TEM COMO MISSÃO TRANSFORMAR


A SOCIEDADE.

PROCESSOS FORMATIVOS

DOCENCIA GRUPO INVESTIGAÇÃO

PRESERVAR CULTURA PROMOVER CULTURA CRIAR CULTURA

RESPONDEM A FUNÇÃO SOCIAL


CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

“Constituem uma parte do saber científico que se ocupa do estudo


da realidade educativa, tentando compreender os fenômenos
educacionais que se dão no seu seio, para mais tarde descrevê-
los, estabelecer relações entre eles, e descobrir as leis que os
regem.”

(Cabrerizo, J., 1999).


CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Gerência educacional e
Filisofia, Psicologia, e Tecnologia aplicada a
Pedagogia
Sociologia da Educação Educação

Pedagogia das idades Ciências Pedagógicas


Pedagogia especial
Pedagogia comparada
Historia da Pedagogia
Didática geral e especificas
PEDAGOGÍA:
CIÊNCIA DO PROCESSO FORMATIVO NO ÂMBITO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR.

Dimensão Dimensão Dimensão


Instrutiva. Educativa Desenvolvedora.

Conhocimentos Valores
Habilidades. Capacidade de
transformação

PROCESSO DE FORMAÇÃO ONDE SE APRENDE NÃO SÓ A

COMPREENDER A REALIDADE MAS TAMBÉM A

TRANSFORMÁ-LA.
O CONCEITO DE DIDÁCTICA

A palavra didáctica é de origem grega: didaktiké, que quer dizer arte


de ensinar. No entanto, a mesma tomou vulto após o livro de Ratke
intitulado Aphorisma Didactici Precipui, publicado em 1629, e o livro
de J. Amus Comenius, intitulado Didactica Magna publicado em
1657.

Hoje Didáctica é conceituada como “estudo do conjunto de recursos


técnicos que tem como objectivo dirigir a aprendizagem do educando,
tendo em vista levá-lo a atingir um estado de maturidade que lhe
permita encontrar-se com a realidade e na mesma poder actuar de
maneira consciente, eficiente e responsável”.
DIDÁCTICA

“A Didáctica é a ciência que estuda como objecto o


processo docente educativo, dirigido a resolver a
problemática que lhe expõe à escola: a preparação do
homem para a vida, mas de um modo sistêmico e
eficiente”.
Carlos Álvarez de Zayas, (1999).
DIDÁTICA:

CIÊNCIA DO PROCESSO DOCENTE EDUCATIVO OU ENSINO


APRENDIZAGEM.

De caráter sistêmico e eficiente com pessoal preparado para dirigi-lo nos


Marcos curriculares.

Dimensão Dimensão Dimensão


Instrutiva. Educativa Desenvolvedora.

DINAMIZA-SE A TRAVÉS DE LEIS, PRINCÍPIOS E

COMPONENTES.
INSTRUÇÃO E EDUCÃÇAO

“Instrução não é o mesmo que a educação: a instrução se refere ao


pensamento, e a educação se refere principalmente aos sentimentos.”

"Educar é depositar em cada homem toda a obra humana que lhe


antecedeu: é fazer a cada homem resumo do mundo vivente, até o dia em
que vive: É pô-lo ao nível de seu tempo, para que fluctue sobre ele, e não
deixá-lo debaixo de seu tempo, com o que não poderá sair a flutuação; é
preparar ao homem para a vida".

José Martí: Obras Completas, Havana, Editorial


Política, 1972. Escola de Electricidade. Tomo 8
P. 281- 284
COMPETÊNCIAS DA DIDÁTICA DO ENSINO

a) Identificar os problemas profissionais principais e os mais comuns e


fundamentais em geral.
b) Perceber as regularidades do processo de formação em cada uma
das profissões, tanto de caráter geral como específicas.
c) Elaborar os objectivos e as exigências das profissões, assim como
a estruturação dos processos de transmissão e assimilação que
permitem o desenvolvimento da personalidade do trabalhador productor.
d) Interpretar os fenômenos específicos dos processos de
aprendizagem do conteúdo.
e) Classificar as formas de organização específicas do
ensino de acordo com a formação profissional de que se
trate: actividades docentes nas salas-de-aula especializadas,
os laboratórios, as oficinas docentes, as áreas de práticas e
de produção e o trabalho nas entidades produtivas e de
serviços.
f) Explicar as tendências e o desenvolvimento teórico dos
processos de elaboração dos desenhos curriculares para a
formação de profissionais.
g) Descrever as particularidades da direcção do processo
pedagógico profissional, em correspondência com a teoria e
prática da ciência da administração.
• Ensino muito académico, mais preocupado em erudição
e detalhes do que com a funcionalidade dos
conhecimentos.

• Maior preocupação em transmitir conhecimentos do


que incentivar a procura dos mesmos, deixando, com
isto, de desenvolver o espírito de pesquisa do
estudante.
DEFICIÊNCIA
S DO
ENSINO • Ensino mais teórico do que prático, divorciado assim,
da aplicação, da acção objectiva que tanto auxilia na
compreensão e fixação da aprendizagem.

• Deficiente preparo didáctico do corpo docente, que


representa outro aspecto negativo com relação ao
ensino. Aliás, é, praticamente, o único nível de ensino
com exercício do magistério sem adequada formação
didáctica…
PROBLEMAS DA DIDÁCTICA

Abordagem Humanista: Tem como o centro a dimensão


humana no PEA preocupa-se com aquisição de atitudes
como: empatia, calor humano.

Abordagem Técnica: A aprendizagem é uma acção


intencional e sistemática organizado da melhor maneira
possível, objectivos instrucionais, o conteúdo, estratégias,
avaliação.

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Regras para ensinar e aprender segundo Comenius:

1. Começar cedo, antes da corrupção da inteligência;

2. Proceder das coisas gerais para as particulares;

3. Dar exemplos antes de ensinar as regras;

4. Das coisas mais fáceis para as mais difíceis;

5. Não sobrecarregar com os trabalhos escolares;

6. Deve ter-se em conta as características próprias


da idade.
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TAREFAS DA DIDÁCTICA

 A profundar a base metodológica do PEA;


 Intensificar a influência educativa do ensino;
 Desenvolver o pensamento criador dos alunos;
 Aperfeiçoar as distintas formas de vincular o estudo
com o trabalho;
 Aperfeiçoar os métodos de ensino e as formas de
organizção deste;

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ASPECTOS PARA REFLECTIR

 Dificuldades que apresenta a sua Disciplina.

 Dificuldades que apresentam seus estudantes.

 Dificuldades que apresentam os professores.

 Que fazer como docente em função do exposto?

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ENSINO-APRENDIZAGEM

Ensino - vem de ensinar (latim, insegnare), que quer dizer


dar prelecções sobre o que os outros ignoram ou sabem mal.
Em didactica Ensino é toda e qualquer forma de orientar a
aprendizagem de outrem, desde a acção directa do
professor até a execução de tarefas de total
responsabilidade do educando, previstas pelo professor.

Aprendizagem – é derivada de aprender (lat. Aprehendere),


tomar conhecimento de, reter. Aprendizagem é acção de se
aprender algo, de “tomar posse” de algo ainda não
incorporado ao comportamento do individuo.
ALGUMAS CONDIÇÕES QUE DEVE REUNIR O DOCENTE:

1. Capacidade de adaptação, isto é, capacidade de se sintonizar com a


realidade humana de seus discípulos, bem como com a realidade
mesológica e sociocultural dos mesmos, a fim de, na medida do possivel,
melhorar as condições de desempenho dos estudantes e as condições
mesológicas dos mesmos;

2. Equilíbrio emocional, buscando evitar extremos de apatia ou


exaltação diante das ocorrências diárias ou mesmo excepcionais, a fim
de suscitar credibilidade diante de situações normais ou anormais que
venham a ocorrer;

3. Coerência de comportamento, isto é, não mudando de humor dia-a-


dia ou mesmo, hora a hora, o que muito perturba a confiabilidade do
estudante com relação ao professor, e não mudar de atitude
comportamental a não ser diante de argumentos ou ocorrências
convincentes;
ALGUMAS CONDIÇÕES QUE DEVE REUNIR O DOCENTE:

4. Capacidade de empatia, que consiste na capacidade de se colocar


na situação de outrem, a fim de melhor compreender, porque está
passando este outrem, o que permite melhores condições para orientá-
lo a fim de superar as possíveis dificuldades por que esteja passando.
Em outras palavras, o que permite ao professor, mais adequadamente,
assistei o estudante;

5. Capacidade de motivação, que consiste na capacidade de o próprio


professor motivar-se pelo seu empenho, por aquilo que esteja realizando
junto aos seus discíplulos, com a capacidade, também, de empolgar
intelectualmente os estudantes pela problemática que esteja sendo
estudada.
FUNÇÕES DO PROFESSOR:

Função cultural – consiste em o professor ter uma visão geral da


realidade regional, nacional e conhecimento, também, mesmo que geral,
dos aspectos essenciais de cultura geral, a fim de poder melhor assistir o
estudante na busca de melhor situar-se na árdua tarefa de tomar
consciencia da época em que vive, de maneira geral, e melhor firmar-se
profissionalmente.

Função técnica – o professor deve estar a par e de maneira actualizada,


com o conteúdo e as técnicas de sua disciplina, bem-informado, incluível,
quanto às demais disciplinas de sua área de especialização, a fim de
facilitar o trabalho de integração de sua disciplina com as demais.
Continuação ….
Função didáctica – esta é uma função que não tem tido a atenção
necessária, no ensino superior, que consiste em o professor se dedicar a
aprender os modos mais acessíveis e eficientes de orientar a
aprendizagem dos estudantes. Assim, o professor universitário deve
buscar pôr em prática os procedimentos didácticos que, em sua disciplina,
estimulem, mais eficientemente, a aprendizagem do estudante, seguindo
uma trilha de mais interesse, mais dedicação e melhores procedimentos
de acção didáctica, a fim de serem obtidos melhores resultados na
aprendizagem.

Função tutorial – esta é uma função de suma importância, que exige


maior aproximação do professor com o estudante e que consiste em
assisti-lo em suas dificuldades e estimulá-lo a prosseguir em suas
empreitadas de estudante. É, praticamente, a função de aproximação
entre professor e estudante e que, lastimavelmente, tem sido relegada a
segundo plano e da qual tanto necessita o estudante para o seu mais
adequado e melhor desenvolvimento. Ex. incentivar mais as atitudes de
reflexão (causa-efeito), (reflectir o problema tanto no espaço como no
tempo) e de responsabilidade.
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

Principios didácticos “são postulados gerais sobre a estruturação do conteúdo, a


organização e os métodos de ensino que se derivam das leis e dos objectivos de

ensino, que expressam o complexo carácter desta ciência …” .


Lothar Klingberg (s/a)

M. Silvestre (1994), C.Alvarez (1996), J.Zilberstein (2000), ,Valle Lima (2000), Rico Montero e outros (2001),
Castellanos-(2001), Addine (2001), Silvestre Oramas (2002), J. Zilberstein (2002), Herrera Fuentes (2003), Ginoris
(2004), entre outros.
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

Carácter reitor Orienta todo processo

Carácter geral Se aplica em todas as disciplinas e níveis de ensino

Essencial Determina os conteúdo, os métodos e as formas de organização

Obrigatório O incumprimento converte o processo docente em caus

Em consequência, o cumprimento de um supõe o cumprimento dos


Carácter de sistema. demais e o incumprimento de algum afecta o sistema
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

.
Princípio do carácter científico

Princípio da sistematicidade
Princípio da vinculação da teoría com a
práctica
Princípio do carácter educativo
do ensino.
Princípio da vinculação do concreto
e o abstracto

Princípio da acessibilidade Princípio da solidez dos conhecimentos

Princípio do carácter consciente e da actividade


independente dos estudantes.
PRINCÍPIO DO CARÁCTER CIENTÍFICO

 Verdade objetiva dos conteúdos do P. D.


 Actualidade dos conteúdos.
Regras para aplicar este
 O aluno pensa por si mesmo adotando seus principio

pontos de vista cientificamente


fundamentados.
 Direcção didática e científica

 Tudo o que se ensina deve ser objectivamente verdadeiro.


 Nas aulas aproveitar totalmente as potencialidades educativas
do conteúdo.
 Levar aos alunos do conhecimento científico às convicções.
 Aproveita todas as possibilidades para trabalhar a educação
cívica do aluno.
PRINCÍPIO DA SISTEMATIZAÇÃO

Estrutura sistemática das ciências


que proporcionam o conteúdo do processo docente pelas leis que o regem

Relação entre a lógica e a ciência e a lógica da profissão


Permite

 Ordenar o conteúdo do processo docente.


 Consolidar de forma sistemática o conhecimento adquirido.
 Desenvolver sistematicamente as capacidades, habilidades e competências dos estudantes.
 Comprovar regularmente os conhecimentos, capacidades, habilidades e competências dos
estudantes
 Educar de maneira sistemática e planeada.
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA TEORIA COM A PRÁCTICA

Proporcionar conhecimentos teóricos vinculados com a pratica,


desenvolvendo nos alunos a capacidade de aplicar na pratica social

Formas fundamentais

 Derivação e obtenção de novos conhecimentos da prática (a


prática como base do conhecimento).
 As afirmações teóricas comprovadas pela prática
 Aplicação dos conhecimentos na prática como objetivo do
conhecimento. Valor prático
 Educar para a vida e na vida: ideia reitora de uma educação
do
conhecimento
próspera. adquirido
PRINCÍPIO DA UNIDADE DO CONCRETO E O ABSTRATO

Necessidade de estabelecer uma relação adequada entre


o conhecimento sensorial e racional do processo docente

O concreto O abstrato
no P D No P D
Coisas e
fenómenos Conceitos, juízos,
nas suas relações, o geral, o essencial.
o único, o especial

Unidades
inseparáveis
PRINCÍPIO DA EXEQUIBILIDADE

Relação entre o que o professor exige ao aluno e o que este é capaz de fazer

Exequibilidade é

Expor exigências no rendimento e na conduta dos


alunos, e que possam cumprir com certo esforço,
aumentando a capacidade de rendimento deles.
PRINCÍPIO DO CARÁCTER CONSCIENTE E DA ACTIVIDADE
INDEPENDENTE DOS ESTUDANTES.

Para o que aprende, trabalha; para o que


Coménio:
ensina, a direcção

 Estimular a curiosidade científica, a disciplina de estudo, a perseverança, a


autoexigência.
 Estimular que os estudantes exponham, fundamentem e defendam seus
pontos de vista
 Educar o esforço intelectual sem desconhecer as possibilidades do aluno.
 Garantir o nível de exigência uniforme no coletivo docente

Carácter consciente
da aprendizagem
PRINCÍPIO DA SOLIDEZ DOS CONHECIMENTOS.

Essência Contradição entre a assimilação e o


esquecimento como princípio psíquico
normal.
Encontra um suporte fundamental na
sistematicidade

Nele estão presente os aspectos relacionados


com a vontade e a direcção do trabalho pelo
docente
LEIS DA DIDÁTICA

Relação Escola – Relação entre a

Sociedade instrução e a educação

Relação entre os Relação entre a integração


componentes do P.E.A e a derivação

Regem e dão movimento ao P.E.A


PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM:
componentes

SOCIEDADE

OBJECTIVOS

CONTEÚDO MÉTODOS

ALUNO
AVALIAÇÃO
GRUPO MEIOS

PROFESSOR

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Componentes do processo de ensino - aprendizagem

Evaluação Problemas Objecto

Forma de Aluno - Professor - grupo


ensino Objectivo

Medios Método Conteúdo

Sistema de Sistema de
conhecimento habilidades
Leis da didáctica
Sistema de valores
COMPONENTES NÃO PESSOAIS DO P.E.A.

O 1º componente do processo é o problema. Esta é a situação de um


objecto que gera uma necessidade em um sujeito que desenvolve um
processo para sua transformação. O problema; em tanto situação, tem
um caráter objectivo; em tanto necessidade, deixa-o também um
caráter subjectivo.

O 2º componente é o objecto que é a parte da realidade portador do


problema e deve ser modificado no processo.
COMPONENTES NÃO PESSOAIS DO P.E.A.

O 3º componente é o objectivo, que é o propósito, a aspiração que o


sujeito se propõe alcançar no objecto para que, uma vez transformado,
satisfaça sua necessidade e resolva o problema. Em tanto o selecciona o
sujeito tem um marcado caráter subjectivo.
O 4º componente é o conteúdo. Para alcançar esse objectivo o estudante
deve formar seu pensamento, cultivar suas faculdades, mediante o domínio
de uma parte do saber que está presente no objecto em que se manifesta o
problema.
• O 5º componente é o método, que é a estrutura, a ordem dos passos
que desenvolve o sujeito, em sua interacção com o objecto, com o
passar do processo.

• O 6º componente é a forma, que não é mais que a ordem que se


adota do ponto de vista temporário e organizacional para
desenvolver o processo.
O 7º componente são os meios que se utilizam para transformar o
objecto.

O 8º componente é a avaliação que é a constatação periódica do


desenvolvimento do processo, de modificação do objecto.
ANÁLISE DOS COMPONENTES DA
DIDÁTICA
SOCIEDADE
NECESSIDADES SOCIAIS
FUNÇÃO SOCIAL

CIÊNCIA Políticas Educativas

Personalidade
profissional
PROCESSO
INSTRUÇÃO
ENSINO-APRENDIZAGEM
ASSISTENCIAL OU LABORAL
OBJECTIVOS

FORMAS DE
CONTEÚDOS MÉTODOS ENSINO AVALIAÇÃO

ACADÉMICO INVESTIGATIVO
MEIOS
Necessidade de aprendizagem em
PROBLEMA
relação com as necessidades sociais.

OBJECTO OBJECTIVO

Transformação que se aspira no


Parte da realidade a estudante em relação com o objeto
estudar. para resolver o problema.

ELEMENTO REITOR
Necessidade Motivo

OBJECTIVOS TAREFA HABILIDADE


Metas Actividade Sistema de
Ideais de acções
aprendizagem

Sistema de
operações

HÁBITOS
OBJECTIVO

 Em relação com a aprendizagem e transformação do


estudante.

 Potencializa-se a habilidade ou capacidade a desenvolver.

 É orientador metodológico do processo.

 É Reitor.

 Deve ter uma só intenção pedagógica: a acção mais geral.


OBJECTIVO

COMPONENTES DO OBJETICVO:

Habilidade ou Objecto de Através de Componente


Capacidade Estudo o que se vai a Axiológico
obter

CARÁTER REITOR

 Claro
 Lógico
QUALIDADES DE UM OBJECTIVO  Concreto
 Factível
 Avaliável
MICROSSISTEMA

HABILIDADE

ORIENTAÇÃO EXECUÇÃO CONTROLO


Estar orientadas para a ideia reitora e
permitir revelar ou aprofundar o
conhecimento.

Formar-se apoiando-se nas leis do


processo de assimilação e com a
qualidade requerida.
Estar orientadas para a solução de tarefas
e formação de modos de actuação
profissional.
Sistema de Habilidades

OPERAÇÕES E
MÉTODOS DO
PENSAMENTO

LÓGICO-
AUTO-EDUCAÇÃO ESPECÍFICAS
INTELECTUAIS

LÓGICO
DIALÉCTICAS
Sistema de Habilidades
em Ciencias Agrárias

Comparar

Identificar Definir Classificar

Descrever Explicar Predizer


Promover
Prevenir
Valorizar
Diagnosticar
Tratar
Compreender Interpretar
Necessidades
sociais

Fim da educação

Objectivos Gerais da Educação

Objectivos do Curso
(Modelo do Profissional)
Derivação gradual
dos objectivos Objectivos de Cada Ano

Objectivos de Cada Disciplina

Objectivos de Cada Cadeira

Objectivos de Cada Unidade

Objectivos de Cada Sistema de


Aulas

Objectivos de Cada Aula


SUGESTÃO

 Confeccione sistemas de  Cada objectivo contemplará: o


objectivos. conhecimento e a habilidade a
desenvolver, assim como o nivel
 Delimite bem um objectivo
de profundidade, nível de
do outro. assimilação e as condições de
 Expresse com clareza o estudo requeridas.
câmbio ou transformação  Ajuste sua formulação a sua
que pretende alcançarr. viabilidade.
 Seleccione com cuidado as  Os objectivos específicos não
palavras e os verbos. podem ser iguais em duas
situações diferentes.
 Cada enunciado terá um só
 Submeté-los a crítica do grupo
verbo.
docente.
 Elaborá-lo com critério de  Aperfeiçoe o sistema de
Sistema. Relacione-o lógica objectivos permanentemente.
e pedagógicamente.
Identificar, em cortes histológicos ou
imagens impressas, os tipos celulares
presentes num esfregaço de sangue humano
normal.
Explicar, tendo em conta os princípios
físicos do trabalho do coração como bomba,
a origem e características dos ruídos
cardíacos normais.

- Habilidade - Nivel de
profundidade
- Condições

- Conteúdo
ENFOQUE CONSTRUTIVO
DOS OBJECTIVOS

Disciplina: Morfofisiologia
Humana
Carreira: PNFMIC
Ano: 1º

Derivación dos Objectivos


Disciplina: (Nível Máximo de Generalização)

Explicar as bases moleculares, estruturais e


funcionais que constituem as células, tecidos e
órgãos como componentes do organismo humano
em relação com o meio, atendendo a sua origem,
evolução, e inter-relação funcional, destacando los
mecanismos que regulam a conservação,
transmissão e expressão da informação genética,
auxiliando-se da bibliografia básica e complementar
em função da formação do médico integral
comunitário.
Derivação dos Objectivos (Cont.)

Cadeira : MORFOSISIOLOGIA HUMANA II

Explicar as características morfo-funcionais do


sistema nervoso tendo em conta sua origem e
desenvolvimento, as particularidades macro e
microscópicas de seus componentes e suas
inter-relações, assim como os mecanismos
que regulam suas funções; utilizando a
bibliografia básica e complementar
correspondente.
CONCLUSÃO

 Os objectivos são a categoria reitora do PEA.

 Devem elaborar-se na pessoa do estudante.

 Os objectivos instrutivos devem construir-se tendo


em conta seus componentes fundamentais.

 A habilidade é o seu núcleo fundamental.

 Devem dar resposta não só ao saber


(conhecimentos) se não ao que fazer com esse
conhecimento (desenvolvimento de competências ou
modos de actuação profissional).
CONTEÚDO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
O que se entende por conteúdo?
… É a parte da cultura seleccionada com sentido
pedagógico, para a formação integral do educando. O
conteúdo como reflexo da ciência e da sociedade em geral
leva implícito as potencialidades para que o homem o
enriqueça, o transforme e se transforme a si mesmo.
(Rita Alvaréz de Zayas, 2000).
ELEMENTOS DO CONTEÚDO

Sistema de habilidades e
Sistema de conhecimentos: são hábitos intelectuais e práticos:
as noções, representações, constituem a base das múltiplas
conceitos em relação com os actividades que deve realizar o
fenómenos, leis e hipóteses da aluno. É a forma que tem o aluno
realidade, assim como seu de relacionar-se directamente
processo e interrelação. com a realidade para conhece-la
melhor e contribuir na sua
transformação.

Sistema de normas de relação com o mundo: constituem a base das


convicções, princípios, concepções ou enfoques criados ao longo do
desenvolvimento da sociedade.
FACTORES QUE DETERMINAM A SELECÇÃO DO
CONTEÚDO

• Sociais: Depende da missão de cada sociedade e do tipo de


homem a que se aspire.
• Lógicos: Se relacionam com a determinação dos sistemas de
conhecimento e habilidades. Relação que se estabelece entre a
ciência e cadeira.
• Psicológicos: Se refere a idade dos alunos. Suas diferênças
individuais, desenvolvimento de seu pensamento e
características de sua personalidade entre ountros.
Problemas associados ao conteúdo que influem na
optimização do PEA nos centros de ensino superior

 Rapidez com que cresce o volume de informação em relação


com a aplicação dos resultados de investigações e o
desenvolvimento da ciência e a tecnologia.
 Rapidez com que muda o significado do conteúdo, se o
professor não se actualiza pode levar erros ou conceitos e
metodologias desactualizadas no tratamento de um tema.
 A importância cada vez maior que adquire o processo ensino-
aprendizagem, saber separar o essencial e o não essencial.
Vias essenciais de formação de conhecimento segundo
Novak

Via indutiva: do particular para o geral


Ex: se oferece a definição para chegar as características,
causas, consequências.

Via dedutiva: do geral para o particular


Ex: se oferecem dados, características, causas,
consequências, relações para se chegar a definição.
CONTEÚDO DO P.E.A.

 Aspectos da cultura acumulada CONHECIMIENTOS

associados a um objecto de estudo.

 Modos de interatuar as pessoas com os HABILIDADES

objectos na atividade cognitiva.

 Significado que dá aos objectos que se VALORES

estudam e que se expressam em

atitudes em relação com as


COMPONENTES DO CONTEÙDO
necessidades da sociedade
Expressam-se em forma de
invariantes no P.E.AE
HABILIDADES

ATIVIDADE COGNOSCTIVA QUE DESENVOLVE O ESTUDANTE PARA O INTERACTUAR COM


O OBJECTO DE ESTUDO E TRANSFORMÁ-LO.

Deriva-se em acções e operações algoritmizadas no


essencial

INVARIANTES
TEMA: OBTER UMA HABILIDADE, UM CONHECIMENTO.

ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA


DESENVOLVIMENTO
DO CONTEÚDO E DA HABILIDADE

 Orientação e motivação.
 Assimilação da actividade.
 Domínio da habilidade.
 Sistematização da habilidade.
 Evaliação da habilidade.

Condiciona a estrutura metodológica


do processo DEFINIÇÃO DE FORMAS
MÉTODOS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Método

Via ou caminho para que se efectue a aprendizagem

Reflete-se através dos modos de actuação de quão


sujeitos intervêm no processo de ensino-aprendizaje.

Métodos de ensino Métodos de aprendizagem

Caráter social Carácter individual


Necessidade do estudante A actividade

A comunicação
A motivação

Características Autorregulação
Carga emocional do método

Autorrealização
Busca criativa
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

SEGUNDO OS
SEGUNDO A NÍVEIS DE
SEGUNDO
RELAÇÃO INDEPENDENCIA
A FONTE DA
DO CONTEÚDO PROFESSOR- ACTIVIDADE
ALUNO COGNOSITIVA
1.métodos verbais
Métodos • descrição
segundo a • narração
fonte • explicação
• diálogo
do • trabalho com livros
conteúdo • trabalho com materiais
periódicos
• trabalho com tabelas
2.métodos visuais
• trabalho com imagens
• trabalho com esquemas
• trabalho com fotos 3.métodos práticos
• trabalhos com gráficos • experimentação
• trabalhos com projeções • realização de exercícios
• trabalhos com mapas • trabalhos de campo
• demonstrações • elaboração de
projetos
• coleções
• exposições
Métodos 1. método expositivo.

segundo a • exemplificação
relação • demonstração
professor-
• ilustração
aluno
• exposição

2. método de elaboração 3. método de trabalho


conjunta. independente.
• conversação
Métodos
segundo os
1.- explicativo - ilustrativo
níveis de
(informativo -receptivo)
independência
da actividade 2.- reprodutivo

cognoscitiva 3.- exposição problémica


4.- busca parcial
5.- investigativo
MÉTODOS ACTIVIDADE DO PROFESSOR ACTIVIDADE DOS ALUNOS

com emprego dos meios de assimilam compreendem e


explicativo- ensino coloca aos alunos ante reproduzem o conteúdo tal
o conteúdo como foi apresentado
ilustrativo

coloca aos alunos diante a uma aplicam conhecimentos e


habilidades a uma situação
reprodutivo situação docente semelhante a
semelhante a uma já
uma já conhecida conhecida

coloca aos alunos diante de uma assimilam e compreendem as


exposição pergunta ou tarefa problémica e formas e as vias de chegar à
demonstra como resolver solução do problema
problémica

apresenta uma pergunta ou tarefa participam juntamente com o


busca problémica e participa professor na solução do
parcial conjuntamente com os alunos em
problema
sua solução

apresenta uma pergunta ou tarefa resolvem o problema


investigativo problémica aos alunos sem a participação
directa do professor
PRÓXIMO
ENCONTRO

Actividades: elaborar em função dos


objectivos do programa, o objectivo
da aula e demostre os métodos que
utilizaria para o seu alcance em
função dos conteúdos seleccionados.

77
Meios de ensino

78
Para se poder executar de maneira eficiente um sistema
de métodos, estes devem apoiar-se nos méios de ensino.
Os meios de ensino constituem diferentes imagens e
representações de objectos e fenómenos
especialmente desenhados para a docência, são o
suporte material dos métodos.

79
VANTAGENS DO USO DOS MEIOS DE ENSINO
DESDE O PONTO DE VISTA INSTRUTIVO

 Possibilitam um maior aproveitamento dos nossos órgão sensoriais.


 Se criam as condições para uma maior permanência na memória dos
conhecimentos aquiridos.
 Se pode transmitir maior quantidade de informação em menos
tempo.
 Motivam a aprendizagem e activam as funções intectuais para a
aquisição de novos conhecimentos.
 Facilitam a que o estudante seja agente de seu próprio
conhecimento.
 Contribuiem a que o ensino seja activo e que se possam aplicar os
conhecimentos aquiridos.
80
Média percentual de
aprendizagem de um homem Média percentual de dados
normal mediante os órgãos dos retidos pelos estudantes 72
sentidos horas depois da aula

 1% mediante o gosto.
 10% do que se leu.
 1,5% mediante o tacto.
 20% do que se escutou.
 3,5% mediante o olfacto.
 30% do que viram.
 11% mediante o ovido.
 50% do que viram e
 83% mediante a vista.
escutaram.
 70% do poderam discutir.
 90% do que explicaram e
realizaram praticamente.

(V. González Castro. 1992) 81


CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS DE ENSINO

 Objectos naturais e industriais: (um objecto original, um


animal dessecado ou vivo, colecções de minerais, herbário, etc.

 Objectos impressos e estampados: (gráficos, tabelas e


meios tridimensionais representativos como modelos e maquetas).

 Meios sonoros e de projecção: (inclui os audiovisuais, visuais


e auditivos).

82
MEIOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO

O software curricular contribui além de mais, a elevar o


papel protagónico do estudante, pois lhe permite seleccionar
o conteúdo a estudar aproveitando a estratégia instrutiva
especificada pelo autor, para condizir o processo de
aprendizagem.

83
Software curricular, vantagens
 Facilita o trabalho independente.
 Permite ao estudante interactuar com as técnicas mais avançadas.
 Reduz o tempo que se dispõe para partilhar grande quantidade de
conhecimentos, facilitando um trabalho diferenciado.
 Possibilidades de estudar processos que não são possíveis observar
directamente.
 A representação visual do objecto estudado.
 Autocontrol do ritmo de aprendizagem.
 Possibilidade de repetição do conteúdo em múltiplas ocasiões.
 A individualização do ensino que se reflecte na possibilidade de utilizar
programas repassadores, de formular novos problemas não resolvidos
em aulas, que estimulam o espírito de investigção científica dos
estudantes, assim como autonomizar o control dos conhecimentos
adquiridos.
 Os estudantes podem controlar a sua própria aprendizagem, construindo
o conhecimento a um ritmo e em uma direcção que se ajuata a suas
necessidades e desejos. 84
A ORGANIZAÇÃO
DO PEA

FORMAS ORGANIZATIVAS
Aula?
Processo E.A. que se organiza de modo que garante alcançar um
objetivo, que reúne um grupo estável de alunos que possuem níveis de
informação e desenvolvimento próximos e que têm que participar
activamente sob a direcção do docente.

• É mais económica ao abranger um número


Vantagens maior de estudantes.
• Permite a interação direta professor – aluno
• Obtém-se a formação de sentimentos e
hábitos
de trabalho colectivo.

• Atenção máxima a cada aluno apesar de seu


Deve resolver: caráter colectivo.
• Ajuste das etapas da formação de operações
mentais.
Formas de organização do processo docente

Individual Grupo- aula

Conferência
Tutoria a Aulas
Consultas a actividade inv.
Actividade Laboral Laboratórios

Estudo independente Práticas


Seminários
Auto preparação
TIPOLOGIA DAS AULAS
Tipos de aula Propósito Geral
Expor leis, conceitos e métodos gerais.
Conferências Desenvolver a lógica da ciência particular, a partir
das invariantes do conhecimento.

Práticas Resolver tarefas profissionais e aplicar


metodologias da ciência particular.

Seminários Exercitar a exposição oral de temas, exposições,


debate, projectos, etc.

Laboratórios Desenvolver habilidades de experimentação.


Workshop Debates de projectos, desenhos, soluções técnicas,
resultados cientístas, etc.
Visitas Observar processos produtivos complexos, cultivos
especiais, áreas extensas, obras, etc
REFLEXÃO AOS TIPOS DE AULAS

 A conferência, também chamada aula teórica, é o tipo


de actividade docente em que, geralmente, o
estudante se enfrenta com os novos conteúdos e
está associada ao nível de assimilação de
familiarização, pelo que é possível alcançar certo grau
reprodutivo, em dependência dos alunos e o conteúdo
tratado.

 A aula prática é a actividade em que o aluno trabalha


com os conhecimentos e desenvolve habilidades
adquiridas na conferência e no seu estudo
independente.
REFLEXÃO AOS TIPOS DE AULAS

 Os seminários são actividades docentes, donde os


estudantes levam a responsabilidade da mesma, sendo a
discussão uma das actividades que as caracteriza.

 As práticas de laboratório são, efectivamente, trabalho de


laboratório, como seu nome o indica; na mesma se deve
recordar em cumprir o princípio didáctico da vinculação da
teoria com a prática nos dois sentidos, isto é, que os
conhecimentos teóricos se levem a prática e que o
estudante possa justificar teóricamente as actividades
práticas que realiza.
• Actualmente se evidenciam que as conferências ou classes teóricas
devem ocupar só 25-30 % do tempo total da cadeira, de modo que cada
conteúdo possa ser tratado em mais de uma actividade prática, ou
seja aula prática, prática de laboratório ou seminário, com o fim de
poder alcançar o nível de assimilação produtivo, através do trânsito
pelas diferentes etapas de assimilação e com a preparação individual
do estudante.
 
• Se deve ter em conta que se se dedica as conferências o tempo
sugerido anteriormente, isso implica que nas mesmas não se possa
detalhar todo o conteúdo da cadeira. É necessário uma análise
profunda deste para poder determinar que parte pode ser orientada
como auto-preparação e quais podem ser desenvolvidas nas aulas
práticas como são, por exemplo: deduções e demonstrações
sensíveis, que podem ser enfocadas como um exercício prático,
alcançando-se desta maneira uma maior incorporação do estudante no
trabalho integral da cadeira.
A AVALIAÇÃO

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