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ÍNDICE

Introdução.........................................................................................................................................2
1. Pedagogia e os fundamentos humanos da Didáctica.................................................................3
1.1. Contextualização...................................................................................................................3
1.2. Origem etimológica da palavra Pedagogia e Didáctica.....................................................4
1.2.1. Origem etimológica da palavra Pedagogia.................................................................4
1.2.1.1. Origem etimológica da palavra Didáctica..............................................................4
1.3. A relação entre Pedagogia com a Didáctica..........................................................................4
1.4. Funções didácticas.................................................................................................................5
1.4.1. Principais funções didácticas.........................................................................................6
1.5. A relação entre as diferentes funções didácticas na sala de aulas.........................................8
1.6. Aplicação das funções didácticas na actividade docente......................................................9
Conclusão.......................................................................................................................................10
Bibliografia.....................................................................................................................................11

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Introdução

A Pedagogia como ciência, tem uma longa história. Os seus primeiros estudos emergiram, com a
origem e o desenvolvimento da própria civilização, como aliás aconteceu com outras ciências. A
Pedagogia teve os seus primeiros grandes estudos nas obras dos clássicos da antiguidade: Platão
(427-347); Aristóteles (384-322); entre outros. A Pedagogia apresenta-se simultaneamente como
uma filosofia, uma ciência, uma arte e uma técnica de educação.
As obras de Comenius, Rousseau, Kant, Hegel, Herbart, Chemischevski, Pestalozzi, Diesterweg e
Ushinski e dos clássicos do Materialismo Histórico e Dialéctico, Marx e Engels entre outros
intelectuais, ajudaram a independência da Pedagogia como ciência particular.

O presente trabalho que tem como tema funções didáticas exercem um papel muito importante ao
longo do processo de ensino e aprendizagem, por elas operam como um instrumento que faz com
que professor esteja consente das noções teóricas da sua área de formação, esboçando a sua área
pratica a fim de transformar o aluno em um sujeito que responda as demandas contemporâneas,
tais como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar diferentes linguagens,
estabelecer relações, propor soluções, com as quais defronta. Essa ação transformadora e
fundamental ao trabalho professor ou educador tendo em conta que a principal característica da
educação atualmente e a reciprocidade dos conhecimentos do professor e aluno.

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1. PEDAGOGIA E OS FUNDAMENTOS HUMANOS DA DIDÁCTICA
1.1. Contextualização
De acordo dom Amado (2007) “a Pedagogia e uma ciência da educação, juntamente com as
outras ciências da educação, embora distinguindo-se delas por causa do seu caracter cientifico e,
por conseguinte, formando um grupo a parte. As ciências da educação incluem a Pedagogia, mas
a Pedagogia não inclui as "Ciências da Educação". (...) tenhamos em conta que a pedagogia deve
fundamentar-se nas "Ciências da educação"...”. (p.56)
O autor sustenta que a Historia da Pedagogia e da Educação] permite (...) tornar mais inteligível a
pedagogia actual, pelo conhecimento do passado. Graças a ela descobrimos as origens, as vezes
longínquas, das nossas tradições educacionais. A historia [da Pedagogia e da Educação] não e,
portanto, um simples olhar deitado sobre o passado; pode ser uma das ferramentas poderosas da
compreensão do presente e pertence deste modo de direito a família das ciências da educação.”

A Pedagogia enquanto área de conhecimento aplicado, que tem por objeto a compreensão e a
intervenção construtiva nos processos educativos, é eminentemente multidisciplinar
fundamentando-se na Filosofia e em diversas Ciências. O seu campo específico se constitui de
teorias e práticas que se articulam cada vez mais com outras áreas do conhecimento permitindo
assim o desenvolvimento de lastros cognoscitivos e das competências e habilidades requeridas ao
Pedagogo (Rachide, 2015, p.89).

De acordo com o autor, a pedagogia investiga a natureza, finalidades e os processos necessários


as práticas educativas com o objectivo de propor a realização qualitativa desses processos nos
vários contextos em que essas práticas ocorrem.
No cumprimento do seu papel a Pedagogia conta com os seguintes ramos de estudos próprios:
 Teoria da Educação que estuda os aspectos essenciais do processo educativo como os
objectivos, princípios, conteúdos da educação;
 Didáctica Geral que trata das técnicas ou arte de ensinar; fundamentalmente, sobre a
planificação e realização do ensino, os métodos, meios didácticos e avaliação, entre outros
aspectos.
 Organização Escolar que integra a administração escolar, orientação pedagógica, e
supervisão educacional; que se ocupa da criação de condições humanas, materiais e
organizacionais do processo de ensino e aprendizagem;
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 História da Educação que estuda e analisa as práticas, a evolução histórica da educação no
mundo, envolvendo diversos povos.
 Filosofia da Educação que se ocupa da definição das metas (objectivos) finais que um
dado sistema educacional deve atingir num dado País ou período histórico.
Em suma, a Pedagogia ocupa-se do estudo sistemático das práticas educativas que se realizam em
sociedade como processos fundamentais da condição humana. Ela investiga a natureza,
finalidades e os processos necessários as práticas educativas com o objectivo de propor a
realização qualitativa desses processos nos vários contextos em que essas práticas ocorrem.

1.2. Origem etimológica da palavra Pedagogia e Didáctica.


1.2.1. Origem etimológica da palavra Pedagogia

De acordo com Rachide (2015), “A Pedagogia – do grego: peidós + Agogé = (criança +


condução) a ciência que estuda, teoriza sobre a educação, investigando sua natureza, finalidades,
conteúdos e métodos. Ocupa-se do estudo sistemático das práticas educativas que se realizam em
sociedade como processos fundamentais da condição humana” (p.12).

1.2.1.1. Origem etimológica da palavra Didáctica

A origem etimológica do termo didáctica procede do grego didaskein que significa instruir,
ensinar. Foi introduzido pela primeira por Ratchius (1571-1635), no seculo XVI como ciência do
ensino. Portanto, para este estudo, consideramos a aproximação do conceito de Didática a partir
de Comenius, em sua obra mais importante, Didática Magna, onde ele tenta sistematizar o
processo de ensino, e afirma, a Didática é a “arte de ensinar tudo a todos . Para Comenius
significa envolver as diferentes etapas de desenvolvimento da criança e outros condicionantes do
ensino. Assim, a Didática ocupa-se das estratégias de ensino, das questões praticadas associadas à
metodologia e dos modos de aprendizagem.

1.3. A relação entre Pedagogia com a Didáctica

A Didática e a Pedagogia têm muita riqueza formativa a oferecer aos coordenadores pedagógicos
à medida que estes, pedagogicamente, materializarem uma prática reflexiva. O campo da
Didática e da Pedagogia tem profundidade suficiente para dar respostas de maior consistência aos
problemas que permeiam a formação e a atuação dos coordenadores pedagógicos, assim como
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possibilitá-los construírem saberes pedagógicos, e ainda poderão resinificar a organização
didático-pedagógica da escola.

Segundo Libâneo (1994), a pedagogia é a ciência de educação que explica e orienta a prática
educativa, através de uma metodologia própria. Aqui há uma estreita relação na medida que se
interessa como ensinar e como realizar actividades docentes elaborando conteúdos, objectivos e
métodos de ensino. Aqui a pedagogia traça a parte teórica ou mesmo o ensino, a didáctica
completa através dessa pratica de ensino ou por outra notamos que há uma correlação, na medida
em que a didáctica é um ramo da pedagogia. Logo, a didáctica vai ter em conta os princípios
gerais da educação e a pedagogia vai praticar os tais princípios.

Em resumo, a didáctica é um ramo da pedagogia que precisa dos conhecimentos e fundamentos


pedagógicos para a sua orientação. A didáctica vai restrurarlizar, operacionalizar de acordo com
as taxas etárias.

1.4. Funções didácticas

Funções didáticas são etapas que ocorrem no processo de aprendizagem. Estas funções estão
estruturadas e sistematizada. As funções didáticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades ou por outra função
didática são todo o processo de ensino e aprendizagem que facilita o bom funcionamento do
professor na sala de aulas e que permite a assimilação do conteúdo por parte dos alunos na sala
de aulas (Piletti, 2004).

Segundo Piletti (2004), cada fase ou passo corresponde a uma só função didática dominante
embora nesta mesma fase se regista o envolvimento das restantes com o fim elas ajudam a
eficiência de assimilação da matéria. As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam
isoladamente, sobrepondo-se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que
geralmente uma função didáctica abre o caminho para efetivação da outra e que o sucesso de uma
possibilita o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de
soma e tal totalidade reflete as relações especificas de cada função didáctica com a outra de
maneira reciproca.

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1.4.1. Principais funções didácticas

Segundo Libânio (2006) as principais funções didáticas são: Introdução motivação, mediação e
assimilação, domínio e consolidação, controle e avaliação.

I. Introdução e motivação

Decorrem normalmente no principio de uma aula. Esta desempenha grande papel para o sucesso
da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar o aluno para o inicio da aula e sua fase
seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos fundamentais:
a) Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom decurso
da aprendizagem;
b) Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
c) Motivar permanentemente com fim de manter o interesse e a atenção dos alunos através
de avaliação de estímulos.
 INTRODUÇÃO
Libaneo (1994) define a introdução como a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para
estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida num contexto geral, introdução significa acto ou
efeito de introduzir, prefacio, inicio de uma certa actividades, obra ou pratica e a motivação e o
acto de motivar ação dos factores que determinam a conduta.
 MOTIVAÇÃO
De acordo com Piletti (2004) motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos
que possam favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e
incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz.

II. Mediação e assimilação

Consiste em novas matérias, isto e o professor consiste em novas matérias. A Mediação é o


trabalho do professor de viabilizar a relação cativa do aluno com a matéria de estudo, através de
objectivos, conteúdo, métodos e formas organizativas do ensino. E a ação concreta do processo
ensino aprendizagem em que o professor passa os conteúdos e envolve o dialogo e no fim faz a
síntese.

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A Mediação facilita o processo da assimilação dos conteúdos. Os alunos orientam-se para o,
contudo e este, por sua vez torna-se um condicionante para actividade de aprendizagem e, assim
sendo a atenção do professor centra-se no aluno e nos conteúdos, isto e, tanto os alunos como os
conteúdos condicionam actividade de ensino que e actividade fundamental do professor.

III. Domínio e consolidação

De acordo com Piletti (2004), o domínio e consolidação e o momento da aula em que se realizam
ações com a finalidade de sistematizar, refletir e aplicar. Enquanto por parte do domínio constitui
a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua vez a consolidação consiste em recordar a
matéria sobre habilidades e conhecimentos (p.89).
Nesta fase didática pretende-se conseguir o aprimoramento do aprendido por parte dos alunos,
para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias através de
exercícios e actividades praticas para solidificar a compreensão. Ainda nesta ordem de ideia e
preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos
afim de que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida, em
paralelo com os conhecimentos. Esta etapa deve ser caracterizada por repetição, sistematização e
aplicação, que constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o domínio
e consolidação da matéria.
Portanto, a aplicação constitui o centro do PEA e a etapa superior do incremento e
desenvolvimento das capacidades através da resolução de problemas e tarefas em situações
análogas e novas.

IV. Controle e avaliação


A etapa do controle e avaliação estão presentes em todo o P.E.A e forma ao mesmo tempo
conclusão das unidades do ensino.
Libeneo (2004) sustenta que para o professor pode dirigir efetivamente o P.E.A deve conhecer
permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este controle
vai consistir também em acompanhar o P.E.A processo de Ensino-Aprendizagem avaliando-se as
actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos.

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A avaliação como parte integrante do PEA, e uma actividade continua de pesquisa que visa
verificar ate que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se
decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
Segundo Piletti (2004), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a finalidade
de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno desta maneira, ela
não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de
comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de uma atenção especial e
reformular o trabalho com a adoção de procedimentos para ajustar tais deficiências. Por sua vez,
o aluno deve perceber que a avaliação e um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe os
objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.

1.5. A relação entre as diferentes funções didácticas na sala de aulas

As Funções Didácticas são estudadas separadamente, mas são aplicadas de forma


interrelacionada durante uma aula. Cada etapa ou passo da aula corresponde a uma função
didáctica, que é dominante, o que significa que pode haver o envolvimento das restantes, com o
fim de, no conjunto, elas assegurarem a eficácia da assimilação da matéria.

Em cada função didáctica é proposto o tempo da sua duração, o método dominante, o conjunto de
meios e formas de ensino e também as actividades do professor e do aluno. Assim, as funções
didácticas encontram-se interligadas e fazem parte integrante de uma aula que compreende um
sistema, sobressaindo a ideia de que, na prática docente, elas devem ser usadas de forma
integrada, ou seja, numa relação dialética entre todas elas. Por esse facto, enquanto num dado
momento o professor realiza uma certa função didáctica como sendo a predominante, nela integra
elementos doutras funções didácticas, como ilustra a figura abaixo.

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Sistema das funções didácticas

1.6. Aplicação das funções didácticas na actividade docente

Segundo Amado (2007) a aplicação é uma etapa fundamental para o processo de ensino-
aprendizagem, porque permite que haja aumento e desenvolvimento das capacidades através da
resolução de problemas e tarefas em situações analógicas e novas. Esta etapa é a ponte para a
prática profissional, visto que desenvolve as capacidades que devem possibilitar ao aluno o poder
de aproveitar a teoria e, posteriormente, pôr os seus conhecimentos no trabalho produtivo. Daí a
importância da aplicação para realizar a unidade entre a teoria e a prática (p.78).

Não é aconselhável apresentar aos alunos muitos conteúdos, sem que tenham a oportunidade de
pôr em prática o que têm aprendido e, muito menos, aproveitar- se do conteúdo aprendido para as
aprendizagens posteriores, através de repetição, sistematização e aplicação. Através da repetição
o professor pode: reafirmar os conhecimentos e capacidades fundamentais; controlar o nível da
situação inicial do aluno; obter uma base para avaliar a cada aluno ou a todo o grupo.

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Conclusão

Como pudemos acompanhar as características de cada uma das funções didacticas, ela exerce
como diretrizes orientadores para o professor, dão segmento o processo completo de
aprendizagem, transmissão e aquisição de diferentes qualidades elas embora separadas possuem
uma interligação profunda entre si não podendo se realizar isoladamente dai a interdependência
de uma para outras durante as diferentes fases que se sucedem no PEA. Em termos gerais uma
função didáctica abre o caminho para a efetivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o
sucesso da outra, refletindo na característica de reciprocidade.

Em relação a pedagogia, pode –se dizer que ela se ocupa também da reflexão, ordenação, a
sistematização e a crítica do processo educativo.

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Bibliografia

Amado, Casimiro Manuel Martins. Historia da pedagogia e da educação. Guião para


acompanhamento das aulas. Universidade de Évora, 2007.
Libâneo, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1994.
Piletti, Claudino. Didática Geral. Universidade Católica Campinas, São Paulo, 2004.
Rachide Fernando. Manual II de Fundamentos da Pedagogia. UP- Maputo – 2 0 1 5

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