Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISCED-HUAMBO
Sector de pedagogia
TEXTO DE APOIO DE
DIDÁCTICA GERAL
1 Ano
Especialidade: Todas
Docentes da Cadeira:
Eliseu Chipaco
Constantino Njilenjile
Regime: Semestral
ISCED-HUAMBO, 2015
A didáctica situa-se dentro da pedagogia, ou seja, é um dos ramos da pedagogia, ela é uma
disciplina mais orientada para a prática, uma vez que tem por objectivo primordial orientar o
ensino de modo a estimular a aprendizagem por parte do aluno. o estudo da didáctica faz-se
necessário para tornar o ensino mais eficiente, mais ajustado à natureza e possibilidades do
educando e da sociedade.
Alguns autores definem a didáctica como o conjunto de técnicas destinado a dirigir o ensino,
fornecendo princípios e técnicas aplicáveis a todas as disciplinas, para que a aprendizagem
das mesmas se efectue com mais eficiência. A didáctica não se interessa tanto pelo que vai
ser ensinando, mas como vai ser ensinando. Tem havido acentuada preocupação quanto à
formação didáctica do professor de qualquer nível de ensino.
Em tempos idos, era crença generalizada que, para ser bom professor, bastaria conhecer bem
a disciplina para leccionar. Equivale a dizer que bastaria ser um especialista em determinada
disciplina para bem ensiná-la. A única preocupação era a disciplina. Este era o objectivo
principal do ensino. A prática, no entanto, vem desmentindo essa assertiva “não basta
conhecer bem a disciplina para bem ensiná-la”. É preciso mais. É preciso que haja, também,
conveniente preparação didáctica. Não é só a disciplina que conta, uma vez que têm que ser
consideradas, também, o aluno e o seu meio físico, afectivo, cultural e social. É claro que
para bem ensinar, cumpre levar em conta, igualmente as técnicas de ensino ajustadas ao
nível evolutivo, interesses, possibilidades e peculiaridades do aluno.
A didáctica ajuda a tornar mais consciente e eficiente a acção do professor, ao mesmo tempo
que torna mais interessantes e proveitosos os estudos do aluno, criando-se as condições de
aprendizagem mais participativa e, consequentemente mais produtiva.
A definição da didáctica varia de autor para autor, entretanto, todas elas se referem à
Didáctica vinculada com a direcção da aprendizagem.
Nérici (1993:49), define a Didáctica como “o estudo do conjunto de recursos técnicos que
tem em mira dirigir a aprendizagem do educando, tendo em vista levá-lo a atingir um estado
de maturidade que lhe permita encontrar-se com a realidade e na mesma poder actuar de
maneira consciente, eficiente e responsável”.
Piletti (2003:42), define a Didáctica como “uma disciplina técnica que tem por objecto
específico a técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem). A didáctica, portanto,
estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos teóricos como práticos”.
Para Grácio, Didáctica é o domínio da pedagogia que tem por objecto o ensino, ou melhor, a
aprendizagem: é a arte e a ciência de fazer aprender.
A didáctica tem como objecto de estudo a actividade do professor, quer dizer, ensinar, e suas
relações com a actividade dos alunos, a aprendizagem. Portanto, a didáctica debruça-se
fundamentalmente ao estudo dos processos de instrução e de educação que leva à formação
de convicções.
Assim, a didáctica pode ser definida como a teoria geral da instrução e do ensino. Ela
determina o conteúdo, as leis e regularidades do processo de ensino, os meios, métodos,
formas de organização do ensino, o papel educativo, independente e criador dos alunos e o
seu desenvolvimento intelectual.
Para Martins, (1986:63), A didáctica pode ainda ser definida como a direcção de
aprendizagem numa perspectiva multidimensional onde se articulam harmoniosamente as
dimensões humanas, técnica e político-social.
No entanto, a Didáctica, não pode ser reduzida ao aspecto puramente técnico, uma vez que,
na realidade ela estuda o processo docente educativo, considerando tanto os aspectos
teóricos como práticos.
Assim, podemos afirmar, que a Didáctica é a parte da Pedagogia que estuda o processo
docente educativo (PDE), no qual ocorre a instrução e a educação do estudante ou aluno.
A arte de ensinar exige do professor conhecimentos multifacetados. Ela tem de ser activa
para alcançar grandes êxitos isto é, sob direcção do professor os alunos introduzem-se no
trabalho: associam-se, calculam, comparam diversas variantes para resolver problemas
relacionado com a sua vida prática. Assim, podemos considerá-lo um processo de ensino
produtivo na medida que tanto o professor como o aluno desenvolve uma actividade
encaminhada para um trabalho. Desta forma o ensino é um processo de transmissão e
assimilação gradual de conhecimentos, habilidades e hábitos.
A didáctica geral considera o ensino e a educação na sua unidade e presta grande atenção a
natureza das investigações na educação multifacetada dos alunos, por outro lado, a didáctica
especial ou específica, estuda os problemas específicos das distintas matérias como é o caso
da didáctica de Física, de Química, de Matemática, de Língua Portuguesa, de Língua
Inglesa, de Geografia, de Biologia, etc.
Ainda que nas grandes obras dos filósofos da antiguidade existam referências às formas que
deveriam ser seguidas no ensino na escola, com grandes contribuições ao Desenho
Curricular como parte importante da Didáctica, é com a obra Didáctica Magna do eminente
checo João Amós Comênio, que surge a Didáctica, como uma incipiente área de
conhecimento. Não é que surja já como uma ciência autónoma, com essa obra em questão.
Didáctica Magna dignifica esta área de conhecimento e sintetiza um pouco nela já outros
trabalhos nos quais o próprio Comênio refere em sua obra.
Não obstante, o termo Didáctica tinha sido utilizado, anteriormente, pelo alemão Wolfgang
Ratke, que foi o primeiro a utilizar a palavra "didáctica" e quem também, abordou as duas
partes dela: Desenho Curricular e a Dinâmica do Ensino. Ele não utilizou esta terminologia
propriamente. Ratke utilizou a palavra "ensinos", para o que posteriormente veem a ser o
Desenho Curricular, e utilizou a expressão "arte de ensinar" para o que posteriormente veem
a ser Dinâmica do Ensino. Ratke fez distinção entre "ensinos" e "arte de ensinar": os
Em outros termos, os "ensinos" são compostos com base na estrutura global das ciências e
da filosofia; e a arte de ensinar relaciona-se com normas e métodos extraídos das ideias de
harmonia entre a fé, a natureza e as línguas. (Hoff, 2007:147)
Para ele, o processo de conhecimento deve ser adquirido a partir da observação das coisas e
dos fenómenos. Sobre este aspecto da relação entre ensino e educação, Castro (2008:16)
enfatiza que:
Em resumo, pode-se afirmar que a Didáctica estabelece relações muito estreitas com as
ciências cujo objecto de estudo oferece fundamentos para um melhor estudo e conhecimento
da natureza do processo docente educativo.
1.4-TAREFAS DA DIDÁCTICA
A didáctica tem um carácter teórico pelo sistema de conhecimentos que ela elabora sobre o
processo de ensino e, também um carácter prático, pois suas diversas teorias normalizam a
actividade do professor e dos alunos.
Cada uma destas categorias expressa o processo docente educativo, pois, fazem parte da
totalidade em que se estão contidas e interactuam garantindo a natureza holística e sistémica
do processo e, portanto, de suas qualidades ou sinergias.
Primeira lei: relações do processo docente educativo com o contexto social: a escola e
a vida (vinculo do sistema com o meio exterior). Isto significa que a escola deve ser
enquadrada na prática social, de modo que ela permita formar indivíduos participantes
da construção social, isto é, preparados para resolver determinados problemas sociais.
O PDE tem carácter bilateral, pois, ele transcorre numa relação dialéctica, no qual
interactuam, de forma consciente, professor e alunos para a consecução de um
objectivo comum. Neste processo existe um condicionamento.
Estes componentes, surgem, geralmente, sob a forma de respostas a perguntas tais como:
para que ensinar? O que ensinar? E como ensinar?
Segundo Klingberg (1986:132), através do triângulo didáctico, manifesta-se, até certo ponto,
o papel dirigente do professor, uma vez que este deve ter ao seu alcance a matéria e o aluno,
manifesta-se, também, a relação professor aluno e professor - matéria.
O ensino pode ser analisado sob vários aspectos. Isto é legítimo e necessário, pois o ensino é
um acontecimento extraordinariamente complexo e de várias partes que não se pode abarcar
com uma análise unilateral, com um só aspecto. Analisaremos o processo de ensino sob os
seguintes aspectos: ideológico, cibernético, gnoseológico, sociológico, psicológico, estético,
heurístico e aspecto didáctico.
A aula tem uma magnitude sociológica. O processo de ensino está directamente inserido no
meio social, na “atmosfera social” da escola e da aula. A concepção didáctico - metódica
mais perfeita está condenada ao fracasso quando o professor não ajusta esta concepção aos
processos sociais que se desenvolvem na aula.
Por exemplo, para o nível de motivação do aluno, têm importância didáctica os seguintes
momentos:
A forma estética de apreciar o mundo está unida à forma científica e teórica da interpretação,
por conseguinte, os meios de interpretação científico - teórica aproveita o conceito e a teoria;
a interpretação estética é fundamental uma assimilação prática e sensorial, um processo de
conhecimento que, em primeiro lugar, não aproveita o conceito, senão a imagem, a
expressão material e concreta. A interpretação estética é, num grau superior, um elemento
formador da personalidade, porque é capaz de abarcar “todo o homem”, comovê-lo. Esta é a
fase superior da educação dos sentimentos humanos. Sem uma total interpretação do “lado”
estético da vida do homem, não é possível falar-se da instrução e educação harmónicas e
integrais.
Sob o ponto de vista pedagógico, quando falamos de lei, queremos dizer que determinado
processo desenvolve-se regido por elas. A Didáctica não dispões de um sistema de leis
didácticas, no entanto, é possível demonstrar a presença das leis didácticas e assinalar o
campo no qual se evidencia a sua acção.
Por outro lado, na Didáctica existe um grande número de relações essenciais, gerais e
necessárias, descritas com clara exactidão. Muitos princípios didácticos, regras empíricas e
metódicas são a expressão da obediência que o processo de ensino tem perante determinadas
leis.
Se bem que não estejamos em condições de compreender com exactidão as leis didácticas
como um sistema completo que são, a quantidade de descobertas científicas (teóricas e
empíricas) existentes permite-nos descobrir o respectivo campo de descoberta nas quais se
encontram seguramente as leis do processo de ensino. As relações didácticas legítimas
existem entre os seguintes fenómenos do ensino:
Conhecimento – exercitação;
As leis didácticas não actuam de forma isolada, mas sempre como um sistema, no qual se
expressam as relações essenciais que são de vigência geral:
Aplicação didáctica;
A dinâmica do processo de ensino condiciona-se pelas contradições que leva implícitas, que
constituem as forças motrizes do seu desenvolvimento.
O problema das motivações para o estudo está ligado ao que foi dito anteriormente, pois é
fácil entender que um aluno que possui hábitos correctos de estudo que disponha dos
distintos procedimentos de trabalho intelectual, está mais motivado para vencer as
dificuldades da aprendizagem.
A grande “explosão” escolar trouxe, como não podia deixar de ser, alguma deficiência na
qualidade do trabalho docente. Tem havido um aumento de ensino, quantidade, mas o
mesmo não se pode dizer da qualidade.
Assim sendo, urge efectuar alguma coisa para melhorar a qualidade do ensino. Precisamos
executar algo que vá em socorro de quem tanto precisa de nós, de quem depende de nós, de
quem nos olha como a pedir compreensão, paciência e dedicação, que é imaturo.
Vale a pena pensar no que podemos fazer, na situação actual para tornar a acção da escola
mais eficiente – que se disponha a socorrer o educando, ajudando-o a realizar-se, a encantar-
se a si mesmo, a conhecer o seu meio e a conseguir um lugar na sociedade.
É possível fazer algo, desde que nos disponhamos a mudar o comportamento didáctico, tem
em vista compreender, amparar e orientar o aluno.
Mudando para ensinar, estimular e iniciar a auto-superação. Mudando para favorecer a auto-
afirmação, a iniciativa e a cooperação. Mudando para ajustar o ensino às realidades humanas
do educando, de maneira a levá-lo a realizar-se plenamente, segundo os objectivos da
educação.
3.1-DEFINIÇÃO DE PRINCIPIOS
O termo princípio deriva do latim “principium”, Raiz pri, à frente, antes. Primus primeiro,
princeps, que ocupa o primeiro lugar e comanda; principium, começo, origem; principia, os
últimos elementos das coisas, os últimos fundamentos do direito e do pensamento.
Lothar Klingberg assinalou: os princípios didácticos são aspectos gerais sobre a estruturação
do conteúdo, da organização dos métodos de ensino que se derivam das leis e dos objectivos
do ensino.
Danilov definiu que os princípios de ensino são categorias da Didáctica que definem os
métodos de aplicação das leis do ensino, em correspondência com os fins da educação e do
ensino. Os princípios de ensino determinam e definem os métodos, o conteúdo e a
organização do ensino, além disso, juntamente com as regras do ensino (didácticas) são para
os pedagogos um guia seguro para a acção.
Savin – os princípios didácticos são posições reitoras de partida que determinam o ensino e
o estudo em correspondência com os objectivos da educação e as regularidades do processo
de ensino - aprendizagem.
Em todas estas definições, existe um elemento comum: o carácter reitor dos princípios em
todo o processo didáctico (constituem normas gerais para a condução do ensino).
A formulação dos princípios e regras didácticas deve ser clara, inequívoca e exacta.
O professor para cumprir com este princípio deve responder às seguintes perguntas:
O princípio do carácter educativo do ensino exige, por parte do professor a aplicação das
seguintes regras:
Ter em conta não só a apropriação dos conhecimentos, por parte dos alunos, assim
como o desenvolvimento das suas capacidades;
Portanto, tanto o exigir pouco como o exigir muito constituem violações do princípio da
acessibilidade no ensino.
O ensino é por sua essência uma actividade sistemática que não se compadece com
improvisações e que responde a uma planificação adequada. A essência deste princípio está
dada pela necessidade de que toda a actividade do professor e dos alunos seja consequência
de uma planificação e de uma sequência lógica.
Para cumprir com este princípio é necessário que os estudantes não só se apropriem de um
sistema de conhecimentos sem que também desenvolvam um pensamento integrado por
distintas operações lógicas: análise, síntese, generalização, abstracção, indução e dedução.
Este princípio está intimamente relacionado com o anterior, pois não trata somente que os
alunos se apropriem de um sistema lógico de conhecimentos, senão também que os
apliquem na prática para resolver as necessidades da produção e os serviços.
A prática do ensino tem diversas formas: aula prática, exercícios práticos, excursões, onde
os estudantes apreciam o fenómeno ou objecto de estudo no seu próprio meio nas condições
originais; prática profissional, que é um valioso meio para aplicar os conhecimentos com
verdadeira criatividade.
Um meio excelente para produzir esta reflexão é expor aos alunos situações que apresentem
contradições. Às vezes os escolares não podem apropriar-se do conteúdo porque não se lhes
propõe uma única situação que tenham que resolver para entender um tipo de tarefa, assim é
necessário que os alunos determinem os dados que condicionam a solução do problema para
depois encontrar a forma de raciocínio adequada. Nisto, a correspondência entre os factos
concretos e a teoria ocupa um lugar principal, de modo que os alunos compreendam que os
factos sem teoria não têm sentido, e que ao contrário, a teoria que não se apoia nos factos, na
vida, é limitada.
A actividade cognitiva baseia-se no facto da psique ter um carácter activo, pois que só com a
participação dos alunos no processo de ensino, é possível que compreendam os
conhecimentos e o possam aplicar de forma criadora.
A direcção acertada do professor no processo de ensino permite encontrar meios e vias para
elevar a actividade cognitiva dos alunos.
Este princípio exige, por parte do professor, dirigir o processo de ensino de maneira que os
conhecimentos perdurem na mente dos alunos. Pela relevante importância da consolidação,
estimada como elemento que se inter-relaciona com todas as funções didácticas, tais como: a
apropriação de novos conhecimentos, a exercitação, a aplicação e a avaliação assim como
por fundamentar-se em regularidades psico-pedagógicas, este princípio constitui um
elemento essencial da aprendizagem.
Quanto mais consciente e viva seja a participação dos alunos na apropriação dos
conhecimentos, mais firmes e perduráveis se manterão esses conhecimentos. Ao explicar a
relação deste princípio com o princípio da percepção sensorial, podemos salientar que a sua
essência está dada em transmitir aos alunos ideias concretas mediante a utilização de
distintos meios de ensino. Portanto, se quando os alunos estudam determinados fenómenos
ou objectos podem perceber, é lógico que o conhecimento será mais duradouro.
Destacar as ideias essenciais do conteúdo, dividir o conteúdo de modo que tenha uma
extensão lógica e assimilável;
O professor deve conhecer cabalmente cada um dos seus alunos, suas dificuldades,
possibilidades, interesses, pois sem este conhecimento não é possível realizar um trabalho
individual;
É indiscutível que a observação directa é de grande importância, pois proporciona aos alunos
um conhecimento autêntico, por isso, tradicionalmente acentuou-se este aspecto que
desempenha um papel preponderante na aprendizagem, sobretudo nos alunos pequenos, daí
que a importância dos meios de ensino na apropriação dos conhecimentos.
Como sabemos existem distintos meios de ensino que facilitam a observação directa dos
objectos de estudo:
Meios geográficos como desenhos, tabelas, esquemas, gráficos os quais mostram aos
alunos entre os fenómenos;
Sempre que ensinamos devemos ter em como ponto de partida o objecto real, de conceitos
teorias já assimiladas pelos alunos.
A palavra objectivo vem do latim, objectus, quer dizer lançado adiante, o que está a frente.
Objectivo, com referência ensino, refere-se às modificações de comportamento que se
almeja no educando. Se se tiver consciência do que realmente se pretende, a realização terá
maiores probabilidades de êxito, porque o professor poderá agir criativamente para conduzir
o educando ao ponto almejado.
Todo o trabalho escolar implica em objectivos a serem alcançados. Pode-se dizer que
qualquer trabalho escolar que não vise a objectivos, redunda em pura perda de tempo.
Para Libâneo (2003), os objectivos são categorias que antecipam resultados e processos
esperados do trabalho conjunto do professor e dos alunos, expressando conhecimentos,
habilidades e hábitos (conteúdos) a serem assimilados de acordo com as exigências
4.2-Tipos de objectivos
Os objectivos podem ser educacionais ou instrucionais. Carlos Zayas (1992) refere-se aos
objectivos desenvolvedores (de desenvolvimento), considerando que estes devem expressar
as faculdades que se devem formar no estudante como resultado da acção directa de uma ou
várias habilidades ou conhecimentos. Segundo o mesmo autor, estes objectivos devem
desenhar-se em processos complexos de níveis estruturais mais longos, no tempo, como são
as Disciplinas ou Cadeiras.
Os objectivos educacionais e instrucionais, por sua vez, podem referir-se aos domínios
cognitivo, afectivo ou psicomotor. Alguns autores utilizam a palavra taxinomia (do grego
táxis = ordem e nómos = lei) para indicar essa classificação.
- Concertar um relógio.
A partir dos objectivos gerais, nos planos de estudo concretizam-se os objectivos de cada
tipo de ensino e os de cada nível de acordo com a função social de dito subsistema. Destes
objectivos derivam os de cada grau (classe) disciplina e unidade.
Eles expressam-se nos programas, e o seu estudo cuidadoso, unido a outros documentos
directivos possibilitam ao professor a determinação dos objectivos de cada aula. Como se
pode observar, a derivação gradual dos objectivos não pode entender-se como a
No ensino, isto adquire duplo significado, já que além de ser uma actividade a qual é
inerente a definição de objectivos precisos, por outro lado, são importantes para o estudante,
uma vez que lhe permite realizar a sua actividade de forma consciente – interiorização dos
objectivos.
O objectivo é o ponto de partida e premissa pedagógica geral para toda educação, pois ele
expressa a transformação planificada que se deve alcançar no aluno em função das
exigências que a sociedade formula à educação. Ele determina o conteúdo de ensino, quer
dizer, a base informativa concreta que deve ser objecto de assimilação. O objectivo
desempenha um papel reitor no processo de ensino.
Muitos professores pensam encontrar uma aparente vantagem com relação à racionalização
do tempo, quando só lêem aos seus alunos os objectivos escritos no seu plano de aula. Isto
influi negativamente sobre o desenvolvimento e resultados da aprendizagem, pois os alunos
não podem compreender o que se espera deles, o qual traz como consequência lógica o
formalismo no ensino. Esta situação agudiza-se ainda mais na escola primária, onde o
vocabulário activo dos alunos não lhes permite compreender os termos expressos pelo
professor. Não se deve confundir a orientação ao objectivo com sua mera informação aos
alunos..
Objectivos educacionais
Alguns autores precisam muito bem as funções dos objectivos que são:
Objectivos instrutivos
Operacional porque se refere a algo que tenha de ser feito ou executado pelo educando;
Nível de assimilação – indicação do nível de domínio do conteúdo que o aluno deverá ter.
Estes níveis podem ser: familiarização, reprodutivo, produtivo e criativa.
Verbos que permitem muitas interpretações Verbos que permitem poucas interpretações
Isso não quer dizer que os verbos da primeira coluna não possam ser usados na formulação
dos objectivos. Na verdade eles podem ser usados, mas é necessário indicar como essa
aprendizagem vai ser identificada ou reconhecida no comportamento do aluno.
Consideremos, por exemplo, o seguinte objectivo: “Levar os alunos a conhecer factos
básicos relativos à saúde e à doença”. Como podemos observar, esse objectivo é vago, pois
conhecer factos pode dar margem a muitas interpretações, tais como memorizar bons
preceitos de protecção à saúde, lembrar nomes de doenças, lembrar sintomas de doenças,
distinguir sintoma de causa, etc.
Descrição da conduta final – o que o aluno deve fazer para evidenciar que o
objectivo foi alcançado ou que aprendeu; exemplo: efectuar operações de multiplicação
de fracções ordinárias mistas;
Condição – o aluno no final do estudo deve ser capaz de efectuar dez operações de
multiplicação de números mistos consignadas em uma folha de papel que lhe será
apresentada;
O professor deve ter em mente que, para operacionalização dos objectivos precisa:
Formular os objectivos;
Prever os conceitos básicos do conteúdo que deve ser assimilado pelo aluno;
A realização dos objectivos deve merecer muita atenção, a fim de que não se revelem
ambíguos. Daí a necessidade de serem escolhidos verbos adequados, que revelem os
comportamentos desejáveis com clareza e precisão.
Definição de conteúdos
Englobam conceitos, ideias, factos, processos, princípios, leis científicas, regras; habilidades
cognoscitivas, modos de actividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudo,
de trabalho e de convivência social; valores, convicções. São expressos nos programas
oficiais, nos livros didácticos, nos planos de ensino e de aula, nas aulas, nas atitudes e
convicções do professor, nos exercícios, nos métodos e formas de organização do ensino.
Os hábitos são modos de agir relativamente automatizados que tornam mais eficaz o
estudo activo e independente.
São três fontes que o professor utilizará para seleccionar os conteúdos do plano de ensino e
organizar as suas aulas:
As exigências teóricas e práticas colocadas pela prática de vida dos alunos, tendo em
vista o mundo do trabalho e a participação democrática na sociedade.
O estado tem o dever constitucional de assegurar ensino público, estabelecendo uma política
escolar que viabilize esse dever e determinando um programa de educação geral, igual para
todos os membros da sociedade. Ao estabelecer objectivos de âmbito nacional, o estado não
só organiza o sistema de ensino como também a unificação nacional e o desenvolvimento
cultural da sociedade. (Ver lei 13, Lei de base do sistema Educativo).
Viabilidade: deve-se seleccionar conteúdos que possam ser aprendidos dentro das
limitações de tempo e recursos disponíveis.
A dimensão crítico - social dos conteúdos é uma metodologia de estudo e interpretação dos
objectos de conhecimentos - explicitados nas matérias de ensino - como produtos da
actividade humana e a serviço da prática social.
Do grego methodos: odos (caminho) meta (para). Procura busca (em sentido figurado: no
domínio do saber. Conjunto de meios preparados racionalmente para a obtenção de um
resultado determinado. Método de trabalho, de leitura, de explicação literária.
Procedimentos de ensino, estratégia e técnicas. Esses são alguns dos termos utilizados para
designar aspectos relativos ao tópico como ensinar.
1) Lógico e psicológico o lógico refere-se ao facto de que todo o método segue a lógica do
conteúdo. O aspecto psicológico está dado nas características psicológicas dos alunos, as
quais se devem ter em conta ao seleccionar o método, o que condiciona, em alguma
medida a lógica do conteúdo de ensino.
A aula expositiva e
Com relação aos métodos novos, estudaremos os seguintes: Método Montessori, Centros de
interesse, método de solução de problemas, método de projectos, trabalho em grupo,
unidades didácticas, estudo do meio e método psicogenético
Dentro dos novos métodos e das novas técnicas, algumas técnicas desenvolvidas
recentemente têm insistido na individualização do ensino. Essas técnicas têm a preocupação
básica de organizar o ensino para atender efectivamente as diferenças individuais,
principalmente no que diz respeito ao ritmo de aprendizagem.
De acordo com Lobo Neto, o ensino individualizado apoia-se nos seguintes princípios:
Os objectivos a serem atingidos por um curso devem ser especificados, e o aluno deve, ao
menos, conhecê-los bem;
Métodos de ensino colectivo: são os que se dirigem, ao mesmo tempo e sob as mesmas
condições para todos os educandos de uma classe procurando actuar, de modo geral, com
base no “aluno médio”.
Um exemplo típico deste grupo de métodos é o método expositivo: tem ampla aplicação no
ensino de todas as disciplinas e em todos os níveis. Consiste na exposição oral, por parte do
professor, do conteúdo programático referente a uma aula. É o método mais usado em
nossas escolas.
A exposição deve e precisa ser adoptada mas de maneira activa, para estimular a
participação dos alunos nos trabalhos de classe, para não reduzir a aula a interminável
monólogo. Professores há que fazem do monólogo autêntico discurso, com gesticulações,
arroubos de oratórias e tudo mais.
Na exposição, o professor deve ressaltar entre outros aspectos, as partes mais importantes,
com a inflexão de voz o que está sendo exposto.
Apresentação do assunto;
Síntese do exposto, e
Não expor além do necessário, para não cair em prolongamentos inúteis ou formas
vazias de retórica;
Usar tom de voz adequado, para que melhor prenda a atenção dos alunos, sem
excesso de volume, nem baixo demais;
Falar em ritmo também adequado, para que a exposição não seja lenta nem rápida
demais;
O coordenador, geralmente é o professor, mas nada impede que seja um aluno. Sua função é
coordenar os trabalhos e fazer com que os objectivos do painel não sejam desvirtuados.
Durante os trabalhos, não deve expor os seus pontos de vista, mas deve ouvir todos, incitar
para que se expressem com clareza e em ordem.
O educando passa a trabalhar com o máximo de liberdade, mas sob condições que
permitam desenvolver o senso de responsabilidade;
O método de projectos tenta imitar a vida, uma vez que todas as acções do homem não são
mais do que realização de projectos. O homem vive continuamente projectando.
O método de projectos tem tido mais aplicação na escola primária, mas nada impede que
seja aplicado em outros graus de ensino. Este método representa, pedagogicamente, um
passo a frente com relação ao de problema. A solução teórica de um problema não é tão rica
como a solução pela realização. A realização implica riqueza extraordinária de experiência,
que a simples solução teórica não consegue proporcionar.
Plano Dalton – deve-se o plano Dalton a Helen Parkhurst, que aplicou na cidade de
Dalton, Massachusetts, em 1920.
Cada disciplina tem uma sala que é um verdadeiro laboratório. As disciplinas estão divididas
em porções semanais, mensais e anuais, e o aluno faz contratos semanais nas disciplinas em
que estiver interessado, passando a trabalhar, a seguir, dentro do seu ritmo e possibilidades.
Técnica Winnetka – devida a Carleton Washburne, foi aplicada pela primeira vez
nas escolas de Winnetka, subúrbio de Chicago.
Ensino por Unidades Didácticas - o ensino por unidades didácticas, também chamado
plano Morrison ou, ainda Plano das Unidades Didácticas, é devido a Henry Morrison.
Este método enfatiza o raciocínio e a reflexão, pois foi inspirado nas ideias e no trabalho
educacional de John Dewey, que pregava o valor do pensamento reflexivo. Esse método
desenvolveu e difundiu-se mais recentemente graças ao apoio que recebeu do construtivismo
de Jean Piaget, que faz um intenso apelo à actividade do educando, principalmente à
actividade mental.
Método das unidades didácticas, consiste em organizar e desenvolver o ensino por meio
de unidades amplas, significativas e globalizadas de conhecimento, integrando conteúdos de
uma mesma disciplina ou de várias disciplinas curriculares. Visa a aprendizagem efectiva de
aspectos relevantes do saber e a aplicação desse conhecimento na vida quotidiana. É um
método activo sócio - individualizado, pois conjuga actividades individuais e socializadas.
Tal como já fizemos referência, os métodos de ensino não obedecem a uma classificação
única. Na Didáctica contemporânea existem diversas classificações e cada uma delas baseia-
se em determinados critérios. Uma das classificações bastante divulgada, agrupa os métodos
em três grandes grupos, baseiam-se nos seguintes critérios: pela fonte de aquisição de
conhecimentos, pela relação da actividade do professor e dos alunos e pelo carácter da
actividade cognoscitiva.
I. Pela fonte de Visuais Promovem a assimilação dos conhecimentos mediante o emprego dos
aquisição de (observação) meios de ensino, os quais determinam o carácter da apropriação dos
conhecimentos conhecimentos.
J. Piaget, referido por Regina Haydt (2002), classifica os métodos de ensino - aprendizagem
do seguinte modo:
O contrário ocorre quando o estudante percebe que a contradição surgida é muito superior às
suas possibilidades de resolvê-las. Neste caso, dita situação, não chega a ser um problema
para o estudante. Para ele, o aspecto vinculado ao grau de dificuldade traçado em
determinada situação docente é um aspecto de vital importância. Quer dizer, o grau de
dificuldade traçado deve ser suficientemente difícil para que surja a contradição, mas o
suficientemente fácil para que possa ser captada, assimilada e envolvida pelo estudante a
Isto significa que o conflito cognitivo provocado, depois de se converter em conflito grupal
deve alcançar o nível de conflito individual, ou seja, estamos a falar da socialização do
conflito cognitivo.
Questionamento sistemático.
Seminário
O seminário é uma técnica de ensino mais ampla do que a discussão e o debate, podendo
incluir ambos no seu desenrolar.
O seminário pode ter lugar no horário comum de aulas ou em horário extraordinário e pode
tratar do estudo de uma ou mais unidades do programa, como de temas correlatos e de muito
interesse para a disciplina.
O seminário dirige-se mais para a formação do que a informação, pois visa a capacitar o
educando a estudar por si.
Discussão 66 ou phillips 66
O emprego desta técnica é sugerido quando não se dispõe de muito tempo de trabalho e se
deseja obter informações rápidas dos alunos sobre suas ideias, sugestões ou dúvidas a
respeito de um assunto.
Simpósio
Técnica biográfica
Consiste em expor os factos ou problemas através do relato das vidas que nos mesmos
participaram ou que contribuíram para o seu estudo. Seu emprego é mais comum no ensino
da História, da Filosofia e da Literatura, nada impedindo, no entanto, que possa ser
empregado no ensino de outras disciplinas.
Assim, são empregadas as biografias das principais figuras relacionadas com os assuntos dos
programas e, através delas, vão-se desenrolando os estudos. A biografia não deve ser muito
particularizada. Deve ater-se às linhas principais da vida e do pensamento do biografado,
podendo ser relatados aspectos anedóticos que funcionem como reforço de motivação.
O professor pode passar como tarefa ou estudo dirigido, a realização de pequenas biografias
das principais figuras relacionadas com o estudo de determinado assunto, para as quais não
vai haver oportunidade de tratar em classe.
Que haja traçado um roteiro com a cooperação dos alunos, de maneira a não tornar o
trabalho dispersivo;
Que não seja concedido prazo muito longo para entrega dos mesmos.
Esta técnica visa apreender, com precisão, o que um texto pretende comunicar e que se
encontra, muitas vezes, encoberto pela dificuldade de interpretação ou nas entrelinhas do
mesmo. Esta técnica tem mais a finalidade de acostumar a ler as obras representativas de um
autor, de um tema ou de uma disciplina.
A leitura pode ser feita pelo professor e acompanhada pelos alunos. De vez em quando, o
professor suspende a leitura, para fazer comentários sobre o texto, revelar novidades,
solicitar ou fornecer esclarecimentos.
Esta prática, aparentemente fácil e cómoda de aplicar, é de difícil execução, uma vez que
facilmente pode descambar para a monotonia e, consequentemente, para o desinteresse.
Requer, por parte do professor, vivacidade e cultura. Para obter melhores resultados e mais
participação da classe, devem os alunos, antes da aula, ter lido e estudado, na medida do
possível, os textos que serão objecto de exegese.
Técnica cronológica
A presente técnica, bem empregada, pode levar o aluno à noção de evolução em todos os
factos, acontecimentos ou fenómenos de que o presente assenta no passado, e o futuro, no
presente.
O professor, em seu planeamento, pode prever datas importantes do ano, com relação à sua
disciplina, como aniversários, centenários, etc. Pode-se aproveitar, como pretexto para
aplicação da técnica das efemérides, a realização de congressos nacionais ou internacionais,
etc.
Podem, ainda as efemérides ser aproveitadas para tarefas, passando pequenas biografias ou
estudo de determinados assuntos relacionados com cada data. Outro aproveitamento das
efemérides pode ser a realização, na escola, de “semanas comemorativas”, com afixação de
cartazes, frases célebres, retratos, exposição de obras, bem como reuniões nos “centros de
interesse”, tudo com relação às datas em tela.
Técnica do interrogatório
Esta técnica deve merecer uma atenção especial por parte do professor, por ser um dos
melhores instrumentos do campo didáctico, como auxiliar na acção de educar, quando
assume o aspecto de diálogo, de conversa, que vai conduzindo o professor a conhecer
O interrogatório pode ser aplicado para diversos fins, dentro da actividade docente:
Motivação da aula;
Estímulo à reflexão;
Anulação de indisciplina;
O professor deve dar ênfase às perguntas que exijam reflexão, de modo a não ser a resposta
mera forma de expressão estereotipada. As perguntas, em geral devem ser dirigidas à turma,
para que todos sejam levados a reflectir; após, o professor indicará o aluno que deverá
responder.
Os alunos que não forem inquiridos pensarão: “dessa vez ainda não fui eu a vítima”,
e se desinteressarão em elaborar, mentalmente, a resposta.
Recomenda-se a pergunta directa para fins disciplinares. Insistir nesse caso, na interrogação
directa, até o aluno desistir do comportamento pouco desejável.
O professor, por outro lado, deve estar sempre disposto a emitir perguntas que permitem
estimulem a participação dos alunos na aula. Esse tipo de perguntas pode receber o nome de
impulsos didácticos, das quais seguem alguns exemplos: “_ então”, “_ e agora?”, “_ o que
se pode concluir?”, _ haverá mais alguma coisa a ver?”, etc.
Deve-se evitar:
Técnica da arguição
A arguição é uma forma de interrogatório em que se procura constatar o que o aluno deveria
saber. Destina-se mais a diagnosticar conhecimentos, tipo de interrogatório de verificação da
aprendizagem.
Esta técnica pode ser utilizada com método de ensino e consiste em o professor cobrar
conhecimentos que o aluno deve ter estudado por conta própria.
O diálogo também é uma forma de interrogatório que tem por fim, não tanto cobrar
conhecimentos, mas levar à reflexão. Tem carácter mais construtivo, amplo e educativo do
que a arguição, pois através dele, o aluno é levado a reflectir sobre os temas em foco, sobre
os seus próprios conceitos, a fim de ele mesmo avaliar a veracidade dos mesmos ou elaborar
novas proposições. Mas, a maior virtude é fazer o aluno sentir que é capaz de pensar.
Pode-se mesmo dizer, que o grande objectivo do diálogo é levar o aluno a pensar, a reflectir
e a convencer-se de que é capaz de pesquisar, utilizando o raciocínio.
Mais, pode-se afirmar que o diálogo assume um aspecto mais educativo. Através do diálogo,
o professor pode compreender melhor seus alunos, para melhor orientá-los, apreendendo-
lhes: dificuldades de ordem pessoal, dificuldades de natureza política, limitações de carácter
intelectual, cultural e de personalidade, decepções e frustrações e desejos e aspirações.
Diz-se que o diálogo é conversa a dois, mas se o professor, em classe levar os seus alunos à
reflexão, à pesquisa interior, ele estará empregando o diálogo com toda a classe.
Conclui-se, pois, que, em essência, o diálogo é uma conversa do indivíduo consigo mesmo.
Assim, sempre que o professor conseguir levar o aluno a duvidar, a reflectir, a raciocinar,
estará empregando o diálogo, independentemente do número de pessoas envolvidas no
processo.
A tarefa dirigida é trabalho feito em classe ou não, com base em instruções precisas, por
escrito, passadas pelo professor. Pode ser executada individualmente ou em grupo,
dependendo das circunstâncias e objectivos do trabalho.
Os objectivos, por sua vez, são habituar o aluno a interpretar indicações escritas e textos, a
adquirir habilidades ou aprender técnicas de execução de experiências e aplicações práticas
do que já tenha sido estudado teoricamente, bem como ajustar trabalhos individualmente ou
a grupo de alunos que apresentem as mesmas condições pessoais de estudo.
A tarefa dirigida pode tratar de trabalhos teóricos, práticos ou teórico-práticos, mas todas as
modalidades devem ser acompanhadas de indicações precisas para o desempenho da tarefa.
Técnica catequética
Técnica do debate
Esta técnica, pode receber também o nome de caso - conferência e consiste na apresentação
de um caso ou problema para a classe dar sugestões ou apresentar soluções, conforme o
caso.
Os métodos e técnicas de ensino não são neutros, pois, estão baseados em pressupostos
teóricos implícitos. Além do mais, sua escolha e aplicação dependem dos objectivos
estabelecidos.
Características dos alunos, tais como, sua faixa etária, o nível de desenvolvimento
mental, o grau de interesse, suas expectativas de aprendizagem;
É a partir dos objectivos propostos para o ensino (o que se pretende atingir com a instrução),
da natureza do conteúdo a ser desenvolvido (o que se pretende que os alunos assimilem) das
características dos alunos (como são os nossos alunos), das condições físicas e do tempo
disponível, que se escolhem os procedimentos de ensino e se organizam as experiências de
aprendizagem mais adequadas . Ou seja, é a partir destes aspectos que se estabelece o como
ensinar, isto é, que se definem as formas de intervenção na sala de aula para ajudar o aluno
no processo de reconstrução do conhecimento.
O material didáctico é, no ensino, a ligação entre a palavra e a realidade. O ideal seria que
toda a aprendizagem se efectuasse em situação real da vida. Não sendo isso possível,, o
material didáctico (meios de ensino) tem por fim substituir a realidade, representando-a da
melhor forma possível, de maneira a facilitar a sua intuição por parte do aluno.
Os meios de ensino são uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de
palavras, a fim de torná-lo concreto e intuitivo, e tem um papel destacado no ensino de todas
as disciplinas. Quadro-preto, apagador e giz são elementos indispensáveis e básicos em
qualquer aula. Nenhuma aula deveria dispensar também o concurso de fotografia, gráficos,
livros, noticiários de jornal, revistas, aparelhos de projecção, etc.
É preciso realçar que o material necessita do professor para animá-lo, dar vida.
Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais exacta
dos factos ou fenómenos estudados;
Motivar a aula;
Não há uma classificação única dos meios de ensino, universalmente aceite. Algumas dessas
classificações são bastante incompletas. Tradicionalmente os meios de ensino são
classificados da seguinte maneira:
Wilbur Schramn faz uma cronologia da aplicação dos recursos materiais no ensino,
denominando-se por gerações, indicando recursos de primeira, segunda, terceira e quarta
geração, conforme segue:
A introdução dos computadores constitui, sem dúvida a opção para uma aprendizagem
independente dos estudantes. Não obstante, ele depende das características dos softwares
que podem ter como uma limitação o facto de serem muito elementares e, por outro lado,
nem sempre permitem uma retroalimentação que a relação professor - aluno assegura.
A introdução desta quarta geração de meios didácticos surge uma nova classificação de
meios, na qual se estabelecem três grandes grupos: (i) meios passivos, (ii) meios activos e
(iii) meios de acção directa.
Meios didácticos activos – neste grupo estão todos aqueles meios concebidos para
tentar substituir o professor e guiar o processo de formação dos estudantes, que terão um
marcado carácter autodidacta. Neste grupo incluem-se os tutoriais, treinadores, avaliadores,
entre outros.
Denominam-se recursos audiovisuais aqueles que estimulam a visão e/ou a audição. Esses
recursos colaboram para aproximar a aprendizagem de situações reais da vida.
Quanto à utilização dos recursos audiovisuais na sala de aulas, devemos ter presente que o
homem toma conhecimento do mundo exterior através dos cinco sentidos.
Aprendemos: Retemos:
- 1% através do gosto; - 10% do que lemos;
- 1,5% através do tacto; - 20% do que escutamos;
- 3,5% através do olfacto; - 30% do que vemos;
- 11% através do ouvido; - 50% do que vemos e escutamos;
- 83% através da vista. - 70% do que ouvimos e logo discutimos, e
- 90% do que ouvimos e logo realizamos.
Concluímos através desses dados que os cinco sentidos não têm a mesma importância para a
aprendizagem. Concluímos também que a percepção através de um sentido isolado é menos
eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos. Por isso, é importante empregar
métodos de ensino que utilizem simultaneamente os recursos orais e visuais.
Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma
a poder empregá-lo correctamente;
A eficácia depende também das características dos próprios recursos com relação às
funções que podem exercer no processo da aprendizagem. A função de um cartaz,
por exemplo, é diferente da do álbum seriado;
Não deve ficar todo ele exposto; aos poucos pode tornar-se indiferente;
Deve ser exposto com mais evidência, o material referente à unidade que esteja
sendo estudada;
O material destinado a uma aula deve ficar à mão, a fim de não haver perda de tempo
em mandar buscá-lo ou, o que é pior, procurá-lo;
O material para a aula deve ir sendo apresentado oportunamente, e não todo de uma
vez, a fim de não desviar a atenção da classe;
Antes da sua utilização, deve ser revisto quanto às suas possibilidades de uso e
funcionamento.
Os recursos audiovisuais devem primar por alguns elementos que são básicos para se
tornarem realmente eficientes no ensino, os quais são:
Adequação: uma vez que precisam estar ao nível de apreensão dos alunos, tendo
em vista os objectivos do trabalho em realização.
Simplicidade: uma vez que, quanto mais complicado, menos eficiente é um recurso
audiovisual.
Colorido adequado: o material colorido é mais sugestivo, uma vez que as diversas
cores despertam mais atenção do que uma só. É preciso que as cores sejam
escolhidas de maneira a se combinarem e a não formarem conjuntos desagradáveis.
Na utilização dos meios didácticos deve ter-se em conta algumas recomendações, tais
como:
É considerada por muitos apenas como equipamento de sala de aula, entretanto, quando
usada de maneira adequada pode tornar-se um excelente recurso visual.
Registar dados;
Não dar as costas totalmente para os alunos; escrever um pouco de lado e falar ao
mesmo tempo que escreve para manter a atenção dos alunos;
Usar giz de cor para dar ênfase a uma palavra ou a parte de um desenho. As cores
mais adequadas são o vermelho, amarelo, azul e verde;
É preciso recordar que o quadro - preto não deve ser utilizado para longas
transcrições, o que pode tornar a aula desinteressante e cansativa.
O quadro - preto deve ser opaco, poroso, lavável e ajustado aos alunos.
O Flanelógrafo
O flanelógrafo é espécie de quadro de flanela que prende, por aderência, as gravuras, letras,
frases ou figuras, com fitas de lixa presas no verso, a fim de realizar a aderência à flanela.
Os elementos que se quer fixar no flanelógrafo podem ser recortados em cartolina ou
representados em madeira fina. Se o material de confecção do quadro não for de flanela mas
sim de feltro, então receberá o nome de feltrógrafo.
Os cartazes podem ser feitos representando uma acção ou sequência de acções, bem como
podem ser montados com fotografias, recortes de jornais e revistas e dizeres representando
diversos tempos, fases ou partes de um fenómeno ou mesmo diversos fenómenos que se
queiram unir debaixo de um só conceito. Também podem comunicar recomendações e
sugestões de toda a ordem.
Não partir as palavras. Não se deve, por exemplo, escrever participe, mas sim
participe;
Não escrever, de modo geral, uma palavra usando mais de uma cor;
A exposição é uma amostra de materiais, objectos, ilustrações, textos, etc., com o objectivo
de transmitir uma mensagem. A exposição se diferencia do mural didáctico quanto ao
tamanho (o mural didáctico é bem menor) e quanto ao público (o mural didáctico é para uso
exclusivo dos alunos; a exposição tem em vista, principalmente a comunidade)..
Vantagens da exposição:
Forma opiniões;
A palavra “aula” vem do grego, “aulé”, pátio, em especial pátio do palácio real, através do
latim aula (de), pátio. O sentido de “sala onde se ministram lições” prende-se ao significado
antigo, através da acepção de “recinto espaçoso, à maneira de pátio”.
O sentido moderno de aula deve ser o de alunos procurando o saber ao invés de recebê-lo
(Cousinete).
Pode-se dizer que aula é determinado período de tempo vivido entre professor e alunos em
que aquele orienta as actividades deste, tendo em vista levá-lo a alcançar certos objectivos
predeterminados.
Cada aula constitui uma unidade fechada de conhecimentos, quer dizer cada aula
abarca um sistema de conhecimentos, pelo que tem um início, um desenvolvimento e
um fim.
Todas estas características mantêm-se até aos nossos dias; no entanto, a aula foi e é objecto
de constante aperfeiçoamento com o objectivo de colocá-la à altura dos tempos, de modo a
satisfazer as novas necessidades sociais.
A sintaxe para o modelo baseado na exposição, consiste em quatro fases principais: explicar
os objectivos e induzir a prontidão, apresentar o organizador prévio, expor as matérias
para aprender e generalizar e consolidar o raciocínio do aluno. Os comportamentos
associados a uma prática de ensino eficaz, para cada uma destas fases são descritas a seguir:
Induzir a prontidão – uma breve revisão que leve os alunos a recordar-se da aula
anterior, ou mesmo uma questão ou pequena história que se prenda ao conhecimento
prévio dos alunos, constituem boas maneiras de os preparar para a aula. As
actividades para induzir a prontidão também ajudam os alunos a desviar a sua
atenção de outras coisas que tenham estado a fazer (mudança de sala de aula,
mudança de tema ou intervalo) e iniciar o processo de concentração na matéria que
vai ser dada. Estas actividades podem também servir como motivação para os alunos
participarem na aula. Cada professor desenvolve o seu próprio estilo para induzir a
prontidão, mas nenhum professor eficiente elimina da sua aula esta estratégia tão
importante.
No entanto, um meio mais seguro de verificar a compreensão é pedir aos alunos para
responderem directamente a questão. Também existem outros métodos usados por alguns
professores, mas que, no entanto não nos parecem muito eficazes, como, por exemplo, no
final da exposição o professor pergunta “compreenderam todos, não é verdade”? Os alunos
normalmente percepcionam esta afirmação como uma questão retórica e por consequência
não respondem. Se o professor perguntar mais directamente, “alguém tem alguma
questão”?, é também uma forma pouco eficaz de verificar a compreensão dos alunos. A
maioria dos alunos não admite publicamente não ter compreendido, principalmente se
pensam que são os únicos que não perceberam ou se têm receio de ser acusados de não
estar com atenção.
No trabalho independente – a cada aluno se destina uma tarefa que deverá resolver por si
só. Esta forma de trabalho tem em conta o ritmo de aprendizagem dos alunos, quer dizer,
que ante a mesma tarefa cada estudante avança de acordo com suas capacidades.
A classificação mais aceite e divulgada é a que tem como critério de classificação as tarefas
ou funções didácticas da aula. É indiscutível que esta classificação é mais razoável que as
anteriores, pois ao ter em conta as funções didácticas da aula, faz referência a um elemento
essencial do fenómeno que se classifica. Assim, segundo este critério as aulas classificam-se
em:
a) Aula combinada;
b) Aula especializada:
Tipos de aula
Aula de discussão – em que os alunos após terem estudado um assunto, se reúnem para
discutir sobre o mesmo, contribuindo cada um com os seus conhecimentos para
enriquecimento de todos.
Aula de debate – em que os alunos vão defender seus pontos de vista sobre determinado
assunto. É aula em que cada um vai defender pontos de vista definidos, em verdadeira
competição intelectual.
Aula de estudo dirigido – em que os alunos são postos a pesquisar, segundo um plano pré-
elaborado, sob as vistas do professor. O estudo dos alunos pode ser de forma individual ou
em grupos.
Aula ocasional – em que o professor procura atender, de momento, a uma solicitação dos
alunos ou a um assunto de actualidade, não programado, e de utilidade para os alunos.
b. Como caminho educativo para criar nos alunos atitudes favoráveis ao estudo;
Organização precisa – o professor planifica com antecedência tanto o seu trabalho como o
dos alunos; para cada etapa determina as formas de direcção deste trabalho e, de antemão,
prepara tudo o que seja necessário para realizar a aula: no princípio da aula formula com
precisão os objectivos da mesma e ao final efectua a comprovação do grau de assimilação.
Assim, os alunos sairão com satisfação pelo trabalho realizado. A correcta e precisa
organização da aula influi favoravelmente na atitude dos alunos perante o estudo;
Todo o plano de aula deve conter um conjunto significativo, que de um modo lógico ou
psicológico sobre o qual possa o aluno reflectir. Ao planificar a aula, o professor tem a
possibilidade de pensar sobre o que vai fazer, sobre o que os alunos vão fazer, no material
didáctico necessário e nos procedimentos que melhor se ajustem ao tipo de tarefas a
executar. Logo, o plano de aula, em última instância não é mais do que uma reflexão sobre
o trabalho a ser realizado em classe.
Planificação do tema;
A planificação inicial do tema possibilita, além disso, realizar uma distribuição mais racional
do tempo e ter em conta os distintos tipos de aula para desenvolver tal tema. Assim, a
DISTRIBUIÇÃO DO CONTEÚDO
Tema Objectivos
Conteúdo Tipo de aula Métodos Avaliação do conteúdo
2. Selecção do conteúdo;
Uma vez determinado o sistema de objectivos da aula, devem ser seleccionadas as distintas
tarefas mediante as quais os alunos vão alcançar os objectivos.
Selecção do conteúdo
Como resposta à primeira pergunta: o conteúdo da aula não deve repetir o livro de texto, a
base do conteúdo de ensino e do livro de texto é o programa. Neste sentido, o conteúdo
fundamental da aula e do livro de texto devem coincidir: entretanto, o conteúdo da aula se
diferencia do livro de texto pela sua forma de exposição e pelo próprio conteúdo. O
professor deverá assumir certa forma de explicação, realizar demonstrações e dar exemplos
representativos.
A segunda questão é uma tarefa que requer grande atenção por parte do professor, pois na
selecção de factos, conceitos e teorias se reflecte de maneira imediata o carácter científico
do ensino que o professor desenvolve.
Quando o professor não estabelece a análise estrutural do conteúdo da aula, corre o risco de
conceder maior peso, em sua explicação, a questões não necessárias e passar por alto
aspectos essenciais do tema.
Uma vez que o conteúdo está organizado, o professor deve proceder reflexões
metodológicas sobre a aula. Neste sentido, o trabalho do professor deve determinar as
tarefas inerentes a sua função de ensinar e dirigi-las a garantir a actividade produtiva dos
alunos.
É conveniente recordar que o professor não deve adoptar determinado método com carácter
universal, pois a relação objectivo-conteúdo-método, como explicamos no capítulo dos
“métodos de ensino”, implica em grande medida a utilização dos vários métodos de ensino.
De acordo com isto, na selecção dos métodos para a aula, o professor deve ter em conta o
objectivo fundamental da mesma, pois se se propõe que os alunos se apropriem de novos
conhecimentos, seleccionará, por exemplo, o método explicativo ou de elaboração conjunto,
mas se se propõe a desenvolver habilidades para o cálculo, deverá empregar um método
prático. Além da selecção dos métodos , o professor deverá ter em conta a selecção dos
procedimentos que porá em função destes.
Entendemos por estrutura da aula a relação e sequência das distintas unidades ou blocos de
ensino-aprendizagem, quer dizer, da actividade do professor e dos alunos. A estrutura da
aula deve analisar-se no seu duplo aspecto: externo e interno.
- o início da aula – serve para que o professor estabeleça as relações dos alunos com o
conteúdo no qual se apoia o novo conhecimento. A revisão da tarefa para casa, ocupa
um lugar principal nesta primeira parte. Também nesta fase estabelecem-se os
primeiros elementos motivacionais para a aprendizagem;
Desde o ponto de vista interno a estrutura da aula caracteriza-se por sua variabilidade e
complexidade, questão que depende dos objectivos, do tipo de aula, do conteúdo, dos
métodos e meios de que se dispõe.
Funções didácticas:
- Desenvolvimento da aula
Conteúdo
Métodos/procedimentos de ensino
Meios didácticos
Indicação bibliográfica
1. Cabeçalho
3. Motivação
4. Introdução
6. Desenvolvimento da aula:
- assunto novo
- síntese ou resumo
7. Procedimentos didácticos:
- orientação da T.P.C.
8. Notas complementares:
- enriquecimento do vocabulário
- bibliografia
9. Crítica da aula:
- Porquê?
Como sabemos, nem todos os alunos de um grupo avançam ao mesmo ritmo, devido,
fundamentalmente ao nível de desenvolvimento de suas capacidades. A efectividade da
apropriação dos conhecimentos na aula depende não só da qualidade do ensino, senão
também do conhecimento que o professor tenha sobre as particularidades psíquicas dos
alunos, as quais deve ter em conta ao preparar a aula.
Por exemplo, há alunos que elaboram conhecimentos formais: a causa desta deficiência
pode estar em problemas nos processos perceptuais. Se assim for, o professor deve realizar
um trabalho pedagógico tendente a reforçar o desenvolvimento da base perceptual, e deve
ensinar a estes alunos a observar, a realizar claras representações das coisas. Outras vezes,
o formalismo manifesta-se quando o estudante conhece o aparato perceptual, mas não pode
aplicá-lo, neste caso há que orientá-lo a que concretize os conceitos, as regras e os
princípios.
Como conclusão, podemos dizer que o professor deve dar uma atenção diferenciada aos
alunos que apresentem dificuldades na apropriação dos conhecimentos. Para isto, terá em
conta as condições negativas que trazem como consequência que alguns fiquem atrasados.
Uma boa via para atender estas diferenças individuais é a tarefa para casa. Geralmente o
professor orienta a mesma tarefa a todos os alunos e isto nem sempre é recomendável. A
tarefa deve ser diferenciada de acordo com as dificuldades e capacidades dos alunos. Desta
forma não só dará atenção individual aos atrasados senão também aos mais avançados da
classe.
Para o êxito de uma aula, para além dos aspectos referenciados anteriormente, o professor
deve ter em conta algumas condições que coadjuvem o bom desenvolvimento da mesma.
Entre as quais se destacam:
c) Atenção dos alunos – é importante não começar a aula antes que o professor
domine a atenção dos alunos. Há professores que lhes é suficiente colocar-se em frente aos
alunos para que de imediato se estabeleça o silêncio; outros têm que chamar a atenção
aqueles alunos que, todavia não estão em melhores condições para se poder começar a aula.
Independentemente dos recursos que o professor utilize, constitui um mau início da aula
quando ele começa sua explicação sem que haja alcançado a atenção dos alunos. É
necessário comprovar que todos estejam em seus postos de trabalho e também observar o
aspecto dos alunos: uniforme (caso usem), penteado, etc.
Todas estas questões aludidas unidas a adequada preparação da aula, são condições
fundamentais que determinam, na sua grande maioria, que os alunos manifestem uma
correcta disciplina na aula, uma vez que esta última é resultado do trabalho realizado pelo
professor. Por outro lado, estes aspectos podem ser utilizados para a apreciação e avaliação
de uma aula, em função dos objectivos pretendidos
Tarefas são trabalhos para serem feitos fora da hora de aula, geralmente em casa, mas que
(1 )
abrangem uma área de execução mais ampla do que os exercícios . As tarefas visam a
uma acção próxima a dos problemas em que o educando pode dar um feitio próprio ao
trabalho a executar.
A palavra tarefa vem do árabe “tareha” que significa “obra ou porção de trabalho que se
deve acabar num determinado prazo”.
As tarefas permitem ao aluno um ensaio de autonomia, uma vez que o encaminham para
trabalhar sozinho ou em grupo, mas sem a tutela directa do professor. Este, por sua vez,
através das tarefas ou exercícios, principalmente individuais, terá a oportunidade de
conhecer melhor o aluno quanto ao seu preparo e condições pessoais de inteligência, atenção
esforço, perseverança e criatividade.
A tarefa é de muita utilidade no ensino, pois, adequadamente preparada servirá para que a
“aula continue em casa ou fora da sala de aula”. Os prazos para a entrega das tarefas
devem ser respeitados, caso contrário ela poderá perder toda a sua razão de ser, no sentido
de entrosamento com os trabalhos de classe, para melhor execução do processo de
aprendizagem. É claro que a tarefa deve ser adequada às possibilidades do aluno e estar
acompanhada de todas as instruções necessárias para a sua execução. É preciso lembrar que
ela não deve ser nem difícil nem longa demais para não afogar o aluno.
Orais: estas podem ser diversas – estudo do material por meio do texto,
aprender um verso ou prosa, entre outras;
Um dos problemas mais importantes na organização das tarefas para casa, é o seu volume.
Os alunos dos diferentes níveis ou graus devem empregar diferentes períodos de tempo para
o cumprimento das tarefas para casa. Tendo em conta as exigências higiénicas e pedagógicas
para a organização do trabalho intelectual dos alunos, no regulamento das escolas de
educação média geral está determinado que as tarefas para casa devem dar-se ao aluno,
tendo em conta as possibilidades para seu cumprimento:
Deste modo, as tarefas para casa serão diversas e constituirão parte orgânica do material
docente já estudado em classe. Finalmente, nesta ordenação pode combinar-se correctamente
o estudo do material teórico com exercícios práticos.
Segundo Eurico Lemos Pires, “ a avaliação (escolar) é uma das actividades dominantes na
vida quotidiana de escola”. “Por avaliação pode-se genericamente entender o processo pelo
qual se tenta julgar dos resultados do ensino – aprendizagem. Sendo esta última actividade
específica da escola, e àquela em relação a qual todas as outras actividades escolares se
ordenam e desenvolvem…” .
Lothar Klingberg, afirma que “o controlo do rendimento escolar é uma comparação entre o
que é e o que deve ser na qual a “ posição do que deve ser” é o plano de ensino e a “posição
do que é” representa os conhecimentos e capacidades actualmente disponíveis na conduta
dos alunos”.
Dos critérios anteriores, pode-se depreender que cada autor dá realce a um determinado
aspecto do processo de ensino, com o qual a avaliação se relaciona.
A Segunda definição, ( Nérici ) realça a avaliação como a parte final do processo de ensino
que permite formular um juízo de valor sobre os esforços despendidos pelo professor e
alunos nos trabalhos escolares. Tal ponto de vista, leva-nos a crer que a avaliação apenas
surge na etapa final do processo de ensino espelhando os resultados do trabalho escolar do
professor e alunos. Tal concepção é incompleta, pois a avaliação como componente do
processo de ensino está presente em todas as etapas de dito processo, podendo assim ser
considerada como parte final de cada fase do ensino- aprendizagem.
Este ponto de vista é valioso, pois podemos inferir que a avaliação é um processo
objectivamente dirigido comportando um sistema de conhecimentos e capacidades
disponíveis na conduta do aluno.
Da análise das definições apresentadas podemos destacar alguns pontos comuns às mesmas:
A avaliação abarca professor e aluno; ela oferece amostras tanto da actividade dos
alunos como do professor; revela ao professor os progressos e deficiências dos
alunos, bem como, o grau de cumprimento dos objectivos propostos para determinar
se é necessário introduzir correcções no seu sistema de trabalho. A avaliação inclui
duas fases distintas do mesmo processo: a avaliação da aprendizagem e a avaliação
do ensino.
Tomando como base a análise das três definições, os seus aspectos comuns, apresentamos a
seguinte definição que achamos mais completa: a avaliação é um processo sistemático pelo
qual se tenta julgar o resultado dos trabalhos escolares do professor e alunos (os
conhecimentos, hábitos, habilidades e atitudes) em cada fase do processo de ensino -
aprendizagem.
A avaliação tem uma função determinante no processo de ensino e aprendizagem, uma vez
que actua como regulador sobre os alunos e professores; é a “bússola” do processo, fornece
a informação necessária a busca dos caminhos e ao marcar dos rumos. Para além disso,
exerce influência sobre cada um dos intervenientes; é determinante nas motivações dos
Para o professor: ao avaliar o que os alunos sabem, o professor pode averiguar também a
qualidade do seu trabalho, pois os resultados obtidos pelos alunos, em grande medida,
dependem da capacidade pedagógica do professor e do seu interesse pelo trabalho que
realiza. A avaliação permite, assim ao professor descobrir no seu próprio trabalho as
deficiências que se manifestam nos conhecimentos dos alunos; o professor adquire uma
ideia mais clara das particularidades de cada um deles, apercebe-se dos seus progressos e
pode detectar quais as circunstâncias que obstacularizam o trabalho dos alunos, permitindo o
“feed-back” entre professor e aluno.
Para o aluno: a avaliação não tem menos importância para cada um dos alunos que para a
classe como tal. Quando se submete um aluno a avaliação, ele se examina a si mesmo
despertando interesse pela crítica e auto- crítica, elevando o sentido de responsabilidade
perante a aprendizagem, o que até certa medida influi consideravelmente no rendimento
escolar.
Portanto, durante este processo deve-se ter em conta um estudo global do aluno, da sua
aplicação, do seu estilo de trabalho, da sua exigência para consigo mesmo, etc., pois o
trabalho docente forma uma unidade instrutivo - educativa.
Tal análise permiti-nos deduzir que a avaliação deve cumprir determinadas funções.
Deste modo, Klingberg( ) analisa as funções da avaliação segundo três pontos de vista:
Ponto de vista cibernético - a função cibernética da avaliação explica-se pelo facto desta
ser um momento de retroalimentação no “circuito regulador” professor - aluno - professor,
uma possibilidade de enviar dados didácticos relevantes para a “regulação” o “controlo” do
processo de ensino.
Função instrutiva - esta é considerada como uma das funções mais importantes pelas
seguintes razões:
Modalidades de avaliação
Provas Orais - estas podem ser realizadas após a apresentação de um assunto novo
para que os seus elementos fundamentais venham a incorporar-se no todo de
conhecimentos ou no todo comportamental do aluno. Estes exercícios devem ser
corrigidos e comentados o mais depressa possível, para que seja orientada, o quanto
antes, a rectificação da aprendizagem, sempre que se fizer necessário. Essas provas
devem apenas merecer uma apreciação, não tendo, no entanto, grande influência para
a média.
Provas Escritas - estas podem ser mensais e exames finais, podendo, no entanto, ser
apresentadas em qualquer aula, como testes que podem ser aplicados no final ou
início de uma aula para o professor se certificar sobre o que o aluno aprendeu e saber
que rumo dar aos trabalhos de classe: repetir, rectificar ou prosseguir. As mais
importantes são as provas mensais e parcelares.
A avaliação vista segundo este critério, mostra que as provas podem ser realizadas em
distintos momentos do processo docente - educativo, como se descreve a seguir:
No final da aula: no final de cada aula é recomendável fazer-se uma verificação da mesma -
poderá ser por interrogatório - esta verificação indicará rumos para a aula seguinte.
No início da aula: esta verificação pode ser efectuada em complemento a do final da aula,
ou por interrogatório ou testes. Através dela, o professor certifica-se se pode ou não
prosseguir apresentando nova matéria
No final de uma unidade: esta avaliação permite ao professor saber se a classe está em
condições de passar para outra unidade, esta pode ser oral ou escrita.
Provas mensais: a forma mais comum de realização destas é a escrita e como o nome
indica, são realizadas de mês em mês ou de dois em dois meses.
Provas parciais: estas devem abarcar uma determinada parcela do conteúdo estudado; a
matéria deve ser precisamente delimitada e com bastante antecedência. O aluno deve ser
orientado a preparar-se antecipadamente para as provas. A escola deve marcar o horário das
provas, pelo menos, três semanas antes. Assim o professor poderá mais objectivamente
orientar os estudos de seus alunos e estes poderão, também melhor distribuir o seu tempo.
Passamos agora a análise das modalidades da avaliação segundo o ponto de vista de Walter
Lemos, Anabela Neves e outros apresentados na obra A Nova Avaliação da
Aprendizagem.Os referidos autores submetem a analise quatro modalidades de avaliação:
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 100
Formativa, Sumativa, Aferida e Especializada. Estas modalidades de avaliação têm como
finalidade promover o sucesso educativo dos alunos e melhorar a qualidade do sistema
educativo, tendo em conta o ritmo de desenvolvimento pessoal e a capacidade de realização
de cada um dos alunos. Pela sua importância, torna-se necessária uma abordagem detalhada
de cada uma delas:
AVALIAÇÃO FORMATIVA
Esta modalidade de avaliação deve merecer uma atenção especial de nossa parte, pois ela
aporta elementos que nos permitiriam ultrapassar algumas limitações da real avaliação
realizada nas nossas escolas.
AVALIAÇÃO SUMATIVA
Segundo Valter Lemos e outros, “ a avaliação Sumativa consiste num balanço do que o
aluno aprendeu, num juízo globalizante sobre o desenvolvimento dos conhecimentos,
competências, capacidades e atitudes do aluno. Quando responde a uma necessidade social,
a avaliação Sumativa permite ainda tomar decisões sobre a classificação final, a progressão
ou a certificação do aluno.”
AVALIAÇÃO AFERIDA
A avaliação aferida é uma nova modalidade de avaliação que não tem efeitos sobre a
progressão escolar dos alunos e os instrumentos utilizados deverão ser provas aferidas.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 101
As provas aferidas são testes (ou tarefas) construídas por especialistas, sujeitos à aplicação
experimental prévia e com aplicação, correcção e classificação estandardizadas.
Esta nova modalidade de avaliação, sem efeitos na progressão dos alunos, é realmente
importante, pois ela permite um controlo da qualidade do sistema de ensino e permite fazer
um diagnóstico das aprendizagens a nível da escola.
AVALIAÇÃO ESPECIALIZADA
Lemos considera a avaliação especializada como “uma forma de avaliação que se caracteriza
essencialmente por dois aspectos: destina-se aos alunos que revelam necessidades educativas
especiais e exige uma participação mais alargada do que a avaliação pedagógica
habitualmente realizada.”
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 102
também apreciar periodicamente o funcionamento dessas actividades com vista a
operar os reajustamentos achados convenientes.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Vimos que a avaliação escolar é um processo contínuo que deve ocorrer nos mais diferentes
momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no
início, e no final das unidades didácticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades,
corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos.
Libâneo, apresenta na sua obra dez instrumentos de avaliação, nomeadamente: prova escrita
dissertativa, prova escrita de questões objectivas, questões certo - errado (C ou E), questões
de lacunas, questões de correspondência, questões de múltipla escolha, questões do tipo
“teste de respostas curtas” ou de evocação simples, questões de interpretação de texto,
questões de ordenação e questões de identificação.
Pela análise feita, consideramos que a aplicação correcta de alguns dos instrumentos de
avaliação anteriores pode tornar mais eficiente o processo de avaliação na disciplina de
Metodologia do Ensino. Assim segue-se a caracterização dos mesmos:
A prova dissertativa não pode restringir-se a pedir aos alunos que repitam somente o que foi
ensinado ou o que está no livro didáctico. É claro que as questões devem estar relacionadas
com o conteúdo trabalhado, mas o objectivo da prova é verificar o desenvolvimento das
habilidades intelectuais dos alunos na assimilação dos conteúdos. Por exemplo: raciocínio
lógico, organização das ideias, clareza de expressão, originalidade, capacidade de
estabelecer relações entre factos, ideias e coisas, capacidade de aplicação de conhecimentos,
etc.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 103
Prova Escrita de Questões Objectivas. Os objectivos deste tipo de prova não são muito
diferentes dos anteriores. Na forma de elaboração, ao invés de respostas abertas, pede-se que
o aluno escolha uma resposta entre alternativas possíveis de resposta.
A acção educativa pressupõe objectivos a serem atingidos. Por isso, cabe ao professor
estabelecer metas para seu trabalho docente. Como ensinar e aprender são processos
intimamente relacionados, a medida que o professor propõe os objectivos de seu ensino, está
também prevendo os objectivos a serem alcançados pelos alunos como resultado da
aprendizagem.
Por isso, os objectivos devem ser formulados claramente, para que possam ser um guia
seguro na indicação do que avaliar e na escolha e elaboração dos instrumentos mais
adequados de avaliação.
A partir da formulação dos objectivos que vão nortear o processo de ensino - aprendizagem,
determina-se o que e como julgar, ou seja o que e como avaliar. É por isso que normalmente
se diz que o processo de avaliação começa com a definição dos objectivos. Portanto, para ser
válida, a avaliação deve ser realizada em função dos objectivos previstos, pois, se isso não
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 104
ocorrer, o professor poderá obter muitos dados isolados, mais de pouco valor para
determinar o que cada aluno realmente aprendeu.
A partir do que foi exposto acima, podemos tirar algumas conclusões sobre os pressupostos
e princípios da avaliação:
A avaliação é integral - pois considera o aluno como um ser total e integral e não de
forma compartimentada. Assim, ela deve analisar e julgar todas as dimensões do
comportamento, incidindo sobre os elementos cognitivos e também sobre o aspecto
afectivo e o domínio psicomotor. Em decorrência, o professor deve colectar uma
ampla variedade de dados, que vai além da rotineira prova escrita. Para conseguir
estes dados, deve usar todos os recursos de avaliação disponíveis.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 105
ETAPAS DA AVALIAÇÃO
As etapas da avaliação decorrem, em parte, dos princípios básicos que fizemos referência
anteriormente. Assim, temos as seguintes etapas:
Determinar o que vai ser avaliado. Nessa etapa o professor deve indicar claramente quais
as dimensões do comportamento que irá avaliar: a aquisição pura e simplesmente do
conhecimento, de habilidades, de atitudes, de interesses, etc. Se o professor pretende, por
exemplo, verificar se o aluno é capaz de ler um texto, deverá, nessa etapa, determinar as
dimensões que serão avaliadas desse atributo: recordar aspectos essenciais do conteúdo,
relacionar ideias, sintetizar o texto, criticá-lo, referi-lo a outros textos, a outros autores e
assim por diante.
Saber o vai ser avaliado é muito importante para poder desenvolver as etapas posteriores,
pois a natureza do que se vai avaliar determina, em grande medida, a selecção de condições,
critérios, técnicas e instrumentos de avaliação.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 106
Realizar a aferição dos resultados
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 107
BIBLIOGRAFIA
COÉFFÉ, Michel (1998). Guia dos métodos de estudo. Editora Martins Forte, são
Paulo.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 108
LIBANEO, José Carlos. (2001).Adeus professor, adeus professor? Novas
exigências educacionais e profissões docentes. Coleção: Questões de Nossa Época,
v. 67. São Paulo: Cortez, 5 edição.
LIBANEO, José Carlos. (2011). Didáctica e escola em uma sociedade complexa.
CEPED. UFG. Goias.
LIMA, Socorro e SALES, Josete. (2002) Aprendiz da prática docente - a Didáctica
no exercício do magistério. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha.
LOPES, Osima Antónia... [et al]., (1991) Repensando a Didáctica. 5 ed, SP: Papirus.
LUCKESI, Cirpiano L. (1995).Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo:
Cortez.
MORAES, Maria Cândida. (1997).O Paradigma educacional emergente. Campinas,
SP: Papirus.
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO DO HUAMBO, DIDACTICA GERAL 2015 Página 109