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Turma: S
Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 4
4.5. A Aprendizagem numa Turma Mista: Anos de Escolaridade com mais e menos .............. 9
Considerações Finais............................................................................................................ 11
1. Introdução
O Processo de Ensino e Aprendizagem é o resultado de múltiplas actividades
coordenadas entre os actores do processo (professor e aluno). A virtude de seleccionar um
método adequado a uma determinada realidade de aprendizagem depende da concepção e
importância que este método representa para o professor.
Nesta perspectiva, as turmas mistas, resultam na junção de alunos, com diferentes anos
de escolaridade, na mesma turma. Esta situação acontece, na generalidade dos casos, em
zonas rurais do nosso país onde a densidade populacional é baixa, sobretudo no que diz
respeito ao número de crianças. Este aspecto leva à criação deste tipo de turmas, visto não se
justificar a existência de apenas um professor para quatro ou cinco alunos.
2. Objectivos
2.1. Geral
Descrever os principais métodos de ensino e aprendizagem em turma mistas.
2.2. Específicos
Conceituar métodos e meios de Ensino;
Analisar os métodos de Ensino adequados para alunos em turmas mistas;
Classificar os métodos de ensino de acordo os seus tipos;
Caracterizar detalhadamente o uso de cada método de ensino;
Identificar o melhor método para o ensino em turmas mistas.
3. Metodologia do Trabalho
Metodologia, do Grego “methodos” que significa organização, e “logos”, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo. (Fonseca. 2002).
4. Definição de Conceitos
Para Ferro (1994), entende como o modo consciente de proceder para alcançar um fim
definido.
Nérice (1991) refere que método de ensino é o caminho para chegar a um fim, ou seja
o percurso para se chegar a uma certa finalidade.
De acordo com Libanêo (2006) método é um meio para alcançar um certo objectivo,
ou seja caminho para atingir um objectivo.
Conforme Piletti (2010) na sua versão define método como o caminho a seguir para
um fim.
Ferro (2010) afirma que o método expositivo é um dos métodos que na sua utilização
abrange um grande número de pessoas e os professores que usam este método tem muita
segurança no conhecimento e domínio dos conteúdos, mais precisa certificar se este
conhecimento foi acomodado de forma lógica ou científica.
b). Método de elaboração conjunta – segundo Libanêo (1994) diz que este método consiste
na interacção activa entre professores e alunos para a obtenção de novos conhecimentos,
habilidades, e atitudes, assim como a reformulação de conhecimentos já existentes nas suas
estruturas cognitivas. Este método constitui uma das opções metodológicas das quais podem
servir-se o professor. Aplica se em vários momentos do desenvolvimento da unidade didáctica
seja na fase inicial de introdução e preparação para estudo de conteúdos, seja no decorrer da
fase de organização e sistematização, seja ainda na fase de fixação, Consolidada e aplicação.
Assim, para que este método tenha muito sucesso na sua aplicação O educador deve
evitar apresentar um rosto nervoso e impaciente, para que os alunos não se sintam
aterrorizados e nem precipitem a resposta. O diálogo é por tanto um excelente procedimento
de promover a assimilação activa dos conteúdos, suscitando a actividade mental dos alunos e
não simplesmente a atitude receptiva.
Neste sentido, dificilmente será bem-sucedido se não tiver uma ligação orgânica entre
a fase de preparação e organização dos conteúdos e a comunicação dos seus resultados para a
classe toda. O objectivo principal deste método é a cooperação dos alunos entre si na
realização de um determinado trabalho. Para que cada elemento do grupo possa contribuir na
aprendizagem comum, é importante que todos tenham conhecimentos prévios em relação ao
tema em estudo. Por isso aconselha-se que a actividade do grupo seja antecedida de uma
exposição, conversação introdutória ou trabalho individual.
d). Método de trabalho independente – segundo Libanêo (1994), este tipo de método
consiste na orientação de trabalhos ou tarefas, para que os alunos resolvam de modo
relativamente independente e criador. O trabalho independente pressupõe determinados
conhecimentos, compreensão da tarefa e do seu objectivo, o domínio do método de solução,
de modo que os alunos possam aplicar conhecimentos e habilidades sem a orientação directa
do professor. Este método ajuda a actividade mental dos alunos, qualquer que seja a
modalidade de tarefa planejada para o estudo individual.
Neste diapasão, quando aborda-se o fenómeno das turmas mistas, este parece um
pouco complexo e difícil de desmistificar, mas rapidamente chegamos à concepção daquilo
que este representa, visto ser uma realidade bastante presente, tanto em Moçambique como
noutros países do mundo.
A autora, refere ainda que, este tipo de distribuição dos alunos, como irá se referir
mais à frente, diz sobretudo respeito à desertificação existente nalgumas regiões do nosso
país, criando a necessidade que aglomerar alunos de diferentes anos na mesma turma.
Contudo, existem escolas que optam por este meio de Ensino, por considerarem mais
proveitoso para as aprendizagens das crianças e para o trabalho colaborativo entre as mesmas.
(Ibdem, p. 19).
Para Kadivar, Nejad e Emamzade (2005) citados por Martins (2020), apesar de
existirem estudos onde as percepções negativas sobre as turmas com diferentes anos de
escolaridade prevalecem, ao efectuarem uma revisão das pesquisas feitas sobre este assunto,
perceberam que os resultados são inconsistentes no que diz respeito á eficácia do sucesso
académico, tanto numa turma mista como numa turma unitária. (p. 25). Estes autores, na
tentativa de conseguir perceber que diferenças/parecenças decidiram realizar um estudo onde
comparam estas três escalas ocorriam nestas turmas:
4.5. A Aprendizagem numa Turma Mista: Anos de Escolaridade com mais e menos
Compatibilidade
Ainda dentro daquilo que são as aprendizagens dentro de turmas com diferentes anos
de escolaridade, mais popularmente conhecidas como turmas mistas, quase todos os
professores, sentem necessidade de indicar os anos que, na sua opinião, se articulam melhor
neste tipo de turmas.
Segundo Gonçalves (2008) citado por Oliveira (2010), afirma que deve usar-se o
método expositivo para grandes audiências. Este autor concorda que para leccionar em turmas
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numerosas temos que usar o método expositivo mas desde que este seja acompanhado com
técnicas de ensino centralizados no aluno.
Para Malua (2014) na situação de turmas mistas aponta o método expositivo como um
procedimento didáctico muito valioso e correcto. Ainda diz que o incorrecto é a fraca
capacidade de usar este método, onde o professor conduz os alunos a uma aprendizagem
mecânica, fazendo os apenas memorizar e decorar factos, regras, definições, sem ter garantido
uma sólida compreensão do assunto.
Pilleti (2010), afirma no acto da utilização deste método (expositivo) o professor deve
assumir uma posição de dialogo de modo a incentivar que a exposição seja participativa. O
aluno deve ser activo e não um espectador.
Para Ferro (1994) reconhece o pontecial deste método mais recomenda o seguinte:
“Não existem um método por si so capaz de responder um objectivo de ensino; Portanto nas
turmas onde a diferentes alunos de comportamentos diferentes é melhor usar uma
combinação de todos métodos e estratégias existentes para o alcance dos objectivos”.
Entretanto, nesta ordem de ideias, importa referir que, o método expositivo é visto
numa perspectiva dogmática, onde o professor é detentor do conhecimento, e a sua aplicação
revela a falta de empatia profissional no que tange ao ensino. Muita das vezes a informação
que é revelada sobre este método para vários e diferentes autores é banalizante e
desencorajadora para o seu uso. Mas os mesmos autores ainda reconhecem que este método
pode ser usado para turmas mistas e/ou numerosas, pelo facto de ser um método abrangente.
Nesta ordem de ideia, as turmas mistas merecem uma grande atenção, o que quer dizer que é
urgente que se procure métodos adaptados a nossa situação, para permitir que haja um avanço
no campo de educação. (Uitrosse, S./d.).
Considerações Finais
Chegada ao culminar do presente trabalho, é de salientar que foi aprofundado pelo
manual de concepções e práticas de professores do 1º ciclo do ensino básico. Conclui-se que,
no Processo de Ensino e Aprendizagem os métodos de ensino desempenham uma função
muito importante sobretudo no momento que se pretende saber como é que esta
informação/conteúdo vai chegar ao estudante. Dai que o método vai nos dar vários caminhos,
estratégias, técnicas e procedimentos claros para podermos transmitir ou mediar um certo
conteúdo. Por isso vários autores afirmam que não é possível chegar a um fim sem passar por
um caminho próprio. Neste contexto, em turmas mistas, ou usando o termo anglo-saxónico,
multi-grade classes, representam turmas que incluem dentro da mesma sala de aula dois ou
mais anos de escolaridade. Assim, ao longo do desenvolvimento do trabalho, verificou-se que
vários são os estudos, como referido anteriormente, que concordam e discordam com a
criação destas turmas. Dessa forma, através destas ideias distintas, foi possível estudar este
fenómeno na tentativa de compreender quais as concepções e práticas dos professores do 1º
ciclo sobre este assunto e por se parecer interessante e pertinente, uma vez que não existem
muitos estudos sobre este tema. Neste sentido, este estudo vai ajudar a compreender melhor
este fenómeno pois, tentou-se investigar e analisar ao máximo as concepções que os
professores têm sobre este fenómeno, desde as práticas que usa bem com as vantagens e
desvantagens que observam neste tipo de turmas.
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Referências Bibliográficas
De Corte. (1990). Les Fondements de l’Action Didactique. Bruxelas, de Boek.
Oliveira A. (2010). Técnicas e praticas para o ensino. São Paulo, Cortez editora. Recuperado de:
<www.tecnicas e praticas.com.br/art/Google%/tetxt5.htm>.
UNESCO. (1998). Declaração Mundial sobre educação para Todos (I) e Plano de Acção para
Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem (II). Aprovada pela Conferência Mundial
sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem. Jomtien,
Tailândia.